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PAE - Larissa (1)

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EXMO. SR. MINISTRO DE MINAS E ENERGIA – MME 
AGENCIA NACIONAL DE MINERAÇÃO – ANM 
 
 
 
 
 
Ass.: Ofício de encaminhamento 
Identificação: Processo nº 896.717/2009 
 
 
 
 
 
 
 
CERAMICA LIMARTI LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob 
o n° 11.474.284/0001-74, com sede na Rodovia BR 101, km 407, s/n, Bairro Safra, 
Cachoeiro de Itapemirim-ES, encaminha a ANM o Plano de Aproveitamento 
Econômico – PAE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cachoeiro de Itapemirim – ES, 08 de outubro de 2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
________________________________ 
CERAMICA LIMARTI 
EXMO. SR. MINISTRO DE MINAS E ENERGIA – MME 
AGENCIA NACIONAL DE MINERAÇÃO - ANM 
 
 
 
 
Ref.: Processo ANM nº 896.717/2009 
 
Ass.: Apresentação do Plano de Aproveitamento Econômico de Lavra e solicitação 
de Concessão de Lavra 
 
 
 
 
CERAMICA LIMARTI LTDA - ME, com sede na Rodovia BR 101, Km 407, Safra, 
Município de Cachoeiro, Estado do Espírito Santo, inscrita no CNPJ sob o nº 
11.474.284/0001-74, vem requerer a este Ministério, a Concessão de Lavra para 
Argila na área que se refere o processo ANM 896.717/2009, na localidade de Fazenda 
Prates, Município de Itapemirim - ES, referente ao Alvará de Pesquisa n° 2907, 
publicado no DOU em 01/04/2010 cujo Relatório Final de Pesquisa foi aprovado 
conforme publicação no DOU de 20/10/2015, vem apresentar seu Plano de 
Aproveitamento Econômico de Lavra e demais documentos afins, para solicitação da 
Concessão de Lavra, nos termos da Legislação em vigor. 
 
 
Nestes Termos, 
Pede Deferimento 
 
Cachoeiro de Itapemirim, 28 de Setembro de 2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_______________________________________________________ 
CERAMICA LIMARTI LTDA – ME 
 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
CERAMICA LIMARTI LTDA - ME 
 
 
 
 
 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÔMICO – PAE 
 
 
 
 
ARGILA 
 
 
 
 
 
 
 
CERAMICA LIMARTI LTDA - ME 
PROCESSO ANM 896.717/2009 
ALVARÁ Nº 2907/2009 
 
 
 
 
 
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM - ES 
 
 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 6 
2 OBJETIVO ........................................................................................................... 6 
3 HISTÓRICO DO PROCESSO .............................................................................. 6 
3.1 DADOS GERAIS ............................................................................................ 6 
3.2 DADOS DO TITULAR DO PROCESSO ......................................................... 7 
3.3 DADOS DO RESPONSÁVEL TÉCNICO ....................................................... 7 
4 JUSTIFICATIVA TÉCNICO-ECONÔMICA ........................................................... 7 
5 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA ........................................................................... 8 
5.1 HISTÓRICO DO MUNÍCIPIO ......................................................................... 8 
5.2 ÁREA DE INFLUÊNCIA E CARACTERÍSTICA DO ENTORNO .................. 10 
5.3 LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO .......................................................... 11 
6 FISIOGRAFIA .................................................................................................... 12 
6.1 RELEVO ....................................................................................................... 12 
6.2 VEGETAÇÃO ............................................................................................... 12 
6.3 SOLO ........................................................................................................... 13 
6.4 HIDROGRAFIA ............................................................................................ 13 
6.5 CLIMA .......................................................................................................... 14 
6.6 GEOMORFOLOGIA ..................................................................................... 14 
7 MEMORIAL DESCRITIVO ................................................................................. 15 
7.1 GEOLOGIA .................................................................................................. 18 
7.2 GEOLOGIA ECONÔMICA ........................................................................... 19 
7.2.1 TIPO DO MINÉRIO ................................................................................ 19 
7.2.2 GÊNESE DO MINÉRIO ......................................................................... 19 
7.2.3 QUALIDADE DO MINÉRIO ................................................................... 21 
7.2.4 RESERVA MINERAL ............................................................................. 21 
8 PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÔMICO DE LAVRA ............................. 23 
8.1 CONSIERAÇÕES INICIAIS ......................................................................... 23 
8.2 APLICABILIDADE ........................................................................................ 23 
8.3 MÉTODO DE LAVRA ................................................................................... 24 
8.4 ABERTURA DAS VIAS DE ACESSO A LAVRA .......................................... 25 
8.5 OPERAÇÕES DE LAVRA ............................................................................ 25 
8.5.1 DECAPEAMENTO ................................................................................. 25 
8.5.2 DESMONTE .......................................................................................... 25 
8.5.3 CARREGAMENTO E TRANSPORTE ................................................... 26 
8.5.4 ARMAZENAMENTO .............................................................................. 26 
8.6 OPERAÇÕES AUXILIARES DE TRABALHO .............................................. 27 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
8.6.1 VENTILAÇÃO NA MINA ........................................................................ 27 
8.6.2 ENERGIA ELÉTRICA/ILUMINAÇÃO ..................................................... 27 
8.6.3 CAPTAÇÃO DE ÁGUA .......................................................................... 27 
8.6.4 SISTEMA DE DRENAGEM ................................................................... 27 
8.7 FLUXOGRAMA DAS OPERAÇÕES DE LAVRA ......................................... 28 
9 SISTEMAS OPERACIONAIS DA MINA ............................................................. 28 
9.1 DIMENSIONAMENTO DA MÃO-DE-OBRA ................................................. 28 
9.2 REGIME OPERACIONAL DA MINA ............................................................ 29 
9.3 EQUIPAMENTOS ........................................................................................ 29 
9.4 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DOS EQUIPAMENTOS ............................ 30 
9.5 INSTALAÇÕES AUXILIARES E DE APOIO - EDIFICAÇÕES ..................... 31 
9.6 MORADIA E TRANSPORTE DE PESSOAS ................................................ 31 
10 ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA ........................................................ 32 
10.1 INVESTIMENTOS INICIAIS ...................................................................... 32 
10.2 DEPRECIAÇÃO DOS BENS .................................................................... 33 
10.3 AMORTIZAÇÃO ........................................................................................ 33 
10.4 CUSTOS OPERACIONAIS ....................................................................... 34 
10.5 ESTIMATIVA DE VENDA MENSAL .......................................................... 36 
10.6 DESPESAS TRIBUTÁRIAS E INDENIZATÓRIAS .................................... 37 
10.7 CUSTOS TOTAIS ..................................................................................... 37 
10.8 CUSTO UNITÁRIO DE PRODUÇÃO ........................................................ 37 
10.9 PREÇO DE VENDA UNITÁRIO ................................................................38 
10.10 PRODUÇÃO MÍNIMA ............................................................................... 38 
10.11 RECEITA BRUTA TOTAL ......................................................................... 38 
10.12 RECEITA LÍQUIDA TOTAL ....................................................................... 38 
10.13 LUCRO LÍQUIDO ...................................................................................... 39 
10.14 LUCRATIVIDADE ..................................................................................... 39 
10.15 FLUXO DE CAIXA .................................................................................... 39 
10.15.1 ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA ....................................................... 40 
11 IMPACTOS AMBIENTAIS .................................................................................. 40 
11.1 IMPACTOS AMBIENTAIS NA LAVRA DE ARGILA .................................. 40 
11.2 CONTROLE AMBIENTAL ......................................................................... 41 
12 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS .............................. 47 
12.1 CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS..................................................... 47 
12.1.1 RESÍDUO DOMÉSTICO ........................................................................ 48 
12.1.2 RESÍDUO INDUSTRIAL ........................................................................ 50 
13 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS – PGR ............................... 51 
13.1 ANÁLISE DOS POSSÍVEIS RISCOS AMBIENTAIS ................................. 52 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
13.2 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO - A IMPORTÂNCIA DA EXISTÊNCIA E 
DO USO................................................................................................................. 55 
14 PLANO DE RESGATE E SALVAMENTO .......................................................... 57 
14.1 PLANO DE AÇÃO ..................................................................................... 57 
14.2 TREINAMENTO PARA ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR .................. 58 
14.3 ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR ........................................................ 58 
14.4 MEDICAMENTOS PARA ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR ............... 60 
15 PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL – PCMSO
 60 
15.1 OBJETIVO DO PCMSO ............................................................................ 60 
15.2 RESPONSABILIDADES DO EMPREGADOR, MÉDICO E 
FUNCIONÁRIOS ................................................................................................... 61 
15.3 DESENVOLVIMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO PCMSO ...................... 61 
16 PLANO DE FECHAMENTO DE MINA ............................................................... 62 
16.1 EFEITOS DECORRENTES DO FECHAMENTO DE MINA ...................... 63 
16.2 GRUPOS ENVOLVIDOS NO FECHAMENTO DA MINA .......................... 63 
16.3 ETAPAS DO FECHAMENTO DE MINA .................................................... 64 
16.4 PLANO DE FECHAMENTO PARA A MINA DE ARGILA .......................... 64 
16.4.1 SELEÇÃO DAS ESPÉCIES................................................................... 64 
16.4.2 TÉCNICA PARA REVEGETAÇÃO DA ÁREA ....................................... 67 
16.4.3 AQUISIÇÃO DE MUDAS ....................................................................... 67 
16.4.4 PLANTIO ............................................................................................... 67 
16.4.5 MANUTENÇÃO E MONITORAMENTO DA ÁREA ................................ 69 
16.4.6 CUSTOS PARA IMPLANTAÇÃO DO REFLORESTAMENTO .............. 70 
16.5 RESCISÕES CONTRATUAIS .................................................................. 70 
16.6 RETIRADA DOS EQUIPAMENTOS E BENFEITORIAS ........................... 71 
17 CONCLUSÃO .................................................................................................... 71 
ANEXOS ................................................................................................................... 73 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
6 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O Plano de Aproveitamento Econômico de Lavra - PAE corresponde a um projeto que 
aborda os diversos aspectos envolvidos nos processos de extração, beneficiamento 
e comercialização da reserva mineral objetivada. 
 
O presente PAE apresentado tem o intuito de dimensionar a extração do bem mineral 
argila na região Fazenda Prates, apresentando um roteiro das operações que se 
desenvolverão no local, controles ambientais, além de todo suporte de operações 
auxiliares para o bom funcionamento da lavra, do início até o fechamento da mina. 
Salienta-se que o PAE deve conter dados compatíveis com as informados e 
aprovados no Relatório Final de Pesquisa. 
 
O titular do processo já possui Guia de Utilização autorizada em 12/08/2013 e 
renovada em 14/05/2018, vinculada a LO nº 74/2019 emitida pelo Órgão Ambiental 
IEMA através do processo nº 50666983. 
 
2 OBJETIVO 
 
O objetivo deste trabalho é abordar aspectos relacionados aos processos de extração, 
e comercialização de Argila, dimensionando a lavra e apresentando um estudo 
técnico-econômico do aproveitamento da jazida mineral requerida. 
 
3 HISTÓRICO DO PROCESSO 
 
3.1 DADOS GERAIS 
 
 TITULAR/REQUERENTE: Cerâmica Limarti LTDA - ME 
 SUBSTÂNCIA REQUERIDA E ÁREA: Argila - 49,09 ha 
 NÚMERO DO PROCESSO NA ANM: 896.717/2009 
 NÚMERO DO ALVARÁ DE PESQUISA E DATA DE PUBLICAÇÃO DO 
ALVARÁ DE PESQUISA: Alvará nº 2907, publicado em 01/04/2010 
DATA DE APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA: 
02/04/2012 
 DATA DA APROVAÇÃO DO RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA: 20/10/2015 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
7 
 
 
3.2 DADOS DO TITULAR DO PROCESSO 
 
RAZÃO SOCIAL: Cerâmica Limarti Ltda - ME 
CNPJ: 11.474.284/0001-74 
ENDEREÇO: Rodovia BR 101, Km 407, Safra, Cachoeiro de Itapemirim, Estado 
do Espírito Santo 
 
3.3 DADOS DO RESPONSÁVEL TÉCNICO 
 
NOME: Larissa Mendes dos Santos 
CPF: 112.281.476-39 
CREA-ES: 000000/D 
PROFISSÃO: Engenheira de Minas 
Endereço: Avenida Jones dos Santos Neves, nº 1142, Agostinho Simonato, 
Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo 
 
4 JUSTIFICATIVA TÉCNICO-ECONÔMICA 
 
No Brasil a exploração de argila ocorre em função de sua utilização para a construção 
civil. O marco da produção de cerâmica para revestimentos no Brasil teve impulso a 
partir da segunda metade da década de sessenta, com a criação do Sistema 
Financeiro da Habitação e do Banco Nacional da Habitação, toda a indústria nacional 
de materiais e componentes para a construção civil despertou para a possibilidade de 
crescimento. 
 
No início dos anos setenta, as políticas para o desenvolvimento econômico no Sul e 
Sudeste estimularam, o aumento da migração da população para esta região. A 
produção atingiu uma demanda contínua, fazendo com que a indústria cerâmica 
ampliasse significativamente a sua produção, com o surgimento de novas empresas. 
 
No Espírito Santo as principais fábricas de cerâmica estão concentradas no Sul do 
estado. Próximo a área requerida para extração, existem diversas fábricas, de 
pequeno e médio porte, sendo estas os futuros compradores da argila extraída. 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
8 
 
5 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA 
 
5.1 HISTÓRICO DO MUNÍCIPIO 
 
O Município de Itapemirim, anteriormente à criação do município de Cachoeiro de 
Itapemirim, abrangia todo o sul do estado do Espírito Santo até a fronteira com Minas 
Gerais. O município ocupa justamente a região do baixo rio Itapemirim, que com seu 
afluente, o rio Muqui do Norte, tem importância decisiva na vida sócio econômica da 
região. A mais antiga referência sobre povoamento da região do atual município de 
Itapemirim remonta a 1539, quando Pedro da Silveira estabeleceu-se próximo a foz 
do Itapemirim com uma fazenda.Porém, a região permaneceu até ao século XVIII, 
sem nenhuma maior ocupação, vindo esta somente após o célebre ataque dos 
indígenas Puris, em 1771, onde os mineradores da região da Serra do Castelo, em 
fuga, vieram, em parte se estabelecer na foz do Rio Itapemirim. 
 
Dois destes mineradores, Pedro Bueno e Capitão Baltazar Caetano Carneiro, 
adquiriram os direitos de Inácio Cacundo a uma fazenda com engenho de açúcar, que 
fora fundado em torno de 1700 por Domingos de Freitas Bueno Caxangá. Esta 
propriedade, denominada Fazendinha, localizava-se onde atualmente é a Vila de 
Itapemirim. Entre os fugitivos estava o vigário do Arraial de Santa Ana de Castelo 
padre Antônio Ramos e Macedo que trouxe para a então capela da Fazendinha as 
imagens de Nossa Senhora da Conceição, São Benedito, a pia batismal e o sino que 
serviram para a nova paróquia, depois dedicada a Nossa Senhora do Amparo. 
 
A região progrediu com o surgimento de novas fazendas, a concessão de sesmarias 
e a legalização das propriedades, no período final do século XVIII e início do século 
XIX. Toda vida econômica baseava-se na cultura da cana e na produção de açúcar e 
aguardente. O progresso tornou-se tal que, pelo Alvará de 27 de junho de 1815, foi 
criado o município de Vila de Itapemirim, sendo o patrimônio da Câmara demarcado 
pelo Ouvidor José Libano de Souza, numa área de meia légua quadrada e instalada 
a 9 de agosto de 1815. Nesta época havia nove engenhos de açúcar desde a foz do 
Rio Itapemirim até as cachoeiras onde hoje fica a cidade de Cachoeiro de Itapemirim. 
 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
9 
 
A importância da região devia-se a fatores como, grandes propriedades agrícolas 
produtoras de cana-de-açúcar e a posição estratégica da Vila de Itapemirim, que além 
de servir de ponto para escoamento da produção, situava-se no encontro entre a 
chamada Estrada Geral, que unia pelas praias de Vitória ao Rio de Janeiro, e a ligação 
com o interior, especialmente com a estrada do Rubim na Serra do Castelo. Em 1828, 
a Vila de Itapemirim possuía apenas duas lojas de fazendas e três de mantimentos e 
bebidas, havendo uma escola de primeiras letras com doze alunos. O progresso 
regional estava intimamente ligado a produção de cana-de-açúcar e aguardente, 
realizado principalmente por mão de obra escrava. 
 
Em 1852 o porto de Itapemirim era ligado por navegação regular a vapor com Anchieta 
(Benevente), Guarapari, Vitória, Santa Cruz, São Mateus, Caravelas (BA) e exportava 
principalmente o açúcar, a aguardente e o café da região. 
 
No governo de Muniz Freire (1892 a 1896) foi feito um contrato para estabelecer um 
engenho central em Itapemirim, entretanto somente no Governo Jerônimo Monteiro 
(1908 a 1912) houve a efetivação de medida, com a criação da Usina Paineiras, 
destinada a modernizar e ampliar a produção de açúcar, substituindo os velhos e anti-
econômicos engenhos. 
 
No início do século, com o desmatamento do vale, o Rio Itapemirim começou a 
apresentar sérias dificuldades para a navegação devido ao assoreamento de seu leito. 
Também, nesse período, iniciou-se a construção da Estrada de Ferro Itapemirim, que 
ligava o Porto da Barra do Itapemirim até a Usina Paineiras e, posteriormente (1920), 
de Paineiras até Cachoeiro. Com a ligação ferroviária de Cachoeiro de Itapemirim ao 
Rio de Janeiro (1903) a Vitória (1910) e o assoreamento da foz do rio, o porto da Barra 
de Itapemirim, que era o principal e único fator de riqueza no município foi desativado. 
 
Itapemirim também servia de entreposto da Colônia do Rio Novo e a ela era ligado 
por um canal artificial, denominado Canal do Pinto, construído pelo engenheiro Pinto, 
tendo este canal perdendo sua função a partir da construção da Estrada de Ferro do 
Litoral, em 1928, que ligava Rio Novo do Sul a Paineiras, e da Estrada de Ferro 
Itapemirim. Entretanto, com a abertura rodoviária ligando Cachoeiro ao Rio de Janeiro 
e à Vitória, via Rio Novo, a Estrada de Ferro do litoral perdeu sua razão de ser e foi 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
10 
 
extinta. Consequentemente, o Município de Itapemirim ficou isolado do 
desenvolvimento até que muito recente, com as aberturas de vias de comunicação 
(estradas), houve sua reintegração ao progresso regional. 
 
5.2 ÁREA DE INFLUÊNCIA E CARACTERÍSTICA DO ENTORNO 
 
O Município de Itapemirim, de acordo com a divisão regional do Estado do Espírito 
Santo, está situado na região Sul do Espírito Santo. Geograficamente, o município 
encontra-se localizado na latitude 21º00’40” S, longitude 40º50’02”, WGS 84, Zona 
24K, possuindo uma área territorial de aproximadamente 562 km² e distante 122 km 
da capital do estado. O município faz limite com as cidades de Cachoeiro de 
Itapemirim, Rio Novo do Sul, Piúma, Atílio Vivácqua, Presidente Kennedy e Vargem 
Alta. A figura a seguir apresenta a localização do Município em relação ao Estado. 
 
 
Figura 01: Localização do Munícipio 
de Itapemirim no Espírito Santo 
 
De acordo com IBGE (2016), o Município de Itapemirim conta no referido ano com 
cerca de 34.585 habitantes, tendo sua população aumentada em aproximadamente 
11% se comparada com o ano de 2010. 
 
A Vila de Itapemirim, principal centro comercial da região atualmente se encontra bem 
desenvolvida, abrangendo vários setores comerciais, que vão do alimentício ao 
vestuário. Por ser um município localizado próximo ao mar, ganhou destaque e 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
11 
 
apresenta também caráter turístico, tendo como principais praias, Itaóca e Itaipava, 
que recebem milhares de visitantes nas férias de verão. 
 
A rede bancária da cidade conta com as Agências do Banco do Brasil, Bradesco, 
Banestes e Caixa Econômica Federal, que atendem a toda população. 
 
O município ainda conta com uma ampla rede de escolas, que atendem toda 
população urbana e rural, tendo apoio da rede pública para o transporte dos alunos. 
No que diz respeito ao sistema de transporte, a cidade é atendida por duas redes, 
Viação Sudeste (municipal e intermunicipal) e Viação Planeta (intermunicipal). A 
região conta com hospitais de qualidade, em bom estado de conservação e 
assistência médica 24 h, sendo os principais da cidade, Hospital Maternidade Menino 
Jesus e Hospital Santa Helena, atendendo ao SUS - Sistema Único de Saúde e a 
convênios particulares. 
 
Por ser além de tudo, um município turístico, as vias de acesso ao centro da cidade e 
aos distritos e vilarejos se encontram em sua maioria asfaltadas, proporcionando 
conforto aos moradores e visitantes. 
 
5.3 LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO 
 
A área em questão se encontra localizada próxima à Fazenda Prates, Distrito de 
Itapecoá, Município de Itapemirim. Para chegar ao local, o melhor acesso partindo da 
Safra em Cachoeiro de Itapemirim, pela BR 101 Sul em direção a Vitória, na altura do 
Km 407, tomar uma estrada à direita e percorrer pouco mais de 1 km, na primeira 
bifurcação, entrar à direita e percorrer por volta de 3 Km, chegando a porção da área 
de interesse. 
 
 
 
 
 
 
 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
12 
 
 
Figura 01: Localização da Área e vias de acesso. 
 
6 FISIOGRAFIA 
 
6.1 RELEVO 
 
De largura variável, a Baixada Espírito-Santense acompanha toda a costa capixaba, 
da fronteira com a Bahia até o limite com o Rio de Janeiro. Estreita ao sul e alarga-se 
consideravelmente na região norte, ocupando cerca de 40% do território estadual. O 
relevo da região varia de plano a pouco ondulado, com presença de morrotes de topos 
arredondados, às vezes pouco mais angulosos com altitudes chegando até a 90 
metros apresentando pouca declividade. 
 
6.2 VEGETAÇÃO 
 
A região de Itapemirim está situada no Bioma da Mata Atlântica, sendo possível 
verificar alguns fragmentos florestais remanescentes de mata atlântica, bem comode 
restinga, vegetação típica do litoral. Identifica-se também alguns locais que estão 
sendo reflorestados afim de implantação dos chamados corredores ecológicos, 
garantindo assim a preservação de algumas espécies da fauna. Nota-se também na 
região, nas grandes áreas de alagados, faixas de areia que ocupam este município. 
 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
13 
 
Na área onde será desenvolvida a lavra encontra-se predominância de gramíneas, 
principalmente o capim braquiária formando pastagens, o que elimina a necessidade 
da retirada de cobertura vegetal. Encontra-se ainda, pequenos fragmentos florestais 
dispersos ao longo da região, principalmente nos topos de morros e regiões de 
alagados. 
 
6.3 SOLO 
 
Os materiais que dão origem aos solos são basicamente de natureza das rochas 
cristalinas, predominantemente do tipo granito e gnaisses, rochas sedimentares 
terciárias da Formação Barreiras, e sedimentos quaternários fluviais e/ou de origem 
marinha. As rochas cristalinas dominam toda a área de estudo e distribuem-se em 
grandes maciços e morrotes, que sofrem forte ação do intemperismo e dos processos 
de pedogênese, resultando em coberturas pedológicas muito evoluídas em termos 
mineralógicos. No geral, a textura (composição granulométrica) dos solos derivados 
dessas rochas cristalinas graníticas é argilosa. 
 
O solo do tipo Latossolo Vermelho Amarelo textura argilosa domina a cobertura 
pedológica, ocorrendo tanto em relevo de Morrotes, como no relevo de Morros e 
Montanhas rochosas (relevo fortemente ondulado e montanhoso). 
 
6.4 HIDROGRAFIA 
 
Os cursos d’água desempenham papel fundamental na modelação da morfologia das 
regiões, atuando nos processos de erosão, transporte de sólidos e deposição de 
sedimentos. 
 
A localização do empreendimento está prevista para a bacia do rio Itapemirim, que se 
limita ao Norte com a bacia do rio Doce, ao Nordeste com as bacias dos rios Jucu, 
Benevente e Rio Novo, ao sul com a bacia do Itabapoana e ao Leste com o Oceano 
Atlântico. A bacia apresenta uma área de drenagem de 6.014 km2, precipitação média 
de 1.320 mm e vazão média em sua foz 96 m3/s. 
 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
14 
 
Em virtude do relevo, o Município de Itapemirim possui inúmeras lagoas, rios e 
córregos que cortam todo o território do município, e a maioria deságua no principal 
rio que o atravesso, o Rio Itapemirim. 
No que diz respeito aos recursos hídricos locais, cursos d’água sem denominação 
específica rodeiam a área em questão, desembocando no Rio Itapemirim, rio este que 
percorre a parte frontal da área onde está sendo requerida extração de argila. 
 
6.5 CLIMA 
 
As temperaturas médias anuais mínimas e máximas para o município de Itapemirim, 
são de 17,7 oC e 30,1 oC, respectivamente. Em relação às chuvas, a estação 
meteorológica que apresenta dados de longo período de tempo, localizada mais 
próximo ao futuro empreendimento, situa-se em Cachoeiro do Itapemirim, sendo 
operada pelo Instituto Nacional de Meteorologia. O ano hidrológico na região onde 
está Itapemirim começa no mês de outubro, ocorrendo o semestre úmido geralmente 
entre esse mês e março, enquanto que o semestre seco ocorre entre abril e setembro. 
A precipitação pluviométrica anual média é de 1.016 mm, sendo que o mês de 
dezembro apresenta média próxima a 178 mm, enquanto o mês de agosto apresenta 
média de 32 mm. A máxima precipitação de 24 horas foi 168 mm, tendo ocorrido em 
um mês de abril. 
 
6.6 GEOMORFOLOGIA 
 
Na região estudada, em relação à unidade dos Terrenos colinosos, observa-se uma 
nítida tendência natural do terreno e do relevo ao desencadeamento de processos 
erosivos, podendo citar, como agravantes, a forte interferência antrópica com criação 
de gado em áreas com elevada declividade, representadas pela porção inferior das 
vertentes, e ainda a presença de uma cobertura vegetal com gramíneas que durante 
algumas épocas do ano não cobrem de forma adequada todo o solo, deixando 
extensas partes expostas a intempéries. Quanto à instabilidade natural e de maiores 
dimensões, é interessante destacar que em toda a área de estudo e seu entorno não 
são observadas cicatrizes de antigos escorregamentos de vertentes ou abatimento de 
encostas. 
 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
15 
 
A utilização intensiva do terreno com gado tende a compactar o solo e impedir ainda 
mais a infiltração de parte das águas pluviais, aumentando o fluxo de escoamento 
superficial, que, associado à elevada declividade dos terrenos, tende a escavar o solo 
e iniciar processos erosivos. 
 
7 MEMORIAL DESCRITIVO 
 
O memorial descritivo da área apresentado abaixo, se dá de acordo com a aprovação 
do Relatório Final de Pesquisa, na data de 14/05/2005, vinculado a este mesmo 
processo: 
 
 Coordenadas do Ponto de Amarração: 
 
LATITUDE LONGITUDE 
-20º59’38”.588 -40º56’32”.763 
Tabela 01: Coordenadas do ponto de amarração da área requerida. 
 
 Descrição o Ponto de Amarração: Ponto de amarração coincidente com o 
primeiro vértice. 
 
 Comprimento do Vetor de amarração: 0,00 m 
 
 Rumo do Vetor de Amarração: N 
 
 Vértices: 
 Latitude Longitude 
-20°59'38''588 -40°56'32''763 
-20°59'39''454 -40°56'32''763 
-20°59'39''454 -40°56'30''958 
-20°59'40''851 -40°56'30''958 
-20°59'40''851 -40°56'29''666 
-20°59'42''375 -40°56'29''666 
-20°59'42''375 -40°56'28''563 
-20°59'44''182 -40°56'28''563 
-20°59'44''182 -40°56'27''580 
-20°59'45''919 -40°56'27''580 
-20°59'45''919 -40°56'26''475 
-20°59'47''951 -40°56'26''475 
-20°59'47''951 -40°56'25''390 
-20°59'49''915 -40°56'25''390 
-20°59'49''915 -40°56'24''367 
-20°59'51''822 -40°56'24''367 
-20°59'51''822 -40°56'23''022 
-20°59'54''137 -40°56'23''022 
-20°59'54''137 -40°56'21''438 
-20°59'55''342 -40°56'21''438 
-20°59'55''342 -40°56'19''448 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
16 
 
-20°59'56''356 -40°56'19''448 
-20°59'56''356 -40°56'18''351 
-20°59'57''070 -40°56'18''351 
-20°59'57''070 -40°56'17''185 
-20°59'57''807 -40°56'17''185 
-20°59'57''807 -40°56'16''170 
-20°59'58''521 -40°56'16''170 
-20°59'58''521 -40°56'15''030 
-20°59'59''425 -40°56'15''030 
-20°59'59''425 -40°56'13''864 
-21°00'00''257 -40°56'13''864 
-21°00'00''257 -40°56'12''595 
-21°00'01''179 -40°56'12''595 
-21°00'01''179 -40°56'11''173 
-21°00'02''237 -40°56'11''173 
-21°00'02''237 -40°56'10''221 
-21°00'03''107 -40°56'10''221 
-21°00'03''107 -40°56'08''226 
 Latitude Longitude 
-21°00'03''568 -40°56'08''226 
-21°00'03''568 -40°56'05''808 
-21°00'04''003 -40°56'05''808 
-21°00'04''003 -40°56'02''258 
-21°00'04''440 -40°56'02''258 
-21°00'04''440 -40°55'59''326 
-21°00'05''195 -40°55'59''326 
-21°00'05''195 -40°55'53''204 
-21°00'05''749 -40°55'53''204 
-21°00'05''749 -40°55'50''656 
-21°00'04''502 -40°55'50''656 
-21°00'04''502 -40°55'48''859 
-21°00'03''607 -40°55'48''859 
-21°00'03''607 -40°55'47''568 
-21°00'02''972 -40°55'47''568 
-21°00'02''972 -40°55'46''415 
-21°00'02''311 -40°55'46''415 
-21°00'02''311 -40°55'45''423 
-21°00'01''880 -40°55'45''423 
-21°00'01''880 -40°55'43''268 
-21°00'02''440 -40°55'43''268 
-21°00'02''440 -40°55'43''933 
-21°00'02''824 -40°55'43''933 
-21°00'02''824 -40°55'44''695 
-21°00'03''360 -40°55'44''695 
-21°00'03''360 -40°55'45''494 
-21°00'03''921 -40°55'45''494 
-21°00'03''921 -40°55'46''192 
-21°00'04''511 -40°55'46''192 
-21°00'04''511 -40°55'47''161 
-21°00'05''082 -40°55'47''161 
-21°00'05''082 -40°55'47''954 
-21°00'05''759 -40°55'47''954 
-21°00'05''759 -40°55'49''198 
-21°00'06''497 -40°55'49''198 
-21°00'06''497 -40°55'50''317 
-21°00'07''097 -40°55'50''317 
-21°00'07''097 -40°55'54''634 
-21°00'06''568 -40°55'54''634 
 Latitude Longitude 
-21°00'06''568 -40°55'59''451 
-21°00'06''273 -40°55'59''451 
-21°00'06''273-40°56'00''678 
-21°00'05''655 -40°56'00''678 
-21°00'05''655 -40°56'01''879 
-21°00'05''312 -40°56'01''879 
-21°00'05''312 -40°56'03''492 
-21°00'05''111 -40°56'03''492 
-21°00'05''111 -40°56'05''987 
-21°00'04''863 -40°56'05''987 
-21°00'04''863 -40°56'07''184 
-21°00'04''579 -40°56'07''184 
-21°00'04''579 -40°56'08''587 
-21°00'04''305 -40°56'08''587 
-21°00'04''305 -40°56'09''848 
-21°00'03''964 -40°56'09''848 
-21°00'03''964 -40°56'11''403 
-21°00'03''566 -40°56'11''403 
-21°00'03''566 -40°56'12''535 
-21°00'02''341 -40°56'12''535 
-21°00'02''341 -40°56'13''882 
-21°00'01''438 -40°56'13''882 
-21°00'01''438 -40°56'15''324 
-21°00'00''443 -40°56'15''324 
-21°00'00''443 -40°56'16''755 
-20°59'59''405 -40°56'16''755 
-20°59'59''405 -40°56'18''141 
-20°59'58''410 -40°56'18''141 
-20°59'58''410 -40°56'21''326 
-20°59'59''217 -40°56'21''326 
-20°59'59''217 -40°56'24''704 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
17 
 
-20°59'58''367 -40°56'24''704 
-20°59'58''367 -40°56'34''892 
-20°59'57''092 -40°56'34''892 
-20°59'57''092 -40°56'37''795 
-20°59'55''899 -40°56'37''795 
-20°59'55''899 -40°56'39''244 
-20°59'54''325 -40°56'39''244 
-20°59'54''325 -40°56'40''363 
-20°59'52''440 -40°56'40''363 
-20°59'52''440 -40°56'41''888 
-20°59'51''319 -40°56'41''888 
-20°59'51''319 -40°56'43''570 
-20°59'49''735 -40°56'43''570 
 Latitude Longitude 
-20°59'49''735 -40°56'44''892 
-20°59'47''946 -40°56'44''892 
-20°59'47''946 -40°56'46''697 
-20°59'46''824 -40°56'46''697 
-20°59'46''824 -40°56'50''642 
-20°59'46''129 -40°56'50''642 
-20°59'46''129 -40°56'53''147 
-20°59'47''155 -40°56'53''147 
-20°59'47''155 -40°56'55''172 
-20°59'48''276 -40°56'55''172 
-20°59'48''276 -40°56'57''851 
-20°59'49''258 -40°56'57''851 
-20°59'49''258 -40°56'59''741 
-20°59'50''117 -40°56'59''741 
-20°59'50''117 -40°57'02''029 
-20°59'51''099 -40°57'02''029 
-20°59'51''099 -40°57'04''912 
-20°59'51''719 -40°57'04''912 
-20°59'51''719 -40°57'39''485 
-20°59'50''798 -40°57'39''485 
-20°59'50''797 -40°57'43''658 
-20°59'49''831 -40°57'43''658 
-20°59'49''831 -40°57'46''151 
-20°59'48''538 -40°57'46''151 
-20°59'48''538 -40°57'47''980 
-20°59'47''170 -40°57'47''980 
-20°59'47''170 -40°57'49''238 
-20°59'45''641 -40°57'49''238 
-20°59'45''641 -40°57'50''327 
-20°59'41''230 -40°57'50''327 
-20°59'41''230 -40°57'49''500 
-20°59'42''396 -40°57'49''500 
-20°59'42''396 -40°57'48''647 
-20°59'43''774 -40°57'48''647 
-20°59'43''774 -40°57'47''798 
-20°59'44''829 -40°57'47''798 
-20°59'44''829 -40°57'46''718 
-20°59'46''076 -40°57'46''718 
-20°59'46''076 -40°57'45''535 
-20°59'47''055 -40°57'45''535 
-20°59'47''055 -40°57'43''887 
-20°59'48''341 -40°57'43''887 
-20°59'48''341 -40°57'41''902 
-20°59'48''924 -40°57'41''902 
 Latitude Longitude 
-20°59'48''924 -40°57'38''814 
-20°59'49''339 -40°57'38''814 
-20°59'49''340 -40°57'33''291 
-20°59'49''830 -40°57'33''291 
-20°59'49''830 -40°57'06''369 
-20°59'49''195 -40°57'06''369 
-20°59'49''195 -40°57'03''357 
-20°59'48''466 -40°57'03''357 
-20°59'48''466 -40°57'01''532 
-20°59'47''676 -40°57'01''532 
-20°59'47''676 -40°56'59''962 
-20°59'46''846 -40°56'59''962 
-20°59'46''846 -40°56'58''237 
-20°59'46''143 -40°56'58''237 
-20°59'46''143 -40°56'56''452 
-20°59'45''277 -40°56'56''452 
 
 Latitude Longitude 
-20°59'45''277 -40°56'54''326 
-20°59'44''412 -40°56'54''326 
-20°59'44''412 -40°56'52''352 
-20°59'43''713 -40°56'52''352 
-20°59'43''713 -40°56'50''246 
-20°59'42''942 -40°56'50''246 
-20°59'42''942 -40°56'47''919 
-20°59'42''002 -40°56'47''919 
-20°59'42''002 -40°56'45''165 
-20°59'41''114 -40°56'45''165 
-20°59'41''114 -40°56'42''919 
-20°59'40''248 -40°56'42''919 
-20°59'40''248 -40°56'41''213 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
18 
 
-20°59'39''477 -40°56'41''213 
-20°59'39''477 -40°56'38''987 
-20°59'38''588 -40°56'38''987 
-20°59'38''588 -40°56'32''763 
 
 
 
Figura 03: Poligonal Da ANM 
 
7.1 GEOLOGIA 
 
Na área de intervenção, as rochas do Complexo Paraíba do Sul, que se encontram 
presentes, referem-se às rochas gnáissicas que em grande parte dos afloramentos já 
se apresentam parcialmente alteradas ou decompostas. Cabe observar que em 
grande parte da área essas rochas não se encontram afloradas, mas apenas em sub 
superfície, ou nos locais ao longo das baixadas e drenagens. 
 
Perfurações realizadas confirmaram que não existe um pacote de rochas gnáissicas 
imediatamente em sub superficie nas partes mais elevadas, mas apenas a maiores 
profundidades, o que garante que na parte interna dos morros se tenham apenas solos 
e rochas decompostas. Praticamente em todos os trechos das planícies que compõem 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
19 
 
esta unidade já ocorreram retilinizações dos cursos de água tornando-as mais 
propícias ao aproveitamento agrícola. Do ponto de vista geotécnico, as rochas locais, 
embora alteradas, apresentam-se maciças, não suscetíveis a rebaixamentos, 
conferindo ao local um suporte de fundação geotécnica suficientemente seguro. Com 
o aumento da profundidade, uma nítida redução dos teores de areia e uma acentuada 
elevação do percentual de argila é observado. 
 
7.2 GEOLOGIA ECONÔMICA 
 
7.2.1 TIPO DO MINÉRIO 
 
Entende-se por minério, toda formação de um ou mais minerais rochosos, que 
apresentam condições técnicas, operacionais e econômicas para serem lavrados. 
 
O minério de interesse contido na área estudada, é conhecido comercialmente como 
argila vermelha e será lavrado a céu aberto na forma de tiras e em blocos ou painéis. 
 
 
Figura 05: Representação, meramente ilustrativa, do bem 
mineral. 
 
7.2.2 GÊNESE DO MINÉRIO 
 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
20 
 
A argila pode ser definida como material terroso, de granulação muito fina, que quando 
umidecida na presença de água, adquire plasticidade. Mineralogicamente as argilas 
são compostas por caulinita/haloisita, illita e montmorilonita, e por vezes também são 
encontrados quartzo, mica, feldspato, óxido de ferro, carbonatos e matéria orgânica. 
 
Graças aos argilominerais, as argilas na presença de água desenvolvem uma série 
de propriedades além da plasticidade, tais como: resistência mecânica, retração linear 
de secagem e compactação. 
 
Como a argila surge através dos processos de intemperismo e sedimentação das 
partículas do solo, e estes processos ocorrem em regiões com características 
climáticas, hídricas e de solos diferentes das demais, ocorrem desta maneira argilas 
com tonalidades e outras particularidades na classificação: argila natural, é a que foi 
extraída e limpa, e que pode ser utilizada em seu estado natural, sem a necessidade 
de adicionar outras substâncias; argila refratária, a que adquire este nome em função 
de sua qualidade de resistência ao calor; caulim ou argila da china, classificada como 
argila primária e utilizada na fabricação de massas para porcelanas. É de coloração 
branca e funde a 1800°C - pouco plástica, só deve ser moldada em moldes ou formas; 
argilas de bola, são argilas secundárias muito plásticas, de cor azulada ou negra, 
apresenta alto grau de contração tanto na secagem quanto na queima; argilas para 
grês, são aquelas que apresentam grão fino, é plástica, sedimentária e refratária, 
vitrificando-se entre 1250 - 1300°C; argilas vermelhas, são plásticas com alto teor de 
ferro e resistem a temperaturas de até 1100°C, onde, sua coloração é avermelhada 
escuro, e quando úmida chega quase ao marrom; bentonita, é um tipo de argila 
vulcânica muito plástica, contém mais sílica do que alumínio e se origina das cinzas 
vulcânicas, além de apresenta uma aparência e tato gorduroso. 
 
Durante o seu processo de queima nas cerâmicas, podem adquirir cores como branca 
e vermelha. A cor de queima branca deve-se aos baixos teores de ferro e outros 
elementoscorantes, característica rara, tornando-as escassas. De queima vermelha 
possui altos teores de ferro, sendo utilizada, sobretudo, para a fabricação de telhas e 
tijolos para a construção civil, além de objetos para decoração de jardins, ou de casas. 
 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
21 
 
7.2.3 QUALIDADE DO MINÉRIO 
 
O minério presente na área de interesse, a argila, passou por caracterização e se 
apresenta na forma de grãos finos (fração argila < 0,005 mm) e coloração 
avermelhada, ideal para produção de cerâmica. Em profundidade apresenta 
mudanças não muito significativas na coloração, ficando mais clara, adquirindo 
coloração rosada no sentido descendente. 
 
7.2.4 RESERVA MINERAL 
 
Reserva é a quantidade de uma dada substância, apta a ser lavrada, em função de 
estudos econômicos, podendo ser classificadas em Reserva Medida, Indicada e 
Inferida. 
 
Para explicar cada tipo, será citada a aplicação do Código de Mineração (ANM 1987, 
pág. 103): 
 
 Reserva medida: a tonelagem de minério computado pelas dimensões 
reveladas em afloramentos, trincheiras, galerias, trabalhos subterrâneos e 
sondagens, e na qual o teor é determinado pelos resultados de amostragem 
pormenorizada, devendo os pontos de inspeção, amostragem e medida estar 
tão proximamente espacejados e o caráter geológico tão bem definido que as 
dimensões, a forma e o teor da substância mineral possam ser perfeitamente 
estabelecidos. A tonelagem e o teor computados devem ser rigorosamente 
determinados dentro dos limites estabelecidos, os quais não devem apresentar 
variação superior, ou inferior a 20% (vinte por cento) da quantidade verdadeira; 
 
 Reserva indicada: a tonelagem e o teor do minério computados parcialmente 
de medidas e amostras específicas, ou de dados da produção, e parcialmente 
por extrapolação até distância razoável com base em evidências geológicas; 
 
 Reserva inferida: estimativa feita com base no conhecimento dos caracteres 
geológicos do depósito mineral, havendo pouco ou nenhum trabalho de 
pesquisa. 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
22 
 
 
Após a execução dos trabalhos de mapeamentos geológicos, abertura de trincheiras, 
amostragem, a tabulação e o cálculo da reserva foram efetuados em função da 
característica do depósito, registrado na ANM sob o nº 896.717/2009, cuja área 
desmembrada abrangeu parcialmente as reservas contempladas no estudo referente 
ao Relatório de Final de Pesquisa aprovado pela ANM em 20/10/2015. Os valores da 
reserva medida ao longo da área encontram-se a seguir: 
 
Massa Total de Minério 
 
Volume de argila total: 900.000 m³ 
ρ argila = 1,6 ton/m³ 
Massa total de minério: 
𝑚 = 𝑉 𝑥 𝜌 
𝑚 = 900.000 𝑚³ 𝑥 1,6 𝑡𝑜𝑛/𝑚³ 
𝒎 = 𝟏. 𝟒𝟒𝟎. 𝟎𝟎𝟎 𝒕𝒐𝒏 
 
Cálculo da Vida Útil da Mina 
 
Para o cálculo da vida útil da mina, é necessário calcular a Escala de Produção a ser 
adotada no empreendimento, podendo variar para mais ou para menos de um mês 
para o outro, em decorrência de vários fatores que podem proporcionar condições 
adequadas ou adversas às atividades de extração, além da demanda atual do 
mercado consumidor: 
 
Produção mensal estimada: 4000 ton/mês 
Meses trabalhados no ano: 12 
 
𝐸𝑠𝑐𝑎𝑙𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 = 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙 𝑥 12 
𝐸𝑠𝑐𝑎𝑙𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 = 4000 𝑡𝑜𝑛/𝑚ê𝑠 𝑥 12 
𝑬𝒔𝒄𝒂𝒍𝒂 𝒅𝒆 𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖çã𝒐 = 𝟒𝟖𝟎𝟎𝟎 𝒕𝒐𝒏/𝒎ê𝒔 
 
Considerando um aproveitamento para o bem mineral de 90%, obtém-se a Reserva 
Lavrável: 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
23 
 
 
𝑅𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎 𝐿𝑎𝑣𝑟á𝑣𝑒𝑙 = 90% 𝑥 900.000 
𝑅𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎 𝐿𝑎𝑣𝑟á𝑣𝑒𝑙 = 90% 𝑥 900.000 𝑚³ 
𝑹𝒆𝒔𝒆𝒓𝒗𝒂 𝑳𝒂𝒗𝒓á𝒗𝒆𝒍 = 𝟖𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎 𝒎³ 
 
Dessa forma, a vida útil da mina é determinada pela razão entre o valor da reserva 
lavrável e a escala de produção anual: 
 
𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙 = 
𝑅𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎 𝐿𝑎𝑣𝑟á𝑣𝑒𝑙 (𝑚3)
𝐸𝑠𝑐𝑎𝑙𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 (𝑚3/𝑎𝑛𝑜)
 
𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙 = 
810.000 𝑚³
30000 𝑚3/𝑎𝑛𝑜
 
𝑽𝒊𝒅𝒂 Ú𝒕𝒊𝒍 = 𝟐𝟕 𝒂𝒏𝒐𝒔 
 
8 PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÔMICO DE LAVRA 
 
8.1 CONSIERAÇÕES INICIAIS 
 
Um dos últimos procedimentos para regularização de uma jazida e passagem para a 
fase de lavra e aproveitamento mineral é a apresentação do Plano de Aproveitamento 
Econômico de Lavra, onde neste trabalho são apresentadas dentre outros 
esclarecimentos, o método de lavra, a viabilidade do empreendimento, a capacidade 
técnica e financeira para executar o projeto como apresentado à fiscalização e os 
controles ambientais implantados. 
 
8.2 APLICABILIDADE 
 
A atividade de mineração tem como consequência a modificação do meio ambiente, 
e observando isso, a aplicação do Plano de Aproveitamento Econômico de Lavra 
busca desenvolver adequadas técnicas de lavra com objetivo otimizar os resultados, 
ou seja, aumentar a produção, reduzir a degradação e maximizar o valor presente 
líquido. 
 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
24 
 
8.3 MÉTODO DE LAVRA 
 
A escolha do método de lavra é uma das decisões mais importantes que são tomadas 
durante o estudo de viabilidade econômica de um projeto de mineração. Na fase de 
planejamento, a seleção é baseada em critérios geológico, social, geográfico e 
ambiental, todavia as condições de segurança e higiene devem ser garantidas durante 
toda a vida útil da mina. Os aspectos relativos à estabilidade da mina e a produtividade 
máxima também devem ser considerados. 
 
A seleção do método de lavra é um dos principais elementos em qualquer análise 
econômica de uma mina e sua escolha permite o desenvolvimento da operação. 
Numa etapa de maior detalhe, pode constituir-se como fator preponderante para uma 
resposta positiva do projeto. A seleção imprópria tem efeitos negativos na viabilidade 
da mina. 
 
Selecionado o método, este deve ser seguro e produzir condições adequadas para os 
funcionários, fomentar a redução dos impactos causados ao meio ambiente, permitir 
condições de estabilidade durante a vida útil da mina, ser flexível adaptando às 
diversas condições geológicas e à infra-estrutura disponível, permitindo atingir a 
máxima produtividade reduzindo o custo unitário. 
 
O método de lavra a ser adotado se encontra totalmente relacionado ao 
dimensionamento do empreendimento, uma vez que a escolha dos equipamentos e 
número de funcionários ocorrerá de acordo com a demanda e a escala de produção. 
 
Para extração do bem mineral argila, o método de lavra escolhido será a céu aberto 
em forma de tiras e blocos. Buscando otimizar os trabalhos, a lavra será realizada em 
conjunto com a recuperação ambiental, de forma que o capeamento não será 
transportado para um bota-fora ou pilhas de estéril, mas depositado diretamente nas 
áreas adjacentes já lavradas. O estéril do bloco posterior será utilizado para 
recomposição da área já minerada. 
 
Os trabalhos se desenvolvem da seguinte forma: 
 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
25 
 
a) Retirada do solo fértil, parte mais superior do solo; 
b) Decapeamento e remoção da camada de estéril proveniente da cobertura, com 
o auxílio de um trator; 
c) Extração da argila na forma de tiras e em blocos, isto é, minerado o bloco 1, 
posteriormente é separado o capeamento do bloco 2, o minério é lavrado e o 
estéril gerado vai para o interior da cava do bloco 1, e o capeamento do bloco 
1 retorna para o lugar de origem, e assim sucessivamente até completar o ciclo. 
 
A deposição do estéril na cava faz com que este método seja de alta produtividade e 
de custo mais baixo. 
 
8.4 ABERTURA DAS VIAS DE ACESSO A LAVRA 
 
Para acesso a área onde será desenvolvida a lavra de argila, não será necessário 
realizar aberturas, visto que as aberturas já existem no local, onde as estradas se 
encontram não pavimentadas e relativamente largas, com trechosvariando entre 4,5 
e 9 metros de largura, o que permite o trafego dos equipamentos até o local. 
 
Visando manter as boas condições das vias, a empresa deverá realizar drenagem na 
estrada e construir caixas secas, afim de evitar a erosão e as más condições da 
estrada, o que poderia paralisar a produção. 
 
8.5 OPERAÇÕES DE LAVRA 
 
8.5.1 DECAPEAMENTO 
 
A atividade de decapeamento tem como finalidade a retirada de estéril para exposição 
do minério viabilizando as atividades seguintes de desmonte, carregamento e 
transporte. Este processo é de suma importância para o desenvolvimento da mina e 
sistemas de drenagem. 
 
8.5.2 DESMONTE 
 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
26 
 
O desmonte que será realizado na lavra de argila é o desmonte mecânico, realizado 
com auxílio de retroescavadeiras, que além de desmontar o material, realizará a 
operação de carregamento dos caminhões. 
 
O desmonte mecânico pode ser aplicado nos setores de mineração, escavação de 
terra e construção civil. O uso de mineradores de superfície na mineração permite o 
desmonte de rochas sem o emprego de explosivos, possibilitando a mineração em 
locais próximos a zonas urbanas, uma vez que não causa perturbações (vibrações). 
Os principais benefícios alcançados na utilização de mineradores de superfície em 
mineração estão relacionados com a substituição das operações de perfuração, 
detonação, carregamento e britagem primária pela operação de corte, que traz 
vantagens como, aumento da capacidade total do sistema, redução no custo 
operacional e várias operações podem ser executadas por um único equipamento, 
possibilitando uma coordenação, planejamento, despacho e manutenção mais fáceis. 
 
8.5.3 CARREGAMENTO E TRANSPORTE 
 
As operações de carregamento e transporte consistem em carregar os caminhões e 
transportar o material extraído da jazida até diferentes pontos de descarga. Os locais 
de extração e remoção são denominados frentes de lavra ou áreas de escavação. 
 
Os caminhões são direcionados até uma determinada frente de lavra, onde os 
equipamentos de carga (retroescavadeiras) que estão alocados nas frentes retiram o 
material e carregam os caminhões. Estes, já carregados, transportam o material sem 
paradas até um determinado ponto de descarga e em seguida retornam para a frente 
de lavra, repetindo as mesmas operações na sequência. É importante que a 
capacidade dos caminhões seja a mesma, uma vez que caminhões com capacidades 
diferentes podem gerar filas nas frentes de lavra, por exemplo, caminhões de 
capacidades reduzidas ficam esperando um caminhão de maior capacidade encher 
totalmente a caçamba. 
 
8.5.4 ARMAZENAMENTO 
 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
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27 
 
O armazenamento do material se dará nos pátios das fabricas de cerâmica, 
compradores da matéria-prima argila. 
 
8.6 OPERAÇÕES AUXILIARES DE TRABALHO 
 
As operações aqui descritas tem como objetivo dar suporte ao desenvolvimento dos 
operações na mina e oferecer condições ideais de trabalho aos funcionários. 
 
8.6.1 VENTILAÇÃO NA MINA 
 
Como a e extração do bem mineral se dará a céu aberto, não será necessário a 
instalação de ventilação, visto que o local já tem ventilação natural. 
 
8.6.2 ENERGIA ELÉTRICA/ILUMINAÇÃO 
 
Se tratando de zona rural, no local não há energia elétrica, assim, as instalações 
elétricas serão realizadas para atender os galpões de apoio e realizar a iluminação do 
local no período noturno. Como a atividade ocorre somente no período diurno, não 
será necessário iluminação artificial. O fornecimento de energia será realizado pela 
concessionária mais próxima. 
 
8.6.3 CAPTAÇÃO DE ÁGUA 
 
O empreendimento se encontra próximo ao Rio Itapemirim, de onde será captada a 
água utilizada no empreendimento. A água será utilizada com finalidade de consumo 
humano (uso doméstico) e lavagem dos galpões somente quando necessário. Como 
o uso é mínimo, cerca de 0,16 m³/dia, totalizando 3,52 m³/mês, será realizado 
Cadastro de Uso Insignificante das Águas junto a AGERH - Agencia Estadual de 
Recursos Hídricos, onde a captação de água não passará de 1,5 L/s. 
 
8.6.4 SISTEMA DE DRENAGEM 
 
Serão instalados nas partes inferiores dos taludes, canaletas de drenagem em solo 
escavado, realizando a ligação entre as caixas secas escavadas. Em possibilidade do 
próprio solo não drenar a água, esta será retirada da praça por meio de bombeamento. 
 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
28 
 
8.7 FLUXOGRAMA DAS OPERAÇÕES DE LAVRA 
 
A seguir é apresentado fluxograma referente as operações de lavra do bem mineral 
argila, tendo inicio no desmonte e terminando do descarregamento do material na 
empresa compradora. 
 
 
 
Figura 06: Fluxograma da sequências das operações de lavra. 
 
9 SISTEMAS OPERACIONAIS DA MINA 
 
9.1 DIMENSIONAMENTO DA MÃO-DE-OBRA 
 
A empresa não necessitará de extensa mão-de-obra, visto que se trata de um 
empreendimento de pequeno porte, onde cada função terá seus operadores. Para a 
coordenação da lavra, será nomeado um Engenheiro de Minas, que atuará como 
responsável técnico e realizará visita a lavra duas vezes por semana e sempre que 
solicitado. Como o engenheiro não trabalhará de forma presencial durante toda a 
semana, será contratado um Encarregado, que será responsável por organizar as 
operações de lavra. As demais funções, juntamente com o encarregado terão jornada 
de trabalho semanal. Abaixo, relação de profissionais: 
 
FUNÇÃO QUANTIDADE 
Engenheiro de Minas 1 
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29 
 
Operador de Retroescavadeira 1 
Motorista de Caminhão Basculante 2 
Encarregado de Mina 1 
Vigias Noturnos 2 
TOTAL 7 
Tabela 03: Relação de funcionários do empreendimento. 
 
9.2 REGIME OPERACIONAL DA MINA 
 
As atividades no local da mina terão duração de 40 horas semanais, obedecendo os 
seguintes horários descritos abaixo: 
 
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO 
DIA DA 
SEMANA 
ENTRADA SAÍDA 
INTERVALO DE 
ALMOÇO 
TOTAL DE HORAS 
TRABALHADAS 
Segunda-feira 07:00 17:00 11:00 - 12:00 8 
Terça-feira 07:00 17:00 11:00 - 12:00 8 
Quarta-feira 07:00 17:00 11:00 - 12:00 8 
Quinta-feira 07:00 17:00 11:00 - 12:00 8 
Sexta-feira 07:00 16:00 11:00 - 12:00 8 
TOTAL 40 
Tabela 04: Horário de Funcionamento do empreendimento. 
 
Salienta-se que os trabalhadores terão 15 minutos para descanso e café no período 
da tarde, não descontados da contabilidade para as horas trabalhadas. 
 
9.3 EQUIPAMENTOS 
 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
30 
 
Os trabalhos são programados com base nos quantitativos a serem desmontados, 
assim, os equipamentos e o seu dimensionamento foram escolhidos de forma a suprir 
os valores estimados de produção, 4000 toneladas/mês: 
 
EQUIPAMENTOS QUANTIDADES 
OPERAÇÃO DE LAVRA 
DESEMPENHADA 
RETRO ESCAVADEIRA JCB 4CX 1 
Desmonte Mecânico e 
Carregamento 
Caminhão Volkswagen 31320 (6X4) - 
Caçamba Basculante - Truck 
2 Transporte de Argila 
Tabela 05: Relação de Equipamentos para realização da atividade. 
 
9.4 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DOS EQUIPAMENTOS 
 
Retroescavadeira JCB 4CX 
 
 
Figura 06: Imagem meramente ilustrativa Retroescavadeira 
 
 Motor Diesel Turbo de 100 HP 
 Caçamba Dianteira tipo 6x1 igual a 1,2 m3 
 Caçamba Traseira de 30” 
 Profundidade de Escavação de 4,45 m; 
 Transmissão Powershift de Pá-Carregadeira 
 Tração e Direção nas 4 rodas 
 Diferencial Dianteiro e Traseiro de Patinagem Limitada 
 Cabine Fechada com Ar Condicionado 
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31 
 
 
Caminhão Volkswagen 31320 (6X4) - Caçamba Basculante - Truck 
 
 
Figura 07: Imagem meramente ilustrativa Caminhão Basculante 
 Motor Diesel 
 Tanque com capacidade para 275 litros de combustível 
 Caçamba com capacidade para 12 m³ 
 Pistão Frontal 
 03 Eixos 
 CabineFechada com Ar Condicionado 
 
9.5 INSTALAÇÕES AUXILIARES E DE APOIO - EDIFICAÇÕES 
 
Para apoio a atividade realizada, será construído nas dependências do 
empreendimento as seguintes edificações: 
 
 Um almoxarifado para estoque de material (EPI, insumos da produção, etc.); 
 Um galpão para servir de refeitório e instalações sanitárias para os 
trabalhadores e visitantes; 
 Um galpão para garagem e para funcionamento de oficina mecânica de 
manutenção e pequenos reparos dos equipamentos. 
 
9.6 MORADIA E TRANSPORTE DE PESSOAS 
 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
32 
 
Os funcionários serão preferencialmente moradores do entorno, contemplando o 
Município de Itapemirim (interior) e Rio Novo do Sul, ou seja, terão residência fixa nas 
proximidades do empreendimento, o que descarta a necessidade de moradia no local. 
 
Para o transporte dos trabalhadores, a empresa deverá contratar um veículo 
licenciado para tal atividade, que ficará responsável por conduzir os funcionários até 
a lavra no início do expediente e também, de retornar com os mesmos para os pontos 
de coleta no final da tarde ao término do expediente diário. 
 
Os funcionários que optarem por trafegar com veículos próprios deverão assinar um 
termo de responsabilidade junto a empresa alegando e se responsabilizando por tal 
opção. 
 
10 ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA 
 
A análise de mercado é uma das etapas mais importantes da elaboração do plano, nessa 
etapa é que o empreendedor faz o estudo do composto de mercado, cliente, fornecedores 
e concorrentes. Os clientes não compram apenas produtos, mas soluções para algo que 
precisam ou desejam, assim o empreendedor pode identificar essas soluções conhecê-
los melhor. 
 
Essas informações serão úteis para determinar o investimento inicial e as despesas do 
negócio. 
 
 
 
10.1 INVESTIMENTOS INICIAIS 
 
Todo empreendimento a ser instalado requer investimentos iniciais que viabilizem o 
início das atividades. Abaixo, se encontram descritos os investimentos necessários: 
 
INVESTIMENTOS INICIAIS 
DESCRIÇÃO QTDE 
VALOR UNIT 
(R$) 
VALOR TOTAL 
(R$) 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
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33 
 
RETRO ESCAVADEIRA JCB 
4CX 
1 R$ 286.180,00 R$ 286.180,00 
CAMINHÃO VOLKSWAGEN 
VW 31320 (6X4) - Caçamba 
Basculante - Truck 
2 R$ 90.000,00 R$ 180.000,00 
Limpeza da área 1 R$ 400,00 R$ 400,00 
Instalação de Energia Elétrica 1 R$ 1000,00 R$ 1000,00 
Sistema de Captação de Água 1 R$ 600,00 R$ 600,00 
Edificações e Infraestrutura 
(refeitório, banheiros e galpões) 
1 R$ 20.000,00 R$ 20.000,00 
Conjunto de Ferramentas 
auxiliares 
1 R$ 2.000,00 R$ 2.000,00 
Outros 1 R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 
TOTAL R$ 495.180,00 
Tabela 06: Investimentos Iniciais 
 
10.2 DEPRECIAÇÃO DOS BENS 
 
DEPRECIAÇÃO DOS BENS 
ESPECIFICAÇÃO QTDE 
INVESTIMENT
O (R$) 
TAXA DE 
DEPRECIAÇ
ÃO ANUAL 
(%) 
TAXA DE 
DEPRECIAÇ
ÃO MENSAL 
(%) 
ANOS 
DEPRECIAÇÃ
O MENSAL 
(R$) 
RETRO 
ESCAVADEIRA JCB 
4CX 
1 
R$ 
286.180,00 
15 1,25 10 R$ 3577,25 
CAMINHÃO 
VOLKSWAGEN VW 
31320 (6X4) - 
Caçamba Basculante 
- Truck 
2 
R$ 
180.000,00 
10 0,83 10 R$ 1.494,00 
Conjunto de 
Ferramentas 
auxiliares 
1 R$ 2.000,00 2 0,17 10 R$ 3,40 
TOTAL MENSAL 
R$ 
468.180,00 
 R$ 5.074,65 
TOTAL ANUAL R$60.895,80 
Tabela 07: Depreciação dos Bens. 
 
10.3 AMORTIZAÇÃO 
 
AMORTIZAÇÃO 
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34 
 
ESPECIFICAÇÃO QTDE INVEST (R$) 
TAXA DE 
AMORT. 
ANUAL (%) 
TAXA DE 
AMORT. 
MENSAL 
(%) 
ANOS 
AMORT. 
MENSAL 
(R$) 
Construção Civil 1 R$ 20.000,00 4 0,333 29 R$ 66,00 
TOTAL ANUAL R$ 792,00 
Tabela 08: Amortização dos Bens. 
 
10.4 CUSTOS OPERACIONAIS 
 
Os custos operacionais se dividem em Custos Fixos e Custos Variáveis e se referem 
a itens como, salário dos funcionários, gastos com energia elétrica, EPI’s, 
combustível, entre outros dos quais dependem o funcionamento das atividades do 
empreendimento Assim, para fins de cálculo, os seguintes valores serão 
considerados: 
 
 
 
 DIÁRIO SEMANAL MENSAL ANUAL 
DIAS TRABALHADOS -- 5 22 264 
HORAS TRABALHADAS 8 40 176 2.112 
PRODUÇÃO ESTIMADA 
(TON) 
181,82 909,1 4.000 48.000 
Tabela 09: Dias e horas trabalhados e produção estimada em dias, semanas, meses e anos. 
 
Dentro dos custos operacionais, temos os custos fixos, aqueles cuja variação não é 
afetada pelo volume total de produção ou de venda, sendo o maior custo fixo é o 
salário descrito abaixo: 
 
 
 
SALÁRIOS 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
35 
 
FUNÇÃO QUANTIDADE 
SALÁRIO 
(R$) 
TOTAL DOS 
SALÁRIOS (R$) 
Engenheiro de Minas 1 R$ 4.000,00 R$ 4.000,00 
Operador de Retroescavadeira 1 R$ 1.350,00 R$ 1.350,00 
Motorista de Caminhão Basculante 2 R$ 1.200,00 R$ 2.400,00 
Encarregado de Mina 1 R$ 1.800,00 R$ 1.800,00 
Vigias Noturnos 2 R$ 880,00 R$ 1.760,00 
TOTAL MENSAL 7 R$ 11.310,00 
TOTAL MENSAL COM ENCARGOS R$ 13.316,19 
Tabela 10: Descrição dos salários dos funcionários da mineração. 
 
Os encargos não recaem sobre o salário do Engenheiro de Minas, visto que este não 
tem vínculo empregatício com a empresa. 
 
Outros custos fixos estão descritos na tabela abaixo, juntamente com os salários e 
demonstram o total dos custos fixos mensais: 
 
 
CUSTOS FIXOS TOTAL 
Contabilidade R$ 150,00 
Transporte de Funcionários R$ 300,00 
Salários R$ 13.316,19 
Lanche R$ 1.078,00 
EPI R$ 1.014,00 
TOTAL R$ 15.858,19 
Tabela 11: Descrição dos custos fixos totais. 
 
Referente aos custos variáveis, aqueles que variam com o volume de produção e 
venda, temos os custos com combustível e manutenção, entre outros: 
PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÕMICO - PAE 
CERÂMICA LIMARTI 
36 
 
 
EQUIPAMENTOS – COMBUSTÍVEL 
DESCRIÇÃO QTDE 
HORAS/ 
DIA 
CONS. 
DIESEL/ 
DIA 
VALOR 
DIESEL/L 
(R$) 
MANUT./ 
HORA 
MANUT./ 
DIA 
VALOR 
DIESEL /DIA 
(R$) 
RETRO 
ESCAVADEIRA JCB 
4CX 
1 9 126 R$ 3,29 R$ 0,20 R$ 1,80 R$ 410,76 
CAMINHÃO 
VOLKSWAGEN VW 
31320 (6X4) - 
Caçamba 
Basculante – Truck 
2 5 73,92 R$ 3,28 R$ 1,10 R$ 11,00 R$ 242,46 
TOTAL R$ 635,22 
TOTAL MÊS 22 R$ 13.917,84 
TOTAL ANUAL 
R$ 
163.034,15 
Tabela 12: Descrição dos custos com combustível e manutenção. 
 
 
CUSTOS VARIÁVEIS TOTAL 
Energia (TE + ICMS + PIS + CONFINS) R$ 115,00 
Combustível (Diesel) R$ 13.917,84 
TOTAL R$ 14.032,84 
Tabela 13: Descrição dos custos variáveis 
10.5 ESTIMATIVA DE VENDA MENSAL 
 
Adotando o preço de venda médio do bem mineral argila como R$17,00, temos que a 
estimativa de venda mensal é de: 
 
PRODUÇÃO 
 
QTDE 
(T) 
UNIT R$ TOTAL MENSAL (R$) 
TOTAL ANUAL 
(R$) 
Argila 4000 R$ 17,00 R$ 68.000,00 R$ 816.000,00 
Tabela 14: Estimativa de produção 
 
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10.6 DESPESAS TRIBUTÁRIAS E INDENIZATÓRIAS 
 
A empresa é optante do Simples Nacional, portanto a alíquota a ser descontada do 
faturamento bruto é de 7,8%. A CFEM (Compensação Financeira pela Exploração 
Mineral) será de 2%. 
 
Com base na estimativa de venda mensal, calcula-se as despesas tributárias sobre o 
valor: 
 
 Alíquota - 7,8% da receita bruta: 68.000,00 x 7,8% = R$ 5.304,00 
 CFEM - 2% do faturamento líquido resultante da venda do produto mineral: R$ 
(68.000,00 – 5.304,00) x 2% = R$ 1.253,92 
 
Total dos tributos é de R$ 6.557,92 
 
10.7 CUSTOS TOTAIS 
 
Os custos total conforme dito anteriormente, são formados pelo somatório dos Custos 
Fixos e Custos Variáveis, de forma que, os custos total são: 
 
CUSTOS TOTAIS 
 MENSAL (R$) ANUAL (R$) 
CUSTOS FIXOS (R$) R$ 15.858,19 R$ 190.298,28 
CUSTOS VARIÁVEIS (R$) R$ 14.032,84 R$ 168.394,08 
TOTAL R$ 29.891,03 R$ 358.692,36 
Tabela 15: Custos Totais 
10.8 CUSTO UNITÁRIO DE PRODUÇÃO 
 
Para saber o custo de produção unitário, deve-se realizar o rateio dos custos. A seguir, 
os cálculos para descobrir o custo deprodução (por tonelada produzida): 
 
𝑅𝑎𝑡𝑒𝑖𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑓𝑖𝑥𝑜𝑠 = 
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑓𝑖𝑥𝑜𝑠 (𝑎𝑛𝑜)
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 (𝑎𝑛𝑜)
 
𝑅𝑎𝑡𝑒𝑖𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑓𝑖𝑥𝑜𝑠 = 
190.298,28
48.000 𝑡
 
𝑅𝑎𝑡𝑒𝑖𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑓𝑖𝑥𝑜𝑠 = 𝑅$ 3,96 
 
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𝑅𝑎𝑡𝑒𝑖𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑓𝑖𝑥𝑜𝑠 = 
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠 (𝑎𝑛𝑜)
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 (𝑎𝑛𝑜)
 
𝑅𝑎𝑡𝑒𝑖𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠 = 
168.394
48.000𝑡
 
𝑅𝑎𝑡𝑒𝑖𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠 = 𝑅$ 3,50 
 
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 / 𝑡𝑜𝑛𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎 = 𝑅$ 3,96 + 3,50 
𝑪𝒖𝒔𝒕𝒐 𝒅𝒆 𝒑𝒓𝒐𝒅𝒖çã𝒐 / 𝒕𝒐𝒏𝒆𝒍𝒂𝒅𝒂 = 𝑹$ 𝟕, 𝟒𝟔 
 
10.9 PREÇO DE VENDA UNITÁRIO 
 
A partir de pesquisas realizadas nas lavras mais próximas, determinou-se que o preço 
de venda por tonelada de argila será de R$ 17,00. 
 
10.10 PRODUÇÃO MÍNIMA 
 
Assim, a produção mínima (Pmin) para que o valor de venda unitário pague os custos 
totais é: 
 
𝑃𝑚𝑖𝑛 = 
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠 (𝑚ê𝑠)
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎/𝑡𝑜𝑛
 
𝑃𝑚𝑖𝑛 = 
29.891,03
17,00
 
𝑷𝒎𝒊𝒏 = 𝟏. 𝟕𝟓𝟖, 𝟑𝟎 𝒕𝒐𝒏𝒆𝒍𝒂𝒅𝒂𝒔/𝒎ê𝒔 
 
 
10.11 RECEITA BRUTA TOTAL 
 
Para o cálculo da Receita Bruta Total, tem-se: 
 
𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑎 (𝑚ê𝑠) = 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑈𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 𝑥 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 
𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑎 (𝑚ê𝑠) = 17,00 𝑥 4.000 
𝑹𝒆𝒄𝒆𝒊𝒕𝒂 𝑩𝒓𝒖𝒕𝒂 (𝒎ê𝒔) = 𝑹$ 𝟔𝟖. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 
 
10.12 RECEITA LÍQUIDA TOTAL 
 
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Para o cálculo da Receita Líquida Total, tem-se: 
 
𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 (𝑚ê𝑠) = 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑎 − 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 
𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 (𝑚ê𝑠) = 68.000,00 − 6.557,92 
𝑹𝒆𝒄𝒆𝒊𝒕𝒂 𝑳𝒊𝒒𝒖𝒊𝒅𝒂 (𝒎ê𝒔) = 𝑹$ 𝟔𝟏. 𝟒𝟒𝟐, 𝟎𝟖 
 
10.13 LUCRO LÍQUIDO 
 
Para o cálculo do lucro líquido, devemos trabalhar com os seguintes elementos abaixo 
relacionados: 
 
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 (𝑚ê𝑠) = 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 − 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 = 61.442,08 − 29.891,03 
𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑳í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 = 𝑹$ 𝟑𝟏. 𝟓𝟓𝟏, 𝟎𝟓 
 
 
 
 
10.14 LUCRATIVIDADE 
 
A lucratividade é um indicador que demonstra a eficiência operacional de uma 
empresa. Ela é expressa como um valor percentual, que indica a proporção dos 
ganhos de uma empresa com relação ao trabalho que ela desenvolve: 
 
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑎𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
 𝑥 100 
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑎𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 
18.675,58
53.200.00
 𝑥 100 
𝑳𝒖𝒄𝒓𝒂𝒕𝒊𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = 𝟑𝟓, 𝟏𝟎 % 
10.15 FLUXO DE CAIXA 
 
O fluxo de caixa é o primeiro passo para a análise financeira e deve projetar, para 
períodos futuros, todas as entradas e as saídas de recursos financeiros. O objetivo é 
verificar a saúde financeira do negócio a partir de análise e obter uma resposta clara 
sobre as possibilidades de sucesso do investimento e do estágio atual da empresa. 
 
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10.15.1 ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA 
 
O referido fluxo de caixa deste empreendimento se encontra anexo a este trabalho. 
Em análise dos resultados observa-se uma TIR - Taxa Interna de Retorno de 64,7%, 
e um VA - Valor Atual com taxa mínima de atratividade de 23%, com um valor de 
873.477,00. Tais resultados mostram um retorno satisfatório para a implantação da 
atividade, visto que a TIR encontrada foi maior que a taxa mínima de atratividade, o 
empreendimento terá um rápido retorno de seus investimentos 
 
11 IMPACTOS AMBIENTAIS 
 
O aparecimento de áreas degradadas pode estar ligado a duas fontes de origem, as 
ações antrópicas e as causas naturais. As ações do homem sobre a natureza geram 
uma gama diversificada de agressões ao meio ambiente, a partir da introdução de 
substâncias, ou energias capazes de causar danos à saúde humana, aos recursos 
biológicos e sistemas ecológicos e ao uso futuro dos recursos naturais, assumindo 
diferentes proporções, de acordo com a sua intensidade, periodicidade e elementos 
do ecossistema envolvidos. A sua recuperação ou o retomo do sítio degradado a sua 
forma racional de utilização, implica no desenvolvimento e implantação de sistemas 
de manejo ambiental que nos levem à conservação do ecossistema de acordo com 
um plano preestabelecido para o seu uso. 
 
As degradações originadas por causas naturais envolvem enchentes, incêndios, 
terremotos, entre outros, e sendo assim, toda ação que degrada o meio ambiente, 
causa um impacto ambiental, ou seja, altera as propriedades físicas, químicas ou 
biológicas de um dos componentes do meio ambiente, de tal sorte que afetam a saúde 
e o bem-estar da população, as atividades sociais e econômicas, as condições e a 
qualidade dos recursos ambientais. Assim, poderíamos dizer que, a degradação 
ocorre quando a vegetação e fauna originais são destruídas, removidas ou expulsas, 
ou quando a camada fértil do solo for perdida, removida ou enterrada e a qualidade 
de vazão do sistema hídrico for alterada. 
 
11.1 IMPACTOS AMBIENTAIS NA LAVRA DE ARGILA 
 
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Na mineração de argila constata-se pouca geração de resíduos, sendo eles 
resultantes, geralmente, da remoção do capeamento superficial (solo) e, mais 
subordinamente, da retirada de camadas estéreis intercaladas ao pacote de minério 
argiloso. 
 
O volume de resíduos gerado está condicionado às relações de mineração 
(estéril/minério). Em decorrência do baixo valor do minério argiloso, são lavradas 
jazidas com baixa relação estéril/minério, geralmente com valores inferiores 0,25, isto 
é, para cada tonelada de argila são removidos menos de 0,25 tonelada de materiais 
estéreis. Os materiais descartados na frente de lavra são constituídos por sedimentos 
de natureza mais ou menos arenosa e quando utilizados, destinam-se à pavimentação 
de acessos internos na mina e ao reafeiçoamento do relevo das áreas impactadas 
pela mineração, em trabalhos de estabilização e preenchimentos de cavas já lavradas, 
método esse que será utilizado com o estéril da mina neste empreendimento. 
 
A mineração de argila por ser praticada em empreendimentos de pequeno porte e 
envolver, basicamente, processos de remoção de materiais sólidos provoca, de forma 
geral, impactos ambientais restritos, são eles: 
 
 Desmatamento da vegetação nativa; 
 Emissão de material particulado; 
 Poluição do solo a partir da geração de lixo; 
 Poluição das águas; 
 Esgotos a céu aberto; 
 Emissão de ruídos; 
 Impactos na topografia causados pela lavra; 
 Construção de moradias em locais inadequados. 
Além dos impactos negativos, existe também o impacto positivo, o socioeconômico, a 
partir da geração de emprego e renda para os moradores do entorno ao 
empreendimento, e a possibilidade de crescimento da região. 
 
11.2 CONTROLE AMBIENTAL 
 
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O método de lavra adotado para a jazida de argila consiste no decapeamento 
progressivo a medida que avança a lavra e na recobertura concomitante da cava 
anterior em operações conjuntas. 
 
O estéril proveniente da camada da cobertura localizada abaixo da camada de solo 
fértil (gerado no bloco seguinte) será utilizado na recuperação do bloco minerado 
anteriormente, recobrindo a cava e recompondo topograficamente o terreno, seguindo 
o mesmo critério para os demais blocos. Tal ação visa a recomposição topográfica 
similar ao relevo original, procurando garantir a estabilidade do solo e taludes, 
promover o controle da erosão, os aspectos paisagísticos e estéticos e o uso futuro. 
 
Após a recuperação topográfica, o solo fértil retirado do primeiro bloco retorna ao local 
de origem, passando por uma etapa de aragem para recuperar-se da compactação 
sofrida. Assim, a geração de estérilnão acarretará problema ambientais, pois será 
utilizada como método auxiliar para recuperação da área. Futuramente, neste mesmo 
trabalho será descrito no Plano de Fechamento de Mina, o uso futuro da área 
recuperada. A seguir, representação esquemática do método lavra e recuperação. 
 
Além do método de lavra escolhido já visar a recuperação da área minerada, algumas 
medidas de controle serão desenvolvidas no local para mitigar os impactos listados 
anteriormente. São eles: 
 
 Controle da emissão do material particulado 
 
Para controle da emissão de partículas de poeira, será realizado a aspersão de 
água nos trechos mais utilizados para circulação de equipamentos com jatos 
de mangueira ou ainda caminhões pipa equipados com saída de aspersão, e 
ainda, a velocidade dos caminhões será controlada e as vias de circulação 
devidamente sinalizadas. 
 
 Controle da emissão de ruídos 
 
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Para controle da poluição sonora os operários farão o uso de protetor auricular 
e os equipamentos serão mantidos sempre regulados por meio de manutenção 
periódica. 
 
 Controle de resíduos sólidos 
 
Para controle da disposição errada de resíduos sólidos, será implantado nas 
dependências do empreendimento, baias de segregação de resíduos, coberta, 
de piso impermeabilizado, mureta de contenção e placas de identificação, além 
das lixeiras de coleta seletiva. 
 
 Impactos causados pela erosão 
 
Para controle dos impactos causados pela erosão, será implantado sistema de 
drenagem composto por canaletas e caixas secas, além de que, os taludes 
formados após a extração serão estabilizados. 
 
 Impactos causados pelos efluentes 
 
Para controle dos impactos causados pela geração de efluentes, próximo a 
oficina mecânica será instalado uma caixa separadora de água e óleo (SSAO) 
e em local mais afastado será instalado o sistema de tratamento de efluentes 
domésticos, composto por fossa, filtro anaeróbio e sumidouro. Os dois sistemas 
de tratamento estão dispostos abaixo: 
 
Sistema Separador de Água e Óleo - SSAO 
 
O sistema separador de água e óleo SSAO destina-se a separar o óleo contido na 
água residuária proveniente da lavagem e operações com veículos e/ou peças de 
veículos e máquinas contaminados com óleo que se acumulam na superfície da 
lâmina líquida. Os produtos oleosos têm sempre densidade menor do que as águas, 
logo se acumulam dentro do separador na superfície líquida onde deverão ser 
retirados manualmente ou por bomba de sucção e encaminhada à caixa coletora de 
óleo. 
 
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O SSAO é projetado para operar por gravidade, portanto é de fundamental 
importância que seus dispositivos de saída (Calha coletora de óleo e saída de 
efluentes) estejam desobstruídos e livres para o escoamento. 
 
O sistema poderá ser cilíndrico ou retangular, podendo ser em alvenaria ou em anéis 
de concreto pré-moldado, sendo composto de caixa de areia seguida do sistema 
separador de líquidos (Caixas separadoras de água e óleo). 
 
 
Figura 08 - Esquema da planta baixa do SSAO 
 
Tratamento Proposto para Efluentes Domésticos 
 
O local em que o empreendimento estará situado, no município de Itapemirim, não 
possui redes de tratamento de esgoto fato que acarretará na necessidade de 
implantar-se um sistema de tratamento desse efluente. 
 
O número de funcionários para o empreendimento, em seu turnos de trabalho diurno 
será de 07 funcionários, conforme explanado anteriormente. 
 
A presente proposta de tratamento de efluente visa atender ás exigências Estaduais 
e Municipais, bem como às Normas NBR 7.229/93 e NBR 13.969/97 da ABNT, diante 
do déficit sanitário, constata-se a necessidade por sistemas locais e simplificados, de 
coleta e tratamento dos efluentes. Este tipo de sistema conjuga baixos custos de 
implantação e operação, simplicidade operacional, e sustentabilidade do sistema 
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como um todo. Foram consultadas as Tabelas da NBR 7.229/93 e Tabelas da NBR 
13.969/97 da ABNT. 
 
O sistema ora apresentado, para atender aos parâmetros de tratamento exigidos pela 
legislação, é o Sistema Anaeróbico constituído de Tanque Séptico complementado 
por Filtro Anaeróbico e desinfecção através de Clorador de Pastilhas (conforme 
sugerido pela NBR 13.969/97). 
 
TANQUE SÉPTICO 
 
Os tanques sépticos são unidades pré-moldadas ou moldadas “in locu”, de forma 
cilíndrica, de fluxo horizontal destinadas ao tratamento primário de efluentes, que 
cumprem com as seguintes funções: 
 
 Separação gravitacional da escuma e dos sólidos, em relação ao liquido 
afluente, vindo os sólidos a se constituir em lodo; 
 Digestão anaeróbia e liquefação parcial do lodo; 
 Armazenamento do lodo. 
 
No tanque séptico, os sólidos sedimentáveis presentes no efluente afluente vão ao 
fundo do tanque, passando a constituir uma camada de lodo, enquanto que os óleos, 
graxas e outros materiais leves presentes flutuam até a superfície do tanque, vindo a 
formar uma camada de escuma. O líquido, após remoção desse material, torna-se 
clarificado. 
 
O material orgânico retido no fundo do tanque sofre uma decomposição facultativa e 
anaeróbia e é convertido em compostos mais estáveis como CO2, CH4 e H2S. O H2S 
geralmente não provoca problemas de odor. 
 
O tanque séptico atua como um decantador primário de efluentes e como um digestor 
de lodos. Além disso, realiza certo tratamento que é característico do meio séptico. 
Pela ação séptica, as partículas gelatinosas constituintes dos sólidos em suspensão, 
de difícil separação do meio líquido, são transformadas em partículas granulares 
discretas, cuja separação da massa líquida é relativamente fácil. Esse fenômeno se 
dá devido aos processos anaeróbios que ocorrem no lodo e na escuma, produzindo 
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um intercâmbio de partículas parcialmente digeridas entre o fundo do tanque e a 
superfície do líquido. 
 
A eficiência de um tanque séptico é constatada em função das porcentagens de 
remoção de sólidos em suspensão e também de DBO. Em média, espera-se de um 
tanque séptico, satisfatoriamente operado, cerca de 60% na redução de sólidos em 
suspensão, cerca de 70% da carga de óleos e graxas e em torno de 50% da carga de 
DBO, o que é insatisfatório, em termos de padrões de lançamento. 
 
Por este fato, esta prevista uma unidade de tratamento à jusante do tanque, para 
adequação aos parâmetros de lançamento. Esta unidade é constituída por um filtro 
anaeróbio de fluxo ascendente. 
 
FILTRO ANAERÓBIO 
 
Os filtros anaeróbios se caracterizam pela presença de material empacotamento 
estacionário, no qual os sólidos biológicos podem aderir ou ficar retidos nos 
interstícios. A massa de microorganismos aderida ao material suporte, ou retida em 
seus interstícios, degrada o substrato contido no fluxo de efluentes e, embora a 
biomassa se solte esporadicamente, o tempo médio de residência de sólidos no reator 
é usualmente superior a 20 (vinte) dias. 
 
A finalidade do meio suporte é reter sólidos no interior do reator, tanto através do 
biofilme que se forma na superfície do material suporte, quanto através da retenção 
de sólidos nos interstícios do meio ou abaixo deste. No caso de filtros de fluxo 
ascendente, o líquido é introduzido pela base, fluindo através de uma camada filtrante 
e sendo descartado pela parte superior. 
 
Tal configuração é indicada, sobretudo, para águas residuais de baixa concentração, 
uma vez que maiores cargas podem provocar, em curtos intervalos de tempo, a 
acumulação de biomassa no fundo dos reatores, com consequente entupimento ou 
formação de caminhos preferenciais. 
 
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Em situações em que os filtros

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