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As certificações de qualidade ISO representam uma forma de assegurar que empresas públicas ou privadas estejam aptas para fornecer um produto, serviço ou sistema conforme as exigências das agências reguladoras e dos clientes.
A sigla ISO abrevia International Organization for Standardization (Organização Internacional para Padronização). Tal entidade tem como foco a padronização e a normatização de sistemas para a garantia da qualidade dos processos internos em diferentes segmentos do mercado.
No Brasil, a organização está ligada à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), instaurando um padrão que não só eleva a competitividade da empresa, mas redefine os procedimentos, tornando-a um referencial.
Quer conhecer mais sobre as 4 principais certificações de qualidade ISO? Então, continue acompanhando este post e saiba qual norma se encaixa melhor na empresa em você atua!
1. ISO 9000
A ISO 9000 é a série de normas mais famosas mundialmente. Com atualizações recentes, esse grupo de regulamentos está voltado para a aplicabilidade do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) nas empresas.
Além de ressaltarem o objetivo e os termos do sistema que devem ser considerados para a obtenção de melhorias na administração do negócio, as certificações de qualidade ISO 9000 oferecem meios para a implementação e o monitoramento contínuo de técnicas para a otimização de processos.
Com foco na satisfação do cliente, a aplicação da ISO 9001 promove uma verdadeira mudança na cultura de uma instituição. Isso acontece por conta da fundamentação da gestão interna, que passa a ter um fluxo de trabalho mais claro, registrado e estratégico.
O conjunto ISO 9000 inclui as seguintes normas:
ISO 9001 — orienta a empresa quanto à qualidade em todos os processos internos. Sem dúvidas, essa norma está entre as mais específicas e desejadas pelas empresas, englobando também a 9002 e a 9003;
ISO 9004 — determina a conduta para o sucesso, sustentado por orientações substanciais para a implantação do Sistema de Gestão da Qualidade;
ISO 19011 — detém as instruções para auditorias de sistemas de gestão.
Vantagens das certificações de qualidade ISO 9000
Dentre as principais vantagens da implementação da ISO 9000, podemos elencar:
Aumento da produtividade;
Redução de custos;
Garantia da qualidade dos processos;
Visão mais ampla do fluxo de trabalho;
A vantagem de se ter uma certificação de reconhecimento global;
Credibilidade e diferencial competitivo nas relações comerciais; 
Segurança nos procedimentos e na tomada de decisões;
Engajamento e integração entre os funcionários, entre muitos outros benefícios.
2. ISO 14000
Com base na série 9000, mas direcionada para propósitos diferentes, a ISO 14000 estabelece diretrizes para garantir a boa implementação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) entre as empresas.
Ao convergir esforços para questões sustentáveis, as certificações dessa família asseguram o equilíbrio e a proteção ambiental. Isso ocorre por meio da prevenção de problemas que podem afetar a sociedade e a economia.
Se uma empresa obtém o certificado ISO 14000, ela precisa estar comprometida com toda a legislação ambiental prevista em seu país. Uma vez que conquista a certificação, a organização atesta sua preocupação com a natureza e demonstra suas responsabilidades ambientais em padrões mundiais.
Não basta estar de acordo com as leis ambientais do país. Trata-se de uma reorganização da corporação, levando-se em conta padrões que determinam a melhoria contínua de processos pelo treinamento de seus funcionários.
Assim, a companhia estará pronta para encontrar soluções para todos os problemas que pode vir a causar ao meio ambiente, reduzindo seu impacto ambiental. O conjunto ISO 14000 inclui as seguintes normas:
ISO 14001: se responsabiliza pelo Sistema de Gestão Ambiental (SGA);
ISO 14004: se responsabiliza pelo SGA, sendo voltada para o uso interno da instituição;
ISO 14010: se responsabiliza pelas Auditorias Ambientais.
ISO 14031: se responsabiliza pelo Desempenho Ambiental.
ISO 14020: se responsabiliza pela Rotulagem Ambiental.
ISO 14040: se responsabiliza pela Análise do Ciclo de Vida.
3. ISO 17025
A ISO 17025 trata da certificação de laboratórios de calibração e de ensaio. A acreditação é dada para um escopo, conforme os serviços prestados e a capacidade de medição. Sendo assim, esse certificado funciona como uma comprovação de que determinado laboratório realiza suas tarefas com precisão, obtendo resultados de alta qualidade.
De maneira semelhante à obtenção das certificações de qualidade ISO 9000 ou ISO 14000, para conquistar o selo final, a empresa é obrigada a passar por várias auditorias. No caso da ISO 17025, a análise é composta por critérios rigorosos, assegurando que o laboratório avaliado se encaixe, de fato, em um padrão internacional. Por outro lado, o cliente que contata uma organização acreditada por essa norma se sente mais seguro e satisfeito. Isso porque a pessoa sabe que o laboratório é adequado para o controle e a análise das amostras, segundo as padronizações ambientais e de segurança.
Todos os técnicos são preparados para realizar a coleta e a análise das amostras de resíduos seguindo os parâmetros da norma. Eles recebem constantes qualificações.
4. ISO 50001
Por fim, a última da lista de certificações de qualidade ISO trata da gestão e da conservação de energia, uma área essencial para a indústria. Em um cenário econômico dificultado, a escalada de preços da energia leva as pessoas a procurarem por novas maneiras de diminuir custos e melhorar o desempenho ambiental.
Com essa realidade no mercado, a ISO 50001 surge como um auxílio para as organizações que desejam aprimorar o desempenho em energia, aumentando a eficiência energética e reduzindo as mudanças climáticas. 
A implementação de um Sistema de Gestão de Energia dentro das diretrizes dessa ISO pode trazer ganhos não só para plantas industriais, mas também para instalações comerciais e até mesmo para empresas inteiras.
Vale lembrar que essa norma foi publicada em 2011 e baseia-se em elementos comuns à ISO 9001 e à ISO 14001. Isso assegura uma ótima compatibilidade.
Ao definir um sistema reconhecido pelo mundo todo, integrando a eficiência energética às práticas de gestão e produção das empresas, podemos listar os seguintes benefícios consequentes:
Melhor utilização dos ativos consumidores de energia;
Claridade e comunicação da gestão da fonte de energia;
Melhorias nas práticas na gestão de energia;
Verificação e priorização de novas tecnologias de energia eficiente;
Promoção da eficiência energética pela cadeia de fornecedores;
Melhorias em projetos para diminuir emissões dos gases do efeito estufa.
A implementação de normas voltadas para aprimorar as práticas de gestão das empresas é um investimento único na cultura organizacional com foco na redução de custos, na satisfação dos clientes e no aumento da produtividade.
Não há dúvidas de que, ao optar pela obtenção de um certificado desenvolvido pelas normas ISO, a empresa dará um passo importante diante da concorrência. Assim, será possível aumentar sua relevância perante o mercado.
Se você gostou de saber mais sobre as principais certificações de qualidade ISO, assine nossa newsletter e fique por dentro das novidades do mercado!
Como a ISO atua?
Através da definição de padrões internacionais que podem ser seguidos por empresas de todo o mundo, de modo a assegurar a qualidade, a segurança e a eficiência do que elas oferecem.
De acordo com a definição da própria organização, padrões internacionais fazem as coisas funcionarem, já que concedem especificações que estão entre as melhores do mundo para produtos, serviços e sistemas.
A ISO é uma organização internacional e não-governamental que possui 164 membros distribuídos em todo o mundo, sendo que cada país possui apenas um membro e representa a organização naquele território.
Até hoje, já foram publicados mais de 22.560 padrões internacionais de qualidade e documentos correlatos, que abrangem praticamente todas as áreas possíveis, como tecnologia, segurançaalimentar, agricultura e cuidados com a saúde, entre outros.
No Brasil, o membro responsável é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), nos Estados Unidos é o American National Standards Institute (ANSI), no Reino Unido é a British Standards Institution (BSI) e por aí vai.
Existem três categorias de membros, que são as seguintes:
⦁ Corpos de membros (ou membros de pleno direito): influenciam no desenvolvimento e na estratégia dos padrões iSO através de sua participação e votação em encontros técnicos e políticos da instituição. São autorizados a vender e adotar padrões internacionais da ISO em seus respectivos países.
⦁ Membros correspondentes: observam o desenvolvimento de padrões e estratégias da ISO e participam dos encontros técnicos e políticos como observadores. Também são autorizados a vender e adotar padrões internacionais ISO nacionalmente.
⦁ Membros inscritos: mantêm-se à par do trabalho da ISO, mas não podem participar dos encontros, vender ou adotar os padrões da ISO nacionalmente.
O Brasil é um dos membros de pleno direito, o que significa que a ABNT, que representa a ISO no país, exerce influência nas votações e encontros realizados com os demais.
Quais são os tipos de certificação ISO mais comuns?
O número é grande, mas no que tange àquelas que dizem respeito ao cotidiano da maioria da população, é possível reduzir esse número. A ISO 9001, por exemplo, está entre os tipos de certificação ISO mais conhecidos.
Elas se dividem entre grupos de normas, as quais abrangem áreas específicas. Alguns dos grupos que se destacam são os seguintes:
ISO 9000
Provavelmente, a série mais conhecida do mundo, a qual define, estabelece e mantém um sistema de controle de qualidade para empresas que prestam serviços e oferecem produtos ao público.Além de ser muito conhecida, a série ISO 9000 faz total diferença para as empresas, inclusive entre entre as demais normas padronizadas.
Dentro do grupo da ISO 9000, estão as seguintes normas:
⦁ ISO 9001: relacionada à qualidade de processos internos, desponta entre as mais desejadas para as empresas.
⦁ ISO 9004: conduta para o sucesso da empresa, baseado nas orientações necessárias para que se implante o Sistema de Gestão da Qualidade.
⦁ ISO 19011: instruções e orientações para a realização de auditorias de sistemas de gestão.
ISO 14000
Similar à série 9000, mas abrange especificamente as diretrizes para que seja possível implementar adequadamente o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) nas companhias.
A proteção ambiental está entre os pilares da série, e as empresas que a obtêm precisam compreender a importância do cumprimento da legislação ambiental nacional.
Algumas das normas são as seguintes:
⦁ ISO 14001: aborda o SGA.
⦁ ISO 14004: SGA aplicado ao uso interno da companhia.
⦁ ISO 14010: Auditorias Ambientais.
⦁ ISO 14040: Análise do Ciclo de Vida.
ISO 50001
Esses tipos de certificação ISO dizem respeito à gestão e conservação da energia, a qual é imprescindível para a indústria. Sua finalidade é ajudar as indústrias que querem melhorar o uso de energia e, assim, contribuir para a preservação do meio ambiente.
Os benefícios obtidos por sua implantação podem ser sentidos pelas indústrias e também para as instalações comerciais de tais empresas. A publicação da norma é datada de 2011 e seus elementos são similares às da ISO 9001 e ISO 14001.
Como obter as certificações ISO?
O processo consiste no cumprimento de algumas etapas, de modo que seja possível obter os tipos de certificação ISO viáveis à área de atuação da companhia.
O primeiro passo é identificar a situação da empresa em relação ao que é solicitado pela norma, o que é feito através de um diagnóstico. Posteriormente, deve-se planejar o que será feito para implementar as medidas necessárias.
O próximo passo é proceder com a implementação propriamente dita, seguida, por fim, da auditoria externa, quando um órgão certificador a visita e, caso tudo esteja nos conformes, valida a certificação.
O ideal é que seja contratada uma empresa especializada nos tipos de certificação ISO desejados, já que ela conhece os trâmites necessários para que seja possível adequar a empresa ao que for solicitado e, assim, possibilitar a obtenção do certificado.
Os tipos de certificação ISO se mostram como um diferencial importante em relação às demais empresas do mercado; assim como as certificações do mercado de tecnologia são importantes para as empresas que neles atuam.
Por consequência, da mesma forma que há certificações específicas de cada área que possuem um peso especial, a ISO 9001 recebe grande destaque entre as companhias e é um indicativo positivo da qualidade daquela empresa.
A Sumus é uma empresa que possui o Certificado de Sistema da Qualidade de acordo com os requisitos da NBR ISO 9001 entre seus prêmios e certificações, o que ressalta a eficiência e qualidade dos serviços prestados aos clientes.
Seja para a contratação de serviços de gestão de telecom, a escolha de uma indústria do setor automotivo ou para uma consultoria financeira, busque saber quais são os tipos de certificação ISO e dê preferência às empresas que o possuem. Assim, o resultado obtido pela empresa tende a ser o melhor possível.
Descubra como fazer um Código de Conduta e um Código de Ética para uma empresa.
Pesquisa realizada anualmente desde 2014 pela Protiviti Brasil aponta o Código de Conduta/Ética como o elemento de Compliance mais presente nas organizações: aproximadamente 65% das empresas afirmam ter um código, o que mostra a relevância desta ferramenta. Uma das hipóteses para isto ocorrer é que muitas empresas entendem que o código é o mais simples dos elementos a ser desenvolvido, o que não é necessariamente verdade.
Para ser efetivo, o Código de Conduta Ética deve ser construído considerando os valores básicos da organização, uma vez que seu principal objetivo é orientar os colaboradores, terceiros e parceiros sobre o modo como a empresa conduz os seus negócios. Ou seja, o Código deve ajudar na orientação de dilemas éticos e explicar quais são os comportamentos aceitáveis ou não pela empresa em todos os diferentes níveis de relacionamento.
Seu desenvolvimento passa por 3 etapas principais – (i) compreensão da cultura ética, quando se entende os principais documentos normativos da empresa, alinha-se expectativas, pontos de discussão e abordagem com a alta administração; (ii) construção do código em si e (iii) validação pela alta gestão e legal, se necessária. Durante esse processo de desenvolvimento é fundamental garantir que o texto seja compreendido por todos os stakeholders, internos e externos, respeitando o perfil e nível de maturidade do Compliance da organização. Como muitas vezes é indevidamente desenvolvido somente para cumprir requisitos legais, é atribuído a uma área jurídica. No entanto, considerando que é preciso conhecer a fundo a cultura organizacional, regras de negócio e, principalmente, o que realmente será seguido ou não, redigir e tornar o Código de Conduta Ética efetivo é muito mais um exercício de gestão da cultura organizacional do que uma ação legal ou normativa da organização. O papel do jurídico é importante, mas não deve se resumir a ele.
É fundamental também que só se escreva aquilo que pode ser cumprido: ter um Código que não pode ser seguido por ser “muito exigente” ou estar em desacordo com a cultura organizacional pode colocar em risco a credibilidade das demais ferramentas de Compliance da organização. Por exemplo, se o código é impossível de ser seguido, por que o colaborador vai confiar e ligar para um canal de denúncias para relatar uma irregularidade?
A adequação à realidade e cultura da organização é outro desafio, principalmente porque é muito comum o hábito de copiar o Código ou trechos dos de outras organizações. Por exemplo, houve o caso de uma start up com cultura informal, que usou um Código de Ética padrão como base e, no processo de validação, identificou que a proibição de consumo de bebida alcoólica no ambiente de trabalho não fazia sentido, uma vez que tinha uma cultura de fomentoà inovação e, na área de descanso dos colaboradores, inclusive existia uma chopeira, que poderia ser usada com parcimônia.
Independentemente da organização do Código, 4 blocos devem estar contidos e considerados – com maior enfoque nos pontos de cada bloco que mais impactam a organização: Princípios éticos (não discriminação, cumprimento da legislação e repúdio a mão de obra escrava e infantil), Princípios de conduta (QSMS, mídias sociais, conflito de interesse, recursos e ativos, confidencialidade e propriedade intelectual), Relacionamentos (colaboradores, clientes, fornecedores, investidores e acionistas, setor público, sindicatos, mídia etc) e Ações institucionais (doações e patrocínios, meio ambiente, responsabilidade social, prevenção à lavagem de dinheiro e acurácia nos registros contábeis). O Código deve trazer diretrizes gerais e as especificidades devem ser tratadas em políticas específicas, como política de Compliance, de segurança de informações, etc.
Uma boa prática é complementar o código com um guia de perguntas e respostas, onde algumas questões descritas no Código serão exemplificadas com situações do dia a dia da organização, auxiliando a esclarecer alguns pontos críticos. Por fim, é importante atualizar periodicamente o Código de Conduta Ética, de modo a refletir a realidade e o contexto no qual a organização está inserida. A realidade das mídias sociais e suas regras de uso, por exemplo, estão refletidas principalmente nos códigos elaborados ou revisados recentemente.
Administrar uma empresa não é tarefa fácil, são tantas situações que necessitam ser pensadas, decisões que precisam ser tomadas, conflitos internos que devem ser mediados, enfim… 
Para prevenir excessos ou desvios de finalidade na administração das empresas, foram criadas normas de conduta para favorecer a transparência nas negociações. O conjunto de normas de conduta adotado pelas empresas recebeu o nome de governança corporativa.
O que é governança corporativa?
Significa: “Um sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os acionistas e os cotistas, conselho de administração, diretoria, auditoria independente e conselho fiscal”.
Qual a origem da governança corporativa? A origem da governança corporativa se deu quando as organizações deixaram gradativamente de ser familiares e migraram para um modelo de participação acionária ou de cotas, o que levou a uma separação cada vez mais acentuada e intensa entre quem detinha a propriedade das organizações e quem, de fato, fazia sua gestão.
O que significa compliance? Significa agir de acordo com uma regra, uma instrução interna.
O que é compliance? compliance é o mesmo que estar em conformidade com as leis e regulamentos, internos e externos. Outras palavras, manter o negócio em conformidade significa atender as orientações normativas dos órgãos reguladores, bem como cumprir com os regulamentos internos, observando sempre as especificidades de acordo com as atividades desenvolvidas por cada empresa. O termo também pode ser entendido como a elaboração e aplicação de uma série de controles, que permitirão maior segurança e assertividade para aqueles que utilizam a contabilidade e suas variações financeiras para análise econômico-financeira, todos os negócios, com ou sem fins lucrativos, são sujeitos passíveis para a utilização da prática de compliance.
Quais os objetivos do compliance na empresa? O compliance teve como seus precursores as instituições financeiras, que exigiam (e exigem) uma precisão extremamente minuciosa na realização de cada uma das suas atividades, além de serem amplamente regulamentadas, a maioria dessas empresas aderiu à ideia de que o programa de compliance deveria ser desenvolvido pelo setor jurídico, considerando a quantidade e a complexidade das normas existentes no país. Todas as empresas que possuem atividades que sejam reguladas por um ou mais órgãos específicos tendem a implantar um departamento de compliance, que garanta a conformidade de seus atos – em grande parte dos casos, essa função é realizada por uma assessoria jurídica externa, para direcionar suas ações em apoio a gestão de riscos corporativos.
Pilares do Programa de Compliance
O principal objetivo do compliance é contribuir para que as ações da empresa estejam de acordo com as normas vigentes (sejam elas leis ou regulamentos internos). Um programa bem estruturado não se limita a meras recomendações técnicas, devendo existir órgãos que facilitem a identificação de não conformidades, permita identificação de responsáveis e, sobretudo, treine a equipe de forma constante, como forma de prevenir desvios, pode-se admitir que os principais pilares de um programa de compliance são:
Identificação: identificar quais são os potenciais riscos enfrentados pela organização e prestar a devida orientação;
Prevenção: após a identificação dos riscos, desenvolver e implementar os mecanismos de controle para proteger e prevenir a organização de tais riscos;
Monitoramento e detecção: analisar e reportar acerca da efetividade dos controles de prevenção na administração da exposição a possíveis riscos;
Resolução de problemas: esclarecer as dificuldades e resolver as ocorrências de não conformidade, caso surjam e conforme ocorram;
Orientação e treinamento: prestar assessoria para as áreas de negócios da organização sobre as regras/normas e controle e treinamentos constantes à equipe.
O responsável pelo desenvolvimento de um programa de compliance deve levar em conta a complexidade das atividades desempenhadas na organização, sua natureza, escala, volume e valor. É essencial que a empresa conte com uma equipe jurídica qualificada, para a emissão um bom parecer jurídico sobre as questões pontuais, mas, sobretudo, que atue mapeando as políticas e os processos internos da organização, nele inserindo etapas de validação que promova a correta aplicação das normas legais.
Colocar em prática programas de conformidade e compliance evita problemas maiores. Por exemplo, demanda judicial porque uma lei trabalhista foi descumprida, multas da Receita Federal por descumprimento de obrigações tributárias, multas administrativas por descumprimento às leis de defesa da concorrência.
Os benefícios de uma área de compliance: A credibilidade e confiabilidade de um programa de conformidade gera valor para o mercado, por exemplo, oferecer linhas de crédito com descontos, opções de investimentos mais interessantes, oportunidade de novas parcerias, entre tantos outros benefícios, estar em compliance com as boas práticas e padrões previamente é sinal de seriedade.
Com o aumento da transparência nas transações comercias, a credibilidade da instituição é, sem dúvidas, um fator decisivo na hora de contratar, negociar ou utilizar produtos e serviços. Em um contexto macro, reunir esse conjunto de ideias em um programa de compliance serve, também, para mostrar que a empresa se preocupa em seguir os padrões de acordo com as normas de controle, visando sempre a transparência e boa-fé.
A Lei Anticorrupção
Em um paralelo, a sociedade brasileira vem atravessando significativas transformações. A crescente melhoria dos níveis de combate à corrupção e a pressão da população por um ambiente de negócios mais transparente e honesto levou o Congresso Nacional a Lei n. 12.864/13, ou simplesmente “Lei Anticorrupção”
Antes de elaboração e vigência da Lei Anticorrupção, os desvios antiéticos somente eram combatidos em procedimentos pouco efetivos e sem alcançar resultados expressivos, eram passíveis de interpretações jurídicas variadas. Foi a partir desse ponto que nasceu a necessidade de criação de mecanismos específicos e normas reguladoras, com a finalidade de combater com afinco a corrupção e incentivar as boas práticas. Já existiam diversas legislações para o combate à corrupção, uma delas constando na própria Constituição Federal de 1988, em seu artigo 37, §4º. No referido artigo estão previstas as punições sofridas pelos agentes públicos em atos de improbidade administrativa, por exemplo. No entanto, nenhuma era tãoeficiente quanto a Lei Anticorrupção.
lei oferece de modo claro, abrangente e preciso quais são as condutas combatidas e, principalmente, atribui punições mais severas, especialmente voltadas para as empresas envolvidas nestes esquemas. De acordo com a Lei Anticorrupção, as empresas brasileiras podem ser punidas, civil e administrativamente, por qualquer ato lesivo à administração pública, nacional ou estrangeira. Ao analisar todos os principais aspectos de corrupção, há uma singularidade que chama a atenção: são as que as organizações empresariais que se tornaram as principais responsáveis por evitar, controlar e denunciar os atos antiéticos e de corrupção internamente. Por isso, o programa compliance está intimamente ligado a Lei Anticorrupção, na medida em que previne, verifica e corrige eventuais desvios de conduta, os profissionais de compliance adquirem importância estratégica fundamental.
Responsabilidade objetiva: ao apurar responsabilidade objetiva, as organizações podem sofrer penalizações por atos de corrupção, independentemente de existência culpa;
Pena de multa de alto valor: o valor da multa pode chegar até 20% do faturamento bruto anual, ou variar de R$ 6 mil a R$ 60 milhões de reais, dependendo do tamanho e do valor da empresa;
Acordo de leniência: tem um conceito parecido com o das delações premiadas, que estão em alta os noticiários. Significa que, se uma empresa colaborar nas investigações do processo, ela pode ter benefícios, como uma redução no valor da multa;
Os códigos de ética e de conduta: Embora os dirigentes e colaboradores sejam contratados para exercer suas funções no melhor interesse da empresa, não é raro que haja uma situação em que os mesmos têm de decidir entre estes e os seus pessoais. Muitas vezes, inexistem normas internas que prevejam esse tipo de situação.
Dessa forma, o compliance relativo ao cumprimento de normas internas é essencial para, senão eliminar, reduzir o potencial conflito de interesses entre funcionários e a companhia, tornando transparente essa relação, sobretudo nos pontos em que inexista norma legal expressa a respeito de determinado assunto.
Auditoria Interna x Auditoria Externa
As auditorias internas e externas funcionam de maneira bem semelhante mas têm pontos que a distinguem.
A Auditoria interna é realizada por profissionais ligados à organização auditada e tem como objetivo verificar se as normas internas e exigências legais estão sendo cumpridas. Normalmente ela é mais próxima da empresa sendo complementada pelo programa compliance (este sugere o processo, aquela fiscaliza o seu cumprimento).
As auditorias externas são realizadas por auditores independentes, sem relação com a empresa auditada, a fim de garantir a lisura no conteúdo de seus pareceres. O objetivo é emitir parecer sobre a fidedignidade dos dados apresentados. Isso lhes garante uma maior independência em relação aos órgãos internos da empresa o que é saudável em termos de transparência.

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