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Transcrição - Aula Start - Desaprender - Material do Curso de Criatividade - Murilo Gun

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Start - Aula Inaugural
Essa é a aula inaugural do Curso de Reaprendizagem Criativa, eu chamei de aula Start. Geralmente nas aulas inaugurais de alguns cursos, os caras falam como que vai ser a programação do curso, o que as pessoas vão aprender, como vai ser o método de avaliação do curso. A minha vai ser diferente, a primeira aula em vez de ser sobre adquirir conhecimentos, vai ser uma aula sobre esquecimento. Por que uma aula sobre esquecimento? Porque esquecer é tão importante quanto lembrar e muita gente esquece disso. E por que esquecer é tão importante quanto lembrar? Lembra o que eu falei lá na quarta habilidade do futuro?
"As nossas crenças, as nossas experiências, os ambientes em que a gente vive, tudo isso molda a nossa forma de pensar sobre o mundo, você é o que você acredita, o que você aprendeu, o que você viveu. Até aí tudo bem, o problema é quando o mundo começa a mudar, e o mundo está mudando de uma forma muito louca, nunca antes vista. E o mundo começa a mudar requer você também mudar sua forma de pensar e ver o mundo pra se adaptar à nova realidade, é tipo atualizar seus softwares, se não você está rodando a versão antiga do software e vai ficar para trás.”
Por isso a gente é o que a gente acredita, se a gente quer mudar pra acompanhar o mundo, a gente tem que mudar o que a gente acredita, e tem que esquecer algumas coisas, pra acreditar em coisas novas e quando falo acreditar, não to falando de crença e religião não, to falando de como você forma seu sistema de pensar, uma frase muito boa do Rubem Alves, que é um expert em esquecimento, um cara que eu sou muito fã. Ele falou: "O que sabemos torna-se habito de ver e de pensar, o que nos faz ver o novo, através dos óculos do velho e o transforma no que sempre vimos e tudo continua do jeito de que sempre foi."
Conseguiu entender? Não, eu também não na primeira vez que eu li. O que sabemos, quem é que sabe? Torna-se habito de ver e de pensar, de ver o mundo e de pensar sobre o mundo e esse habito de ver e de pensar, baseado no que a gente sabe, nos faz ver qualquer coisa nova com óculos do velho, um óculos embaçado, que vê o novo só que com os óculos do velho e transforma esse novo no que sempre vimos, se transforma no velho e que tudo continua do jeito que sempre foi, não tem um tipo de mudança.
Meu complexo é mais genial, então para mudar a forma de pensar, não basta só botar coisa nova para dentro, tem que remover coisas também, eu falei o exemplo de atualizar software, sabe no seu celular, quando aparece atualizar software e você mete avançar, aí você tenta executar o software, aparece memória cheia, que significa isso? Para atualizar o software primeiro tem que apagar algumas coisas, tem que esquecer. 
Machadão falava, "Esquecer é uma necessidade a vida é uma lousa em que o destino para escrever um novo caso precisa apagar o caso escrito" e o grande Rubem, outra frase sobre esquecimento, "O esquecimento é uma graça, muito mais difícil do que lembrar é esquecer, fala-se de boa memória, mas não se fala de bom esquecimento, como se esquecimento fosse apenas memória fraca. ” Isso é muito interessante, esquecer sofre um preconceito, porque esquecer é sempre associado a coisa ruim, a doença, Alzheimer, amnésia, esses filmes de terror, esquecer as paradas.
O Inferno de Dante, para você entrar no Inferno de Dante, tem um rio Letes, que é o Rio do esquecimento, que você esquece. Então esquecer é doença, é ruim é inferno, é terror. Memoria não, memoria é fodona, a memória comanda tudo, tem o livro da memória, memoria é brilhante, super memória. E eu consegui encontrar um autor, que ele é especializado em esquecer.
Valter Rizo, psicólogo Argentino, ele é especializado em falar sobre esquecer. O caso dele, ele segmentou para esquecer sobre amor, então, ele faz um livro sobre desapegue-se, amores com direito de dizer não, ensine não sofrer. Esse cara ficou famoso, como um cara que prega que o apego, alguma coisa é o maior motivo de sofrimento da humanidade e olha como ele define apego.
“O apego é uma vinculação obsessiva, que pode ser pessoas, objetos ou ideias. ” 
(Walter riso)
Pode ser uma ideia, pode ser pessoas objetos, ele falava muito sobre apego a pessoas, mas eu descobri os livros dele, o livro que não fala de desapego as pessoas, e sim desapego a ideias, a arte de ser flexível, vou recomendar muitos livros durante o curso, esse é um dos primeiros depois vou deixar tudo listado, um livro muito interessante, o subtítulo do livro é “ De uma mente rígida a um ambiente livre e aberta a mudanças. ” E o conceito básico do livro é isso " Mente Rígida X Mente flexível".
Mente rígida é aquela que é ancorada no passado, não quer mudar suas crenças, tem até orgulho de dizer não: “Eu to sempre muito firme, mesma forma de pensar”, se auto convence a continuar assim. E a mente flexível é a mente aberta a mudanças, aberta a se auto questionar, a ter pensamento crítico sobre o que você pensa. Pensamento crítico sobre os seus pensamentos. E lembrando que o Darwin ele falava: " Que não é o mais forte nem o mais inteligente sobrevive é o que mais se adapta as mudanças”, quem mais se adapta as mudanças é a mente flexível, a mente que tá aberta a mudar.
Eu queria compartilhar agora com vocês duas historinhas de dois exemplos de desapegos a ideias, que eu tive recentemente, coisas que eu era apegado, e que eu fico feliz de ter desapegado, e ter mudado essa minha crença. O primeiro apego, lembra que eu falei lá do segredo do fracasso na palestra sobre esse site, que eu criei, o Vamos Trazer, que é um conceito muito massa, é o conceito de mudar o mundo da produção de eventos. Hoje em dia no mundo da produção de eventos, um produtor corre muito risco, porque ele tem que contratar o artista, o lugar e depois arrumar as pessoas que compraram ingressos. E o site criava campanhas para já juntar as pessoas, e depois o produtor entra em cena atrás do artista reduzindo muito o risco de produção. 
Uma ideia muito boa que não era nem Crowfunding e compra coletiva, eu chamava de Crowd-Demanding” ou demanda coletiva, e teve uma puta repercussão na imprensa, revista, no site e saiu diversas coisas legais. Os artistas também, Oscar Filho, entraram na brincadeira, teve sites falando sobre modelos de negócios, que vamos falar sobre. O cara fez o Canvas do negócio e eu nem eu fiz o Canvas do meu negócio. Por que essa ideia tão legal deu errada? Sabe qual foi o motivo, foi culpa dessa cabra aqui, esse era eu na época. 
Eu era comediante a uns quatro, cinco anos e eu nessa época tinha me convencido que a vida e a carreira, era melhor assim sozinho, eu sozinho. Quando eu digo sozinho é com empresário, com alguns colegas, sem empresa, sem equipe, quer dizer com empresa só para ter um CNPJ, para emitir nota fiscal. Sozinho porque sozinho vou mais rápido, então eu era muito apegado a isso e era uma coisa que eu repetia muito. Repetia para as pessoas. Eu tive duas empresas antes, cada um que conversava, eu repetia: “Ainda bem que eu não tenho, ainda bem que eu não tenho, agora eu to bem demais.”. Eu repetia isso, falava para as pessoas, falava para mim durante muitos anos. Eu tinha um apelo do McQuade, apelo do lobo solitário, fazia tudo sozinho. Até que o que começou a mudar esse meu apego essa minha crença quando eu fui na Singularity University e lá eu arrumei um time massa. Susan, Paul e Alex, os caras geniais, a gente fez um monte de coisa massa junto lá. Ganhamos prêmios, nos apresentamos em vários lugares, criamos diversas coisas e aí eu compreendi um proverbio africano muito conhecido que é " Se você quer ir rápido vai sozinho, mas se você quer ir longe tem que ir acompanhado", isso é muito foda, isso é muito verdade, realmente sozinho você é mais rápido, mas se você fica limitado.
 E mesmo depois de muitos anos repetindo essa crença para pessoas e pra mim mesmo, eu resolvi me desapegar e dizer não. Não, não é melhor ir sozinho não, vamos desapegar eu acho que é melhor ir com um time foda, eu fui atrás de buscar, contratar um time foda e deu certo e eu consegui construiro que a gente ta construindo agora a escola, porque arrumei um time excelente. 
E engraçado como tem pessoas que falam assim: “Oxi, tu não é o cara que dizia que levava tudo sozinho? ”. E eu falava era, mas agora eu sou outro cara, eu mudei, eu me desapeguei aquilo ali e as pessoas acham um absurdo, “Oxi tu não era o cara que não sei o que rapaz? ”, mas em fim.
Outra história de apego, eu fui no começo de 2016 pra Londres, participar da Learning Technologies, uma feira de tecnologias de aprendizagem. Fui com o objetivo de comprar o melhor software para minha escola on-line. Eu tenho conteúdo legal, eu quero criar outros cursos massa, um software massa, eu quero o melhor do mundo, então reservei uma verba e fui para a feira. Visitei todos os stands. Três dias rodando na feira, até conto no episódio Gun Cast o que eu fiz lá e eu fui para lá com um apego muito grande, o apego de que software não é o meu negócio. E isso é uma coisa também que eu repetia muito: “Meu negócio não é software eu trabalhei com software, não deu muito certo e tal, não é minha praia, eu não tenho o background, de engenharia de ciências de formação, nada. ” Só que lá na feira, todo software que eu via, eu pensava, “Putz velho, mas ele não tem isso, putz mas ele não tem aquilo, putz eu faria assim.”. E eu comecei a conectar umas coisas, poxa eu participei de vários softwares na minha vida que deram certo. O Vamos trazer foi um software, O pensa comida foi um software, o Bobflash foi um software que eu criei para um terceiro cliente, mas com meu desenvolvimento, o negócio teve bastante sucesso, teve podcast sobre isso. Eu criei o software do meu marketing que bombava, então esse apego de software não era o meu negócio, ele estava me limitando, eu resolvi me desapegar, desapega, desapega, OLX e comecei a pensar, putz software é core do meu negócio, sabe por quê? porque velho, não dá pra criar uma experiência de aprendizagem se você não tem controle sobre a plataforma, não dá só pra pegar seu conteúdo e encaixar dentro de um padrão que já existe.
O Google ele era muito apegado a dizer que hardware não é negócio dele, até que começou a fazer hardware, porque descobriu que o software precisa de integração completa com hardware para funcionar em alta performance.
Então foram dois exemplos de coisas que eu era extremamente apegado que eu repetia constantemente para mim mesmo pra outras pessoas que eu me desapeguei, tive que ouvir: “Oxi, tu falava que, não era tu que fala que não ai se intrometer em programar, agora tá programador já, rapaz, que que houve. ”.
Pois é eu mudei, acabou. Eu fiz também podcast sobre qual era a opinião, eu queria fazer um questionamento, uma reflexão: 
· Qual foi a última vez que você mudou de opinião? 
· Uma opinião que você tenha firme sua, e que você alimentou durante muito tempo, e que repetiu ela muito para você, pros outros e que você recentemente mudou completamente? 
Aqui na parte esquerda do vídeo, tem uns posts it, que você pode clicar, escrever, o vídeo aqui vai dar uma pausa para você não perder nada, e der Enter o vídeo continua. Anota aí e isso fica só para você, o que você anota aqui, fica só pra você, se você quiser comentar algo que todo mundo vai ver, você comenta lá debaixo do vídeo. 
Eu falei que vivia repetindo para mim mesmo essas coisas né, esses apegos, e tem um livro muito interessante que aborda isso, os Quatro Compromissos, o livro da filosofia Tolteca, e eu vou falar durante o curso quais são os Quatro Compromissos, eu queria falar de um compromisso primeiro que tem muito a ver com isso. Ele fala “Seja impecável com a sua palavra. ” E esse impecável, claro, tem a ver com integridade, liberdade e honestidade, mas tem muito a ver também com o cuidado com a palavra, eu até renomearia por " Fique atento ao poder da palavra". Porque a palavra cria coisas, quando se começa a falar uma coisa, vai virando realidade a parada, aquilo vai para o mundo essa parada, e retrai e alimenta em você, e entra aqui atrás, então muito cuidado com o que você repete toda hora, porque as palavras acabam virando verdade.
Bem como eu comecei a falando, esquecer sofre um preconceito, impressionante. E eu queria explicar esses dois tipos de preconceitos: Preconceito X Pré-Conceito. Esse preconceito aqui de uma palavra só, normalmente é relacionado com aqueles preconceitos discriminatório, contra minorias, essa coisa negativa, criminosa né? Se você escrever assim Pré-conceito, já muda um pouco o conceito da palavra preconceito, no sentido de um conceito pré-estabelecido, que pode ser positivo ou negativo. 
Se você parar pra pensar, tudo que a gente faz, tudo que a gente fala, cada ação nossa, tudo isso é baseado no que a gente acredita, portanto nos nossos conceitos. Isso quer dizer que nós, tudo que fazemos na vida, fazemos com pré-conceito, sim os pré-conceitos que formam nossa forma de pensar. E eu queria falar sobre alguns conceitos que sofrem preconceitos e que a gente precisa esquecer esses pré-conceitos sobre esses conceitos. Então por exemplo: Autoajuda. 
Autoajuda é uma parada que neguinho, ouve falar em autoajuda, e a pessoa já pensa. “A bullshit, bobagem, a blabla, a esses papinhos, a charlatão. ”. Cara olha se você for na prateleira de autoajuda na livraria saraiva, eu apostaria que talvez mais da metade, 50,01% dos livros daquela prateleira são muito bons. Eu diria que cara, a maioria, é 50,1% são muito bons. Agora, 49% é livro pra caralho, é muito livro. E esse excesso de porcaria, tem muita porcaria sem dúvida, muita porcaria, e nós somos obcecados com tudo que é negativo, a nossa amidala quer nos proteger, já rejeita, a gente faz uma coisa muito feia que é generalizar, ou seja, baseado no conceito que você tem, você agir com preconceito de “Autoajuda não, eu vou em negócios, eu vou em marketing, autoajuda é para os fracos. ” Isso é um grande preconceito que se você tem você precisa esquecer. Autoajuda ela sofre preconceito, tanto que ela, teve de mudar de nome eles botaram de " Desenvolvimento pessoal", mesmo assim, foi queimado também. É muito loco né, desenvolvimento pessoal “Não é aqueles papinhos de”, não cara são livros pra te desenvolver como pessoa, você vai ignorar todos eles velho, não pode né. Tem um monte de palavras que sofre preconceito PNL, meditação, tem preconceito com psicólogo, coach, alta performance terapeuta, mindset, em fim, e eu quero te apresentar um conceito que vai te ajudar a esquecer pré-conceito sobre alguns conceitos;
Sho shim
Sho Shim, significa mente de principiante, um conceito muito popular na filosofia budista, que significa estar com a mente livre a mente aberta, é a capacidade de conseguir momentaneamente esquecer alguns conceitos pra não agir com pré-conceito e fingir que está vendo aquilo pela primeira vez na vida, é ter a mente de principiante, é interessante eles falam que "A acumulação de conhecimento pode levar a uma fossilização do processo cognitivo". O excesso de conhecimento, ele é prejudicial, e no mundo ocidental ficou muito batida, essa coisa de o conhecimento é tudo, né? O conhecimento é que o poder, quanto mais se conhece, melhor o conhecimento, isso é muito aqui do ocidente, no oriente o Sho Shin já é mais presente, nesse sentido de não, é importante conhecimento logico, mas é importante também ter a mente aberta.
É engraçado, no mundo do Stand Up, sempre que alguém vai fazer um show pela primeira vez, o cara iniciante né. O cara Open Mike, várias vezes eu já vi Open Mike bombando, super bem, incrivelmente bem e na segunda vez que ele vai fazer, na terceira, ele já manda mal e a gente já criou a lenda, sorte de principiante sorte de Open Mike, segundo os orientais isso é sho shin, é mente de iniciante, na primeira vez você não tem experiência, isso é ruim mas, você não tem experiência , isso também é bom, porque você está mais aberto, você não tem pré conceito, ansiedades pré julgamento, expectativas, já na segunda vez você já entra com conhecimento da primeira vez que muitas vezes acaba te prejudicando. 
É fácil perceber como uma criançapequena aprende muito mais tranquilidade um idioma novo do que um adulto né. Tem vários motivos pelos quais isso acontece, mas um dos motivos é Sho Shin. Porque? A gente nasce com capacidade de emitir muitos tipos de sons. Só que durante muitos anos, a gente só ouve os fonemas que fazem parte do nosso idioma, e a gente acaba esquecendo, outros tipos de sons, o th do inglês a gente tem dificuldade, porque a gente não pratica. Quando a gente é adulto e vai aprender novo idioma, os nossos conhecimentos sobre o nosso atual idioma nos dificultam em conhecer o próximo idioma. Enquanto que a criança, Sho Shin, mente de principiante tem muito mais facilidade. Em fim essa primeira aula, eu queria falar sobre esquecimento, assunto muito pouco falado, mas que vai ser muito importante no processo de reaprendizagem criativa.
Você pode estar pensando agora, a que legal, aula sobre o esquecimento, , mas não que legal, mas não adianta só achar legal, tem que colocar em pratica, essa é a parte que geralmente as pessoas travam.
Muita gente sabe disso, ouve falar sobre isso, mas não faz, e aí não adianta. Sabe porque não faz? Porque fazer, colocar em pratica significa, mudar, fazer mudanças e mudar significa sair da zona de conforto. E nós seres humanos, nós somos muito bons em nos autoconvencer a continuar na zona de conforto. "A gente é muito bom em enrolar a gente mesmo. ” 
Isso é uma grande verdade, a gente é muito bom nisso, as nossas voizinhas que ficam aqui, o diabinho, que fica falando pra gente as paradas, ele tem uma persuasão incrível. Esse negócio de anjinho e diabinho, tem uma história que meu pai me contou, esse negócio de anjinho diabinho, a Sophia Loren, aquela atriz que antigamente era a mais linda e tal ela foi se encontrar com o Papa Paulo, a piada é que o anjinho e o diabinho do papa, ficava falando assim pra ele. “O diabinho falava, papa Paulo, papa, e o anjinho falava, papa Paulo, papa Paulo, papa Paulo. ” Enfim nada a ver. 
Já que a aula é de esquecimento, até esse negócio de anjinho e diabinho a gente devia esquecer. Sabe porque esquecer isso, porque essa visão de anjinho diabinho é uma visão muito maniqueísta do mundo de bem ou mal, anjo diabo. É verdade que nós temos vozes que falam com a gente, nossos diálogos internos, mas não são só duas, são muitas é uma gradação, é muito simplista querer dizer que anjinho diabinho, na verdade tem a voz do perfeccionismo, ela é anjinho ou diabinho? Depende. A voz do perfeccionismo de vez em quando ela te ajuda, de vez em quando ela te sabota.
Eu diria que uma das 5 principais variáveis de qualidade de vida do ser humano é a qualidade dos seus diálogos internos. Quando você está resmungando, chateado, ou feliz, ou preocupado, que tipo de conversas você tem consigo mesmo. Eu gosto de dar nome, e lá vem o perfeccionista dizer que não está bom o suficiente, lá vem o não sei o que, pra eu rotular eles, pra ter clareza de que, quem está conversando agora aqui dentro, a é fulano, é sicrano, ok.
 A famosa frase de Descartes "Eu penso logo existo", criou a sensação de que nós somos os nossos pensamentos, mas isso não é bem verdade, nós somos acima dos nossos pensamentos e a prova disso é que a gente consegue observar os nossos pensamentos, a gente consegue. Se a gente quiser observar, os nossos diálogos internos, ou seja, tem uma coisa maior aqui, vai ter mais na frente uma aula de meditação pra falar mais sobre isso. Queria deixar uma reflexão: 
· Como tá a qualidade dos seus diálogos internos?
· Já parou pra pensar nisso? 
Tenta exercitar, e sempre que tiver com conflitos mentais, se colocar acima, se imaginar acima, identificar, quem tá conversando, quem tá nessa reunião, e começar a controlar porque você manda nessas pessoas.
"A gente é muito bom em enrolar a gente mesmo. A gente é muito bom em nos convencer a ficar na zona de conforto."
Essa palavra zona de conforto, eu sei que é um negócio meio clichê. Todo, aí eu Deus, zona de conforto, se fala-se muito, ai zona de conforto, tá muito na baldia. Eu queria trazer aqui a minha abordagem, o meu jeito de falar sobre zona de conforto. É o seguinte, vamos lá.
Zona de conforto - Pela lógica semântica qual o nome da zona que tá aqui fora. Logica semântica é a zona de desconforto, não há dúvida. 
Beleza, a cara que inventou esses dois nomes e popularizou, esse cara é um trouxa, ele cagou tudo, porque? Porque ele deu um nome bonito, pra um negócio que não é sinceramente é ser bonito. Ele deu um nome feio um negócio que não sinceramente é sempre feio. E nomes criam rótulos, e rótulos viram crenças, e a gente age baseado nesses rótulos. 
Então o que que acontece. O conceito de zona de conforto que é o conceito de tudo que você já conhece, já tá acostumado e é confortável, e é oposto ao conceito de aprezagem. Logico. Porque você tá aprendendo uma coisa nova, essa coisa obrigatoriamente não tá na zona de conforto, tá na zona de desconforto. Se você tá aprendendo é porque você não sabe, se você não sabe tá aqui fora.
Resumindo todo processo de aprendizagem, de crescimento, de melhoria, de desenvolvimento, de mudança, todos eles estão aqui, tudo acontece aqui, aqui é onde acontece a magia da vida velho. Só que esses nomes cagaram tudo desse jeito, e um detalhe interessante é que sempre que surgem fatos na nossa zona de conforto, uma coisa que a gente precisa aprender, uma coisa que a gente precisa esquecer, também é um desconforto esquecer, uma coisa que a gente precisa se acostumar, uma coisa que a gente precisa aceitar, enfim, tudo que nos conforta eles começam na zona de conforto, mas nós temos uma capacidade incrível de pegar essas linhazinhas e começar a esticar, transpira um pouco, mas dá, você estica de repente ela fica, e aquilo que uma vez é desconfortável passa a ser conforto.
Estava vendo um documentário com milha mulher falando que em Taiwan eles comem língua de sapo, aí ela falou " aí é um absurdo, comer “língua de sapo" ai eu falei "Coração de galinha” é tão escroto quanto língua de sapo, a diferença é que lá em Taiwan a pessoa acha normal, para o conforto deles, e aqui coração de galinha tá no nosso conforto". Se o cara vier pra cá ou a gente for pra lá, provavelmente com o tempo se a gente quiser a gente estica a bicha, tem que suar um pouquinho pra esticar mas dá e aquilo passa a virar confortável. Simples assim.
Chegam para ti e perguntam assim "Brother tem a zona de conforto e a zona de desconforto quer ficar em qual? ” 
“Ochente, de conforto, sou trouxa? ” Eu proponho uma nova nomenclatura para essa zona de conforto, chamada zona de estagnação (uma parada ruim) e zona de diferenciação (parada boa) que aí você pensa, porra, tem duas zonas quer ficar em qual? Zona de estagnação ou zona de diferenciação. É outra história né. Eu sei que minha história é muito bonita, mas que na pratica é muito difícil. E é difícil mesmo, eu tenho muita dificuldade, sempre que eu preciso fazer algo que me desconforta, mas a gente vai.
"Coragem não é ir sem medo, coragem é ir mesmo com medo"
Eu falei das vozes que falam com a gente, tem uma voz especifica que atrapalha muito isso aqui, atrapalha muito nosso crescimento. É a voz da resistência. É tem um livro muito interessante, "Guerra da arte (The War Of Art)”, ele não tem em português, mas dá pra comprar na internet, audiobook e é um livro apenas sobre resistência, que fala sobre como brigar com essa outra voz da resistência que impacta a gente de fazer muitas coisas.
Bem pra finalizar essa aula de crescimento, de abertura, eu queria propor um exercício que é o seguinte. Eu queria propor você de desconfortar, vai na livraria ou no site e compra um livro de um assunto que você tem algum tipo de pré-conceito discriminatório, pode ser um desses que eu falei aqui, pode ser outro qualquer. A, mas como eu vou saber que livro eu vou comprar? Se você é expert em algum assunto que costuma sofrer preconceito, comente em baixo dessa aula: “Pessoal quem tiver preconceito sobre tal assunto recomendo começar por esse livro aqui.” 
Dito tudo isso sobre esquecimento, vamos começaragora a esquecer, a gente vai ter agora 4 aulas, são os 4 mitos sobre criatividade, que você precisa esquecer urgentemente sobre criatividade. Esses mitos eu cheguei a abordá-los no terceiro vídeo da série 4 habilidades do futuro, mas agora eu vou aprofundar muito neles, porque não dá pra gente começar a fazer o de bloqueio criativo sem antes eliminar esses 4 mitos. Então simbora papai.
Só um pequeno extra. Mais uma frase de Rubem Alves, genial, poeta do esquecimento.
" Esquecimento é perdão, o alisamento do passado, igual ao que as ondas do mar fazem com a areia da praia durante a noite"
Lindo, não é? A areia está lá e a agua do mar vai toda noite, passa e esquece aquilo ali. Em homenagem a essa cena, para fechar em grande estilo, a nossa primeira aula.
Música: Luan & Vanessa – Quatro Semanas de Amor.
Quando eu virar cantor, eu vou virar cantor, eu vou só focar em músicas que bombaram antigamente, pegar a letra dessa música, regravar, mudar o arranjo. E cara já foi testado no mercado esse produto, essa música ela tem uma musicalidade que eu gosto
Tá bom tá bom, já deu.

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