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Estruturas de caráter

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A blindagem muscular está ordenada em segmentos. Para Reich, são sete segmentos:
OCULARORALCERVICALTORÁCICODIAFRAGMÁTICOABDOMINALPÉLVICO
OBS.: Estes segmentos são como anéis, circularmente, à frente, dos dois lados e atrás.
1º SEGMENTO: OCULAR
Está relacionado com o contato: inclui a visão, a olfação e a audição. Região da testa e do molar.
COURAÇA: contração e/ou imobilização da maior parte ou de todos os músculos ao redor dos olhos,
pálpebra, testa e glândulas lacrimais, músculos profundos na base do occipital, envolvendo, portanto, o
próprio cérebro, dificuldade de arregalar os olhos, testa imóvel (achatada) pálpebras imobilizadas, parte dos
lados do nariz lisa e cerosa.
O ESQUIZOFRÊNICO: olhar vazio — consegue enxergar com lucidez, mas por trás de sua concha.
O esquizo: enxerga, mas não vê;
O neurótico: vê, mas não enxerga;
O voyerista: vê sem ser visto.
SINAIS E SINTOMAS:
dores de cabeça freqüentes (occipitais), como uma faixa prendendo a cabeça na altura dos olhos. Estas dores
são produzidas pela atitude crônica de contração.
Tonturas: sintoma produzido por couraça insuficiente, que permite o movimento de mais energia do
que pode ser tolerado.
O bloqueio do primeiro segmento — OCULAR — está ligado inicialmente à reação do recémnascido
contra a atmosfera de rejeição e destrutividade que encontra ao nascer:
problema no desenvolvimento psico-afetivo;
bloqueio total — psicose dissociativa
bloqueio parcial — núcleo psicótico.
2º SEGMENTO: ORAL
Composto dos músculos que controlam o queixo, o músculo anular da boca e os músculos do
occipital. Este conjunto forma uma unidade funcional tal que, a dissolução de um setor da couraça afeta todo
o resto. Ex.: dissolução da couraça dos masseteres; clonismo dos lábios e queixo; liberação das emoções
naturais desta área — choro e desejo de sucção.
SINAIS E SINTOMAS:
Risinho sem sentido, sorriso sarcástico, depreciativo contorcer dos lábios, sorriso timidamente
amistoso, boca com expressões: triste, severa ou cruel; queixo frouxo, achatado, pálido e sem vida ou
proeminente, retendo o choro; queixo tenso, uma voz monótona e contida, garganta contraída: voz fina e
respiração rascante, boca seca (ansiedade), ou salivação intensa (necessidades orais insatisfeitas); problemas
na fala: verborréia, fala contida ou fala intermitente; rosto deprimido ou artificialmente brilhante onde as
maçãs do rosto são tensas, ou rosto com expressão de máscara, que com a rigidez contém o choro.
3º SEGMENTO: CERVICAL
Compreende principalmente a musculatura profunda do pescoço (plastima e
esternocleidomastóideos).
FUNÇÃO EMOCIONAL: contração espasmódica deste segmento está ligado à língua, pois a musculatura da
língua liga-se ao sistema do osso cervical.
SINAIS E SINTOMAS:
Engolir freqüentemente, mudar a voz, respirar com dificuldade, bolo na garganta, sufocação.
4º SEGMENTO: TORÁCICO
Este segmento está dividido em duas partes:
ALTO TÓRAX — relacionado com o segmento do pescoço, devido sua ligação muscular com o mesmo;
BAIXO TÓRAX — ligado diretamente ao segmento diafragmático.
É composto dos ombros e braços, órgãos supra diafragmáticos, pulmões, coração, costelas, veias e
artérias, esôfago e todo o aparelho respiratório.
Este segmento está relacionado com a potencialidade afetiva, a circulação das emoções, a
criatividade e o amor.
Todo o aparelho respiratório está relacionado com a autonomia do organismo. O ser humano, ao
nascer, se torna autônomo, a partir da primeira respiração — está diretamente ligado ao vir a ser, tornar-se.
São órgãos de trocas do meio interno e externo em contínua atividade. A respiração é uma forma de
comunicação.
Todas as doenças do aparelho respiratório e circulatório estão ligadas, de alguma forma, a este
segmento, bem como os sentimentos de ansiedade, raiva ou medo, desamparo, abandono, angústia de morte
e ressentimento.
SINAIS E SINTOMAS:
Falta de movimento do tórax durante a respiração, peito afundado ou inflado (peito de pombo),
respiração ofegante do retroesternal, fadiga, palpitação, respiração irregular, sensação de frio ou calor nas
extremidades, dor inspiratória, tosse seca, dispnéia, nefropatia.
5º SEGMENTO: DIAFRAGMA
O diafragma é um músculo de forma abobadada, de concavidade inferior. Ele se compõe de uma
parte muscular que se insere sobre o contorno do tórax e sobre a coluna e de uma parte tendiosa e central
(centro fênico) aonde chegam os nervos frênicos que lhe dão mobilidade.
das vértebras
PARTE MUSCULAR das costas
do esterno
Apresenta orifícios para a passagem da aorta, do esôfago e da veia cava inferior.
Passam por ele as fibras simpáticas, os nervos esplênicos, a raiz das veias ázigos (onde circula a
linfa) e a artéria mamária interna.
Esse músculo inicia sua função na passagem da vida fetal para a vida extra-uterina. Ele age como um
bombeamento para a respiração, a circulação e a digestão e intervém na fonação. Relaciona-se com os
músculos espinhais, escapulares e da nuca.
A função emocional ligada ao funcionamento do diafragma é a ansiedade (temor frente a um perigo
ou à possibilidade de punição); relaciona-se a vários outros segmentos.
Coloca-se entre as partes superiores (tidas como nobres socialmente) e as partes inferiores (ditas
"instintivas" e consideradas vil). Assim, o diafragma se transforma numa barreira entre as duas partes do
corpo, em vez de um traço de união entre elas.
No diafragma se encontra toda hostilidade face a educadores repressivos, e aí aparece a compulsão
por repetir, na esperança de enfim o prazer.
Os bloqueios deste segmento relacionam-se ao medo frente à ameaça da retirada do amor; ansiedade
e culpa; conflito entre ego ideal e ideal de ego.
SINAIS E SINTOMAS:
Doenças do aparelho digestivo, distúrbios gastrointestinais, cefaléias, doenças hepatobiliares,
sobrecarga no alto do corpo (agitação) e falta de circulação nos genitais (homossexualidade latente)
ejaculação precoce ou retardada, neurose de angústia.
Traços de caráter masoquista (medo de ser punido, tendência a lamúrias e de colocar-se como vítima,
estar pronto a sacrificar-se).
Traços de caráter oral (recusa à dependência afetiva). Peso no estômago, tensão nas costas e na
bexiga, vômitos, crises de transpiração exagerada, alteração brusca de pressão arterial, taquicardia, etc.
6º SEGMENTO: ABDOMINAL
Compreende-se dos músculos abdominais (oblíquos, grandes retos transversos), os músculos das
costas lombares e laterais do tronco.
Também temos parte do aparelho digestivo (intestinos) e urinário (rins — órgãos de filtragem).
Encontra-se aí a importante ligação funcional entre a oralidade e o diafragma.
Relaciona-se com a função excretora e está ligada à sensação de possuir e à tendência de dar ou reter.
A "educação" dos esfíncteres e seus aspectos psicológicos estão diretamente correlacionados com os
bloqueios energéticos deste segmento (fase anal — traços obsessivos).
SINAIS E SINTOMAS:
Traços de oralidade (necessidade de afeto, desejo de ser apreciado, de ter alguém para lhe cuidar e
nutrir); impossibilidade de tolerar o estado de dependência e inatividade; desejo de nada mudar; relação
simbiótica com a mãe (que é fria, rígida e moralista); preocupação com os odores do corpo e da casa;
hipossexualidade, considerando a sexualidade como algo sujo, vulgar, busca relação paterna com o parceiro;
constipação, diarréia crônica, colite, doenças dos rins, enureses noturnas, apendicites, barriga muito
"chupada", flácida, sem tônus, sem energia.
7º SEGMENTO: PÉLVICO
Sétimo e último segmento; retraimento da pelve, músculos acima da sínfise, adutores da coxa, esfíncter anal
e todo assoalho pélvico; pelve rígida, imóvel e assexual, sem sensações e excitações.
SINAIS E SINTOMAS:
constipação; cistos ovarianos; tumores; irritabilidade nos rins; irritação da uretra; anestesia vaginal ou
peniana.
POUCA ENERGIA impotência HOMEM ejaculação precoce
anestesia MULHER vaginismo
Este segmento contém raiva e ansiedade.
https://docs.google.com/document/d/1oaFNkEhGfv2bDt6U4VeP26YrHf38QLQ6vLnO8OPBBU8/edit?usp=sharing
Estruturas de caráter
Segue uma breve descriçãode cada tipo de defesa e estrutura de caráter.
Aqui, abordamos o ponto de vista de Alexander Lowen, um dos principais estudiosos do caráter, e suas aplicações práticas para terapia.
Os sentidos dados aos termos “masoquista”, “psicopata”, “oral”, etc. tem um sentido Reichiano, e não Freudiano.
Mesmo assim, é possível fazer muitas correlações com a psicanálise clássica, principalmente com a escola objetal, a partir de Margareth Mahler e Melanie Klein.
O caráter rígido aqui é apresentado numa versão extremamente simplificada, não considerando as variações histérica, fálico-narcisista, compulsiva e passivo-feminino.
As estruturas de caráter aparecem conforme problemas no desenvolvimento acontecem, e de acordo com a tabela (mais) abaixo:
_
Estrutura de caráter esquizóide:
Tendência à formação do estado esquizofrênico.
Cisão do funcionamento unitário da personalidade. Ex: Pensamento dissociado do sentimento e do comportamento.
Refúgio dentro de si mesmo rompendo ou perdendo contato com a realidade externa.
Senso de si mesmo está diminuído; ego é fraco e cujo contato com seu corpo e sentimentos está diminuído em grande parte.
Aspectos físicos:
Corpo estreito e contraído. Com elementos paranóides na personalidade, o corpo fica mais cheio e mais atlético.
Principais áreas de tensão: Base do crânio, articulações dos ombros, articulações pélvicas e ao redor do diafragma.
Esta última é severa e tende a cindir o corpo em duas partes.
Ou extrema inflexibilidade ou maleabilidade nas articulações.
Face: Aparência de máscara. Olhos sem vivacidade.
Braços pendem como apêndices.
Pés contraídos e frios. Revirados. Peso do corpo nas bordas externas.
Discrepância entre as duas metades do corpo.
Parecem não pertencer à mesma pessoa.
Situações de tensão: Corpo assume posição recurvada.
Correlatos psicológicos:
Senso de si mesmo inadequado.
Dissociação; Atitudes antagônicas.
Limite precário do ego. Falta de carga periférica. Resistência reduzida à pressão vinda de fora.
Evita relacionamentos íntimos e afetuosos.
Ações não baseadas em sentimentos: Comportamento “Como se”.
Fatores históricos e etiológicos:
Rejeição logo no início da vida, por parte da mãe. Com hostilidade encoberta ou não.
Isto cria o medo no paciente de toda busca, toda tentativa de auto-afirmação, conduza a este aniquilamento.
Falta de um sentimento positivo cheio de segurança e alegria.
Terrores noturnos na infância.
Conduta não emocional, retraimento, crises de raiva, comportamento autista.
Se um dos pais tiver protegido a criança em excesso no período edipico, por motivos sexuais, acrescenta-se um elemento paranóico à personalidade. Isto dá margem a “Acting out” (ato de chamar atenção exageradamente), no final da meninice e fase adulto.
Intensa vida de fantasia a fim de sobreviver (dissociação da realidade e do corpo).
Sentimentos predominantes: Terror e Fúria assassina. Encarcera os sentimentos para fugir de si mesma.
____________________________________________________________________
Estrutura de Caráter Oral.
Personalidade que contém muitos traços típicos da primeira infância.
Fraqueza, dependência dos outros, agressividade precária, sensação de precisar ser carregado, apoiado, cuidado.
Falta de satisfação e fixação neste período da infância.
Disfarce com atitudes compensatórias. Independência exagerada que não se sustenta em situações de tensão.
Carência afetiva.
Características físicas.
Corpo estreito e esguio.
Falta de energia e de força na parte inferior do corpo.
Vista fraca. Tendência à miopia. Excitação genital reduzida.
Difere do esquizóide por não estar tão enrijecido.
Musculatura é subdesenvolvida, mas não fibrosa (esquizóide). Braços e pernas compridas e magricelas.
Pés estreitos e pequenos. Pernas parecem não sustentar o corpo.
Joelhos encolhidos.
Tendência a escorregar.
Sinais físicos de imaturidade. Pelve menor que o normal. Pelo do corpo é esparso.
Corpos de criança.
Respiração superficial (baixo nível energético). Impulso de sugar reduzido.
Correlatos psicológicos
Tendência a amparar-se em alguém.
Incapacidade de ficar sozinho.
Desejo exagerado de estar em companhia das pessoas para receber seu calor e seu apoio.
Sensação de vazio.
Outros preenchem esta lacuna.
Supressão de desejos e sentimentos intensos.
Se fossem expressos, resultariam num choro muito profundo e numa respiração mais forte.
Sujeito a alternâncias de humor entre a depressão e a elação (euforia, animação).
Atitude de que as coisas lhe são devidas.
O mundo deve sustentá-lo.
Deriva das primeiras experiências de privação.
Fatores históricos:
Privação inicial: Morte da mãe, doença, ausência para trabalhar, mãe deprimida.
Desenvolvimento precoce: Aprender a falar e a andar mais cedo que o normal.
Amargura na personalidade (Frustração de contato e calor humano).
Depressão no final da infância e início da adolescência.
Não tem comportamento autista do esquizóide. Elementos esquizóides no oral e vice-versa.
Estrutura de caráter psicopata.
Negação do sentimento.
Atitude psicopática.
Diferente do esquizóide que se dissocia do sentimento.
O ego/mente volta-se contra o corpo/sentimento, principalmente de natureza sexual.
Grande acumulo de energia na própria imagem.
Motivação de poder e necessidade de controlar e dominar.
Dois modos de ter domínio sobre o outro:
Oprimindo diretamente.
Sedução.
Características físicas:
Parte superior do corpo “cheia de ar”.
Parte inferior parece com a da estrutura oral.
Hiperexcitação da capacidade mental.
Olhos atentos e desconfiados. Não abertos para os inter-relacionamentos.
Necessidade de controle contra si mesmo: Cabeça muito erguida (não posso perder a cabeça) mantém o corpo rijo nos limites de seu controle.
O corpo do sedutor é mais regular sem aparência inflada.
Costas hiperflexiveis.
1º tipo: Pelve tem carga reduzida e é sustentada de maneira rígida.
2º tipo: Carga excessiva e desconectada.
Ambos apresentam espasticidade acentuada do diafragma.
Tensões no segmento ocular.
Tensões musculares graves na base do crânio.
Correlatos psicológicos
O psicopata “depende” de alguém para controlar. Dose de oralidade.
Medo de ser controlado/usado.
Disputa pelo domínio entre pais e filhos.
Não admite fracasso (necessidade de estar por cima).
Coloca-se na posição de vítima.
O prazer na atividade tem menos importância em relação ao desempenho próprio ou à conquista.
Estratégia: Fazer com que os outros precisem dele, para que ele não precise expressar essa necessidade.
Deste modo está sempre acima dos demais.
Fatores históricos.
Dificuldade em elucidar experiências de vida, pois nega os sentimentos/experiências.
Presença do pai sexualmente sedutor. Encoberta e realizada para satisfazer às necessidades narcisisticas do mesmo.
O pai sedutor é alguém que rejeita a criança, em suas necessidades de apoio e de contato físico. (Traço oral).
Nesta situação, qualquer tentativa de sair em busca de contato coloca a criança em posição de extrema vulnerabilidade.
A criança desprezará a necessidade (deslocamento ascendente), passando por cima dela, ou a satisfará através da manipulação dos pais (tipo sedutor).
Traço masoquista: Submissão ao genitor sedutor. Ela não tinha como se revoltar ou sair da situação.
Quanto mais abertamente a criança se submete, mais perto do genitor conseguirá ficar. (Mais presente no tipo sedutor).
Depois que tiver funcionado a sedução e estiver firme vinculo com a outra pessoa, o papel se inverte e emerge o sadismo.
_____________________________________________________________________
Estrutura de caráter masoquista.
Aquele que sofre e se lamenta. Que se queixa e permanece submisso.
Tendência predominante é a submissão.
Internamente, acontece o contrário.
Emocionalmente, a pessoa acolhe sentimentos intensos de despeito, negatividade, de hostilidade e superioridade.
Estes sentimentos estão fortemente aquém dos ataques de medo, que explodiria num violento comportamento social.
O medo de explodir é contrapostoa um padrão muscular de contenção. Músculos densos e poderosos restringem qualquer asserção direta de si, permitindo somente as queixas, os lamentos.
Características físicas.
Corpo curto, grosso, musculoso.
Pelos no corpo.
Pescoço curto e grosso (atarracamento da cabeça).
Cintura mais curta e mais grossa.
Projeção da pelve à frente. Encurtamento para cima e achatamento das nádegas. Cão com rabo entre as pernas.
Dobra na cintura (resulta das tensões na região).
Mulheres: Rigidez na metade superior e masoquismo na metade inferior (Nádegas e coxas pesadas, tonalidade escura da pele, da estagnação da carga energética).
Correlatos psicológicos
Agressão e auto-afirmação bastante reduzidas, substituídas por queixumes e lamentos.
Conduta provocativa substitui a assertividade.
O objetivo é receber uma resposta poderosa para que o masoquista tenha condições de reagir violenta e explosivamente (no sexo).
Sentimento “de estar preso num atoleiro”.
Incapaz de movimentar-se livremente.
Submissão e cordialidade.
No consciente, identificação com a tentativa de agradar.
No inconsciente, esta atitude é negada por despeito, por negativismo e por hostilidade.
Estes sentimentos reprimidos devem ser liberados antes que possa haver uma resposta descontraída frente à vida.
Fatores históricos
Amor e aceitação ao lado de uma repressão severa.
Mãe é dominadora e se sacrifica.
Sufoca a criança, que é levada a se sentir culpada por qualquer tentativa de declarar sua liberdade ou de afirmar sua atitude, quando negativa.
Pai passivo e submisso.
Ênfase exagerada à alimentação e à defecação, fator que se soma à pressão já mencionada.
“Seja um bom menino.
Coma toda sua comida.
Faça coco direitinho. Deixe a mamãe ver”.
Todas as tentativas de resistência, inclusive os acessos de birra, foram esmagadas.
Sentimento de ter sido ludibriado.
Só é possível reagir com despeito, que, por sua vez acaba na autodestruição.
Não há possibilidade de saída, do ponto de vista da criança.
O paciente quando criança lutava consigo mesmo, com um profundo sentimento de humilhação, toda vez que se deixava soltar livremente, na forma de vômitos, de desafios, de fazer xixi e coco nas calças.
Tem medo de meter-se em situações delicadas (ficar sobre um pé só) ou de intrometer-se (espichar o pescoço – vale o mesmo para os genitais) por medo de ser rejeitado. A ansiedade de castração é muito acentuada.
Pior medo: Ser afastado dos relacionamentos familiares, provocadores de amor, embora sob certas circunstancias.
_________________________________________________________________
Estrutura de caráter rígida.
Tendência a se manterem eretas, de orgulho.
Cabeça bem erguida, coluna reta.
Medo de ceder. Ato de submeter-se é como perder-se completamente.
Rigidez: defesa contra uma tendência masoquista subjacente.
Está sempre alerta contra situações onde possam aproveitar-se dele, onde possa ser usado ou enganado.
Defesa: Contenção de todos os impulsos de sair em busca exterior, de abrir-se.
Rigidez é segurar-se nas costas. Capacidade de conter: Forte controle do ego e elevado teor de controle comportamental.
Posição genital forte. Bom contato com a realidade, que é empregado como meio de defesa contra os impulsos que buscam o prazer/ceder. Este é o conflito básico de sua personalidade.
Características físicas
Proporcional. Harmonia entre as partes.
Pessoa se sente integrada e conectada.
Vivacidade do corpo.
Olhos brilhantes, boa cor da pele, leveza de gestos e movimentos.
Se a rigidez for grave: Diminuição das características descritas. Menos graça e leveza.
Correlatos psicológicos
Mundanos, ambiciosos, competitivos, agressivos. A passividade é experimentada como vulnerabilidade.
Orgulho/teimosia, mas não despeitada.
Ceder é parecer imbecil. Então se contém. Acha que a submissão acarretará na perda de sua liberdade.
Caráter rígido descreve vários tipos de personalidade.
Tipos fálicos, narcisistas (masculinos), cujo elemento central é a potência eretiva.
Tipo vitoriano da mulher histérica (Reich). Usa o sexo como defesa contra a sexualidade.
Caráter compulsivo também faz parte.
Fatores históricos
Sem situações severamente traumáticas com posições defensivas mais complexas.
Experiência de frustração na busca da gratificação erótica, no nível genital.
Proibição da masturbação infantil e em relação ao pai do sexo oposto.
Rejeição das buscas de prazer erótico é considerada pela criança como uma traição de sua ânsia de amar (sexualidade é amor, nessa fase).
O rígido não abandona sua consciência.
Ela age com o coração, com restrições e sob o controle do ego.
Estado desejável: Render o controle.
Move-se de modo indireto e dentro dos limites de sua guarda no sexo.
Não é manipulativo como o psicopata.
As manobras buscam a proximidade.
A rejeição de seu amor sexual é um ataque ao seu orgulho, insulta seu orgulho.
	O grau de intimidade que se permitem ter.
	O esquizóide evita a proximidade íntima.
	Oral entra em intimidade com base em sua necessidade de ter calor humano e apoio, em bases infantis.
	Psicopata só consegue se relacionar com os que precisam dele. Enquanto for necessário, permite um grau limitado de intimidade.
	Masoquista é capaz de estabelecer um relacionamento intimo, com base em sua atitude submissa. É superficial, mas é mais intima do que todas as três anteriores.
	O rígido estabelece relacionamentos relativamente íntimos, pois mantem-se alerta, apesar da aparente aproximação e compromisso com as outras pessoas.
	A estrutura de caráter é o melhor arranjo que a pessoa conseguiu propor-se.
Conflitos inerentes às estruturas de caráter:
	Esquizóide: Se eu expressar minha necessidade de estar próximo de alguém, minha existência entra em perigo. Sóposso existir se não tiver necessidade de intimidade. Portanto, ela tenta permanecer em isolamento.
	Oral: Se eu sou independente, devo desistir de toda necessidade de apoio e calor humano. Posso exprimir minhas necessidades na medida em que não sou independente. Se esta pessoa abandonar sua necessidade de aproximação e amor, cairá na esquizofrenia.
	Psicopata: Posso aproximar-me se eu deixar você me controlar ou usar-me. A criança é forçada a inverter os papéis nos relacionamentos posteriores e torna-se a parte controladora e sedutora (principalmente com orais). Mantendo então o controle sobre o outro, pode permitir-se certa intimidade. “Você pode ficar ao meu lado enquanto me olhar de baixo para cima”, em vez de “Eu preciso estar perto de você”.
	Masoquista: “Se eu for livre, você não me amará”. “Serei seu menininho bem comportado e então você me amará”.
	Rígido: Posso ser livre se não perder minha cabeça e se não entregar-me totalmente ao amor.
	Esquizóide
	existência x necessidades.
	Direito de existir.
	Oral
	Necessidades x independência
	Direito de ter segurança nas próprias necessidades.
	Psicopático
	Independência x intimidade
	Direito de ser autônomo e independente.
	Masoquista
	Intimidade/proximidade x liberdade
	Direito a auto-afirmação.
	Rígido
	Liberdade x Ceder ao amor
	Direito de ter desejos e de fazer esforços no sentido de satisfazê-los direta e abertamente.

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