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João e o Pé de Feijão – Por Giovana Monei A história que ninguém conta Este é um clássico conto de terror, se você tem coragem, ouça até o final, caso contrário, sugiro que escute a versão original! João sempre foi uma criança perturbada, aprontava suas peripécias desde muito novo, alguns achavam que ele só queria atenção, já outros sussurravam pelo bairro que João ainda mataria sua mãe do coração. Eles viviam em uma casa muito humilde, João não queria trabalhar e o única alimentação desta família era a vaca Branca Leiteira que provia o sustento nesses dias sombrios. Sua mãe, Madalena já não tinha forças para trabalhar, mas ainda assim fazia pequenos artesanatos para que João vendesse na rua e ajudasse na renda da família. Mas João, que de bobo e santo não tinha nada, vendia todos os artesanatos, mas voltava com pequenas moedas de troco para casa; gastava tudo em besteira sem pensar nas consequências. Em um dia onde a fome batia a porta e já não havia mais um único centavo no bolso de Dona Madalena, ela resolve vender sua querida Vaca Branca. João leva a Vaca para a cidade para tentar vende-la, porém, ao caminho do mercado de animais, lhe aborda um senhor, alto, magro, bem vestido e com uma oferta para João. Disse o homem o que esse menino faria com a Vaca, mataria no Açougue ou a venderia. João respondendo-lhe que teria a intenção de vender logo é interrompido. Acontece que o homem lhe mostrará pequeno grãos verdes e murchos em suas mãos, com muita lábia, convenceu a João de trocar sua querida Vaca Branca por esses pequenos grãos misteriosos. Foi lhe prometido que se tratavam de feijões mágicos, onde poderia ele ganhar muito dinheiro, e João, egoísta e ganancioso nem pensou duas vezes em fazer negócio. Na calada da noite, João retorna a sua casa, sua mãe o esperava esperançosa na porta de casa. Porém, quando descobriu que João havia trocado a Vaca da família por pequenos feijões, Dona Madalena desabou em prantos, disse coisas horríveis a seu filho, e que tinha vergonha de ser sua mãe. João então, jogou os feijões pela janela, e num momento de raiva, empurrou sua mãe tão forte, que bateu-lhe a cabeça no piso, causando acidentalmente, sua morte. Desesperado, João há cobre com um pano, e pensa em fugir para o mais longe possível, arruma algumas roupas em uma mochila velha, e decide partir ainda na escuridão da noite. Quando saiu porta a fora de sua casa, deparou-se com um enorme pé de feijão, que parecia estar ali a centena de anos, pois algumas folhas até estavam murchas. No mesmo momento, João decide se esconder no topo do Pé de Feijão, até decidir o que iria fazer. Conforme subia, mais longe ficava o topo, João já havia alcançado as nuvens. Depois de 2 horas subindo o Pé de Feijão, encontra ele uma cidade, parecia inabitada. Mas ao fundo, havia um enorme castelo. João caminhou até a porta do castelo, quebrou uma Janela e entrou. Foi direto para a cozinha, pois estava faminto, comeu tudo que havia por cima de uma enorme mesa. Depois de tudo, resolveu descansar, pois estava exausto da viajem que fizera até ali. Mas de repente, foi acordado por um grunhido e um som extremecente de portas batendo. Ficou assustado e resolveu se esconder, mas então, uma voz lhe disse “Sinto cheiro de pecador” João tenta escapar do Castelo, correndo o máximo que pode, mas é logo agarrado por mãos enormes, calejadas e ásperas. Tratava-se de um Velho Homem, mas com 5 metros de altura. Suas roupas estavam rasgadas, e fedia a morte. João então, assustado pediu socorro, socorro, mas ninguém o ouvia. O Velho, que o prendeu dentro de um copo, sussurrava “não há socorro para pecadores, não há perdão” João por sua vez gritava aos 4 cantos “não sou pecador, sou inocente”. Porém aos poucos, lembrou-se do pecado que havia cometido com sua mãe, e então, de repente, calou-se. O grande Velho então colocou uma grande panela na lareira, com algumas especiarias, pegou João e estava prestes e jogá-lo em água fervente, mas antes, precisava lhe fazer uma pergunta. Pergunta esta, que definiria seu futuro, ou sua morte. O Velho então, com um olhar sombrio exigiu que João confessasse seu pecado. Mas João com um embrulho no estômago não conseguia admitir o que havia feito a sua pobre mãe. Cada vez mais o velho o estava torturando com suas perguntas e levando-o mais perto da água fervente, fazendo com que bolhas de queimaduras extremas formassem em sua jovem pele. Até que em um momento, João que não aguentava mais tanta dor, assume que matou sua pobre mãe. (Pausa Longa) Um terrível silêncio no ar, até que, o Velho, solta uma lágrima de seus olhos cansados, e sorri. João então, imagina que o Velho seja um sádico, mas logo algo inesperado acontece. O Velho começa a diminuir, 1, 2, 3 metros, até que volta a ter o tamanho normal de um ser humano, logo começa também a rejuvenescer, ele que aparentava ter mais de 80 anos, volta a ter seus sonhados 36 anos. Imediatamente, João pasma com o que vê a sua frente, pois ele conhecia aquele homem, era o mesmo que havia lhe vendido os feijões na feira. A história de João, se repetia com este homem, que havia cometido um pecado mortal a muitos e muitos anos atrás, e condenado a pagar por eles na cidade do pé de feijão alimentando-se dos pecados das pessoas. Nunca então, suas vítimas haviam admitido seus pecados, mesmo sob tortura, se envergonhavam, e morriam sem assumir sua culpa. João então, assumindo seus pecados, libertou o homem e foi condenado a habitar a cidade do pé de Feijão. Hoje, ele procura libertação, todas as noite alimentando-se de almas pecadoras, esperando que um dia, uma delas assume seus pecados e o liberte. Essa é a verdadeira história do Pé de Feijão.
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