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TCC2-Gabriel-Matheus

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Gabriel Matheus Lima Aragão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE VIABILIDADE PARA IMPLANTAÇÃO DE UM EMPREENDIMENTO DE 
EXTRAÇÃO DE ARGILA: no município de Gurupi – TO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palmas – TO 
2020
 
 
Gabriel Matheus Lima Aragão 
ESTUDO DE VIABILIDADE PARA IMPLANTAÇÃO DE UM EMPREENDIMENTO DE 
EXTRAÇÃO DE ARGILA: No município de Gurupi – To 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) elaborado e 
apresentado como requisito parcial para obtenção do 
título de bacharel em Engenharia de Minas pelo Centro 
Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA). 
 
Orientador: Prof. Daniel Francisco Padilha Setti. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palmas – TO 
2020 
 
 
Gabriel Matheus Lima Aragão 
ESTUDO DE VIABILIDADE PARA IMPLANTAÇÃO DE UM EMPREENDIMENTO DE 
EXTRAÇÃO DE ARGILA: No município de Gurupi – To 
 
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) elaborado e 
apresentado como requisito parcial para obtenção do 
título de bacharel em Engenharia de Minas pelo Centro 
Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA). 
 
Orientador: Prof. Daniel Francisco Padilha Setti. 
 
 
 
 
 
Aprovado em: _____/_____/_______ 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
____________________________________________________________ 
Prof. Me. Daniel Francisco Padilha Setti 
Orientador 
Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP 
 
 
____________________________________________________________ 
Prof.a Dra. Ângela Ruriko Sakamoto 
Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP 
 
 
____________________________________________________________ 
Prof. Dr. Erwin Francisco Tochtrop Junior 
Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP 
 
Palmas – TO 
2020 
 
 
Dedico a meus avós (in memoriam) Milton de Matos Aragão e Maria Deuselina da Silva 
Aragão, pessoas essas que são e relevante importância para o desenvolvimento do meu caráter 
e educação, dedico também a minha avó Conceição e aos meus pais pessoas essas que são a 
base para a permanecia da mina sanidade, sem eles nada disso seria possível, também devo 
dedicar aos meus familiares mais próximos como minhas irmãs Mirla e Milly e a minha prima 
Erika pessoas essas que compartilhamos anos morando juntos em busca de nossas formações, 
dedico ao meus tios e tias que sempre depositou confiança em mim, meus amigos Domingos 
Junior meu irmão de outra mãe e também aos meninos Glauco, Itajanes, Renys, Nadal, Mauro, 
Otavio, Rodrigo e Kelytta que sempre me ajudarão distrair em momentos de tensão e aos meus 
outros amigos da vida e faculdade me concedeu meus parceiros durante o curso Victor, Eduardo 
Sarati, Welker, Anne, Iuri, Wlakony e os demais. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Agradeço primeiramente a Deus, ao meu professor e orientador Daniel Setti, pois sem 
ele não seria possível conhecer esse problema mais profundamente graças a ele eu conheci o 
local e acompanhei o desenrolar do trabalho de cubagem da jazida, agradeço também ao Rangel 
Carneiro aluno egresso do curso que realizou trabalho de cubagem da ocorrência de argila na 
lagoa do Arroz. Agradeço também ao coordenador do meu curso Erwin Francisco Tochtrop 
Junior homem de sabedoria impar que me ajudou em vários momentos durante meu projeto. 
Agradeço também a esse ser esplendido que sou eu, pois consegui desenvolver esse trabalho 
maravilhoso aguentando passar muitas noites em claro se privando de festas entre outros. 
 
 
 
RESUMO 
ARAGÃO, Gabriel Matheus Lima. ESTUDO DE VIABILIDADE PARA IMPLANTAÇÃO 
DE UM EMPREENDIMENTO DE EXTRAÇÃO DE ARGILA: No município de Gurupi 
– To. 2020. 68 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Curso de Engenharia de Minas, 
Centro Universitário Luterano de Palmas, Palmas - TO, 2020. 
 
O presente trabalho tem por objetivo avaliar a viabilidade econômica da lavra de um deposito 
de argila localizada na lagoa do Arroz no interior do município de Gurupi – TO, a argila é um 
bem mineral que serve como matéria prima para confecção vários tipos diferentes de produtos 
e também utilizado de diferentes formas. A existência dessa ocorrência mineral se faz 
necessário o estudo de viabilidade econômica para a implantação de um empreendimento. Para 
a elaboração foi buscado diversas informações sobre o local, valores de equipamentos, preços 
de diversos produtos e tributos, para assim reunir as informações e colocar em pratica o cálculo 
do TIR, VPL e Payback que serve como referência para determinação da viabilidade, foi 
desenvolvido diversos cenário para analisar a viabilidade econômica do deposito mineral e 
determinar os parâmetros e valores que é possível a viabilidade do deposito. 
 
Palavra-chave: Argila. Valor presente líquido. Taxa interna de retorno. Payback. Viabilidade 
econômica. Mineração. Gurupi. Tocantins. Deposito mineral. Ocorrência mineral. Fluxo de 
caixa. Clima. 
 
 
ABSTRACT 
 
ARAGÃO, Gabriel Matheus Lima. FEASIBILITY STUDY FOR THE 
IMPLEMENTATION OF A CLAY EXTRACTION DEVELOPMENT: In the 
municipality of Gurupi - TO. 2020. 66 f. Course Conclusion Paper (Graduation) - Mining 
Engineering Course, Centro Universitário Luterano de Palmas, Palmas - TO, 2020. 
 
The present work aims to evaluate the economic feasibility of washing a clay deposit located 
in the Rice pond in the interior of the municipality of Gurupi - TO, a clay is a mineral that serves 
as a raw material for making several different types of products and also used in different ways. 
The presence of this mineral occurrence makes it necessary to study the economic feasibility 
for the implementation of a project. In order to prepare it, various information about location, 
equipment values, prices of various products and attributes were sought, to gather information 
and put into practice the calculation of IRR, NPV and Payback that serve as a reference for 
determining feasibility, several scenarios were developed for analyze the economic viability of 
the mineral deposit and determine the parameters and values that are possible due to the 
viability of the deposit. 
 
Keyword: Clay. Net present value. Internal rate of return. Return. Economic viability. Mining. 
Gurupi. Tocantins. Mineral deposit. Mineral occurrence. Cash flow. Climate. 
 
 
LISTA DE EQUAÇÕES 
 
Equação 1: Método mais econômico na lavra a céu aberto 27 
Equação 2: Relação econômica de decapeamento. 28 
Equação 3: calculo da vida útil 30 
Equação 4: VPL 33 
Equação 5: TIR 33 
Equação 6: Payback 34 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Demonstração do Fluxo de Caixa. 34 
Figura 2: Demonstração do Fluxo de Caixa – Método Indireto. 35 
Figura 3: Trajeto de Palmas – TO até a Lagoa do Arroz. 40 
Figura 4: Trajeto de Gurupi até a lagoa do Arroz. 40 
Figura 5: Rota a partir da TO-365 seguindo a estra vicinal até a lagoa do Arroz. 41 
Figura 6: Local da ocorrência das Argilas dentro da área do perímetro em 
vermelho. 
 41 
Figura 7: Dados climatológicos para Gurupi-TO. 42 
Figura 8: Escavadeira R220LC-9S. 43 
Figura 9: Pá carregadeira modelo HL740-9s. 43 
Figura 10: Imagem ilustrando aquisição de caminhão da marca Volkswagen. 44 
Figura 11: Ilustração do carro pequeno. 44 
Figura 12: Porcentagens dos encargos do projeto da lagoa do Arroz em Gurupi-
TO. 
46 
Figura 13: Fluxo de caixa a parti do ano 0 até o ano 10 do projeto da lagoa do 
Arroz em Gurupi-TO. 
56 
Figura 14: Fluxo de caixa após aplicação do preço mínimo da argila. 58 
Figura 15: |Gráfico do TIR em cada cenário diferente 61 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1: Reservas de argila e quantidade de decapeamento do projeto da lagoa 
do Arroz em Gurupi-TO 
42 
Tabela 2: Custo de aquisição de equipamentos orçado do projeto da lagoa do Arroz 
em Gurupi-TO. 
45 
Tabela 3: Base para cálculo dos salários do projeto da lagoa do Arroz em Gurupi-
TO. 
47 
Tabela 4: Custo anual com folha de pagamento dos funcionários do projeto da 
lagoa do Arroz em Gurupi- 
47
Tabela 5: Horário de operação na frente de lavra do projeto da lagoa do Arroz em 
Gurupi-TO. 
48 
Tabela 6: Horário de atividades no escritório 48 
Tabela 7: Horas de operação por ano do projeto da lagoa do Arroz em Gurupi-TO. 49 
Tabela 8: Gasto com carro pequeno do projeto da lagoa do Arroz em Gurupi-TO. 49 
Tabela 9: Tabela de gastos com o caminhão do projeto da lagoa do Arroz em 
Gurupi-TO. 
50 
Tabela 10: Estimativa dos custos de operação da pá carregadeira por dia do projeto 
da lagoa do Arroz em Gurupi-TO. 
51 
Tabela 11: Gastos com escavadeira por dia do projeto da lagoa do Arroz em 
Gurupi-TO. 
51 
Tabela 12: Preço do m³ da argila retirado direto na cava sem o adicional do frete 
do projeto da lagoa do Arroz em Gurupi-TO. 
52 
Tabela 13: Produção anual da lavra do projeto da lagoa do Arroz em Gurupi-TO. 52 
Tabela 14: receita anual do projeto da lagoa do Arroz em Gurupi-TO. 53 
Tabela 15: Fluxo de caixa calculado do ano 0 ao ano 1 do projeto da lagoa do 
Arroz em Gurupi-TO. 
54 
Tabela 16: Vida útil das reservas minerais do projeto da lagoa do Arroz em 
Gurupi-TO. 
55 
Tabela 17: VPL do projeto da lagoa do Arroz em Gurupi-TO. 57 
Tabela 18: Payback do projeto da lagoa do Arroz em Gurupi-TO. 57 
Tabela 19: Preço mínimo do m³ da argila no projeto da lagoa do Arroz em Gurupi 
– TO 
58 
 
 
Tabela 20: Novas receitas após a aplicação dos valore mínimos. 59 
Tabela 21: VPL após aplicação dos valores mínimos para venda de argila. 59 
Tabela 22: Comportamento do TIR conforme alteração dos cenários. 60 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
CEULP Centro Universitário Luterano de Palmas 
ICMS 
O(n) 
Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços 
Ordem de um algoritmo 
k Relação do estéril a ser removido 
c Custo unitário 
s Valor do Minério Lavrado a Céu Aberto 
a Relação Estéril 
k’ Custo na Movimentação do Capeamento 
p Preço do Produto 
a’ Custo de Produção pelo Método de Lavra a Céu Aberto 
c’ Custo Para Movimentar o Estéril 
l Lucro Com as Operações 
m Lavra que Pode Ocorrer Simultaneamente 
TIR Taxa Interna de Retorno 
VLP 
DFC 
PB 
Valor Presente Liquido 
Demonstração do Fluxo de Caixa 
Payback 
 
 
 
LISTA DE SÍMBOLOS 
m³ Metros cúbicos 
O(n) 
PE 
% 
°C 
t/h 
m³/ano 
mm 
R$ 
ha 
Ordem de um algoritmo 
Produção de escavação 
Porcentagem 
Graus celsos 
Tonelada por Hora 
Metros Cúbicos por Ano 
Milímetros 
Real 
Hectare 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 14 
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA ................................................................................ 15 
1.2 HIPÓTESES ........................................................................................................... 15 
1.3 OBJETIVOS........................................................................................................... 15 
1.3.1 Objetivo Geral ........................................................................................................ 15 
1.3.2 Objetivos Específicos ............................................................................................. 15 
1.4 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 16 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................... 17 
2.1 ARGILA ................................................................................................................. 17 
2.1.1 FORMAÇÃO DAS ARGILAS ................................................................................. 17 
2.1.2 CARACTERÍSTICAS DAS ARGILAS ..................................................................... 19 
2.1.3 PROPRIEDADES DAS ARGILAS .......................................................................... 20 
2.1.4 USOS DAS ARGILAS ............................................................................................. 22 
2.1.5 CLASSIFICAÇÃO DAS ARGILAS ......................................................................... 24 
2.2 MÉTODO DE LAVRA .......................................................................................... 25 
2.2.1 OBJETIVO DA SELEÇÃO DO MÉTODO DE LAVRA ......................................... 26 
2.2.2 MINERAÇÃO A CÉU ABERTO OU SUBTERRÂNEA .......................................... 26 
2.2.3 CALCULOS DE PRODUÇÃO E DE VIDA ÚTIL DA MINA ................................ 29 
2.3 VIABILIDADE ECONOMICA ............................................................................. 29 
2.3.1 INCENTIVOS FISCAIS .......................................................................................... 29 
2.3.2 VALOR PRESENTE LÍQUIDO E A TAXA DE RETORNO ................................... 30 
2.3.3 PAYBACK............................................................................................................... 32 
2.3.4 FLUXO DE CAIXA ................................................................................................ 33 
3 METODOLOGIA ................................................................................................ 36 
3.1 DESENHO DO ESTUDO (TIPO DE ESTUDO) .................................................. 36 
3.2 LOCAL E PERÍODO DE REALIZAÇÃO DA PESQUISA ................................. 36 
3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS E ANÁLISE ............................... 36 
3.4 DESCRIÇÕES DOS METODOS .......................................................................... 37 
3.4.1 Estudo Bibliográfico .............................................................................................. 37 
3.4.2 Coleta de dados ...................................................................................................... 38 
3.4.3 Engenharia Econômica .......................................................................................... 38 
3.4.4 Estudo de Viabilidade ............................................................................................ 38 
4 ENGENHARIA ECONÔMICA DA LAVRA ................................................... 40 
 
 
4.1 REUNIÃO DOS DADOS DA OCORRÊNCIA MINERAL E DO LOCAL DA 
OCORRENCIA ........................................................................................................................ 40 
4.2 CÁLCULO DOS INVESTIMENTOS INICIAL ................................................... 42 
4.3 CUSTOS OPERACIONAIS. ................................................................................. 45 
4.4 CRIAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA. .................................................................... 52 
4.5 CÁLCULO DO TEMPO DE VIDA ÚTIL, TIR, VPL E PAYBACK. .............................. 55 
5 VIABILIDADE ECONÔMICA .......................................................................... 61 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 62 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 63 
14 
 
1 INTRODUÇÃO 
A argila é utilizada dês dos tempos remotos da humanidade sendo utilizada até os dias 
atuais. A sua aplicação é ampla, variando de cosméticos até sendo utilizado como fertilizantes, 
nos primórdios humanidade era utilizado na confecção de urnas funerárias depois utilizado na 
fabricação de depósitos para armazenamento de agua. Atualmente como já dito o uso é amplo, 
mas a maioria das argilas extraídas é aplicada na contrição civil, são consideradas as argilas 
comuns utilizada na fabricação de telhas, blocos, cerâmicas e tijolos. 
A extração de argila é a céu aberto pois se trata de um mineral de baixo valor na maioria 
das vezes, é também considerado um mineral de baixa dureza, sendo extraído facilmente por 
métodos manuais (bastante utilizado nos artesanatos brasileiros) e mecânicos. As minas de 
argilas na grande maioria possuem apenas dois tipos de
equipamentos para a extração do 
minério que seria a escavadeira e os caminhões. 
Uma parte fundamental na abertura de uma empresa é o dimensionamento dos 
equipamentos que vão ser utilizado nas operações de extração e transporte. Esse fator é 
importante para que não haja gargalos e não exceda ou falte produto no estoque, e que possa 
atender todos as metas de produção traçada com o mínimo de gastos. 
No estado do Tocantins existem várias minas de extração de argila, porem são argilas 
empregadas na fabricação de material para construção civil um exemplo é o tijolo e blocos. No 
estado do Tocantins possui também uma fábrica de cimento, além de existi um projeto de 
criação de outra fábrica de cimento no município de lavandeira, região sudeste do estado, 
fabricas essas que utiliza a argila como componentes para a fabricação de cimento. Na cidade 
de Anápolis estado de Goiás existe uma fábrica de porcelanato para revestimento da construção 
civil. Sendo todas essas empresas citadas anteriormente possíveis compradores desse material 
extraído. 
Os incentivos fiscais fazem parte das políticas governamentais para trair investidores na 
região, se trata de subsídios visando o desenvolvimento econômico da região e não beneficiar 
o empresário, na pratica o estado abre mão de recolher alguns tributos um exemplo é o ICMS 
(IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS e SERVIÇOS) indiretamente 
beneficiando a rentabilidade do empreendimento. 
O estudo de viabilidade serve para descobrir a rentabilidade do econômica do possível 
empreendimento, para garantir aos investidores o retorno, é um estudo que coloca os custos de 
operação e as possíveis receitas que ao longo das operações o empreendimento vai arrecadar, 
passando confiabilidade em investir no projeto. 
15 
 
Enfim, este trabalho teve a finalidade de estudar a viabilidade da instalação de um 
empreendimento de extração de argila na região sul do estado do Tocantins, também realizando 
um planejamento para analisar quais cenários esse empreendimento possa ser viável 
economicamente. 
 
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA 
Estudos revelam a existência de argilas com potencial para confecção de diferentes tipos 
de cerâmicas. Um deposito mineral só pode ser considerado jazida a partir do momento em que 
economicamente viável a extração do recurso, com isso se faz necessário um estudo para 
analisar a viabilidade econômica do empreendimento responsável pela extração dessa argila. 
Deve ser realizado um estudo para determinar se é viável a instalação de um empreendimento 
para extração de argila no município de Gurupi – TO? 
 
1.2 HIPÓTESES 
 Diferentes cenários de valor do minério podem interferir na viabilidade 
econômica; 
 O custo de produção pode inviabilizar o projeto; e, 
 Com a quantidade de minério encontrado no corpo mineralizado é possível obter 
retorno financeiro. 
 
1.3 OBJETIVOS 
 
1.3.1 Objetivo Geral 
Apresentar o estudo de viabilidade econômica da implantação de uma mina de extração 
de argila no estado do Tocantins, próximo a uma jazida de argila situado no município de 
Gurupi (TO). 
 
1.3.2 Objetivos Específicos 
 Avaliar os custos de implantação do empreendimento. 
 Levantar os custos da extração, incluindo o transporte da argila. 
 Estudar o valor final da produção do produto e o preço mínimo para 
comercialização. 
 
16 
 
1.4 JUSTIFICATIVA 
Com a existência de um deposito de argilas na região sul do estado, situado nos limites 
do município de Gurupi – TO é necessário um estudo de viabilidade de abertura de uma mina 
de extração de argila na que é utilizada para a confecção de porcelanato. No estado do Tocantins 
não existe fabricas de porcelanato logo o minério extraído deverá ser exportado para outros 
estados que necessita da demanda desse tipo de minério. A realização deste estudo identificara 
os parâmetros para dimensionar o tamanho do investimento, possíveis isenções que o 
empreendimento poderá receber entre outros fatores. 
O estudo de implantação de empreendimento é importante pois através dele é possível 
identificar as vantagens que tal possui, reduzindo assim os riscos de fracasso na implantação 
pois todos a variáveis essenciais já são devidamente conhecidos em aspectos gerais, criando um 
roteiro para o desenvolvimento do empreendimento e com o conhecimento dessas informações 
passa uma segurança maior que consequentemente atrai investidores. 
 
17 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
O referencial teórico serve como base para o desenvolvimento da pesquisa, neste caso 
no os referenciais teóricos contêm informações pertinentes a argila, métodos de lavra e 
viabilidade econômica para assim ter uma base teórica para o desenvolvimento do estudo de 
viabilidade que é objetivo desse trabalho. 
 
2.1 ARGILA 
Os minerais argilosos são formados através da sedimentação formado por particulados 
de dimensão menores que 4 micrometros de diâmetro, o sedimento pode ser constituído por um 
mineral argiloso, porem o mais comum é ser constituído por uma variedade de mineral, sendo 
que esse que contém mais de um mineral possui um domínio de apenas um deles. São 
filossilicatos, isso significa que, os silicatos formam laminas, de baixa dureza, densidade 
relativamente baixa com uma boa clivagem seguindo apenas um sentindo direcional. Essas 
características também são aplicadas a rochas argilosas como folheiros e siltito são adicionadas 
neste conceito para o comercio pois possui a mesma característica. (BRANCO, 2014) 
Meire (2001) descreve as argilas de maneira superficial, ele não aprofunda muito nos 
detalhes: 
“Todavia, o conceito de argila, que reúne aceitação mais geral, considera a argila 
como sendo um produto natural, terroso, constituído por componentes de grão muito 
fino, entre os quais se destacam, por serem fundamentais, os minerais argilosos. Este 
produto natural desenvolve, quase sempre, plasticidade em meio húmido e endurece 
depois de seco e, mais ainda, depois de cozido. ” (MEIRA, 2001, p. 1). 
 
Meire (2001) vai um pouco além de Branco (2014) quando relata o pouco da sobre a 
plasticidade que o material adquire em meio húmido, além de apresentar mudanças durante seu 
tratamento. 
 
2.1.1 FORMAÇÃO DAS ARGILAS 
As argilas ou rochas argilosas tem sua formação de maneira sedimentar que é a formada 
através dos intemperismos de rochas pré-existentes, essas rochas podem ser ígneas, 
metamórficas e até mesmo a própria rocha sedimentar serve para formação de novas rochas 
sedimentares. As rochas ígneas e metamórficas são formadas através de fenômenos físico-
químicos que torna essas rochas diferente da maioria encontrada na superfície terrestre, as 
rochas ígneas são formadas através das altas temperaturas elas podem ser intrusivas ou 
extrusivas, já as rochas metamórficas sofrem alterações devido à alta pressão e temperatura ou 
seja as rochas que vemos na superfície terrestre estão em condições de desequilíbrio 
18 
 
termodinâmico, sendo assim, elas sofrem mutações ao ser exportas atividades da agua e do ar. 
(BRANCO, 2014) 
 
O fenômeno da erosão é constituído pela ação da agua corrente, ventos, geleiras, seres 
vivos e gravidade. Os materiais desagregados em formas de particulados da rocha pré-existente 
podem ser transportados facilmente pela agua corrente ou vento até outro local para ser 
depositado após milhares de anos em inercia o material depositado dá a origem a uma rocha 
sedimentar. (BRANCO, 2014) 
A ação da desagregação do material rochoso junto ao transporte e deposição são as 
características que define o chamado intemperismo. É essa a forma que se tratado o processo 
que dá a origem aos minerais argilosos. Portanto, o intemperismo é o processo no qual se 
trabalha através das atividades químicas, físicas e biológicas que juntas, trabalham sobre as 
rochas expostas as atividades da agua e do ar. É comum um desse processos ter maior 
predominância nas atividades do intemperismo,
sendo assim, normalmente é nomeado os tipos 
de intemperismo da seguinte forma, intemperismo físico, intemperismo químico, intemperismo 
biológico dentre este o último é o menos atuante dentre todos os processos de intemperismo. 
(BRANCO, 2014) 
O principal agente atuante no intemperismo físico é a alteração constante de 
temperatura. Os minerais mais comuns de serem encentrado nas rochas tem um coeficiente de 
dilatação muito diferente um do outro, que é o quartzo e o feldspato, A ação do calor sobre o 
quartzo faz com que ele dilate três vezes mais que o feldspato, gerando assim tensões sobre os 
corpos rochoso, gerando posteriormente fraturas. As temperaturas amenas também podem 
fraturar rochas, isso ocorre devido a infiltração de água nos maciços rochoso, somando as baixas 
temperaturas, ocorre o congelamento da agua, esse congelamento gera também uma dilatação 
do gelo, exercendo um trabalho na rocha, forte suficiente para gerar uma fratura. (BRANCO, 
2014) 
Assim como Branco (2014) apresenta a composição das argilas, Meire (2001) apresenta 
os principais materiais constituintes das argilas: 
“Minerais como o quartzo, feldspatos, micas, anfíbolas e piroxenas, constituintes das 
rochas silicatadas da crosta terrestre, quando expostos à atmosfera tornam-se 
instáveis. A água que penetra nos poros, clivagens e microfracturas desses minerais 
dissolve os seus constituintes. A reorganização destes constituintes em solução, com 
participação de água, oxigénio, dióxido de carbono e iões dissolvidos permite a 
formação de minerais argilosos e, consequentemente, de argilas que ficarão em 
equilíbrio nas condições atmosféricas. ” (MEIRA, 2001, p. 1). 
 
19 
 
Intemperismo químico ocorre principalmente devido a reação química da água sobre a 
rocha, para que isso ocorra a água deve possuir uma alteração em sua composição, normalmente 
ela possui teor elevado de gás carbônico dissolvido e ácidos húmicos que é resultado da 
biodegradação de matéria orgânica morta, na maior parte vem da decomposição de vegetais. 
Com essas condições a água passa a ter propriedades químicas capas de gerar uma série de 
reações químicas que altera a composição da rocha. (BRANCO, 2014) 
O tipo de intemperismo que menos ocorre na desagregação das rochas é o biológico, ele 
age de maneira moderada e é reconhecido pela sua ação, um exemplo é a ação das raízes, que 
se infiltra nas rochas forçando assim uma fratura. Existem organismos vivos tipo bactérias que 
podem exercer certo trabalho quando são expostos a condições redutoras. (BRANCO, 2014) 
Existe uma relação entre todos os tipos de intemperismo, todos tem sua eficiência 
relacionada ao clima local. A eficiência do intemperismo é muito maior quando as condições 
climáticas do local apresentam uma certa concentração de humidade, quanto mais húmido o 
clima mais eficiente ele é, em relação a climas mais secos. Outra variável que interfere no 
intemperismo é a resistência dos minerais presente nas rochas. É mais fácil sofrer as ações do 
intemperismo as olivinas e piroxênios em relação as micas, o quartzo diferente das olivinas e 
piroxênio é um mineral que não sofrem alterações física ou química. Porem ao fim de uma ação 
intensa do intemperismo sobram de uma rocha apenas quartzo e as argilas. Então, podemos 
afirmar que as argilas é o resultado estável dos processos de intemperismo que uma rocha sofre. 
(BRANCO, 2014) 
Meire (2001) relata em seu artigo p material base que constituem em argilas, lembrando 
que Branco (2014) também faz menção a esses materiais base, deixando em evidencia que os 
teores dão origem a tipos diferente de argilas: 
“Os materiais que servem de base à formação dos minerais argilosos podem ser 
minerais não argilosos, minerais argilosos pré-existentes, suspensões colóidais e iões 
em solução aquosa. Estes materiais estão na origem dos três processos formadores das 
argilas, os quais se podem classificar em neoformação, herança e transformação. ” 
(MEIRA, 2001, p. 1 e 2). 
 
2.1.2 CARACTERÍSTICAS DAS ARGILAS 
A característica é importante para definir os tipos de argilas, uma das principais 
características dos minerais dos tipos argilosos são seus cristais com dimensões extremamente 
pequena. Para identificá-los é necessário a utilização de métodos espaciais. (BRANCO, 2014) 
 
Um dos métodos de identificação, é a utilização de raio X para a determinação dos 
elementos químicos presentes na formação da argila, isso ocorre, pois, cada elemento químico 
20 
 
possui absolvição de radiação diferente tornando esse aspecto sua identidade para esse tipo de 
caracterização, o nome desse tipo de amostragem é análise química quantitativa por 
fluorescência de raios X, se utiliza muito desse meio pois não possui perda de material utilizado 
para identificação. (BRANCO, 2014) 
 
O método mais utilizado para analise mineralógica das argilas é a difração de raios X, 
gerando um gráfico de nome difratograma. As rochas argilosas possuem uma vasta 
possibilidade de cores para sua pigmentação, como branco, preto, vermelho, roxo, amarelo, 
verde, cinza e marrom. Oque define a pigmentação da argila é a principalmente sua composição 
química, mas também é influenciada pelas condições físico-químicas do ambiente onde a rocha 
se desenvolvem, porem ao realizar uma análise da cor de uma argila é necessário verificar se a 
argila não adquirido essa coloração de acordo com o passar do tempo dês de sua deposição, 
sabendo que pode sua deposição em seu deposito pode ter ocorrido a milhares de anos atrás. 
(BRANCO, 2014) 
 
Jaime Pedrassani et al. diz em seus estudos que as cores das argilas podem indicar a 
predominância de alguns minerais, alguns exemplos citados por Jaime é que a argila de cor 
branca apresenta ausência de matéria orgânica, assim como alguns compostos de ferro, 
manganês, titânico. Já a argila de cor cinza e preta conta com a presença me matéria orgânica e 
também a presença de compostos de ferro, manganês e titânico. As cores vermelha, laranja e 
amarela é relacionado com a presença das seguintes substancias os óxidos e hidróxido de ferro. 
Argilas rochas não tem sua origem muito bem definida, aparentemente ela está relacionada aos 
óxidos de ferro e manganês. A cor verde possui a presença de compostos de ferro em pouca 
concentração, presente em minerais, um exemple é a clorita, montmorillonita e glauconita. Em 
alguns casos a as argilas verdes está relacionado a presença de minerais de cobres ou olivinas. 
(BRANCO, 2014) 
 
 
2.1.3 PROPRIEDADES DAS ARGILAS 
 
Branco (2014) e Meira (2001) definem as mesmas características das propriedades 
presentes nas argilas: 
21 
 
“As argilas são materiais geológicos finamente divididos. Os minerais 
argilosos seus constituintes têm cristais de pequeníssimas dimensões, em regra com 
diâmetro esférico equivalente inferior a 2 micron” (MEIRA, 2001, p. 2). 
Ambos os autores relatam que a granulometria dos cristais que compõem as argilas é 
em média de 2 micron. 
A destinação do uso das argilas na indústria de transformação é definida basicamente 
devido as propriedades físico-químicas, que derivam de três fatores: partículas menores que 2 
micrometros, morfologia em laminas e as substituições isomórficas que sofrem esses minerais. 
Uma característica das argilas é a elevada área de superfície com ligações químicas não 
saturadas, que fazem ela interagir com várias substancias, com essas características elas 
adquirem comportamento plástico quando mesclado com água. (BRANCO, 2014) 
 
A troca de cátions define muito bem as argilas pois a existência de íons positivos em 
substancias aquosa quando entra em contato com as argilas podem infiltrasse facilmente nas 
laminas que formam as argilas e encontra se a mesma facilidade para os líquidos saírem, essa 
facilidade ocorre porque as ligações químicas formadas pela as argilas são fracas. Porem eles 
não são capazes de infiltrar na estrutura dos minerais,
no entanto eles prendem junto a superfície 
da estrutura da argila. Também é possível essa troca iônica por meio não aquoso. (BRANCO, 
2014) 
Meire (2001) descreve a troca de iões da seguinte forma: 
“Os minerais argilosos possuem a propriedade de trocar iões fixados na superfície 
exterior dos seus cristais, nos espaços inter-camadas estruturais ou localizados noutros 
espaços interiores, mas acessíveis por outros iões existentes em soluções aquosas 
envolventes. A capacidade de troca iónica que um mineral argiloso ou argila pode 
adsorver e trocar é uma propriedade que resulta do desequilíbrio das suas cargas 
eléctricas. Este desequilíbrio deve-se a substituições isomórficas, as quais influenciam 
fortemente determinadas propriedades físico-químicas e tecnológicas. A troca de iões 
é um processo estequiométrico segundo o qual cada ião adsorvido pelo mineral 
argiloso, provoca a libertação dum ião anteriormente fixado.” (MEIRA, 2001, p. 2). 
 
Essa a troca de íons em é de suma importância para determinar a plasticidade do material 
argiloso, um exemplo é que se os cátions que realiza as trocas forem de cálcio a argila formara 
propriedades diferente de uma que que o cátion é o sódio. (BRANCO, 2014) 
 
Uma propriedade que é destaque nas argilas é sua capacidade de absolvição. As argilas 
com maior capacidade de absolvição podem reter o seu próprio peso em agua. As hidratações 
das argilas podem ocasionar no aumento do volume, quanto maior a quantidade de agua 
acumulada entre as folhas das argilas maior é o seu volume, essa é uma característica 
principalmente encontrada nas argilas do grupo montmorillonita. (BRANCO, 2014) 
22 
 
 
A plasticidade das argilas é uma característica de grande importância. Devido ser 
formada como folhas, quando a água introduz entre as camadas delas, o liquido presente entre 
elas adquiri a característica de um lubrificante, possibilitando com que as camadas de folhas 
deslizem com facilidade. (BRANCO, 2014) 
Meira (2001) descreve a plasticidade destacando a importância da força: 
“Plasticidade de uma argila é a propriedade que se manifesta na mudança de forma 
sem rotura de uma massa feita com argila e água por aplicação duma força exterior e 
pela retenção da forma quando a força é removida ou reduzida abaixo dum certo valor, 
correspondente à chamada tensão de cedência. O termo trabalhabilidade usa-se 
também, por vezes, como sinónimo de plasticidade. O grau de deformação duma pasta 
de argila, até ela entrar em rotura, aumenta progressivamente até determinado valor 
em função do conteúdo em água. A água, em quantidade adequada, funciona como 
um lubrificante que facilita o deslizamento das partículas umas sobre as outras sempre 
que uma tensão superficial é aplicada. Os principais factores que afectam a 
plasticidade são a mineralogia, granulometria, forma dos cristais, carga eléctrica dos 
cristais e o estado de desfloculação da argila. ” (MEIRA, 2001, p. 3). 
 
Não é apenas a agua que dão a plasticidade as argilas, líquidos polares também podem 
dá essa característica as argilas; no entanto líquidos não polares são incapazes de torna as argilas 
plásticas um exemplo é o tetracloreto de carbono. (BRANCO, 2014) 
 
2.1.4 USOS DAS ARGILAS 
Mesmo não possuindo beleza estética na forma natural como outros minérios, as argilas 
têm um grande impacto na economia, elas se encontram entre os minerais com maior 
rentabilidade econômica, não só devido sua grande produção mais também pelo se alto valor 
de produção. (BRANCO, 2014) 
 
Estimasse que 90% da argila extraída tem como o destino as indústrias de transformação 
de agregados da construção. Os outro 10% é distribuído em vários destinos como a fabricação 
de absorventes, tintas, papel, borracha, descorantes e produtos químicos e farmacêuticos, 
possuindo também uma grande utilidade na indústria de petróleo e na agricultura. Essas argilas 
que correspondem a 10% da extração são responsáveis por 70% do faturamento e é chamada 
de argilas especiais. As argilas que é produzida em grande quantidade e possuem 90% do total 
produzido são chamas de argilas vermelhas, argilas cerâmicas, argilas comuns. O primeiro 
nome se dá pelo fato de quando essa argila é levada ao forno adquiri a tonalidade de cor 
vermelha ou marrom. (BRANCO, 2014) 
 
23 
 
Os produtos do tipo cerâmicos são considerados todos aqueles que são inorgânicos e 
não metálicos, que foram produzidos através de tratamento térmico em altas temperaturas como 
etapa de sua fabricação. (BRANCO, 2014) 
 
A junção entre esmectita e illita é um dos principais componentes das argilas comuns, 
além de poder possuir outros componentes associados. A utilização das argilas já é feita a 
milênios pela humanidade, utilizado para a fabricação de urnas funerárias, vasos, tijolos, telhas 
etc. Elas também são utilizadas como fontes de oxido de alumínio e também é um componente 
da fabricação de cimentos e de seus agregados leves ou argilas expandidas. (BRANCO, 2014) 
 
Pode ser empregado qualquer tipo de argila para a fabricação de tijolo, telhas e manilhas. 
No entanto se dá a preferência argilas com composição máxima de 30% caulinita e 25% a 50% 
de minerais argilosos com granulometria fina. Caso o material ultrapassa o limite de 
plasticidade, tornando um material excessivamente plástico, adiciona-se areia. (BRANCO, 
2014) 
 
A empregabilidade das argilas especiais é muito variada, pois ela possui vasta 
empregabilidade. O caulim é empregado na fabricação de porcelanas e papel, também é 
utilizado para a adquirir isolantes térmicos e elétricos, catalisadores, produtos químicos, fibras 
de vidro, absorvente estomacais, cosméticos e como carga. Existem cinco tipos de porcelana 
que podem ser fabricadas através do caulim. (BRANCO, 2014) 
 
Outro tipo de argila é a bentonita ela é utilizada em modelos de fundição; nas lamas de 
sondagem; clarificação de óleos; cervejas e cidras; purificação de águas; herbicidas, inseticidas 
e pesticidas; armazenamento de resíduos tóxicos e radioativos; barreiras de impermeabilização; 
cimentação de fissuras e fraturas em rochas de tuneis, trincheiras e taludes e alimentação 
animal. (BRANCO, 2014) 
 
Raramente ocorre da maior parte da composição de uma argila ser palygorskita e a 
sepiolita. O palygorskita era utilizado na produção de um pigmento azul pelas tribos indígenas 
maia, e a sepiolita era utilizado na produção de cachimbos. A jazida de sepiolita de maior 
importância localizasse em Vallecas, na Espanha, que é utilizada na fabricação de uma 
porcelana bem conhecida, nomeada de bom retiro. Seu uso também é empregado na fabricação 
de pesticidas e fertilizantes; na purificação do açúcar e do petróleo; em filtragem, floculação e 
24 
 
clarificação; como carga, em tintas, cosméticos e resinas; em lama de sondagem e na nutrição 
animal. (BRANCO, 2014) 
 
2.1.5 CLASSIFICAÇÃO DAS ARGILAS 
 
As argilas são classificadas de acordo com sua utilidade recebendo nomes diferentes 
para cada utilidade que ela pode ser empregada os nomes utilizado são em inglês e utilizado 
mundialmente. (BRANCO, 2014) 
Para Meire (2001) a classificação das argilas é de suma importância: 
“A complexidade e variabilidade das argilas deve-se à variação qualitativa e 
quantitativa dos minerais argilosos e não argilosos que as constituem, à variação da 
distribuição dimensional das partículas minerais que as formam e às suas 
características texturais. Estes factores dificultam a classificação das argilas, 
conduzindo à ideia de que não existem duas argilas iguais. Contudo, existem duas 
classificações, frequentemente usadas, que têm em conta, quer o modo de formação, 
quer a composição e usos industriais das argilas. Por um lado, temos uma classificação 
genética, que tem em conta a relação entre os processos de formação das argilas e o 
seu modo de ocorrência e, por outro, temos a classificação industrial ou tecnológica, 
que tem em consideração
as características e propriedades específicas das argilas e as 
suas aplicações industriais. ” (MEIRA, 2001, p. 3 e 4). 
 
Meire (2001) apresenta uma introdução ressaltando a importância da classificação dos 
tipos de argilas, deixando em evidencia a importância que as formações das argilas possuem 
em sua forma final. 
As argilas fluviais, cauliníticas, plásticas, de granulometria fina, varia entre as cores 
cinza a preta, que após a queima se torna bege, esse tipo de argila é denominado Ball-clays. 
(BRANCO, 2014) 
Já nos estudos de Meire (2001) ele utiliza as seguintes palavras para caracterizar a 
classificação das cauliníticas: 
“O caulino é uma argila constituída essencialmente por caulinite que coze branco ou 
quase branco e que é muito refractária. O termo caulino deriva da expressão chinesa 
Kao Ling, nome dado a uma colina da China central perto da qual se explorava este 
material para o fabrico de porcelana. ” (MEIRA, 2001, p. 4). 
 
Meire (2001) evidencia a origem do nome utilizado para definir esses tipos de argilas. 
China-clay são as argilas brancas, compostas de caulinita, mica e quartzo, é formado 
através das alterações de feldspato em granito e pegmatitos graníticos, sem transportes. O nome 
25 
 
escolhido para a caulina beneficiada, grande parte proveniente da região da Cornualha 
(Inglaterra). (BRANCO, 2014) 
Fire-clay é uma argila pouco plástica, refrataria, origem sedimentar ou residual, com 
uma grande quantidade de alumínio em sua composição, e com presença de óxidos de ferro, 
que dá a coloração marrom-clara após a queima. Podem resistir até a temperatura de 1500°C, é 
uma alta temperatura, porém ainda é inferior à das argilas refratarias. (BRANCO, 2014) 
As argilas refratárias assim como as outras citadas possui um alto teor de alumínio em 
sua composição tornando elas com maior resistência as altas temperaturas de até 1640 °C. 
(BRANCO, 2014) 
De tonalidade clara que varia entre o bege e o branco as Filler-clays geralmente é 
constituída por caulinita, é utilizada como carga ou enchimento, isso significa que, é usada para 
dá volume e/ou peso em produtos da indústria final como as indústrias de papel ou borracha. 
(BRANCO, 2014) 
Terras-filler são argilas de aluvião, sendo constituída majoritariamente montmorillonita 
e atta-pulgita-palygorskita-sepiolita. É bastante usada como descorantes da indústria de vinhos 
e óleos vegetais. (BRANCO, 2014) 
O Caulim é uma argila residual formada basicamente por minerais do grupo da caulinita. 
Existem dois tipos o caulim fino, composto basicamente por caulinita, contendo também alguns 
quartzos, e o caulim para cerâmicas brancas, ele é obtido através da purificação do caulim 
comum. (BRANCO, 2014) 
Taguá é um folheiro ou siltito de cor vermelha, amarela ou cinza, que possuem uma 
plasticidade boa, tendo em sua composição a maioria dos minerais argilosos pertencentes ao 
grupo montmorillonita e da illita. É a principal matéria prima das cerâmicas vermelhas. 
(BRANCO, 2014) 
Terracota possui uma cor marrom-avermelhado, são bastante plásticas, sento constituída 
por minerais dos grupos da montmorillonita, illita, clorita e caulinita, ricas em óxidos de ferro, 
é bastante utilizado para a fabricação vasos e esculturas. Sua queima é em torno de 900°C, 
apresenta baixa resistência mecânica e possui uma alta porosidade, sendo necessário afazer um 
acabamento com uma camada vítrea para torna-la impermeável. (BRANCO, 2014) 
 
 
2.2 MÉTODO DE LAVRA 
Cada tipo de deposito mineral tem suas características de deposição, a forma em que o 
minério se deposita diz muito sobre a método que será utilizado para realizar a lavra. Para 
26 
 
Macêdo (2001) a escolha do método de lavra é muito importante para poder realizar a análise 
econômica da escolha podendo assim realizar o desenvolvimento da mina. Uma escolha feita 
de maneira errada pode comprometer a viabilidade da mina. (MACÊDO, 2001) 
A mineração está presente no mundo inteiro, Macêdo (2001) relata que existem pelo 
menos treze métodos de lavras principal e mais de trezentos métodos de variação de cada um 
desses métodos principais. Um fator que tem grande importância na escolha do método a ser 
utilizado é a disponibilidade e desenvolvimento dos equipamentos, além de outros fatores 
sociais, econômicos, politicas. 
 
2.2.1 OBJETIVO DA SELEÇÃO DO MÉTODO DE LAVRA 
Macêdo (2001) relata os métodos de lavra estão relacionados com os aspectos 
ambientais, econômicos, sociais. Levando em consideração alguns fatores relevantes como; 
1. Oferecer condições para que o ambiente de trabalho possibilitando a execução das 
tarefas com excelência pelos colaboradores. 
2. Reduzir possíveis impactos ambientais. 
3. Ser o mais estável possível durante todo o período em que houver atividades 
minerarias. 
4. Possibilitar uma recuperação máxima do minério extraído nas operações de lavra, 
reduzindo a quantidade de estéril extraído junto ao minério. 
5. Possuir uma flexibilidade para que possa ser adaptado as condições geológicas 
diversas e infraestrutura disponível. 
6. Ser possível maximizar a produção, reduzindo os custos de produção unitário. 
Se o método a ser utilizado seguir todos esses parâmetros existindo uma sincronia entre 
eles, obtendo o melhor resultado possível entre todos os requisitos. 
 
2.2.2 MINERAÇÃO A CÉU ABERTO OU SUBTERRÂNEA 
Em seu estudo Macêdo (2001) relata que existe cinco maneiras possível na lavra de um 
deposito: 
1º- Céu aberto: os taludes, valor de minério extraído, e quantidade de estéril a ser 
removido são fatores importante para determinar a cava. 
2º- Preparação para transição entre lavra a céu aberto e subterrânea: a profundidade 
máxima da cava é determinado pelo custo previsto da mina subterrânea. 
3°- Subterrâneo. 
27 
 
4°- Subterrâneo, com um processo de transição para a lavra a céu aberto: muito raro de 
utilizar esse método. Ocorre quando o método original não atende as expectativas econômicas. 
5°- Simultaneamente é quando e desenvolve o método a céu aberto e subterrâneo ao 
mesmo tempo. 
Para definir o método que será desenvolvido a lavra da mina é levado em consideração 
os critérios econômicos. O método escolhido que será utilizado vai ser o que tem o menor custo 
unitário de lavra, considerando todos os fatores operacionais. 
Em analises simples, a relação de custo, quantidade de material extraído e preços que 
são comercializados por cada método. Com tudo, obtendo a relação do estéril a ser removido 
(k), custo unitário (c), valor do minério lavrado por método subterrâneo (s) e a céu aberto (a), 
a relação estéril; maximizar minério, buscando qual método é mais econômico na lavra a céu 
aberto, seguindo a seguinte equação (1).0 
 
Equação 1. 
 
Para demostrar a relação econômica do decapeamento, que representa os limites da 
cava, considerando o minério recuperável e seu custo de produção, o lucro esperado de todo 
conjunto de todas as operações e o custo no movimento do capeamento. Nomeado de k’ a nova 
formula possui então: 
 
Equação 2 
Onde, (p) é o preço do produto; (a’) é os custos da produção pelo método de lavra a céu 
aberto; (c’) é o custo para movimentar o estéril e (l) é o lucro com as operações. 
Os valores de k e k´ vai definir a metodologia que será desenvolvida na mina após a 
disponibilidade das informações necessárias. Quando k´ for maior que k a lavra pode ser lavrada 
de forma subterrânea e a céu aberto, se k´ for menor que k apenas poderá ser utilizado o método 
a céu aberto. (Macêdo, 2001) 
 
28 
 
Segundo Macêdo (2001) é uma análise simples além dela também devesse levar em 
consideração os seguintes fatores para tomada de decisão: limitações técnicas previamente 
estudadas e detalhadas, confiabilidade dos teores, estudo de custos, possíveis preções de 
mercado, taludes da cava, programar investimentos para manutenção da frota e renovação de 
equipamentos, dimensionar o tamanhos dos pilares e saber
qual será a área de eficiência do 
mesmo, considerar a utilização de equipamentos que possibilita a utilização dos equipamentos 
tanto para lavra subterrânea quanto par lavra ao céu aberto. 
As lavras de argilas são muito comuns pois se trata de materiais de baixo valor agregado 
então os métodos de lavra aplicado no seguimento costuma seguir o padrão céu aberto pelo 
baixo custo de implantação 
“A opção pelo método de lavra está condicionada à situação topográfica do depósito, 
distribuição espacial das camadas de argila, características físicas do material, escala 
de produção, nível de investimento necessário e tipos de cuidados ambientais. De 
maneira geral, quando o material permite sua escavação direta, as categorias de 
equipamentos mais utilizados são: (i) Depósitos minerais localizados nas encostas dos 
morros (jazidas de bacias sedimentares): são lavrados principalmente por escavadeiras 
hidráulicas sobre esteiras e, em alguns casos, por carregadeiras sobre rodas, podendo 
ainda ser auxiliadas por carregadeiras de esteiras e tratores sobre rodas. Estes 
equipamentos são amplamente empregados para produções de pequeno a médio porte. 
Minas com produções elevadas podem requerer equipamentos de grande porte; (ii) 
Depósitos minerais formados por camadas horizontais de pequena profundidade em 
subsuperfície (jazidas de argilas quaternárias): são lavrados por escavadeiras 
hidráulicas e podem contar com carregadeiras nos serviços de apoio, nas produções 
de pequeno a médio porte; (iii) Depósitos de maior profundidade, cujo avanço da lavra 
configura a formação de cavas, também utilizam escavadeiras hidráulicas combinadas 
com diferentes tipos de carregadeiras nos serviços de apoio.” (LUZ; LINS, 2008). 
 
O método é definido de acordo com o perfil geológico e geografia do local e pode ser 
alterado de acordo com o avanço das pesquisas geológicas e alterações feita pela mineração. 
“O avanço das lavras em encosta ou com aprofundamento em cava pode atingir com 
facilidade desníveis de escavação superiores a 20 m. Nestes casos, é necessária a 
formação de um ou mais níveis de bancadas. Na maior parte das minerações, as 
máquinas que realizam a escavação mecânica também são responsáveis pela operação 
de carregamento das unidades de transporte do material escavado. No transporte, são 
usualmente empregados caminhões basculantes convencionais. ” (LUZ; LINS, 2008). 
 
Em alguns casos a geografia do local pode apresentar solo rígido e compacto 
dificultando o desmonte mecânico. 
“Há situações em que o minério e seu capeamento apresentam-se compactados (a 
exemplo dos taguás duros) para escavação direta. Nestes casos, podem ser necessárias 
operações de desmonte com explosivos para fragmentar o material, procedendo-se 
então ao seu carregamento e transporte. ” (LUZ; LINS, 2008). 
 
A preparação a comercialização da argila é feita de maneiras relativamente comum. 
“As argilas são preparadas, após a lavra, para serem utilizadas como matéria-prima da 
indústria cerâmica. Um procedimento comum é o sazonamento das argilas, 
envolvendo a permanência da pilha de argila ao relento por um período de alguns 
meses, o que melhora a trabalhabilidade da massa cerâmica. Outras operações podem 
incluir estágios de cominuição, associados à classificação granulométrica, secagem 
29 
 
ao ar livre, formação de pilhas de estocagem e blendagem para composição de massa 
cerâmica. A cominuição pode exigir operações de britagem e moagem, como é o caso 
do aproveitamento de rochas mais compactadas (taguás duros). Britadores em um ou 
dois estágios (primário e secundário) de mandíbulas, giratórios, rotativos e de rolos 
são utilizados, e podem ainda estar associados a moinhos de martelo ou de impacto 
em vários estágios para obtenção das frações finas. Tais operações são intercaladas 
com sistemas de peneiramento para classificação das frações de argila obtidas no 
processo. ” (LUZ; LINS, 2008). 
 
2.2.3 CALCULOS DE PRODUÇÃO E DE VIDA ÚTIL DA MINA 
A produção de uma mina é determinada para a demanda que ela deve atender, porem 
para que possa chegar a meta estabelecida peço mercado existe alguns modelos matemáticos 
para auxiliar no desenvolvimento. Uma mina pode possuir várias frentes de lavra e é necessário 
conhecer o ritmo que deverá ser aplica na frente de lavra. Pinto e Merschmann (2001) entendem 
que o ritmo de lavra é determinado pela relação de toneladas produzida por hora (t/h). A vida 
útil da mina é calculada pela produção requerida durante períodos de produção. 
O calculo da reserva tem grande importancia para a mineração, pois é atravez do calculo 
de vida útil é possivel determinar alguns custos. 
“A estimativa do período de vida útil, foideterminada pela razão entre a reserva base 
dosminérios selecionados (Reserva medida + Reservaindicada) e as quantidades 
brutas extraídasdurante o período contábil. O minério de ferro ea bauxita mostraram 
uma redução significativanos períodos de vida útil estimados à taxa deextração 
corrente.” (DIAS, 2006) 
 
Com o conhecimento do tamanho da reserva é possivel calcular a vida ultil, alguns 
autores ultiliza como referencia a formula de Taylor para estimar a quantidade de anos. 
Para a realização do calcuulo da vida útil é necessario conhecer a produção anual da 
mineração. O calculo da vida útil é feita com a seguinte função: 
𝑣𝑖𝑑𝑎 ú𝑡𝑖𝑙 =
𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎 𝑚𝑖𝑛𝑒𝑟𝑎𝑙(𝑚3)
𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙 (
𝑚3
𝑎𝑛𝑜)
 
Equação 3 
Atravez destá função podemos saber qual a vida ultil de uma mina, esse valoe pode ser 
alterando de acordo com a produção realizada na mineração quando maior a produção no ano 
menor é a vida util e quanto menor a produção mineral maior é a vida últio da jazida. 
 
2.3 VIABILIDADE ECONOMICA 
 
 
2.3.1 INCENTIVOS FISCAIS 
 
30 
 
Formigoni (2008) relata que para Melo (2007) os incentivos fiscais que o estado oferece 
é a forma do estado ajudar o contribuinte de modo que o estado dispensa as receitas que tal 
provem. É caracterizado por instrumentos baseado na dispensa dos tributos gerados, onde o 
Estado trata de forma diferenciada a arrecadação dos tributos do contribuinte onde o objetivo é 
fomentar o desenvolvimento econômico regional, desenvolvendo setores estratégicos ou 
regiões; diminuir a desigualdade; aumentar a movimentação comercial; torna competitivo os 
produtos nacionais no exterior; alavancar o desenvolvimento industrial nacional; abrir 
mercados de trabalho. No Brasil é conhecido essa pratica de incentivo obteve destaque a parti 
dos anos 60 onde várias leis foram editadas em várias esferas governamentais. 
Formigoni (2008) acrescenta que para Pires (2007, p. 35) “A concessão de incentivos 
fiscais deve ser estendida como instrumento de desenvolvimento e de melhoria da qualidade de 
vida da população, por meio da criação de empregos, geração e redistribuição de renda, [...]. ” 
Os incentivos gerados pelo Estado não visam dá privilégios ao contribuinte, mas sim 
realizar ações que visa o benéfico da sociedade. Fazem parte desse gênero: isenções, diminuição 
de alíquota e de base de cálculo, alíquota zero, subvenções, créditos presumidos, subsídios, 
diferimento. 
Os objetivos desses subsídios não é beneficiar o contribuinte porem ele é beneficiado 
indiretamente pelos subsídios que o estado dá com política de fomentação da indústria e 
comercio regional. 
 
2.3.2 VALOR PRESENTE LÍQUIDO E A TAXA DE RETORNO 
A viabilidade econômica estuda a rentabilidade de um produto ou empreendimento é 
necessária para saber se o empreendimento deve ser desenvolvido por possuir viabilidade de 
sem manter gerando lucro aos investidores. Cruz (2016) diz que para Souza, Clemente (2004) 
a análise econômica é realizada para diminuir o fator de risco de uma tomada de decisão e 
também que este tipo de análise é para demonstra a viabilidade do empreendimento em uma 
linha temporal acima de 1 ano. Onde só haverá aplicação de investimentos
possuir um cenário 
que houver benefícios financeiros. 
De acordo com Dias (2002) citados por Cruz (2016) a importância do fluxo de caixa, 
tem como a sua função demonstrar o comportamento da receitas e despesas da empresa durante 
uma linha temporal de longa para obter uma perspectiva sobre o fluxo caixa. Também pode 
indicar custos ou receitas já incorridos de fato, podendo projetar despesas e receitas futuras, 
devido essas características é considerado uma ferramenta de excelência para a tomada de 
decisão administrativas de uma empresa. 
31 
 
O VPL (Valor Presente Líquido) é a comparação dos valores atuais das receitas futuras 
com os valores atuais das dispensas do projeto estudado. A TIR (Taxa Interna de Retorno) é 
calculada através dos cálculos da VPL, pode ser determinado como preço fixo que nivela os 
ganhos esperados junto as despesas do projeto, sendo assim, é a taxa que permite que o VPL 
possa ser igual a zero. O objetivo principal da TIR é encontrar o valor da taxa de rendimento, 
possui a definição de ser o retorno esperado do investimento, pode ser utilizado como um 
critério de escolha na análise de um projeto. O Payback é utilizado para definir o tempo 
necessário para recuperar o valor investido inicialmente. (CRUZ, 2016) 
Pereira (2008) explica um pouco o significado, importância e a complexidade do TIR: 
“Taxa Interna de Retorno (TIR) é a taxa de juros (desconto) que iguala, em 
determinado momento do tempo, o valor presente das entradas (recebimentos) com o 
das saídas (pagamentos) previstas de caixa. A TIR é usada como método de análise 
de investimentos, onde o investimento será economicamente atraente se a TIR for 
maior do que a taxa mínima de atratividade (taxa de retorno esperada pelo 
investimento). ” (PEREIRA, 2008). 
 
O TIR é um mecanismo utilizado para calcular os descontos futuros do fluxo de caixa e 
auxilia na tomada de decisão, pois os dados obtidos através do TIR demostra a viabilidade 
econômica do empreendimento estudado. Balarine (2003) define o TIR dá seguinte maneira. 
“A solução tradicional de problemas de análise de investimentos em projetos com a 
adoção do método da Taxa Interna de Retorno (TIR) ocorre com o emprego direto de 
sistemas disponíveis em calculadoras financeiras ou em planilhas eletrônicas, sem o 
cuidado de se verificar o conhecimento que existe por trás desses cálculos. Revisando 
os conceitos e processos matemáticos desses cálculos, o presente artigo visa oferecer 
melhor informação a analistas de projetos que, muitas vezes, empregam o método da 
TIR sem dominar tal conhecimento. ” (BALARINE, 2003). 
 
O TIR é calculado de especificamente para área financeira e pode ser obtido através dos 
métodos de tentativa e erro, são cálculos complexo que podem ocorrer erros quando feito 
manualmente, Pereira (2008) utiliza a seguinte método para calcular o TIR: 
“A taxa interna de retorno, apesar de ser consideravelmente mais difícil de calcular à 
mão do que o VPL (Valor Presente Líquido – outro método de análise de 
investimentos) é possivelmente a técnica sofisticada mais usada para a avaliação de 
alternativas de investimentos. Como a TIR é a taxa de desconto que faz com que o 
VPL de uma oportunidade de investimento iguale-se a zero (já que o valor presente 
das entradas de caixa é igual ao investimento inicial), matematicamente, a TIR é 
obtida resolvendo-se a Equação 1 para o valor de k que torne o VPL igual a zero 
(GITMAN, 2002). ” (PEREIRA, 2008). 
 
As equações que Pereira (2008) utiliza para calcular o TIR é a seguintes, a equação 1 
citada por Pereira (2008) é representada na equação 4 já a equação 2 utilizado por Pereira (2008) 
é representado pela equação 5: 
 
𝑉𝐿𝑃 = ∑
𝐹𝐶𝑡
(1 + 𝑇𝐼𝑅)𝑡
𝑛
𝑡=1
− 𝐼0 
32 
 
Equação 4 
 
0 = ∑ = 1
𝐹𝐶𝑡
(1 + 𝑇𝐼𝑅)𝑡
𝑛
𝑡
− 𝐼0 
Equação 5 
Onde: 
FCt –valor presente das entradas de caixa; 
I0 – investimento inicial; 
k – taxa de desconto (igual ao custo de capital de empresa); 
t – tempo de desconto de cada entrada de caixa; 
n – tempo de desconto de ultimo fluxo de caixa. 
 
Pereira (2008) afirma que é possível calcular por tentativa e erro, mas também pode se 
utilizar calculadora financeira ou um computador logo o método utilizando as calculadoras 
financeiras ou computador são os mais eficientes. 
“De acordo com Gitman (2002) a TIR pode ser calculada tanto por tentativa e erro 
como se recorrendo a uma calculadora financeira sofisticada ou a um computador. 
Como será demonstrado a seguir, o cálculo da TIR à mão, empregando-se a Equação 
2, não é um trabalho fácil. ” (PEREIRA, 2008). 
 
É importância de calcular o TIR pois através dele pode se percebe a viabilidade do 
empreendimento. 
 
2.3.3 PAYBACK 
 
Payback ou traduzindo para o português do Brasil é o método que utiliza de equações 
matemáticas para calcular o tempo necessário para “pagar” o investimento feito inicialmente. 
O Cálculo do Payback é relacionado diretamente ao fluxo de caixa, que deve ser planejado com 
extrema delicadeza para que não erros que possa resultar em cálculos futuros errôneo. A 
formula utilizada para calcular o Payback é da seguinte maneira Payback = investimento inicial 
dividido pelo saldo médio do fluxo de caixa (PB=investimento inicial/saldo médio do fluxo de 
caixa). (BATISTA, 2018). 
Lima (2013) apresenta dois topos de Payback Simples e o Descontado a diferença entre 
é que o segundo apresenta o valor do dinheiro no tempo. A vantagem do Payback Simples é a 
simplicidade dos cálculos não existe funções complexas, utiliza basicamente várias subtrações, 
além de ser mais fácil a compreensão dos dados. 
33 
 
Lanna (2012) utiliza a seguinte formula para calcular o Payback Simples, na formula o 
Payback Simples é representado pela sigla (PBS): 
𝑃𝐵𝑆 = ∑(𝐵 − 𝐼)𝑡 = 0
𝑛
𝑡=0
 
Equação 6 
Onde B é os benefícios; I o investimento feito inicialmente; t é o período do tempo e n, 
o horizonte do investimento. 
 
2.3.4 FLUXO DE CAIXA 
O Fluxo de Caixa é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento seguro de uma 
empresa: 
“Para uma boa gestão financeira, é necessária a utilização de ferramentas gerenciais, 
como o Fluxo de Caixa, entre outros, que visam orientar e planejar os recursos 
disponíveis a partir da criação de cenários. Com isso, torna-se possível à identificação 
de necessidades ou oportunidades, para a aplicação dos excedentes de caixa em áreas 
rentáveis da empresa ou em investimentos estruturais. ” (GAZZONI, 2003). 
 
Gazzoni (2003) exemplifica bem a importância do fluxo de caixa ressaltando a 
importância do Fluxo de Caixa na tomada de decisões e o auxílio que o mesmo oferece. Ele 
ainda demostra as composições de um Fluxo de caixa: 
“Os componentes da DFC, de acordo com Frezatti (1997), são: A) - Os fluxos 
operacionais, que corresponde às entradas e saídas relacionadas às atividades 
operacionais da empresa; B) - Os fluxos permanentes, que está ligado aos 
investimentos no ativo permanente da empresa; o fluxo dos acionistas, que indica as 
transações que afetam os mesmos e que são derivadas de decisões de capitalização ou 
de distribuição do lucro ou redução do capital; C) - O fluxo financeiro equivale ao 
somatório dos demais fluxos, onde, no caso de sobra de recursos, ocorre à saída para 
aplicação deste valor no mercado e, no caso de insuficiência de recursos, ocorre à 
entrada por meio de resgate de investimentos, ou por meio de captação de recursos 
com terceiros. O autor apresenta estes elementos em comparação a estrutura proposta 
pelo FASB, cuja comparação é representada na Figura 3. ” (GAZZONI, 2003). 
 
A ilustração que Gazzoni (2003) relata é a seguinte: 
 
Figura 1: Demonstração do Fluxo de Caixa 
34 
 
 
Fonte: Gazzoni (2003) 
A forma de apresentar o Fluxo de caixa é diversa, a Demonstração de Fluxo de Caixa 
(DFC) quando elaborado pelo método direto pode ser feito da seguinte maneira: 
“A DFC, quando elaborada
pelo método direto apresenta dentro do grupo das 
atividades operacionais, primeiro o valor referente à receita pela venda de mercadorias 
e serviços, para, em seguida, subtrair deste os valores equivalentes ao pagamento de 
fornecedores, salários e encargos sociais dos empregados, bem como os impostos e 
outras despesas legais. Além disso, adicionam-se os eventuais dividendos recebidos, 
bem como os recebimentos de seguros. ” (GAZZONI (2003). 
 
A construção do DFC (Demonstração do Fluxo de Caixa) pela metodologia indireta 
pode é representada pela Figura 2: 
Figura 2: Demonstração do Fluxo de Caixa – Método Indireto 
35 
 
 
Fonte: Gazzoni (2003) 
36 
 
3 METODOLOGIA 
Este trabalho foi desenvolvido com finalidade analisar a viabilidade econômica de uma 
possível jazia de argila situada no interior do município de Gurupi estado do Tocantins. O 
procedimento de obtenção de dados foi realizado através de orçamentos de maquinário, revisão 
de leis de tributação e encargos inerente a empresa. 
 
3.1 DESENHO DO ESTUDO (TIPO DE ESTUDO) 
Segundo Costa Rodrigues (2007) este estudo possui características que o enquadra em 
uma pesquisa aplicada onde os conhecimentos são utilizados para aplicação pratica voltados 
para a solução dos problemas apresentado no trabalho. O estudo possui características que se 
assimila a uma modalidade de pesquisa exploratória conforme Costa Rodrigues (2007) 
descreve, pois possui características que proporciona uma certa familiaridade com o problema, 
levantamento bibliográfico e pesquisa bibliográfica ou estudo de caso. 
 
3.2 LOCAL E PERÍODO DE REALIZAÇÃO DA PESQUISA 
 A pesquisa alvo desse estudo foi realizada referente a uma propriedade no situada no 
município de Gurupi - TO, em uma área de aproximadamente 55 ha conhecida como Lagoa do 
arroz a aproximadamente 60 km do centro da cidade. A coleta de dados começou ainda no ano 
de 2019 no mês de setembro ondo auxiliei Carneiro (2019) no levantamento dos dados da jazida 
realizado visitas a secretaria de desenvolvimento econômico do estado do Tocantins, e no ano 
de 2020 a partir foi do mês de março começou o levantamento de orçamentos para compor a 
base de dados para desenvolver o referente estudo sendo recolhido ao longo dos meses de 2020, 
para que ao longo do mês de maio 2020 foi realizado o desenvolvimento do estudo 
 
3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS E ANÁLISE 
O desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso em Engenharia de Minas, foi 
elaborado conforme a seguinte ordem:
37 
 
Fluxograma 1: Estrutura de pesquisa. 
 
Fonte: Autor. 
3.4 DESCRIÇÕES DOS METODOS 
 
3.4.1 Estudo Bibliográfico 
Foi buscado em artigos, revistas, dissertações entre outros materiais científicos já existente que possui relevante informações sobre o 
problema aqui tratado para dá embasamento cientifico para apresentação dos resultados que soluciona a problemática tratada neste estudo. O 
referencial levantado abrangeu assuntos pertinentes a argila, engenharia de minas e estudos de viabilidades os três pilares base para o 
desenvolvimento do estudo econômico de um empreendimento minerário 
38 
 
 
3.4.2 Coleta de dados 
Os dados utilizados no desenvolvimento do estudo foram retirados de pesquisas já 
realizadas por Carneiro (2019) onde foi possível encontrar informações técnicas como 
localização, dimensão da jazida e variação do minério pertinentes a Lagoa do arroz, 
possibilitando assim o desenvolvimento do estudo econômico. Os dados regionais que 
interferem diretamente nas operações mineiras no caso o clima local foi obtido no site Climate-
data.org (2020) onde possui informações sobre a precipitação anual. 
 
3.4.3 Engenharia Econômica 
Para obter o valor do de investimento inicial necessário para a aquisição das maquinas 
necessárias para a operação, foi realizado orçamentos com a empresas que fornecem tais 
equipamentos requisitados para uma mineração básica, também foi consultado os valores na 
tabela fipe tais valores de equipamento. 
Os custos operacionais são levados em consideração todas as despesas de operação que 
vai dês de contratos com operários, gastos com combustíveis, encargos trabalhistas entre outros 
valores que são ligados diretamente a operação do empreendimento. Essas informações são 
fundamentais para a criação do fluxo de caixa 
A criação do fluxo de caixa foi desenvolvida através das junções de todas as informações 
de despesas e receitas provais do empreendimento conforme Gazzoni (2003) relata em seu 
artigo. O fluxo de caixa é o principal instrumento do desenvolvimento do estudo de viabilidade, 
pois é através dele que se pode obter os valores dos mecanismos financeiros fundamentais TIR, 
VPL e Payback 
 
3.4.4 Estudo de Viabilidade 
Com os valores levantado na engenharia econômica do objeto de estudo, foi aplicado 
ao fluxo as variáveis que é relacionado aos cenários descrito a seguir. O cenário pessimista é 
quando o empreendimento é quando as variáveis modificadoras tentem a dificultar a viabilidade 
do empreendimento, no caso foi adicionado um valor de 10% do investimento inicial e custos 
de operações, e redução de 10% no valor do minério comercializado, criando assim um cenário 
pior que o realista calculado. 
O cenário realista é não tem influência de nenhuma variável é somente utilizado os 
dados realista calculado no trabalho, esse cenário é o condis com atual realidade possível para 
o empreendimento e através dele pode se calcular os outros dois cenários. Para estimar o cenário 
39 
 
otimista foi adicionado ao valor do preço de comercialização 10% e reduzido 10% do valor 
inicial dos investimentos previsto e também a redução de 5% dos custos operacionais, criando 
assim um cenário otimista. 
 
40 
 
4 ENGENHARIA ECONÔMICA DA LAVRA 
4.1 REUNIÃO DOS DADOS DA OCORRÊNCIA MINERAL E DO LOCAL DA 
OCORRENCIA 
A ocorrência da substancias de Argilas se encontra no município dentro dos limites do 
município de Gurupi-TO, cerca 251 km de Palmas-TO, saindo de Palmas sentido Paraiso-TO 
seguindo a o trajeto da rodovia TO-080 até a cidade de Paraiso, então de Paraiso segue pela 
BR-153 sentido sul, seguindo pelas cidades de Pugmil, Nova Rosalândia, Fátima, Santa Rita 
do Tocantins, Crixas do Tocantins, Aliança do Tocantins até chegar em Gurupi, em seguida 
pela TO-365 de percorrer por 33 km até entrar uma estrada vicinal a direita, então segue por 25 
km até o local do estudo, Lagoa do Arroz. 
 
Figura 3 – Trajeto de Palmas – TO até a Lagoa do Arroz. 
 
Fonte: Imagem Mapa Google Maps adaptado pelo autor. 
 
Figura 4 – Trajeto de Gurupi até a lagoa do Arroz. 
 
Fonte: Imagem Satélite Google Maps adaptado pelo autor. 
 
Figura 5 – Rota a partir da TO-365 seguindo a estra vicinal até a lagoa do Arroz. 
41 
 
 
Fonte: Imagem Satélite Google Maps adaptado pelo autor. 
 
Figura 6: Local da ocorrência das Argilas dentro da área do perímetro em vermelho. 
 
Fonte: Imagem Mapa Google Maps adaptado pelo autor. 
 
Características climática do município de Gurupi interfere diretamente nas operações 
do empreendimento, pois se trata de uma planície que em épocas de chuva o acumulo de agua 
pode impossibilitar operações na área visando isso é necessário observar qual o período de 
chuva no local e o perigo de estiagem onde pode começar as operações de lavra. Segundo o 
Climate-data.org (2020) os meses de maio, junho, julho, agosto e setembro são os meses mais 
seco do município dados esses obtido entre os anos de 1982 até 2012 sendo que o a diferença 
média entre o mês mais chuvoso e o mês mais seco é de seca de 239 mm. 
 
Figura 7: Dados climatológicos para Gurupi-TO. 
42 
 
 
Fonte: Climate-data.org (2020). 
 
Em pesquisa realizada no por Carneiro (2019) que tinha como objeto de trabalho 
a ocorrência de argila localizado na lagoa do Arroz em Gurupi-TO utilizando o software 
Datamine foi realizado o modelamento 3D possibilitando localizar o corpo de minério
das Argilas. 
Os resultados encontrados por Carneiro (2019) revelam que a área possui 106.216,45 
m³ de argila cinza, 97.174,78 m³ de argila cinza com amarela e 7275,48 m³ de 
decapeamento conforme a tabela 1. Além desses dois tipos de argilas Carneiro (2019) 
diz que possui mais matérias de outras tonalidades, revelando a possibilidade de que 
haja outros tipos de argilas além das duas encontradas por ele. 
Tabela 1: Reservas de argila e quantidade de decapeamento do projeto da lagoa do Arroz em Gurupi-TO. 
TIPO TAMANHO DA RESERVA (M³) 
ARGILA CINZA 106216,45 
ARGILA CINZA COM 
AMARELA 
97174,78 
DECAPEAMENTO 7275,48 
Fonte: Autor. 
 
4.2 CÁLCULO DOS INVESTIMENTOS INICIAL 
Por se tratar de uma localidade com a topograficamente favorável a extração do corpo 
mineralizado Luz e Lins (2008) diz que a lavra pode ser executada por escavadeiras hidráulicas 
e podem contar com o apoio de carregadeiras na produção de médio a pequeno porte. 
A escavadeira orçada para aquisição do empreendimento foi a HYUNDAI – R220LC-
9S representada na Figura 8, é uma escavadeira fabricada no Brasil, equipada com motor diesel, 
possui um sistema de refrigeração do ar de admissão, marca Cummins, modelo Cummins QSB 
6.7 tipo ecológico Tier III, de 06 cilindros com um consumo de 18 litros por hora, sistema de 
refrigeração à água, com injeção eletrônica, potência máxima de 155 HP até 2000 rpm, sistema 
43 
 
elétrico de 2 volts, sobre esteiras. Peso operacional de 21.900 kg, com uma caçamba de 1,2 m³. 
O valor orçado foi de 490.000,00 R$. 
Figura 8: Escavadeira R220LC-9S 
 
Fonte: BMC HYUNDAI. 
A carregadeira selecionada para o empreendimento foi a HYUNDAI – HL740-9S 
representada na figura 9 fabricada no Brasil, equipada com um motor Cummins QSB 6.7 Tier 
III com potência máxima de 145 HP / 2000 rpm com consumo de 12 litros por hora, capacidade 
da caçamba de 2,1 m³, peso operacional de 11.880 kg. O valor orçado foi de 370.00 R$. 
Figura 9: Pá carregadeira modelo HL740-9s 
 
Fonte: BMC HYUNDAI. 
 
O transporte será executado meio de caminhões basculantes da marca Volkswagen 
Constellation 23.230 como motor D08 de 226 cv de potência com consumo de 3,7 km/L, 
segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas tem o preço médio de 279.856,00 R$, 
com caçamba basculante de 16 m³ que seu preço de instalação de 49.500,00 R$. 
Figura 10: Imagem ilustrando aquisição de caminhão da marca Volkswagen 
44 
 
 
Fonte: GOOGLE imagens 
Além dos equipamentos necessários para extração se tem também a necessidade de 
um veículo pequeno para o transporte dos colaboradores até o local do trabalho, O carro 
escolhido foi um Ford Ka 1.5 SE Plus 12V Flex 5p Mec, representado na figura 11, carro 
confortável e com uma média de consumo de combustível de 12 km/L o preço médio de 
54.886,00 R$. 
Figura 11: Ilustração do carro pequeno. 
 
Fonte: GOOGLE imagens. 
 
Por se tratar de um projeto ainda pequeno irei usar apenas um exemplar de cada 
inicialmente para poder obter uma base de cálculo mesmo sabendo que em uma mineração 
45 
 
todos os equipamentos dever conversar entre se para evitar o máximo de gargalos ou 
desperdício de equipamento. 
Ao fim do levantamento dos equipamentos foi possível chegar a um valor de 
1.244.242,00 R$ para aquisição, conforme apresentado na tabela 2 abaixo. 
 
Tabela 2: Custo de aquisição de equipamentos orçado do projeto da lagoa do Arroz em Gurupi-TO. 
EQUIPAMENTOS CONSUMO CAPACIDADE CUSTO TAXA DE 
DEPRECIAÇÃO 
ESCAVADEIRA 18 L/h 1,2 m³ R$ 
490.000,00 
10% 
PÁ 
CARREGADEIRA 
12 L/h 2,1 m³ R$ 
370.000,00 
10% 
CAMINHÃO 3,7 km/L 16 m³ R$ 
329.356,00 
10% 
CARRO 12 km/L 4 passageiros R$ 
54.886,00 
10% 
TOTAL 
 
R$ 
1.244.242,00 
 
Fonte: Autor. 
Além dos equipamentos foi estipulado o valor de 45.000,00 R$ para compra de mobília 
para o escritório e foi estipulado um valor de 3.000,00 R$ para despesas de aluguel, agua e 
energia totalizando um lavor de 36.000,00 R$ por ano. 
 
4.3 CUSTOS OPERACIONAIS. 
Os custos de contratação de um funcionário além do salário do colaborador têm os 
encargos tributários que a empresa tem de pagar para união esses devidos encargos. O método 
de cálculo utilizado para determinar os encargos foi desenvolvido por Zanluca (2019), com base 
salário/hora onde a situação apresentada deve ser adicionada um percentual do Descanso 
Semanal Remunerado, então a base de cálculo deve seguir as seguintes porcentagens 
demostrado na figura abaixo: 
 
Figura 12: Porcentagens dos encargos do projeto da lagoa do Arroz em Gurupi-TO. 
46 
 
 
Fonte: Zanluca (2019). 
 
Com essa base de cálculo é possível obter os custos dos encargos porem as categorias 
possui um salário diferente pois se trata de funções distintas, segundo Silvio Cesar (2020) o a 
hora média do operador de pá carregadeira custa 8,55 por hora sofrendo um acréscimo de 
periculosidade que é de 30% e o adicional de insalubridade é dividido por graus. 1º de 10%, a 
2º de 20 % e a 3º de 40%. 
O salário do operador de escavadeira segundo Silvio Cesar (2020) possui a média de 
9,76 por hora, com o acréscimo de 30% de periculosidade e assim como a da pá carregadeira a 
insalubridade é dividida em três graus diferente, seguindo o mesmo modelo da pá carregadeira. 
Já o salário do motorista de um carro de passeio possui a média de 7,64 por hora as regras de 
periculosidade e insalubridade são a mesma dos anteriores citado. A média de salário de um 
motorista te caminhão é de 8,71 por hora e assim como os casos anteriores citado ele segue as 
mesmas regras para a periculosidade e insalubridade. 
O salário estipulado para o engenheiro de minas e de 25,00 por hora podendo sofrer os 
acréscimos caso seja considerado uma atividade com periculosidade e insalubridade, caso haja 
seguira os padrões anteriores de acréscimos. O contador recebera em torno de 12,5 por hora 
sujeitos as mesmas adições do engenheiro em caso de periculosidade e insalubridade. A 
secretaria recebera um salário de 5,00 por hora sujeito as adições de periculosidade e 
insalubridade. 
 
Tabela 3: Base para cálculo dos salários do projeto da lagoa do Arroz em Gurupi-TO. 
47 
 
FUNÇÃO SALARIO 
POR HORA 
INSALUBRIDADE PERICULOSIADE TOTAL 
OPERADOR DE 
PÁ 
CARREGADEIRA 
R$ 
8,55 
20% Sem 
periculosidade 
 R$ 
10,26 
OPERADOR DE 
ESCAVADEIRA 
R$ 
9,76 
20% Sem 
periculosidade 
 R$ 
11,71 
MOTORISTA DE 
CAMINHÃO 
R$ 
8,71 
20% Sem 
periculosidade 
 R$ 
10,45 
MOTORISTA DE 
CARRO 
PEQUENO 
R$ 
7,64 
20% Sem 
periculosidade 
 R$ 
9,17 
ENGENHEIRO DE 
MINAS 
R$ 
19,00 
20% Sem 
periculosidade 
 R$ 
22,80 
CONTADOR R$ 
9,00 
10% Sem 
periculosidade 
 R$ 
9,90 
SECRETARIA R$ 
5,00 
10% Sem 
periculosidade 
 R$ 
5,50 
Fonte: Autor. 
A base para cálculo do salário demostrada na tabela 3 foi calculada somando os valores 
do salário por hora mais insalubridade que é a porcentagem do salário por hora mais 
periculosidade, totalizando o valor a pagar por hora trabalhada, possibilitando assim calcular o 
gasto anual com a folha de pagamento dos funcionários demostrado na tabela 4. 
Tabela 4: Custo anual com folha de pagamento dos funcionários do projeto da lagoa do Arroz em Gurupi-
TO. 
FUNÇÃO QUANTIDADE VALOR/H CUSTO ANUAL 
OPERADOR DE PÁ 
CARREGADEIRA 
2 R$ 
20,19 
 R$ 
65.404,42 
OPERADOR DE 
ESCAVADEIRA 
2 R$ 
23,04 
 R$ 
74.660,49 
MOTORISTA DE 
CAMINHÃO 
2 R$ 
20,56 
 R$

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