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AutoSport-1(20200701-PT)

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YAMAHA 
XENTER 125 
OPEL MOKKA
IMSAIMSA PROSSEGUE 
EM DAYTONA
42
anos
D I R E T O R P E D R O C O R R Ê A M E N D E S >> autosport.ptO S E M A N Á R I O D O S C A M P E Õ E S
#2218
A N O 4 2
01/07/2020
S e m a n a l
2,50€ (CONT.)
PÁG. 38 PÁG. 34
APRESENTAÇÃO
LIGADOS
F1 
ARRANCA 
NA ÁUSTRIA
CPRCPR REGRESSA 
EM CASTELO 
BRANCO
MOTORES
S E M Á F O R OS/
E D I Ç Ã O
#2218
0 1 / 0 7/ 2 0 2 0
SONHO Talvez esteja muito perto de se concretizar o sonho de Portugal voltar a ter 24, anos depois, F1 em Portugal. 
A foto é de Barcelona, mas talvez este ano se veja algo semelhante 1259 Km mais a Sudoeste, em Portimão. Tic, tac...
> > a u t o s p o r t . p t f f a c e b o o k . c o m /a u t o s p o r t p t l t w i t t e r . c o m /A u t o S p o r t P T
S I G A - N O S E M
José Luís Abreu
DIRETOR-EXECUTIVO
jabreu@autosport.pt
Siga-nos nas redes sociais e saiba 
tudo sobre o desporto motorizado no 
computador, tablet ou smartphone via 
facebook (facebook.com/autosportpt), 
twitter (AutosportPT) ou em 
> > a u t o s p o r t . p t
EM DIRETO
PARADO A ARRANCAR A FUNDO
I N S T A N T Â N E OI/
3
O S E M A N Á R I O D O S C A M P E Õ E S N A E R A D I G I T A L
P
assou mais uma semana 
e a possibilidade de 
voltarmos a ter F1 em 
Portugal é cada vez mais 
forte, ainda que, como bem 
sabemos, seja necessário 
esperar até ao último momento pelo 
anúncio oficial pois só aí podemos 
respirar fundo. Poucos acreditaram, 
desde que em 26/2/2020 
publicámos um artigo a alertar para 
a necessidade de provas de reserva 
na F1. Falámos com Paulo Pinheiro, 
que se mostrou naturalmente 
cauteloso mas muito ‘aberto’ à 
questão. Mais recentemente, Ni 
Amorim confessou-nos que por 
essa altura a FPAK mandou uma 
carta para a FIA a dizer “estamos 
cá, temos aqui uma excelente pista, 
se precisarem de nós digam”. O 
resto é história. Poucos foram os 
que acreditaram que fosse possível 
e até alguns com grande interesse 
na questão. Quando voltámos ao 
assunto, em março, já sabíamos que 
as conversas existiam e também 
que o percurso era ainda muito 
longo. Quiseram as circunstâncias 
da pandemia que esse percurso 
fosse sendo encurtado, até um 
momento em que Portugal entrou 
verdadeiramente, não na corrida, 
pois aí já estava, mas na luta pela 
discussão dos primeiros lugares. 
No momento em que escrevo a 
meta está à vista, há ainda vários 
adversários com possibilidades, 
mas a confiança - que pelo menos 
uma ‘medalha’ neste ‘Jogos 
Olímpicos’ vamos conseguir - é 
muito grande, e só não levantamos 
os braços a festejar porque ninguém 
pode cantar vitória até que a 
“Senhora gorda cante”. Por nós, essa 
Senhora gorda pode perfeitamente 
chamar-se Ross Brawn ou Chase 
Carey. Tanto faz, é preciso é que 
cante... 
Polémica entre Lewis 
Hamilton e Bernie 
Ecclestone devido ao 
‘Black Lives Matter’ 
era desnecessária
É cada vez mais 
provável o anúncio 
do GP de Portugal de 
Fórmula 1 em 2020. 
Talvez, quando este 
jornal lhe chegar às 
mãos, já se saiba...
Tudo a postos para o 
recomeço dos ralis, em 
Castelo Branco e logo 
com ‘casa-cheia’, 85 
inscritos. Agora é ter 
cuidado com o vírus...
“Felizmente para todos os que 
gostam de ralis, as provas 
estão de volta e, portanto, 
neste momento é hora de quem 
realmente gosta de ralis unir-
se e levarmos este desporto 
para a frente”, Bruno Magalhães, 
contente pelo recomeço do CPR 
“Mais do que nunca, é 
importante percebermos que 
é fundamental seguirmos 
todos, desde pilotos, 
equipas, espetadores e 
demais intervenientes, as 
recomendações da Escuderia 
Castelo Branco e da FPAK para 
que tudo corra bem neste 
regresso”, Ricardo Teodósio, a 
passar uma mensagem importante
“Dez corridas é suficiente para 
descobrir um campeão”, Daniel 
Ricciardo a antever uma F1 muito 
‘curta’...
AGORA SIM, 
A PARTIDA...A PARTIDA...
Depois de sete meses e 11 dias 
a Fórmula 1 está pronta para 
um novo começo depois do GP 
da Austrália ter sido cancelado 
in-extremis devido à Covid-19.
Passaram vários meses, 
muita coisa aconteceu, mas 
em termos desportivos nada 
deverá ser muito diferente 
do que se viu nos testes de 
Barcelona
4
F
inalmente! Depois dum longo hiato 
resultante da pandemia de coro-
navírus, que ainda assola o mundo 
fortemente, a Fórmula 1 encontrou 
forma de contornar as dificulda-
des impostas um pouco por todo o 
lado devido à Covid-19 que, segundo pa-
rece, está para “lavar e durar”. Seja como 
for, nunca a Fórmula 1 nos seus 70 anos 
de história esteve tanto tempo sem ter 
corridas, mas a Liberty Media e a FIA, em 
conjunto com os promotores das corri-
das, conseguiram ultrapassar os muito 
obstáculos e pelo menos as primeiras 
oito corridas na Europa já estão agenda-
das, esperando-se a qualquer momento 
o restante calendário, estando Portugal 
com esperança de poder receber a F1.
Entre as muitas medidas que permitem o 
arranque, a F1 não vai ter público nas ban-
cadas, algo que pode mudar num futuro 
próximo, dependendo do país onde se dis-
putar a corrida e do que estiver a suceder 
tendo em conta a Covid-19: “Quando for-
mos para corridas fora da Europa podere-
mos começar a pensar em ter adeptos”, 
disse Ross Brawn, Diretor Desportivo da 
F1. O primeiro fim de semana de F1 é 3/5 
julho na Áustria, a primeira de duas cor-
ridas em semanas consecutivas naquele 
país. Devido à atual fluidez da situação da 
Covid-19 a nível internacional, a F1 está a 
fi alizar os pormenores do restante ca-
lendário, que se espera ter um total de 
15-18 eventos até dezembro.
E o que se pode esperar fora da pista nes-
tes primeiros tempos? Muita segurança! 
Foram estabelecidas um conjunto de me-
didas para o regresso às pistas, tal como 
testes regulares a qualquer pessoa que 
participe no evento. Haverá uma redução 
significativa no pessoal que viajará para 
as corridas de todas as partes, incluin-
do as equipas, a FIA, os fornecedores e 
a própria F1. Medidas de distanciamen-
to social serão implementadas e aplica-
das em todo o paddock. Atividades pré e 
pós-corrida, como hino nacional, parque 
fechado e pódios serão alterados para ga-
rantir distâncias seguras. O formato das 
primeiras corridas não irá sofrer altera-
ções, mantendo os três dias de atividade. 
A Pirelli escolheu os compostos para os 
primeiros oito GP e tomou duas decisões 
interessantes nessa lista. O composto C5, 
mais macio, não vai aparecer porque não 
há circuitos citadinos no calendário e as 
José Luís Abreu e Jorge Girão
jabreu@autosport.pt
FOTOS Philippe Nanchino e Oficiais
F1F1/
 F Ó R M U L A 1
FÓRMULA 1 ARRANCA NA ÁUSTRIA
5
> > a u t o s p o r t . p t
duas corridas de Silverstone terão dois 
conjuntos diferentes de compostos, com o 
C1-3 no primeiro grande prémio e o C2-4 
no segundo. Isto proporcionará dois fin 
de semana potencialmente bem dife-
rente ao mesmo tempo que dará à Pirelli 
uma boa oportunidade para perceber 
os efeitos que os diferentes compostos 
de pneus podem ter nas corridas de F1, 
numa mesma pista.
TEMPO MUDOU ALGUMA COISA
Em termos desportivos não é muito pro-
vável que o que se vai ver na Áustria seja 
muito diferente do que se antevia para o GP 
da Austrália, mas a verdade é que o sim-
ples facto de ser uma pista diferente, onde 
por acaso foi a Red Bull que ali venceu o 
ano passado, pode permitir surpresas. 
Acredita-se que a Mercedes deve partir 
à frente, mas há ainda muita indefin ção. 
A Mercedes parte para mais uma tempo-
rada com um alvo nas costas, sendo no-
vamente a favorita aos títulos, mas talvez 
2020 seja o ano em que Lewis Hamilton 
sentirá mais dificuldades para revalidar 
o seu ceptro. A formação do construtor 
de Estugarda tem vindo a dominar a Era 
Turbohíbrida desde que esta teve o seu 
início em 2014, vencendo todos os títulos 
em liça, e este ano parte, como tem sido 
habitual, como a equipa a bater.
Os testes raramente são de facto conclu-
sivos e basta olhar para 2019, quando a 
Ferrari foi apontada como a favorita para 
o início da época, para percebermos que 
os dados que se obtémna pré-temporada 
são muitas vezes enganadores. No entan-
um bom sinal. A Williams passou tam-
bém por dificuldades, montando o mes-
mo número de unidades de potência, o 
que evidencia que os problemas sentidos 
não foram questões episódicas, sendo o 
sistema de lubrificação uma das ques-
tões dos V6 turbohíbridos da Mercedes.
Por muito que uma equipa se prepare, 
mostre ser capaz de inovar e seja com-
petente, existem sempre deficiências e 
pontos fracos e a fiabilidade parece ser, 
neste momento, a maior debilidade da 
Mercedes, tendo a Red Bull e a Ferrari 
de aproveitar todas as oportunidades se 
quiserem bater a equipa que já não é su-
plantada desde o longínquo ano de 2013.
Tanto a formação de Milton Keynes como 
a de Maranello abordaram os testes de 
Inverno com discrição e só no último dia 
C/ C A L E N D Á R I O(EUROPEU) DA F1
GP DA AÚSTRIA F1 3 - 5 DE JULHO
GP DA AÚSTRIA F1 10 - 12 DE JULHO 
GP DA HUNGRIA F1 17 - 19 DE JULHO
GP GRÃ-BRETANHA F1 31 DE JUL. - 2 DE AGOSTO
GP GRÃ-BRETANHA F1 7 - 9 DE AGOSTO
GP ESPANHA F1 14 - 16 DE AGOSTO
GP BÉLGICA F1 28 - 30 DE AGOSTO
GP ITÁLIA F1 4 - 6 DE SETEMBRO
to, a Mercedes voltou a mostrar o porquê 
de ter conquistado os últimos doze cam-
peonatos em disputa.
O W11 mostra ser um carro tremenda-
mente eficaz tanto nas mãos de Lewis 
Hamilton como nas de Valtteri Bottas e 
sem vícios, apresentando diversas ino-
vações que ficaram na retina de todos 
os observadores e, sobretudo, na das 
suas rivais.
O W11 parece ter tudo para prosseguir a 
veia vencedora dos seus antecessores, 
mas nem tudo é um mar de rosas do lado 
dos Flechas de Prata.
A fiabilidade da unidade de potência da 
Mercedes deixou algumas questões, ten-
do a equipa do construtor alemão monta-
do três V6 turbohíbridos para completar 
as duas semanas de testes, o que não foi 
6
> > a u t o s p o r t . p t
deram uma ideia melhor do seu poten-
cial, muito embora, no caso da Red Bull, 
Max Verstappen tenha tentado esconder 
o verdadeiro potencial do RB16, travando 
energicamente antes de chegar à linha de 
meta na sua volta mais rápida, e existam 
ainda dúvidas quanto ao uso dos modos de 
motor mais potentes por parte da Ferrari.
No entanto, fora da pista, o comportamen-
to das duas equipas foi diametralmente 
oposto – de um lado, a formação de licen-
ça austríaca mostrou-se confiante e mais 
empolgada desde que conquistou o seu 
último título; do outro, da Scuderia já se 
ouviram declarações a baixar a fasquia 
para a Áustria, assegurando que não ti-
nham qualquer possibilidade de vencer, 
assumindo problemas em todas as áreas 
do SF1000.
Mattia Binotto apontou que, muito em-
bora o novo carro de Maranello produ-
za mais apoio aerodinâmico que o seu 
antecessor, o arrasto é muito maior, le-
vando a que Charles Leclerc e Sebastian 
Vettel tenham velocidades de ponta 
modestas, situação que é ampliada por 
uma unidade de potência menos per-
formante comparativamente com a sua 
antecessora. Por outro lado, a tendên-
cia subviradora do SF90 parece man-
ter-se este ano, levandoa que os pilo-
tos não possam atacar o acelerador de 
uma forma tão incisiva como os seus 
adversários directos. Mind Games? É 
o que se vai ver quando se realizar a 
primeira qualificação e corrida do ano. 
A Red Bull, por seu lado, aparentemente 
tem um carro com um nível de apoio ae-
rodinâmico semelhante ao da Mercedes, 
mas talvez a sua consistência não seja 
tão elevada, levando a que os seus pi-
lotos passem por dificuldades, sobre-
tudo nas curvas de baixa, o que ficou 
exemplificado pelos diversos piões que 
f1/F Ó R M U L A 1
O carro rosa, de Silverstone, parece par-
tir para época na frente deste segun-
do pelotão, podendo até, como dizem 
alguns, imiscuir-se entre a Ferrari e 
a Red Bull, mas a grande questão será 
verificar se a Racing Point terá o melhor 
entendimento de um conceito técnico 
que não é inteiramente seu e se afasta 
daquele que usou nos últimos anos, o 
que poderá criar complicações no de-
senvolvimento e na afi ação a cada 
umas das pistas.
Cabe à McLaren e à Renault fazerem 
vingar os seus carros e desenvolvê-los 
de uma forma mais efetiva de modo a 
que ao longo do ano possam impor-se 
à Racing Point, que aparentemente ar-
ranca à frente. AlphaTauri, Alfa Romeo 
e Haas serão factores a ter em conta na 
luta pela primazia no segundo pelotão, 
mas sem estar no nível competitivo 
das três equipas mencionadas ante-
riormente, ao passo que a Williams, 
que deu um passo significativo depois 
do desaire do ano passado, estará este 
ano na luta da cauda do pelotão.
Agora resta esperar para ver os carros 
em pista para começar a tirar as diver-
sas conclusões, algo que não aconte-
cerá nos treinos livres já que o trabalho 
a fazer é tanto que só mesmo quando 
o foco estiver mesmo na performance 
(qualificação) e ritmo de corrida, pode-
remos ter uma ideia onde estará cada 
equipa e cada piloto, não esquecendo 
que um fim de semana nunca dará um 
fil e completo. Provavelmente, o se-
gundo fim de semana da Áustria já será 
bem mais fidedigno. Vamos, como já se 
percebeu, ter uma época de F1 atípica, 
com vários fins de semana de corridas 
consecutivas que deixam pouco espa-
ço para mudanças, mas as coisas são 
como são. Rujam os motores... 
Verstappen e Alex Albon cometeram 
ao longo das seis jornadas de testes 
em Barcelona.
Daqui depreende-se que a Mercedes 
talvez, e levando em conta que os tes-
tes não são fiáveis, parta à frente, mas 
nem a Red Bull nem a Ferrari estão muito 
longe e poderão estar em condições de a 
pressionar desde a corrida de Spielberg, 
podendo ser o ritmo de desenvolvimento 
ao longo da temporada - mesmo neste 
período de pandemia - o fator determi-
nante para que uma delas se imponha 
no fi al de 2020.
TODOS CONTRA O 
‘MERCEDES COR DE ROSA’
O segundo pelotão parece estar mais 
junto que nunca, tendo a Williams se 
juntado a uma festa que terá como 
grande motivo de interesse vermos 
a batalha entre duas fi osofias distin-
tas. De um dos lados temos a Racing 
Point que aproveitou toda a informa-
ção que reuniu para construir um clone 
do Mercedes W10. Do outro, a Renault 
e a McLaren que seguem a sua próprio 
projeto, tentando fazer a ponte entre 
o segundo pelotão e as três grandes.
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AUTOSPORT_230X297_Abril_2020.pdf 1 08/04/2020 21:37
Muita coisa se passou nos bastidores durante estes quase 
quatro meses de hiato, mas as 10 equipas e 20 pilotos de 
F1 dificilmente poderão ter mudado muita coisa face ao que 
já conhecíamos dos testes de Barcelona. Seja como for, há 
sempre espaço para surpresas
8
1 MERCEDES
A Mercedes domina a F1 desde que a era 
turbohíbrida foi introduzida e a equipa não 
parece estar interessada em deixar os 
seus créditos por mão alheias. A Mercedes 
apareceu em Barcelona com um carro, 
o W11, cheio de inovações, sendo o mais 
evidente o ‘DAS’, mas também a suspensão 
traseira mostra que a estrutura não 
tem receio de experimentar e inovar. O 
monolugar de Brackley mostrou em pista 
ser um carro efetivo, prometendo a Lewis 
Hamilton ter, mais uma vez, uma arma 
letal para assegurar o sétimo título da sua 
carreira. Se a isto juntarmos a capacidadeoperacional da Mercedes, assim como o 
seu potencial de desenvolvimento, tudo 
aponta para mais um ano em que a equipa 
do construtor germânico poderá novamente 
bater recordes.
2 FERRARI
Depois da desilusão de 2019, a Scuderia 
espera poder voltar à luta pelos títulos que 
lhe escapam desde 2008, mas durante 
os testes deste Inverno mostrou uma 
postura muito conservadora, raramente 
procurando tempos, o que deixou dúvidas 
quanto à competitividade do SF1000. São 
diversos os observadores que apontam 
que a frente do mais recente monolugar 
de Maranello é demasiado conservadora 
aerodinamicamente e mecanicamente, o 
que cria problemas de aderência no trem 
dianteiro. Assim, dificilmente a Ferrari estará 
na luta, mas a equipa promete recuperar 
e o carro é um passo em frente ao nível do 
apoio aerodinâmico. No campo dos pilotos, 
os italianos terão de gerir de uma forma 
mais eficaz a sua dupla e impedir que Charles 
Leclerc e Sebastian Vettel se prejudiquem em 
pista como se verificou na época passada.
3 RED BULL
Este é o ano em que a Red Bull quer estar 
preparada para lutar pelo título pela 
primeira vez desde 2014. Nos últimos anos a 
equipa de Milton Keynes nunca iniciou uma 
época capaz de se bater de igual para igual 
com a Ferrari, quanto mais a Mercedes, 
mas em 2020 o caso parece ser diferente. 
Esta época os indícios apontam para que a 
Red Bull esteja, pelo menos, bastante mais 
perto dos Mercedes, podendo afirmar-se 
como a principal adversária. Se o chassis 
desenhado por Adrian Newey parece 
ter o potencial para vencer corridas, no 
caso da unidade de potência da Honda 
existem ainda algumas dúvidas quanto 
às suas performances e fiabilidade. No 
entanto, se os japoneses tiveram dado 
o passo em frente que se espera, Alex 
Albon e, sobretudo, Max Verstappen serão 
adversários duros.
4 MCLAREN
Os problemas que afectaram a McLaren 
em anos passados são agora memórias 
distantes, mas também os tempos das 
vitórias e de conquistas de campeonatos 
fazem parte da história, estando a equipa 
de Woking a trabalhar para voltar a ser 
vista como uma estrutura de ponta. Em 
2019 a formação britânica assumiu-
se como a clara quarta força em pista, 
ainda que longe das três grandes, tendo 
ainda conquistado um pódio. Dar o 
passo seguinte e voltar ao círculo dos 
vencedores é bastante mais difícil e, 
muito provavelmente, terá ainda mais 
concorrência este ano para manter o 
quarto posto nos Construtores, sobretudo 
do lado da Racing Point e da Renault. 
No entanto, a equipa tem uma dupla 
de pilotos rápida e ambiciosa e uma 
organização cada vez mais apurada e o 
primeiro carro saído da pena de James Key 
parece ser uma verdadeira evolução do 
seu antecessor. Vamos ver como tudo se 
desenrola com a mà situação financeira da 
marca britânica.
5 RENAULT
A Renault teve um ano de 2019 
dececionante, terminando o campeonato 
no quinto lugar quando ambicionava 
aproximar-se das três grandes, vendo-se 
ultrapassada pela sua cliente McLaren. 
A pré-temporada não começou bem, com 
uma apresentação sem carro, mas quando 
chegou a Barcelona a Renault respondeu 
bem, apresentando um carro tecnicamente 
interessante, muito embora tenha sido 
concebido pela equipa técnica que foi 
substituída durante o ano passado. Cyril 
Abiteboul e seus pares já avisaram que o 
foco da Renault será 2022, quando entra 
em vigor um novo regulamento técnico, 
mas duas boas temporada (2020/2021) 
serão importantes depois de confirmada 
a manutenção da equipa na F1, algo que 
chegou recentemente a estar em causa. 
Daniel Ricciardo vai sair, mas este ano, com 
Esteban Ocon ao seu lado, podem – e devem 
- no mínimo recuperar o quarto lugar.
6 ALPHATAURI
Novo ano e novo nome para a estrutura de 
Faenza, que passa a chamar-se agora de 
AlphaTauri. A colaboração com a Red Bull 
é mais estreita que nunca, sendo o AT01 
o produto da parceria, assemelhando-
se bastante ao Red Bull RB15 Honda. 
2019 foi uma boa época para a equipa 
B da companhia austríaca de bebidas 
energéticas, com dois pódios e o sexto 
posto no Campeonato de Construtores, 
o que não é fácil de melhorar, sobretudo 
porque a concorrência no segundo pelotão 
está mais forte que nunca, com a McLaren 
e a Renault a mostrarem os músculos e 
a Racing Point a apostar numa melhoria 
significativa. No entanto, a AlphaTauri 
parece estar mais bem preparada que 
nunca e tem em Daniil Kvyat e Pierre Gasly 
dois pilotos desejosos de voltar a provar o 
respetivo valor, estando empenhados em 
prosseguir a boa época do ano passado.
7 RACING POINT
A equipa de Silverstone fez um corte 
completo com o passado. Com dinheiro 
para começar com uma folha em branco, 
os técnicos da Racing Point pegaram 
nos milhares de fotos que possuíam do 
Mercedes W10 e tentaram replicar o que 
O MESMO 
PARADIGMA?
COMO VAI SURGIR CADA 
EQUIPA E PILOTO
f1/F Ó R M U L A 1 1 MERCEDES
4 MCLAREN
7 RACING POINTEQUIPAS
9
> > a u t o s p o r t . p t
a equipa do construtor de Estugarda 
fez – pelo menos, foi esta a linha oficial 
de comunicação. O sétimo lugar no 
Campeonato de Construtores do ano 
passado foi o possível depois da ressaca 
dos problemas financeiros da Force India, 
mas para 2020 os objetivos são claros, 
recuperar o quarto lugar. Este é um 
desiderato que não se afigura fácil, uma 
vez que McLaren e Renault continuam a 
trabalhar para se aproximarem das três 
grandes, mas para já Sérgio Pérez e Lance 
Stroll mostram-se entusiasmados com 
o RP20.
8 ALFA ROMEO
A equipa de Hinwill vai para o seu segundo 
ano a defender as cores da Alfa Romeo e a 
melhoria de resultados é uma obrigação, 
quando se representa um nome com tanta 
tradição na categoria. 2019 começou 
bem para a equipa do construtor de 
Arese, com Kimi Raikkonen a marcar 
pontos consistentemente. No entanto, 
com o decorrer do ano os resultados 
foram escasseando e o oitavo lugar no 
campeonato foi uma desilusão para uma 
estrutura que estava no quinto lugar 
após dez corridas disputadas. Este ano 
a Alfa Romeo manteve a sua dupla de 
pilotos de 2019 e a subida de forma de 
Antonio Giovinazzi no último terço da 
época passada promete que, se o C39 
tiver potencial, ele e Kimi Raikkonen 
assegurarão os pontos para elevar a equipa 
no campeonato, muito embora bater-se 
com Racing Point, McLaren e Renault seja 
talvez um objetivo demasiado ambicioso.
9 HAAS 
2020 é um ano de grande importância para 
a Haas, depois de todas as dificuldades 
pelas quais passou no ano passado com 
o seu carro, que apesar de forte em 
qualificação não conseguia em corrida 
gerir convenientemente os pneus. Com 
um reduzido número de membros, a 
equipa norte-americana nunca conseguiu 
compreender os problemas que a afligiram 
em 2019, tendo chegado ao defeso sem 
uma ideia clara das causas da quebra de 
performance que sentia aos domingos. A 
formação dirigida por Guenther Steiner 
espera poder ter resolvido todos os 
problemas, o que será determinante para 
o seu futuro, uma vez que no ano passado 
Gene Haas, o homem que paga as contas, 
já se mostrou um pouco agastado como 
a quantidade de dinheiro que lhe estava a 
custar a operação para resultados longe do 
que desejava.
Kevin Magnussen e Romain Grosjean têm, 
por isso, uma enorme pressão sobre os 
ombros.
10 WILLIAMS
Qual seria a abordagem mais lógica para a 
temporada de 2020 para uma equipa que 
primou pela intensa falta de competitividade 
nos últimos dois anos? Com uma profunda 
mudança regulamentar adiada para 2022, 
talvez fosse conveniente olhar para a época 
como um ano zero, garantir que todas as 
ferramentas de simulação tinham uma 
boa correlação com a pista nas primeiras 
corridas e, daí para a frente, apostar as 
fichas todas em 2021. O carro deste ano 
da Williams não é mais que uma evolução 
do seu antecessor, com o qual a equipa 
espera ter curado os graves problemas que 
sentiu na temporada passada, mas falta-
lhe a sofisticação até dos monolugares do 
segundo pelotão. Dificilmente a formação 
de Grove não terá mais um ano complicado. 
Até porquefoi posta à venda! Seja como for, 
se conseguir chegar à cauda do segundo 
pelotão, recuperar a respeitabilidade e, 
sobretudo, preparar bem 2021, então talvez 
o futuro seja melhor.
8 ALFA ROMEO
10 WILLIAMS
9 HAAS
5 RENAULT
2 FERRARI 3 RED BULL
6 ALPHATAURI
10
1 LEWIS HAMILTON
Campeão do Mundo parte para 2020 com o 
propósito de fazer história e igualar os sete 
títulos de Michael Schumacher. O inglês 
tem estado nos últimos anos a um nível 
elevadíssimo, parecendo ter algo sempre 
guardado para quando é desafiado e não 
parece estar pronto para abrandar. Apesar 
de não o ser oficialmente, Hamilton é o 
verdadeiro líder em pista da Mercedes, o 
que o ajuda alcançar aqueles dois décimos 
de segundo especiais a que apenas os 
grandes conseguem chegar. Resta saber se 
este ano precisa de os ir buscar. Seja como 
for, parte como favorito.
2 VALTTERI BOTTAS
Bottas viu o seu contrato estendido mais 
um ano, mas esta é uma temporada em 
que voltará a ter de dar o seu melhor se 
quiser manter-se na equipa. Ser colega de 
equipa de Lewis Hamilton não é fácil, mas 
durante a sua permanência tem mostrado 
alguns momentos em que se mostrou capaz 
de replicar as performances de Hamilton, 
faltando-lhe, no entanto, consistência. Será 
este ano em que Bottas conseguirá elevar o 
seu nível e desafiar Hamilton?
3 SEBASTIAN VETTEL
Vettel tem vindo a assinar temporadas 
dececionantes pejadas de erros que 
contribuíram, decisivamente, para ter 
perdido um título para Lewis Hamilton e 
para se ver numa posição fragilizada no 
seio da Ferrari perante Charles Leclerc. De 
saída da equipa, estará mais descontraído e 
com alguma ‘raiva’ e por isso pode superar-
se para bater um colega de equipa que 
se assume como futuro da Scuderia. A 
questão passa por saber se tem ainda essa 
capacidade.
4 CHARLES LECLERC
Leclerc parte para a temporada de 2020 
com uma extensão de contrato que o levará 
a ficar na Ferrari até ao final de 2024, o que 
evidencia a confiança que a equipa tem em 
si. No entanto, se quiser, de facto, assumir-
se como o ponta de lança terá de se ver 
livre de alguns dos erros que cometeu na 
temporada passada. Contudo, mostrou 
ser capaz de aprender com as próprias 
falhas, evoluindo consistentemente ao 
longo da época. Fica por perceber se terá a 
experiência necessária para se bater com 
Hamilton e/ou Verstappen.
5 MAX VERSTAPPEN
O holandês é uma força da natureza com um 
talento natural fabuloso e uma confiança 
aterradora, o que lhe garante uma rapidez 
que não mede meças a ninguém. No 
entanto, apesar de ter melhorado bastante 
após o seu despiste nos treinos-livres do 
Grande Prémio do Mónaco de 2018, durante 
a temporada passada ainda cometeu alguns 
erros que, numa eventual luta pelo título, 
lhe poderão custar pontos. Porém, o Red 
Bull deste ano parece ser um claro passo 
em frente e, se aprimorar a sua abordagem 
a algumas lutas, será seguramente um 
adversário de peso. 
6 ALEX ALBON
Depois de no ano passado ter ingressado 
na Red Bull a meio da temporada, esta 
época o tailandês terá a sua primeira 
época completa numa equipa de ponta e o 
seu nível terá de subir, obrigatoriamente. 
A esfera da Red Bull já mostrou 
abundantemente que não tem paciência 
para pilotos que operam aquém do desejado 
e não terão pejo em enviar Albon de volta 
para a AlphaTauri. O jovem tailandês já 
mostrou, contudo, rapidez, e este ano terá 
de ser consistente.
7 LANDO NORRIS
Foi uma das estrelas de 2019, tendo-se 
mostrado rápido e consistente ao longo 
da temporada. Para 2020 espera-se que 
Norris continue a evoluir e a mostrar ser um 
campeão do futuro, mantendo-se ao nível 
do seu colega de equipa de forma a ajudar 
a McLaren a continuar na luta pelo quarto 
lugar do Campeonato de Construtores.
8 CARLOS SAINZ
O espanhol assinou em 2019 a melhor 
temporada da sua carreira na F1 - já 
tem contrato com a Ferrari -, mostrou-
se consistente e rápido aproveitando o 
potencial do seu McLaren e, se o MCL35 
Renault se mostrar um passo à frente 
relativamente ao seu antecessor, então 
poderemos ver mais algumas prestações de 
encher o olho da parte do espanhol.
9 DANIEL RICCIARDO
O australiano teve um mau 2019 e o carro 
deste ano da Renault não mostrou estar 
à frente do segundo pelotão, podendo 
Ricciardo ter mais uma época de luta 
por lugares secundários. O ano passado 
dominou completamente Hulkenberg, mas 
este terá um jovem desejoso de provar o 
seu valor, o que poderá não ser uma tarefa 
simples. Tem contrato assinado com a 
McLaren para 2020, mas este ano terá de 
voltar a ser o líder da Renault.
1 0 ESTEBAN OCON
O jovem francês regressa este ano à 
competição depois de um ano como piloto 
de testes da Mercedes. É natural que no 
início da temporada o ano sabático se faça 
notar nos arranques e nas lutas corpo 
a corpo, mas com o decorrer da época 
espera-se que Ocon possa aproximar-se e, 
pelo menos, pressionar Daniel Ricciardo. Se 
não conseguir atingir estes objectivos, a 
percepção que ainda existe de que o gaulês 
é um piloto de futuro poderá sair diminuída.
1 1 SÉRGIO PÉREZ
O mexicano tem vindo a assumir-se como um 
piloto muito consistente capaz de garantir 
resultados a uma equipa do segundo pelotão, 
o que lhe permitiu assegurar um volante na 
Racing Point, que no próximo ano chamar-
se-á Aston Martin, até ao final de 2022. 
O Racing Point deste ano, com um novo 
conceito, parece ser o carro a bater entre 
o segundo pelotão, o que poderá permitir a 
Pérez ser um candidato regular aos melhores 
lugares atrás das três grandes.
1 2 LANCE STROLL
O canadiano não teve uma temporada 
brilhante em 2019, vendo-se batido 
claramente por Sérgio Pérez em qualificação, 
sendo um dos habituais candidatos a ser 
eliminado logo na Q1. Em corrida as suas 
prestações foram mais positivas, mas 
normalmente prejudicadas pela qualificação. 
Com um Racing Point mais competitivo este 
ano a pressão está do lado de Stroll para 
melhorar as suas performances e secundar de 
uma forma efectiva o seu colega de equipa.
f1/F Ó R M U L A 1
PILOTOS
1 LEWIS HAMILTON
7 LANDO NORRIS
13 KIMI RAIKKONEN
19 GEORGE 
 RUSSELL
20 NICHOLAS 
 LATIFI
8 CARLOS SAINZ
14 ANTONIO GIOVINAZZI
2 VALTTERI BOTTAS
11
> > a u t o s p o r t . p t
1 3 KIMI RAIKKONEN
O finlandês é o piloto mais velho em pista, mas 
nem por isso deixa de mostrar motivação para 
continuar na F1 onde continua a ser uma mais-
valia. Iniciou bem a temporada passada, mas 
foi perdendo ritmo, tal como a equipa. Este 
ano o Iceman terá de continuar a mostrar o 
desejo de competir e num segundo pelotão tão 
competitivo a sua experiência será um aspeto 
a ter em conta. Se o colega o começar a bater 
talvez seja esta a sua última temporada.
1 4 ANTONIO GIOVINAZZI
O italiano teve um início de temporada difícil 
o ano passado e o despiste na penúltima 
volta do GP da Bélgica, quando rodava em 
oitavo, foi-lhe custoso, mas depois deu um 
passo em frente e passou esgrimir-se com 
Kimi Raikkonen. O azar de Giovinazzi foi 
que a sua subida de forma coincidiu com 
a quebra competitiva da equipa. Espera-se 
que este ano o transalpino possa continuar 
o bom final de temporada passada, senão o 
seu lugar está em risco.
1 5 DANIIL KVYAT
O russo teve uma temporada sólida no seu 
regresso à Toro Rosso depois de ter sido 
despedido. Conseguiu um pódio no louco GP 
da Alemanha e não perdeu muito quer para 
Alex Albon quer para Pierre Gasly, contudo, 
quando foi preciso encontrar um substituto 
para o desapontante francês na Red Bull, foi o 
tailandês o escolhido. A decisão dos homens 
da Red Bull parece não ter tido impacto em 
Kvyat que se mostrou forte, sendo imperativo 
que mantenha a sua solidez este ano.
1 6 PIERRE GASLY
O gaulês teve uma passagem pela Red 
Bull dececionante, mas a mudança de 
ares fez-lhe bem já que depois do verão 
parecia um piloto novo, voltando a ver-se a 
rapidez que o tinha promovido à Red Bull. 
O francês terá de manter e, de preferência, 
melhorar as performances da ponta finalda temporada passada se quiser ser levado 
em consideração para uma eventual vaga na 
Red Bull, mas o seu objectivo prioritário terá 
de ser manter o seu lugar na AlphaTauri.
1 7 KEVIN MAGNUSSEN 
A temporada de 2019 do dinamarquês sofreu 
com os problemas da Haas que não poucas 
vezes tinha um carro rápido em qualificação 
que depois perdia eficácia em corrida. Ainda 
assim, foi o K-MAG a garantir os melhores 
resultados da equipa. Sem contrato para lá do 
final do ano, Magnussen está desejoso de ter 
um monolugar competitivo para poder provar 
o seu valor e garantir a sua continuidade na 
F1, mas para já parece difícil que a Haas tenha 
dado um passo em frente.
1 8 ROMAIN GROSJEAN
O francês tem-se mostrado errático ao 
longo de toda a sua carreira, mas quando 
está nos seus dias é notoriamente rápido. 
O ano passado foi determinante para que a 
Haas pudesse apontar um caminho para os 
problemas técnicos que sentia e isso poderá 
ter sido importante para que tenha mantido o 
seu lugar. No entanto, este ano Grosjean terá 
de se mostrar muito mais consistente para 
poder continuar a sua carreira na F1.
1 9 GEORGE RUSSELL
O jovem protegido da Mercedes teve uma 
temporada de estreia na F1 muito positiva. 
Este ano, com um rookie como colega de 
equipa, espera-se que Russell confirme 
o potencial que se vê nele e, para isso, 
bater Nicholas Latifi em todas as áreas é 
absolutamente necessário e, se o Williams 
permitir, lutar por alguns pontos ao longo da 
época. 
20 NICHOLAS LATIFI
O jovem canadiano chega à F1 muito bem 
preparado, tendo testado e realizado sessões 
de treinos-livres anteriormente com a Renault, 
Force India e Williams, equipa cujas cores 
defende este ano. Espera-se, portanto, que 
se adapte rapidamente ao seu novo mundo 
e, se bater Russell talvez se mostre uma 
tarefa a roçar o impossível, aproximar-se das 
performances do inglês será um bom início.
9 DANIEL RICCIARDO 10 ESTEBAN OCON 11 SÉRGIO PÉREZ 12 LANCE STROLL
15 DANIIL KVYAT 16 PIERRE GASLY 17 KEVIN MAGNUSSEN 18 ROMAIN GROSJEAN
3 SEBASTIAN VETTEL 4 CHARLES LECLERC 5 MAX VERSTAPPEN 6 ALEX ALBON
Fábio Mendes
autosport@autosport.pt
FOTOS OficiaisSALTO 
NO TEMPO
A ‘caravana’ da Fórmula 2 entrou em modo pausa depois dos 
testes de pré-época devido à pandemia. Mais de três meses 
depois, está tudo pronto para o arranque
12
F2/
 F Ó R M U L A 2
O 
maior palco para as jovens pro-
messas do desporto automóvel 
está de regresso. A F2 continua 
a ser a principal fornecedora de 
jovens à Fórmula 1 e todos os 
aspirantes a um lugar no gran-
de circo querem estar nesta competição. 
Desde 2017 que o campeonato deixou de 
ser GP2 para se tornar F2 e a competi-
ção ganhou uma relevância ainda maior.
A qualidade global do plantel aumen-
tou muito, as corridas tornaram-se mais 
emocionantes e as equipas de Fórmula 1 
estão agora bem mais atentas aos jovens 
talentos. A Fórmula 2 continua a acompa-
nhar a Fórmula 1 e, apesar do calendário 
ajustado, está na mesma ao lado da com-
petição principal.
O fim de semana é constituído por uma 
sessão de treinos e uma sessão de quali-
ficação que decide a grelha para a corrida 
principal de 170 Km ou 60 minutos com 
uma paragem obrigatória nas boxes. A 
pole position dá quatro pontos e o sistema 
de pontos da corrida principal é o normal-
mente usado nas corridas de F1. A corrida 
13
> > a u t o s p o r t . p t
Sprint é de 120 Km ou 45 minutos e a gre-
lha é defin da na Corrida Principal, com os 
oito primeiros classificados a serem co-
locados na ordem inversa para a corrida 
Sprint. Apenas os oito primeiros pontuam 
num sistema de pontos adaptado (15, 12, 
10, 8, 6, 4, 2, 1). Os pilotos têm à sua dispo-
sição máquinas de igual valia: Um chassis 
Dallara equipado com um motor V6 de 3.4 
litros, turbinado, com 620 cv, desenvolvido 
pela Mecachrome, acoplado a uma caixa 
semiautomática de seis velocidades com 
todos os sistemas de segurança FIA. Este 
ano a grande novidade é o uso de rodas de 
18 polegadas pela primeira vez, que servirá 
para a Pirelli e a F1 recolherem dados para 
a mudanças de regulamentos técnicos em 
2021 que prevê também a entrada de rodas 
de 18 polegadas na categoria máxima do 
desporto motorizado.
Quanto às equipas presentes, a época 
2020 terá 11 equipas em competição com 
a entrada da Hitech Gran Prix, que se jun-
tou às dez estruturas existentes. O ex-
periente Luca Ghiotto e Nikita Mazepin 
(vice-campeão GP3, 2018) foram os pi-
lotos escolhidos. Outra das mudanças 
foi a saída do nome Arden da grelha. A 
HWA Racelab adquiriu a estrutura com 
quem tinha uma parceria técnica e as-
sumirá o lugar da Arden com Giuliano 
Alesi e Artem Markelov como pilotos. A 
DAMS, equipa campeã em título, também 
apresenta mudanças no seu alinhamen-
to. Nyck de Vries, campeão de 2019 foi 
para a Fórmula E (Mercedes) e Nicholas 
Latifi foi o único piloto da ‘turma’ de 2019 
a subir à F1 pela porta da Williams. Sean 
Gelael e o repescado Dan Ticktum (pi-
loto da Williams, depois de perder o 
apoio da Red Bull) serão os homens 
do volante. Roy Nissany (Trident) tor-
nou-se piloto de testes da Williams 
e merece também destaque pela re-
cente promoção. A Prema manteve 
Mick Schumacher para este ano e re-
cebe o campeão em título de Fórmula 3, 
Robert Shwartzman. Jack Aitken (piloto 
Williams) manteve o lugar na Campos, 
Pedro Piquet (Charouz Racing System), 
Felipe Drugovich (MP Motorsport) e 
Guilherme Samaia (Campos) são os 
três brasileiros que estarão em pista 
este ano. A Grã-Bretanha (3), Brasil (3) 
e a Rússia (3) são as nações com mais 
representantes neste campeonato. 
Fábio Mendes
autosport@autosport.pt
FOTOS Oficiais
O SONHOO SONHO 
COMEÇA AQUI!
O ano de 2020 será a segunda época da Fórmula 3, depois do relançamento 
da competição em 2019 que veio substituir o GP3. Mas o principal não muda já que 
a nova F3 continua a ser mais um degrau para os jovens ambiciosos que querem 
chegar um dia à Fórmula 1. Tal como a F2, também a F3 arranca na Áustria
14
F3/
 F Ó R M U L A 3
J
á não é de agora, este é um pal-
co privilegiado em que os jovens 
pilotos podem mostrar-se ao 
mundo e em especial às estru-
turas de F1, dada a proximidade 
das competições. A F3 acom-
panha a F1 em nove eventos do Grande 
Circo, permitindo às equipas de F1 uma 
visão privilegiada dos talentos emer-
gentes. No ano passado a competição, 
além do regresso ao nome Fórmula 3, 
teve direito a uma nova máquina igual 
para todos os pilotos.
Trata-se de um chassis Dallara, com 
motor Mecachrome de 6 cilindros, de 
3,4 litros, aspirado naturalmente que 
oferece 380 cv a 8000 rpm. A Fórmula 
3 usa pneus Pirelli PZero de três espe-
cificações (duros, médios e macios). 
Cada piloto tem quatro conjuntos de 
pneus para piso seco e dois conjuntos 
de pneus para pista molhada disponí-
veis em cada evento. O formato do fim
de semana consiste numa sessão de 
treinos de quarenta e cinco minutos e 
uma sessão de qualificação de trinta mi-
nutos, seguidas de duas corridas, com 
ambas a terem duração não superior a 
40 minutos no total. A sessão de qua-
lificação é uma luta direta pelo tempo 
mais rápido e determina a ordem do 
grid para a Corrida 1. Quatro pontos são 
dados pela pole position.
Não há paragens obrigatórias e o reabas-
15
> > a u t o s p o r t . p t
tecimento não é permitido. Os dez me-
lhores pilotos marcam pontos na Corrida 
1 (25, 18, 15, 12, 10, 8, 6, 4, 2, 1), com dois 
pontos atribuídos ao piloto que fez a vol-
ta mais rápida da corrida caso termine 
no top10. Na Corrida 2, os dez primeiros 
classificados obtêm pontos (15, 12, 10, 8, 6, 
5, 4, 3, 2, 1) e o piloto que faz a volta mais 
rápida obtém dois pontos caso termine 
no top10. A grelha da corrida 2 é obtida 
invertendo a classificação do top10 da 
corrida 1, sendo que a ordem é mantida 
do 11º para baixo. São várias as mudan-
ças nas dez equipas que compõem o grid 
da F3, com a chegada de vários campões 
vindos de categorias inferiores.
Théo Pourchaire (ADAC F4), Dennis 
Hauger (F4italiana), Matteo Nannini (F4 
Emirados Árabes Unidos), Igor Fraga 
(Toyota Racing Series), Cameron Das 
(F4 Norte Americana) Enaam Ahmed 
e Clément Novalak (ambos da F3 bri-
tânica) foram campeões e chegam à F3 
com vontade de mostrar-se ao mundo. 
Outros nomes merecem destaque como 
Enzo Fittipaldi, neto do grande Emerson 
Fittipaldi, e David Schumacher, fil o de 
Ralf Schumacher e sobrinho de Michael 
Schumacher, que terão de lidar com as 
dificuldades do automobilismo, e ainda 
Sophia Floersh, que recuperou de um 
gravíssimo acidente em Macau e tem 
agora a oportunidade de mostrar o seu 
talento num grande palco. O calendário 
‘europeu’ da F3 conhecido até aqui é exa-
tamente o mesmo da F2. 
A Porsche Supercup acompanha a F1 desde 1993 e em 2020 promete 
oferecer aos fãs o costume... muitas lutas em pista, excelentes espetáculos e 
competição renhida. Tal como a F2 e F3, acompanha as oito provas europeias 
da Fórmula 1
A competição tem evoluído ao longo do tempo e foi palco para grandes nomes do 
automobilismo como Jörg Bergmeister, René Rast, Nicki Thiim, Earl Bamber (todos eles 
campeões), entre muitos outros. Patrick Huisman é o homem que mais sucesso teve 
nesta competição, vencendo quatro vezes seguidas de 1997 a 2000. René Rast esteve 
perto de igualar o feito do holandês com três títulos consecutivos (2010 a 2012) e Michael 
Ammermüller irá este ano tentar igualar o feito de Huisman. O alemão é tri-campeão em 
título e tem sido o homem a bater nesta competição. Ammermüller conquistou quatro 
vitórias em 2019, mais três pódios. Ayhancan Güven foi o piloto que mais se aproximou 
do alemão com quatro pódios e uma vitória. Julien Andlauer (2) e Ammermüller (4) foram 
os únicos a vencer por mais que uma vez. Será desta que Ammermüller consegue o tão 
desejado tetra? 
O Porsche 911 GT3 Cup tem um motor de 3.8 litros, seis cilindros, boxer. Debita 460 cv (338 
kW) às 7.500 rpm e a potência é entregue às rodas traseiras através de uma caixa de seis 
velocidades da Porsche Motorsport. A Porsche constrói o 911 GT3 Cup na mesma linha de 
produção, na fábrica da Porsche em Stuttgart-Zuffenhausen, do 911 de estrada. O Porsche 
911 GT3 Cup é o carro de corrida mais produzido e mais vendido do mundo, com mais de 
2.600 unidades fabricadas desde 1998. 
ESPETÁCULO HABITUAL
PORSCHE SUPER CUP
José Luis Abreu
jabreu@autosport.pt
FOTOS ZOOM Motorsport/ 
António Silva; AIFA/Jorge Cunha; 
@World/Ricardo Oliveira
Prossegue no próximo fim de semana em Castelo Branco 
o Campeonato de Portugal de Ralis 2020. Três meses e meio 
depois de Fafe, vamos ter uma competição mais curta, mas em 
que o importante é ‘atravessar’ 2020 para garantir 2021
16
CPRCPR/
 C A M P E O N A T O D E P O R T U G A L D E R A L I S
C A S T E L O B R A N C O
N
ovo começo! Com o rebenta-
mento da pandemia de co-
ronavírus em março, o des-
porto motorizado mundial 
sofreu um forte abalo cujas 
consequências ainda se vão 
viver por muito tempo. Contudo, como 
qualquer tempestade, ela não dura para 
sempre e por isso, ainda sem saber bem 
quando vamos navegar novamente em 
águas menos turbulentas, o desporto 
motorizado em geral e os ralis em par-
ticular vão tentar regressar da melhor 
forma possível, com um plano de con-
tingência, com muitas novas regras de 
modo a combater a pandemia que ainda 
está bem viva em Portugal, mas com a 
certeza de que se todos fi erem o seu 
papel o vírus terá muito mais dificul-
dade em propagar-se.
É neste contexto que vai arrancar de 
novo o CPR, e depois de se ter realiza-
do uma prova, o Rallye Serras de Fafe 
e Felgueiras, vamos fazer nova antevi-
são do que pode acontecer daqui para 
a frente, sendo certo que a prova da 
Demoporto deu alguma luz quanto à 
competitividade relativa dos concor-
rentes, correlação essa que pode sofrer 
algumas mudanças pois se em Fafe se 
correu em pisos de terra, agora o cam-
peonato entra numa fase de asfalto, 
depois de terem ficado pelo caminho 
os ralis dos Açores (adiado), Mortágua 
e Portugal (cancelados). Dissemos na 
altura e repetimos agora. Este é um ano 
Vintage no CPR! Há muito tempo que 
esta competição tem vindo a crescer de 
qualidade, pelo menos no topo da pirâ-
mide, e mesmo com a pandemia cremos 
que Castelo Branco pode ser um exce-
lente rali, já que a ‘fome’ de competição 
é muita e com o campeonato reduzido 
no seu número de provas há menos la-
titude para erros. 
MESMOS CANDIDATOS
Apesar de já ter havido uma prova, e por 
isso uma classificação de campeonato, 
vamos regressar à ordem do campeona-
to anterior e por isso começar esta ante-
MAIS 
FAVORITOS
17
> > a u t o s p o r t . p t
visão pelos Campeões em título, Ricardo 
Teodósio e José Teixeira, a quem o Rali 
Serras de Fafe e Felgueiras não correu 
da melhor forma porque choveu muito 
e isso foi um problema para a dupla que 
não tinha testado nessas condições. O 
CPR regressa com uma prova que já ven-
ceram no passado – único rali de asfalto 
que venceram nos últimos três anos - e 
por isso há que contar com eles para a luta 
pelo triunfo. Com a experiência acumula-
da com o Skoda Fabia R5 nos últimos três 
anos, e com a mesma estrutura que os le-
vou ao título em 2019, têm o que precisam 
para vencer, se bem que a concorrência é 
enorme e está igualmente muito forte. Já 
é assim há algum tempo e a dupla algar-
via tem sabido sempre ir à luta. 
Bruno Magalhães e Carlos Magalhães 
foram segundos em Fafe e voltaram em 
2020 com o Team Hyundai Portugal e com 
um i20 R5 mais evoluído. Sabendo-se que 
são fortes no asfalto, Castelo Branco foi 
uma prova em que o ano passado mar-
cou o ponto de viragem já que se até aí 
as coisas não correram tão bem quanto 
esperava, daí para a frente ficou bastante 
mais forte ao ponto de Bruno Magalhães 
lutar pelo título até à última prova. Já não 
vai ter a vantagem do ritmo mais elevado 
que os adversários, porque não vai poder 
como tinha previsto disputar também o 
ERC, mas espera-se que esteja na luta. 
Em Fafe, face a um Armindo Araújo que 
esteve no seu melhor, lutou até ao último 
troço pelo segundo lugar, que conseguiu, 
começando por isso o ano com um resul-
tado muito positivo. 
Já Armindo Araújo e Luís Ramalho sur-
giram este ano com um novo projeto e 
correm agora com um Skoda Fabia Evo 
R5 Evo. Ligaram-se à The Racing Factory, 
uma estrutura que sendo nova já provou 
que está ao nível das melhores, não sen-
do por aí que algo pode falhar, bem antes 
pelo contrário.
Em Fafe realizaram uma excelente exi-
bição, dominando por completo a prova 
e deixando claro que, apesar da saída da 
Hyundai, a sua candidatura a recuperar 
o título que ganhou em 2018 é uma pro-
babilidade bem forte, pois a adaptação 
ao Skoda foi imediata, depois de alguns 
problemas com o Hyundai que até o ano 
passado era um carro difícil de afi ar. 
Conhecendo a valia do piloto, navegador 
e do carro, não se espera menos do que a 
luta novamente pelo título. E para já as coi-
sas começaram de forma perfeita em Fafe. 
Já José Pedro Fontes e Inês Ponte não co-
meçaram bem em Fafe, mas a história 
pode mudar um pouco para as próxi-
mas provas, já que quis o destino que o 
calendário do CPR daqui para a frente 
contemplasse apenas seis provas, sen-
do cinco delas em asfalto, terreno em 
que Fontes está um pouco mais à von-
tade que na terra, sendo por isso – e já o 
seria também com o campeonato ‘nor-
mal’ – um candidato ainda maior ao título 
nacional de 2020.
Basta olhar para o que fez em Fafe, onde 
andou quase sempre longe dos lugares 
da frente. Agora, em Castelo Branco, vai 
para terrenos que lhe costumam ser bem 
mais favoráveis. As suas duas vitórias de 
2018 e outras tantas em 2019 foram em 
asfalto, e por isso, com uma competição 
tão equilibrada, qualquer pormenor conta 
e por isso Fontes é ainda mais candida-
to tendo em conta o calendário que tem 
pela frente. 
No lote das equipas que em teoria vão 
lutar pelos lugares da frente estão tam-
bém Pedro Meireles e Mário Castro, que 
depois duma época de estreia difícil com 
o Volkswagen PoloR5 esperam este ano 
espantar os azares e tirar o máximo par-
tido do bom carro que têm nas mãos. Mas 
não foi isso que sucedeu em Fafe já que 
logo a abrir, na PE2, Meireles e Castro de-
sistiram com um problema mecânico no 
VW Polo. Caso não tenham problemas 
mecânicos são bem capazes de andar 
muito perto dos lugares da frente. 
Outra dupla com que se terá de contar 
para as lutas dos lugares da frente é João 
Barros e Jorge Henriques, que se estreiam 
em competição com o seu novo Citroën 
C3 R5. Resta saber como Barros se apre-
sentará em Castelo Branco a nível de rit-
mo e da adaptação que conseguiu nos 
testes ao C3, mas sendo Castelo Branco 
uma prova que gosta – e que já venceu, 
em 2016 – temos que contar com ele para 
as lutas mais à frente. 
SEGUNDO PELOTÃO
Mas não é só o primeiro pelotão que é in-
teressante no CPR, já que entre os con-
correntes que lutam um pouco mais atrás 
há também bom equilíbrio. Neste 'plantel' 
do segundo pelotão destacam-se Manuel 
Castro e Miguel Correia.
Manuel Castro regressou este ano à 
Skoda, uma marca com que já foi bem 
feliz no passado. Com Ricardo Cunha ao 
lado, o homem forte da Racing4You não 
tem tido épocas fáceis, mas este ano tem 
um novo trunfo que pode fazer mudar al-
gumas coisas, o Skoda Fabia R5, carro que 
lhe pode permitir ascender a patamares 
mais altos. Para já, em Fafe travou uma 
boa luta com Miguel Correia e provavel-
mente vamos ver mais do mesmo em 
Castelo Branco. Claro que este período 
de pandemia tirou-lhe ritmo, mas isso 
sucedeu com toda a gente. Agora, há que 
18
CPR/C A M P E O N A T O D E P O R T U G A L D E R A L I S
C A S T E L O B R A N C O
continuar no processo de adaptação ao 
carro, conhecê-lo melhor e ganhar ritmo. 
Miguel Correia e Pedro Alves (Skoda Fabia 
R5) terminaram em quinto a prova de 
Fafe, depois duma prova em que tive-
ram uma bela luta com Manuel Castro 
e Ricardo Cunha (Skoda Fabia R5) e vão 
prosseguir, agora no asfalto, a sua apren-
dizagem e evolução, pois não foi ainda há 
muito tempo que largou o Renault Clio de 
duas rodas motrizes. Para correr a este 
nível este é um processo moroso, mas o 
jovem está a cumpri-lo da melhor forma.
Paulo Neto e Vítor Hugo é outra dupla que 
enfrenta este ano um novo desafio já que 
saíram das duas rodas motrizes e correm 
agora de Skoda Fabia R5. Depois de mui-
tos anos a correr nas duas rodas motrizes, 
agora será um desafio completamente 
novo e diferente, mas para o qual a dupla 
se tem vindo a preparar bem. Sabe-se que 
a transição não será fácil, o ritmo no CPR 
é elevado, mas logo se verá onde se inse-
rem. Nas quatro rodas motrizes conta-se 
ainda com a presença da experiente dupla 
Carlos Martins/José Pedro Silva (Citroën 
DS3 R5) e também de André Cabeças e 
Bino Santos (Citroën DS3 R5), que este 
ano se mudaram para os RC2. 
NOVIDADE ABSOLUTA
Uma grande novidade em Castelo Branco 
será a presença de Gil Antunes e Diogo 
Correia aos comandos do seu novo Dacia 
Sandero R4, do qual não existem refe-
rências a nível nacional e essa incógnita 
joga a seu favor. Um mundo novo para 
explorar em 2020. Recorde-se que este 
KIT R4 FIA, desenvolvido pela Oreca, foi 
concebido para poder ser aplicado numa 
maior diversidade de marcas, e ao mes-
mo tempo as equipas usufruírem de uma 
viatura competitiva com uma manuten-
ção mais económica quando comparado 
com um R5.
Paulo Caldeira e Ana Gonçalves têm fei-
to apenas provas de asfalto no CPR e em 
Castelo Branco vão estrear o seu novo 
Citroën C3 R5.
O Campeonato de duas rodas motrizes 
perdeu Gil Antunes e Paulo Neto, mas 
Daniel Nunes regressou, sendo que res-
ta esperar para ver que plantel estará em 
Castelo Branco. Pedro Almeida e Hugo 
Magalhães marcam presença com o 
Peugeot 208 R2, mas depressa devem 
receber o 208 Rally4.
Resta esperar para ver o que sucede em 
Castelo Branco, numa prova que pode ser 
bem diferente de Fafe já que o lote de fa-
19
> > a u t o s p o r t . p t
voritos é maior. De resto, continua-se à 
espera de decisões defin tivas por parte 
das autoridades de Saúde, de modo a ser 
possível à FPAK oficializar e calendário e 
ajustar os regulamentos. 
Depois da paragem forçada pela pandemia 
mundial de Covid-19, o Team Hyundai Portugal 
já testou duas vezes, uma em terra outra em 
asfalto, em preparação para as restantes 
provas da época. Bruno Magalhães e Carlos 
Magalhães estão contentes pelo regresso: 
“Foi uma paragem longa, é muito bom estar de 
volta. No asfalto testámos algumas coisas com 
um filosofia um pouco diferente e estamos 
otimistas. Fizemos uma excelente fase de 
asfalto no ano passado, nos últimos quatro 
ralis discutimos sempre a vitória em todos 
eles. O Rali de Castelo Branco do ano passado 
foi um ponto de viragem pois discutimos o 
título até ao último troço. Este ano estamos 
a trabalhar bem, em Fafe o resultado foi bom, 
a exibição mais ou menos, mas o carro não 
estava a 100% e no recente teste que fizemos 
comprovámos isso mesmo. Agora já temos a 
configuração de terra para poder abordar o 
Rali dos Açores e já trabalhámos no asfalto. 
As sensações foram boas. Toda a gente está 
com muita vontade, o campeonato está 
competitivo, acho que no asfalto as forças 
Ricardo Teodósio e José Teixeira estão 
otimistas e prontos para o regresso 
do CPR. Depois de três meses sem 
ralis, está quase na altura de ligar o 
motor novamente: “Estamos todos com 
muita vontade de voltar a competir, 
foram meses de muita ansiedade e 
alguma frustração. Vamos regressar 
ao campeonato numa prova onde 
normalmente somos muito competitivos, 
pois ganhámos o Rali de Castelo Branco 
em 2018 e voltámos a lutar pela vitória 
O Rali de Castelo Branco marca o recomeço e José 
Pedro Fontes e Inês Ponte vão estar presentes no 
Citroën C3 R5 da Citroën Vodafone Team. As coisas 
não correram bem em Fafe, mas o Campeão 
Nacional de Ralis de 2015 e 2016 está confiante: 
“Espero que o regresso dos ralis e do campeonato 
nacional seja uma festa. Espero que todas as 
pessoas possam contribuir para o espetáculo, 
mas que tenham consciência das regras que 
temos a seguir. Para o rali, as nossas expetativas 
são altas. É um rali onde tenho bons resultados 
e que já venci algumas vezes. É muito bom voltar 
a pilotar nestes troços e voltar a fazer um rali de 
asfalto, algo que gosto particularmente.”
Três meses 
passados após o 
Rali Serras de Fafe, 
e numa altura em 
que já há luz verde 
para o reinício do 
Campeonato de 
Portugal de Ralis, 
Armindo Araújo, 
Luís Ramalho e 
toda a estrutura 
da The Racing 
Factory estão 
prontos para o Rali 
de Castelo Branco: 
“Foi a primeira 
vez que conduzi o Skoda Fabia em asfalto e 
as sensações que tive, desde o início, foram 
as mesmas de quando o guiei nos primeiros 
testes em terra. O carro é muito equilibrado 
e a adaptação é muito rápida. A minha equipa 
preparou-me uma excelente afinação de base 
e a partir daí foi só adaptar alguns pontos 
ao meu estilo de condução. Estivemos em 
Vieira do Minho e no Viso e consegui, em 
JOSÉ PEDRO FONTES “EXPETATIVAS SÃO ALTAS, 
É UM RALI ONDE CONSIGO BONS RESULTADOS”
ARMINDO ARAÚJO “O SKODA É MUITO EQUILIBRADO 
E A ADAPTAÇÃO FOI MUITO RÁPIDA”
dois troços bem distintos, sentir-me com 
um bom ritmo. Agora queremos todos que 
chegue o mais rápido possível o dia para 
voltarmos a competir. Certamente que os 
meus adversários estarão tão motivados 
como nós, mas vamos para esta prova com 
o claro objetivo de sermos mais rápidos que 
eles. Vencemos este rali em 2019 e esperamos 
repetir o resultado este ano”, disse.
ainda se equilibram mais, portanto tem tudo 
para ser novamente um grande campeonato”.
“De resto, deixou de haver zonas espetáculo, 
que eram zonas de aglomerados de público, 
mas o Rali de Castelo Branco é um evento 
aberto que qualquer um pode ir ver, mas têm 
que cumprir as regras de distanciamento 
social. Este rali vai servir de exemplo, tem que 
correr bem, e nós próprios, os pilotos, vamos 
ter que dar o exemplo. Todos têm que ter 
bom senso pois é muito importante os ralis 
irem paraa frente, e não só os ralis, todas 
as outras modalidades, claro”, disse Bruno 
Magalhães que termina com uma mensagem 
para os adeptos: “Felizmente para todos os 
que gostam de ralis, as provas estão de volta 
e portanto neste momento é hora de quem 
realmente gosta de ralis unir-se e levarmos 
este desporto para a frente. E portanto, todos 
nós temos responsabilidade social, neste 
aspeto, seja pilotos, equipas ou público, e acho 
que todos temos que estar mais unidos do que 
nunca para ter o nosso desporto de volta pois 
isso é o mais importante”, concluiu.
em 2019”, começou por dizer Teodósio, 
que está contente com o trabalho nos 
testes: “Fizemos o nosso trabalho de 
casa na procura de um bom set-up 
para o Skoda Fabia R5 Evo e por isso 
estou confiante. Agora, mais do que 
nunca, é importante percebermos que 
é fundamental seguirmos todos, desde 
pilotos, equipas, espectadores e demais 
intervenientes, as recomendações da 
Escuderia Castelo Branco e da FPAK, para 
que tudo corra bem neste regresso”
BRUNO MAGALHÃES “É HORA DE QUEM 
REALMENTE GOSTA DE RALIS, UNIR-SE 
E LEVARMOS ESTE DESPORTO PARA A FRENTE”
RICARDO TEODÓSIO “MUITA VONTADE 
DE VOLTAR A COMPETIR”
20
CPR/C A M P E O N A T O P O R T U G A L D E R A L I S
C A S T E L O B R A N C O
21
> > a u t o s p o r t . p t
Sem fazer ralis desde o Rali de Paredes do ano 
passado, João Barros regressa este ano no Rali 
de Castelo Branco, com Jorge Henriques ao 
lado, para a sua estreia com o Citroën C3 R5, 
carro que já testou e gostou. O ano passado 
vimo-lo no Rali Vinho Madeira, onde abandonou 
perto do fim – era para começar mais cedo mas 
um acidente no Rali de Ourense afastou-o de 
Castelo Branco – fazendo depois, no CPR, os 
ralis Terras d’Aboboreira, onde foi terceiro, e o 
Rali Vidreiro (6º), ambos com o Skoda Fabia R5: 
“Quero disputar alguns ralis para me divertir 
e para já tenho assegurado o Rali de Castelo 
Branco. Sempre que puder vou-me apresentar 
no pelotão”, disse, antes de assegurar que 
gostou do C3 R5. “Foi um boa surpresa, testei 
em terra e asfalto e gostei nos dois tipos de 
piso. É um carro bastante mais fácil de guiar do 
que parece. O foco principal é divertir-me, mas 
vou fazer o possível para andar o mais à frente 
que puder”, disse.
A Escuderia Castelo Branco, contribuindo para 
o cumprimento das regras de distanciamento 
e pretendendo chegar a um maior número de 
público, volta a inovar e irá transmitir, através da 
sua página de Facebook, a primeira PEC do Rali de 
Castelo Branco, na tarde de sábado, tal como a 
apresentação do livro “55 Anos – Apontamentos” 
agendada para a noite de sábado. A inclusão de 
outros conteúdos ainda se encontra a ser estudada, 
mas vai existir uma forte aposta na utilização 
das plataformas digitais para que os aficionados 
possam seguir a prova com o máximo acesso.
JOÃO BARROS “ANDAR O MAIS À FRENTE QUE PUDER”
RALI DE CASTELO BRANCO 
EM LIVESTREAM
A FPAK vai publicar o regulamento 
definitivo do CPR a qualquer 
momento, confirmando oficialmente 
a presença do Ralis dos Açores no 
calendário e a ausência do Rali Terras 
d’Aboboreira. A razão pela qual existe 
esta indefinição tem a ver com as 
necessárias respostas das entidades 
oficiais, no caso a Autoridade de 
Saúde Regional dos Açores, que ainda 
não colocou no papel a competente 
autorização. O governo Regional dos 
Açores já deu o aval à prova e só 
depois disso a FPAK pode publicar 
algo definitivo. Quando for anunciado 
oficialmente, será obviamente 
também conhecido o regulamento em 
termos de classificações, e restantes 
regulamentos, com o competente 
ajuste quanto ao número de provas 
que contarão para os resultados 
finais do campeonato. Assim sendo 
após Fafe, e depois de um interregno 
nos ralis de 126 dias, ou quatro 
meses e cinco dias, tudo recomeça 
na estrada a 4 de julho com o Rali de 
Castelo Branco. Logicamente, caso os 
Açores não avancem, reentra o Rali 
Terras d’Aboboreira, podendo haver 
um ajuste de datas.
CPR 2020 
FICA AÇORES, 
NÃO HÁ ABOBOREIRA
GIL ANTUNES “ESTE CARRO DÁ-NOS SENSAÇÕES FANTÁSTICAS”
Gil Antunes testou o seu Dacia Sandero R4 pela primeira vez 
em pisos de asfalto como preparação para o Rali de Castelo 
Branco e gostou. Ainda sem ter termos de comparação, 
o piloto de Sintra está motivado: “Não podia estar mais 
contente! O nosso primeiro teste em asfalto correu muito 
bem , andámos sempre a um ritmo bastante rápido e a nossa 
confiança no carro não podia estar melhor. A adaptação 
foi boa, fomos gradualmente aumentando o nosso ritmo, e 
embora não haja ainda termos de comparação foi muito boa 
a adaptação. As sensações foram boas, o carro tem uma 
estabilidade fantástica, suspensão, chassis, curva muito 
depressa, para nós é uma novidade, ainda só fizemos o Rali 
das Camélias num 4X4 mas estava a chover muito, mas este 
carro dá-nos sensações fantásticas. 
Os objetivos para Castelo Branco passam por aprender o 
carro e andar o melhor possível, tentarmos andar na frente 
dos duas rodas motrizes, e ver onde nos posicionamos no 
seio dos R5.” 
C/ C A L E N D Á R I O
4 E 5 DE JULHO RALI CASTELO BRANCO
6 A 8 DE AGOSTO RALI VINHO DA MADEIRA
28 A 30 DE AGOSTO RALI ALTO TÂMEGA
19 E 20 DE SETEMBRO AZORES RALLYE
9 E 10 DE OUTUBRO RALI VIDREIRO
13 A 15 DE NOVEMBRO RALI CASINOS DO ALGARVE
Arranca este fim de 
semana em Castelo Branco 
a segunda prova do CPR 
2020, um rali extremamente 
importante já que é o 
primeiro a realizar-se após o 
recomeço das competições. 
É preciso que tudo corra bem 
para se dar o exemplo, não 
vá o diabo tecê-las...
22
E
stá tudo pronto para o ar-
ranque da segunda prova 
do Campeonato de Portugal 
de Ralis, o Rali de Castelo 
Branco, que se realiza nos 
dias 4 e 5 de julho, sábado e 
domingo próximos. Começa na estra-
da no sábado à tarde, termina cerca 
de 24 horas depois, após a realiza-
ção de sete especiais. A prova conta 
para o Campeonato Portugal de Ralis, 
Campeonato Portugal Clássicos de 
Ralis, Campeonato Portugal Iniciados 
de Ralis, Campeonato Portugal RGT 
Ralis, Campeonato de Portugal R4-KIT 
de Ralis, Campeonato Centro de Ralis, 
Desafio Kumho e Challenge R2&YOU, 
mas mais importante que o que se vai 
passar na estrada – disso estamos 
perfeitamente descansados pois a 
Escuderia Castelo Branco já mostrou 
ser capaz de ser quase brilhante nas 
suas organziações – é tudo o resto 
que preocupa, por todos os motivos. 
É o primeiro ‘grande’ evento de es-
trada que se vai realizar após estar 
o vigorar o Plano de Contingência da 
FPAK, aprovado pelas autoridades de 
saúde quanto à realização de provas 
‘motorizadas’ em Portugal. Já divulgá-
mos o Plano de Contigência, basta ir 
ao nosso site para ler em detalhe, se 
precisar, tudo o que é necessário fazer 
para cumprir as medidas necessárias.
Espera-se, claro, que todos os envol-
vidos no evento cumpram as regras 
de modo a tornar muito mais difí-
cil a eventual transmissão do vírus. 
Convém não esquecer que depois de 
um período em que se pensou que a 
evolução dos gráficos da pandemia se 
manteriam sempre a melhorar, eis que 
o fim do período de estado de emer-
gência, a que se seguiu o estado de 
calamidade, levou a que os números 
voltassem a crescer com o nervosis-
mo das autoridades de saúde a ser 
evidente. Por isso muita cautela pois 
ninguém quer ouvir que a caravana do 
CPR foi ‘atacada’ pelo maldito vírus. 
De resto, e como se sabe, a federa-
ção aprovou uma derrogação a al-
guns artigos das Prescrições Gerais 
de Automobilismo e Karting, pelo que 
as verificações administrativas serão 
feitas antecipadamente por via eletró-
nica, não há briefing presencial, será 
escrito, não vai haver shakedown/
qualifying pelo que a ordem de partida 
da 1ª etapa do rali será a atual classi-
ficação do campeonato e não há tam-
bém super-especial. Não há também 
distribuição de prémios/pódio e não 
há parque de assitência após a derra-
deira especial com os concorrentes a 
rumar ao parque fechado após a derra-
deira PE, que é também a Power Stage.
E há uma questão que tem sidomuitas 
vezes questionada nas redes sociais? 
Não há público na prova? Oficialmente, 
não, mas ninguém vai impedir que os 
adeptos vão para os troços ver a prova. 
Têm é que o fazer de forma cautelosa, 
cumprindo o distanciamento social. 
Na verdade, não temos dúvidas que é 
bem mais fácil agora manter distância 
social, mesmo que de alguns amigos 
mais próximos do que eventualmen-
te ter que mais tarde alguém que ficar 
sozinho numa cama de hospital. Pode 
parecer chocante, mas mais vale pre-
venir do que remediar... 
DAR O EXEMPLO
CPR/C A M P E O N A T O D E P O R T U G A L D E R A L I S
C A S T E L O B R A N C O
RALI 
DE CASTELO 
BRANCO
H/ H O R Á R I O
SÁBADO 4 DE JULHO 1ª ETAPA (1ª SECÇÃO)
PARTIDA ‘DOCAS’ 15H00
ASSISTÊNCIA (CAMPO DA FEIRA) 15H08
PE1 VILAS RUIVAS 1 (16,31 KM) 16H21
PE2 FOZ DO COBRÃO (14,67 KM) 17H19
PE3 VILAS RUIVAS 2 (16,31 KM) 18H12
ASSISTÊNCIA (CAMPO DA FEIRA) 19H32
DOMINGO, 5 DE JULHO 2ª ETAPA (2 E 3ª SECÇÕES)
ASSISTÊNCIA (CAMPO DA FEIRA) 9H38
PE4 DÁSPERA/SESMO/SALGUEIRAL 1 (12,24 KM) 10H51
PE5 STO. ANDRÉ DAS TOJEIRAS 1 (13,96 KM) 11H24
REAGRUPAMENTO 12H09
ASSISTÊNCIA (CAMPO DA FEIRA) 13H08
PE6 DÁSPERA/SESMO/SALGUEIRAL 2 (12,24 KM) 14H36
PE7 STO. ANDRÉ DAS TOJEIRAS 2 (POWERSTAGE) (13,96 KM) 15H09
23
> > a u t o s p o r t . p t
A Escuderia Castelo Branco empenhou-se bastante para, nesta 
nova normalidade, poder levar para a frente a realização de 
uma das principais competições que realiza anualmente, o 
Rali de Castelo Branco. A alteração do contexto provocada 
pela pandemia, levou-nos a, em conjunto com a Federação 
Portuguesa de Automobilismo e Karting, as autoridades 
regionais e com base nas indicações da Direcção-Geral de 
Saúde, adoptar uma série de medidas para que a actividade 
dos ralis pudesse retomar em Portugal.
Estamos cientes do desafio que é colocar na estrada a 
primeira prova nestas condições. Mas queremos seguir as 
orientações à risca para que tudo corra pelo melhor e o Rali de 
Castelo Branco seja, para além da prova pontuável para vários 
CRÓNICA LUÍS DIAS DIRETOR DE PROVA
“UM EXEMPLO DE ÉTICA 
DESPORTIVA E CIDADANIA”
campeonatos, entre os quais, o Campeonato de Portugal de 
Ralis e o Campeonato Centro de Ralis, a ignição para o regresso 
da disciplina à normalidade possível.
Na definição da edição deste ano, preparámos um rali com 
um formato mais condensado. Serão sete troços, realizados 
nos concelhos de Castelo Branco e de Vila Velha de Ródão 
nos dias 4 e 5 de julho. Para manter o distanciamento social 
obrigatório, optámos por não realizar a sempre especial “Super 
Especial Reconquista” que, habitualmente, reúne milhares de 
pessoas nas ruas de Castelo Branco para assistir à passagem 
dos concorrentes. Em 2020 também não haverá cerimónia de 
partida do rali, nem pódio final e respectiva entrega de prémios. 
Todas estas medidas foram tomadas para evitar o ajuntamento 
de pessoas. Nas especiais não foram criadas quaisquer zonas 
espectáculos para, mais uma vez, não ter aglomerados de 
espectadores. O parque de assistência, local onde as equipas 
se estabelecem durante a prova, terá, desta vez, acesso 
condicionado. Apenas os elementos das respectivas estruturas 
poderão estar neste espaço de trabalho. O processo de 
verificações também foi alterado. Se as técnicas têm de ser 
realizadas de forma presencial, as administrativas são feitas 
à distância, com os concorrentes a enviarem a documentação 
necessária para a organização da prova. 
Pedimos que quem se deslocar para o terreno, que o faça de 
forma cuidada e responsável. Solicitamos aos pilotos e às equipas 
que também tenham o máximo de responsabilidade e sejam os 
primeiros a dar o exemplo. É a saúde de todos que pode ser posta 
em causa e a Escuderia Castelo Branco quer que o Rali de Castelo 
Branco seja um exemplo de ética desportiva e cidadania.
Conscientes de que serão três dias de desafios constantes, 
acreditamos que com o contributo de todos, o Rali de Castelo 
Branco possa ser uma marca na retoma dos ralis em Portugal e 
uma grande festa da modalidade, com um excelente espectáculo 
proporcionado pelos concorrentes que ao longo dos anos nos têm 
habituado a níveis de competitividade no Rali de Castelo Branco 
muito elevados. 
Durante o rali, serão feitas transmissões em directo, nos canais 
oficiais da Escuderia Castelo Branco (Facebook e Youtube), das 
classificativas. Com esta medida, será possível acompanhar a 
prova ao vivo mas à distância. Bom rali para todos! Abraço!
N
um ano em que nada é igual 
no mundo inteiro, dificilmente 
a Peugeot Rally Cup Ibérica 
2020 poderia escapar incó-
lume e nesse contexto a bem 
sucedida competição também 
teve que fazer ajustes, não só devido à 
introdução de um novo carro, o Peugeot 
208 Rally4, mas essencialmente por todas 
as condicionantes que a pandemia criou 
um pouco por todo o lado.
Portanto, muito naturalmente, a Peugeot 
Portugal e a Peugeot Espanha reestrutu-
raram a terceira temporada da Peugeot 
Rally Cup Ibérica. A iniciativa que a Sports 
& You coloca no terreno reviu assim o seu 
calendário de 2020, que irá compor-se 
de quatro ralis, divididos por Portugal e 
Espanha, dois em cada país, palcos onde 
o novo Peugeot 208 Rally 4 fará a sua 
estreia competitiva.
Nesta época de defeso mais alargada, a 
organização da Peugeot Rally Cup Ibé-
rica revelou ter registado uma adesão 
significativa de equipas, que ainda não 
são conhecidas, o que vai em linha com o 
que se espera da competição já que, pelo 
que já se viu durante a apresentação do 
novo carro em Portugal, onde puderam 
guiar o carro inúmeros ‘pretendentes’ 
ao guiá-lo em competição e não só, este 
é um Troféu que tem tudo para dar certo, 
sendo que a competitividade do carro 
fica claramente acima do modelo que 
substitui, o Peugeot 208 R2.
Neste contexto é já esperada a presença 
de Peugeot 208 Rally4 em Castelo Branco, 
sendo que o primeiro encontro competiti-
vo de 2020 já está agendado para o final de 
agosto, com o Rali do Alto Tâmega, prova 
que marca o início à luta pelo aliciante 
prémio fi al, um programa oficial em 2021, 
em Portugal ou Espanha, aos comandos 
de uma unidade da categoria ‘R5’. 
TUDO EM ASFALTO
Seguindo atentamente a evolução da si-
tuação sanitária, a Peugeot Portugal, a 
Peugeot Espanha e a Sports & You deram 
continuidade aos preparativos para colo-
20 PEUGEOT 208 
 RALLY 4, 
QUATRO PROVAS
Como seria de esperar a pandemia de Covid-19 obrigou ao 
encurtamento da Peugeot Rally Cup Ibérica 2020, competição 
que passa a ter quatro provas divididas por Portugal e Espanha. 
O novo Peugeot 208 Rally 4 é a grande novidade
24
car na estrada, logo que fosse possível, a 
terceira temporada da Peugeot Rally Cup 
Ibérica. Entretanto e na sequência das 
autorizações publicadas pelas Federações 
dos dois países, da retoma gradual das 
competições automobilísticas, a terceira 
época da copa organizada pela Peugeot 
Portugal e pela Peugeot Espanha arranca, 
como já referimos, no fi al de agosto, no 
Rali do Alto Tâmega, prosseguindo depois 
em Espanha, em setembro, com o Rally 
Princesa de Asturias/Ciudad de Oviedo. 
Regressa a Portugal em outubro para 
o Rallye Vidreiro Centro de Portugal e 
termina em Espanha, no fim de outubro, 
com o RACC Catalunya/Rally de España. 
Todas as provas são em asfalto. 
Segundo Helena Botelho, Diretora da 
Peugeot para Portugal e Espanha, “É 
José Luís Abreu
jabreu@autosport.pt
FOTOS AIFA/Jorge Cunha
RR/
 R A L I S
PEUGEOT RALLY CUP 
IBÉRICA 2020
com natural satisfação que saudamos o 
regresso dos eventos desportivos e das 
provas de estrada, tendo todos os agen-
tes envolvidos a necessária consciência 
das condicionantes deste regresso e do 
respeito dos protocolos para a proteção 
da saúde pública. Tal permite-nos iniciar, 
no fi al de agosto, a Peugeot Rally Cup 
Ibérica 2020. 
Tivemos que reconfigurar o trabalho que 
tínhamos feito de preparação desta copa, 
nomeadamente para o Vodafone Rally 
de Portugal, prova do WRC onde íamos 
fazer a estreia mundial do Peugeot 208 
Rally4, mas agora, se todos respeitarem 
as medidas que têm que ser implemen-
tadas, podemos olhar de novo para uma 
renovada temporada de ralis de 2020 e 
para a estreia deste promissor 208 Rally 
4, que sucede ao 208 R2, modelo que se 
utilizou nas duas primeiras épocas da 
nossa copa ibérica.”
Neste capítulo e entre as novidades desta-
ca-se o calendário que encolheu a sua es-
trutura habitual de seis eventos. “Iremos 
ter quatro ralis e, dadas as disponibilidades 
de eventos, a copa disputar-se-á exclu-
sivamente em pisos de asfalto, contra o 
habitual equilíbrio com eventos em troços 
em terra”, afir a José Pedro Fontes, res-
ponsável da Sports & You. “Iniciaremos a 
época no Alto Tâmega, rumando depois 
às Astúrias, regressando ao nosso país na 
Marinha Grande e terminando a presente 
época na Catalunha”. 
25
20, 208 E 4 OS NÚMEROS DA SORTE
As duas primeiras temporadas da Peugeot Rally Cup Ibérica foram um sucesso na 
Península Ibérica e nesse contexto a Peugeot Sport decidiu que as primeiras 20 unidades 
do novo 208 Rally 4, para utilização na temporada de 2020 seriam precisamente para 
Portugal e Espanha: “É, de facto, um enorme reconhecimento da qualidade e do potencial 
desta nossa iniciativa ibérica o facto da Peugeot Sport ter-nos disponibilizado as primeiras 
unidades da sua mais recente viatura de ralis, destinada a todos os que pretendam evoluir 
as suas capacidades ao volante de uma viatura que representa um salto significativo 
face ao anterior 208 R2, quer em termos de prestações, quer nos custos associados”, 
acrescentou Fontes.
“No primeiro caso, como se demonstrou 
nos diversos testes de desenvolvimento 
entretanto realizados, entre os quais 
um em Celorico de Basto no final do ano 
passado, vários pilotos e convidados 
ficaram positivamente surpreendidos 
com o potencial de um modelo que, 
adicionalmente, apresenta custos de 
exploração bastante mais atrativos, 
em termos de preparação e de 
manutenção, numa clara vantagem 
em termos de budget necessário à 
participação na copa e à luta pelos 
títulos”.
A pouco mais de dois meses do 
arranque da competição, “iremos 
entregar até ao final de julho 11 unidades do 208 Rally 4 e os restantes na primeira 
quinzena de agosto”, disse José Pedro Fontes, responsável da Sports & You.
Para além da distribuição dos prémios por prova e por diversas categorias, a Peugeot 
Rally Cup Ibérica 2020 prevê um prémio final que se traduzirá num programa oficial para 
2021, no Campeonato de Portugal de Ralis ou no Supercampeonato de Espanha de Ralis, 
aos comandos de um R5, viatura de competição do Groupe PSA Motorsport: “Para concluir, 
gostaria também de expressar um agradecimento muito especial a todas as entidades 
envolvidas nesta competição, nomeadamente os nossos patrocinadores e demais 
apoiantes, que se mantiveram connosco ao longo deste período muito difícil e exigente, 
permitindo que, neste momento, estejamos a preparar o regresso à estrada”, concluiu 
José Pedro Fontes.
Informações adicionais serão prestadas atempadamente, aquando da publicação da 
regulamentação desportiva e técnica da Peugeot Rally Cup Ibérica 2020, podendo 
outras ser obtidas junto da Sports & You, pelo telefone 224160161 ou pelo email 
peugeotrallycupiberica@sportsandyou.pt.
C/ C A L E N D Á R I O
28 A 30 AGOSTO RALI DO ALTO TÂMEGA ASFALTO PORTUGAL
10 A 12 SETEMBRO RALLY PRINCESA DE ASTURIAS – CIUDAD DE OVIEDO ASFALTO ESPANHA
9 A 10 OUTUBRO RALLYE VIDREIRO CENTRO DE PORTUGAL - MARINHA GRANDE ASFALTO PORTUGAL
24 A 25 OUTUBRO RACC CATALUNYA/RALLY DE ESPAÑA ASFALTO ESPANHA
E
mbora não haja provas há mais 
de três meses, o trabalho nos 
bastidores da FIA e dentro das 
federações nacionais em todo o 
mundo nunca parou e o regresso 
está agora mais perto. O calen-
dário do WRC 2020 para a restante da 
temporada ainda está a ser fi alizado, 
o objetivo é realizar um mínimo de sete 
eventos no total da temporada para legi-
timar os títulos, algo que exigirá um certo 
grau de flexibilidade, sendo necessário 
pensar fora da caixa e ser mais inovadores 
quanto à forma como se irão organizar os 
ralis no futuro.
Como é que o Departamento de Ralis da 
FIA respondeu à Covid-19?
“Antes de mais nada, temos estado dis-
poníveis e recetivos aos organizadores, 
concorrentes e federações. Temos sido 
flexíveis e apoiantes e temos mantido um 
diálogo aberto com várias instituições 
para que tenhamos uma compreensão 
total de todas as questões, tais como 
restrições causadas por reuniões de 
massa, distanciamento social, medidas 
de quarentena, acesso às fronteiras, dis-
ponibilidade de recursos a nível local e a 
capacidade dos organizadores e concor-
rentes para fi anciar o seu rali e a sua 
participação, respetivamente.”
Por que a flexibilidade é tão importante?
“Precisamos de flexibilidade para im-
plementar medidas relacionadas com 
formatos e regulamentos, bem como com 
a redução de custos. Estamos a chegar a 
um acordo em várias áreas, muito mais 
rápido do que no passado, porque todos 
estão a trabalhar juntos para o bem do 
desporto.”
O calendário do WRC para 2020 continua 
em ‘stand by’. Porquê isso acontece?
“O ADN dos ralis torna bastante complexa 
a organização de eventos sem público. 
Por isso, ligámos o processo de decisão às 
decisões governamentais. Como a evo-
lução das políticas nacionais de saúde 
ainda é incerta, temos sido obrigados a 
levar algum tempo antes de agendar um 
novo calendário.”
ESTAMOS 
PERTO DE 
CONSEGUIR UM 
CALENDÁRIO 
DE SETE PROVAS
“
Yves Matton, Diretor de Ralis da FIA, continua a trabalhar para 
ultrapassar os efeitos da pandemia de Covid-19 nas provas de 
estrada e todo-o-terreno. Nesta altura procura-se o calendário 
possível face às restrições existentes em muitos países, 
esperando-se que seja possível que os ralis regressem
26
Quantos eventos o calendário do WRC 
2020 vai ter?
“A perspetiva mais realista é um calen-
dário de sete eventos e estamos perto 
do conseguir. Ainda há muitos pontos 
de interrogação, mas tenho visto um 
grande empenho dos organizadores em 
fazer todo o possível para fazer parte do 
campeonato. Temos visto o mesmo nos 
outros campeonatos, como o ERC, e o 
enorme trabalho que os organizadores 
do Rally di Roma Capitale, por exemplo, 
têm feito através do desenvolvimento de 
um aplicativo social de distanciamento 
para poderem organizar o seu evento.”
Há alguns dos aspetos positivos nesta 
crise?
“Todas as partes interessadas estão real-
mente a trabalhar em conjunto porque 
José Luís Abreu
jabreu@autosport.pt
FOTOS @World/André Lavadinho
EE/
 E N T R E V I S T A
ENTREVISTA 
YVES MATTON
todos compreendem muito bem que 
estamos no mesmo barco. Mais do que 
no passado, há a mesma abordagem de 
todos, porque o sucesso dos campeonatos 
e a sustentabilidade dos ralis é o que mais 
importa. A situação exige que tenhamos 
uma mente mais aberta do que no passa-
do. Seria uma loucura não tentar coisas 
diferentes em termos da forma como 
organizamos os eventos. Por exemplo, 
se conseguirmos levar a WRC de volta 
aos EUA, não poderemos aplicar 100% 
do formato de um evento europeu aos 
Estados Unidos, pelo que é hora de sermos 
inovadores e de pensarmos no futuro.”
A Covid-19 irá atrasar o início da era do 
Rally1 e o uso de tecnologia híbrida?
“Nós mantemo-nos fiéis ao plano e à linha 
de tempo. Com certeza, em relação ao 
compromisso dos fabricantes para 2022, 
vamos olhar para agosto em vez de junho 
para assegurar isso. Mas se nos atra-
sarmos dois meses, depois de uma crise 
de três meses, não é muito mais do que 
esperávamos. Todos os fabricantes estão 
a trabalhar arduamente no carro de 2022. 
Há um grupo de trabalho semanal sobre 
os regulamentos técnicos para responder 
a todas as perguntas que os fabricantes 
têm. Quando se começa a projetar um 
carro, é também o momento em que as 
questões surgem. Também realizamos 
uma reunião semanal com o Promotor do 
WRC e os fabricantes, a fimde manter um 
bom nível de comunicação.” 
27
PONTO DA SITUAÇÃO DO CALENDÁRIO
O calendário do WRC 2020 
continua