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FAHESP-IESVAP BACHARELADO EM DIREITO DISTINÇÃO ENTRE MUNDO SENSÍVEL E MUNDO INTELIGÍVEL APG E: Carlos Vidal, Hellen da Silva, Jéssyca Lima, Lucas Fontenele, Matheus Gomes, Vanessa Rocha Parnaíba-PI 2020 APG E: Carlos Vidal, Hellen da Silva, Jéssyca Lima, Lucas Fontenele, Matheus Gomes, Vanessa Rocha. PROFESSOR: Erasmo Amorim DISCIPLINA: Filosofia e Direito No livro A República de Platão, ele cria uma metáfora chamada o Mito da Caverna, e conta a história onde algumas pessoas estavam totalmente acorrentadas dentro de uma caverna e não podiam se mexer, apenas mobilizadas olhando para a parede da gruta, atrás deles, existia uma chama, e logo depois, objetos da natureza e da vida passam e suas sombras são transmitidas na parede que os indivíduos observam, ou seja, a verdade para eles é apenas aquelas sombras, Platão chama esse lugar de mundo sensível, onde é possível adquirir conhecimento sobre aquilo que pode ser sentido, assim sendo a visão, o olfato, o paladar, a audição e o tato, e isso mesmo que limitados e sem nenhuma outra fonte do saber prévio, que passa a limitação de apenas aquilo que vivem pois estão aprisionados. Após os prisioneiros nascerem e viverem naquele ambiente manipulado, um deles é solto das correntes para poder explorar o restante da caverna e o mundo exterior, ao chegar fora, ele é surpreendido pela grande luminosidade do sol, que o machuca, pois estava acostumado com a escuridão, é difícil para ele acreditar que tudo aquilo que viveu antes, era apenas sombras, e que o mundo exterior é onde reside a verdade, a natureza e os objetos. O reflexo da água mostra aquilo que ele vê é realmente real, esse espaço exterior é denominado mundo inteligível pois o caminho para alcançá-lo é feito quando se percebe os elementos ao redor com um pensamento crítico, dispensando os elementos básicos. Após descobrir a verdade no mundo exterior, o indivíduo retorna a caverna para contar aos prisioneiros o que ele viu, e aquilo que eles vivem e observam na parede, não condiz com a realidade, os aprisionados escutam, mas pela falsa realidade acabam não acreditando no ex-prisioneiro e os ameaçam de morte se não decidir parar de tentar convencê-los. De acordo com Platão, possuir o conhecimento significa transformar o sensível ao inteligível, isto é, desadormecer, ressuscitar e relembrar esse saber esquecido. Nesse sentido, a alma se liberta do mundo falso para se abrir ao conhecimento das ideias verdadeiras. Platão teve como tutor Sócrates, e em 1787, o pintor francês Jacques-Louis David pintou o quadro chamado A Morte de Sócrates, essa pintura representa o dia que Sócrates iria morrer, pelas palavras de alguns cidadãos de Atenas, ele estava sendo acusado de não venerar os deuses da cidade, de introduzir inovações religiosas e corromper os jovens da cidade. Durante seu julgamento, Sócrates teve a oportunidade de renunciar as suas ideias, mas não aceitou e decidiu morrer abraçado com a verdade, este quadro representa o ser que morre pela veracidade, não é manipulado pelas sombras e não fica acorrentado pelas falsas fé e culturas, ele se liberta e vai em busca da saída da caverna para enxergar a realidade, mesmo que o machuque. Assim, a verdade dói, mas nem todos estão preparados para recebê-la, alguns recuam durante ela, pois preferem a mentira, ela sim é reconfortante.
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