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REPRESENTATIVIDADE E DIVERSIDADE: O POSICIONAMENTO DE MARCA TRABALHADO PELAS EMPRESAS NATURA, BANCO DO BRASIL E IFOOD EM 2019 Universidade de Taubaté LUIZ GUILHERME DE BRITO ARDUINO1 VÂNIA DE MORAES2 RESUMO O tema desta pesquisa é sobre a representatividade e a diversidade como posicionamento de marca trabalhado pelas empresas Natura, Banco do Brasil e Ifood em 2019. Discussões relacionadas à representatividade e diversidade (sexual, de raça e de gênero) têm crescido cada vez mais na atualidade. Desta forma, este trabalho tem como objetivo geral, levantar e discutir o posicionamento de marca por meio da propaganda, analisando três campanhas, observando como as marcas se posicionam em relação a representatividade e a diversidade. Este trabalho tem como metodologia a pesquisa bibliográfica e o estudo de caso das campanhas as seguintes campanhas: “Nova Coleção Natura Faces” (Natura), “Abra sua conta no BB - mais que digital” (Banco do Brasil) e “Que fome boa! ” (Ifood), veiculadas em mídias eletrônicas e digitais no ano de 2019. PALAVRAS-CHAVE: representatividade; diversidade; posicionamento; marcas INTRODUÇÃO Atualmente, discussões relacionadas à representatividade e diversidade têm ganhado espaço na sociedade. Portanto, surge a necessidade discutir como estes dois conceitos estão sendo usados pelas marcas por meio da propaganda. Desta forma, este trabalho tem como objetivo geral levantar e discutir o posicionamento de marca por meio da propaganda, analisando três campanhas observando como as marcas se posicionam em relação a representatividade e a 1 Publicitário, Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da Universidade de Taubaté - UNITAU. E-mail: lguilherme.br.designer@gmail.com 2 Orientador (a): Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP; Docente do Curso de Comunicação Social e do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Linguística Aplicada da Universidade de Taubaté – UNITAU. E-mail: vania.unitau@gmail.com diversidade. Como objetivos específicos visa-se conceituar os termos representatividade e diversidade e o uso em anúncios publicitários, discutir o conceito de branding e posicionamento de marca, as quais são fundamentais para a discussão destes conceitos e analisar três propagandas a fim de identificar como as marcas abordam tais conceitos. Como metodologia, este trabalho configura-se em uma pesquisa bibliográfica e estudo de caso das campanhas “Nova Coleção Natura Faces” (Natura), “Abra sua conta no BB - mais que digital” (Banco do Brasil) e “Que fome boa! ” (Ifood), veiculadas nas mídias eletrônicas no ano de 2019. Assim, esta pesquisa possui a fundamentação teórica baseadas nos autores Cobra (1992), Rabelo (2018), Roberts (2014), Sampaio (2013), Sant’Anna (2006) e Strunk (2001). 1. REPRESENTATIVIDADE E DIVERSIDADE NA PROPAGANDA A representatividade e a diversidade são temas discutidos no contexto atual. Segundo o relatório Representação da Diversidade na Propaganda Digital Brasileira3, realizada pela SA365 e Elife e disponibilizada a partir de março de 2019, pesquisas comprovam que a desigualdade ainda é uma realidade presente na vida dos brasileiros, seja ela de gênero, raça, social ou em qualquer outro campo. A fim de identificar grupos representados visualmente na publicidade digital das marcas, foram coletadas publicações do primeiro semestre de 2018 no Facebook de marcas dos 20 maiores anunciantes brasileiros. Os resultados obtidos, segundo o relatório foram de que a presença de homens e de brancos ainda é desproporcional à de mulheres e negros na comunicação das principais anunciantes e nas mais diversas categorias do mercado, a representação não chega a 40%. Conforme apresentado pelo estudo, a representatividade e a diversidade ainda são temáticas a serem discutidas, uma vez que ainda há uma falta de ambas no contexto sociocultural. Neste sentido, cabe ressaltar o que cada uma destas palavras pode ser conceituada como 3 Representação da Diversidade na Propaganda Digital Brasileira, São Paulo, 2019.Disponível em: <https://elife.com.br/wp-content/uploads/2019/04/Estudo-Representa%C3%A7%C3%A3o-da-Diversidade-na-Propag anda-Digital-Brasileira-2019.pdf>. Acesso em 25 de agosto de 2019. https://elife.com.br/wp-content/uploads/2019/04/Estudo-Representa%C3%A7%C3%A3o-da-Diversidade-na-Propag%20anda-Digital-Brasileira-2019.pdf https://elife.com.br/wp-content/uploads/2019/04/Estudo-Representa%C3%A7%C3%A3o-da-Diversidade-na-Propag%20anda-Digital-Brasileira-2019.pdf A Representatividade está relacionada com o autorreconhecimento e reconhecimento dos semelhantes. O indivíduo se sente representado quando há uma identificação entre ele e algo. A Diversidade está relacionada com a inclusão de diferentes indivíduos que pertencem a diversos grupos. Segundo Rabelo (2018) com os adventos da contemporaneidade, percebe-se que os antes, devido a comunicação de massa, os indivíduos se identificavam por estereótipos conceituados como multidões. Na atualidade, os estereótipos baseados na diversidade se apresentam como diferenças. A comunicação publicitária deve conversar com os diferentes públicos de uma determinada marca, e para isso devem representa-las em suas comunicações e incluí-las em sua totalidade. 2. A PROPAGANDA E SUA FUNÇÃO Segundo Rabelo (2018) a propaganda foi implantada a partir da necessidade em que os anunciantes não se contentavam em apenas vender produtos se serviços, mas de criar símbolos fortes, semelhantemente o poder das religiões, sendo capazes de transformar uma ideia na mente das pessoas. Assim, a linguagem da propaganda é a persuasão, que segundo o autor é um recurso linguístico que foca em estudar as crenças, valores e necessidade de seus públicos. Para Sampaio (2013) a propaganda possui a função difundir um conceito, uma mensagem, gerando um comportamento diferente nas pessoas que, de alguma maneira, têm um contato com ela, seja qual for o veículo usado para divulgá-la. Pode-se dizer, portanto que fazer propaganda é tornar público, propagar e divulgar ideias, crenças, princípios doutrinas, opiniões, com um dado propósito. Segundo Armando Sant’Anna (2006), a propaganda não pode ser vista como um simples instrumento de venda, mas como um fator sociocultural dos mais relevantes. Sendo assim, as propagandas que circulam nas mais variadas esferas sociais apresentam conceitos relacionados com o desencadear de relações e interpretações em que se encontram. A propaganda utiliza-se de um discurso persuasivo, que segundo Sampaio (2013), ela seduz nossos sentidos, mexe com nossos desejos, nos propõe novas experiências e possibilidades, novas ações, novas atitudes e fala com o nosso inconsciente. Sampaio (2013) ressalta o poder da propaganda sendo um instrumento capaz de proporcionar inúmeros benefícios para quem a utiliza e os riscos da propaganda se for mal-empregada. 3. BRANDING E POSICIONAMENTO DE MARCA Segundo Rabelo (2018), o termo “branding” tem sua origem na palavra nórdica “brandr”, que, com o passar do tempo foi traduzida para o inglês, interpretado por “burn” que significa queimar. Tal termo se popularizou ao ser referido marcações em embalagens e posteriormente na representação do que ficava marcado na mente dos consumidores. Assim, o Branding é o processo gestão da percepção sobre as marcas. Por meio da consistência entre estratégia, planos, diretrizes e ações visa construir marcas valiosas para os consumidores e que estejam posicionadas de forma adequada na mente das pessoas. Partindo desta premissa, as marcas competiam para permanecer na mente dos consumidores, entretanto, as marcas ultrapassarameste objetivo. Para Rabelo (2018), as marcas devem se posicionar nos corações e nas almas das pessoas. Os esforços metodológicos que transformam os produtos em marcas, garantindo a confiança por parte de seus públicos, vão muito além do desenho gráfico ou das cores institucionais, pois partem de um trabalho complexo que consiste na criação e promoção de valores. Tais valores como o dinheiro, o tempo, a confiança, o respeito, a sustentabilidade, o conforto, a qualidade e a experiência, entre tantos outros, são promovidos pela empresa em um processo conhecido como branding, que resumidamente faz a criação e o gerenciamento das marcas. (RABELO,2018, p.34) Partindo do ponto de que as marcas querem criar experiências para os consumidores a fim que haja um amor, o que Roberts (2004) vai nomear como Lovemarks, cria-se, portanto, um valor para a marca, se tratando de um conjunto de aspectos intangíveis, que atribuem valor ao negócio agindo na percepção dos seus consumidores, desta forma em muitos casos de sucesso esse passa a ser o maior patrimônio da empresa. Segundo Silva (2019) apud Strunk (2001), as marcas triunfantes são as que se propõem em criar benefícios emocionais que direcionem à sua lealdade. O autor ressalta ainda que “quando as marcas conseguem estabelecer um relacionamento afetivo com os consumidores, criam suas heranças, tornam-se símbolos de confiança, ganham uma história e geram riquezas” (STRUNK, 2001, p.34). Assim, como estratégia de branding o posicionamento de marca promove o engajamento entre os seus consumidores, além de criar assimilações positivas ou negativas em relação a uma marca, possibilitando o fortalecimento ou o enfraquecimento perante a concorrência. Para isso é preciso equilibrar as necessidades e expectativas do cliente (emocional) com as oportunidades de mercado (o racional). 4 Neste sentido, Cobra (1992) define o posicionamento como a arte de “configurar a imagem da empresa e o valor do produto em cada segmento de mercado, de forma que os clientes possam entender o que a empresa proporciona em relação à concorrência". COBRA (1992, p.323). Contudo, nenhum posicionamento é eterno, com as constantes mudanças dos perfis de consumidores, dos concorrentes, na tecnologia e na economia, as empresas devem reavaliar o posicionamento de suas marcas. Podendo, assim, as marcas perderem seu posicionamento positivo no mercado frente a algum problema relacionado direta ou indiretamente com seus produtos. Ou podem, também, perder posicionamento ante as mudanças socioculturais de seus nichos de mercado. Por isso, é necessário sempre o acompanhamento de tendências para se reposicionar e acompanhar tais mudanças. Assim, uma das ferramentas para posicionar a marca é a propaganda, que tem como objetivo fortalecer a marca como diferencial competitivo em um mercado em que produtos e serviços são equivalentes em preço e qualidade. A propaganda, portanto, deve trabalhar as qualidades tangíveis dos produtos e serviços, mas também deve trabalhar as qualidades intangíveis, acrescentando valor à marca e diferenciando-a entre as demais. Conforme o que foi discutido, a seguir serão analisadas três campanhas observando como as marcas se posicionam em relação a representatividade e a diversidade. 4. ANÁLISE DAS CAMPANHAS Conforme apresentado anteriormente, as marcas utilizam estratégias para se posicionar em relação a uma questão ou causa perante a sociedade, visando trabalhar conceitos relativos à sua imagem (como as pessoas enxergam uma determinada marca) e reputação (a opinião que as pessoas têm sobre uma marca). Assim, por meio da propaganda trabalham-se diversos conceitos, inclusive a representatividade e a diversidade. Com o intuito de levantar e discutir questões relacionadas aos assuntos, optou-se por analisar as seguintes campanhas: “Nova Coleção Natura Faces” (Natura), 4 Em diversas propagandas este equilíbrio resulta em estratégia de marketing de causa, que visa vender um produto ou serviço atrelado com uma causa ou questões sociais. “Abra sua conta no BB - mais que digital” (Banco do Brasil) e “Que fome boa! ” (Ifood), veiculadas nas mídias eletrônicas no ano de 2019. A) “Abra sua conta no BB - mais que digital” (Banco do Brasil) A Campanha “Abra sua conta no BB - mais que digital” era para ser veiculada em mídia eletrônica (TV) e digital (internet). Entretanto, o Presidente da República Jair Messias Bolsonaro pediu para que fosse retirada do ar, vetando a propaganda do Banco do Brasil e afastando do diretor de comunicação e marketing Delano Valentim. Figura 01 – Campanha “Abra sua conta no BB - mais que digital” - Banco do Brasil (Vetada pelo Presidente da República Jair Messias Bolsonaro) Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=AkkkWxMzi18>. Acesso em 24 de agosto de 2019. Produzida pela agência WMcCann, a campanha tinha como objetivo alcançar o público jovem, se comunicando por meio da linguagem persuasiva. A representatividade pode ser observada por ter no anúncio jovens do sexo masculino e feminino, negros (há muitos atores negros), brancos e LGBTQ+ (há a participação de transexuais). Além de obter a representatividade, a propaganda possuiu diversidade quando incluiu os diferentes grupos no contexto do banco, remetendo a ideia de que o Banco do Brasil é para todos, sem restrição. Portanto, o anúncio foi focado na promoção da diversidade racial e sexual e nas tentativas de atrair o público jovem e incentivar o uso do aplicativo do banco. A marca tentou se posicionar, entretanto, devido o Banco do Brasil pertencer ao Governo Federal, foi vetada pela imposição do Presidente. B) “Nova Coleção Natura Faces” (Natura) A Campanha do Dia dos Namorados da empresa Natura “Nova Coleção Natura Faces” foi veiculada em mídia digital (internet) e tinha como objetivo divulgar sua nova https://www.youtube.com/watch?v=AkkkWxMzi18 linha de maquiagens. A campanha tinha como conceito de divulgar o amor sem rótulos, sem gêneros, sem regras, promovendo a diversidade. Figura 02 – Campanha “Nova Coleção Natura Faces” - Natura Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=c0FUG-9iACQ>. Acesso em 24 de agosto de 2019. Entretanto, a campanha foi alvo de muitas polêmicas.Com o total de 104.313 visualizações no canal do Youtube, obteve 5 mil curtidas e 5mil não curtidas. A marca tentou se posicionar a favor da diversidade, trabalhando com a representatividade de mulheres lésbicas e transexuais na propaganda. Além do vídeo, a marca de cosméticos também fez várias postagens em suas redes sociais promovendo a campanha. As publicações apresentam as histórias dos três casais. Em uma delas, a empresa afirma: “Que nossa maquiagem só borre por causa de beijos cheios de AMOR! Para divulgar a nova #ColeçãoDoAmor, convidamos três casais para contar suas histórias e celebrar a diversidade! ”. O anúncio foi criticado pelo seu público, devido de a marca possuir em sua maioria um público mais conservador. No Twitter, foi criado a hashtag #BoicoteNatura a qual ficou na primeira colocação dos Trending Topics da rede social nas semanas seguintes do lançamento da campanha. A polarização entre pessoas que concordaram com o posicionamento da marca e os que não concordaram pode ser observada por parte dos usuários, os quais comentaram, segundo o site Economia – iG5 as seguintes colocações "ideologia de esquerda", "quem lacra não lucra" e "#BoicoteNatura". 5 Economia - iG - Campanha da marca de cosméticos conta as histórias de três casais para lançar sua nova linha de batons; Natura descreve coleção como "sem rótulo, sem gênero, sem regras, e com muito, muitoamor e diversidade. Disponível em: <https://economia.ig.com.br/empresas/2019-05-14/natura-lanca-propaganda-com-beijo-lesbico-e- internautas-pedem-boicote.html>. Acesso em: 25 de agosto de 2019. https://www.youtube.com/watch?v=c0FUG-9iACQ https://economia.ig.com.br/empresas/2019-05-14/natura-lanca-propaganda-com-beijo-lesbico-e-internautas-pedem-boicote.html https://economia.ig.com.br/empresas/2019-05-14/natura-lanca-propaganda-com-beijo-lesbico-e-internautas-pedem-boicote.html Em casos como este, a marca deve ter muita certeza no que abordar na propaganda, pois pode sofrer muitos prejuízos, perdendo clientes e principalmente o valor que a marca possui na mente e no coração dos consumidores. C) “Que fome boa! ” (Ifood) A Campanha de Carnaval “Que fome boa! ” da marca Ifood, lançada no dia 22 de fevereiro de 2019, “foi veiculada em mídia digital (internet) e tinha como objetivo divulgar os serviços da empresa, associando-a à causa LGBTQ+. A artista protagonista da campanha é a drag queen Glória Groove, umas das cantoras LGBTQ+ mais ouvidas no Brasil atualmente. O anúncio trabalhado se configura em uma paródia da música da própria artista, chamada “Coisa Boa”. A campanha tinha como conceito de divulgar o a diversidade no período de carnaval. Figura 03 – Campanha “Que Fome boa! ” – Ifood Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ghgpQcOU_Yk>. Acesso em 24 de agosto de 2019. A campanha chegou a ter 10.709.584 visualizações e teve uma grande aceitação do público, tanto no Youtube, obtendo 2,4 mil curtidas e 691 não curtidas no canal, quanto nas postagens em redes sociais. A campanha teve uma grande aceitação devido ao público da marca ser formado por LGBTQ+, pessoas que aceitam a diversidade, sendo a maioria em jovens. A marca Ifood em outros anúncios já vinha se posicionando indiretamente como uma marca inclusiva, respeitando as diferenças, com representatividade e diversidade. Com este anúncio a marca se posicionou de forma direta e os resultados foram positivos para a empresa. https://www.youtube.com/watch?v=ghgpQcOU_Yk Considerações gerais das propagandas A partir das análises das três propagandas, pode-se observar que ambas as marcas apostaram trabalhar em seus anúncios publicitários, entretanto cada uma delas obteve um resultado, conforme pode ser observado abaixo: Marca Campanha Público Resultados Banco do Brasil Abra sua conta no BB - mais que digital A campanha se destinada ao público jovem, com o foco nos universitários. Vetado pelo Presidente da República Jair Messias Bolsonaro. Natura Nova Coleção Natura Faces A campanha se destinada ao público jovem, entretanto os públicos principais da marca são de pessoas conservadoras. Houve uma falta de aceitação do público principal da marca, sendo alvo de boicote da marca. Ifood Que Fome boa! A campanha se destinada ao público jovem, com um direcionamento para pessoas que aceitam a diversidade. A campanha foi bem aceita pelo público da marca. Fonte: Elaborado pelo autor, 2019. Assim, considera-se que é de extrema relevância do ponto de vista social que as marcas trabalhem com representatividade e diversidade nos anúncios publicitários, uma vez que a propaganda não pode ser vista como um simples instrumento de venda, mas como um fator sociocultural dos mais relevantes. Todavia, as empresas que tem uma relação próxima ao governo, devem ficar atentas a questões disseminadas pelos governantes, no caso deste governo atual, marcado por censura e exclusão de minorias. Também deve-se entender para quem a marca está se comunicando, qual é o seu público para que haja aceitação e não boicote da marca. CONCLUSÃO Com esta pesquisa, pode-se concluir que a representatividade e a diversidade são temas discutidos no contexto atual e são abordadas em diversas propagandas. Conforme apresentado neste trabalho, as marcas utilizam estratégias para se posicionar em relação a uma questão ou causa perante a sociedade, visando trabalhar conceitos relativos à sua imagem (como as pessoas enxergam uma determinada marca) e reputação (a opinião que as pessoas têm sobre uma marca). As marcas na atualidade não querem apenas estar na mente dos consumidores, mas estarem no coração e na alma dos mesmos. Assim, por meio da propaganda trabalham-se diversos conceitos, inclusive a representatividade e a diversidade. Contudo, a marca deve estar certa e preparada ao se posicionar em relação a uma determinada temática, para que agregue valor à marca e não um possível boicote. REFERÊNCIAS AAKER, D. Marcas-brand equity: gerenciando o valor da marca. 2. Ed. São Paulo: Negócio, 1998. ALVES, Elizeu Barroso; GARBELINI, Ricieri. Marketing de causa como fortalecimento das marcas. Revista Organização Sistêmica, v. 7, p. 142-158, 2015. COBRA, Marcos. Administração de Marketing. 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