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Depreciação do Ativo Imobilizado e Imposto de Renda

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DEPRECIAÇÃO DO ATIVO 
IMOBILIZADO E A INFLUÊNCIA DO 
IMPOSTO DE RENDA
Professor:
Dr. Daniel Eduardo dos Santos 
Diretoria Executiva Pedagógica Janes Fidelis Tomelin
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho 
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Projetos Educacionais Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano
Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho
Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey
Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Projeto Gráfi co Thayla Guimarães
Designer Educacional Rossana Costa Giani 
Editoração Ana Eliza Martins
Ilustração Ana Eliza Martins
Qualidade Textual Produção de Materiais
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
As imagens utilizadas neste livro foram 
obtidas a partir do site shutterstock.com
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; SANTOS, Daniel Eduardo dos. 
 
 Análise de Investimentos e Engenharia Econômica. Daniel 
Eduardo dos Santos.
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018. 
 48 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Análise. 2. Investimentos. 3. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-459-0037-5
CDD - 22 ed. 658.152 
CIP - NBR 12899 - AACR/2
01
02
03
04
sumário
06| A SUBSTITUIÇÃO DE UM ATIVO EXISTENTE
14| O ATIVO IMOBILIZADO
20| MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO
33| INFLUÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA (IR) E LUCRO TRIBUTÁVEL 
 NEGATIVO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Entender os efeitos da depreciação.
• Compreender a relações entre capital e investimento.
• Apresentar as questões que tratam sobre a tributação das operações de 
uma organização.
• Mostrar os efeitos do Imposto de Renda (IR) sobre os resultados do exercício.
• Abarcar as razões e efeitos do lucro tributável negativo.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• A Substituição de um Ativo Existente
• O Ativo Imobilizado
• Métodos de Depreciação
• Infl uência do Imposto de Renda (IR) e o Lucro tributável negativo
DEPRECIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO E A INFLUÊNCIA 
DO IMPOSTO DE RENDA
INTRODUÇÃO
introdução
Nesta unidade, discutiremos os efeitos das escolhas de investimento nesta ou 
naquela opção, não apenas considerando o fl uxo de caixa, mas também outros 
aspectos relevantes para a organização, como a depreciação e os métodos re-
lacionados aos níveis de operação das organizações.
Muitas empresas tomam decisões sobre a construção de novas instalações, 
investir em novas máquinas, ou colocar recursos em projetos de grande porte 
sem ter qualquer noção ou previsão de que o retorno será superior ao inves-
timento realizado. Como resultado desse tipo de atitude, há casos em que a 
empresa percebe que, apesar de estar trabalhando a todo vapor, os resultados 
não melhoram, até mesmo declinam.
Os custos dos investimentos realizados, despesas operacionais, depreciação, 
entre tantos outros fatores que contribuem para esvaziar o caixa da organiza-
ção ao longo do tempo, são desdobramentos de qualquer projeto que altere a 
estrutura da empresa. Para evitar essa situação, é necessário identifi car os ele-
mentos relevantes e que são afetados com as mudanças, além de calcular o 
retorno sobre o investimento.
A princípio, será necessário considerar as motivações econômicas e fi nan-
ceiras que condicionam ou obrigam a substituição de um bem de capital, as 
quais vão desde a quebra ou eliminação do bem, até mesmo a percepção de 
utilidade. Outros aspectos relevantes para entender a substituição de ativos 
são a forma como essa substituição é contabilizada nos registros, assim como 
a mudança do valor bem ao longo do tempo.
A seguir, serão apresentadas as formas de depreciação, que são os mecanis-
mos legais que representam o desgaste do ativo em termos fi nanceiros, visto 
a relação da carga tributária e os resultados organizacionais.
Pós-Universo 6
A substituição 
de um ativo 
existente
Pós-Universo 7
Na comparação entre várias alternativas de investimento, há momentos que uma 
organização deve considerar se é necessário mudar para melhorar (com a decisão 
entre investir e não investir). Por outro lado, pode ocorrer que a organização esteja 
em um ambiente que proporciona um conjunto de alternativas mutuamente ex-
clusivas (em que busca a alternativa com o maior valor econômico), em ambas as 
situações, os recursos são escassos e, normalmente, poderemos escolher apenar o 
que nos proporcionará o melhor resultado.
Quando há uma única alternativa, a decisão de não investir em um novo ativo 
poderia ser a decisão de continuar a utilizar o ativo atual, de igual modo, a decisão 
de investir pode ser uma decisão de substituir um ativo existente. O mesmo vale para 
alternativas mutuamente exclusivas, uma vez que uma alternativa poderia ser a con-
tinuação de uso de um ativo existente.
Quando a questão central são as decisões de substituição, podemos ser influen-
ciados pela economia, preocupações com capacidade, deterioração da qualidade 
do serviço recebido, a mudança de requisitos, prestígio, modismos, ou uma série de 
outras razões.
Segundo Nascimento (2010), decisões de substituição ocorrem por uma varie-
dade de razões, como:
 • O ativo existente ou atual desenvolveu, ao longo dos tempos, várias defi-
ciências, incluindo o alto custo de setup (carregamento ou inicialização da 
produção), despesas de manutenção excessiva, já apresenta declínio da 
produtividade frente às necessidades atuais, alto custo de energia, capaci-
dade limitada e deficiência físico/operacional.
 • Ativo de substituição potencial está disponível com uma série de vanta-
gens sobre o ativo que está em uso, incluindo uma nova tecnologia que 
é mais rápida no setup, além de, normalmente, ser mais fácil de usar. Pesa, 
ainda, o fato de ter o custo operacional mais baixo, assim como custo de 
manutenção, menor custo de energia, maior produtividade e vários outros 
recursos adicionais.
Pós-Universo 8
 • Um ambiente externo em mudança, incluindo: mudanças no usuário e nas 
preferências e expectativas dos clientes; as exigências de mudança; alter-
nativas novas para a função ou forma que o ativo é utilizado, abarcando a 
disponibilidade de equipamentos alugados ou por meio de terceirizados; 
aumento da demanda que não pode ser satisfeita com o equipamento atual 
ou equipamento suplementar ou, ainda, a substituição do equipamento é 
necessária para atender a demanda.
Os bens ou ativos, como, por exemplo, equipamentos e instalações, desgastam-se 
naturalmente com o seu uso, exigindo cada vez mais dispêndios em manutenção. 
Assim, é claro que consideramos que os custos operacionais devam se elevar, bem 
como se eleva o seu tempo de operação. Quando falamos da vida econômica de um 
bem, estamos fazendo referência ao período de tempo no qual o custo anual uni-
forme equivalente de possuir e de operar um bem de capital é o menor possível. Já 
o conceito de vida útil de um bem é o período de tempo em que o bem desenvol-
ve suas as funções conforme esperado. Consequentemente, a vida útil de um bem 
está vinculada à forma como ele foi utilizado e mantido.
Faça investimentos que sejam economicamente justificados.
“Se você precisa de uma máquina nova e não a compra, você pagará por 
ela mesmo sem tê-la”
(HENRY FORD).
reflita
Após as considerações feitas, podemos dizer que a escolhe da substituição de um 
ativo existente é baseada no entendimento dos conceitos de vida econômica e vida 
útil. Útil algo pode ser eternamente. A questão é se – economicamente falando 
– compensa manter esse ativo. Ouseja, se os custos se mostram inferiores aos resul-
tados gerados. Após responder essas questões, ficará claro se há ou não necessidade 
de trocar o ativo.
Pós-Universo 9
Descrição sumária dos três tipos 
de obsolescência de bens
As organizações, em geral, perdem seu valor devido a “obsolescência” ou “caducidade”. 
Esses termos se referem à perda da funcionalidade dos bens e ativos. Os componen-
tes dessa perda de funcionalidade normalmente são classificados nos seguintes tipos: 
deterioração física; obsolescência funcional; obsolescência percebida e ob-
solescência locacional.
 • Deterioração física resulta da diminuição do valor devido à condição física 
do bem. Duas são as razões atribuídas para redução desse valor: (1) devido 
à imposição legal da depreciação (Lei nº 11.638 de 28.12.2007 e Resolução 
Conselho Federal de Contabilidade - cfc nº 1.177 de 24.07.2009, entre outros) 
e (2) a diminuição do valor devido ao desgaste físico.
 • A obsolescência funcional é resultado, por sua vez, de uma diminuição no 
valor em razão da incapacidade do bem atingir com plenitude a função 
para a qual foi originalmente concebido ou destinado. Podendo ser dividi-
da em dois componentes: (1) o componente funcional: a função pretendida 
para o bem permanece o mesmo, mas sua capacidade de atuação, de de-
sempenho, já não é mais a mesma como costumava ser quando era um 
equipamento novo. (2) o componente tecnológico: o bem continua tendo 
o mesmo desempenho de quando era novo, no entanto a função pretendi-
da para aquele bem em si tornou-se obsoleta ao longo do tempo. Algumas 
das indicações de caducidade funcionais comuns incluem custos excessi-
vos de operação/manutenção; excesso de capacidade/custos de capital 
em excesso; e excessivas adequações em estrutura ou capacidade.
Pós-Universo 10
A obsolescência percebida está relacionada a uma diminuição do valor de um bem 
devido à influência externa.
 • Obsolescência locacional ocorre quando a localização das instalações da 
planta industrial, por exemplo, resulta tanto em (1) uma diminuição do 
faturamento da instalação ou (2) aumento dos custos de instalação ou 
de operação. Obsolescência locacional tem sido frequentemente rela-
cionada às mudanças nas condições da região ou vizinhança no bairro, 
relacionada às instalações da empresa ou organização. Por exemplo, a 
obsolescência locacional pode estar relacionada às exigências de cons-
trução de um aterro ou de uma estação de tratamento de águas residuais 
ao lado da planta industrial.
Por exemplo, um caso brasileiro desta questão de obsolescência locacional 
envolve empresa de alimentos de abrangência nacional. Ela, quando se instalou 
em Umuarama, no interior do Paraná há décadas atrás, situou-se em local distante 
do centro da cidade e moradias, com acesso próximo às rodovias, o que facilitou, 
obviamente, a logística da organização. Passados quarenta anos, bairros popula-
res foram instalados próximos da empresa e, aquilo que era vantagem, tornou-se 
problema. Os moradores, cuja maioria hoje não tem relação direta com a empresa, 
reclamam da poluição atmosférica gerada pelas máquinas de beneficiamento de 
grãos. Passeatas, crises políticas, ameaças de transferência da indústria para outra 
cidade são, apenas, alguns dos ingredientes daquilo que chamamos obsolescência 
locacional. Eventuais futuros investimentos naquela localidade, certamente, serão 
realizados somente se os custos para produção em qualquer outro local forem su-
periores, o que é difícil de ocorrer frente às exigências ambientais recorrentes para 
qualquer alteração na unidade industrial.
Pós-Universo 11
No artigo “Mais de 10 milhões de brasileiros usam tecnologia ultrapassada”, 
Viviane Moura aborda, sucintamente, esse assunto, demonstrando especi-
ficamente o universo da tecnologia da informação.
 “
[...] para se ter ideia de quanto recurso é utilizado na manuten-
ção de PCs com mais de quatro anos, as pequenas e médias 
empresas, por exemplo, podem perder até R$ 1.364/ano por 
máquina apenas com despesas com reparos e manutenção 
(48% a mais do que um PC novo) e ter até 31% a mais de custos 
anuais com atualizações. Bem como, perder até duas vezes mais 
produtividade devido a máquinas lentas e sistemas que não 
respondem aos comandos na velocidade necessária.
Disponível em: <http://www.cepromat.mt.gov.br/index.php/mnu-noticias/
1255-mais-de-10-milhoes-de-brasileiros-usam-tecnologia-ultrapassada>. 
Acesso em: 30 out. 2013.
fatos e dados
De fato, a obsolescência econômica afeta as relações comerciais, industriais, sociais 
e, ainda, os familiares. A obsolescência econômica ocorre quando o investidor não 
consegue mais manter uma taxa interna de retorno considerada satisfatória naquela 
operação. Ela, muitas vezes, está relacionada com o negócio que interfere no propó-
sito específico dessa organização. Uma mudança nas condições da indústria poderia 
causar a redução na receita do empreendedor, diminuição da margem, ou na métrica 
de retorno sobre o investimento.
Abordagem Fluxo de Caixa
Considera-se que a abordagem de fluxo de caixa como aquela que gera um ponto 
de vista privilegiado, pois os fluxos de caixa são “vistos” pelo tomador de decisão para 
gerar uma resposta à seguinte pergunta: “quanto dinheiro será gasto e quanto será 
ganho se eu adotar essa alternativa?” Em resumo, estamos interessados em saber 
quanto dinheiro será gasto e gerado/economizado se o ativo for substituído e 
quanto dinheiro será gasto e gerado/economizado se o ativo for mantido.
Pós-Universo 12
Uma ótima descrição do conceito de fl uxo de caixa vem da obra de Samanez 
(2008, p. 231):
“
Os fl uxos de caixa resumem as entradas e as saídas efetivas de dinheiro ao 
longo do tempo, permitindo, dessa forma, conhecer a rentabilidade e viabi-
lidade econômica gerada pelo projeto ao longo de sua vida útil. Fluxos de 
caixa não são sinônimo de lucros contábeis, pois podem ocorrer mudan-
ças no lucro contábil sem que haja mudança correspondente nos fl uxos de 
caixa. Eles são a principal matéria prima para estimar o valor da uma empresa, 
medir a rentabilidade de um projeto de investimento, planejar as operações 
ou estabelecer a capacidade de pagamento de uma dívida.
Logo, é possível entender a partir desse conceito a função e objetivo do fl uxo de caixa.
Na realização de análises de substituição, cuidado com os custos irrecuperáveis.
Fonte: o autor.
atenção
Pós-Universo 13
Uma máquina finger-joint, utilizada no beneficiamento de madeiras, foi ad-
quirida dez anos atrás por R$300.000. Ela pode ser mantida por um tempo 
máximo de cinco anos, a partir de quando seu valor residual será zero. Os 
custos anuais de operação e manutenção do defensor têm aumentado em 
R$5.000 ao ano desde sua aquisição. No próximo ano, os custos de opera-
ção e manutenção totalizarão R$120.000.
Uma nova finger-joint (desafiante) está sendo analisada para substituir o 
defensor, que tem um valor de mercado estimado em R$50.000. A nova 
máquina custará R$500.000 e seus custos anuais de operação e manuten-
ção serão de R$10.000 no primeiro ano, aumentando em R$5.000 por ano.
Baseado no tempo de vida útil restante do defensor, um horizonte de pla-
nejamento de 5 anos será utilizado. Depois de cinco anos, o desafiante terá 
um valor de mercado de R$200.000. Com uma TMA de 16,67%, deve ser o 
defensor substituído?
Período Fluxo de Caixa 1 Fluxo de Caixa 2 Fluxo de Caixa Incremental
0 -$450.000 $0 -$450.000
1 -$10.000 -$120.000 $110.000
2 -$15.000 -$125.000 $110.000
3 -$20.000 -$130.000 $110.000
4 -$25.000 -$135.000 $110.000
5 $170.000 -$140.000 $310.000
O fluxo de caixa para desafiante (alternativa 1) e para o defensor (alterna-
tiva 2) são apresentados acima. Com base na análise seguinte, com fluxo de 
caixa incremental, se calculada a TIR Incremental, perceberemos que ela é 
inferior à TMA proposta. Dessa forma, é recomendável que o defensor con-
tinue a ser utilizado até que um desafiante mais atraenteseja identificado.
Fonte: o autor.
saiba mais 
Pós-Universo 14
O ativo 
imobilizado
Pós-Universo 15
Para a produção de bens ou serviços são necessários investimentos em diversas áreas 
da organização. Normalmente, são exigidos investimentos fixos, ou seja, aplicações 
na estrutura, nos meios de produção etc. Como essa aplicação não será convertida 
diretamente em algo para venda, algo que não fará parte do estoque, denomina-
mos o bem adquirido de ativo imobilizado. O conceito, apresentado por Ryba, Lenzi 
e Lenzi (2012, p.49), de ativo permanente “considera itens que não são vendidos nem 
recebidos, pois são para uso da empresa, dividindo-se em três categorias”, sendo elas: 
imobilizado, de investimento e diferido.
Todo objeto que é utilizado no auxílio ou na produção de outros bens e servi-
ços, em geral, é afetado por alguma forma de defasagem, ou seja, sofre desgaste. 
Esse acontecimento é mensurado com uma perda de parte do valor do bem, a qual 
chamamos de depreciação. Essa perda de valor devido ao uso é lançada nos regis-
tros contábeis da empresa e é abatida dos resultados do período (IUDÍCIBUS, 1997).
Outra forma de obter ativos permanentes sem ter de adquiri-lo, é conhecida 
como leasing. Essa modalidade de investimento trabalha com a locação do bem 
desejado, contudo, em algumas modalidades de leasing, é possível, até mesmo, 
obter o bem utilizado ao fim do contrato. Para tanto, paga-se a diferença residual 
entre o valor do contrato de arredamento (locação) e do preço estipulado para o 
bem. Em geral, o leasing tem como obrigação para quem loca o bem pagar pelo 
custo dos juros e manutenção e perda no valor do ativo ao locador. No entanto ele 
teria que pagar todos os custos, exceto o custo dos juros se tivesse comprado o 
bem. Essa pode ser uma opção atraente, principalmente quando tratamos de uso 
daqueles recursos que tendem a degradar rapidamente seu valor ou usabilidade, 
portanto teriam que ser substituídos no final do período de leasing de qualquer 
maneira (CASAROTO FILHO, 2000).
Quando é realizado o registro de um novo bem na empresa, é necessário con-
siderar que tipo de bem é esse. Caso seja no patrimônio da empresa, falamos que 
houve aumento do Ativo, especificamente na conta de Ativo Imobilizado. De forma 
geral, o custo de aquisição, normalmente, poder ser estabelecido como: Valor de 
compra; Gastos com transporte do bem; Prêmio de seguro pelo transporte; Gastos 
com a instalação; Gastos necessários à transferência do Bem.
Pós-Universo 16
Os investimentos em ativos imobilizados contam, no geral, com gastos com-
plementares indispensáveis a sua posse e utilização, que serão necessários 
para instalação e funcionamento do bem.
atenção
Principais Grupos de Contas do 
Ativo Imobilizado
Considerando a enorme quantidade de tipos de ativos fixos é importante registrar 
os ativos em grupos de contas que indiquem a natureza dos bens. Em relação ao 
Ativo Imobilizado, elas podem ser de dois tipos: a conta de Bens tangíveis e a de 
Bens intangíveis.
Bens são entidades de valor econômico sobre o qual podem ser estabelecidos 
direitos de propriedade. A maioria dos bens são objetos materiais, mas não têm, 
necessariamente, de ser material ou tangível. Existem entidades incorpóreas que 
apresentam todas as características econômicas de mercadorias. Eles são os origi-
nais criados por autores, compositores, cientistas, arquitetos, engenheiros, designers, 
escritores de software, estúdios de cinema, orquestras, e assim por diante. Como os 
objetos tangíveis, eles são entidades separadas sobre os quais podem ser estabele-
cidos os direitos de propriedade (e negociados) e que podem ser de considerável 
valor econômico aos seus proprietários.
De forma sintética, poderemos indicar que os bens tangíveis são aqueles que 
existem fisicamente, que podem ser vistos, tocados e sentidos. As principais contas 
que agrupam os bens tangíveis são terrenos, edificações, máquinas e equipamen-
tos, veículos, móveis e utensílios e ferramentas.
Em outra ponta de nossas considerações, entendemos que os bens intangíveis 
são aqueles que existem, mas não podem ser vistos ou tocados. Representam direi-
tos assegurados à companhia proprietária, ou seja, ela detém sua posse jurídica. Os 
principais tipos de bens intangíveis são patentes, marcas de indústria e de comércio, 
direitos de uso de processo (Know-How), direitos de publicação, direitos de explo-
ração e extração.
Pós-Universo 17
Bens Intangíveis precisam ser reconhecidos em seu próprio direito como um tipo 
de bem. Eles sempre existiram, mas a sua importância econômica aumentou dras-
ticamente devido a rápidos avanços na informática, comunicações e tecnologia de 
audiovisual, que produziram um grande impacto sobre as indústrias envolvidas com 
a produção e divulgação de informações, conhecimento e entretenimento.
Sobre a relação dos custos fixos e variáveis sobre o grau de alavancagem 
operacional de uma organização: quanto maiores os custos fixos, maior o 
grau de alavancagem. Se transformamos custos fixos em variáveis, nosso 
grau de alavancagem cai sensivelmente.
reflita
Brasil fecha 2014 com déficit primário de R$32,536 bilhões
A revista eletrônica EXAME.COM (2015) apresentou replicou entrevista sobre 
a situação econômica do Brasil segundo os dados do Banco Central (BC). 
Algumas das informações mais relevantes foram:
 “
“BC informou ainda que o déficit nominal ficou em 60,102 
bilhões de reais no mês passado, fechando o ano em 343,916 
bilhões de reais [...] Pela primeira vez em mais de dez anos, o 
setor público brasileiro não conseguiu fazer economia para 
pagar juros da dívida em 2014, consequência da fraca ativi-
dade econômica e mau gerenciamento das contas públicas”.
Acompanhe mais informações da entrevista, que segue na íntegra, no en-
dereço referenciado na fonte.
Fonte: EXAME, Revista Eletrônica Exame.com. Brasil fecha 2014 com déficit 
primário de R$32,536 bilhões. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/
economia/noticias/brasil-fecha-2014-com-deficit-primario-de-r-32-536-bi-
lhoes>. Acesso em: 10 fev. 2015.
fatos e dados
Pós-Universo 18
Conceito de Investimento
Discutir as razões da realização de um investimento é essencial para garantir que os 
objetivos desejados para esse investimento realmente aconteçam. Fazer um inves-
timento envolve, para uma organização, o comprometimento de capital, em suas 
mais diversas formas, normalmente em um horizonte de tempo longo, na perspecti-
va de sustentar ou aprimorar sua situação econômica. Assim, investimento também 
envolve o conceito econômico de custo de oportunidade, já que pode ser qualifi-
cado - em forma genérica - como um sacrifício realizado neste momento, mas cujo 
resultado futuro produzirá melhores e/ou maiores resultados.
Devemos, assim, diferenciar entre um investimento financeiro e investimento de 
capital, como, por exemplo, na aquisição de títulos ou valores mobiliários e na aqui-
sição de meios de produção, no qual em um verificamos alta liquidez e, no outro, 
a geração de fluxos de caixa. Ao considerarmos um investimento financeiro, este 
envolve, necessariamente, produtos negociados por instituições financeiras, meio 
pelos quais se possibilita a geração de renda, calculada por taxas tanto pré como pós 
fixadas. Nos investimentos de capital, tratamos sobre gastos corporativos de maior 
monta, exemplificado pela compra de uma nova máquina ou, ainda, pela reforma 
de uma planta industrial etc.
Classificação de Investimentos
Ao tratarmos sobre a potencialidade de impacto do investimento na empresa, estes 
podem ser classificados como:
 • Recorrentes: investimentos exigidos para a substituição, modernização e 
expansão, pertinentes a produtos atuais da empresa ou, ainda, visando 
atender a demandas legais como segurança, mudanças na legislação do 
trabalho, atendimento à legislação ambiental etc.
 • Estratégicos: investimentos no desenvolvimento de novas tecnologiasou 
mesmo aqueles que transformam o próprio perfil ou objetivo da organiza-
ção. Tais investimentos atingem tantos resultados como envolvem a própria 
sobrevivência da organização.
Pós-Universo 19
Quando tratamos sobre as razões que fundamentam os objetivos do investimento, 
estas podem ser: substituição ou reposição, modernização, aumento de capacidade.
Ressaltando as questões envolvendo a forma física dos investimentos, podemos 
perceber:
• Investimentos materiais: quando consideramos a aquisição de máquinas 
e equipamentos, aumento da frota de veículos, construção de edifi cações, 
novos terrenos etc.
• Investimentos imateriais: investimentos de longo prazo, não relacionados 
à compra de ativos fi xos que a organização realiza objetivando manter ou 
melhorar seus resultados. Citamos, como exemplos, os investimentos rea-
lizados em pesquisa e desenvolvimento, os gastos feitos na formação e 
treinamento de pessoal, os dispêndios realizados na produção e tratamento 
da informação, implementação de consultorias em análise de desenvol-
vimento da estrutura de gestão organizacional, investimentos realizados 
visando estabelecimento ou melhoria da imagem da empresa etc.
Pós-Universo 20
Métodos de 
depreciação
Pós-Universo 21
A diminuição do valor das contas dos ativos imobilizado e intangível será aponta-
da periodicamente nas contas de depreciação, correspondendo à perda do valor 
dos direitos vinculados a bens físicos. Estes sujeitos ao natural desgaste, ou mesmo 
perda de utilidade por uso, ou ainda pela ação da natureza ou inclusive a obsoles-
cência. Compreendemos, assim, que a depreciação é um fenômeno natural, sendo 
essa aplicada unicamente a bens que estão em atividade, gerando a redução dos 
valores dos bens registrados no ativo imobilizado.
Inicialmente a organização precisará definir os prazos referentes à depreciação, 
a seguir deve ser feito por meio dos cálculos a estimativa do valor da depreciação a 
ser lançada, por fim lançar os valores encontrados nos cálculos de resultados da or-
ganização e no balanço patrimonial.
 “
A depreciação equivale à perda de valor de um determinado bem, seja por 
deterioração ou obsolescência. A depreciação não representa um desembol-
so, mas como é considerada uma despesa pode ser abatida da recita liquida, 
o que reduz o lucro antes do cálculo da alíquota do importo de renda, con-
sequentemente, o próprio imposto de renda a ser pago (RYBA; LENIZ; LENIZ, 
2012, p. 57).
Os principais critérios considerados nas estimativas de depreciação precisam ser in-
formados por meio de notas explicativas. No Balanço Social, tais elementos do ativo 
serão calculados conforme os direitos dispostos no imobilizado, considerando o 
custo de aquisição e subtraindo deles o saldo da respectiva conta de depreciação, 
amortização ou exaustão.
Vendo por outro prisma, concluímos que se o bem não estiver em uso, ele não 
estará sujeito à depreciação, continuando os seus registros contábeis inalterados. 
Ressaltamos que não são objetos de depreciação bens registrados no ativo imobili-
zado, como:
 • Terrenos, salvo para os gastos com melhoramentos do terreno em si.
 • Bens cujo valor possa aumentar com o transcurso do tempo. Ex.: obras de 
arte etc.
 • Bens esgotáveis, exauridos ou amortizados. Ex.: minas, lavouras, marcas e 
patentes.
Pós-Universo 22
 • Prédios e construções que se encontrem vazios, ou seja, não estejam alu-
gados nem sejam utilizados por seus proprietários na produção.
 • Bens destinados à venda. Uma empresa comercializadora que, adquirin-
do bem para venda não consiga repassá-lo e permaneça com ele em seus 
estoques por longo prazo, poderá contabilizar como custos/despesas os 
encargos provenientes de sua depreciação.
Contabilidade da Depreciação
A depreciação trata, portanto, a respeito dos efeitos do tempo sobre os bens das 
organizações. Ao longo do tempo, afetados pelo desgaste do uso, pelos efeitos 
da obsolescência e, ainda, a inequívoca ação da natureza, os ativos ficam desva-
lorizados, ou seja, perdem parte de seu valor – quando comparados ao valor de 
mercado. Os lançamentos da depreciação devem observar aspectos como a obriga-
toriedade do reconhecimento da depreciação, de acordo com a legislação vigente 
e, também, o valor da parcela que dever ser reconhecida no resultado como de-
créscimo patrimonial e, no balanço patrimonial, representada em conta redutora 
do respectivo ativo.
O tempo de vida útil de cada bem tem relação direta com o percentual de de-
preciação ao qual esse bem está sujeito. Ao tratarmos sobre taxas de depreciação de 
bens do ativo imobilizado, é possível - além de adotar estritamente as taxas apon-
tadas no referido anexo - utilizar taxas superiores ou mesmo inferiores às admitidas. 
Para isso, é necessário realizar a demonstração por meio de laudo pericial do Instituto 
Nacional de Tecnologia (INT) ou de outra entidade oficial de pesquisa científica ou 
tecnológica. Esse laudo produzirá efeito e fará prevalecer os prazos de vida útil indi-
cados por essas entidades (OLIVERIA, 1982; COSTA 1990).
Pós-Universo 23
Um aspecto relevante é que, conforme Artigo 5º de O Manual de 
Procedimentos para Depreciação de Bens Patrimoniais do Conselho Federal 
de Administração, ao se considerar o tempo de vida útil dos bens adquiri-
dos antes do exercício de 2002, ultrapassado 10 anos, esses bens deverão 
ser inventariados pelo valor simbólico de R$ 1,00 (um real).
Quanto aos bens adquiridos a partir do exercício de 2002, eles deverão ser 
depreciados de acordo com uma tabela específica e inventariados pelo 
valor residual apresentado após a aplicação da taxa de depreciação corres-
pondente ao exercício da aquisição dos respectivos bem.
Fonte: CFA, Conselho Federal de Administração. RESOLUÇÃO NORMATIVA 
CFA Nº 428, de 19 de novembro de 2012. Disponível em: <www.cfa.org.br/
institucional/legislacao/resolucoes/2012/RN001012.pdf>. Acesso em: 01 
dez. 2014.
saiba mais 
De outra forma, caso a empresa entenda que determinado bem apresenta vida útil 
econômica inferior àquela normalmente aceita pelo fisco e não conseguir desenvol-
ver meios para solucionar tal dilema por meio de laudo emitido pelos peritos, não 
poderá – para fins fiscais – deduzir o seu valor total. Assim – persistindo nessa inten-
ção – essa organização precisará realizar o ajuste desses lançamentos por meio do 
Livro de Apuração do Lucro Real, em que apontará a diferença entre o valor do de-
preciado lançado contabilmente e o valor permitido pela legislação fiscal.
A uma organização é permitido, ainda, fazer uso de taxas de depreciação in-
feriores às admitidas. Ela pode, inclusive, deixar de aproveitar os encargos de 
depreciação, já que, segundo a legislação fiscal vigente, não existe a obrigatorie-
dade do cálculo e registro da depreciação. Entretanto caso a organização utilize 
taxas menores que as admitidas, ou mesmo não aproprie os encargos de depre-
ciação durante um tempo específico, ela não poderá fazer uso dessas importâncias 
em momentos posteriores com artifícios, como o uso de taxas acima das máximas 
aceitas para cada exercício.
Pós-Universo 24
Quadro 1 – Distribuição dos efeitos da depreciação sobre a Vida Útil do bem.
Conta Título Vida Útil (anos) Taxa de Depreciação
311.01.01 MobiliárioemGeral 10 10%
311.01.03 Máquinas,MotoreseAparelhos 05 20%
311.01.04 EquipamentosDiversos 05 20%
311.01.05 BibliotecaeFilmoteca 10 10%
311.01.06 BensdeInformática 05 20%
311.01.07 Centraltelefônica 10 10%
311.01.09 Veículos 05 20%
311.03.01 SistemadeInformática 02 50%
Fonte: Resolução Normativa CFA nº 428, de 19 de novembro de 2012. Anexo I.
Depois de janeiro de 2013, os bens patrimoniais do Sistema CFA/CRAs devem ser de-
preciados anualmente, sempre no exercício subsequente a sua aquisição, não podendo 
haver depreciação em fração de tempo inferior a 1 (um) ano, excetuando-se os casos 
em que ocorra o desfazimento do bem. Geralmente quando discutimos os processos 
dedesfazimento ou de alienação de bens, estamos tratando dos bens patrimoniais in-
servíveis, que segundo a classificação do Decreto nº 99.658/90 é a seguinte:
 • Ocioso - quando, embora em perfeitas condições de uso, não estiver 
sendo aproveitado.
 • Recuperável - quando sua recuperação for possível e orçar, no máximo, a 
50% (cinquenta por cento) de seu valor de mercado.
 • Antieconômico - quando sua manutenção for onerosa, ou seu rendimen-
to precário, em virtude de seu uso prolongado, desgaste prematuro ou 
obsoletismo.
 • Irrecuperável - quando não mais puder ser utilizado para o fim a que se des-
tinava devido à perda de suas características ou em razão da inviabilidade 
econômica de sua recuperação.
Pós-Universo 25
De outro lado, a depreciação precisa ser destacada até que o valor líquido contá-
bil do bem em questão seja igual a R$ 0,00 (zero). Quando isso ocorrer, o valor do 
bem inventariado será simbólico, R$ 1,00 (um real), desde que os bens não ensejem 
seu desfazimento.
Um ponto interessante ainda a destacar é que a depreciação não cessa quando 
o bem se torna obsoleto e inservível, porém caberá análise a respeito dele pela 
Comissão de Inventário, cujo relatório poderá indicar ou sugerir o seu desfazimento.
Quando tratamos sobre a estimativa de vida útil de um ativo, alguns fatores 
devem ser considerados:
a. A capacidade de geração de benefícios futuros.
b. O desgaste físico decorrente de fatores operacionais ou não.
c. A obsolescência tecnológica.
d. Os limites legais ou contratuais sobre o uso ou a exploração do ativo.
A vida útil econômica de um ativo deve ser definida, portanto, com embasamento 
em parâmetros e índices admitidos na legislação vigente na Comissão de Inventário, 
cuja decisão poderá, inclusive, sustentar-se sobre laudo técnico específico.
A depreciação é aplicada linearmente ao longo da vida útil do bem, ou seja, ao 
considerarmos equipamentos diversos, cuja depreciação é de 5% ao ano, ao longo de 
20 anos, o valor contábil do bem terá redução de 5% ao ano, invariavelmente. Exceção 
pode ser feita quando tratamos sobre a depreciação de bens imóveis, baseada, ex-
clusivamente, no estado de conservação da construção, em que se deduza o valor 
do terreno, desde que haja escrituras em separado.
O gestor deve, no encerramento de cada exercício financeiro, divulgar as de-
monstrações contábeis e, para cada classe de bem imobilizado, abrir nota explicativa, 
que inclua:
a. O método, a Vida Útil Econômica e os índices utilizados.
b. O Valor Contábil, demonstrando a depreciação acumulada no início e no 
fim de cada exercício financeiro.
c. As mudanças de critérios, se houver, serão objeto de ajustes contábeis, bem 
como do inventário, informando o método e os índices utilizados.
Pós-Universo 26
Um último aspecto a ser observado é que, mesmo quando aplicada a deprecia-
ção, o bem apresenta um valor residual. Em qualquer ano do prazo de análise de 
um projeto, o valor contábil de um equipamento ou instalação poderá ser diferente 
do seu correspondente valor de mercado, seja para continuar realizando o mesmo 
serviço, ou como simples sucata. Portanto, em um projeto, quando atingimos sua 
data de término, o valor residual de toda a instalação, ou mesmo de apenas um equi-
pamento, terá sempre um valor de mercado diferente de zero. O valor residual é uma 
estimativa relevante que corresponde ao valor da venda líquida, obtida do valor de 
venda bruta dos ativos depois de considerar que:
 • Se os ativos forem vendidos como ativos de segunda mão, então, eles 
deverão ser preparados para venda. Essa preparação gerará despesas de 
desmontagem e manutenção, todas despesas relevantes, pois somente 
acontecerão se o projeto de investimento for aprovado.
 • O valor contábil dos ativos vendidos, em geral, será diferente do valor de 
mercado, seja para continuar como equipamento de segunda mão ou como 
simples sucata. A diferença entre o valor de venda menos as despesas de 
preparação do equipamento e seu valor contábil gera um ganho de capital, 
resultado sujeito à tributação. Se o ganho de capital for positivo, então a 
venda será tributada, diminuindo o valor recebido da venda; caso contrá-
rio, se o ganho de capital for negativo, perda de capital, a empresa poderá 
considerar esse prejuízo como despesa dentro de certos limites.
A depreciação gera, ainda, relevante impacto sobre os impostos e acaba por afetar a 
rentabilidade em projetos empresariais de investimento. Muitos são os métodos de 
depreciação existentes, mas apenas três deles têm amparo na legislação brasileira:
 • Método linear, também conhecido como das cotas constantes.
 • Método da soma dos dígitos.
 • Método das unidades produzidas.
Do ponto de vista econômico, conceito considerado em análises de projetos (OLIVEIRA, 
1982), a depreciação não é tomada como um custo, mas considerada uma fonte de 
recursos para manutenção das operações das organizações. Refere-se, portanto, a 
um volume de capital sem destinação específica em curto prazo, que poderá ser uti-
lizado a critério da administração da empresa.
Pós-Universo 27
Em organizações, especialmente as industriais, podem ocorrer atividades 
que visem à recuperação e a manutenção de um ativo, como revamping, 
por exemplo. Esse processo, que implica na desmontagem, reforço ou 
atualização de equipamento e seguinte remontagem, não evita a sua de-
preciação, no entanto o valor decorrente da recuperação, com aplicação de 
peças e mão de obra, poderá ser incorporado ou compensado concomi-
tantemente à depreciação do referido bem. Esse procedimento é comum 
nas indústrias, tendo sido citada sua utilização no processo de compra da 
refinaria de Pasadena, no Texas (USA) no ano de 2006.
Fonte: AEPET, Associação do Engenheiros da Petrobrás. Especialista afirma 
que Pasadena foi bom negócio. Disponível em: <http://www.aepet.org.br/
site/noticias/preview/11675/Especialista-afirma-que-Pasadena-foi-bom-
negcio>. Acesso em 06 dez. 2014.
fatos e dados
Métodos de Depreciação
O método de depreciação linear, também denominado como método de cotas cons-
tantes ou, ainda, como depreciação em linha reta, admite que o valor de um ativo 
diminua a uma taxa constante. A legislação do Imposto de Renda (IR) aceita que o 
valor residual considerado seja igual a zero. Mas observe que, se zero é o valor do 
bem, caso este seja alienado, estará sujeito à incidência de IR sobre o valor da venda. 
A depreciação linear estabelece, assim, uma parcela a ser deduzida a cada exercício 
e, tanto o valor dessa parcela quanto o valor contábil a cada ano, podem ser calcu-
lados pelas seguintes fórmulas:
Em que Dt é a depreciação escriturada no ano t; C0 corresponde ao valor de aquisição 
do ativo; n representa a vida útil considerada do ativo; e r é a taxa anual de depreciação.
Pós-Universo 28
A razão pelo uso desse método se deve a simplicidade e facilidade de compreen-
são. Para Iudícibus (1997), a depreciação, de certa forma, é mesmo em função do 
tempo. Entretanto o erro desse método é supor que a perda do potencial do bem é 
realizada de forma igual em cada período. Dessa forma, a simplicidade desse método 
se torna enganadora, pois os bens não envelhecem uniformemente, principalmen-
te se estiverem muito expostos a obsolescência.
Considere um determinado ativo adquirido por $1.300,00, com valor residual es-
timado em $300,00 e com vida útil de 5 anos. Calcule a parcela anual de depreciação 
linear desse ativo e a correspondente taxa de depreciação.
Quotas Constantes
Vida Útil de 5 Anos
Valor Bruto Contábil 1.300,00
Valor Residual 300,00 20% ao ano
Valor Depreciável 1.000,00 200,00 por ano
Ano Depreciação do Ano Depreciação Acumulada Valor Líquido Contábil
1 200,00 200,00 1.100,00
2 200,00 400,00 900,00
3 200,00 600,00 700,00
4 200,00 800,00 500,00
5 200,00 1.000,00
300,00
Valor Residual
Outro método é o da soma dos dígitos. Nesse caso, teremos uma fração cujo denomi-
nador é formado pela soma donúmero de anos de vida útil do bem e o numerador 
é composto dos anos sucessivos. Esse método – também chamado de método de 
Cole - segundo Leite (1997), pode ser considerado como um método de deprecia-
ção acelerada, pois apropria parcelas maiores de depreciação nos primeiros anos da 
vida útil do ativo, das quais vão diminuindo enquanto a vida útil do ativo avança. Os 
bens mais adequados para esse método são aqueles que estão diretamente ligados 
ao avanço tecnológico, como é o exemplo dos computadores.
Pós-Universo 29
Soma dos Dígitos
Vida Útil de 5 Anos
Valor Bruto Contábil 1.300,00
Valor Residual 300,00
1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15
Valor Depreciável 1.000,00
Ano Fração*Vlr Depreciável Depreciação Acumulada Valor Líquido Contábil
1 5/15*1.000,00 = 333,33 333,33 966,67
2 4/15*1.000,00 = 266,67 600,00 700,00
3 3/15*1.000,00 = 200,00 800,00 500,00
4 2/15*1.000,00 = 133,33 933,33 366,67
5 5/15*1.000,00 =66,67 1.000,00
300,00
Valor Residual
Uma depreciação variável pode, também, ser utilizada, devendo estar relacionada à 
taxa de depreciação ou com as horas trabalhadas ou com as unidades produzidas. 
A seguir, utilizaremos, como exemplo, o fator unidades produzidas, logo, a cota de 
depreciação será representada pela seguinte fórmula:
Nº de unid produzidas no período
Nº unidades estimadas a serem produzidas durante a vida útil do bem
Assim, verifica-se que a depreciação é considerada como um custo variável de acordo 
com o nível de atividade da entidade, ou seja, a diminuição do potencial de geração 
de serviço decorre do fator uso e não do fator tempo (SANTOS et al., 2007).
Utilizando o mesmo exemplo dado anteriormente, teremos os seguintes resultados:
Unidades Produzidas
Capac. Prod Total = 5.000 unid.
Valor Bruto Contábil 1.300,00
Valor Residual 300,00 Vida útil (anos) = 5
Valor Depreciável 1.000,00 Produção Anual Estimada = 1.000
Pós-Universo 30
Ano Unidades Produzidas Taxa Depreciação
Depreciação 
acumulada
Valor Líquido 
Contábil
1 1000 20% 200,00 200,00 1.100,00
2 1500 30% 300,00 500,00 800,00
3 750 15% 150,00 650,00 650,00
4 750 15% 150,00 800,00 500,00
5 1000 20%
 200,00 1.000,00 300,00
Valor Residual
Obviamente, não se pode indicar este ou aquele método como o adequado 
para análise de investimento. Importa, sim, considerar as especificidades de 
cada projeto, juntamente com pontos fracos e pontos fracos relacionados 
a cada tipo de depreciação, definir a escolha da metodologia que apresen-
te melhores efeitos econômicos e financeiros.
atenção
Qual a melhor forma de apresentar os diferentes modos de depreciação?
Podemos desenvolver um gráfico comparativo que demonstre os efeitos da 
escolha de diferentes métodos sobre o valor contábil do bem no projeto.
Figura 2 – Comparativo dos diferentes métodos sobre o valor contábil do bem.
saiba mais 
Pós-Universo 31
A apresentação da depreciação 
nas demonstrações contábeis
Quando tratamos sobre a apresentação da depreciação na Demonstração de 
Resultados, esta deve ser acomodada no custo de produção, já que trata-se de um 
custo indireto de fabricação ou, ainda, como despesa de depreciação no grupo de 
“outras despesas operacionais”. Sendo assim, na Demonstração de Resultado de 
Exercício, deve ser apresentada da seguinte forma:
Receita Bruta de Vendas 1.000
- Impostos Proporcionais (ICMS, IPI, Outros) (120)
Receita Líquida de vendas 880
- Custo do Produto Vendido (MP, MOD, CIF) (350)
Despesa de Depreciação (100)
Lucro Bruto 430
- Despesas Operacionais
Despesas Administrativas (100)
Vendas (80)
Financeiras (50)
Despesa de Depreciação (80)
Lucro Operacional 120
- Despesas não operacionais (Ex: Venda Ativo) (10)
+Receitas não Operacionais (Ex: Venda Ativo) 20
Lucro Antes do Imposto de renda 130
- IR / Contribuição Social (40)
Lucro Líquido 90
Pós-Universo 32
A ocorrência de lucro ou prejuízo na baixa do Ativo Imobilizado precisa ser aponta-
da na DRE como Receita ou Despesa não Operacional, caso ocorra lucro ou prejuízo 
nesse processo, respectivamente. Logo, o lançamento no Balanço Patrimonial deve 
ser feito da seguinte forma:
Ativo Permanente
Imobilizado
Edifi cações 3.000
Máquinas e Equipamentos 1.500
Móveis e Utensílios 400
Veículos 700
5.600
Depreciação Acumulada (300)
5.300
Pós-Universo 33
Infl uência do 
Imposto de 
Renda (IR) e 
Lucro tributável 
negativo
Pós-Universo 34
Nenhuma operação é inerte quando analisamos os resultados dos investimentos. 
Os valores de um fluxo de caixa, por exemplo, com suas entradas e saídas, alteram 
a relação da organização com o Fisco. Considere a situação na qual uma empresa 
adquira um novo equipamento. Esse investimento objetiva o aumento da produção 
e, consequentemente, produzirá mais receita. Esta receita maior resulta na geração 
de mais IR a pagar, assim como a depreciação desse equipamento, sendo lançada no 
custo dos produtos vendidos, resulta em maiores valores depreciados, o que reduzem 
a receita líquida e, assim, também o IR a pagar (LEITE, 1997).
Na ótica de uma pessoa física ou jurídica, o que realmente interessa, ao realizar-
mos uma Análise de investimentos, é conhecermos os resultados obtidos após o 
pagamento dos impostos. A CSLL, ou Contribuição Social sobre Lucro Líquido, deve, 
ainda, ser considerada na análise de investimentos. No caso das indústrias, a alíquo-
ta da CLSS é de 8% sobre o lucro tributável.
Quando tratamos sobre o imposto de renda (IR), buscamos esclarecer que ele nada 
mais é do que imposto incidente sobre o lucro das organizações. Especificamente no 
Brasil, ele incide sobre os resultados em faixas elevadas (até 50%). Isso ocorre pela de-
pendência da política fiscal vigente, sendo tal índice calculado sobre o lucro levantado 
ao fim de cada exercício. No fim do Demonstrativo de Resultado de Exercício – DRE, 
é apontado o lucro. Este é – em termos rasos - a diferença entre receitas e despesas.
Muitas informações, as específicas, principalmente, várias vezes, são desco-
nhecidas pela empresa. Nesse momento, o que deve ser feito:
Procurar um contador tributarista ou um advogado tributário? Ou simples-
mente, assumir os riscos potenciais da falta de informação e avançar sobre 
um campo minado?
reflita
Dessa forma, importa destacar alguns aspectos relevantes nesse processo: a deprecia-
ção, por exemplo, revela-se como uma despesa sem correspondência com qualquer 
saída de caixa, ou seja, ao aumentar as despesas da organização, a depreciação acaba 
por reduzir os impostos gerados, apesar de que tais despesas não significaram real 
desembolso financeiro: o dinheiro ficou com a organização.
Pós-Universo 35
Outro aspecto a ser considerado é que, ao liquidar dívidas, estamos, efetivamen-
te, amortizando seu saldo, e esse processo implica em uma efetiva saída de caixa, 
apesar de que não significa que estejamos diante de uma despesa. Finalmente, ao 
analisarmos as vendas a prazo, estas podem ser representadas por receitas em um de-
terminado exercício, e se converterem em entradas de caixa no período seguinte, por 
exemplo. Tais variantes influenciam potencialmente tanto nos resultados calculados 
pelo IR quanto no lucro obtido gerado e, ainda, no fluxo de caixa de uma empresa.
Os tributos incidentes sobre uma organização representam, assim, um ônus, uma 
carga real, cujo resultado direto é a redução do valor dos fluxos monetários gerados 
por certo investimento. Desse modo, caso o IR não seja considerado na equação de 
resultados de uma organização, podemos acabar por ver um projeto economica-
mente viável para ao status de inviável.
O IR tem incidência sobre o lucro tributável da organização e esse lucro é resul-
tado dos procedimentos adotados contabilmente na depreciação – que objetivam 
dar condições à organização repor os ativos depreciados. Dessa forma, a legislação 
tributária concede às companhias promover a redução de seu lucro anual pela res-
pectiva depreciação quando realiza o cálculo do IR.
A legislação brasileiraatual indica que o IR de pessoas jurídicas, normalmente, 
é apurado pelo cálculo de determinada alíquota sobre o lucro tributável levantado, 
podendo ser definido da seguinte forma:
Lucro Tributável = Receitas - Despesas - DEDUÇÕES
As deduções, destacadas na fórmula, inclui – entre outras possibilidades – o lança-
mento da depreciação do ativo imobilizado do empreendimento. O apontamento 
da dedução é exigido, pois, no cálculo do lucro sujeito à tributação relativa a um de-
terminado período, as despesas relacionadas são os gastos realizados com fatores 
de produção utilizados. Essa diferenciação é importante, uma vez que – de acordo 
com sua classificação – teremos diferentes aproveitamentos nos efeitos para o IR.
Como investimento, podemos considerar o total colocado em fatores de pro-
dução que apresentam, cujo consumo não é instantâneo, senão de longo prazo no 
processo de produção da organização. Seu consumo é, portanto, lento e gradativo.
O Imposto de Renda possui conta específica no DRE, um dos últimos itens a se 
descontar do resultado do exercício:
Pós-Universo 36
Receitas
(-) Custo dos produtos vendidos:
 Matérias-primas
 MO
 Custos indiretos
 Depreciações
(-) Despesas Financeiras
(-) Despesas Comerciais
(-) Despesas Administrativas
(=) Lucro Tributável
(-)IR
(=) Lucro após IR
Fluxo de Caixa após o 
Imposto de Renda
Na determinação do fluxo de caixa da organização, o único problema que pode, 
eventualmente, ocorrer está relacionado ao fato de que a vida útil de determinado 
bem no ativo raramente é o mesmo de sua vida contábil, conforme indicado na le-
gislação tributária.
Em termos práticos, no cálculo da rentabilidade de um projeto, a depreciação 
precisa ocorrer ao longo da vida contábil do bem. Verificando que um ativo - quando 
do fim do projeto - termine com um valor residual líquido diferente do seu valor 
contábil, essa diferença levantada significará um lucro ou, ainda, um prejuízo contá-
bil. Caso tenhamos lucro, este será apontado como Lucro Não Operacional, sujeito, 
portanto, à tributação. Se falarmos sobre prejuízo, este lançamento representa uma 
perda contábil totalmente abatida do lucro da organização no cálculo do imposto 
de renda a pagar. Caso a empresa não produza resultados positivos, não caberá in-
formar um IR negativo no DRE. Em situações como essa, a notação correta implica 
em lançar ZERO em lugar do imposto de renda negativo. Em termos gerais, Costa e 
Attie (1990, p.89) consideram que:
Pós-Universo 37
 “
O IR será alocado fim do exercício, especificamente no último dia; as únicas 
deduções permitidas serão a depreciação legal e o valor contábil; não serão 
considerados os incentivos fiscais do IR. Dessa forma, sem se aprofundar na 
legislação, o IR não afetará negativamente o projeto ou a empresa.
Conforme estabelecido pelas leis do Brasil, o IR é uma fração, um percentual do 
Lucro Tributável (LT). Caso esse LT se demonstre superior ao valor determinado pelo 
governo, aplica-se, ainda, uma taxa adicional de imposto, calculado sobre o valor que 
excede àquele determinado. Assim, compreendemos a existência de duas alíquo-
tas utilizadas no cálculo do IR: a primeira utilizada no cálculo do imposto sobre o LT, 
e a segunda que é utilizada no cálculo do imposto sobre o lucro que extrapola um 
limite pré-estabelecido.
Lembre-se que a figura da “restituição de IR” está presente apenas às pessoas 
físicas, conforme legislação vigente no Brasil.
atenção
Propostas que Envolvem Lucro 
Negativo
Quanto à análise de alternativas de investimentos, é comum algumas proporciona-
rem o lucro tributável negativo. Tal ocorrência se dá, também, quando a quota de 
depreciação se apresenta maior do que o valor do fluxo de caixa antes do cálculo do 
imposto de renda. Nesses casos, se a organização apresentar lucro tributável nega-
tivo, converte-se o lucro tributável em imposto recuperado ou, em outras palavras, 
o investimento reduzirá o imposto de renda a pagar. O que temos aqui é uma clara 
vantagem fiscal, devendo este valor ser acrescido ao fluxo após a determinação do 
imposto de renda.
Pós-Universo 38
É a partir do valor das deduções que o contribuinte saberá se, no seu caso, 
é mais vantajoso fazer a declaração completa ou simplificada. A declara-
ção simplificada compensa para quem tem poucas despesas dedutíveis 
a informar. O contribuinte que opta por esse modelo tem um DESCONTO 
simplificado de 20%, limitado a R$ 15.880,89.
FONTE: Exame. Revista eletrônica. Especialista recomenda cuidados para de-
clarar ir. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/
especialista-recomenda-cuidados-para-declarar-ir>. Acesso em: 07 fev. 2015.
fatos e dados
Como já salientamos anteriormente, resultar em lucro tributável negativo não tem 
qualquer vínculo com a figura análoga do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), 
quando o contribuinte recebe devolução dos valores pagos a mais, pela retenção 
de parte do seu salário na fonte. Ainda que analisemos projetos independentes para 
as organizações, a ocorrência do lucro tributável negativo implicará que o prejuízo 
acumulado será contrabalançado em lucros futuros posteriormente, por meio de 
mecanismos fiscais, gerando, assim, economias futuras de IR.
Como declarar no IR dinheiro passado de pai para filho?
É importante destacar que a doação é um rendimento isento do imposto de 
renda, mas sofre DESCONTO do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e 
Doação (ITCMD), que é um tributo estadual, cujas regras de cobrança variam 
de acordo com a região.
Disponível em: <http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/como-de-
clarar-no-ir-dinheiro-passado-de-pai-para-filho>. Acesso em: 17 fev. 2015.
saiba mais 
atividades de estudo
1. Se já entendemos que a obsolescência de um produto, de um serviço ou de um 
equipamento pode ocorrer, compreendemos que a continuidade do crescimento e 
desenvolvimento fi nanceiro, econômico e social depende do correto ajuste nos re-
cursos, de maneira que aquilo que se tornou por um ou outro motivo obsoleto, seja 
rápida e efi cientemente substituído por outro que apresente maior efi ciência. Logo, 
assinale a alternativa que representa corretamente os conceitos de “caducidade”:
a) A deterioração física de determinado ativo da organização é a principal justifi ca-
tiva evitar a perda de funcionalidade dele.
b) Ao abordar o tema troca de ativos, é necessária a utilização de meios de compa-
ração entre projetos, um desses meios é o plano de caixa, que exprime o grau de 
deterioração física ao registrar a depreciação contábil do bem analisado.
c) Ao considerar a produção de álcool no Brasil, que foi possível pela elevação dos 
preços do petróleo nos anos 70, podemos considerar que o petróleo seria obso-
leto segundo a percepção dos consumidores, pois é um produto muito caro se 
comparado com o álcool que possui a mesma função, desde que ele seja mais 
barato e resguardado um aproveitamento superior da queima dele.
d) A obsolescência locacional enfatiza principalmente os desgastes da estrutura 
física devido à contínua utilização dos espaços físicos.
e) Nenhuma das alternativas anteriores.
2. Ao abordar a ferramenta de fl uxo de caixa como aquela que gera um ponto de vista 
privilegiado, estamos afi rmando que os fl uxos de caixa são utilizados pelo tomador de 
decisão para identifi car quanto dinheiro será gasto e quando será ganho se determina-
da alternativa for escolhida. Sendo assim, assinale a alternativa que apresenta a relação 
correta com os conceitos de análise por meio de fl uxo de caixa e de obsolescência:
a) Em resumo, se estamos interessados em saber quanto dinheiro será gasto e perdido 
em qualquer negócio, uma análise de obsolescência responde a nossas dúvidas.
b) Quando falamos sobre valor gerado/economizado, estamos falando de fl uxos de 
caixa, pois essa é uma saída futura de valores.
c) O valor gerado/economizado só éobtido de um bem, na ausência da obsoles-
cência, se o ativo for mantido.
d) Nenhuma das alternativas anteriores.
atividades de estudo
3. Sobre a classifi cação dos investimentos há alguns grupos principais que foram abor-
dados, os quais podem utilizar para avaliar o impacto potencial, o objetivo e, por fi m, 
a forma física que se efetivará o investimento. Sendo assim, assinale a alternativa que 
apresenta as assertivas verdadeiras:
I. A aquisição de uma máquina de empacotamento para ampliação da capacidade 
de produção pode ser caracterizada, a princípio, como tendo impacto poten-
cialmente estratégico, com objetivo de expansão da capacidade e tipo de bem 
material.
II. Renovação da frota de ônibus de uma empresa de transporte coletivo de passa-
geiros pode ser caracterizada, a princípio, como tendo impacto potencialmente 
recorrente, com objetivo de expansão da capacidade e tipo de bem imaterial.
III. Construção e implantação de uma nova fábrica em outro país podem ser ca-
racterizadas, a princípio, como tendo impacto potencialmente recorrente, com 
objetivo de expansão da capacidade e tipo de bem material.
IV. Desenvolvimento de campanha publicitária para lançamento de novo produto 
pode ser caracterizado, a princípio, como tendo impacto potencialmente estra-
tégico, com objetivo de expansão da capacidade e tipo de bem imaterial.
Alternativas:
a) Apenas a I está correta.
b) Apenas a III está correta.
c) As alternativas II, III, IV estão corretas.
d) As alternativas I e IV estão corretas.
e) Nenhuma das alternativas anteriores.
atividades de estudo
4. Para a produção de bens ou serviços, são necessários investimentos fi xos. Como essa 
aplicação não será convertida, diretamente, em algo para venda, o bem adquirido 
trata-se de um ativo imobilizado. Todo objeto que é utilizado no auxílio ou na pro-
dução de outros bens e serviços, em geral, apresenta alteração na sua forma ou valor 
ao longo do tempo. Logo, essa perda de valor devido ao uso, assim como a conta na 
qual o valor do bem é registrado, são conhecidos, respectivamente, como:
a) Ativo fi xo e custo operacional.
b) Ativo circulante e Passivo circulante.
c) Depreciação e Ativo Permanente.
d) Obsolescência e Investimento.
e) Nenhuma das anteriores.
5. Uma empresa adquiriu um ativo em 1º de janeiro de 2009, o qual foi registrado con-
tabilmente por R$15.000,00. A vida útil do ativo foi estimada em cinco anos. Espera-se 
que o ativo, ao fi nal dos cinco anos, possa ser vendido por R$3.000,00. Utilizando o 
método linear para cálculo da depreciação e supondo que não houve modifi cação 
na vida útil estimada e nem no valor residual, ao fi nal do ano de 2010, o valor con-
tábil do ativo líquido será de:
a) R$7.200,00.
b) R$9.000,00.
c) R$10.200,00.
d) R$12.000,00.
e) Nenhuma das anteriores.
atividades de estudo
6. Como há mais de uma forma de calcular a depreciação de um ativo, é necessário que 
a escolha seja feita visando a melhor posição econômico-fi nanceira para a empresa. 
Sendo assim, vamos supor o seguinte cenário: uma empresa adquiriu o equipamento 
de $12.000,00, vida útil de 15 anos e valor residual de $4.000,00. A partir dessa infor-
mação, assinale a alternativa correta dentre as que seguem:
a) A depreciação linear seria o método mais adequado no caso citado, principal-
mente, porque o valor percentual será de 8% a.a.
b) Sendo o método soma dos dígitos um mecanismo linear de desconto, a taxa de 
depreciação será de 8,34%, aproximadamente, no 6º ano.
c) O plano de depreciação pelo método de Cole no sexto ano terá como valor re-
sidual R$7.000,00.
d) Nenhuma das alternativas anteriores.
7. Na ótica de uma empresa, é fundamental conhecermos os resultados obtidos após 
o pagamento dos impostos. Em relação a essa última conta, temos como exemplo: 
a CSLL, ou Contribuição Social sobre Lucro Líquido, no caso das indústrias, a alíquo-
ta da CLSS é de 8% sobre o lucro tributável. Quando tratamos sobre o imposto de 
renda (IR), buscamos esclarecer alguns pontos, visto seu impacto. Sobre esses, assi-
nale a alternativa que melhor representa os impactos do IR:
a) Ele nada mais é do que imposto incidente sobre o lucro das organizações.
b) No Brasil, ele incide sobre os resultados em faixas elevadas até 10%.
c) O IR é calculado sobre o lucro levantado ao fi m de cada exercício mensal.
d) No fi m do Demonstrativo de Resultado de Exercício – DRE, é apontado o lucro, 
o qual é obtido após o pagamento dos impostos, como CLSS, obtendo, então, o 
lucro líquido, somente após o pagamento de dividendo é calculado o IR devido.
e) Nenhuma das alternativas anteriores.
atividades de estudo
8. Os valores tributáveis são utilizados como base para calcular tributos. Dessa forma 
há duas situações hipotéticas, na primeira o lucro é positivo, sendo, assim, a cobran-
ça de tributos é baseada na alíquota para a faixa de ganhos na qual o resultado for 
enquadrado. Na segunda, o lucro não ocorre, ou seja, o resultado é negativo. Assim, 
escolha a alternativa verdadeira dentre as que seguem:
a) Não será possível cobrar tributos e a empresa terá direito a subsídio debitado em 
sua conta, a fi m de cobrir as percas.
b) O resultado em lucro tributável negativo não tem qualquer vínculo com a fi gura 
análoga do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), ou seja, ele vai ter de pagar o 
percentual de imposto referente ao lucro negativo.
c) Ainda que analisemos projetos independentes para as organizações, a ocorrência 
do lucro tributável negativo implicará que o prejuízo acumulado será contraba-
lançado em lucros futuros posteriormente, por meio de mecanismos de emissão 
de títulos ao governo, gerando, assim, crédito e liquidando os impostos devidos 
no presente, transferindo para aplicas a serem pagas no futuro.
d) Em casos como esse, a empresa é imediatamente posta em concordada ou, nos 
casos mais graves, é declarada como falida.
e) Nenhuma das alternativas anteriores.
resumo
Todo empreendimento ou projeto que envolva bens de capital, elementos para produção de 
algo, ativos que estão sujeito às decisões de substituição. Estas ocorrem por uma variedade de 
razões, internas e externas, mas, no geral, estão relacionadas com a percepção dos resultados ou 
valor produzidos pelos meios de produção. As organizações perdem seu valor devido a “obso-
lescência”, ou seja, a perda da funcionalidade dos bens e ativos.
Para a produção de bens ou serviços, são necessários investimentos que não serão convertidos 
diretamente em algo para venda, algo que não fará parte do estoque, denomina-se o bem adqui-
rido de ativo imobilizado. Devido à percepção da defasagem, surge a necessidade da substituição 
ou a troca de ativos para avaliar a viabilidade das opções de novos ativos, um mecanismo é o 
fl uxo de caixa que o respectivo ativo pode produzir. Quanto maior, melhor.
Os fatores de desgaste ou obsolescência são levados em consideração legalmente na forma con-
tábil, ou seja, a depreciação. Esta é a redução no valor de um patrimônio físico pelo transcurso do 
tempo. O valor depreciado anualmente está relacionado ao custo original do ativo e ao tempo 
de vida útil estimada. Mas, mesmo após a depreciação contábil, não necessariamente a vida útil 
do ativo termina, quando possível, o valor pelo qual o ativo é negociado no mercado é conhe-
cido como valor residual.
Quanto à forma de cálculo aplicada a essa perda de valor, ela pode obedecer ao método de de-
preciação linear, o método de Cole ou soma dos dígitos, assim como também podemos aplicar 
uma depreciação variável. O fator substituição de ativos e a depreciação são questões que afetam 
a tributação das operações, assim como o Imposto de Renda, ou mesmo gerando uma condição 
de lucro tributável negativo. Sem se aprofundar na legislação, o IR não afetará negativamente o 
projeto ou a empresa desde que se considere o seguinte como verdadeiro: o IR será alocado fi m 
do exercício, especifi camente no último dia;as únicas deduções permitidas serão a depreciação 
legal e o valor contábil; e por fi m, não serão considerados os incentivos fi scais do IR.
material complementar
Na Web
Neste artigo, “Custos de Oportunidade: Vale a pena trocar de investimento?”, Felipe Medeiros trata 
sobre reconhecer o custo de oportunidade envolvido na decisão de mudar de investimento.
Fonte: MEDEIROS, Felipe. Revista Eletrônica INFOMONEY. Custos de Oportunidade: Vale a pena 
trocar de investimento? Disponível em: <http://www.infomoney.com.br/blogs/maxima-per-
formance/post/2935668/custos-oportunidade-vale-pena-trocar-investimento>. Acesso em: 
09 dez. 2014.
referências
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mica, tomada de decisão, estratégia empresarial. 9.ed. São Paulo: Atlas, 2000.
COSTA, P. H. S. Análise de projetos de investimentos. Rio de Janeiro: Editora da Fundação 
Getúlio Vargas, 1984.
COSTA, P. H. S.; ATTIE, E. V., Análise de Projetos de Investimento. Rio de Janeiro, Fundação 
Getúlio Vargas, 1990.
DEGARMO, E. P.; CANADA, J. R. Engineering economy. 5. Ed. New York: Macmillan Publishing 
Co., Inc., 1973.
Felitti, G. Revista Época: Quem inventou essa guerra? Disponível em: <http://epocanegocios.
globo.com/Revista/Common/0,,EMI262473-16642,00-QUEM+INVENTOU+ESSA+GUERRA.html>. 
Acesso em: 28 nov. 2013.
IUDÍCIBUS, S. de. Teoria da contabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1997.
LEITE, H. de P. Contabilidade para administradores. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997.
NASCIMENTO, S. V. do. Engenharia econômica: técnica de avaliação e seleção de projetos de 
investimentos. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda., 2010.
OLIVEIRA, J. A. N., Engenharia Econômica: Uma Abordagem às Decisões de Investimento. São 
Paulo: Mc Graw-Hill do Brasil, 1982.
RYBA, A.; LENZI, E. K.; LENZI, M. K. Elementos da engenharia econômica. 1. ed. Curitiba: 
InterSaberes, 2012.
SAMANEZ, C. P. Matemática Financeira: aplicações à análise de investimento. 4 ed. São Paulo: 
Person, 2008.
SANTOS, J. L.; SCHIMIDT, P.; FERNANDES, L. A.; MACHADO, N. P. Teoria da contabilidade: intro-
dutória, intermediária e avançada. São Paulo: Atlas, 2007.
resolução de exercícios
1. c) Ao considerar a produção de álcool no Brasil, que foi possível pela elevação dos 
preços do petróleo nos anos 70, podemos considerar que o petróleo seria obsoleto 
segundo a percepção dos consumidores, pois é um produto muito caro se compa-
rado com o álcool que possui a mesma função, desde que ele seja mais barato e 
resguardado um aproveitamento superior da queima dele.
2. d) Nenhuma das alternativas anteriores.
3. d) As alternativas I e IV estão corretas.
4. c) Depreciação e Ativo Permanente.
5. c) R$10.200,00.
6. c) O plano de depreciação pelo método de Cole no sexto ano terá como valor resi-
dual R$7.000,00.
7. a) Ele nada mais é do que imposto incidente sobre o lucro das organizações.
8. e) Nenhuma das alternativas anteriores.

Outros materiais