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Aula 05 DIREITO CONSTITUCIONAL - Introdução

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DIREITO CONSTITUCIONAL - PRINCIPAIS NOÇÕES
A Constituição da República Federativa do Brasil é a Lei fundamental e suprema do país.
Foi promulgada em 5 de outubro de 1988, isto é, a Assembléia Constituinte, formada por Deputados Federais e Senadores, eleitos pela população brasileira, escreveu e aprovou uma nova Constituição, que também pode ser chamada de Carta Constitucional.
Ela é a sétima versão na história da República. A promulgação da Constituição de 1988 marcou o início da consolidação da democracia, após anos da ditadura militar.
São avanços importantes da Constituição de 1988:
· SUS como sistema único de saúde no país;
· Voto facultativo para cidadãos entre 16 e 17 anos;
· Maior autonomia para os Municípios
· Garantia de demarcação de terras indígenas;
· Lei de Proteção ao Meio Ambiente;
· Garantia de aposentadoria para trabalhadores rurais sem precisarem ter contribuído com o INSS;
· Fim da censura a emissoras de rádio e TV (peças de teatro, jornais, revistas, entre outros);
· Redução do mandato presidencial de cinco para quatro anos.
A Classificação das Constituições
Há diversas formas doutrinárias de se classificar as Constituições:
· Quanto à origem: será outorgada quando imposta por um ditador ou um grupo de pessoas, sem a participação do povo (caso das Constituições brasileiras de 1824, 1937 e a de 1969.); considera-se democrática ou promulgada quando elaborada com participação popular, na forma da democracia direta (plebiscito ou referendo) ou de democracia representativa, em que o povo escolhe os seus representantes – Assembléia Constituinte – e estes elaboram a Constituição. Foram constituições promulgadas, no Brasil, a de 1891, a de 1934, a de 1946 e a atual (de 1988). Obs: A Constituição de 1967 autoproclamou-se promulgada. O Congresso que a votou pretendeu Ter recebido poderes constituintes do movimento militar de 1964
· Quanto à estabilidade: será imutável quando não puder sofrer modificações em seu texto; considera-se rígida quando exige um processo especial para modificação de seu texto, mais difícil do que o processo de elaboração das demais leis do ordenamento; entende-se como flexível quando permite modificação em seu texto pelo mesmo processo legislativo de alteração das demais leis; 
OBS: Aproveitar e explicar a diferença entre Emenda na Constituição, Lei Complementar, Lei Ordinária, Medida Provisória e Lei Delegada
· Quanto ao extensão: sintética: é aquela constituição reduzida, concisa. Ex: constituição Americana de 1787. Analítica: é uma constituição extensa, prolixa, assim como a brasileira.
A Constituição Federal Brasileira de 1988 é classificada como: Promulgada, Rígida e Analítica.
A Constituição Brasileira – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Os princípios fundamentais apresentam a estrutura básica do Estado brasileiro – são suas vigas mestras. Estão previstos no Título I da Constituição Federal de 1988 e compreendem: 
· forma de governo, 
· forma de Estado, 
· regime político, 
· fundamentos, 
· separação dos poderes, 
· objetivos fundamentais e 
· princípios de relações internacionais.
O artigo 1º da Constituição Federal de 1988 assim está redigido: “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político”.
As colunas básicas da Constituição Federal são: a Federação (forma de Estado) e a República (forma de governo).
Forma de Estado da Constituição Brasileira: Federação
Em um Estado federado, há repartição territorial do poder, gerando vários entes autônomos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal).
É uma forma de organização fundada na independência recíproca das províncias, que se transformaram em estados-membros, elevando-se à categoria de estados próprios, unicamente ligados pelo vínculo da mesma nacionalidade e da solidariedade dos grandes interesses da representação e da defesa exterior. 
É uma união de estados que, no que se congregam, estatuem uma só pessoa de direito, ao qual se subordinam, através da União, conservada a sua autonomia.
A forma federativa possui características básicas :
Descentralização política: em sua organização política, a República Federativa é formada pela União (ente central) e pelos Estados, Distrito Federal e Municípios (entes descentralizados).
Autonomia dos entes federativos: capacidade de autogoverno (o povo do respectivo ente federado escolhe os seus representantes); capacidade de autoadministração (há uma repartição de competências administrativas); capacidade de auto-organização (cada ente federado tem a liberdade, dentro dos limites constitucionais, de estabelecer a própria estrutura por meio de constituições estaduais e leis orgânicas; capacidade legislativa (cada ente federado tem poder para elaborar as próprias leis, dentro das regras de “repartição de competências” estabelecidas na CF).
Não se admite o direito de separação ou secessão. Um estado-membro não pode desligar-se dos demais entes federados.
Existência de um órgão legislativo que represente os estados-membros na União. No caso, o Senado Federal, que representa os Estados e o Distrito Federal.
Forma de governo da Constituição Brasileira: República
 Uma República é uma forma de governo onde um representante, normalmente chamado presidente, é escolhido pelo povo para ser o chefe de estado, podendo ou não acumular com o poder executivo. A forma de eleição é normalmente realizada por voto livre secreto, em intervalos regulares, variando conforme o país.
Uma monarquia é um regime de governo em que o chefe de Estado é o monarca. O poder é transmitido ao longo da linha sucessória. Há os princípios básicos de hereditariedade e vitaliciedade. Pode haver algumas exceções, como no caso do Vaticano e da Polônia nos séculos XVII e XVIII, o chefe de Estado é eleito, mas ambos são considerados monarquias.
Anarquismo é uma palavra que deriva da raiz grega αναρχία — an (não, sem) e archê (governador). De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja livremente aceita defendendo tipos de organizações horizontais e libertárias.
Regime Político da Constituição Brasileira: Democracia
O parágrafo único da Constituição Federal deixa explícita a ideia de democracia como regime político adotado no Brasil: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.
Nesse sentido, o povo é a fonte primária de todo o poder. A democracia repousa na ideia de que o poder pertence ao povo, consagrando a soberania popular. A forma de governo tem como finalidade organizar politicamente um Estado, portanto são características básicas (Fábio Tavares Sobreira, 2014):
· Representatividade: o povo escolhe seus representantes;
· Eletividade: a escolha é feita através de voto, de eleições;
· Periodicidade: o representante exerce mandato temporário (4 anos);
· Responsabilidade: dever de probidade administrativa;
· Soberania Popular: o poder emana do povo e por ele é exercido.
São espécies de Democracia:
1. Direta, na qual o povo decide diretamente as matérias, sem a existência de intermediários;
2. Representativa, em que o povo elege seus representantes, que, em nome do povo, tomas as decisões;
3. Semidireta (ou participativa), que é uma combinação das anteriores, pois há uma democracia representativa com mecanismos de democracia direta, por meio de plebiscito, referendo e iniciativa popular.
No Brasil, adota-se a democracia semidireta. Apenas a fim de complementação, seguem algumas definições:
· Plebiscito: A população é consultada sobre o que se deve fazer sobre certo assunto;
· Referendo: A população é questionada sobre matéria legislativa já pronta;
· Iniciativa Popular: Ocorre quando a população apresenta à Câmara dos Deputadosprojeto de lei.
REGIMES POLÍTICOS: CLASSIFICAÇÃO
- Critério: detenção/atribuição do poder
REGIMES POLÍTICOS: CLASSIFICAÇÃO
- Critério: distribuição dos poderes (legislativo, executivo e judicial)
Princípios Fundamentais – Artigo 1º da Constituição
Embora este seja apenas um resumo de Direito Constitucional, acho imprescindível que o conteúdo tenha um olhar mais atento aos cinco primeiros artigos da Constituição Federal. Eles são fundamentais para entender Direito Constitucional no Brasil. Por isso, vamos lá!
São fundamentos da República Federativa do Brasil, previsto na Constituição:
1. A soberania;
2. A cidadania;
3. A dignidade da pessoa humana;
4. Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
5. O pluralismo político.
A Soberania é o poder político que detém o Estado para, internamente, impor a própria vontade e impedir a imposição de vontades externas. 
A Cidadania consiste no direito do cidadão de participar da vida política do Estado, bem como de usufruir dos direitos fundamentais do Estado.
A Dignidade da pessoa humana determina que todos, independentemente de qualquer situação, têm de ser tratados de forma digna. A ideia central parte do disposto no inciso III do artigo 5º da CF, que determina que ninguém será submetido a tratamento desumano ou degradante.
Os Valores sociais do trabalho e da livre-iniciativa referem-se ao direito do trabalhador de escolher livremente seu trabalho, sendo-lhe garantida, ainda, uma remuneração digna, que assegure a ele e a sua família uma vida com um mínimo de decência. Já os valores da livre-iniciativa vinculam-se à ideia de que o empresário tem o dever de oferecer condições dignas de trabalho para seus trabalhadores.
O Pluralismo político garante a todas as pessoas liberdade para a formação de opinião e para a conscientização acerca dos aspectos políticos de nossa República.
Conclui-se que os fundamentos da República Federativa do Brasil são normas de eficácia plena, ou seja, não necessitam de providência normativa ulterior para sua aplicação. 
Separação dos Poderes: Artigo 2º da Constituição
O poder é uno e indivisível. No entanto dividem-se em suas funções, devido o sistema de freios e contrapesos (“checks and balances”), com a existência de um equilíbrio entre essas funções como uma garantia do povo contra arbítrios, desmandos e abusos.
A fim de evitar a concentração do poder nas mãos de uma única pessoa ou órgão, foi necessário dividir as funções estatais (legislativa, executiva e judiciária). 
Os Poderes são independentes, mas devem harmonizar-se entre si.
De acordo com o artigo 2º da CF: “são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. Vejamos cada um dos Poderes:
· Poder Legislativo: legislar (elaborar normas gerais e impessoais) e controlar a atividade político-administrativa. Por exemplo, o Congresso Nacional julga anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República). O principal papel do Poder Legislativo é elaborar leis, bem como realizar o controle político do Poder Executivo. No âmbito Federal, o Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, composto da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Por possuir duas Casas, o Legislativo é bicameral. Nos Estados, Municípios e Distrito Federal, o Poder Legislativo é unicamente composto por uma Casa, respectivamente a Assembléia Legislativa, a Câmara Municipal e a Câmara Distrital. Para entender o funcionamento do Poder Legislativo, os artigos 44 a 75 da CF explicitam os procedimentos adotados e seguidos por este.
· Poder Executivo: executar as leis (administrar). Cumpre a esse Poder o exercício das chefias de Estado, de Governo e da Administração Pública Federal. A chefia de Estado tem por objetivo a função de representação do Estado Federal (República Federativa do Brasil) na comunidade internacional e da unidade do Estado, em nível interno. A chefia de Governo refere-se ao comando da máquina estatal e à fixação das metas e princípios políticos que irão ser imprimidos ao Poder Público. No âmbito estadual e do Distrito Federal, será exercido pelo Governador e no âmbito municipal, pelos Prefeitos. O Poder Executivo tem como atribuição principal a realização da função administrativa, ou seja, aprimorar, em nível infralegal, os comandos normativos.
· Poder Judiciário: julgar e aplicar a lei diante da situação concreta. É composto do conjunto de órgãos do Poder Público que têm a função típica de aplicar a lei para solucionar litígios. Ao Poder Judiciário incumbe tipicamente a função jurisdicional, que consiste na solução de conflitos de interesses, através do devido processo legal. São órgãos do Poder Judiciário: o Supremo Tribunal Federal, Conselho Nacional de Justiça, Superior Tribunal de Justiça, Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais, Tribunais e Juízes do Trabalho, Tribunais e Juízes Eleitorais, Tribunais e Juízes Militares, bem como Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. Para entender o funcionamento do Poder Executivo, os artigos 92 a 110 da CF explicitam os procedimentos adotados e seguidos por este.
Objetivos fundamentais: Artigo 3º da Constituição
Os objetivos fundamentais são os pontos a serem almejados pela República Federativa do Brasil. Devem constituir uma preocupação constante, até serem alcançados. São eles:
1. Construir uma sociedade livre, justa e solidária;
2. Garantir o desenvolvimento nacional;
3. Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
4. Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Princípios de Relações Internacionais: Artigo 4º da Constituição
A República Federativa do Brasil não é um Estado isolado do mundo. Mantém com outros Estados e organizações internacionais relações de ordem econômica, social, cultural, política. Tais relações são norteadas pelos seguintes princípios:
1. Independência nacional;
2. Prevalência dos direitos humanos;
3. Autodeterminação dos povos;
4. Não-intervenção;
5. Igualdade entre os Estados;
6. Defesa da paz;
7. Solução pacífica dos conflitos;
8. Repúdio ao terrorismo e ao racismo;
9. Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
10. Concessão de asilo político.
O parágrafo único do artigo 4º da CF: “A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações”.
Autodeterminação
Independência
Defesa da paz
Intervenção
Concessão
Prevalência
Igualdade
Repúdio
Cooperação
Solução
Direitos e Garantias Fundamentais: Artigo 5º da Constituição
Os direitos fundamentais também são chamados de direitos humanos. São os direitos de todos os homens e mulheres. Sua finalidade é proteger o ser humano, por isso são essenciais à vida em sociedade.
Os direitos fundamentais correspondem aos dispositivos de conteúdo declaratório que têm por fim o reconhecimento da existência do direito nele exprimido. 
As garantias fundamentais, por outro lado, são os mecanismos de efetivação dos direitos individuais (caráter instrumental), possuindo conteúdo assecuratório. As garantias abrangem os remédios constitucionais (Habeas Corpus, Habeas Data, Mandado de Segurança, Mandado de Injunção e Ação Popular), por exemplo.
A Constituição Federal de 1988 é a mais abrangente de todas, mas mesmo assim não foi exaustiva ao mencionar, em seu artigo 5º, um rol de 78 incisos referentes aos direitos fundamentais. Por isso, fala-se em direitos explícitos, expressamente previstos, e em direitos implícitos, que daqueles decorrem. Hoje, devido aos vastos dispositivos constitucionais, fica difícil identificar algum direito implícito.
As características dos Direitos e Garantias Fundamentais são (Marcus Vasconcellos 2011):
· Universalidade: destinam-se a todos, independentemente da condição econômica ou social;
· Historicidade: resultam de uma evolução cultural da humanidade;
· Limitabilidade:os direitos e garantias fundamentais não são absolutos, pois encontram limites em outros direitos;
· Irrenunciabilidade: não se admite a renúncia a direitos fundamentais;
· Inalienabilidade: os direitos fundamentais não podem ser negociados.
Em todo o rol previsto no artigo 5º da CF, estão inseridos princípio da igualdade, princípio da legalidade, proibição à tortura, liberdade de pensamento, proibição da censura, inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem, sigilo das comunicações, liberdade de profissão, direito ao acesso à informação, liberdade de locomoção, liberdade de associação, direito de propriedade, direito do consumidor, extradição, assistência jurídica, entre outros.
Nacionalidade em Direito Constitucional
Nacionalidade é o vínculo jurídico-político que liga uma pessoa a um Estado – é a qualidade de nacional. Constitui um direito fundamental, e cada Estado é soberano para definir suas regras. Basicamente são duas as formas de aquisição da nacionalidade: a originária e a secundária.
· Primária: decorre do nascimento em determinado Estado. Essa forma obedece os critérios de territorialidade (decorre do local do nascimento) e a ascendência (decorre dos laços de consanguinidade). A CF dispõe em seu artigo 12, inciso I, que são brasileiros natos aqueles nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país.
· Secundária: tem natureza bilateral, porque decorre de uma convergência de vontades, ou seja, quando um estrangeiro pede e o Estado concede ou não. A CF dispõe em seu artigo 12, inciso II, que são brasileiros naturalizados (a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; e, (b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
A nacionalidade é o pressuposto da cidadania. No entanto, apenas a presença da nacionalidade não torna o indivíduo cidadão. Para tanto é necessário o alistamento eleitoral.
Direitos Políticos em Direito Constitucional
Os direitos políticos resumem-se no conjunto de direitos que regulam a forma de intervenção popular no governo, ou seja, possibilitam o exercício da soberania popular. Surgem diante de um Estado Democrático. 
No Brasil, a soberania popular está embasado no artigo 1º, inciso I, onde aparece como um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito, e no artigo 2º, parágrafo único, ambos da CF.
A democracia pode ser direta, quando o povo exerce, em nome próprio, o poder; indireta ou representativa, quando o poder é outorgado a representantes eleitos; e semidireta ou participativa, quando o Estado adota as duas formas.
De acordo com o artigo 14 da CF, o Brasil adotou a democracia semidireta ou participativa. Ou seja, a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal, pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular. São instrumentos por meio dos quais se garante ao povo, direta ou indiretamente, o exercício do poder, o direito de participar na vontade do Estado (Fábio Tavares Sobreira 2014).
O Estado é a pessoa jurídica que tem como elementos básicos soberania, povo, território e governo. Representa a ideia de uma sociedade politicamente organizada em um limite territorial, com vistas ao bem-estar de todos.
Organização do Estado em Direito Constitucional
A organização de um Estado guarda relação com a “forma de Estado”, que consiste na existência, ou não, de uma divisão territorial do poder ou, em outras palavras, de como é a organização política e a administrativa de um Estado.
O Estado é composto por três elementos, a saber: o território, o povo e a soberania. O Estado é uma associação humana (povo), radicada em base especial (território), que vive sob o comando de uma autoridade (poder) não sujeita a qualquer outra (soberana).
O sistema federativo brasileiro apresenta as seguintes características:
· Indissolubilidade do pacto federativo: não se admite o direito de secessão, ou seja, uma unidade federada não pode ser desligada das demais formando um Estado independente.
· Representação senatorial: o Senado é o órgão de representação do Estado na formação da vontade geral da União.
· Existência de guardião constitucional: o Supremo Tribunal Federal (STF) tem a missão de impor o respeito à Constituição Federal.
· Não Intervenção: A regra geral é que um ente federal não pode intervir em outro. As hipóteses de intervenção estão previstas nos artigos 34 e 36 da CF.
· Capacidade de auto-organização dos entes federados: por meio de constituição estadual e lei orgânica municipal ou distrital.
· Rigidez constitucional.
· Repartição constitucional de rendas e competências.

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