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08/11/2016 1 Balancete de verificação Demonstrações contábeis Notas explicativas Balancete de verificação • As empresas apresentam, de acordo com seu tamanho e complexidade, dezenas, centenas e até milhares de transações contábeis mensalmente; todas devem ser registradas na contabilidade por meio do lançamento contábil, utilizando o método de partidas dobradas. Balancete de verificação • Após todos os lançamentos terem sido registrados, a soma dos saldos devedores das contas de uma companhia deve ser exatamente igual à soma dos saldos credores. Balancete de verificação • Ao fazer uma verificação dessa soma algébrica ou seja, registrar as contas com saldo devedor e as contas com saldo credor a empresa está preparando um balancete, chamado de "balancete de verificação". 08/11/2016 2 Balancete de verificação • Então, podemos entender que a expressão “Balancete de Verificação” representa o rol das contas patrimoniais e de resultado com seus respectivos saldos oriundos da adequada aplicação do método de partidas dobradas. • Se a soma dos débitos não é igual à soma dos créditos, os registros contábeis estão incorretos Quando o balancete fechar, não dá para identificar o lançamento a débito e a crédito efetuado em conta indevida. Balancete de verificação Balancete de verificação • O balancete de verificação é um instrumento interno utilizado para verificação da exatidão aritmética dos lançamentos contábeis feitos no livro diário e os saldos das contas no livro razão; é um demonstrativo contábil e não uma demonstração contábil. Balancete de verificação • O balancete de verificação será a base para a elaboração das demonstrações contábeis que serão transcritas no livro diário da empresa. 08/11/2016 3 Balancete de verificação • Assim, em primeiro o contador elabora o balancete de verificação com todas as contas patrimoniais e de resultado; depois, com base nas contas de resultado é feita a apuração do resultado do exercício e são elaboradas as demonstrações contábeis obrigatórias. Balancete de verificação • O balancete de verificação deve ser elaborado mensalmente. • O ideal é que o balancete seja levantado num curto intervalo de tempo, pois quanto menor o período de abrangência do balancete, melhor para a verificação da exatidão dos lançamentos e do saldo das contas. Balancete de verificação • A equação geral da contabilidade apresenta que os saldos devedores deverão ser iguais aos saldos credores, e é formada a partir do balancete, da seguinte forma: Saldos devedores = Saldos credores Balancete de verificação Saldos devedores Saldos credores Ativo Passivo Despesas Patrimônio líquido Redutoras do passivo Receitas Redutoras do PL Redutoras do ativo Aplicação de recursos Origem de recursos 08/11/2016 4 Demonstrações contábeis • As demonstrações contábeis são relatórios que compõem o conjunto das informações contábeis-financeiras de uma empresa. Representam monetariamente, de forma estruturada, a posição patrimonial, financeira e econômica de uma entidade (azienda) em determinada data. Demonstrações contábeis • O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças na posição financeira da entidade, que sejam úteis a um grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão econômica. Demonstrações contábeis • São elaboradas a partir de documentos e informações extraídas dos livros, registros e documentos que compõem o sistema contábil de qualquer tipo de empresa, sendo que a atribuição e responsabilidade técnica do sistema contábil cabem exclusivamente a contabilista registrado no CRC que observará as práticas contábeis geralmente aceitas no Brasil. Demonstrações contábeis • As demonstrações contábeis fornecem informações sobre os seguintes itens de uma entidade: Ativos Passivos Patrimônio líquido Receitas, despesas, ganhos e perdas Fluxo financeiro (fluxos de caixa) Riqueza gerada Resultados acumulados 08/11/2016 5 Demonstrações contábeis • A lei 6.404/76, no artigo 176, determina que ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: Demonstrações contábeis I - balanço patrimonial; II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III - demonstração do resultado do exercício; IV - demonstração dos fluxos de caixa; e V - se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. BALANÇO PATRIMONIAL Apresenta a “SL” Estática Aspecto financeiro e patrimonial Contas patrimoniais Demonstração do Resultado do Exercício Apresenta o desempenho Dinâmica Resultado econômico Contas de resultado 08/11/2016 6 Demonstração do Lucro ou Prejuízo acumulado Apresenta o resultado acumulado Dinâmica Divulga os dividendos por ação Pode ser incluída na DMPL Demonstração do Fluxo de Caixa Apresenta o resultado financeiro Dinâmica Divulga a movimentação do caixa por fluxos: operacional, investimento e financiamento Método direto e indireto Demonstração do Valor Adicionado Caráter econômico social Divulga a riqueza gerada pela empresa e a riqueza recebida em transferência. Apresenta como a riqueza foi distribuída aos beneficiados Demonstrações contábeis • A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa. 08/11/2016 7 Demonstrações contábeis • No artigo 186 a lei 6.404/76 faculta para as empresas obrigadas a elaborarem a DMPL a inclusão da DLPA. §2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Apresenta o resultado acumulado Dinâmica Divulga os dividendos por ação Inclui a DLPA Apresenta o resultado abrangente Demonstrações contábeis • As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior. Demonstrações contábeis • Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes". 08/11/2016 8 Demonstrações contábeis • As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia-geral. Demonstrações contábeis • Serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. Demonstrações contábeis • As demonstrações contábeis não incluem, entretanto, itens como relatórios da administração, relatórios do presidente da entidade, comentários e análises gerenciais e itens semelhantes que possam ser incluídos em um relatório anual ou financeiro. Demonstrações contábeis segundo CFC • A Resolução do CFC 1.185/09, que aprova a NBCT 19.27, define um conjunto completo de demonstrações contábeis como incluindo os seguintes componentes: a) Balanço patrimonial do período; b) Demonstração do resultado do período; c) Demonstração do resultado abrangente do período; d) Demonstração das mutações do patrimônio líquido do período; 08/11/2016 9 e) Demonstração dos fluxos de caixa do período; f) Demonstração do valor adicionado do período, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada voluntariamente; g) Notas explicativas, compreendendo um resumo daspolíticas contábeis significativas e outras informações explanatórias. Demonstrações contábeis segundo CFC • As demonstrações contábeis devem ser elaboradas no pressuposto da continuidade, a menos que a administração tenha intenção de liquidar a entidade ou cessar seus negócios, ou ainda não possua uma alternativa realista senão a descontinuação de suas atividades. Demonstrações contábeis Notas explicativas • As demonstrações financeiras serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. • As notas explicativas contêm informações adicionais àquelas apresentadas nas demonstrações contábeis. • Elas fornecem descrições e detalhes de itens apresentados nas demonstrações e informações acerca de itens que não se qualificam para reconhecimento nessas demonstrações. Notas explicativas 08/11/2016 10 • As “Nex” devem apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos. • Também deve divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras. Notas explicativas • A entidade normalmente apresenta as notas explicativas na seguinte ordem: Declaração de que as demonstrações contábeis foram elaboradas em conformidade com as Normas; Resumo das principais práticas contábeis utilizadas; Informações de auxílio aos itens apresentados nas demonstrações contábeis, na ordem em que cada demonstração é apresentada, e na ordem em que cada conta é apresentada na demonstração; e Quaisquer outras divulgações. Notas explicativas • No parágrafo 5º do artigo 176 a lei 6.404/76 apresenta que as notas explicativas deverão indicar: a) Os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo; Notas explicativas b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (artigo 247, parágrafo único); c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (artigo 182, § 3º); d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo; Notas explicativas 08/11/2016 11 f) o número, espécies e classes das ações do capital social g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; h) os ajustes de exercícios anteriores (artigo 186, § 1º); i) os eventos subseqüentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia. Notas explicativas Balanço Patrimonial Balanço patrimonial • O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil estática destinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade. BALANÇO PATRIMONIAL Apresenta a “SL” Estática Aspecto financeiro e patrimonial Contas patrimoniais 08/11/2016 12 • O Balanço Patrimonial possibilita a obtenção de indicadores de liquidez, endividamento, estrutura de financiamento, entre outros possíveis. Balanço patrimonial • O objetivo das demonstrações financeiras de uma empresa é o fornecimento de informações úteis aos usuários em suas avaliações e tomadas de decisões econômicas. • Para serem úteis, as informações devem ser relevantes, ter poder de influência nas decisões econômicas dos usuários, e ser fidedignas, completas, neutras e livres de erro. Balanço patrimonial • Para que a informação seja relevante e fidedigna, ela deve representar adequadamente as transações, sendo necessária a contabilização e apresentação pela sua essência e realidade econômica, e não meramente sua forma legal. Balanço patrimonial • No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. Balanço patrimonial 08/11/2016 13 Balanço patrimonial Ativo (recursos controlados) Passivo (obrigação presente) Patrimônio líquido (Resíduo) • As entidades devem efetuar, com base na natureza de suas operações, a apresentação de ativos e passivos circulantes e não circulantes em separado no próprio balanço. Balanço patrimonial • No balanço patrimonial o ativo e o passivo são compostos por em itens monetários e não monetários. Balanço patrimonial • Itens monetários são aqueles representados por dinheiro ou por direitos a serem recebidos e obrigações a serem liquidadas em dinheiro. • Itens não-monetários são aqueles representados por ativos e passivos que não serão recebidos ou liquidados em dinheiro. Dinheiro e papéis que se transformarão ou consumirão dinheiro Não se transforma, nem consome dinheiro Balanço patrimonial 08/11/2016 14 ATIVO PASSIVO CIRCULANTE Disponível Créditos Estoques Despesa antecipada NÃO CIRCULANTE Realizável a longo prazo Investimentos Imobilizado Intangível CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social Reservas de capital Ajuste da avaliação patrimonial Reservas de lucro Prejuízo acumulado Ações em tesouraria Ativo • Ativo: compreende as aplicações de recursos representadas por bens e direitos que estão sob o controle da empresa, originados de fatos passados e que irão gerar benefício econômico futuro. Ativo ATIVO Aplicação de recursos Bens e direitos Natureza devedora Aumenta por débito Diminui por crédito É o realizado e o realizável O ativo deve para a empresa um benefício econômico futuro 08/11/2016 15 • As contas do ativo são dispostas em ordem crescente dos prazos esperados de realização, ou seja, em ordem decrescente de liquidez, assim, quanto mais rapidamente o bem ou direito se transformar em dinheiro será apresentado em primeiro no ativo. Ativo • No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: I – ativo circulante; e II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. Ativo • A classificação dos elementos patrimoniais considera a segregação em “circulante” e “não circulante”, com base em seus atributos de conversibilidade e realização. Ativo Ativo Lei 6.404/76 Lei 11.638/07 Lei 11.941/09 Circulante Circulante Circulante Realizável a Longo Prazo Realizável a Longo Prazo Não Circulante • Realizável LP • Investimentos • Imobilizado • Intangível Permanente Permanente • Investimentos • Imobilizado • Intangível • Diferido • Investimentos • Imobilizado • Diferido 08/11/2016 16 Ativo Circulante • Um ativo deve ser classificado como circulante quando: I. Se espera que seja realizado, ou é mantido para venda, negociação ou consumo dentro dos 12 meses seguintes à data do balanço, ou seja, vai se realizar até o fim do exercício que vem, ou II. É um ativo representado por dinheiro ou equivalente, ou seja, é um ativo já realizado, cuja utilização não está restrita. Ativo circulante • Se a empresa começa o seu exercício social em 01 de janeiro de 2015 o seu circulante vai até o dia 31 de dezembro de 2016, ou seja, até o término do exercício social seguinte. Ativo circulante • Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo. Ativo circulante 08/11/2016 17 • O ciclo operacional de uma entidade é definido como o período entre a aquisição de materiais utilizados na produção e sua realização na forma dedinheiro ou equivalente a dinheiro. • Ativos circulantes são ativos que são vendidos, consumidos e realizados dentro do ciclo operacional da entidade, quando não houver expectativa de serem realizados dentro do período de 12 meses da data do balanço, devem ser classificados como não circulantes. Ativo circulante • O ativo circulante é dividido nos seguintes subgrupos: a) disponível b) créditos c) estoques d) despesas antecipadas Ativo circulante Disponível • São os recursos financeiros que se encontram à disposição imediata da Entidade, compreendendo os meios de pagamento em moeda e em outras espécies, os depósitos bancários à vista e os títulos de liquidez imediata. Ativo circulante • O disponível representa os valores realizados, que não precisam de conversão em moeda, devido a isto é denominado de ativo realizado. Ativo circulante 08/11/2016 18 Composição disponível: • Caixa; • Bancos; • Aplicações financeiras de liquidez imediata. (poupança, títulos com resgate de até 90 dias) • Numerários em trânsito Ativo circulante • Não são considerados como disponível: a) o numerário cuja utilização seja limitada ou imediata por restrição de qualquer natureza; b) os saldos credores em conta corrente representados por saques e descobertos, que devem ser apresentados como parcela do passivo c) os cheques emitidos e entregues aos beneficiários, mesmo que ainda não tenham sido sacados dos estabelecimento bancários; Ativo circulante d) as cauções em dinheiro para garantia de concorrências ou contrato de fornecimento de mercadorias ou serviços, mesmo que no futuro o reembolso seja efetuado em numerário; e) as aplicações temporárias em ação. Ativo circulante Créditos • São os títulos de crédito, quaisquer valores mobiliários e os outros direitos realizáveis até o fim do exercício social seguinte. • Os créditos se dividem em créditos de funcionamento e créditos de financiamento. Ativo circulante 08/11/2016 19 • Os créditos de funcionamento representam os direitos que a empresa tem para receber ou para recuperar, oriundos de suas atividade operacionais. • De acordo com o princípio da prudência estes direitos deverão estar ajustados pela possibilidade de perda no seu recebimento Ativo circulante • Exemplos: Contas a receber Duplicatas a receber Clientes Notas promissória aceita Duplicata emitida Impostos a recuperar Ativo circulante • Os créditos de financiamento são os valores que a empresa aplicou ou emprestou e pretende resgatar em curto prazo. • Não estão diretamente relacionados com as atividades operacionais. Ativo circulante • Em regra este valor representa uma sobra financeira que a administração ao invés de deixar parada no caixa ou no banco investe a fim de obter um ganho. • Tem caráter especulativo para a empresa. Ativo circulante 08/11/2016 20 • Exemplos: Empréstimos a receber Aplicação financeira de curto prazo Instrumentos financeiros de curto prazo Debentures adquiridas de curto prazo Ativo circulante Estoques • São os valores referentes às existências de produtos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas, mercadorias, materiais de consumo, serviços em andamento e outros valores relacionados às atividades-fins da entidade. Ativo circulante • Estoques são ativos: a) mantidos para venda no curso normal dos negócios; bens de venda; b) em processo de produção para venda; bens de produção; ou c) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no processo de produção ou na prestação de serviços; bens de consumo. Ativo circulante • O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais. Ativo circulante 08/11/2016 21 Despesas Antecipadas • São as aplicações em gastos que tenham realização no curso do período subsequente à data do balanço patrimonial. • Neste subgrupo são registrados os ativos que representam pagamentos antecipados ou assunção de dívidas referentes às despesas que ainda não ocorreram e serão realizadas durante exercícios posteriores. Ativo circulante • O registro da despesa antecipada atende ao princípio da competência, pois as despesas ainda não ocorreram, contudo já foram pagas, surgindo assim um direito para a empresa. Ativo circulante • Prêmio de seguro pago antecipadamente; • Seguro a vencer; • Telefone pré-pago; • Assinaturas de periódicos antecipadas; • Aluguel pago antecipadamente; • Juros pagos antecipadamente; • Adiantamento de salários; • Adiantamento para viagens. Ativo circulante Ativo Não Circulante 08/11/2016 22 • São os direitos que serão realizados (transformados em dinheiro) após o final do exercício seguinte (longo prazo), assim como os bens de uso (veículos, máquinas, etc.) e de renda da empresa (aluguéis, imóveis para vendas, etc.). Ativo Não Circulante • As contas que aparecem em um balanço patrimonial apurado dia 31/12/15, no grupo ativo não circulante irão se realizar em dinheiro, direta ou indiretamente, após o dia 31/12/16. Ativo Não Circulante Ativo não circulante será composto dos seguintes subgrupos: • Ativo Realizável a Longo Prazo • Investimentos • Imobilizado • Intangível Ativo Não Circulante • São os ativos, cujos prazos esperados de realização situam-se após o término do exercício subsequente à data do balanço patrimonial, como investimentos, contas a receber, duplicatas a receber. Realizável a longo prazo 08/11/2016 23 • Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia. Realizável a longo prazo • Neste subgrupo destaca-se a conta adiantamento ou empréstimos a sócios, acionistas, diretores, administradores que não sejam objetos das atividades da empresa. Realizável a longo prazo • É importante entender que quando a empresa possuir um crédito junto ao sócio, administrador ou diretor que seja resultado das atividades normais da empresa, este direito será classificado de acordo com o prazo de realização, normalmente no ativo circulante. Realizável a longo prazo • Duplicatas a receber em longo prazo; • Provisão para ajuste a valor presente (-); • Debêntures adquiridas com resgate a longo prazo; • Aplicações financeiras a longo prazo; • Empréstimos concedidos a longo prazo; • Adiantamentos a diretores; • Empréstimos a acionistas; • Empréstimos a diretores; • Empréstimos a coligadas/controladas. Realizável a longo prazo 08/11/2016 24 • Investimentos: são as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa. Investimentos • São as participações em outras sociedades, além dos bens e direitos que não se destinam à manutenção das atividades-fins da entidade. • Normalmente entram neste grupo os bens ou direitos que tendem a aumentar de valor com o passar do tempo e não são utilizados pela empresa no seu dia a dia. • São chamados de bens de renda. Investimentos • Participações societárias; • Ágio na compra de participações societárias; • Investimentos em debêntures; • Investimentos em títulos da dívida pública; • Investimentos em fundos de pensão; • Propriedades para investimentos Investimentos • Investimentos em imóveis; • Imóveis para aluguel; • Terrenos para renda; • Obras de arte; • Provisão para perdas em investimentos (-); • Depreciação acumulada de imóveis para aluguel (-). Investimentos 08/11/2016 25 • Participações societárias: a) Ações de outras empresas; b) Ações de coligadas; c) Ações de controladas; d) Joint venture; e) Subsidiária integral. Investimentos• Ativo imobilizado: são os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; Imobilizado • O imobilizado representa os bens de uso, também denominados de bens fixos. • São os bens que a empresa utiliza no seu dia a dia, direta ou indiretamente, para gerar receitas. • O conceito de imobilizado não quer dizer que o bem deve ser um imóvel, mas sim, que os recursos estão imobilizados. Imobilizado • Na prática o ativo imobilizado é formado pelo conjunto de bens e direitos necessários à manutenção das atividades da empresa, caracterizados por apresentar- se na forma tangível, como imóveis, móveis, computadores, veículos etc. Imobilizado 08/11/2016 26 • O ativo imobilizado compreende os ativos tangíveis que: a) são mantidos para uso na produção ou na comercialização de mercadorias ou serviços ou para finalidades administrativas; b) têm a expectativa de serem utilizados por mais de doze meses; c) haja a expectativa de auferir benefícios econômicos em decorrência da sua utilização; d) possuam um custo que possa ser mensurado com segurança. Imobilizado • Edifícios; • Veículos; • Moveis e utensílios; • Computadores; • Televisores; Imobilizado • Apartamentos; • Minas; • Jazidas; • Florestas; • Pastagens. Imobilizado • Entretanto quando a Lei 6.404 apresenta que serão imobilizados os bens corpóreos utilizados nas atividades ou exercidos com essa finalidade inclui como imobilizado as benfeitorias em imóveis de terceiros; os recursos aplicados na produção de ativos ou os já destinados à aquisição de bens de natureza tangível, mesmo que ainda não estejam em operação. Imobilizado 08/11/2016 27 • Exemplos: Obras em andamento Importações em andamento Adiantamentos para compra de imobilizado Consórcios de bem imóveis ou móveis Imobilizado • Serão classificados no imobilizado os bens tangíveis com prazo de vida maior que um ano. • Se a vida útil do bem é menor que um ano, pode ser reconhecido como despesa diretamente. Imobilizado • Para atender uma determinação fiscal, a empresa, a seu critério, poderá lançar como custo ou despesa operacional o valor de aquisição de bens do ativo imobilizado, cujo prazo de vida útil não ultrapasse um ano ou o valor unitário não seja superior a R$ 1.200,00. Imobilizado • O imobilizado deve ser registrado, no ativo não circulante, pelo seu custo de construção, pelo custo de aquisição ou pelo valor de mercado, no caso de doações recebidas. Imobilizado 08/11/2016 28 • O ativo imobilizado poderá ser depreciado, exaurido ou amortizado com o passar do tempo, pelo uso ou de acordo com a diminuição dos seus benefícios econômicos futuros. Imobilizado • Intangível: são os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. Intangível • O grupo do intangível foi criado pela Lei 11.638-07 com o objetivo de registrar os bens e direitos que não possuam matéria, mas que apresentam um valor considerável para a empresa. Intangível • Normalmente a contabilidade somente aceita o registro de ativos intangíveis adquirido de forma individualizada, devendo ser registrado inicialmente pelo seu valor de aquisição, depois ajustado pela devida amortização. • Os ativos gerados internamente pela empresa não poderão ser reconhecidos. Intangível 08/11/2016 29 • Um ativo deve ser reconhecido no balanço patrimonial como intangível apenas se atender as seguintes características: Intangível a) Pode ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da intenção de uso pela entidade; Exemplos: marcas, patentes, fórmulas, carteira de clientes, direitos de opções etc. Intangível b) Resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações. Exemplos: direitos de compras; direitos de uso de franquias, capital intelectual etc. Intangível • Marcas; • Patentes; • Direitos de uso de franquias; • Desenvolvimentos de produtos; • Direitos de uso de concessão; • Desenvolvimentos de software; Intangível 08/11/2016 30 • Propriedade legal de novos livros, filmes e músicas; • Direitos de opção de compra ou venda; • Direitos de exploração de filmes cinematográficos; • Fundo de comércio adquirido; • Amortização acumulada (-). Intangível • Entende-se por fundo de comércio adquirido um combinado de ativos, resultado de transações ou outros eventos em que um adquirente obtém o controle de uma ou mais atividades empresariais diferentes. Intangível • O fundo de comércio adquirido representa benefícios econômicos futuros gerados por outros ativos adquiridos em uma ou combinação de atividades empresariais, que não são identificados individualmente e nem reconhecidos separadamente. Intangível • Em outras palavras é aquele “algo mais” pago por uma empresa na esperança de obter um lucro no futuro; é a diferença entre o valor pago e o valor justo de uma empresa. Intangível 08/11/2016 31 • Em alguns casos incorre-se em gastos para gerar benefícios econômicos futuros, mas que não resultam na criação de um ativo intangível que se enquadre nos critérios de reconhecimento estabelecidos. O Fundo de comércio (goodwill) gerado internamente não deve ser reconhecido como ativo. Intangível ATENÇÃO • Não são considerados itens patrimoniais no ativo não circulante os seguintes intangíveis: a) Fundo de comércio gerado internamente b) Gastos com treinamento de pessoal; c) Gastos com publicidade e atividades promocionais (incluindo envio de catálogos); d) Gastos com remanejamento ou reorganização, total ou parcial, de uma entidade. e) Gastos com pesquisas de novos produtos. 122 Passivo • Passivo: compreende as origens de recursos representadas por obrigações presentes, oriundas de fatos passados, que serão liquidadas no futuro, normalmente com o sacrifico de um ativo. Passivo 08/11/2016 32 PASSIVO Origem Obrigações Natureza credora Aumenta por crédito Diminui por débito É o exigível O passivo tem um crédito na empresa • O passivo é formado pelas obrigações ou dívidas da entidade; demonstra os valores que a entidade tem a pagar a terceiros. • As obrigações são valores de terceiros em poder da entidade; são DÉBITOS da entidade perante terceiros; são CRÉDITOS de terceiros na entidade. Passivo Circulante Circulante Circulante Exigível a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo Não Circulante Resultado de exercícios futuros Resultado de exercícios futuros Lei 6.404/76 Lei 11.638/07 Lei 11.941/09 Passivo • A Lei 6.404/76 no artigo 178 trata do assunto da seguinte maneira: § 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: I – passivo circulante; II – passivo não circulante; e III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. Passivo 08/11/2016 33 • É importante destacar que para a lei 6.404/76 o patrimônio líquido faz parte do passivo, como uma obrigação da empresa junto aos sócios, assim seria um passivo não exigível. Passivo • Entretanto para as normas contábeis o patrimônio líquido não representa uma obrigação para a empresa, mas sim, um resíduo patrimonial, resultado positivo da equação: Ativo - passivo. Passivo • O passivo será apresentado em ordem decrescente de exigibilidade ou crescente no prazo de exigibilidade. O prazo sempre cresce Passivo Passivo Circulante 08/11/2016 34 • São as obrigações conhecidas e os encargos estimados, cujos prazos estabelecidos ou esperados, situem-se no curso do exercício subsequente à data do balanço patrimonial.Passivo Circulante • Neste grupo são escrituradas as obrigações da entidade, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não-circulante, quando se vencerem no exercício seguinte. No caso de o ciclo operacional da empresa ter duração maior que a do exercício social, o circulante terá por base o prazo desse ciclo. Passivo Circulante • Um passivo deve ser classificado como passivo circulante somente quando atender aos seguintes parâmetros: I. É esperada sua liquidação dentro dos 12 meses seguintes à data do balanço; II. É mantido principalmente com a finalidade de ser transacionado; ou III.A entidade não tem nenhum direito de postergar sua liquidação por período que exceda os 12 meses da data do balanço. Passivo Circulante Exemplos: • Contas a pagar; • Duplicatas a pagar; • Financiamentos bancários; • Impostos a recolher; • Salários a pagar; Passivo Circulante 08/11/2016 35 Exemplos: • Debêntures emitidas de curto prazo; • Deságio na emissão de debêntures de curto prazo (-); • Receitas antecipadas; • Provisão para contingência; • Provisão para férias. Passivo Circulante Passivo Não Circulante • Passivo Não Circulante • São as obrigações conhecidas e os encargos estimados, cujos prazos estabelecidos ou esperados, situem-se após o término do exercício subsequente à data do balanço patrimonial. Passivo Não Circulante • Para fins de classificação no não circulante as contas deverão estar complementadas pelo termo “a longo prazo”. Passivo Não Circulante 08/11/2016 36 • Contas a pagar a longo prazo • Financiamentos a pagar em longo prazo • Juros a transcorrer (-) • Debêntures emitidas com resgate a longo prazo • Deságio na emissão de debêntures a longo prazo(-) • Receitas antecipadas de longo prazo Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido • O patrimônio líquido representa o capital investido pelos proprietários, sócios ou acionistas e as variações advindas das atividades da empresa. • O PL é conhecido como o capital próprio da entidade, e representa a diferença entre o ativo (bens e direitos) e o passivo (obrigações). Patrimônio Líquido • O patrimônio líquido corresponde à sobra patrimonial que pertence aos sócios ou proprietários da entidade. • No caso de extinção da entidade ou de retirada de sócios da sociedade, essa é a parte que será dividida entre a eles. Patrimônio Líquido 08/11/2016 37 • O patrimônio líquido é dividido em: Capital social Reservas de capital Ajustes de avaliação patrimonial Reservas de lucros Ações em tesouraria Prejuízos acumulados. Patrimônio Líquido Capital social Reserva de capital Ajuste da avaliação patrimonial Reservas de lucro Ações em tesouraria Prejuízo acumulado Capital Social Reserva de capital Reserva de reavaliação Reservas de lucro L/P acumulado Capital social Reserva de capital Ajuste da avaliação patrimonial Reservas de lucro Ações em tesouraria Prejuízo acumulado Lei 6.404/76 Lei 11.638/07 Lei 11.941/09 PL • Representa o investimento feito na empresa, por sócios ou acionistas, em dinheiro, bens ou direitos. • Pode ser composto por ações em Sociedades Anônimas ou quotas em empresas Limitadas. Capital social • A Lei 6.404/76 estabelece que as ações, conforme a natureza dos direitos ou vantagens que confiram a seus titulares são: ordinárias, preferenciais, ou de fruição. Capital social 08/11/2016 38 • Ordinárias = são as ações com direito a voto, que não possuem privilégios no recebimento de dividendo. São as ações com influência na administração. • Preferenciais = se destacam por apresentar vantagens declaradas no estatuto; como na distribuição de dividendos, e no reembolso de capital. Normalmente não possuem direito a voto. Capital social • De fruição ou gozo = são ações não negociáveis, servem para substituir as amortizadas pelos sócios. • As ações de fruição são aquelas que já gozaram todos os seus direitos, o seu montante permanece no total do capital social, no entanto não possuem poder, nem direitos aos resultados. Capital social • O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a restrição no exercício desse direito, não pode ultrapassar 50% (cinquenta por cento) do total das ações emitidas. Capital social • O capital social poderá ser formado com contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro, contudo a avaliação dos bens será feita por 3 (três) peritos ou por empresa especializada, nomeados em assembleia- geral dos subscritores. Capital social 08/11/2016 39 • O capital social poderá ser apresentado com as seguintes denominações: I – capital autorizado II – capital subscrito III – capital integralizado ou realizado IV – capital a integralizar ou a realizar Capital social • Capital autorizado = Representa o valor do capital que o estatuto prevê para a formação do capital social ou para seu aumento. • O aumento de capital social depende de anuência da assembleia dos sócios e da subscrição por parte de interessados. • Normalmente o capital autorizado representa um ato administrativo e não entra no Balanço Patrimonial. • É uma conta de controle, não é conta patrimonial. Capital social • Capital subscrito = Representa o compromisso assumido por um sócio para contribuir com certa quantia na formação do capital social, normalmente a subscrição é feita na assembleia que criou a sociedade ou quando são lançadas novas ações no mercado de capital. • É o valor que dará origem à conta capital social. • A subscrição gera uma obrigação do sócio junto a empresa. Capital social • Capital a realizar ou a integralizar = É parcela do capital subscrito que não foi transformada em capital, ou seja, o sócio ainda não integralizou, mas continua com a responsabilidade de efetivar na empresa. • É conta redutora do PL • Representa um crédito da empresa junto ao sócio. Capital social 08/11/2016 40 • Capital realizado ou integralizado = É a parcela do capital subscrito que efetivamente foi disponibilizada para a empresa em bens, dinheiro ou direitos. • É uma conta de controle, não é uma conta patrimonial. • No balanço representa a diferença entre o capital subscrito e o capital a realizar. Capital social CUSTOS DE TRANSAÇÕES COM AÇÕES • Custos de transação com ações são somente aqueles incorridos e diretamente atribuíveis na distribuição primária de ações ou bônus de subscrição, na aquisição e alienação de ações próprias. Custo da transação de títulos • Os custos são gastos incrementais que não existiriam ou teriam sido evitados se essas transações não ocorressem. Por exemplo: gastos com elaboração de prospectos e relatórios; remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, contadores, auditores, consultores e corretores etc.); Custo da transação de títulos 08/11/2016 41 • Os custos são gastos incrementais que não existiriam ou teriam sido evitados se essas transações não ocorressem. Por exemplo: gastos com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de road-shows); taxas e comissões; custos de transferência; custos de registro etc. Custo da transação de títulos • Custos de transação não incluem ágios ou deságios na emissão dos títulos e valores mobiliários, despesas financeiras, custos internos administrativos ou custos de carregamento. Custo da transação de títulos • Os custos de transação incorridos na captação de recursos por intermédio da emissão de títulos patrimoniais (ações) devem ser contabilizados, de forma destacada, em conta redutora de patrimônio líquido. O saldo da conta será apresentado após o capital social e somente pode ser utilizado para redução do capital social ou a absorção por reservas de capital. Custo da transação de títulos • Os prêmios recebidos devem ser reconhecidos em conta de reserva de capital. • O saldo do prêmio pode ser utilizado para absorver os custos de transação registrados na conta redutora do PL. Pode ser registrado o valor líquido. Custo da transação de títulos 08/11/2016 42 • Os custosde transação enquanto não captados os recursos a que se referem, devem ser apropriados e mantidos em conta transitória e específica do ativo como pagamento antecipado. (Despesa antecipada) • O saldo dessa conta transitória deve ser reclassificado para a conta específica no “PL” tão logo seja concluído o processo de captação. Custo da transação de títulos • Quando a operação de captação de recursos por intermédio da emissão de títulos patrimoniais não for concluída, inexistindo aumento de capital, os custos de transação devem ser reconhecidos como despesa destacada no resultado do período em que se frustrar a transação. Custo da transação de títulos • A aquisição de ações de emissão própria e sua alienação são também transações de capital da entidade com seus sócios e igualmente não devem afetar o resultado da entidade. • Os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da própria entidade devem ser tratados como acréscimo do custo de aquisição de tais ações. (aumento do valor das ações em tesouraria) Custo da transação de títulos • Os custos de transação incorridos na alienação de ações em tesouraria devem ser tratados como redução do lucro ou acréscimo do prejuízo dessa transação, resultados esses contabilizados diretamente no patrimônio líquido, na conta que houver sido utilizada como suporte à aquisição de tais ações, não afetando o resultado da entidade. Custo da transação de títulos 08/11/2016 43 RESERVAS DE CAPITAL • Reserva de capital = são contribuições dos proprietários, sócios, acionista ou de terceiros que investem no patrimônio da empresa por meio da compra de títulos. Reservas de capital • Os valores apresentados como reserva de capital não representam receitas, mas sim, uma origem de capital que não exige uma contrapartida de entrega de bens ou prestação de serviços; é por isto que não devem transitar por contas de resultado e nem serão tributadas. Reservas de capital • As reservas de capital que atualmente a empresa poderá formar são as seguintes: a) Ágio na emissão de ações b) Alienação de partes beneficiárias c) Alienação de bônus de subscrição d) Reserva de correção monetária Reservas de capital 08/11/2016 44 Reserva de ágio na emissão de ações – Representa a contrapartida do resultado a maior recebido na venda das ações pela empresa. • A reserva será formada pela contribuição que ultrapassar o valor nominal da ação ou parte do preço de emissão de ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação de capital. Reservas de capital Reserva de alienação de partes beneficiárias – é a reserva formada pelo valor resultante da venda de partes beneficiárias. • Somente a venda de “partes beneficiárias” será registrada no PL, a doação ou cessão gratuita será controlada extra contabilmente, não sendo registrada como reserva, pois não houve uma origem de recursos. Reservas de capital • Partes beneficiárias são títulos negociáveis, que não possuem valor nominal e dão direito ao portador de participar nos lucros da empresa em até 10% ao ano. • A emissão de títulos de partes beneficiárias deverá constar em Notas Explicativas justificando o assunto, informando o prazo de validade (máximo 10 anos), as vantagens do beneficiado e as condições de resgate. Reservas de capital • Segundo a Lei 10.303/01 que modificou a lei 6.404/76 as sociedades anônimas de capital aberto estão proibidas de emitir partes beneficiárias. Reservas de capital 08/11/2016 45 Reserva de produto da alienação de bônus de subscrição – é formada pelo resultado da venda de bônus de subscrição. • Bônus de subscrição são títulos negociáveis no mercado emitidos dentro do limite do capital autorizado que podem ser alienados à terceiros ou dado como vantagem adicional aos subscritores de ações. • Este bônus dá direito aos seus titulares de subscrever as ações da empresa que serão lançadas no mercado. • Os acionistas possuem preferência na aquisição dos bônus. Reservas de capital Segundo a Lei 6.404/76 no seu artigo 200, os valores apresentados nas reservas de capital somente poderão ser utilizados para: • Absorção dos prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros; • Resgate, reembolso ou compra de ações; • Resgate de partes beneficiárias; • Incorporação ao capital social; • Pagamento de dividendos a ações preferenciais. Reservas de capital AJUSTE DA AVALIAÇÃO PATRIMONIAL • O ajuste da avaliação patrimonial é uma correção do valor apresentado no balanço patrimonial, por um ativo ou passivo, em relação ao seu valor justo. • Esta correção busca expressar a realidade patrimonial de uma empresa, e como é um ajuste, o valor da conta pode ser para mais ou para menos. Ajuste da avaliação patrimonial 08/11/2016 46 • Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo. Ajuste da avaliação patrimonial • Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. Ajuste da avaliação patrimonial • O ajuste da avaliação patrimonial não é reserva, pois não passou pelo resultado e não é sinônimo de reavaliação de ativos. Ajuste da avaliação patrimonial • Este grupo servirá essencialmente para abrigar a contrapartida de determinadas avaliações de ativos a valor justo, especialmente a avaliação de certos instrumentos financeiros e, ainda, os ajustes de conversão em função da variação cambial de investimentos societários no exterior. RESULTADOS ABRANGENTES Ajuste da avaliação patrimonial 08/11/2016 47 • A lei 6.404 estabelece que as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo serão avaliadas pelo seu valor justo. • Quando se tratar de aplicações disponíveis para venda, a contrapatida do valor justo será na conta AAP. Ajuste da avaliação patrimonial RESERVAS DE LUCRO Reserva de lucros = são contas formadas pela destinação de lucros apurados e contabilmente realizados que não foram distribuídos aos sócios e acionistas como dividendos. • As reservas de lucro servem para dar uma segurança adicional à saúde financeira e econômica da empresa, pois enquanto em reserva, o lucro apurado não foi distribuído, assim ele permanece na empresa. Reservas de lucro São reservas de lucro: • Reserva legal • Reserva estatutária • Reserva para contingências • Reserva de retenção de lucros (para expansão) • Reserva de prêmio na emissão de debêntures • Reserva de incentivo fiscal • Reserva de lucros a realizar • Reserva especial de dividendos obrigatórios a distribuir Reservas de lucro 08/11/2016 48 • O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social. • Atingindo esse limite, a assembléia deliberará sobre aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social ou na distribuição de dividendos. Reservas de lucro Reserva legal – tem por finalidade assegurar a integridade do capital social, é utilizada para aumentar o capital da empresa ou absorver os prejuízos contábeis. • Esta reserva é formada antes de qualquer outra destinação do lucro Líquido do Exercício. Reservas de lucro • Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social. Reservas de lucro § 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montantedas reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital social. § 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital. Reservas de lucro 08/11/2016 49 Reserva estatutária – esta reserva deve ser prevista no estatuto da empresa. • O estatuto deve indicar de modo claro a sua finalidade, fixar critérios para a sua determinação e estabelecer seu limite máximo. • Não pode ser constituída em prejuízo da distribuição do dividendo mínimo previsto na lei. Reservas de lucro Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma: I - indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade; II - fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados à sua constituição; e III - estabeleça o limite máximo da reserva. Reservas de lucro Reserva para contingências – tem por objetivo compensar a diminuição do lucro, proveniente de provável perda futura, cujo valor possa ser estimado. • A constituição desta reserva é opcional, devendo indicar a causa da perda prevista e justificar as razões que recomendaram sua constituição. Reservas de lucro • Exemplos de contingências: expectativa de diminuição nos preços de produtos da empresa; previsão de lançamentos de produtos concorrentes com valor menor; perdas em função do clima com geadas, secas enchentes etc. Reservas de lucro 08/11/2016 50 • Quando a contingência se efetivar ou não se efetivar, a reserva deve ser revertida para a conta lucros/prejuízos acumulados, e o valor incluído nos dividendos que serão distribuídos. Reservas de lucro • Reserva de contingência é diferente de provisão para contingência. • A reserva não altera o resultado do exercício e o seu fato gerador é uma possibilidade; já a provisão para contingência é uma obrigação que alterou o resultado, pois o fato gerador da contingência já aconteceu. Reservas de lucro Art. 195. A assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado. Reservas de lucro § 1º A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda prevista e justificar, com as razões de prudência que a recomendem, a constituição da reserva. § 2º A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que justificaram a sua constituição ou em que ocorrer a perda. Reservas de lucro 08/11/2016 51 Reserva de lucro para expansão – serve para separar parte do lucro do exercício a fim de investir na expansão da empresa. • O valor da reserva deverá ser aprovado em assembleia, não podendo ser constituída em prejuízo da distribuição de dividendos obrigatórios. • Caso o valor da reserva não seja utilizado deverá ser revertido para a conta lucro ou prejuízo acumulado. Reservas de lucro Art. 196. A assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, deliberar reter parcela do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capital por ela previamente aprovado. § 1º O orçamento, submetido pelos órgãos da administração com a justificação da retenção de lucros proposta, deverá compreender todas as fontes de recursos e aplicações de capital, fixo ou circulante, e poderá ter a duração de até 5 (cinco) exercícios, salvo no caso de execução, por prazo maior, de projeto de investimento. Reservas de lucro Art. 196. A assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, deliberar reter parcela do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capital por ela previamente aprovado. § 2º O orçamento poderá ser aprovado pela assembleia- geral ordinária que deliberar sobre o balanço do exercício e revisado anualmente, quando tiver duração superior a um exercício social. Reservas de lucro Reserva de prêmios na emissão de debêntures – esta reserva foi criada pela Lei 11.941 de 2009. • Tem por objetivo transferir para reserva os valores que a empresa apurou como receita com ganhos na alienação de debêntures e não deseja que sejam tributados pela receita federal. • Esta reserva não é obrigatória, contudo, os valores destinados como reserva de lucro serão excluídos do cálculo dos dividendos que serão distribuídos. Reservas de lucro 08/11/2016 52 Reserva de incentivo fiscal – Criada pela Lei 11.638- 07 • A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório. Reservas de lucro • As contas “ doação, incentivo fiscal, subvenção recebidas e prêmio na emissão de debêntures” deverão ser classificadas como receitas, respeitando o princípio da competência. • Enquanto a receita não se realizar, a empresa deverá apresentar o valor recebido no passivo, como receita antecipada. Reservas de lucro • A parcela do lucro da empresa, que foi aumentada pelas receitas oriundas de incentivo fiscal, doação, subvenção e prêmio na emissão de debêntures poderá ser utilizada para distribuição de dividendos ou para formação de reserva de lucro, pois não há uma determinação legal, quanto ao seu destino. Reservas de lucro • Quando a empresa destinar a parcela do lucro como dividendos pagará os tributos sobre a receita; caso a empresa decida guardar o lucro como reserva, a receita não será tributada. • A regra é: Se formar reserva de lucro, não tributa e não distribui como dividendos. Se distribuir como dividendos, tributa e não forma a reserva de lucro. Reservas de lucro 08/11/2016 53 Reserva de lucros a realizar – Será formada com o valor dos dividendos obrigatórios que ultrapassar o lucro líquido do exercício efetivamente realizado. • É uma reserva facultativa da administração; que visa caracterizar no PL a parcela de lucro que foi realizada economicamente, mas não financeiramente, que superou o total dos dividendos obrigatórios a distribuir. Reservas de lucro Art. 197. No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar. Reservas de lucro § 1º Para os efeitos deste artigo, considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício que exceder da soma dos seguintes valores: I - o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial (art. 248); e II – o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. Reservas de lucro § 2º A reserva de lucros a realizar somente poderá ser utilizada para pagamento do dividendo obrigatório e, para efeito do inciso III do art. 202, serão considerados como integrantes da reserva os lucros a realizar de cada exercício que forem os primeiros a serem realizados em dinheiro. Reservas de lucro 08/11/2016 54 Reserva especial de dividendos obrigatórios a distribuir – Esta reserva será formada quando a empresa reconhece o direito dos sócios em receber os dividendos obrigatórios, mas não possui recurso financeiro disponível para efetivar o pagamento. Reservas de lucro • A formação desta reserva está prevista no art. 202 da lei 6.404 da seguinte forma: § 4º O dividendo previsto neste artigo não será obrigatório no exercício social em que os órgãos da administração informarem à assembleia-geral ordinária ser ele incompatível com a situação financeira da companhia. Reservas de lucro § 5º Os lucros que deixarem de ser distribuídos nos termos do § 4º serão registrados como reserva especial e, se não absorvidos porprejuízos em exercícios subseqüentes, deverão ser pagos como dividendo assim que o permitir a situação financeira da companhia. Reservas de lucro PREJUÍZO ACUMULADO 08/11/2016 55 • Representa o saldo negativo acumulado remanescente de período anterior, ou seja, os prejuízos que ainda não foram compensados. • É uma conta redutora do PL e possui natureza devedora. • É importante destacar que a conta lucros acumulados continua existindo, entretanto somente deverá ser apresentado no balanço patrimonial o saldo, se existente, dos prejuízos acumulados. Prejuízo acumulado • Segundo a Lei 11.638 nas sociedades anônimas a conta lucros acumulados não poderá manter saldo, devendo, caso exista saldo ao final do período, ser o mesmo destinado para reserva de lucro, distribuído como dividendo complementar aos sócios ou até mesmo utilizado para aumento do capital social. Prejuízo acumulado • A resolução CFC Nº. 1.157/09 prevê o seguinte sobre a conta lucros ou prejuízos acumulados: • A obrigação de essa conta não conter saldo positivo aplica-se unicamente às sociedades por ações, e não às demais, e para os balanços do exercício social terminado a partir de 31 de dezembro de 2008. • Assim, saldos nessa conta precisam ser totalmente destinados por proposta da administração da companhia no pressuposto de sua aprovação pela assembleia geral ordinária. Prejuízo acumulado • Essa conta continuará nos planos de contas, e seu uso continuará a ser feito para receber o resultado do exercício, as reversões de determinadas reservas, os ajustes de exercícios anteriores, para distribuir os resultados nas suas várias formas e destinar valores para reservas de lucros. Prejuízo acumulado 08/11/2016 56 AÇÕES EM TESOURARIA • Representa o produto da operação de compra pela empresa de suas próprias ações. • É uma conta retificadora do PL, tem natureza devedora. • A Comissão de Valores Mobiliários estabelece que podem adquirir ações de sua emissão, para permanência em tesouraria, e posteriormente aliená-las, as companhias abertas cujo estatuto social atribuir ao conselho de administração poderes para autorizar tal procedimento. Ações em tesouraria • A Instrução normativa CVM 567, de 17 de setembro de 2015 estabelece que as empresas de capital aberto não devem manter em tesouraria ações de sua emissão em quantidade superior a 10% (dez por cento) de cada classe de ações em circulação no mercado. • Também determinou que a negociação de ações de sua emissão deve ser liquidada em até 18 (dezoito) meses, contados da aprovação dos negócios pela assembleia geral ou pelo conselho de administração. Ações em tesouraria • Entende-se por ações em circulação no mercado todas as ações representativas do capital social não pertencente ao acionista majoritário ou controlador da empresa, ou seja, a empresa somente poderá adquirir as ações que não possuem preponderância nas decisões, pertencente a acionistas não controladores ou de pessoas que investem com caráter não permanente. Ações em tesouraria 08/11/2016 57 • A aquisição, por companhia aberta, de ações de sua emissão é vedada quando: I - tiver por objeto ações pertencentes ao acionista controlador; II - for realizada em mercados organizados de valores mobiliários a preços superiores aos de mercado; III - estiver em curso o período de oferta pública de aquisição de ações de sua emissão, conforme definição das normas que tratam desse assunto; ou IV - requerer a utilização de recursos superiores aos disponíveis. Ações em tesouraria • A deliberação do conselho de administração da empresa que autorizar a aquisição ou alienação de ações da companhia deverá especificar, conforme o caso: I - O objetivo da companhia na operação; II - A quantidade de ações a serem adquiridas ou alienadas; III - O prazo máximo para a realização das operações autorizadas, que não poderá exceder a 18 meses dias; IV - A quantidade de ações em circulação no mercado, conforme definição desta Instrução; Ações em tesouraria • A lei 6.404/76 no Art. 30. estabelece que a companhia não poderá negociar com as próprias ações. Nessa proibição não se compreendem: a) as operações de resgate, reembolso ou amortização previstas em lei; b) a aquisição, para permanência em tesouraria ou cancelamento, desde que até o valor do saldo de lucros ou reservas, exceto a legal, e sem diminuição do capital social, ou por doação; Ações em tesouraria c) a alienação das ações adquiridas e mantidas em tesouraria; d) a compra quando, resolvida a redução do capital mediante restituição, em dinheiro, de parte do valor das ações, o preço destas em bolsa for inferior ou igual à importância que deve ser restituída. • As ações adquiridas, enquanto mantidas em tesouraria, não terão direito a dividendo nem a voto. Ações em tesouraria 08/11/2016 58 DRE Resultado com mercadorias • A demonstração do resultado é uma demonstração contábil dinâmica, destinada a evidenciar a composição do resultado econômico apurado num determinado período de operações da Entidade. DRE • A DRE evidenciará de forma vertical a formação dos vários níveis de resultados mediante confronto entre as receitas e os correspondentes custos e despesas. DRE • O resultado é frequentemente usado como medida de desempenho ou como base para outras avaliações, tais como o retorno do investimento ou resultado por ação. DRE 08/11/2016 59 • As informações referentes ao desempenho da entidade, especialmente a sua rentabilidade, são requeridas com a finalidade de avaliar possíveis mudanças necessárias na composição dos recursos econômicos que provavelmente serão controlados pela entidade. DRE • Estas informações são úteis para prever a capacidade que a entidade tem de gerar fluxos de caixa a partir dos recursos atualmente controlados por ela. • Também são úteis para a avaliação da eficácia com que a entidade poderia usar recursos adicionais. DRE • Os elementos diretamente relacionados com a menstruação do resultado são as receitas e as despesas. DRE • As receitas e despesas podem ser apresentadas na demonstração do resultado de diferentes maneiras, de modo que prestem informações relevantes para a tomada de decisões. • Por exemplo, é prática comum distinguir entre receitas e despesas que surgem no curso das atividades usuais da entidade (operacionais) e as demais (outras receitas/despesas). DRE 08/11/2016 60 • Essa distinção é feita porque a fonte de uma receita é relevante na avaliação da capacidade que a entidade tenha de gerar caixa ou equivalentes de caixa no futuro; por exemplo, receitas oriundas de atividades eventuais como a venda de um ativo imobilizado normalmente não se repete numa base regular, por isso são tratadas como outras receitas. DRE • A lei 6.404 no artigo 187 trata da estrutura de apresentação da Demonstração do Resultado do Exercício, da seguinte forma: DRE I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; IV - o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; DRE V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; VI - as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. DRE 08/11/2016 61 § 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. DREReceita Bruta de Vendas • É a soma de todas as vendas, a vista ou a prazo, de mercadorias ou serviços realizadas pela empresa durante todo o período. • O registro é feito sempre pelo valor total de venda, sem dedução de impostos ou custos. DRE •Segundo a Lei 12.473-2014 a receita bruta compreende: a) o produto da venda de bens nas operações de conta própria; b) o preço da prestação de serviços em geral; c) o resultado auferido nas operações de conta alheia; e d) as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não compreendidas nas letras “a”, “b”, e “c” acima. DRE Deduções • Representa as despesas ou custos relacionados com a Receita Bruta, como os impostos que incidem sobre o faturamento da empresa e alguma situação que diminua o saldo das vendas. DRE 08/11/2016 62 As deduções de vendas são: • ICMS sobre vendas; • ISS sobre vendas; • PIS e COFINS sobre faturamento; • Devoluções de vendas, Cancelamento de vendas; • Descontos incondicionais concedidos, descontos comerciais e abatimentos concedidos. • Ajuste a valor presente DRE Receita Líquida de Vendas • Contem as receitas provenientes das vendas de produtos ou da prestação de serviços, oriundos da atividade operacional da empresa após as deduções sobre as vendas. • Nesta conta não é registrado por meio de lançamento nenhum valor, ela representa uma diferença. DRE • Segundo a Lei 12.473-2014 a receita líquida será a receita bruta diminuída de: I - devoluções e vendas canceladas; II - descontos concedidos incondicionalmente; III - tributos sobre ela incidentes; e IV - valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, das operações vinculadas à receita bruta. DRE Custos das mercadorias Vendidas • São todos os custos incorridos no processo de fabricação do produto (se for indústria) ou na aquisição da mercadoria para revenda (se for comércio); caso a empresa seja uma prestadora de serviço será calculado o CSP – custo do serviço prestado. DRE 08/11/2016 63 • O CMV será calculado pela equação: CMV = EI + compras – EF. • O CPV é calculado por meio da seguinte equação: CPV = EIPA + CPA - EFPA DRE Despesas Operacionais • Engloba todas as despesas relacionadas com a área operacional da empresa, tais como Contabilidade, Tesouraria, Departamento de Pessoal, Cobrança, Faturamento, Diretoria e serviços gerais... DRE • Entende‐se por despesas operacionais todas aquelas que estejam diretamente relacionadas com a atividade fim da empresa. • São as despesas rotineiras, que acontecem no dia a dia da empresa, caracterizadas por representarem os gastos contínuos. DRE Receitas operacionais • São as receitas que tem relação com as atividades da empresa; por exemplo, juros financeiros sobre vendas, comissões recebidas, descontos em pagamentos, ganhos na equivalência patrimonial, dividendos recebidos, aluguel de ativos. DRE 08/11/2016 64 • Mesmo não estando diretamente ligadas às vendas de mercadorias, são receitas continuadas da empresa e já estão relacionadas no seu orçamento. DRE Outras Despesas • São despesas que não fazem parte da atividade normal da empresa. • Normalmente, são fatos atípicos na empresa, casos não rotineiros como perda na venda de ativos não circulantes, despesas com sinistros, roubos ou doações efetuadas pela empresa. • São gastos não continuados. DRE Outras Receitas • São as receitas oriundas de outra atividade que não seja o objeto da empresa, como ganhos nas vendas de ativo não circulante, prêmios recebidos etc. • São ganhos descontinuados. DRE Receita Bruta de Vendas (‐) Deduções das vendas (=) Receita Líquida de Vendas (‐) Custo da mercadoria vendida (=) Lucro Operacional Bruto (‐) Despesas operacionais (+) Receitas operacionais (=) Lucro Operacional Líquido (‐) Outras despesas (+) Outras receitas (=) Lucro Antes CSLL/IR (‐) CSLL (‐) IR (=) Lucro Antes das Participações (‐) Participações nos lucros (=) Lucro Líquido do Exercício 08/11/2016 65 • Ao término do exercício social junto com a DRE deverá ser apresentado o cálculo do lucro ou prejuízo por ação da seguinte forma: Resultado por ação = Resultado líquido do exercício Número de ações do capital social DRE • É importante ressaltar que o saldo final apurado na DRE será revertido para a conta lucros ou prejuízos acumulados e, a partir desta conta, será feita a distribuição do lucro para a formação da reserva de lucro da empresa ou para a distribuição dos dividendos. DRE • Quando o resultado do exercício for um prejuízo ele deverá ser transferido para o patrimônio líquido e sera absorvido pelos lucros acumulados, reserva de lucro, reserva legal, nesta ordem, e se continuar existindo prejuízo, ele sera absorvido pelas reservas de capital. DRE A lei 6.404 trata do assunto no art. 189. • Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto sobre a Renda. • Parágrafo único. o prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem. DRE 08/11/2016 66 Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para: I ‐ absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros (artigo 189, parágrafo único)..... DRE RESULTADO COM MERCADORIAS Resultado com mercadorias Faturamento bruto (‐) IPI sobre faturamento (=) Receita bruta de vendas ou receita operacional bruta (‐) Deduções (=) Receita líquida de vendas ou receita operacional líquida (‐) Custo da mercadoria vendida ou custo do serviço prestado (=) Resultado operacional bruto ou lucro operacional bruto ou resultado com mercadorias 263 Resultado com mercadorias • O resultado com mercadorias somente considera as receitas e as despesas, custos e deduções relacionadas com a mercadoria negociada pela empresa; no seu cálculo não entram as demais receitas ou despesas operacionais ou não. 264 FRETE E COMISSÕES SOBRE VENDAS NÃO ENTRAM. 08/11/2016 67 Resultado com mercadorias As deduções de vendas são: • Devolução de vendas; • Vendas canceladas; • Descontos comerciais ou incondicionais concedidos; • Abatimentos sobre vendas; • Icms sobre vendas; • Pis/Cofins sobre vendas. 265 Resultado com mercadorias Custo da Mercadoria Vendida: • O CMV é tratado como uma despesa na apuração do resultado e será deduzido da receita líquida de vendas. • É calculado pela seguinte fórmula: • CMV = EI + COMPRAS LÍQUIDAS – EF 266 Resultado com mercadorias • O valor líquido das compras deverá ser calculado a partir das compras brutas adicionando as despesas que geralmente constam da nota fiscal, (frete, seguro e impostos não recuperáveis) e diminuindo os impostos recuperáveis, os descontos obtidos, as devoluções de compras as compras canceladas. 267 Resultado com mercadorias Compras líquidas = Compras (+) frete sobre compras (+) seguro sobre compras (+) carga e descarga de mercadorias compradas (‐) descontos e abatimentos obtidos na compra (‐) desconto comercial obtido (‐) devolução de compras (‐) compras canceladas (‐) impostos recuperáveis (Icms sobre compras) 268 08/11/2016 68 Impostos que afetam as mercadorias • ICMS ‐ Imposto sobre Operações Relativas a Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação. É um imposto de esfera estadual, considerado imposto por dentro, pois seu valor já esta embutido no preço de compra ou venda e é um imposto não cumulativo, isto é, o imposto incidente em uma operação (Compra) será compensado do imposto incidente da operação subseqüente (venda). 269 Impostos que afetam as mercadorias ICMS – • Imposto por dentro; • Recuperável ou não cumulativo; • Na compra gera um direito – Icms a recuperar; • Na venda gera uma dedução de receita e uma obrigação – Icms sobre vendas e Icms a recolher; • Tributo de incidência estadual. 270 Impostos que afetam as mercadoriasIPI ‐ Imposto Sobre Produtos Industrializados • É um imposto Federal exigido das empresas industriais. • O seu valor não está embutido no valor da mercadoria, devendo ser incluído no valor final da nota fiscal da operação, aumentando o valor a pagar pelo comprador. 271 Impostos que afetam as mercadorias • É um imposto não cumulativo para as indústrias, isto é, o imposto incidente de uma operação (Compra) será compensado com o valor do imposto incidente da operação subsequente (venda). 272 08/11/2016 69 Impostos que afetam as mercadorias • Nas operações de compra de mercadoria por parte das empresas comerciais, em geral o IPI é um imposto cumulativo, ou seja, quando uma empresa compra uma mercadoria para revendê‐la o IPI será considerado um custo não sendo recuperável no momento da venda. 273 Impostos que afetam as mercadorias IPI – • Imposto por fora; • Nas comerciais não é recuperável ou cumulativo; • Na compra é um custo; • Se recuperável (indústrias), na compra gera um direito IPI a recuperar; • Na venda é uma dedução do faturamento que gera uma obrigação – IPI sobre faturamento e IPI a recolher. • Tributo de incidência federal. 274 Impostos que afetam as mercadorias ISS ‐ Imposto sobre serviço de qualquer natureza. • É um imposto de competência Municipal, cobrado sobre prestadores de serviços, pode ter sua alíquota diferenciada de um Município para outro. Representa uma dedução do preço total da Receita de Serviços Prestados. 275 Impostos que afetam as mercadorias • Esse imposto é específico das empresas prestadoras de serviços; entretanto, algumas empresas comerciais, além de vender mercadorias, também pode prestar algum tipo de serviço pagando ISS sobre a receita desse serviço. 276 08/11/2016 70 Impostos que afetam as mercadorias • A alíquota e a base de cálculo do Imposto sobre serviços podem ser diferentes em cada cidade do país, pois dependem da legislação municipal. Entretanto a Emenda Constitucional 37/2002 determina a aplicação da alíquota mínima do ISS em de 2% (dois por cento), e a Lei Complementar 116/2003 estabelece a alíquota máxima de incidência do ISS foi em 5%, ou seja, a alíquota mínima é de 2% e a máxima é de 5%. 277 Impostos que afetam as mercadorias • PIS/COFINS sobre faturamento ‐ Plano de Integração Social / Contribuição para Financiamento da Seguridade Social • A base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins é o faturamento mensal, que corresponde à receita bruta de venda de produtos, mercadorias e serviços, assim entendida a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevante o tipo de atividade por ela exercida. 278 Impostos que afetam as mercadorias • Segundo a legislação especifica o PIS/COFINS pode ter um regime de incidência cumulativa (não recuperável) ou não cumulativa (recuperável), com alíquotas diferenciadas de acordo com o regime adotado de apuração do Imposto de renda adotado. • Lucro real (recuperável) ou lucro presumido (não recuperável). 279 Impostos que afetam as mercadorias PIS/COFINS – •Podem ser recuperáveis ou não; • Se recuperáveis na compra geram um direito – Pis/Cofins a recuperar; • Se não recuperáveis serão considerados custo na compra; •Na venda são deduções das receitas e geram uma obrigação – Pis/cofins sobre vendas e Pis/Cofins a recolher; • Tributos de incidência federal. 280 08/11/2016 71 Cálculo dos impostos sobre vendas • As receitas de vendas são denominadas de brutas, pois englobam todos os valores ganhos na operação, inclusive os impostos que incidem sobre as vendas. • Como os impostos deverão ser recolhidos aos cofres públicos a empresa deverá retirá‐los da receita bruta, para aí sim, obter a receita líquida de vendas. 281 Cálculo dos impostos sobre vendas • Guarde o seguinte: “Todo imposto sobre vendas é uma dedução que gera uma obrigação”. Dedução da receita gera uma obrigação: • Icms sobre vendas gera Icms a recolher; • Pis sobre vendas gera Pis a recolher; • Cofins sobre vendas gera cofins a recolher; • IPI sobre faturamento gera Ipi a recolher; • ISS gera ISS a recolher. 282 Cálculo dos impostos sobre vendas • A base de cálculo dos impostos sobre as vendas é estabelecida pela receita federal no RIR/99 – regulamento do imposto sobre a renda e demais legislações específicas do Pis/Cofins. 283 Cálculo dos impostos sobre vendas • A legislação determina a tributação sobre a receita efetivamente ganha pela empresa, ou seja, não sera tributada a devolução, a venda cancelada e nem os descontos concedidos no momento da venda. • Assim a base de cálculo dos impostos é a venda bruta menos os deduções. 284 08/11/2016 72 Cálculo dos impostos sobre vendas Receita bruta de vendas (‐) devolução de vendas (‐) vendas canceladas (‐) descontos comerciais concedidos (=) Base de cálculos dos tributos sobre as vendas • Sobre a base de cálculo será aplicada a alíquota referente ao IPI, ao Icms, ao Pis e a Cofins. 285 Cálculo da participações nos lucros – dividendos obrigatórios 286 Cálculo da participações nos lucros • Nos termos da Lei das Sociedades por Ações a Companhia deve realizar assembleia geral ordinária até o dia 30 de abril de cada ano, ocasião em que ocorre a deliberação acerca da destinação dos resultados do exercício social e a distribuição dos dividendos. 287 Cálculo da participações nos lucros Art. 132. Anualmente, nos 4 (quatro) primeiros meses seguintes ao término do exercício social, deverá haver 1 (uma) assembleia‐geral para: I ‐ tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeira II ‐ deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos;..... 288 08/11/2016 73 Cálculo da participações nos lucros A lei destaca que lucro líquido do exercício é o resultado do exercício que remanescer depois de deduzidas as participações, e também destaca que com as demonstrações financeiras do exercício, os órgãos da administração da companhia apresentarão à assembleia‐geral ordinária, proposta sobre a destinação a ser dada ao lucro líquido do exercício, observado o disposto nos artigos 193 a 203 e no estatuto. 289 Cálculo da participações nos lucros Assim, é importante destacar que as participações nos lucros não representam destinações do lucro do exercício. 290 O lucro pode ser destinado para: JSCP, dividendos, reservas de lucro e aumento d i l i l Cálculo da participações nos lucros • As participações nos lucros têm por objetivo atender as necessidades sociais da empresa, respeitando os direitos dos debenturistas e servindo de incentivo para os funcionários e administradores. • Representam a parcela do lucro que a empresa distribui aos beneficiados desta vantagem. 291 Cálculo da participações nos lucros • Segundo a lei 6.404/76, no art 187 deverão ser discriminadas as participações da seguinte forma: VI ‐ as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; modificado pela Lei 11.941/09 292 08/11/2016 74 Cálculo da participações nos lucros • No artigo 190 a mesma Lei trata das participações da seguinte forma: Art. 190. As participações estatutárias de empregados, administradores e partes beneficiárias serão determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a participação anteriormente calculada. 293 Cálculo da participações nos lucros • A base de cálculo das participações nos lucros é o lucro líquido apurado na DRE depois da provisão para o Imposto de Renda e a CSSL e deduzidos os prejuízos acumulados. 294 Cálculo da participações nos lucros LAIR (IR) LAP (‐) debenturistas (‐) empregados (‐) administradores (‐) partes beneficiárias (‐) fundos de assistência aos funcionários (=) LLE 295 DEAPF ATENÇÃO • As participações de debenturistas, empregados e fundos de assistência e previdência dos funcionáriossão dedutíveis do imposto de renda no LALUR. 08/11/2016 75 Cálculo da participações nos lucros Participação de Debenturistas • Debêntures são títulos que a empresa vende ao mercado em geral com o objetivo de aumentar seu capital de giro, geralmente será resgatado em longo prazo e tem como contrapartida uma conta no passivo exigível longo prazo. 297 Cálculo da participações nos lucros • Os compradores dos títulos de debêntures (debenturistas) terão normalmente os seguintes benefícios: I. Correção com juros, II. Participação nos lucros da empresa e III. Dependendo do documento de emissão as debêntures poderão ser convertidas em ações. 298 Cálculo da participações nos lucros • A lei 6.404/76 trata do assunto debêntures da seguinte forma: Art. 52. A companhia poderá emitir debêntures que conferirão aos seus titulares direito de crédito contra ela, nas condições constantes da escritura de emissão e, se houver, do certificado. Art. 56. A debênture poderá assegurar ao seu titular juros, fixos ou variáveis, participação no lucro da companhia e prêmio de reembolso. Art. 57. A debênture poderá ser conversível em ações nas di õ t t d it d i ã 299 Cálculo da participações nos lucros Participação dos Empregados • É uma obrigação instituída pela Constituição Federal, que representa um percentual em cima do lucro antes das participações a fim de complementar/melhorar o salário dos empregados. • A Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000, estabelece o seguinte: 300 08/11/2016 76 Cálculo da participações nos lucros Art. 2º A participação nos lucros ou resultados será objeto de negociação entre a empresa e seus empregados, mediante um dos procedimentos a seguir descritos, escolhidos pelas partes de comum acordo: I ‐ comissão escolhida pelas partes, integrada, também, por um representante indicado pelo sindicato da respectiva categoria; II ‐ convenção ou acordo coletivo. 301 Cálculo da participações nos lucros Participação dos administradores • Visa estimular aos profissionais da administração obter um melhor resultado na empresa, não é obrigatória. • A Lei só permite o pagamento desta participação quando os estatutos fixarem o pagamento de dividendos obrigatórios em pelo menos 25% do lucro do exercício. 302 Cálculo da participações nos lucros Participação de partes beneficiárias • Partes beneficiárias são títulos que as empresas negociam no mercado de capital com o objetivo de capitalizar recursos ou eram concedidos gratuitamente para pessoas que prestaram relevantes serviços para a empresa, sendo que os portadores dos títulos tinham o direito de participar nos lucros. 303 Cálculo da participações nos lucros • Atualmente está proibida a emissão de partes beneficiárias pelas empresas de capital aberto; entretanto, as pessoas que possuem os títulos ainda têm o direito de receber suas partes nos lucros da empresa. 304 08/11/2016 77 Cálculo da participações nos lucros • A lei 6.404 trata deste assunto da seguinte forma: Art. 46. A companhia pode criar, a qualquer tempo, títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao capital social, denominados "partes beneficiárias". 305 Cálculo da participações nos lucros § 1º As partes beneficiárias conferirão aos seus titulares direito de crédito eventual contra a companhia, consistente na participação nos lucros anuais. § 2º A participação atribuída às partes beneficiárias, inclusive para formação de reserva para resgate, se houver, não ultrapassará 0,1 (um décimo) dos lucros. 306 Cálculo da participações nos lucros Art. 47. As partes beneficiárias poderão ser alienadas pela companhia, nas condições determinadas pelo estatuto ou pela assembleia‐geral, ou atribuídas a fundadores, acionistas ou terceiros, como remuneração de serviços prestados à companhia. Parágrafo único. É vedado às companhias abertas emitir partes beneficiárias. 307 Cálculo da participações nos lucros Contribuição para fundos de assistência ou previdência dos empregados • São doações previstas no estatuto da empresa feitas a fundos dedicados a auxiliar os empregados, bem como, a previdência complementar na sua aposentadoria. 308 08/11/2016 78 Cálculo da participações nos lucros • As contribuições para instituições ou fundos de assistência e previdência dos empregados somente serão dedutíveis quando pagas a entidades de previdência privada expressamente autorizadas a funcionar no País 309 Cálculo da participações nos lucros • O RIR/99 trata do assunto no artigo 361 da seguinte maneira: • 361. São dedutíveis as contribuições não compulsórias destinadas a custear planos de benefícios complementares assemelhados aos da previdência social, instituídos em favor dos empregados e dirigentes da pessoa jurídica (Lei nº 9.249, de 1995, art. 13, inciso V). 310 Cálculo da participações nos lucros • As participações com contribuições não devem ser confundidas com as despesas operacionais. • Consideram‐se despesas operacionais os gastos realizados pelas empresas com serviços de assistência médica e social, destinados indistintamente a todos os seus empregados e dirigentes, inclusive os serviços assistenciais que sejam prestados diretamente pela empresa. 311 Cálculo da participações nos lucros • A lei 6.404/76 no artigo 189 estabelece que antes do cálculo de qualquer participação sobre o lucro devera ser retirado o prejuízo acumulado. 312 08/11/2016 79 Cálculo da participações nos lucros • Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto sobre a Renda. 313 Neste caso, a empresa deve formar uma nova base de cálculo para as participações fora da DRE. Cálculo da participações nos lucros • Fora da DRE: (=) LAP (‐) prejuízo acumulado (=) Base de cálculo das participações • Sobre esta base será calculada cada participação que será apresentada na DRE. 314 DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS Dividendos obrigatórios • Ao término do exercício social, depois de apurado o resultado e formadas as reservas obrigatórias a administração da empresa deverá apresentar os valores referentes aos dividendos obrigatórios. 316 08/11/2016 80 Dividendos obrigatórios • Dividendo obrigatório é o percentual estipulado no estatuto social da empresa que os sócios têm direito a receber ao término do período financeiro como parte nos lucros. 317 Dividendos obrigatórios • A legislação societária brasileira, Lei 6.404/76, determina a distribuição de dividendo obrigatório aos acionistas por meio dos artigos 109 e 202. 318 Dividendos obrigatórios Art. 109. Nem o estatuto social nem a assembleia‐geral poderão privar o acionista dos direitos de: I ‐ participar dos lucros sociais;... Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada de acordo com as seguintes normas… 319 Dividendos obrigatórios • A Lei das S.A. determina que, do resultado do exercício, deverão ser deduzidos os prejuízos acumulados em exercícios anteriores, e que seja também constituída uma provisão, no montante do imposto sobre a renda a ser pago pela sociedade. Do que restar, após tais deduções, deverão ainda ser retiradas as participações estatutárias. O valor que encontramos após estas operações denomina‐se lucro líquido 08/11/2016 81 Dividendos obrigatórios • A companhia somente pode pagar dividendos à conta de lucro líquido do exercício, de lucros acumulados e de reserva de lucros; e à conta de reserva de capital, no caso das ações preferenciais. 321 Dividendos obrigatórios • A distribuição de dividendos com inobservância da Lei implica responsabilidade solidária dos administradores e fiscais, que deverão repor à caixa social a importância distribuída, sem prejuízo da ação penal que no caso couber. 322 Dividendos obrigatórios • Quando o estatuto for omisso, a importância determinada de acordo com as seguintes normas: I ‐ metade do lucro líquidodo exercício diminuído ou acrescido dos seguintes valores: 323 Dividendos obrigatórios a) importância destinada à constituição da reserva legal (art. 193); e b) importância destinada à formação da reserva para contingências (art. 195) e reversão da mesma reserva formada em exercícios anteriores; 324 08/11/2016 82 Dividendos obrigatórios II ‐ o pagamento do dividendo determinado nos termos do inciso I poderá ser limitado ao montante do lucro líquido do exercício que tiver sido realizado, desde que a diferença seja registrada como reserva de lucros a realizar (art. 197); 325 Dividendos obrigatórios III ‐ os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados e se não tiverem sido absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo declarado após a realização. 326 Dividendos obrigatórios • É importante destacar que a Lei 11.638 cria a reserva de incentivo fiscal e autoriza a administração excluir dos dividendos obrigatórios este valor. 327 Dividendos obrigatórios • Segundo a referida Lei a assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório. 328 08/11/2016 83 Dividendos obrigatórios • Em 2009, a Lei 11.941 criou a reserva de lucros de “prêmios na emissão de debêntures”, sendo que o valor destinado para formação desta reserva também poderá ser retirado da base de cálculo dos dividendos a serem distribuídos pela empresa. 329 Dividendos obrigatórios • Assim, o percentual do dividendo a ser distribuído deverá estar previsto no estatuto social da empresa. • caso o estatuto seja omisso, deverão ser distribuídos no mínimo 50% do lucro líquido ajustado da seguinte forma: 330 Dividendos obrigatórios Lucro líquido do exercício (‐) valor destinado para reserva legal (‐) valor destinado para reserva de contingências (‐) valor destinado para reserva de incentivo fiscal (‐) valor destinado para reserva de prêmios na emissão de debêntures (+) reversão da reserva de contingência (+) reversão da reserva de lucros a realizar (+) reversão da reserva de incentivo fiscal e prêmios = lucro líquido ajustado 331 Dividendos obrigatórios • Quando o estatuto for omisso e a assembleia geral deliberar alterá‐lo para introduzir norma sobre a matéria, o dividendo obrigatório não poderá ser inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido ajustado. 332 08/11/2016 84 Dividendos obrigatórios • A lei societária prevê que o dividendo obrigatório pode deixar de ser distribuído ou pode ser distribuído por valor inferior ao determinado no estatuto social da entidade, quando não houver lucro realizado em montante suficiente (art. 202, inciso II). 333 Dividendos obrigatórios • Quando o dividendo obrigatório, devido por força do estatuto social ou da própria lei, excede o montante do lucro líquido do exercício realizado financeiramente, pode a parcela não distribuída ser destinada à constituição da reserva de lucros a realizar. 334 Dividendos obrigatórios • A lei societária ainda prevê que o dividendo obrigatório pode deixar de ser distribuído quando os órgãos da administração informarem à Assembleia Geral Ordinária ser ele incompatível com a situação financeira da companhia (art. 202, § 4º). 335 Dividendos obrigatórios • É uma discricionariedade conferida por lei aos administradores com vistas a evitar o comprometimento da gestão de caixa, desde que observadas outras condicionantes legais. 336 08/11/2016 85 Dividendos obrigatórios • Os lucros que deixarem de ser distribuídos serão registrados como reserva de lucro especial(reserva de dividendos obrigatórios a distribuir) e, se não absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser pagos como dividendo assim que o permitir a situação financeira da companhia. 337 Dividendos obrigatórios • Além do dividendo obrigatório, prevê a Lei brasileira a possibilidade de o estatuto de uma sociedade por ações prever o pagamento de dividendo intermediário. • Nesse caso, obedecidos o estatuto e a Lei, a deliberação da administração é final, não sendo submetida à apreciação dos acionistas. • A previsão estatutária já significa a aprovação da assembleia. 338 Dividendos obrigatórios • Os dividendos poderão ser pagos por cheque nominativo ou mediante crédito em conta corrente bancária aberta em nome do acionista em até, salvo deliberação em contrário da assembleia‐geral, 60 (sessenta) dias da data em que for declarado e, em qualquer caso, dentro do exercício social. 339 CONTROLE DO ESTOQUE 08/11/2016 86 Controle do estoque • É o mecanismo utilizado pela empresa para controlar a movimentação de mercadorias e estabelecer o valor do estoque para fins de registro. Controle do estoque • O controle de estoque é o procedimento adotado para registrar, fiscalizar e gerir a entrada e saída de mercadorias e produtos. • O controle de estoque deve ser utilizado tanto para matéria prima, mercadorias produzidas e/ou mercadorias vendidas e é feito por meio do inventário de mercadorias. Controle do estoque • O inventário é a ferramenta que a empresa possui para controlar e atualizar o valor do seu estoque em uma determinada data, bem como verificar a existência física de um bem. As empresas são obrigadas a efetuar o inventário no mínimo uma vez ao ano pelo método periódico ou pelo método permanente (artigo 289 do RIR/99) Controle do estoque • Contabilmente existe o inventário permanente e o inventário periódico Inventário do estoque é o levantamento quantitativo e qualitativo dos bens existentes. 08/11/2016 87 INVENTÁRIO PERIÓDICO Inventário Periódico • Neste sistema a movimentação do estoque é controlada por um período previamente estipulado pela administração. • Por determinação de normas contábeis, a cada mês a empresa deve elaborar o seu balancete de verificação, assim o controle do estoque deve ser realizado mensalmente. Inventário periódico • No inventário periódico as compras são registradas na conta “compras” e não diretamente na conta “estoque”. Compras Brutas (+) frete sobre compras (+) seguro sobre compras (+) carga e descarga de mercadorias compradas (‐) descontos e abatimentos obtidos na compra (‐) desconto comercial obtido (‐) devolução de compras (‐) compras cancelada (‐) Tributos recuperáveis (ICMS, PIS e COFINS sobre compras) = Compras Líquidas COMPRAS LÍQUIDAS 08/11/2016 88 Inventário periódico • Na venda, o estoque não é baixado imediatamente, o CMV será calculado somente ao término do período estabelecido. Fórmula do CMV pelo inventário periódico: Estoque Inicial (EI)+Compras Líquidas (CL)–Estoque Final (EF) Estoque Final do período anterior Soma das Compras Líquidas do período Contagem Física ATENÇÃO ESTOQUE INICIAL SUBAVALIADO CMV = MENOR LUCRO BRUTO = MAIOR SUPERAVALIADO CMV = MAIOR LUCRO BRUTO = MENOR ESTOQUE FINAL SUBAVALIADO CMV = MAIOR LUCRO BRUTO = MENOR SUPERAVALIADO CMV = MENOR LUCRO BRUTO = MAIOR 08/11/2016 89 INVENTÁRIO PERMANENTE Inventário permanente • Utilizado quando a empresa controla de forma contínua o estoque de mercadorias. • Toda entrada e saída de mercadorias é registrada na conta “estoque”. Pela soma dos custos de todas as vendas, teremos o custo das mercadorias vendidas (CMV) total do período Inventário permanente • Este método de controle de estoque é conhecido como método das fichas, pois cada bem deverá ter uma ficha, e esta será atualizada após cada transação, apresentando tempestivamente a evolução da conta estoque. Controle do estoque • Uma empresa pode adquirir os mesmos tipos de mercadorias em datas diferentes, pagando por elas preços variados. • Assim, para determinar o custo dessas mercadorias estocadas e das mercadorias que foram vendidas, a empresa precisa adotar algum critério. Os critérios de avaliação de estoqueno método permanente são: Preço Específico, PEPS, UEPS e Preço Médio 08/11/2016 90 Controle do estoque • Preço específico: • A apuração do custo pelo método do preço específico significa valorizar cada unidade do estoque pelo valor que foi efetivamente pago. • O controle é sobre o item do estoque. Controle do estoque • É utilizado quando o estoque é formado por itens que não são normalmente intercambiáveis e de bens ou serviços produzidos e segregados para projetos específicos. Controle do estoque • PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) • Também conhecido em sua nomenclatura em inglês FIFO (first‐in, first‐ out), dá destaque à ordem cronológica das entradas dos produtos no estoque. Controle do estoque • O critério PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) pressupõe que os itens de estoque que foram comprados ou produzidos primeiro sejam vendidos em primeiro lugar e, consequentemente, os itens que permanecerem em estoque no fim do período sejam os mais recentemente comprados ou produzidos. 08/11/2016 91 Controle do estoque • No PEPS, em período inflacionário, o saldo do estoque final é supervalorizado, pois o saldo final é sempre baseado no valor dos últimos lotes comprados, que por sua vez tendem a ser mais caros do que os primeiros. Controle do estoque • o PEPS é o método contábil utilizado pela Receita Federal do Brasil para o cálculo de tributos. PEPS – CMV menor, LOB maior, EF maior Controle do estoque • Pelo critério do custo médio, o custo de cada item vendido é determinado a partir da média ponderada do custo de itens semelhantes no começo de um período e do custo dos mesmos itens comprados durante o período. Controle do estoque Nesse método deve‐se dividir o saldo financeiro pelo saldo físico, ou seja, o total do estoque é dividido pelo número de unidades no estoque. 08/11/2016 92 Controle do estoque • UEPS (último a entrar, primeiro a sair) • Também é reconhecido como LIFO (last‐in, first‐out), segue um raciocínio invertido ao do PEPS, pois o custo do estoque leva em conta as unidades mais recentemente adquiridas. Controle do estoque • No UEPS, em período inflacionário, o saldo do estoque final é subavaliado, pois o saldo final é sempre baseado no valor dos primeiros lotes comprados, que por sua vez tendem a ser mais baratos do que os últimos. Controle do estoque • o UEPS é o único método contábil utilizado NÃO aceito pela Receita Federal do Brasil. UEPS – CMV maior, LOB menor, EF menor