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2 PALAVRAS DE INTRODUÇÃO TER A CERTEZA QUE O SENHOR LEVARÁ A CABO SUA RESTAURAÇÃO Esta é a conclusão que temos chegado com respeito ao que temos recebido nos últimos quatro ou cinco anos, depois de ter reconsiderado nossos caminhos diante do Senhor conforme a Bíblia, ao estudar a história da igreja e ao comparar as estatísticas de muitas denominações. Esta é a vida que devemos viver, a obra que devemos fazer e a maneira que devemos tomar como sacerdotes do evangelho de Deus. Por esta razão estou convencido de que, entre nós, o Senhor primeiramente restaurará o sacerdócio neotestamentário do evangelho. Segundo, Ele restaurará a essência orgânica do Corpo de Cristo, para que todo membro seja vivo e seja cheio do Espírito e da vida. Terceiro, Ele restaurará Efésios 4, de maneira que todos os membros dotados aperfeiçoem os santos para que estes façam a obra do ministério; e quarto, Ele restaurará 1 Coríntios 14 para que todos os santos cheguem a condição de todos falarem pelo Senhor como profetas. Creio firmemente que o Senhor levará isto a cabo para o cumprimento de seu propósito. Pelo lado humano, talvez sejamos descuidados e tenhamos defeitos, o que atrasará o tempo do Senhor. Além disso, para o Senhor mil anos são como um dia. Contudo, finalmente Ele levará a cabo aquilo que Ele busca; Ele o obterá cedo ou tarde. SER POSITIVO, PERSEVERAR E SE ESFORÇAR 3 Todos devemos ter muita fé e manter um coração perseverante, colocando nossa esperança no Senhor e em Sua nova maneira. Nos últimos dias desta era, o Senhor restaurará estas quatro coisas entre nós: o sacerdócio Neotestamentário do evangelho, a função orgânica dos crentes, o aperfeiçoamento de Efésios 4 e o profetizar mencionado em 1 Coríntios 14. Necessitamos ser positivos, mas não ansiosos. Todos temos nosso passado e formação, os quais não são fáceis de descartar e substituir por algo novo. Assim que, não devemos ser demasiadamente precipitados para obter êxito, e sim devemos prosseguir lentamente com um coração apropriado e com perseverança. Ao mesmo tempo, aqueles que já entraram na nova maneira não devem desprezar os que não entraram ainda; e aqueles que ainda não entraram na nova maneira também não devem se opor aos que tenham entrado. Devemos amar uns aos outros, suportar uns aos outros e esperar uns pelos outros. Não devemos nos esquecer que qualquer que seja a maneira praticada, somos aqueles que crêem no Senhor, O amamos e vivemos para Ele. Todavia, a maneira que praticamos faz uma diferença. Se adquirirmos a devida maneira, os resultados serão grandes; se adquirirmos a maneira equivocada, os resultados serão pequenos, e isso será um impedimento para o Senhor. Portanto, tanto quanto nos seja possível, devemos nos voltar à maneira apropriada. Temos que nos esforçar para seguir adiante com o Senhor. O Senhor conhece nossos problemas e nossas circunstâncias. Ele pode ser nossa provisão e fortaleza, e dia a dia nos introduzirá no caminho correto. Além do mais devemos considerar uns aos outros e orar uns pelos outros, sem críticas, desprezo ou levantar 4 qualquer oposição; e sim, amando-nos uns aos outros, exortando- nos, apoiando-nos uns aos outros. Todos devemos nos esforçar juntos para fazer o melhor que pudermos. Que cada santo entre na maneira ordenada por Deus, que cada um seja um sacerdote do evangelho, que cada um pregue o evangelho para salvar pecadores, que cada um possa nutrir outros, que cada um aperfeiçoe outros e que cada um profetize e ajude outros a profetizar para que as riquezas de Cristo sejam liberadas a fim de que todos sejam supridos e a igreja edificada. (The Church Life in the Lord's Recovery [A vida da igreja na restauração do Senhor], págs. 46-47) Mensagem dada pelo irmão Witness Lee em Tókio, Japão,em 5de maio de 1989 INTRODUÇÃO A MANEIRA ORDENADA POR DEUS PARA PRATICAR E EDIFICAR A IGREJA CONFORME AO MINISTÉRIO NEOTESTAMENTÁRIO, REALMENTE FUNCIONA Tenho me dedicado por mais de dez anos em ajudar as igrejas para que entrem em uma situação vital. Recentemente recebi um testemunho de alguém que mostra que pelo menos uma igreja tenha chegado a ser vital. O conteúdo deste testemunho se expressa abaixo, e nele temos numerado os pontos cruciais. “A vida da igreja aqui tem sido muito agradável. Até agora temos estado em localidades onde a igreja é pequena ou tido algumas situações difíceis. Esta é a primeira vez que sentimos o 5 seguinte: (1) Os santos têm nos pastoreado. (2) Os santos aqui buscam genuinamente a Cristo e edificam a igreja segundo o ministério Neotestamentário. Isto é reconfortante e ao mesmo tempo nos expõe. Dou-me conta de que de certo modo tenho envelhecido e tenho esfriado. Mas estou me esquentando novamente. (3) Muitos santos pastoreiam ativamente os novos crentes em diversas etapas. (4) Pelo menos a metade dos santos ainda saem a bater nas portas cada semana. (5) Eles têm praticado isto nos últimos dez anos! (6) Chegam novos (a maioria caucasianos) constantemente à vida da igreja por meio desta prática e (7) pelo contato com os vizinhos, companheiros de trabalho e parentes. (8) Nas reuniões nunca tem havido um silêncio prolongado entre testemunhos. É difícil dar um testemunho porque são muitos os que desejam faze-lo. (9) Meu apetite tem sido estimulado pelo (10) intenso e sério apetite que os santos têm pelo ministério.” A pessoa que escreveu este testemunho disse que havia sido pastoreado pelos santos, não pelos presbíteros nem pelos cooperadores. Isto significa que praticam o pastoreio que o ministério ensina. Necessitamos prestar a atenção na expressão pelos santos neste testemunho. Os santos dessa localidade seguem Cristo conforme ao ministério Neotesta-mentário, não conforme a ensinamentos diferentes. Apocalipse 2 fala do ensinamento de Balaão (v. 14), o ensinamento dos Nicolaítas (v. 15) o ensinamento de Jezabel (v. 20) e o ensinamento das profundezas de Satanás (v.24). No Cristianismo atual há muitos ensinamentos diferentes, mas devemos ter um só ensinamento, o ensinamento Neotestamentário, o qual se chama: o ensinamento dos apóstolos 6 (At 2:42). O único ensinamento do Novo Testamento é o ensinamento dos apóstolos quanto à economia eterna de Deus que produz a igreja para o Corpo, o qual tem sua consumação na Nova Jerusalém. Quando seguimos Cristo e edificamos a igreja conforme o ensinamento dos apóstolos, o ministério Neotestamentário, estaremos sob a bênção do Senhor. Podemos dizer que é difícil ganhar os caucasianos, mas no lugar mencionado acima, pelo menos a metade dos santos tem praticado fielmente o bater portas durante os últimos dez anos, e as pessoas novas que foram ganhas são principalmente caucasianos. O conteúdo deste testemunho concorda com o que tenho ensinado nos últimos dez anos. Este testemunho confirma que o caminho ordenado por Deus de praticar e edificar a vida da igreja conforme o ministério neotestamentário em realidade funciona. (Os Grupos Vitais, págs. 141-142) Mensagem dada pelo irmão Witness Lee em Anaheim CA. USA, em 4 de dezembro de 1996 LIÇÕES SOBRE A MANEIRA ORDENADA POR DEUS Lição 1 A visão da maneira ordenada por Deus: Entrar em um novo reavivamento Lição 2 A economia de Deus Lição 3 A realidade do Corpo de Cristo Lição 4 Uma visão panorâmica da maneira ordenada por Deus Lição 5 A vitalidade na prática da maneira ordenada por Deus: Os lares Lição 6 A meta da maneira ordenada por Deus: A edificação do 7 Corpo de Cristo se realizapor meio da função de cada um Lição 7 A vida segundo a maneira ordenada por Deus: O viver do homem-Deus (1) Uma vida de reavivamento matinal Lição 8 A vida segundo a maneira ordenada por Deus: O viver do homem -Deus (2) Uma vida de oração Lição 9 A vida segundo a maneira ordenada por Deus: O viver do homem- Deus (3) Na vida diária Lição 10 Edificar o hábito de contatar pessoas (1) Lição 11 Edificar o hábito de contatar pessoas (2) Lição 12 Contatar as pessoas com uma atmosfera de amor Lição 13 Contatar as pessoas através do entremesclar Lição 14 O princípio de nutrir aos novos Lição 15 Os grupos vitais (1) o encargo e a vitalidade Lição 16 Os grupos vitais (2) A natureza e os pontos básicos Lição 17 Os grupos vitais (3) O início e a prática Lição 18 O profetizar (1) Todos devem profetizar para a edificação Lição 19 O profetizar (2) A prática do profetizar Lição 20 O profetizar (3) O profetizar nas reuniões da igreja Lição 21 A edificação do serviço do sacerdócio Lição 22 O serviço da igreja (1) as crianças Lição 23 O serviço da igreja (2) as universidades Lição 24 O aumento e a propagação da igreja através da multiplicação de grupos e distritos Lição 25 A edificação e a pratica da educação da verdade Lição 26 A educação e o aperfeiçoamento na vida da igreja Lição 27 A maneira de ser constituídos com as verdades divinas Lição 28 A maneira de ministrar e propagar as verdades divinas Lição 29 A necessidade de ter irmãos de tempo integral Lição 30 A atitude na prática da maneira ordenada por Deus 8 Lição 31 A inclusividade e a Importância da Maneira Ordenada por Deus Lição 32 A peculiaridade, a generalidade e o sentido prático da vida da igreja Lições sobre a Maneira Ordenada por Deus Lição um A Visão da Maneira Ordenada por Deus: Entrar em um Novo Reavivamento Leitura bíblica: Hc 3:2b — Aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; Ef 3:9 — E manifestar qual seja a dispensação do mistério,desde os séculos, oculto em Deus,que criou todas as coisas. Rm 8:29-30 — Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou. 9 Fp 1:19-21a — Porque estou certo de que isto mesmo, pela vossa súplica e pela provisão do Espírito de Jesus Cristo , me redundará em libertação, segundo minha ardente expectativa e esperança de que em nada serei envergonhado; antes, com toda ousadia, como sempre, também agora, será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida , quer pela morte. Porquanto, para mim, o viver é Cristo. 1Pe 5:2-3 — Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer,; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade;nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho. At 20:20 — Jamais deixando de vos anunciar coisa alguma proveitosa e de vo-la ensinar publicamente e também de casa em casa. I. Existe uma sede interior nos escolhidos de Deus por um novo reavivamento – Hc 3:2b; Os 6:2; Rm 8:20-22. II. Entraremos em um novo reavivamento ao chegar ao pico da revelação divina mediante o ministério da era – Ef 3:9; Cl 1:25-26; Rm 8:29-30 A. Servir juntos ao Senhor na visão atualizada que herda todas as visões anteriores: 1. Em cada era existe uma visão, e temos que servir a Deus conforme a visão da era – Pv 29:18a; At 26:19; Ef 1:17; 3:9. 10 2. Hoje podemos ser unânimes porque temos uma única visão, a qual é atual e herda todas as anteriores: a visão da economia eterna de Deus. B. O pico da revelação divina dada por Deus é a revelação da economia eterna de Deus: 1. Toda a Bíblia, a qual é uma explicação da economia eterna de Deus, é uma autobiografia do Deus Triúno vista desde ambas as sessões da eternidade e na ponte do tempo - Jo 1.1, 3, 14, 29, 32, 24, 51. 2. O fato de que Deus se fez homem para que o homem chegue a ser Deus em vida e natureza, mas não na Deidade, é a essência de toda a Bíblia, o “diamante” da “caixa” da Bíblia, a economia eterna de Deus - Gn 1:26; Jo 12:24; Rm 8:29. 3. “Espero que os santos de todas as igrejas da terra, especialmente os cooperadores e presbíteros, recebam esta revelação e orem para que Deus que nos dê um novo reavivamento, um reavivamento sem precedentes na história” (Estudo-Vida de 1 e 2 Crônicas, pág. 16). III. Se praticarmos levar a vida de um Deus – homem, espontaneamente será edificado um modelo que vive na economia de Deus; este modelo será o maior reavivamento, para trazer o Senhor de volta – Fp 1:19 – 21a; 3:10. A. Necessitamos seguir o padrão do Senhor Jesus, 11 levando Suas marcas, as características de sua vida – Gl 6:17 B. Necessitamos viver Cristo pela abundante provisão do Espírito de Jesus Cristo para que Ele seja engrandecido – Fp 1:19 – 21a. C. Necessitamos ser conformados à morte de Cristo pelo poder de Sua ressurreição – Fp 3:10 D. “Todos devemos declarar que nosso maior desejo é viver como um homem-Deus”. Finalmente, os homens-Deus sairão vitoriosos; eles serão os vencedores, o Sião que está em Jerusalém. Isto produzirá um novo reavivamento sem precedentes na história da humanidade, e levará à conclusão desta era (Estudo-vida 1e2 Crônica, pág. 29). IV. Podemos entrar em um novo reavivamento ao pastorear as pessoas segundo Deus com o coração amoroso e perdoador do Pai e com o espírito de pastoreio e busca do Salvador —1Pe 5:2-3; Lc 15:20, 4; At 20:20. A. Necessitamos pastorear as pessoas segundo o modelo do Senhor Jesus em seu ministério para levar a cabo a economia eterna de Deus – Mt 9:36; Jo 10:11; Hb 13:20; 1Pe 5:4. 1. O conteúdo de toda a economia Neotestamentária de Deus em Sua salvação completa é Cristo como o Filho do Homem cuidando-nos com ternura e nutrindo-nos como Filho de Deus – Ef 5:29 2. Em seu ministério celestial, Cristo como o Sumo Sacerdote, cujo peito está cingido por um cinto de ouro, 12 cuida com ternura e nutre as igrejas – Ap 1:12,13 B. Necessitamos pastorear segundo o modelo do apóstolo Paulo, como um bom pastor que cuida do rebanho de Deus – 1Tm 1:16; At 20:28. C. “Eu espero que possa haver entre nós um reavivamento autêntico ao recebermos o encargo do pastoreio. Se todas as igrejas receberem este ensinamento e participarem no pastoreio maravilhoso de Cristo, então haverá um grande reavivamento na restauração” (Os Grupos Vitais, pág.40). Extratos do Ministério: EXISTE UMA SEDE INTERIOR ENTRE OS ESCOLHIDOS DE DEUS POR UM NOVO REAVIVAMENTO Habacuque 3:2a fala de reavivamento: “Aviva tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e no decurso dos anos”. Entre os escolhidos de Deus sempre tem existido a aspiração de serem reavivados. Desde que você seja um salvo, cada dia, consciente ou inconscientemente, você terá uma aspiração e uma oração espontânea em si mesmo: “Oh Senhor, nos reaviva”. Embora não tenhamos nos dado conta,tal aspiração tem estado em nós durante todos os anos de nossa vida cristã. (Life Study Of Malachi [Estudo- vida de Malaquias] pág. 19). 13 PODEMOS ENTRAR EM UM NOVO REAVIVAMENTO AO CHEGAR AO PICO DA REVELAÇÃO DIVINA POR MEIO DO MINISTÉRIODA ERA Servir juntos ao Senhor em uma visão atualizada que herda todas as visões anteriores A fim de que sirvamos a Deus hoje, nossa visão deve abranger desde a primeira visão de Adão, em Gênesis, até a visão máxima da manifestação da igreja, a Nova Jerusalém. Somente esta é a visão completa. Esta visão não tinha sido aberta completamente a nós. Durante os últimos mil novecentos anos, muita gente tem servido ao Senhor, mas como tem servido? Poderíamos dizer que há quinhentos anos atrás Martinho Lutero viu esta visão e serviu segundo esta visão?Ao longo das eras muitos serviram ao Senhor, mas conforme as primeiras visões. Eu desejo que todos os irmãos e irmãs tenham um panorama amplo e extenso. Espero que eles se dêem conta de que todos os livros que temos impresso cobrem um panorama completo desde a primeira cena até a ultima. Nós não estamos servindo a Deus baseados somente nas primeiras cenas, se não que estamos servindo a Deus segundo a última cena, a qual inclui todas as cenas anteriores. (Ministry Magazine,volume 1, exemplar 2, pág.18-19) É a misericórdia do Senhor que me tenha revelado esta visão. Eu os aconselho que não me sigam, se não que sigam esta visão que nos tem deixado o irmão Nee e todos os Servos do Senhor ao longo de todas as eras, a qual tenho passado a vocês. Esta é, verdadeiramente, a visão que se estende desde a primeira cena de 14 Adão até a ultima cena, que é a Nova Jerusalém. Já se passaram cinqüenta anos. Eu tenho visto com os meus próprios olhos que aqueles que tomam o caminho da restauração do Senhor por um tempo e logo saem, não têm um final apropriado. Onde não há visão, o povo se desenfreia, porque não tem unanimidade. É bem certo que muita gente ama e serve ao Senhor, mas cada qual tem sua opinião e sua própria visão. Como resultado, não existe maneira de obter unanimidade. É por isto que o cristianismo tem chegado a ser tão débil. ...Embora nós estejamos muito atrás de outros quanto ao zelo pela pregação do evangelho, embora muita gente seja mais zelosa e ardente no espírito que nós, e embora sejamos pobres, a visão ainda está conosco. Verdadeiramente espero que os obreiros jovens dentre nós e os treinandos se exercitem para a piedade. Isto não quer dizer que uma vez que tenhamos a visão não necessitamos ter piedade, todavia, espero que recordem que a piedade sozinha não se iguala a visão. ...Nossa visão deve ser uma que vá de acordo com a era. Também deve ser uma que inclua tudo o que tenha ocorrido antes de nós. Deve incluir a piedade dos judeus, o zelo dos evangélicos e o serviço genuíno. Logo seremos capazes de praticar uma vida da igreja todo-inclusíva, a vida da igreja que Paulo nos revelou (Rm 14) Nós não estamos divididos em seitas e nem mesmo impomos nenhuma prática especial sobre ninguém. Somente levamos uma vida da igreja todo-inclusíva. Se fizermos isso, teremos a unanimidade genuína. Hoje em dia podemos ser unânimes porque temos uma só visão e um mesmo panorama. Todos estamos nesta visão atualizada que herda todas as visões anteriores. Nós temos somente um ponto de vista. Falamos a mesma coisa com o mesmo 15 coração, uma boca, uma voz, e um tom, servindo juntos ao Senhor. O resultado é um poder que chegará a ser nosso forte estado de ânimo e nosso impacto. Está é a nossa fortaleza. Uma vez que a restauração do Senhor possua este poder, virá a glória do aumento e da multiplicação. (Ministry Magazine, págs.20-23) O pico da revelação divina dado por Deus é a revelação da economia eterna de Deus Hoje muitos cristãos têm a Bíblia como se fosse a “caixa”, mais não conseguem ver nem valorizar o “diamante” contido na “caixa”,isto é, na Bíblia; é a revelação de que Deus em Cristo se fez homem para que o homem chegue a ser Deus em vida e em natureza, mas não em Deidade. Hoje a maioria dos cristãos negligencia o tema crucial da Bíblia: Que Deus em Cristo se fez homem para que o homem chegue a ser Deus em vida e natureza, mas não na Deidade, e que Deus deseja mesclar-Se com o homem para ser uma só entidade com ele. Tem pessoas que não só passam por alto esta verdade, como também acusam de hereges aqueles que a ensinam. Muitas pessoas crêem no aspecto crucial de que Deus se fez um homem chamado Jesus, mas não crêem no outro aspecto, a saber, que o homem chega a ser Deus em vida e em natureza, mas não na Deidade. (Life study of 1& 2 Samuel [Estudo-vida de 1 e 2 Samuel], pág. 204) Então, como faz Deus para que o homem chegue a ser Deus? Depois de regenerar-nos consigo mesmo como vida, Deus segue levando a cabo em nós a obra de santificação, renovação e transformação por seu Espírito de vida. Deus se fez homem por 16 meio da encarnação; o homem chega a ser Deus por meio da transformação. Quando o Senhor Jesus viveu como um homem na terra, Ele subiu ao monte e ali se transfigurou. Essa transfiguração foi um evento repentino. Mas a nossa transformação, ou seja, que sejamos feitos Deus, não ocorre inesperadamente. È uma transformação que se leva a cabo por toda nossa vida até que sejamos conformados à Sua imagem. Finalmente, entraremos com Ele na glória, isto é, nosso corpo será redimido. Esse será o último passo da redenção de todo o nosso ser, o passo que nos introduzirá na glória. Por tanto, chegamos a ser Deus mediante a regeneração, a santificação, a renovação, a transformação, a conformação e a glorificação. Quando chegarmos a esse ponto, 1 João 3:2 diz que quando “Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque haveremos de vê- lo como Ele é”. O resultado deste processo é um organismo. Este organismo se forma ao unir-se Deus ao homem e ao mesclar-Se com ele para que Deus chegue a ser homem e o homem chegue a ser Deus. Entre a Trindade Divina, pelo que cabe ao Pai, este organismo é a casa do Pai, a casa de Deus; pelo que cabe ao Filho, é o Corpo de Cristo. A casa serve como habitação para Deus, enquanto que o Corpo serve como expressão para Deus. Finalmente, a Nova Jerusalém resulta como final deste processo. Isto nos mostra como Deus se fez homem e logo como Ele faz que o homem chegue a ser Deus para que possa levar a vida de um Homem-Deus. A vida que levamos hoje como um homem-Deus é a vida modelo que viveu Jesus Cristo na terra ao passar pela morte e ressurreição. No evangelho de João, vemos que a vida humana que Jesus Cristo experimentou na terra era uma vida antes da morte e ressurreição. 17 Nas epístolas vemos que a vida cristã, a vida de um homem -Deus, é a vida que nós vivemos depois da morte e ressurreição. Na ressurreição estamos sendo transformados diariamente. Inclusive entre nós, bem poucos temos nos aprofundado nos mistérios da Trindade Divina como vida. Que o Senhor tenha misericórdia de nós. Espero que por meio destas palavras de comunhão, todos nós possamos receber esta visão e buscar entrar na realidade desta visão. (O pico da visão e a realidade do Corpo de Cristo, págs.31-32) Já que temos visto o pico da revelação divina,devemos colocar em prática o que temos visto Já que temos visto o pico da revelação divina, devemos por em prática o que temos visto. Nossa prática terá êxito, e esse êxito será um novo reavivamento, o reavivamento mais elevado e provavelmente o ultimo reavivamento antes que o Senhor volte. Como disse no capítulo anterior, necessitamos um modelo. Não quero dizer que somente alguns indivíduos devem ser um padrão. Quero dizer que necessi-tamos um modelo corporativo, um Corpo, um povo que leve a vida de um homem-Deus. De agora em diante, nossa prática deve consistir em levar a vida de um homem-Deus ao experimentar o poder da ressurreição de Cristo e ao tomar a Sua cruz como Ele o fez, isto é, sermos crucificados, e sermos conformados à Sua morte todos os dias para levar a vida de outra pessoa (Fl 3:10; 1:21; Gl 2:20).Nossa vida, nosso eu, nossa carne, nosso homem natural e tudo nosso, Ele já os levou para cruz. Agora vivemos Ele, assim que devemos permanecer em Sua crucificação para ser conformado ao molde de Sua morte a cada 18 momento. Este é o viver de um homem-Deus. (Uma vida conforme o pico da revelação de Deus,págs. 39-40) SE PRATICARMOS LEVAR A VIDA DE UM HOMEM-DEUS ESPONTANEAMENTE SERÁ EDIFICADO UM MODELO QUE VIVE NA ECONOMIA DE DEUS; ESTE MODELO SERÁ O MAIOR REAVIVAMENTO,O QUAL TRARÁ O SENHOR DE VOLTA Necessitamos seguir o padrão do Senhor Jesus, levando suas marcas, as características de sua vida Esta tem que ser nossa prática na igreja de agora em diante. Se não é, o que praticamos será em vão. Nossa prática não se limita em ter uma vida da igreja na qual tudo concorde com a Bíblia, uma vida da igreja na qual batizamos as pessoas por imersão, abandonamos as denominações, praticamos o cobrir a cabeça e temos a mesa do Senhor, tudo isso na absoluta conformidade com a bíblia. Alguns têm vindo à restauração por causa destas práticas. Eles valorizam nossa vida familiar, as reuniões da igreja e a maneira com que aperfeiçoamos a nossos jovens. No entanto, estas coisas não devem ser a meta de nossa prática. A meta de nossa prática deve ser levar a vida de um homem-Deus. A vida familiar, a vida matrimonial e a vida social mais elevada provêm de tal vida. Esta vida é a vida da igreja e a vida do Corpo de Cristo. Tal vida é a realidade do Corpo de Cristo. Tal vida, como a de Jesus Cristo em seus trinta e três anos e meio sobre a terra, nos salva de todas as coisas negativas, sejam elas pequenas ou grandes. Em nossa vida matrimonial, nos salva da 19 separação e do divórcio. Na igreja, nos salva da opinião, da divisão, do desprezo, das criticas e das murmurações. Nesta vida não tem criticas, desprezo, parcialidade, divisão, dissensão nem opinião. Nesta vida levamos a vida de um homem-Deus. Com Ele tudo é novo, tudo é celestial, é o Divino mesclado com o humano. Queridos santos, este é meu encargo. Todos necessitamos levar esta vida. Se o fazemos, somos fieis ao que temos ouvido. Logo o Senhor não terá só um modelo com indivíduos, senão um modelo corporativo. Este é o modelo que o Senhor necessita para mostrá-lo ao cristianismo atual, um modelo do que deve ser Sua igreja. Se tivermos esta vida, certamente sairemos a pregar o evangelho. Um grupo vital é um grupo de pessoas assim. Os grupos vitais não devem ser praticados com formalidade; devem ser grupos de pessoas que levam esta vida. Nossa vida de Homem-Deus salvará as pessoas, edificará a outros e as igrejas locais até produzir a edificação do Corpo de Cristo. Se colocarmos em prática o que temos ouvido, espontaneamente produzirá um modelo. Este modelo constituirá no maior reavivamento na história da igreja. Eu penso que este reavivamento fará com que o Senhor volte. (Uma vida conforme o pico da revelação de Deus, pgs. 40-41) Viver Cristo pela abundante provisão do Espírito de Jesus Cristo para que Ele seja engrandecido Paulo disse em Filipenses 1:21a: “Porquanto, para mim, o viver é Cristo”. Paulo falou isto estando preso em Roma. Nessa prisão, ele vivia Cristo. Se alguém perguntasse a Paulo que fazia, 20 ele teria respondido: “Eu vivo Cristo”. Cristo é nossa vida. Nós, os homens-Deus, vivemos como seres humanos para expressar a Deus, não por nossa própria vida, nossa vida natural, senão pela vida divina em Cristo em ressurreição (Cl 3:4). Viver Cristo inclui seguí-Lo e ganhá-Lo (Fl 3:8, 12-14). Se não temos ganhado Cristo, como podemos vivê-Lo? Se visto uma jaqueta, é porque a tenho obtido. Se não a obtenho, não poderia usá-la. Do mesmo modo, se não temos ganhado Cristo, não poderemos vivê-Lo. Viver Cristo inclui amá-Lo para crescer Nele (1 Pe 2:2-3), desfrutá-Lo como a porção que Deus nos atribuiu e participar de Suas riquezas na comunhão de Deus (Cl 1:12; 1 Co 1:9). Se não ganhamos Cristo nem O amamos, não podemos desfrutá-lo. Em 1 Co 1:9 diz que Deus nos chamou à comunhão de Cristo, para desfrutar Cristo. Permanecer em Cristo e permitir que Ele permaneça em nós para poder dar mais fruto ao crescer com Sua vida, também é parte de viver Cristo (Jo15:4-5). Viver Cristo por Sua vida divina em ressurreição equivale a permitir que Ele cresça em nós para que sejamos formados interiormente e inclusive conformados à imagem de Cristo, o primogênito de Deus dentre muitos irmãos (Gl 4:19; Rm 8:29b). Também, viver Cristo também inclui crescer em tudo Nele para amadurecermos conforme a medida da estatura de Cristo (Cl 1:28b; Ef 4:15, 13b). Nós vivemos Cristo para engrandecê-Lo (Fl 1:20). Cristo é engrandecido em nós para que os demais possam vê-Lo na realidade de Sua ressurreição. No cárcere o apóstolo Paulo, um ser humano, era Cristo. Ele vivia na ressurreição de Cristo. Cristo também é engrandecido para ser ministrado a outros 21 na realidade do Seu Espírito. Isto aconteceu quando Paulo estava no cárcere. No final do livro de Fili-penses, ele diz: “Todos os santos os saúdam, especialmente os da casa de César” (4:22). Seguramente os da casa de César creram em Cristo através do ministério de Paulo. Ao ter contato com Paulo, eles vieram a Cristo, de maneira que creram e receberam Cristo. Isto significa que Paulo ministrou Cristo a eles. (A maneira prática de levar uma vida conforme ao pico da revelação divina contida nas Santas Escrituras, págs. 44-45) PODEMOS ENTRAR EM UM NOVO REAVIVAMENTO AO PASTOREAR AS PESSOAS SEGUNDO DEUS COM UM CORAÇÃO AMOROSO E PERDOADOR DO PAI E COM O ESPIRITO DE PASTOREIO E BUSCA DO SALVADOR O modelo de pastoreio no ministério do Senhor O Jesus descrito nos quatro evangelhos é uma pessoa que cuida com ternura. Ele veio ao mundo para cuidar das pessoas com ternura. Todos os seres humanos o necessitam para que os cuide com ternura, para que os alegre, os console e os faça descansar. Se Ele viesse a nós em Sua condição divina, isto nos teria intimidado. Mas, mesmo os cobradores de impostos mais pecaminosos podiam sentar-se com Ele como amigos, e comer e falar com Ele (Lc 15:1; Mt 9:10). Os escribas e os fariseus, os que a si mesmos se justificavam, não podiam tolerar quando viam que Ele comia com os cobradores de impostos e pecadores. Não puderam ver que eles também O necessitavam, que Ele foi Seu médico. Posso testificar que quando eu era um pobre jovem, Jesus 22 veio a mim e me cuidou com ternura. Ele é tudo o que necessito ou quero. O que Ele é satisfaz todas nossas necessidades. Os quatro evangelhos revelam Cristo como o Filho do homem que cuida com ternura a todos os pecadores caídos e satisfaz todas as suas necessidades. Se você está enfermo de lepra, Ele o limpará. Se estiver cego, Ele lhe dará visão. Este é o Jesus que vemos nos quatro evangelhos. No Novo Testamento, a primeira visão consiste em que nosso Deus repentina-mente se fez um ser humano e nasceu como um homem na posição mais baixa, não na casa de um homem rico, senão na de um pobre. Nasceu em Belém. Mas foi criado em Nazaré. As pessoas o chamavam nazareno (Mt 2:23). Isto quer dizer que era um homem menosprezado de uma cidade menosprezada. Isaías 53 diz que Ele era um homem que não tinha aparência nem formosura (vs.2-3). Ele era simplesmente um nazareno pobre. Este homem podia relacionar-se com qualquer classe de pessoas. Se Ele tivesse nascido como um rei, poucos poderiam acercar-se a Ele. Mas nasceu como homem e se acercava a toda classe de pessoas, especialmente aos pobres e enfermos, tais como os cegos, os leprosos, os pecadores e os cobradores de impostos. Era o amigo deles. O fato de ter vindo em humanidade o fez uma pessoa que cuidava com ternura. Na primeira etapa do ministério de Cristo, a etapa da encarnação,Ele ministrava o cuidar das pessoas com ternura, ao atrai-las. Uma vez andava entre uma multidão que o apertava, e uma mulher enferma tocou a orla de suas vestes e foi curada (Mt 9:20-22). Todos o necessitam e podem acercar-se Dele e tocá-Lo. Ninguém que se acercou Dele foi rejeitado por Ele. Ele recebe a todos sem 23 preferência nem discriminação. Ele atraía as pessoas e as cuidava com ternura. Cuidou-nos com ternura ao morrer na cruz para redimir-nos. Sem sua obra redentora quem poderia vir a Ele? Quando ouvimos o relato de sua morte na cruz, choramos. Fomos atraídos por Ele. Este é Seu ministério descrito nos quatro evangelhos. Na ressurreição, Ele foi transfigurado e chegou a ser o Espírito vivificante, o Espírito da provisão abundante (1Co 15:45b; Fp 1:19). Este Espírito nos nutre. Isso produz a igreja, edifica o Corpo de Cristo e terá sua consumação na Nova Jerusalém. Devido à degradação da igreja, o nutrir de Cristo se intensifica sete vezes no livro de Apocalipses para produzir a meta eterna de Deus, a Nova Jerusalém. A totalidade de Seu nutrimento será esta grande cidade universal, a qual é o aumento e a expressão de Deus. Esta cidade é a consumação e a provisão abundante de Cristo como o Espírito vivificante e sete vezes intensificado que nos nutre. O Novo Testamento se compõem de somente duas sessões, cuidar com ternura e nutrir. Devido a esta revelação, o Novo Testamento em geral chegou a ser um novo livro para mim. (Os grupos vitais, págs. 80-82). O modelo de pastoreio do apóstolo Paulo Atos 20 diz que enquanto Paulo ia caminho a Jerusalém, enviou palavra a Eféso e chamou aos anciãos da igreja da igreja. Disse-lhes que deveriam pastorear o rebanho de Deus, o qual Deus comprou com Seu próprio sangue (vs. 28). Paulo tinha em seu coração o pastoreio do rebanho de Deus. Muitos pensam que Paulo era um grande apóstolo que fazia uma grande obra como sua 24 carreira. Mas Paulo considerou que o que ele fazia era pastorear o rebanho de deus. Devemos ser revolucionários em nossa lógica e consideração. Não devemos pensar que vamos fazer uma grande obra para Cristo como gigantes espirituais. Estes gigantes espirituais em realidade não fizeram muito para os interesses de Deus. Ao contrario, fizeram nome para si mesmos, mas obtiveram poucos resultados para a edificação do Corpo de Cristo. (Os grupos vitais,pág. 64) Na fala de Paulo com os presbíteros de Eféso em Atos20, disse que lhes havia ensinado “publicamente e de casa em casa” (vs. 20). Ensinar publicamente aos santos, sem duvida, indica que lhes ensinava em uma reunião. Ensinava-lhes também de casa em casa. Paulo ministrou Cristo a todos os santos em seus lares. Admoestou aos santos por um período de até três anos com lágrimas (v. 31). Nosso conceito de um apóstolo talvez seja o de um bom orador, eloqüente, erudito e muito estimado e exaltado. Mas aqui em Atos 20, vemos a um apóstolo que visitava a casa dos santos pobres e que os admoestava com lágrimas. Um apóstolo deve ir a casa dos santos, especialmente aos lares dos pobres. Devemos ler Atos 20 outra vez para ver o que é um apóstolo e o que faz um apóstolo. Enquanto Paulo ia caminho a Jerusalém, se deteve em Mileto e fez chamar os presbíteros de Eféso. Exortou- lhes, colocando-se como exemplo diante deles. Disse-lhes que havia trabalhado para suprir suas próprias necessidades e a de seus cooperadores (v. 34). Além de todo o seu labor, todavia visitava a casa dos santos, de casa em casa. Ele fez isso para aperfeiçoar os santos. Não havia deixado de anunciar-lhes nada que fosse útil (v.20), lhes anunciando todo o conselho de Deus (v.27). Que obra aperfeiçoadora tão maravilhosa fez o apóstolo Paulo! 25 Fiz este tipo de obra aperfeiçoadora em Chefoo, de 1940 a 1942. No final de 1942 explodiu um grande reavivamento em Chefoo como resultado de minha estada na igreja ali durante este período de tempo. Durante aquele tempo falei aos santos em publico desde a plataforma, e os visitei em suas casas. Viajei de bicicleta para visitar a casa dos santos e falei com eles acerca de seus problemas. Durante o dia os visitava e à noite lhes falava publicamente. Segui o exemplo de Paulo quanto a instruí-los publicamente e de casa em casa. Uma vez, o Senhor me guiou a convidar, durante um período de tempo, aos aproximadamente trezentos santos em Chefoo para fazer refeições comigo. Uma vez convidava a dez santos, na vez seguinte a vinte. Fiz isto durante as tardes quando não tínhamos reuniões. Contratei a um irmão para preparar a comida, e usei uma sala do local de reunião para que pudéssemos comer juntos e ter comunhão. Desta maneira em uns poucos meses me havia posto em contato com a maioria dos santos na igreja em Chefoo. Convidar os santos à nossa casa é mais eficaz que dar dez mensagens. (Luz adicional com respeito a edificação do Corpo de Cristo, págs.23,25-27) 26 LIÇÕES SOBRE A MANEIRA ORDENADA POR DEUS Lição Dois A Economia de Deus Leitura Bíblica: 1 Tm 1:4b (...) economia de Deus, que é em fé (lit.). Ef 3:9 E manifestar qual seja a dispensação do mistério, desde os séculos, oculto em Deus, que criou todas as coisas. Ef 3:10-11 Para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais, segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor. 1 Tm 3:16 Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória. I Jo 3:2 Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. 27 Ez 1:15-20 Vi os seres viventes; e eis que havia uma roda na terra, ao lado de cada um deles. (...) uma roda dentro da outra. Andando elas, podiam ir em quatro direções; (...) Para onde o espírito queria ir, iam, pois o espírito os impelia. I. Definição da palavra “economia” – 1 Tm 1:4b: A. No grego o termo economia é composto de duas palavras: oikos (família, morada, habitação) e nomos (lei); Oikonomia indica regulamentos familiares ou administração familiar. B. Esta palavra se refere a um gerenciamento ou administração familiar. II. A economia de Deus é – Ef 1:10; 3:9-11: A. Gerenciamento da família de Deus, arranjo administrativo da família de Deus, a dispensação divina – Ef 1:10; 3:9. B. Um plano feito por Deus segundo o Seu bom prazer – Ef 1:9. C. Um plano eterno que Deus fez em Cristo – Ef 3:11. D. Dispensar o próprio Deus no Seu povo escolhido em Sua Trindade em três estágios: 1. Do Deus Pai, que é a fonte, a origem – Ef 1:3-6. 2. Por meio do Deus Filho, que é o curso – Ef 1:7- 12. 3. No Deus Espírito, que é o instrumento e esfera – Ef 1:13-14. 28 E. Para a produção da igreja como o reino de Deus, consumando na Nova Jerusalém – Ef 3:10; 1 Co 4:17, 20; Ap 21:2; Jo 3:29. III. Há sete grandes assuntos na economia de Deus – 1 Tm 3:16: A. Deus tornando-Se carne – Jo 1:1, 14; 1 Tm 3:16. B. A passagem de Cristo pelo viver humano – Fp 2:6-8; Lc 4:17-19. C. A crucificação de Cristo – Rm 6:6; Hb 2:14; Jo 1:29; 12:31; Gl 5:24; Ef 2:15a; Jo 12:24. D. A ressurreição de Cristo – At 13:33; Rm 1:4; 1 Pe 1:3. E. A ascensão de Cristo – Jo 20:17; Lc 24:51; At 1:9-11. F. O Corpo de Cristo – Ef 1:23; 4:1-6. G. A Nova Jerusalém – Ap 21:12-14, 19-21. IV. A principal ênfase da Bíblia é com respeito à economia de Deus; “Deus tornou-se homem para que o homem se torne Deus não na Deidade” é a essência de toda Bíblia – 1 Jo 3:2; Gn 1:26; Jo12:24: A. Deus tornou-Se homem por meio da encarnação, viver humano, crucificação, ressurreição e ascensão. B. Homem tornando-se Deus por meio da regeneração, santificação, renovação, transformação, conformação e glorificação. C. A Nova Jerusalém é a consumação final e máxima da economia de Deus – Ef 5:31-32; Ap 21:2, 9-10: 22:17. 29 V. A economia de Deus é semelhante a uma grande roda com Cristo como centro – Ez 1:15-21; Ef 1:10; Dn 2:34-35: A. O centro da roda representa Cristo como o centro da economia de Deus. B. O aro representa o complemento de Cristo, a igreja, o Corpo de Cristo. C. Os muitos crentes como os membros de Cristo são os raios se estendendo do eixo ao aro, estendendo-se ao Corpo de Cristo e consumando na Nova Jerusalém. D. A grande roda não é apenas a economia de Deus, mas também o mover da economia de Deus. 1. Desde Gênesis 1 até agora, o mover da economia de Deus nunca parou, e hoje esta grande roda tem nos alcançado. 2. Em cada era e em cada geração, esta grande roda tem se movido e hoje somos todos parte do mover desta grande roda na terra. Trechos do ministério: A DEFINIÇÃO DA PALAVRA “ECONOMIA" O termo grego para economia é composta de duas palavras. A primeira palavra oikos significa “casa” ou “lar”, denotando uma família ou uma habitação; a segunda palavra nomos significa “lei”. Quando essas duas palavras são combinadas juntas, significa “lei da família”, e pode ser explicada mais adiante para significar “administração familiar”. Portanto, a palavra economia significa “lei familiar”, “gerenciamento familiar”, ou “administração 30 familiar”. Uma vez que é uma administração familiar, implica num arranjo ou plano. Desde que a administração familiar é para fazer cumprir regras familiares, naturalmente ela tem um arranjo com um plano. Uma vez que é um arranjo ou um plano, deve haver um propósito. (The Economy of God and the Mistery of the Transmission of the Divine Trinity, p. 20) A ECONOMIA DE DEUS O Gerenciamento Familiar de Deus, O Arranjo Familiar Administrativo de Deus, a Dispensação Divina A economia Neotestamentária de Deus é o gerenciamento familiar de Deus, o arranjo familiar administrativo de Deus, a dispensação divina (plano). Por dispensação queremos aqui dizer um arranjo, ou seja, um plano. Esta economia, esta dispensação, é revelada em Efésios 1:10 e 3:9. Efésios 1:10 diz: “De fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu, como as da terra.” A palavra grega traduzida aqui como dispensação é oikonomia, da qual temos a palavra portuguesa “economia”. (...) A palavra grega traduzida por "dispensação" em Efésios 1:10 pode ser também traduzida por "mordomado" ou "arranjo familiar". A palavra "administração" pode também ser usada porque, por fim, esta dispensação, este mordomado e arranjo familiar, tornar-se-á uma administração eterna. Todo universo finalmente estará sob uma única administração. Depois em 3:2 ele fala do mordomado da graça de Deus, e em 3:9, da dispensação do mistério. Em 3:9 Paulo diz: “E manifestar 31 qual seja a dispensação do mistério, desde os séculos, oculto em Deus, que criou todas as coisas.” O mistério de Deus é seu propósito oculto. Seu propósito é dispensar-Se no Seu povo escolhido. Portanto, há a dispensação do mistério de Deus. Este mistério estava oculto em Deus desde as eras, ou seja, desde a eternidade e através de todas as eras passadas, mas agora tem sido manifestado aos crentes do Novo Testamento. Em 1 Timóteo 1:4 Paulo fala da “dispensação de Deus que é em fé” (lit). Uma vez mais, a palavra grega traduzida por “dispensação” é oikonomia. No grego as palavras “dispensação de Deus” aqui também significa economia familiar de Deus. Essa é a administração familiar de Deus para dispensar a Si mesmo em Cristo no Seu povo escolhido para que Ele tenha uma casa, uma família, para expressar-Se, cuja família é a igreja, o Corpo de Cristo. O ministério de Paulo estava centrado nesta economia de Deus (Cl 1:25; 1 Co 9:17). (The Conclusion of the New Testament, p. 14-15) Um Plano Feito por Deus Segundo o Seu Bom Prazer A economia de Deus é um plano feito por Deus segundo o Seu bom prazer. (...) Efésios 1:9 diz: “Desvendando-nos o mistério de sua vontade, segundo o seu bom prazer que propusera em Cristo.” (lit.) O bom prazer de Deus é o desejo de Seu coração. Este bom prazer foi que Deus propôs em Si mesmo com vistas a uma dispensação, a um plano (v. 10). (...) Isto significa que Deus mesmo é a iniciação, origem, e esfera do Seu propósito eterno. Deus tem um plano, um desejo, e segundo o Seu plano, Ele tem um propósito. (...) O bom prazer de Deus consiste em dispensar a Si 32 mesmo em nós. Este é o desejo singular de Deus. Podemos dizer que Deus está "sonhando" em dispensar a Si mesmo em nós. Seu anseio, Sua aspiração, é dispensar-Se no Seu povo escolhido. (The Conclusion of the New Testament, p. 15) Um Plano Eterno de Deus Feito em Cristo A economia de Deus é um plano eterno feito por Deus em Cristo. (...) Efésios 3:11 diz: “Segundo o propósito das eras que Ele fez em Cristo Jesus, nosso Senhor” (lit.). O propósito das eras é o propósito da eternidade, o propósito eterno, o plano eterno de Deus feito na eternidade passada. Deus fez Sua economia eterna em Cristo. O Cristo revelado na Bíblia é a corporificação do Deus Triúno e todos os processos por meio dos quais Ele passou, incluindo encarnação, viver humano, crucificação, ressurreição, ascensão, e descensão. Em tal Cristo Deus fez Sua economia eterna. (...) Cristo é tudo na economia de Deus. De fato, todo o conteúdo da economia eterna de Deus é simplesmente Cristo. Cristo é o centro, circunferência, elemento, esfera, meios, meta, e alvo de sua economia. (The Conclusion of the New Testament, pp. 16-17) Para Dispensar Deus Mesmo em Seu Povo Escolhido em Sua Trindade em Três Estágios De que maneira Deus dispensa a Si mesmo no Seu povo em Sua Trindade? Esse dispensar tem três estágios. Primeiro, é do Deus Pai. O Pai é a fonte, a origem. Segundo, esse dispensar é por meio do Deus Filho, que é o curso. Terceiro, o dispensar de Deus está em Deus Espírito, que é o instrumento e esfera. Através desses 33 estágios do Deus Pai, por meio do Deus Filho, e em Deus Espírito Deus dispensa a Si mesmo no Seu povo escolhido. (The Conclusion of the New Testament, p. 17) Para a Produção da Igreja como o Reino de Deus, Consumando na Nova Jerusalém A economia Neotestamentária de Deus para dispensar a Si mesmo no Seu povo escolhido é com vistas à produção da igreja (Ef 3:10). Esse dispensar produz a igreja com vistas à manifestação da multiforme sabedoria de Deus, segundo o Seu propósito eterno estabelecido em Cristo (Ef 3:9-11). Isto significa que por meio do dispensar de Deus em Sua trindade a igreja é produzida para exibir a multiforme sabedoria de Deus. 1 Coríntios 4:17 e 20 mostram que o reino é a vida da igreja hoje. No versículo 17 Paulo se refere aos seus caminhos “em Cristo Jesus, como, por toda parte, ensino em cada igreja”. Depois no versículo 20 ele diz: “Porque o reino de Deus consiste não em palavra, mas em poder.” Estes versículos indicam que o reino de Deus é a igreja em toda parte, e a igreja em toda parte é o reino. O reino está aqui porque a igreja está aqui. A igreja como o reino de Deus terá uma consumação, e esta consumação será a Nova Jerusalém para a expressão eterna do Deus Triúno. Apocalipse 21:2 diz: “Vi também a cidade santa, a Nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo.” A Nova Jerusalém é uma composição viva de todos os santos redimidos por Deus no decorrer de todas as gerações. É a noiva de Cristo como Seu complemento, tal como Eva veio de Adão,seu marido, e tornou-se seu 34 complemento (Gn 2:21-24). A Nova Jerusalém é preparada como uma noiva para seu marido ao participar nas riquezas da vida e natureza de Cristo. Como a cidade santa de Deus, ela é totalmente santificada para Deus e plenamente saturada com a natureza santa de Deus para ser Sua habitação. (The Conclusion of the New Testament, pp. 17-18) HÁ SETE GRANDES ASSUNTOS NA ECONOMIA DE DEUS Há sete grandes assuntos na economia de Deus. Os primeiros cinco assuntos são os cinco estágios da economia de Deus, que são encarnação, viver humano, morte, ressurreição, e ascensão. Esses cinco estágios introduzem o sexto grande assunto, que é um grande resultado – a igreja, que é o Corpo de Cristo, a casa de Deus, o reino de Deus, e o complemento. Portanto, este grande resultado é de cinco aspectos: a igreja, o corpo, a casa de Deus, o reino de Deus, e o complemento. Esse resultado com cinco aspectos tem uma consumação – a Nova Jerusalém; este é o grande sétimo assunto. Devemos claramente ver esses setes grande assuntos na economia de Deus: os cinco principais estágios produzem um resultado com cinco aspectos que se consumam na Nova Jerusalém. (The Governing and Controlling Vision, pp. 49-50) Deus tornando-Se Carne O significado cristalizado da encarnação não é apenas que a divindade foi introduzida na humanidade, mas também que Deus foi introduzido no homem para que Ele se mesclasse com o homem para ser um homem-Deus. Deus introduziu a Si mesmo no homem 35 para ser mesclado com ele como uma só entidade. (The Governing and Controlling Vision, p. 20) A Passagem de Cristo pelo Viver Humano Deus tornando-Se carne foi o Seu introduzir-Se no homem. Quando Deus passou por meio do viver humano na vida humana, isso foi Deus vivendo a vida do homem-Deus na carne para manifestar os atributos divinos nas virtudes humanas. (The Governing and Controlling Vision, p. 20) A Crucificação de Cristo A crucificação de Cristo é que Ele realizou uma morte todo- inclusiva. Do lado negativo, Sua morte terminou a velha criação (Rm 6:6), incluindo todas as pessoas e coisas relacionadas à velha criação: Satanás (Hb 2:14), pecado (Rm 8:3b; Jo 1:29; Hb 9:26b, 28a), o mundo (Jo 12:31; Gl 6:14b), carne do homem (Gl 5:24; Rm 8:3b), a lei dos mandamentos em forma de ordenanças (Ef 2:15a), e todas as coisas fora de Deus. Assim, a morte de Cristo removeu completamente e terminou totalmente toda contaminação e corrupção no universo, introduzidas por meio da rebelião de Satanás e queda do homem. Do lado positivo, a morte de Cristo liberou a vida divina Nele como um fator básico da nova criação de Deus. (The Governing and Controlling Vision, p. 21) A Ressurreição de Cristo 36 A ressurreição de Cristo, o princípio da nova criação, tem um significado cristalizado tríplice. Em Sua ressurreição o primogênito Filho de Deus foi produzido, os muitos filhos de Deus foram simultaneamente produzidos, e Cristo mesmo foi feito o Espírito vivificante. Atos 13:33 diz: “(...) Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei.” Hoje se refere ao dia da ressurreição de Cristo (Sl 2:7). A ressurreição de Cristo foi Seu ser gerado por Deus como o Primogênito (Rm 1:4). Primeira Pedro 1:3 diz: “(...) Deus (...) nos regenerou (...) mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos.” Portanto, Deus também regenerou todo o seu povo escolhido para ser Seus muitos filhos por meio da ressurreição de Cristo. Assim, o Primogênito de Deus e Seus muitos filhos constituem um novo homem universal, corporativo, com o Primogênito como a Cabeça e os muitos filhos como o Corpo. (The Governing and Controlling Vision, pp. 21-22) A Ascensão de Cristo Após Sua ressurreição, o Senhor ascendeu ao Pai com o Seu corpo ressurreto (Jo 20:17). Isso foi uma ascensão secreta; ocorreu quarenta dias antes de Sua ascensão pública, que aconteceu diante dos olhos dos discípulos (Atos 1:9-11). (The Governing and Controlling Vision, p. 51). Depois que Ele realizou a redenção na carne, Cristo ressuscitou. Após a Sua ressurreição, Ele estava qualificado a ascender ao céu. Por causa de Seus discípulos, contudo, Ele não ascendeu ao céu publicamente no dia de Sua ressurreição. Antes, ao cair da tarde do dia de Sua ressurreição Ele voltou para estar com os Seus discípulos, e Ele lhes apareceu durante um período de quarenta 37 dias e falou das coisas concernentes ao reino de Deus (Jo 20:19; At 1:3) para dar-lhes algumas “aulas particulares”. Então, depois de quarenta dias Ele ascendeu ao céu abertamente diante de seus olhos. (The Governing and Controlling Vision, pp. 51-52) O Corpo de Cristo Por meio desses quatro estágios da economia de Deus os muitos filhos de Deus foram produzidos. Corporativamente, os muitos filhos de Deus são a igreja; organicamente, eles são o Corpo de Cristo. O Corpo de Cristo é a igreja, a casa de Deus, o reino de Deus, e a noiva, o complemento, de Cristo. Em cada aspecto, a igreja toma o Corpo de Cristo como o seu fator orgânico. (The Governing and Controlling Vision, pp. 22-23) Este único Deus e Pai como a origem envolvem três aspectos – o Pai, o Filho, e Espírito. Ele é sobre todos – isso se refere ao Pai, a origem; Ele é por meio de todos – isso se refere ao Filho, Cristo; e Ele está em todos – isso se refere ao Espírito. O Pai é sobre todos; o Filho, Cristo, é por meio de todos; e o Espírito habita em todos. Estes não são três, mas um. Quando a origem, a fonte, vem, o elemento constituinte também vem; este é o Filho que é por meio de todos. Além disso, o Espírito vivificante vem para habitar em todos. Assim, vemos que o Deus Triúno e Seu povo escolhido e redimido são constituídos em uma única unidade, única entidade, que é o Corpo de Cristo. (The Governing and Controlling Vision, pp. 26-27) A Nova Jerusalém 38 A Nova Jerusalém: é uma mescla, uma constituição, do Deus Triúno com o Seu povo escolhido e redimido. (The Governing and Controlling Vision, p. 40) Na Nova Jerusalém as doze tribos de Israel representam os santos do Antigo Testamento (Ap 21:12) e os doze apóstolos representam os santos do Novo Testamento (v. 14). Também vemos que Deus está nela, Cristo está nela, e o Espírito está nela. (The Governing and Controlling Vision, p. 40) O Cordeiro se refere a Cristo, enquanto o rio se refere ao Espírito. Portanto, vemos que a Nova Jerusalém é constituída com o Deus Triúno e Seu povo redimido. Além disso, os três tipos de materiais – ouro, pérolas, e pedras preciosas – que constituem a cidade da Nova Jerusalém (Ap 21:19- 21) indicam que a Nova Jerusalém é o Deus Triúno trabalhado no Seu povo redimido. Na Nova Jerusalém ouro representa a santidade do Deus Pai, pérolas significam a morte vencedora e a ressurreição que dispensa vida do Deus Filho, e as pedras preciosas representam a obra transformadora do Deus Espírito. Essa é a razão por que dizemos que a Nova Jerusalém é a mescla, a constituição, do Deus redentor com o Seu povo redimido. (The Governing and Controlling Vision, pp. 40-41) “DEUS TORNOU-SE HOMEM PARA QUE O HOMEM SE TORNE DEUS” É A ESSÊNCIA DE TODA BÍBLIA Hoje temos que vir ao ponto culminante da divina revelação de Deus. Até mesmo diria que temos alcançado o ponto mais elevado da revelação divina em toda Bíblia. (Living a Life According to the 39 High Peak of God’s Revelation, pp. 38) As palavras “Deus tornando-Se homem e homem tornando-se Deus” soam muito simples, mas ser capaz de ver como Deus se tornaria homem requer que gastemos muito tempo para estudar. Ele veio para Se tornar homem para que o homem se torne Ele, mas como o homem pode tornar-se Deus? Precisamos também investigar este ponto cuidadosamente. Rigorosamente falando, essas palavras são a essência de toda Bíblia. Toda Bíblia é uma explicação da economiaeterna de Deus. Até o presente tempo são três mil e quinhentos anos desde que os judeus começaram a ler o Antigo Testamento; cristãos têm lido o Antigo e Novo Testamentos por cerca de dois mil anos. Milhões de pessoas têm lido a Bíblia. Contudo, infelizmente, não muitos têm, na verdade, visto o significado adequado e real da Bíblia. Isso não quer dizer que através das gerações ninguém teve visões na Bíblia; mas o que as pessoas viram foi fragmentado. (The High Peak of the Vision and the Reality of the Body of Christ, pp. 19-20) Deus Tornou-Se Homem por meio da Encarnação, Viver Humano, Crucificação, Ressurreição, e Ascensão Na ressurreição de Cristo, primeiro, Jesus com Sua humanidade foi gerado para ser o primogênito de Deus; segundo, nós o povo escolhido e o povo redimido por Cristo, fomos gerados para ser os muitos filhos de Deus; e terceiro, o último Adão em Sua humanidade, que é o Jesus encarnado, tornou-Se o Espírito vivificante. Foi o último Adão, o Jesus encarnado, que Se tornou o Espírito vivificante; portanto, o Espírito vivificante é o próprio Jesus Cristo. (The High Peak of the Vision and the Reality of the 40 Body of Christ, pp. 19-20) Homem Tornando-se Deus por meio da Regeneração, Santificação, Renovação, Transformação, Conformação, e Glorificação Deus tornou-Se homem por meio da encarnação; homem se torna Deus por meio da transformação (...) Nossa transformação em Deus, contudo, não é algo que acontece repentinamente. Antes, é uma vida inteira de transformação até que sejamos conformados à Sua imagem. Por fim, entraremos com Ele na glória; ou seja, seremos redimidos em nosso corpo. Esse será o estágio final da redenção de todo nosso ser que nos introduzirá na glória. Portanto, é por meio da regeneração, santificação, renovação, transformação, conformação, e glorificação que nós nos tornamos Deus. A Nova Jerusalém é a Consumação Final e Máxima da Economia de Deus O resultado desse processo é um organismo. Esse organismo é Deus unindo e mesclando-Se com o homem para tornar Deus homem e também tornar o homem Deus. No que se refere ao Pai, esse organismo é a casa do Pai, a casa de Deus; no que se refere ao Filho, é o Corpo de Cristo. A casa é para Deus ter uma habitação, enquanto o Corpo é para Deus ter uma expressão. O resultado final e máximo é a Nova Jerusalém. (The High Peak of the Vision and the Reality of the Body of Christ, p. 31) 41 A ECONOMIA DE DEUS É SEMELHANTE A UMA GRANDE RODA COM CRISTO COMO O CENTRO O Eixo da Roda Representa Cristo como o Centro da Economia de Deus Em Ezequiel 1 a economia de Deus é semelhante a uma grande roda (vv. 15-21). O eixo desta grande roda representa Cristo como o centro da economia de Deus, e o aro representa o complemento de Cristo, a igreja, que se consuma na Nova Jerusalém. Os muitos crentes como membros de Cristo são os raios do eixo se estendendo ao aro, ao Corpo de Cristo consumando na Nova Jerusalém. Essa grande roda não é apenas a economia de Deus, mas também o mover da economia de Deus. Desde Gênesis 1 até o presente, essa roda tem estado continuamente se movendo. O mover da economia de Deus nunca parou, e hoje essa roda tem nos alcançado. Quando eu me mudei da China continental para a ilha de Taiwan com cerca de trezentos e cinqüenta a quinhentos outros [em 1949], havia poucos cristãos nessa ilha que sabiam o que era a economia de Deus. Mas por causa do mover da grande roda da economia divina, em cinco anos o número nas igrejas aumentou para cinqüenta mil. Por fim, o Senhor, o Motivador, encarregou-me de vir a este país. Isso também foi parte do mover dessa grande roda. Em cada era e em cada geração, essa grande roda tem se movido, e hoje somos todos uma parte do mover desta grande roda na terra. Às vezes o mover desta roda é muito lento, mas em outras vezes é tão rápido que dificilmente conseguimos acompanha-lo. (Life Study of Joshua, Judges & Ruth, pp. 7-8) 42 Lições sobre a maneira ordenada por Deus Lição três A realidade do Corpo de Cristo Leitura bíblica: Ef 1:22-23 E pôs todas as coisas debaixo dos seus pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu á igreja, a qual é o seu Corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas. Rm 12:4-5 Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros. 1Co 15:10 Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu mas a graça de Deus comigo. Ef 4:4Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação. Ef 2:6 E, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus. Ap 21:2 Vi também a cidade santa, a Nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada 43 para o seu esposo. I. A direção do mover atual do Senhor é: - Ef. 1:22 – 23 A. Edificar o Corpo de Cristo como o organismo do Deus processado que se dispensa em Sua Trindade Divina para Sua expressão plena - Ef. 1:22- 23. B. Preparar a Noiva como complemento do Noivo, para o casamento eterno do Deus redentor com os seus redimidos - Jo 3:29; Ap. 22:17. C. Introduzir o reino de Deus como a propagação da vida Divina para a administração eterna de Deus, no cumprimento de Sua economia - Mc 4:26-29. D. “Não existe outra maneira de levar a cabo isto se não por meio da maneira ordenada por Deus”. Este é meu encargo, este é o meu desejo e isto é o que estou promovendo. Espero que tomem este encargo e este desejo e se esforcem em praticar a maneira ordenada por Deus. (Treinamento de Presbíteros, livro 10: Os Presbíteros e a maneira ordenada por Deus (2), pág.31) II. A economia de Deus é Deus fazendo-se homem para que o homem se torne Deus em vida e natureza mas não na Deidade, com vistas a produzir o Corpo de Cristo, que se consumará na Nova Jerusalém - 1Tm1:3-4; Ef 3:9; 1:10; Rm 12:4-5; Ap. 21:2. A. A intenção de Deus em sua economia é fazer-Se homem para que o homem se torne Deus; então Deus 44 e o homem estarão unidos e mesclados para viver uma vida corporativa -1 Co 12:12. B. A economia de Deus é Deus infundindo-Se para dentro dos homens tripartidos para que eles se tornem os membros de Cristo para constituir o Corpo de Cristo - Ef. 3:16-19; 4:4-6. C. A economia de Deus é Seu arranjo para obter um Corpo para Cristo, edificado com seres humanos mesclados com a divindade de Deus -v.16. III. Deus precisa de um povo corporativo que se levante pela Sua graça, por meio do pico mais alto da revelação divina, para viver uma vida conforme tal revelação – 1 Co 15:10. A. Um reavivamento é a prática, o sentido prático, da visão que temos visto. B. Se praticarmos viver a vida de um homem-Deus, que é realidade do Corpo de Cristo, espontaneamente será edificado um modelo corporativo, um modelo que vive na economia de Deus; tal modelo será o maior reavivamento na história da igreja para trazer o Senhor de volta. C. Uma vez que vivemos o Deus Triúno, em Cristo e no Espírito consumado, estaremos em ressurreição; esta é uma vida que manifesta a realidade do Corpo de Cristo. IV. O Espírito é a realidade do Deus Triúno, a realidade da 45 ressurreição, e a realidade do Corpo de Cristo - Jo 16:13-15; 14:17. A. A realidade do Deus Triúno processado é o Espírito consumado da realidade – João 14:17; 15:26; 16:13; 1 João 5:6. B. A realidade da ressurreição é Cristocomo o Espírito vivificante - Jo 11:25; 20:22; 1 Co. 15:45b. C. O Espírito da realidade faz tudo do Deus Triúno processado uma realidade no Corpo de Cristo - Jo 16:13-15. D. Sem o Espírito não há Corpo de Cristo, não há a igreja- Ef 4:4. V. Para estar na realidade do Corpo de Cristo, necessitamos estar absolutamente na vida de ressurreição de Cristo -Ef 2:6; 1 Pe 1:3. A. A igreja é absolutamente composta do elemento de Cristo, absolutamente na ressurreição e absolutamente celestial- 1 Pe 1:3; Ef 2:6; cf. Gn 2:21-24. B. O candelabro de ouro tipificando a igreja como o Corpo de Cristo, representa Cristo como a vida de ressurreição, crescendo, ramificando-se, brotando e florescendo para que a luz brilhe - Ex 25:31-40; Nm 17:8; Ap 1:11-12. C. Quando nós não vivemos por meio da nossa vida natural mas por meio da vida divina no nosso interior, estamos na ressurreição; o resultado disso é o Corpo de Cristo - Fp 3:10-11. 46 VI. Para que possamos viver a vida de um homem-Deus, necessitamos ser conformados à morte de Cristo pelo poder da Sua ressurreição - Fp 3:10. A. Ser conformado à morte de Cristo é tomar a morte de Cristo como nosso molde - Jo 6:57; 5:19; 4:34; 5:30; 7:18; 17:4; 1 Pe 2:21; Rm 8:29; Lc 9:23; Jo 12:25-26. B. Paulo viveu continuamente uma vida crucificada, uma vida sob o operar da cruz, tal como fez Cristo em Seu viver humano - 1 Co 15:31; 2 Co 4:10-12 nota 1; Gl 6:17; At 28:9. C. A morte de Cristo é o molde e nós somos a “massa” - Lv 2:1; Jo12:24; 1 Co 10:17; Rm 6:3-4. D. É pelo poder da ressurreição de Cristo que somos conformados ao molde da morte de Cristo - Fp 3:10; Jo 11:25; Ef 1:19-20; 3:16; Ct 2:8-13. VII. A realidade do Corpo de Cristo- Ef 1:22-23; 3:16-19. A. O viver corporativo dos homens-Deus aperfeiçoados, os quais são homens genuínos mas que não estão vivendo pela sua própria vida, senão pela vida do Deus processado, cujos atributos estão sendo expressos por meio de suas virtudes. B. Um viver corporativo conformado à morte de Cristo por meio da ressurreição de Cristo - Fp 3:10. C. O viver mesclado, na união eterna dos homens-Deus tripartidos regenerados, transformados e glorificados 47 com o Deus Triúno (O qual é o Cristo pneumático como a corporificação do Deus Triúno consumado e processado, que é o Espírito todo inclusivo como a realidade do Cristo pneumático e a consumação do Deus Triúno processado) na ressurreição de Cristo, da qual o Espírito vivificante é a realidade que infunde o Deus consumado e libera dentro dos crentes a vida que vence a morte. D. Finalmente, culminando na Nova Jerusalém no novo céu e na nova terra como o aumento e a expressão de Deus pela eternidade. Trechos do ministério: A DIREÇÃO DO MOVER ATUAL DO SENHOR O mover atual do Senhor tem uma direção. (...) [Esta] direção (...) primeiramente é edificar Seu Corpo orgânico (Ef 4:12), um Corpo pleno de Si mesmo e edificado Consigo mesmo (Cl 3:11) como o Espírito vivificante, que é a essência, o elemento e a realidade da igreja como o Corpo orgânico de Cristo (Ef 4:4a). Este Corpo chega a ser o organismo do Deus Triúno processado (Jo 15:1, 5, 8a), que está transmitindo a Si mesmo na Sua Trindade Divina (2 Co 13:13) para saturar organicamente o Corpo de Cristo a fim de ser Sua expressão plena no universo (Ef 3:19). Tanto Deus como Cristo estão anelando ver o Corpo de Cristo edificado, ver a noiva preparada, e a vinda do reino, para que Cristo possa ter um Corpo, para que Cristo possa ter Sua noiva, e para que Deus possa ter um reino nesta terra para Sua economia 48 eterna. Não existe outra maneira para que isto se leve a cabo senão por meio da maneira ordenada por Deus. Este é meu encargo, este é o meu desejo e isto é o que estou promovendo. Espero que todos tomem este encargo e este desejo e se esforcem em praticar a maneira ordenada por Deus. (Elders' Training,Book 10: The Eldership and the God Ordained Way (2),[Treinamento para Presbíteros, livro 10: O s Presbíteros e a Maneira Ordenada por Deus (2)],págs. 30-31). A ECONOMIA DE DEUS , É DEUS SE FAZENDO HOMEM PARA QUE O HOMEM SE TORNE DEUS EM VIDA E NATUREZA MAS NÃO NA DEIDADE, PARA PRODUZIR O CORPO DE CRISTO, QUE TERÁ SUA CONSUMAÇÃO NA NOVA JERUSALÉM . Irmãos, realmente tenho o encargo de ter comunhão com vocês com respeito a algo, isto é, como Deus tornou-se homem e como Ele fez para tornar o homem Deus. O resultado desta questão de Deus tornar-se homem e o homem tornar-se Deus é um organismo. Este organismo é a união e mescla de Deus com o homem, e este organismo é também o Corpo de Cristo. A respeito disto que queremos ter comunhão esta noite. Depois disto veremos a realidade do Corpo de Cristo. (O pico mais alto da visão e da realidade do Corpo de Cristo, págs. 33-34) Nossa prática não consiste em viver uma vida qualquer, a vida de um homem natural, bom ou mal. Nossa prática é viver a vida de um homem-Deus. Um homem-Deus é um homem 49 regenerado e transformado que é um com Deus, tomando Deus como sua vida, sua pessoa e todo o seu ser. Com o tempo este homem torna-se Deus em vida e natureza, mas não na Deidade. Isto é um homem-Deus. Hoje na restauração devemos praticar viver a vida de tal homem-Deus. Esta é uma vida de crucificação por intermédio da ressurreição. É uma vida na qual tenho sido crucificado com Cristo, e logo já não vivo eu, mas Cristo vive em mim (Gl 2:20) No entanto, quando Ele vive em mim e Ele vive comigo, o resultado é que eu vivo Nele (Jo 14:19). Ele vive comigo e eu vivo com Ele. Vivemos juntos de uma maneira mesclada, a mescla de Deus com o homem. A vida familiar, a vida matrimonial e a vida social mais elevada provêm de tal vida. Esta vida é a vida da igreja e a vida do Corpo de Cristo. Tal vida é a realidade do Corpo de Cristo. Tal vida, como a que Cristo Jesus viveu na terra por trinta e três anos e meio, nos salva de todas as coisas negativas, das coisas pequenas e das grandes. Em nossa vida conjugal, ela nos salva da separação e do divórcio. Na igreja ela nos salva da opinião, divisão, menosprezo, críticas e murmurações. Nesta vida não existe críticas, desprezos, não existe partidos, divisão, não existe discórdia nem opinião. Nesta vida vivemos a vida de um homem- Deus. Com Ele tudo é novo, tudo é celestial e tudo é divino, a divindade mesclada com a humanidade. DEUS PRECISA DE UM POVO CORPORATIVO QUE SE LEVANTE PELA SUA GRAÇA, POR MEIO DO PICO MAIS ALTO DA REVELAÇÃO DIVINA PARA VIVER UMA VIDA CONFORME ESTA REVELAÇÃO 50 Que tipo de reavivamento temos hoje? Em outras palavras, que tipo de modelo tem se levantado entre nós? Como regra, um reavivamento sempre deve ser a prática da visão que temos visto. (Uma vida conforme ao pico da revelação de Deus, pág. 36) Já que temos visto tal pico mais elevado da revelação divina, precisamos colocar em prática o que temos visto. Nossa prática terá êxito, e esse êxito será um novo reavivamento, o reavivamento mais elevado, e talvez o último reavivamento antes que o Senhor volte. Como disse no capítulo anterior, precisamos de um modelo. Não quero dizer que só alguns indivíduos devem ser um modelo. Quero dizer que precisamos de um modelo corporativo, um Corpo, um povo que viva a vida de um homem- Deus. (Uma vida conforme o pico da revelação de Deus, pág. 39) Se vivermos tal vida, com certeza sairemos a contatar as pessoas para pregar o evangelho. Um grupo vital é um grupo de tal tipo de pessoas. Os grupos vitais não devem ser praticados com formalidade; devem ser grupos de pessoas que vivem essa vida. Que nós possamos viver a vida de um homem-Deus, tal viver salvará as pessoas, edificará outros e edificaráas igrejas locais, edificará, inclusive, até mesmo o Corpo de Cristo. Se praticarmos o que temos ouvido, espontaneamente se levantará um modelo. Este modelo será o reavivamento mais grandioso na história da igreja. Eu creio que este reavivamento trará o Senhor de volta. (Uma vida conforme o pico da revelação de Deus, pág. 41). Como a nova criação não devemos viver na velha criação. Se vivemos na velha criação, não estamos em ressurreição senão em nosso homem natural. Uma vez que estejamos vivendo no Deus 51 Triúno, em Cristo e no Espírito consumado, estaremos em ressurreição. Esta é uma vida que vive a realidade do Corpo de Cristo. No geral, hoje em dia, as pessoas têm o termo “o Corpo de Cristo”; no entanto, pouquíssimos sabem a que se refere o Corpo de Cristo. Os ensinamentos dos Irmãos Unidos dizem que a igreja é o Corpo de Cristo. Isto está literalmente de acordo com Efésios 1:23: “A qual (a igreja) é o Seu Corpo, a plenitude Daquele que tudo enche em todas as coisas”. Mas, o que é o Corpo de Cristo? Os Irmãos Unidos não tinham uma explicação clara. Baseado no conhecimento da Bíblia e em sua própria experiência, o irmão Watchman Nee, falou uma palavra que talvez nunca havia sido dita por mais ninguém. Ele disse: “O Espírito é a realidade da ressurreição”. Quando vivemos nesta ressurreição, o que vivemos é o Corpo de Cristo. O corpo de Cristo é o resultado do viver do homem-Deus, vivido por todos aqueles que crêem no Senhor e pertencem a Ele como o novo homem. Somente semelhante viver do homem-Deus é Cristo. Em nossa vida diária devemos falar e fazer as coisas em ressurreição. Se não estamos em ressurreição não somos o Corpo de Cristo; ou melhor, somos naturais. Pode ser que vivamos e andemos de uma maneira apropriada, mas se não vivemos a realidade de Cristo, não estamos no Espírito nem na realidade da ressurreição; logo, estamos sem a realidade do Corpo de Cristo. Isto é algo muito elevado. Se não temos visto isso, não temos visto o Corpo de Cristo. Onde está o Corpo de Cristo? Alguns dizem que o Corpo de Cristo é universal e que aparece em diferentes localidades. Esta explicação continua sendo uma doutrina, apesar de ser uma boa doutrina, mas ainda não está tocando a realidade. Onde está o Corpo de Cristo? O Corpo de Cristo está na ressurreição, e esta 52 ressurreição é, primeiramente, o Deus Triúno; segundo, o Cristo pneumático; e terceiro, o Espírito todo-inclusivo. O Corpo de Cristo está no Deus Triúno, no Cristo pneumático, no Espírito todo- inclusivo e em ressurreição. Por tanto se vivemos uma situação de ressurreição, esta é a manifestação do Corpo de Cristo. (Esboço geral da economia de Deus e o viver apropriado de um homem- Deus, págs. 42-43) O ESPÍRITO É A REALIDADE DO DEUS TRIÚNO, A REALIDADE DA RESSURREIÇÃO E A REALIDADE DO CORPO DE CRISTO Portanto, a realidade do Corpo de Cristo é o Deus Triúno consumado dentro de nós, que é o Cristo pneumático, a ressurreição. Que o Senhor tenha misericórdia de nós para nos voltar das coisas exteriores para a realidade. Além do mais, tudo o que o Deus Triúno experimentou, incluindo a encarnação, crucificação e ressurreição, são igualmente tornadas reais por este Espírito da realidade para ser as experiências reais do Corpo de Cristo. Originalmente foi o Deus Triúno que foi encarnado, crucificado e ressuscitado. Mas quando veio o Espírito da realidade, Ele fez estas experiências do Deus Triúno reais em nós como nossas verdadeiras experiências. Por esta causa podemos viver uma vida humana normal hoje nesta terra. Podemos tratar com os assuntos negativos que nos acontecem por meio da capacidade da morte de Cristo. Mais ainda, o Espírito com a ressurreição de Cristo trabalha em nós para fazer-nos capazes de amar e perdoar a outros. Todos estes são exemplos de como as experiências do Deus Triúno mesmo se têm tornado reais na igreja por meio do Espírito da realidade para ser as verdadeiras 53 experiências da igreja. Este é o Espírito da realidade do Deus Triúno tornando-se a realidade do Corpo de Cristo. Por fim, necessitamos ver de uma maneira conclusiva, que tanto a essência como a realidade do Corpo de Cristo é um conjunto de questões do Espírito do Deus Triúno processado e consumado. Seja a essência ou a realidade, tudo é questão deste Espírito. O Espírito é a realidade da essência assim como a essência da qual a realidade pertence. Essência enfatiza a substância interna, enquanto que realidade enfatiza a compreensão externa. Devido a que o Espírito é a substancia interna do Corpo de Cristo, Ele também é a sua compreensão externa. A essência interna e a substância como a realidade externa e a compreensão são ambas do Espírito. Este Espírito é o segredo de tudo o que é Deus Triúno para o Corpo de Cristo. Este Espírito da realidade é o mesmo Deus Triúno processado assim como a totalidade de todos os atributos do Deus Triúno processado. Se temos este Espírito, temos todos os atributos do Deus Triúno processado, tais como o amor, a luz, a misericórdia, a justiça, a santidade, a vida, o poder e a graça. E ainda mais, encarnação, a crucificação e a ressurreição todas têm eficácia , e esta eficácia é simplesmente o Espírito da essência e realidade. A eficácia da morte e ressurreição de Cristo se exibem em nós, os que possuem este Espírito da essência e realidade. (Uma visão completa do Corpo de Cristo, pág. 32-33) PARA ESTAR NA REALIDADE DO CORPO DE CRISTO, NECESSITAMOS ESTAR ABSOLUTAMENTE NA VIDA DE RESSURREIÇÃO DE CRISTO 54 Irmãos e irmãs, lembrem-se de que Deus nos permite passar por todo tipo de aflições por esta mesma razão: que O conheçamos como o Deus da ressurreição. Ele constantemente nos guia em direção à morte já que somente na morte podemos experimentar a vida de ressurreição. A bíblia fala de duas criações, a velha e a nova. A natureza divina não mora na velha criação; é por esta razão que se fez velha. A primeira criação, ainda que seja a criação do Deus vivo, não tem conteúdo divino, mas o que o Deus da ressurreição levanta da morte tem tanto um conteúdo divino como humano. Combina tanto a vida criada, como a incriada. A primeira criação, ainda que criada por Deus mesmo, é passada por morte por Deus mesmo, a fim de que possa surgir em ressurreição como uma natureza dupla, ou seja, combinando as naturezas de Deus e do homem. A devastação [que o sofrimento] trás à velha criação providencia uma oportunidade para que o Deus da ressurreição dispense a Si mesmo em Suas criaturas, para que elas possam surgir do processo de morte com um elemento divino em sua constituição. O propósito primordial do sofrimento neste universo, particularmente relacionado com os filhos de Deus, é que através dele a própria natureza de Deus pode ser introduzida para dentro da natureza do homem. Através das dificuldades e pressões, um elemento divino está sendo introduzido dentro das próprias fibras do nosso ser, para que deixemos de ser cristãos descoloridos e tenhamos uma cor celestial dispensando-se a nós, e da qual carecíamos antes. É através das experiências de morte, as quais vêm pelo sofrimento, que a vida da criatura se mescla com a vida do criador. Podemos conhecer o 55 Deus vivo sem experiências tão drásticas, mas somente através da morte que podemos ter conhecimento experimental do Deus da ressurreição. Você deve dar seu consentimento a Deus quando Ele busca guiá-lo através de processos devastadores. Você não deve ter medo, Deus sabe como designar o sofrimento. Ele é um especialista em combinar nosso sofrimento à nossa condição. Ele mede todas as coisas com uma precisão infalível e seleciona a prova peculiar ajustada à necessidade peculiar. Ele invariavelmente escolhe a porção de cada um considerando esta meta: um aumento do conteúdo divino em