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Conceito de Romantismo
O Romantismo foi um movimento que começou na Europa, nas últimas décadas do século XVII. Ele teve um impacto muito além da Literatura, apesar de seu nome ser associado a essa matéria. O Romantismo influenciou as Artes de forma geral, a filosofia e até mesmo o pensamento político de sua época.
Durante o período em que esse movimento durou, a sociedade destacou o que foi chamado de espírito romântico: uma atitude e visão de mundo centrada no indivíduo. Seu objetivo era se diferenciar do pensamento iluminista, que pregava a objetividade e colocava a razão no centro do mundo.
Portanto, mesmo em grande parte do século XIX, esse espírito romântico produziu teorias filosóficas e obras artísticas bastante subjetivas. Os autores retratavam o drama humano, as emoções vivenciadas pelas pessoas, os amores trágicos e ideais utópicos.
Vamos falar um pouco mais desses pontos ao tratarmos das características do Romantismo. Confira a seguir!
Características do Romantismo
Como já falamos, no período romântico o ser humano queria se libertar da visão objetiva trazida pelo Iluminismo. Por isso, as obras literárias têm as seguintes características:
Liberdade de criação e de expressão
O que importa, nesse movimento, não são as regras externas. As obras têm o objetivo de retratar e valorizar o eu, o indivíduo. Por esse motivo, os autores se sentem em total liberdade para expressarem seus sentimentos e visão de mundo da forma como desejam.
Nacionalismo
Muitas obras exaltam os feitos dos heróis nacionais. Para isso, elas resgatam o passado histórico das nações, principalmente o período medieval. Também é comum a valorização da pátria. Um exemplo clássico é o do poeta Gonçalves Dias que, quando estava em Portugal, escreveu a Canção do Exílio. Os versos mais conhecidos são:
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Religiosidade
Mais uma vez, uma característica do Romantismo mostra uma reação aos valores do Iluminismo. Se o racionalismo considerava a religião uma inimiga, o espírito romântico exalta o cristianismo como consolo diante das frustrações impostas pela vida real.
Mais do que isso, no Romantismo o cristianismo é a causa da ingenuidade e a crença que inspira ações nobres e virtuosas.
Valorização da natureza
O autor romântico é fascinado pela natureza. Ele descreve as paisagens exóticas e usa, também, essa característica para exaltar sua nação. Voltando à Canção do Exílio, o poeta afirma:
Nosso céu tem mais estrelas
Nossas várzeas têm mais flores
Nossos bosques têm mais vida
Nossa vida, mais amores.
Além disso, o autor romântico transforma a natureza em uma personagem que reflete o eu. Portanto, ela assume as emoções, como tristeza, e esbanja exuberância diante da alegria e das conquistas do indivíduo.
Valorização das emoções
A ênfase nas emoções pessoais é uma das principais características do Romantismo. O autor expressa não só os sentimentos dos personagens, mas sua própria percepção das situações e da vida.
Individualismo, egocentrismo
Para os autores românticos, eles e seus sentimentos estão no centro do universo. Seus desejos, paixões e frustrações são mais importantes do que os acontecimentos do entorno ou do mundo. É o microcosmos se sobrepondo ao macrocosmos.
Pessimismo
Os autores românticos frequentemente se deparam com a impossibilidade de realizar os desejos do seu “eu”. Como resultados, eles demonstram angústia, solidão, desespero, tristeza e frustração. Esse estado de espírito é conhecido como o “mal do século”.
Por isso, o final de muitas obras românticas traz a saída encontrada pelos autores para essa tristeza e angústia. Morte, suicídio (como em Romeu e Julieta), fuga para a natureza ou a pátria são os escapes possíveis para esse mal.
Escapismo
O romantismo é marcado também pela fuga de uma realidade que o autor (ou personagem) não consegue suportar. A causa dessa frustração vem do contexto histórico: a Revolução Francesa promoveu mudanças, mas que não satisfizeram os desejos do homem.
Dessa forma, ele sente a necessidade de escapar da realidade. Essa fuga pode acontecer por meio da morte ou suicídio ou na busca por um mundo utópico e perfeito, presente apenas no passado histórico. Por isso, eles resgatam fatos heroicos, principalmente do período medieval.
Idealismo
O autor romântico tem uma visão idealizada do mundo. A realidade, para ele, é desesperadora. Porém, a pátria, a mulher e o amor são vistos não da forma como são, mas como ele acredita que deveriam ser.
Por isso, a pátria é sempre perfeita. A mulher (virgem, frágil, bela e submissa), além dessas características, é inatingível. O amor é espiritual, geralmente inalcançável e a causa de grande sofrimento.

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