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CALCULAR OS CIRCUITOS ELÉTRICOS É muito comum na época de uma construção ou reforma pensar em economia ou ate mesmo acreditar que esta exagerando na demanda considerada ou sugerida por um profissional. Neste momento temos que considerar o que temos de equipamentos elétricos e o que vamos acrescentar para ligar na rede elétrica. Procure dimensionar individualmente os circuitos elétricos exemplo, chuveiro, aquecedor, ar condicionado, tomadas de uso específicos (TUEs), tomadas de uso geral (TUG), implante a nova norma a NBR 14136 – Plugues e Tomadas para uso doméstico até 20A/ 250V em corrente alternada – Padronização, desenvolvida no âmbito da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. As tomadas do novo Padrão Brasileiro foram projetadas para impedir o contato acidental com os pinos do plugue quando estes estão energizados, evitando-se, assim, eventuais choques elétricos. Outro grande benefício da norma NBR 14136 é a padronização de plugues e tomadas em apenas duas versões de correntes: 10 A e 20 A. Como cada uma delas possui uma configuração diferente no diâmetro dos pinos, fica impossível ocorrer sobrecarga* de energia. Na prática, um aparelho eletroeletrônico com corrente de 20 A não pode ser conectado a uma tomada de 10 A, já que seu plugue é compatível apenas com tomadas de 20 A. Já um aparelho com corrente de até 10 A pode ser conectado tanto na tomada de 10 A quanto na de 20 A, pois não existe nenhum risco de sobrecarga nesse circuito. Em conformidade com a norma ABNT NBR 14136 os plugues e tomadas são com as seguintes medidas. 10 A orifício Ø 4 mm 20 A orifício Ø 4,8 mm E para os circuitos de iluminação, alarme e segurança. A margem de segurança de um cabo elétrico tem que ser considerado para que em alguma situação de sobrecarga e o cabo não sofra aquecimento, isso vale também para os disjuntores na hora da instalação, calcule o disjuntor nunca acima da corrente limite que suporta o cabo, exemplo se for ligar um circuito de chuveiro de 4500 Watts 220 Volts essa corrente será de 20,45 Ampères neste caso devemos usar um disjuntor de 25 Ampères, (20,45 +25% = 25).o acréscimo de 25% da a segurança de alguma variação no circuito queda de tensão, resistência em curto, já vi chuveiro com resistência em curto não é comum mas acontece, a resistência quando ligada sofre aquecimento e se funde com a própria temperatura eliminando almas aspirais e consequentemente aumentando a corrente. Falando em chuveiro, só use o DR no circuito se a resistência for blindada. Para os circuitos de tomadas de uso específicos(TUEs) use cabos acima de 4mm² e as tomadas deverão ser de 20 Ampères, quando for adquirir as tomadas e plugues novo padrão para 10 e 20 Ampères isso é para segurança dos circuitos o pino de 20 Ampères não entra na tomada de 10 Ampères e para as tomadas de uso geral (TUG) use cabos de 2,5mm², neste caso informe ao cliente que as tomadas são para 10 Ampères e não poderá ultrapassar essa corrente mesmo o cabo sendo de 2,5mm² que suporta 21 Ampères, neste caso a potencia poderá ser no Maximo até 1200 Watts por tomada. Para montagem dos quadros, coloque primeiramente no inicio do barramento os circuitos de correntes maiores, distribua por setores os ambientes do imóvel, distribuindo os circuitos de maneira que as cargas fiquem equilibradas, quando o circuito for bifásico ou trifásico. O modelo de planta ilustra como distribuir os circuitos. Como calcular a potência do disjuntor? Questão ligada a proteção elétrica de maquina de costura industrial. Que tipo de disjuntor posso usar e como calculo ? Motor de 1/4hp – 110v em rede monofásica domestica. De acordo com cálculos efetuados por engenheiros especialistas do setor elétrico, a equivalência ou conversão de unidades de medidas elétricas é feita assim: 01 CV (cavalo vapor) corresponde a 739 watts 1 HP (horse Power) equivale a 746 watts Pois bem, sua máquina de costura industrial trabalha com um motor de 1/4 HP, e como você especificou, a tensão de alimentação é de 110 volts, portanto: 746 watts divididos por 4 = 186,5 watts que corresponde a um motor de 1/4 HP Para sabermos qual o disjuntor apropriado para a proteção do mesmo, temos a seguinte fórmula matemática da Lei de OHM: A corrente (em ampères) é igual à potência (em watts) dividida pela tensão (em volts): Ou seja: I= P/U I- símbolo da corrente P- símbolo da potência U- símbolo da tensão Temos então aqui o cálculo em função de várias tensões: Potência de 186.5 watts divididos por 110 volts = 1.69 ampères 186.5 watts divididos por 115 volts= 1.62 ampères 186.5 watts divididos por 127 volts= 1.46 ampères Como você vê, a corrente de trabalho do motor de sua máquina é bem pequena, neste caso o disjuntor apropriado seria de no máximo para cinco ampères, o que é difícil de achar, se não encontrar nas lojas, o mais próximo seria de 10 ampères. Eu fiz o cálculo para as três tensões possíveis que podem incidir na entrada do seu motor, é só você comprar o disjuntor apropriado e coloca-lo na entrada da fase (aquele fio que quando esta com energia “DÁ CHOQUE”). Use um teste apropriado para identifica-lo, pode ser uma simples CHAVE TESTE NEON. É uma pequena chave de fenda com uma lâmpada NEON dentro do cabo plástico. Você segura à chave na parte de plástico e encosta o dedo em cima do cabo da chave. A ponta de metal da chave você encosta no fio onde está sem o isolante plástico. Se ele for o fio fase, a lâmpada NEON acende. Feito isto, DESLIGUE A REDE ELÉTRICA para não haver acidentes e instale o disjuntor. Circuitos elétricos Instalação residencial Confira como fazer corretamente sete tipos de instalação elétrica de baixa tensão. E veja como evitar quatro erros comuns Reportagem: Luiz Voltolini QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO No QD os condutores são identificados por letras. Confira: >> N: é o neutro do circuito, condutor de potencial nulo. >> R: é a fase do circuito, condutor energizado. >> PE: é a Proteção Equipotencial, ou fio terra, que é o condutor ligado ao sistema de aterramento da residência. O terra protege a instalação elétrica, os equipamentos e os seus usuários. Trabalhos em instalações elétricas, mesmo nas de baixa tensão, devem ser feitos sempre por profissional capacitado e seguindo as orientações da NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão. A engenheira eletricista Ellen Moraes Coimbra Santo também recomenda que o profissional tenha sempre à mão um livro sobre instalações elétricas para tirar dúvidas. Para as orientações dessa reportagem foram tomadas como base as informações do livro de Eduardo Cesar Alves Cruz e Larry Aparecido Aniceto, que traz fundamentos, prática e projetos em instalações residenciais e comerciais. Nesse livro os autores explicam que o ramal de entrada é o conjunto de condutores (compostos de até três fases e um neutro) que entra no poste auxiliar do consumidor, ligando o ponto de entrega ao quadro de medição (QM). O quadro de medição tem o primeiro conjunto de dispositivos de proteção da instalação elétrica, além do aparelho medidor de energia em kWh. Nele é instalado o sistema de aterramento de onde se origina o condutor de proteção equipotencial (PE), mais conhecido como fio terra. É do QM que sai o conjunto de condutores (até três fases, um neutro e um terra) que segue até o quadro de distribuição (QD). No QD são instalados os dispositivos de proteção de todos os circuitos da instalação elétrica chamados de circuitos terminais, cuja função é alimentar os pontos de utilização da residência. São os pontos onde são conectadas as cargas da instalação: tomadas, lâmpadas, chuveiros, equipamentos de ar-condicionado etc. Existem dois projetos elétricos residenciais, um para casa térrea e outro para sobrado. No da casa térrea a energia vem do QM para o quadro de distribuição e segue para oscircuitos terminais (chuveiro, tomadas e sistema de iluminação). No caso do sobrado, a energia sai do QM e segue para dois QD, sendo um no térreo e outro no piso superior. No térreo os circuitos terminais são para máquina de lavar, tomadas e iluminação. No andar de cima são para chuveiro, tomadas e lâmpadas (ver figuras 1 e 2). O conjunto de condutores que chega ao QM depende dos padrões de fornecimento da concessionária e da carga instalada. No caso da Eletropaulo, por exemplo, há três tipos de atendimento: A - monofásico a dois fios, sendo uma fase e um neutro (FN); B - monofásico a três fios (FFN) e C - trifásico a quatro fios (FFFN). Figura 2 - sobrado Figura 1 - Casa térrea Confira nos desenhos recomendações para instalação de tomadas, lâmpadas e chuveiros. Os exemplos são de circuitos em um sistema com tensão monofásica de 127 V e bifásica de 220 V. Todo circuito deve ter um condutor de proteção PE. No esquema, a ordem de representação dos condutores é neutro, fase, retorno e proteção, sempre lembrando que circuitos de tomadas devem ser independentes dos circuitos de iluminação. UMA LÂMPADA E TRÊS PONTOS DE COMANDO Este circuito necessita de um interruptor intermediário de quatro polos que garante sempre dois pares de polos em contato, cujo acionamento realiza a troca dos polos. O condutor N é ligado a um dos terminais da lâmpada. O R segue até o polo central do primeiro interruptor paralelo. O retorno liga os demais polos dos interruptores e o polo central do segundo interruptor paralelo ao outro terminal da lâmpada. A figura mostra o funcionamento deste circuito, utilizando um interruptor intermediário (S2) e dois interruptores paralelos (S1 e S3). PONTOS DE LUZ Uma lâmpada comandada por um interruptor Uma lâmpada e dois interruptores A instalação de uma lâmpada fluorescente de 127 V/15 W, comandada por um único ponto é feita por meio de um interruptor simples, de apenas uma tecla. O condutor N segue direto para um dos terminais da lâmpada. O condutor R segue até o interruptor. Este fio é o condutor que retorna da lâmpada ao interruptor. Este circuito não necessita de fio terra, mas a inclusão do PE no eletroduto permite que ele seja utilizado para aterrar a carcaça metálica de uma luminária instalada no lugar da lâmpada. Duas lâmpadas e um interruptor A instalação de duas lâmpadas comandadas por um interruptor simples segue o mesmo esquema de uma lâmpada. O condutor R segue até o interruptor e o N segue direto para um dos terminais de cada lâmpada. Nesse caso há dois retornos das lâmpadas ao interruptor. A ligação dos pontos de luz deve ser feita em paralelo e não em série. A instalação de um ponto de luz com dois pontos de comando é o circuito com interruptor paralelo. Este tipo de interruptor possui três polos: o polo central é o terminal comum e os polos extremos são os terminais que abrem e fecham o contato de forma não simultânea. Nesse caso, o N segue para um dos terminas da lâmpada. O R segue até o polo central do primeiro interruptor. Os retornos ligam as extremidades dos dois interruptores paralelos e ligam o polo central do segundo interruptor ao outro terminal da lâmpada. Veja nos desenhos como se dá a operação de ligar e desligar nesse tipo de instalação. TOMADAS Há dois tipos de tomadas, a Tomada de Uso Geral (TUG) e a Tomada Uso Específico (TUE). TUG: destinada à ligação de mais de um equipamento (não simultaneamente) e cuja corrente de consumo não seja superior a 10 A (ampère). São tomadas para liquidificador, geladeira, ventilador, ferro elétrico, televisão, DVD, equipamento de som etc. Para instalar tomadas com circuito monofásico de uso geral use fios de 2,5 mm2 e de preferência disjuntores de 10 A, pois as tomadas são fabricadas para suportar até esta amperagem. Ligue o N no polo esquerdo da tomada e o R no polo direito. O PE segue diretamente para o polo central. TUE: usada para alimentar de modo exclusivo equipamento com corrente nominal superior a 10 A, como torneira elétrica, lavadora de louças, chuveiro, ar- condicionado, motor de portão automático, bomba de piscina etc. Para instalar tomadas com circuito monofásico de uso específico, a TUE, use fios de 2,5 mm2 e de preferência disjuntores de 15 A. Além disso, identifique no QD o número do circuito e a qual equipamento ele se destina. A instalação segue o mesmo esquema da TUG. CHUVEIROS O circuito de uma tomada alta bifásica de 220 V para fornecer 5.400 VA (volt-ampère), destinado à alimentação de um chuveiro (TUE) é instalado a 2 m do piso. Nesse caso, a alimentação é feita por duas fases diferentes e pelo terra (R, S e PE) com fio de bitola de 6 mm2. Na prática, a conexão do chuveiro à rede elétrica não é feita por tomada, mas por emenda ou dispositivo próprio para conexão. NUNCA FAÇA ASSIM! 1. Ligação com um jumper (conexão direta entre dois pontos) no R e outro no N ligando ao centro do interruptor e outro jumper ligando R e N direto à lâmpada. Isso ocasiona curto-circuito. 2. Ligação do N no interruptor e também na lâmpada. Nesse caso não há corrente elétrica e a lâmpada não acenderá. 3. Ligação da R no interruptor e também na lâmpada. Isso provoca curto-circuito. 4. N ligado no interruptor e o R na lâmpada. Isso nunca deve ser feito, pois leva a corrente direto para lâmpada, provocando descarga elétrica em quem for trabalhar no sistema.
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