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CAATINGA (Nichos ecológicos)

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CAATINGA
A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta. Este nome decorre da paisagem esbranquiçada apresentada pela vegetação durante o período seco: a maioria das plantas perde as folhas e os troncos tornam-se esbranquiçados e secos. A caatinga ocupa uma área de cerca de 850.000 km², cerca de 10% do território nacional, englobando de forma contínua parte dos estados da Paraíba, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia (região Nordeste do Brasil) e parte do norte de Minas Gerais (região Sudeste do Brasil).
Condições climáticas
O clima da caatinga é o tropical semiárido, com médias de temperaturas anuais elevadas, geralmente superiores a 25°C, em alguns lugares superior a 32°C, e por chuvas escassas e irregulares com longos períodos de seca.
Esse ecossistema apresenta uma vegetação xenófila, correspondente aos vegetais adaptados ao clima tropical semiárido, como o umbuzeiro, o xique-xique, o juazeiro, algumas palmeiras, o mandacaru etc.
O clima semiárido corresponde é um dos tipos de clima que apresenta longos períodos de estiagem (seca), altas temperaturas (média anual de 27°), donde as chuvas são escassas e mal distribuídas.
Características
As principais características do clima semiárido são:
· Baixa umidade;
· Altas temperaturas;
· Baixo índice pluviométrico;
· Chuvas irregulares e escassas;
· Pouca variação de temperatura (amplitude térmica);
· Solo pobre em nutrientes.
Flora da Caatinga
A caatinga é um bioma brasileiro e apresenta características que contribui para a biodiversidade das espécies de plantas e animais.
Está localizado principalmente nos estados do Nordeste como Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Além disso, abrange também parte do estado de Minas Gerais, fazendo da Caatinga um bioma que está presente em 11% do território brasileiro, porém considerado o bioma brasileiro menos explorado e consequentemente, o menos conhecido.
A vegetação da Caatinga é considerada por muitos como semelhante à de um deserto, pois o clima seco e a vegetação rasteira impossibilitam a plantação de diversas espécies vegetais.
Características da flora da Caatinga
A principal característica da flora da Caatinga é a condição de sobrevivência dessas plantas, as quais estão submetidas ao clima seco e com pouca quantidade de água.
Mesmo nessas circunstâncias, a caatinga é um local propício para o crescimento e desenvolvimento de diversas espécies de vegetais.
Confira outras características típicas da flora da Caatinga:
· A casca das árvores são grossas;
· As hastes das árvores possuem espinhos;
· As folhas são pequenas;
· As raízes são tuberosas para armazenar água.
De forma geral a vegetação da Caatinga é formada por três grupos, sendo elas:
· Arbóreo: representa as árvores que apresentam de 8 a 12 metros de altura;
· Arbustivo: representa a vegetação que apresenta de 2 a 5 metros de altura;
· Herbáceo: representa a vegetação que apresenta menos de 2 metros de altura.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, cerca de 900 espécies de plantas compõem o bioma da caatinga, sendo as bromélias e cactos as mais comuns.
Animais da Caatinga
A caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro. 
Está localizado no nordeste do país e constitui cerca de 10% do território nacional. 
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, cerca de 80% da caatinga já foram alterados, sendo considerado um dos ecossistemas mais degradados do planeta. 
preservação do bioma torna-se cada vez mais importante, pois ele está fragilizado por conta da devastação causada por ações humanas (caça, queimadas, desmatamento) bem como das mudanças climáticas. 
Essas ações têm culminado no desaparecimento de diversas espécies vegetais ou animais (inclusive endêmicas) e consequentemente, no desequilíbrio do ecossistema.
Características da Fauna da Caatinga
A caatinga é um bioma rico em espécies animais no qual há estudos que apontam a existência de aproximadamente 327 espécies endêmicas, ou seja, que existem somente naquele local. 
Estima-se que são típicos da caatinga 13 espécies de mamíferos, 23 de lagartos, 20 de peixes e 15 de aves. 
biodiversidade da Caatinga é rica, abrigando diferentes espécies de animais. 
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, há registros de 178 espécies de mamíferos, 591 espécies de aves, 177 espécies de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 espécies de peixes e 221 espécies de abelhas. 
Caatinga ainda apresenta animais em extinção, que segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, no ano de 2016 havia o registro de 136 espécies ameaçadas e 46 espécies endêmicas ameaçadas de extinção neste bioma. 
Além disso, este bioma é um dos mais afetados pelo tráfico de animais.
Animais que vivem na Caatinga
1. Águia-chilena (Geranoaetus melanoleucus)
· DESCRIÇÃO: Mede de 62-69 cm de comprimento, envergadura de até 2 m, e peso médio de 1.600 g (macho) e 3.000 g (fêmea). A cabeça e o pescoço de mesma coloração do dorso, partes inferiores brancas. O jovem apresenta plumagem marrom-escuro com partes inferiores mescladas de castanho, similar ao jovem de Geranoaetus albicaudatus, diferenciando-se principalmente pela silhueta.
· Dieta e comportamento de caça: Caça principalmente aves, cobras, lagartos e pequenos mamíferos, podendo comer carniça ocasionalmente. Em muitas áreas, o pombo-doméstico (Columba livia) parece ser um importante item alimentar da espécie. A águia-serrana em suas atividades de caça, costuma voar geralmente a 40-50 metros do solo para detectar a presa para então descer rapidamente até ela.
· Habitat e comportamento: Habita montanhas, savanas e campos naturais, podendo sobrevoar áreas urbanas. Frequentemente observada pousada em mourões de cerca, postes na beira de rodovias e no alto de torres de linhas de transmissão. Durante o período reprodutivo são bastante territoriais, defendem a área do ninho contra qualquer intruso que se aproximar, incluindo outros rapinantes grandes e até pessoas.
2. Calango-de-cauda-verde (Ameivula venetacaudus)
O Calango-de-cauda-verde é uma espécie de réptil encontrado somente na Caatinga do Piauí. Procura por insetos escondidos sob o folhiço, que é uma camada de folhas secas sobre o solo.
· Descrição: Uma espécie do grupo ocellifer com grânulos nos semicírculos supraorbitais, e sem esporas anais em machos. A Ameivula venetacaudus difere de todos os outros membros do grupo ocellifer pela ausência de listras no dorso e um elevado número de poros femorais, fileiras de esporas no calcanhar no sexo masculino, além de uma singular cauda verde, que na verdade parece verde mas o aspecto dorsal da cauda é azul brilhante, e o lateral é verde predominantemente azulado.
· Alimentação: O calango-de-cauda-verde procura por insetos escondidos sob o folhiço solto pelas árvores da caatinga para conter a perda de água. De hábitos diurnos, ele também se alimenta de pequenos animais, como formigas, grilos, gafanhotos e aranhas.
3. Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous)
· Descrição: É o canídeo brasileiro mais bem conhecido. Cachorros-do-mato possuem uma coloração variável, exibindo uma coloração de cinza e marrom, usualmente com tons de amarelo. As orelhas são curtas com tons avermelhados. A cauda é relativamente longa com pêlos longos tendendo a uma coloração preta.
· Ecologia e Habitat: É amplamente distribuído na América do Sul (excluindo a bacia Amazônica), desde o norte da Columbia até o norte da Argentina. Sua distribuição ocorre de costas a regiões montanhosas (até 3000 m) e esses canídeos normalmente habitam áreas abertas, campos e cerrados. É um animal territorialista e pode ser observado em grupos compreendendo um casal monógamo de adultos e 1-5 filhotes. É usualmente um caçador solitário e raramente caça em pares.
A dieta onívora varia dependendo da estação e tipo de habitat, mas geralmente incluem grandes proporções de frutos e pequenos mamíferos,mas também podem ser encontrados artrópodes, aves, répteis e anfíbios.
4. Mão-pelada (Procyon cancrivorus)
· Habitat: Habita de campos à florestas em áreas preservadas ou antropizadas.
· Hábito de vida: Noturno
· Características: De pelagem acinzentada e lembrando os Guaxinins Norte-americanos o Mão-pelada pode chegar até 1 metro de comprimento (do focinho à cauda). Possui uma máscara de pelos escuros ao redor dos olhos e anéis de pelos intercalados de faixas pretas na cauda. De dieta onívora, alimentam-se de frutos, sendo considerados bons dispersores de sementes, em especial da palmeira Jerivá (Syagrus romanzoffiana), assim como pequenos roedores, aves, anfíbios, peixes, moluscos, crustáceos e insetos sendo os dois últimos os principais itens de sua dieta. Um aspecto interessante é que este animal costuma lavar os alimentos antes de comer, ocorrendo, portanto, próximos a cursos d’água e mata ciliar.
5. Macaco-prego (Sapajus libidinosus)
· Habitat: Os macacos-pregos ocorrem no continente sul-americano, e duas espécies são endêmicas do Brasil (Sapajus xanthosternos e Sapajus flavius). São encontrados desde a bacia Amazônica até o sul do Paraguai e norte da Argentina e por todo o Brasil. Por esses territórios, habita uma ampla variedade de formações vegetais, desde as florestas úmidas da Amazônia e Mata Atlântica, até áreas mais secas, como a Caatinga e o Cerrado, assim como o Pantanal, e o Chaco seco na Bolívia e Paraguai.
· Descrição: A cauda é geralmente utilizada para manter a postura durante o forrageamento. Os macacos-pregos são macacos do Novo Mundo de porte médio, com os machos pesando entre 1,3 e 4,8 kg e as fêmeas entre 1,37 e 3,4 kg, tendo entre 35 e 48 cm de comprimento, sem a cauda, que possui entre 37,5 e 48,8 cm de comprimento. Animais em cativeiro tendem a ser mais pesados que animais livres, e já foi registrado machos pesando até 6 kg. Também, em cativeiro, podem viver até 55 anos, mas geralmente vivem até os 46 anos de idade. Possuem um polegar pseudo-oponível na mão, pois a articulação carpometacarpal do polegar não é do tipo em sela. Entretanto, isso não impede que o macaco-prego tenha precisão ao agarrar objetos pequenos, e de fato, é o único macaco do Novo Mundo que faz isso.
· Dieta: Esse animais se alimentam desde itens de origem vegetal, até pequenos vertebrados. São os mais "faunívoros" dos Platyrrhini e já foi registrado a predação de um filhote de guigó (Callicebus), o que sugere que eles podem predar outros primatas. Também se alimentam de invertebrados aquáticos como caranguejos e ostras e podem comer ovos de aves e provavelmente, de sapos.
6.Gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris)
· Distribuição: Ocorre em quase todo o Brasil (exceto na Amazônia), no nordeste da Argentina, Paraguai, Uruguai, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Algumas populações isoladas aparecem no norte da América do Sul, como na Venezuela, Suriname e Guiana.
· Alimentação: Possui uma dieta onívora. Ou seja, se alimenta de animais, insetos, ovos, cascas, frutos e plantas.
· Reprodução: É sazonal, entre o fim do inverno e o início da primavera, geralmente de setembro a maio. Cada reprodução gera, em média, seis filhotes, mas esse número pode variar entre quatro e 14 indivíduos. A gestação dura de 12 a 14 dias, e os filhotes ficam dentro de uma bolsa por 46 dias. Após 60 dias os filhotes saem do marsúpio e ficam agarrados às costas da mãe.
· Descrição: Com um tamanho de pequeno a médio, o gambá-de-orelha-branca assemelha-se em dimensões a um gato e, quando adulto, pesa cerca de um quilo e meio a dois quilos. A sua pelagem é preta-acizentada no corpo, preta no rabo e branca nas orelhas e no rosto, possui uma listra preta na cabeça e manchas pretas ao redor dos olhos.
7. Cutia (Dasyprocta Aguti)
· Descrição e dieta: Cutia é uma denominação de um grupo de roedores de pequeno porte do gênero Dasyprocta e família Dasyproctidae. São mamíferos roedores de pequeno porte, medindo entre 49 e 64 centímetros e pesando, em média, de 3kg a 6kg. Encontram-se distribuidos em parte da América do Norte, América Central e América do Sul. No Brasil, há a presença de nove espécies deste animal. Vivem em florestas úmidas e é uma espécie herbívora, ou seja, alimenta-se de hortaliças, tubérculos, grãos, sementes e frutas
· Reprodução: A fêmea encontra-se em sua maturidade sexual aos 10 meses de idade. Seu ciclo de gestação dura, em média, 104 dias, podendo nascer de 1 a 2 filhotes por ninhada. Os jovens nascem em ninhos forradas de folhas, raízes e cabelos. Eles são bem desenvolvidos no nascimento e podem estar acordados e comendo em uma hora. Os pais são barrados do ninho enquanto os jovens são muito pequenos, mas eles se unem pelo resto de suas vidas. Eles podem viver por até 20 anos, um tempo relativamente longo para um roedor.
8. Sagui-de-tufos-brancos (Callithrix jacchus)
· HABITAT: Habita florestas arbustivas da caatinga e a mata atlântica do Nordeste brasileiro, ocorrendo de forma nativa nos estados de Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Bahia e Tocantins até o sul da desembocadura do rio São Francisco. Foi uma espécie introduzida em várias localidades do Brasil, sendo muito comum em remanescentes de floresta degradada da mata atlântica e existem populações estabelecidas na Ilha de Santa Catarina e até em Buenos Aires, na Argentina, e são avistados em alguns locais do Rio de Janeiro, onde originalmente não ocorriam.
· Características: É um primata de pequeno porte com peso entre 350 e 450 gramas, pelagem estriada na orelhas e mancha branca na testa. A coloração geral do corpo é acinzentada-clara com reflexos castanhos e pretos. A cauda é maior do que o corpo e tem a função de garantir o equilíbrio do animal. Quando é ameaçado, emite guinchos muito agudos, alertando o grupo. Protegem o território de outros grupos com sons estridentes.
· Alimentação: Alimentam-se de insetos, aranhas, pequenos vertebrados, ovos e pássaro, frutos e são também gumívoros (alimentam-se da goma exsudada de troncos que roem com os dentes incisivos inferiores, de árvores gumíferas). Essa goma serve de fonte de carboidratos, cálcio e algumas proteínas.
O sagui despende cerca de 25 a 30% de seu tempo ativo procurando por alimentos.
9. Tatu-bola (Tolypeutes tricinctus)
· Características: O tatu-bola-da-caatinga é, em média, um pouco maior que seu primo do sul, o mataco (Tolypeutes matacus), alcançando de 32 a 39 cm de comprimento do focinho ao ventre (média de 35,7 cm), aos quais somam-se os 5 cm da cauda. Esta é imóvel e comparativamente mas curta que a dos matacos. O peso varia de 1,1 a 1,6 kg, sendo que observações feitas em campo mostram que os machos são um pouco maiores que as fêmeas. Seu tipo corporal é semelhante ao dos matacos, possuindo também uma armadura ligadas às suas costas, a qual cobre o seu corpo até suas pernas e divide-se em um segmento anterior e um segmento posterior, ligados por três cintas flexíveis. A principal diferença pode ser observada nas extremidades dos membros torácicos, os quais tem cinco dedos com garras e não quatro, como os matacos.
· INFORMAÇÕES GERAIS: Tolypeutes tricinctus é a menor, menos conhecida e única espécie de tatu endêmica do Brasil, pois sua distribuição se restringe à Caatinga e ao Cerrado brasileiros. Durante a época de acasalamento, observa-se mais de um macho acompanhando uma mesma fêmea. As fêmeas produzem, por ninhada, um, ou mais raramente dois filhotes, que nascem totalmente formados. Os estudos mais completos sobre a dieta do tatu-bola indicam que cupins e formigas são os itens mais importantes. Grande quantidade de areia e fragmentos de material vegetal (cascas e raízes) são também ingeridos junto com o alimento.
· DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Tolypeutes tricinctus vinha sendo considerado como endêmico da Caatinga mas, desde o primeiro registro para o Cerrado, outros achados confirmam que a distribuição da espécie avança para os Cerrados do Brasil Central, pelo menos até a região de Posse/Jaborandi/Correntina,na divisa de Goiás e Bahia e Minas Geraise, mais ao norte, nos Cerrados do Tocantins e Piauí. Informações da literatura científica indicam que a espécie está praticamente extinta nos Estados do Sergipe, Ceará e Pernambuco.
10. Onça-parda (Puma concolor)
· Descrição Física: Tem pelagem macia, de coloração acastanhada por todo o corpo à exceção da região ventral que é mais clara. Os filhotes nascem com pintas pretas e olhos azuis. O tamanho e o peso variam conforme a região de ocorrência. É um animal de corpo delicado e alongado, o que lhe dá muita agilidade. Podem saltar do chão a uma altura de 5,5m em uma árvore em um só pulo.
· Ecologia e Habitat: Uns dos felinos mais adaptável, sendo os carnívoros mais amplamente distribuídos nas Américas. Ocorre do sudoeste do Canadá até o Estreito de Magalhães, no extremo sul da Argentina e Chile. É um animal que se adapta a vários tipos de ambientes, de desertos quentes aos altiplanos andinos, encontrado tanto em florestas tropicais como em temperadas.
São animais de hábitos solitários e territorialistas, tendo maior atividade ao entardecer e à noite, mas o período de atividade pode variar muito. Os casais encontram-se apenas no período reprodutivo.
Assim como a onça pintada, alimenta-se de animais silvestres de portes variados, exercendo também um papel vital na manutenção da integridade dos ecossistemas onde ocorrem. Geralmente eles se alimentam de presas menores em comparação com a onça-pintada, especialmente quando ambas as espécies ocorrem nas mesmas áreas.
AMEAÇAS
Como acontece em muitos outros biomas, a Caatinga também sofre com uma série de ameaças que comprometem a conservação da sua biodiversidade, sendo que um desses riscos acontece por causa do tráfico de animais.
Dentre as principais ações responsáveis pela destruição da Caatinga estão: desmatamento, queimadas, exploração dos recursos naturais e mudanças no uso do solo.
Os órgãos ambientais do setor federal estimam que mais de 46% da área da Caatinga já foi desmatada. Vale ressaltar que muitas espécies são endêmicas desse bioma, ou seja, ocorrem apenas lá. Por isso, uma das formas de evitar o desaparecimento das espécies é criar novas unidades de conservação na área.
CURIOSIDADE
O "Dia da Caatinga" é comemorado desde 2003, no dia 28 de abril. Essa data representa o nascimento do ecólogo João Vasconcelos Sobrinho (1908-1989), pioneiro nos estudos do bioma.

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