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a Aula 03 Curso: Direito Constitucional Professor: Jonathas de Oliveira Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 2 de 68 www.exponencialconcursos.com.br Sumário 1- Administração pública. Disposições gerais. Servidores públicos. ..... 3 2- Questões Comentadas ................................................................... 49 3- Lista de Exercícios ......................................................................... 56 4- Gabarito ........................................................................................ 67 5- Referencial Bibliográfico................................................................ 68 Amigos de todas as horas, estamos avançando! Os temas a serem abordados nesta aula são repletos de minúcias e sempre aparecem nos concursos. Para nos ajudar nesta aula, o estudo pode ser “cruzado”. Isso porque o Capítulo VII da CF/88 (dedicado à administração pública), apesar de contemplar vários detalhes, dialoga diretamente a todo tempo com o Direito Administrativo, devendo alguns tópicos serem estudados com mais profundidade naquela disciplina. Sem mais demora, passemos adiante! Aula 03 – Administração pública. Disposições gerais. Servidores públicos. http://www.exponencialconcursos.com.br/ file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/Cursos%20ativos/Base%20CESPE/Aula%2005%20-%20Direito%20Constitucional%20-%20Administração%20Pública.docx%23_Toc518741399 file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/Cursos%20ativos/Base%20CESPE/Aula%2005%20-%20Direito%20Constitucional%20-%20Administração%20Pública.docx%23_Toc518741400 file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/Cursos%20ativos/Base%20CESPE/Aula%2005%20-%20Direito%20Constitucional%20-%20Administração%20Pública.docx%23_Toc518741401 file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/Cursos%20ativos/Base%20CESPE/Aula%2005%20-%20Direito%20Constitucional%20-%20Administração%20Pública.docx%23_Toc518741402 file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/Cursos%20ativos/Base%20CESPE/Aula%2005%20-%20Direito%20Constitucional%20-%20Administração%20Pública.docx%23_Toc518741403 Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 3 de 68 www.exponencialconcursos.com.br Como já foi apontado, o Estado brasileiro se organiza repartindo suas competências e atividades em funções estatais denominadas de Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário. Apesar de tais Poderes terem funções específicas, todos possuem determinadas atribuições (atividades-meio ou fim) relativamente comuns, conjugáveis na ideia de administração pública. Esse conjunto de atribuições comum aos três Poderes é regida por normas gerais que passaremos a estudar a seguir. Válido ressaltar que nos Poderes Legislativo e Judiciário a atividade administrativa, ao contrário do que ocorre no Poder Executivo, encontra-se diretamente vinculada às suas atividades-meio, não às suas atividades-fim, pois as funções de legislar e de resolver conflitos são exercidas diretamente por membros de Poder (magistrados e parlamentares). Aqueles apenas secundariamente estão vinculados às normas da administração pública1, e na maioria das vezes possuem seus estatutos próprios, com prescrições na própria Constituição (vide a disciplina constitucional acerca do Poder Legislativo, em especial nos artigos 53 a 56, e do Poder Judiciário, em especial nos artigos 92 a 99) e em nível infraconstitucional. Por fim, cumpre aqui revisar que a CF/88 adotou como forma de Estado a federação, integrada por diferentes centros de poder político. Desta forma, temos o poder político central (União), poderes políticos regionais (Estados) e poderes políticos locais (Municípios), além do Distrito Federal, que acumula competências regionais e locais em caráter sui generis (CF/88, art. 32). Nesse cenário, a disciplina constitucional relativa à administração pública, salvo disposição em contrário, alcança a administração pública federal (União), a administração pública distrital (Distrito Federal), as administrações públicas estaduais (Estados-membros) e as administrações públicas municipais (Municípios). 1 Vinculam-se, por exemplo, às regras remuneratórias e de aposentadoria gerais, assim como aos princípios da administração pública, dentre outras imposições. 1- Administração pública. Disposições gerais. Servidores públicos. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 4 de 68 www.exponencialconcursos.com.br CAPÍTULO VII DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (1) Como estudamos em Direito Administrativo (Alexandrino e Paulo, 2012), entre administração pública direta e indireta podemos fazer as seguintes distinções de ordem básica: Feita esta breve revisão, devemos notar que os princípios explícitos acima descritos (LIMPE) se aplicam generalizadamente na estrutura funcional do Estado brasileiro, a todos os Poderes. (2) É de importância nuclear termos bem fixado o que transmite cada princípio. Adotando a análise de Alexandrino e Paulo (2012), analisaremos resumidamente cada qual. ADMINISTRAÇÃO DIRETA • Conjunto de órgãos (de direito público) que integram a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, aos quais é atribuída a competência para o exercício centralizado, de atividades administrativas. • Exemplos: o Ministério da Saúde, as Procuradorias Gerais dos Estados, as Secretarias Municipais de Fazenda etc. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA • O conjunto de pessoas jurídicas (de direito público ou privado), vinculadas (não subordinadas) à administração direta, aos quais é atribuída a competência para o exercício descentralizado de funções públicas. • Exemplos: o Banco Central, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Caixa Econômica Federal, a Petrobras etc. • Compreende: autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas e consórcios públicos. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 5 de 68 www.exponencialconcursos.com.br (3) Além dos princípios explícitos, a administração pública também é regida por outros princípios que não constam expressamente no texto constitucional. São Legalidade Art. 5º, II: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Para os particulares, a regra é a autonomia da vontade (é lícito fazer tudo aquilo que a lei não proíba). Já a Administração Pública não tem vontade autônoma, estando vinculada às determinações da lei. Atos praticados contra a lei ou além da lei são atos inválidos e podem ter sua invalidade decretada pela própria Administração que os editou (autotutela administrativa/sindicabilidade) ou pelo Poder Judiciário. Impessoalidade Toda atuação da Administração deve visar ao interesse público, e não tem como finalidade a satisfação de interesses pessoais. Vedação a que o agente público se promova às custas das realizações da Administração Pública. Moralidade A moral administrativa difere da moral comum, uma vez que é jurídicae objetiva e pela possibilidade de invalidação (anulação, seja pela Administração, como pelo Poder Judiciário, se provocado) dos atos administrativos que sejam praticados em inobservância deste princípio. Publicidade Exige-se transparência da atuação administrativa. Em tese, assim é possibilitado, da forma mais ampla possível, o controle da Administração Pública pelos administrados. Em sentido mais estrito, é a exigência de publicação oficial (como requisito de eficácia) dos atos administrativos que devam produzir efeitos externos e dos atos que impliquem ônus para o patrimônio público. Eficiência No que concerne à atuação do agente público, espera- se o melhor desempenho possível de suas atribuições e a obtenção dos melhores resultados (com economicidade). Em relação ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a administração pública, exige-se que este seja o mais racional possível. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 6 de 68 www.exponencialconcursos.com.br eles os princípios implícitos, tais como, o da supremacia do interesse público, da razoabilidade e da proporcionalidade, da eficácia, da segurança jurídica, da continuidade, da presunção de legitimidade, dentre outros. No âmbito dos princípios que regem a administração pública, em especial sob o prisma da impessoalidade e moralidade, destaca-se ainda o consagrado entendimento do STF: STF - Súmula Vinculante nº 13 - A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas [nepotismo cruzado], viola a Constituição Federal. 1- (CESPE / TCE – SC – Conhecimentos Básicos / 2016) A partir do disposto na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item seguinte. Na CF, o conceito de administração pública coincide com o de Poder Executivo e, consequentemente, com o de administração direta, razão por que é impróprio utilizar o termo administração pública em referência aos Poderes Legislativo e Judiciário. Resolução: Errado. Apesar de a função administrativa ser típica do Poder Executivo, o conceito de Administração Pública abrange todos os Poderes, tendo eles certa atuação administrativa. 2- (CESPE / Analista Judiciário do TRE – MT / 2015) Considerando os princípios constitucionais que regem a administração pública, assinale a opção correta. a) Em decorrência do princípio da legalidade, a administração pública pode adotar qualquer conduta que não seja vedada por lei, usufruindo de um sistema de controle de discricionariedade menos rigoroso que o controle exercido pela lei sobre os administrados. b) É proibida a ocupação de quaisquer cargos públicos sem a prévia aprovação de concurso público, em decorrência dos princípios da impessoalidade, da legalidade e da igualdade. c) Dado o princípio da publicidade, que garante à sociedade o conhecimento dos atos praticados pela administração, ressalvados os casos legais de sigilo, http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 7 de 68 www.exponencialconcursos.com.br exige-se a publicação dos atos administrativos no Diário Oficial, o que garante seu efetivo conhecimento por todos os interessados. d) A vedação ao nepotismo no serviço público resulta, entre outros fundamentos, da aplicação do princípio da eficiência, do qual decorre a exigência de qualificação para o exercício das funções públicas. e) O princípio da moralidade impõe ao servidor público uma moral jurídica, entendida como o conjunto de regras de conduta advindas da disciplina interior da administração pública. Resolução: Alternativa E. A moral pública é objetiva, jurídica. O problema da opção “A” é que, para os particulares, a legalidade atua de forma residual: tudo é permitido, salvo disposição legal em contrário. Já para o poder público, a legalidade é um condicionador prévio de sua ação: o poder público somente pode agir de acordo com o que a lei permite. Assim, mesmo os atos discricionários da administração pública são controlados. Por sua vez, a opção “B” erra, pois, é o princípio da impessoalidade que tem correlação direta com os elementos apontados. Já a opção “C” erra uma vez que diversos atos administrativos dispensam publicação em Diário Oficial, podendo esta se dar por outras vias. Por fim, a opção “D” é menos certa (não está totalmente errada), pois, é o princípio da moralidade que tem correlação direta com os fatos apontados. 3- (CESPE / Técnico Judiciário do TRT da 8ª Região / 2016) Assinale a opção correta a respeito dos princípios da administração pública. a) Em decorrência do princípio da hierarquia, nega-se o direito de greve e de livre associação sindical para funcionários do Poder Judiciário. b) Em decorrência do princípio da legalidade, é permitido ao agente público praticar atos administrativos que não sejam expressamente proibidos pela lei. c) A observância dos princípios da eficiência e da legalidade é obrigatória apenas à administração pública direta. d) A proibição de nomear parentes para ocupar cargos comissionados na administração pública é expressão da aplicação do princípio da moralidade. e) O princípio da publicidade não está expressamente previsto na CF. Resolução: Alternativa D. Para Motauri Ciocchetti de Souza, o princípio da moralidade consiste na lisura no trato das coisas do Estado diante dos administrados, com o objetivos de inibir “que a Administração se conduza perante o administrado de modo caviloso, com a astúcia ou malícia preordenadas a submergir-lhe direitos ou embaraçar-lhe o exercício e, reversamente, impor-lhe um comportamento franco, sincero e leal”. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 8 de 68 www.exponencialconcursos.com.br Cumpre destacar, no exemplo em comento (nepotismo), que também têm relevante peso os princípios da moralidade e da eficiência. Passemos aos erros. a) Em decorrência do princípio da hierarquia, nega-se o direito de greve e de livre associação sindical para funcionários do Poder Judiciário. Inexiste “princípio da hierarquia”. Além disso, como veremos, o direito de greve dos servidores pode ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica. b) Em decorrência do princípio da legalidade, é permitido vedado ao agente público praticar atos administrativos que não sejam expressamente proibidos permitidos pela lei. c) A observância dos princípios da eficiência e da legalidade é obrigatória apenas à para toda administração pública direta. e) O princípio da publicidade não está expressamente previsto na CF. I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (1) Não se pode esquecer que o próprio constituinte definiu expressamente alguns cargos que privativos de brasileiro nato: (Art. 12) § 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo TribunalFederal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas VII - de Ministro de Estado da Defesa. Quanto às demais restrições, a lei pode estabelecer critérios adicionais, desde que sejam justificáveis e não contrariem os princípios constitucionais. Nossa jurisprudência é pacífica nesse sentido: http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 9 de 68 www.exponencialconcursos.com.br STF – Súmula nº 14 – Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em concurso para cargo público. STF - Súmula nº 683 - O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. STF - Súmula Vinculante nº 44 – Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. Assim, de regra, importa em ofensa constitucional a exigência de requisito estabelecida apenas em edital, sem lastro legal. 4- (CESPE / Técnico Judiciário do TRE – MT / 2015 / Adaptada) Julgue o item a seguir: Por uma questão de soberania nacional, a CF veda o acesso a cargos, empregos e funções públicas a estrangeiros. Resolução: Errado. A regra é o acesso livre aos cargos públicos, por brasileiros e estrangeiros (na forma da lei). Contudo, a próprio CF/88 estabelece algumas exceções. No mais das vezes, reservando exclusivamente a brasileiros natos cargos “chave” na estrutura do Estado brasileiro. 5- (CESPE / Analista de Gestão do TCE – PE / 2017) A respeito dos princípios fundamentais e dos direitos e deveres individuais e coletivos, julgue o item a seguir. Órgão estadual somente poderá exigir, em edital de concurso público, realização de exame psicotécnico para a habilitação de candidatos ao cargo previsto, se houver previsão legal para tal aplicação. Resolução: Correto! O entendimento jurisprudencial atual é no sentido de que, discriminações e imposições adicionais só podem ser admitidas caso, além de justificativa razoável, sejam fundamentadas em lei (ou instrumento de igual hierarquia). II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 10 de 68 www.exponencialconcursos.com.br ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (1) Podemos, pois, estabelecer uma separação: Observa-se, portanto, que a investidura em cargos ou empregos públicos não depende necessariamente de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos. A regra da necessidade de concurso se aplica para o provimento efetivo. É perfeitamente possível, por exemplo, que indivíduo que nunca prestou um concurso seja nomeado para ocupar cargo em comissão a fim de exercer atribuições de direção, chefia e assessoramento no âmbito de determinado órgão da administração pública. 6- (CESPE / Delegado de Polícia Substituto da PC – GO / 2017 / Adaptada) Julgue o item a seguir: Segundo o STF, candidato aprovado em concurso público dentro do número de vagas previsto no edital e dentro do prazo de validade do certame terá direito subjetivo à nomeação. Resolução: Correto. Muito embora, como regra geral (que admite exceções), a realização de concurso público seja ato discricionário da administração pública, a nomeação e posse dos aprovados não o é, conforme jurisprudências exaradas pelas nossas Cortes superiores e Suprema. Uma das justificativas é o fato de o poder público ter, com a realização de dado certame, demonstrado a necessidade de ocupação dos cargos para adequada prestação dos serviços públicos. Investidura Cargos/empregos públicos de provimento efetivo depende sempre de aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos Cargos/empregos públicos de provimento precário mesmo sem aprovação em concurso, pode haver investidura no caso dos cargos em comissão (art. 37, II) e de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público (art. 37, IX) http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 11 de 68 www.exponencialconcursos.com.br 7- (CESPE / Inspetor do TCE – RN / 2015) Julgue o item a seguir. Com base nas disposições constitucionais e na jurisprudência do STF a respeito dos servidores públicos, julgue o item a seguir. A investidura em cargo público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos. A pontuação dos títulos, entretanto, deve servir como critério de classificação do candidato, mas não como fator de aprovação ou de reprovação. Resolução: Correto. A pontuação dos títulos deve servir somente como critério de classificação do candidato, mas não como fator de aprovação ou de reprovação. Esta depende da prova aplicada (objetiva, discursiva, oral...). III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; (1) Incisos sempre caros aos concurseiros de plantão! Durante o prazo de validade do concurso, que é contado a partir de sua homologação, a administração pública pode nomear os aprovados para o provimento dos cargos ou empregos aos quais ele se destinava. Ainda que, eventualmente, durante a validade do concurso, a administração resolva organizar outro certame, aqueles aprovados no primeiro terão prioridade na sua nomeação sobre os novos concursados. Noutra via, importa destacar que se verifica total impossibilidade de nomeação de candidato após expirado o prazo de validade do concurso (ARE 899.816 AgR). http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 12 de 68 www.exponencialconcursos.com.br Há farta jurisprudência sobre esta passagem constitucional. Nosso Supremo já se posicionou (RE 598.099/MS) no sentido de que, ressalvados casos bastante excepcionais e devidamente fundamentados, o candidato aprovado em concurso público, dentro do número de vagas definido no edital, tem direito subjetivo à nomeação. Dentro do prazo de validade do concurso, a administração pode escolher o momento no qual se realizará a nomeação, mas não pode dispor sobre a própria nomeação, a qual, de acordo com o edital, passa a constituir um direito do concursando aprovado e, dessa forma, um dever imposto ao poder público. Uma vez publicado o edital do concurso com número específico de vagas, o ato da administração que declara os candidatos aprovados no certame cria um dever de nomeação para a própria administração e, portanto,um direito à nomeação titularizado pelo candidato aprovado dentro desse número de vagas. Outra compreensão pacificada é a que segue: STF - Súmula nº 15 – Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem o direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação. Por exemplo: determinado concurso previa 10 vagas para certo cargo e só são nomeados os 8 primeiros mais o 13º, o 14º e o 15º. Pois bem, os candidatos 9 e 10 já possuíam direito à nomeação. Já o 11º e o 12º adquirem direito subjetivo à nomeação. Isso mesmo que, no fim das contas, o total de candidatos que devem ser nomeados supere as vagas originalmente previstas. A eliminação do candidato de concurso público que esteja respondendo a inquérito ou ação penal, sem pena condenatória transitada em julgado, fere o princípio da presunção de inocência (AI 741.101-AgR/DF). Viola o princípio constitucional da isonomia norma que estabelece como título o mero exercício de função pública (ADI 3.443/MA). Já a jurisprudência do STJ (RMS 34.075/SP), corroborada pelo Supremo, é na linha que o candidato aprovado como excedente em concurso público, adquire direito subjetivo líquido e certo à nomeação no caso de: (i) as vagas originalmente abertas não serem totalmente ocupadas pelos aprovados em melhor classificação, (ii) ser aberto novo concurso público na vigência do anterior, (iii) durante o prazo de validade do concurso, ser contratado outro servidor a título precário para exercer as mesmas funções do cargo para o qual o candidato foi aprovado. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 13 de 68 www.exponencialconcursos.com.br 8- (CESPE / Inspetor do TCE – RN / 2015) Julgue o item a seguir. Limite de idade fixado, exclusivamente, no edital do concurso público não supre a exigência constitucional de que o requisito seja estabelecido em lei. Resolução: Correto. Muito se afirma que o edital é a “lei do concurso”. Contudo, já é cediço jurisprudencialmente que, certas disposições “críticas”, especialmente aquelas que restrinjam o caráter público e geral do concurso, somente podem nele ser estabelecidas se houver lei prévia autorizativa. V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; Se as atribuições são meramente técnicas e, portanto, não possuem o caráter de assessoramento, chefia ou direção, é inadmissível a ocupação por servidores exclusivamente comissionados (ADI 3.706). 9- (CESPE / Analista Judiciário do TRE – MT / 2015 / Adaptada) Com base no que dispõe a Constituição Federal (CF) sobre os servidores públicos, assinale a opção correta. a) As funções de confiança devem ser exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargos efetivos na administração. FUNÇÃO DE CONFIANÇA Devem ser ocupadas apenas por servidores efetivos? Sim CARGO EM COMISSÃO Devem ser ocupados apenas por servidores efetivos? Parcialmente, nas condições e percentuais mínimos previstos em lei Somente DIREÇÃO / CHEFIA / ASSESSORAMENTO http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 14 de 68 www.exponencialconcursos.com.br b) A investidura em cargo público depende da aprovação prévia em concurso público, cujo prazo de validade previsto em lei é de dois anos, admitidas sucessivas prorrogações pelo mesmo período. c) O servidor público federal adquire estabilidade no serviço público após dois anos de efetivo exercício do cargo por ele ocupado, somente podendo perder seu cargo por decisão judicial definitiva. d) Somente brasileiros natos ou naturalizados podem ocupar os cargos públicos efetivos, porém admite-se a ocupação de cargos em comissão por estrangeiros. Resolução: Alternativa A. As funções de confiança devem ser exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo. Já os cargos em comissão devem ser preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei. b) A investidura em cargo público depende da aprovação prévia em concurso público, cujo prazo de validade previsto em lei é de dois anos, admitidas sucessivas prorrogações uma única prorrogação pelo mesmo período. c) O servidor público federal adquire estabilidade no serviço público após dois três anos de efetivo exercício do cargo por ele ocupado, somente podendo perder seu cargo por decisão judicial definitiva em virtude de sentença judicial transitada em julgado, mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa, mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa, ou para adequação aos limites da LRF. d) Somente brasileiros natos ou naturalizados podem ocupar os cargos públicos efetivos, porém admite-se a ocupação de cargos em comissão por estrangeiros os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei. VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; (1) Em relação aos servidores militares, cumpre observar que a própria Constituição Federal assim determina (art. 142, §3º): IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; [...] http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 15 de 68 www.exponencialconcursos.com.br Em recente julgado com repercussão geral (ARE 654.432), o STF esposou o entendimento de que o exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, também é vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública. (2) Em relação ao inciso VII, a referida lei ainda não foi editada. Em razão da mora do legislador, o STF, em sede de mandado de injunção, determinou a aplicação subsidiária, aos servidores públicos estatutários, da Lei nº 7.783/1989, a “lei geral de greve”, aplicável aos trabalhadores em geral (celetistas) (MI 708/DF). 10- (CESPE / SUFRAMA / 2014) Em relação à aplicabilidade das normas constitucionais e às atribuições e responsabilidades do presidente da República, julgue o item a seguir. A norma constitucional que assegura o direito de greve aos servidores públicos tem eficácia contida, uma vez que a produção de seus efeitos depende de normas infraconstitucionais integrativas. Resolução: Errado. Trata-se de norma de eficácia limitada, uma vez que precisa ser regulamentada por regra infraconstitucional para que produzir plenamente seus efeitos. VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; (1) Em âmbito federal este percentual é de até 20% (Lei nº 8.112/1990, art. 5º, §2º). E se o concurso federal for para provimento de, por exemplo, apenas 3 vagas, o que fazer? Nesses casos, resta pacificado por nossa Corte Maior que a reserva acima aludida é inviável, uma vez que a delimitação de qualquer quantitativo promoveria majoração da porcentagem máxima prevista (MS 26.310/DF). http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso:Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 16 de 68 www.exponencialconcursos.com.br IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; (1) É válido destacar dois pontos: (i) A supracitada contratação pode ser feita por método seletivo, sujeito à ampla divulgação, que não o concurso público. Em casos extremos (vide lei nº 8.754/1993) pode mesmo haver dispensa de processo seletivo. (ii) Os selecionados não são servidores estatutários. Tampouco são detentores de emprego público. O regime aqui é especial (contratual de Direito Público). Trata-se de provimento precário em cargo público, sendo inconstitucionais a permissão de prorrogação indefinida do prazo de contratações temporárias (ADI 3.662). (2) O STF já decidiu que, ao regulamentar o art. 37, IX, os entes federativos não podem prever hipóteses abrangentes e genéricas de contratações temporárias sem concurso público. Vale dizer, a lei deverá especificar a contingência fática que caracteriza a situação de emergência. X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; (1) No que diz com a iniciativa para fixação/alteração da remuneração dos servidores públicos temos as seguintes competências estabelecidas ao longo do texto da CF/88: Cargos Iniciativa privativa das leis que fixem ou alterem remunerações Estrutura organizacional do Poder Executivo Federal Presidente da República (CF, art. 61, §1º, II, “a”) Estrutura organizacional da Câmara dos Deputados Câmara dos Deputados (CF, art. 51, IV) – SVPR Estrutura organizacional do Senado Federal Senado Federal (CF, art. 52, XIII) – SVPR http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 17 de 68 www.exponencialconcursos.com.br Estrutura organizacional do Poder Judiciário Cada tribunal (CF, art. 96, II, “b”) [aplica-se analogamente ao Tribunal de Contas da União, mesmo não sendo órgão do Judiciário] – SVPR Subsídio dos Ministros do STF STF – SVPR Subsídio dos deputados federais, senadores, Presidente e Vice-Presidente e ministros do Estado Congresso Nacional – NSVPR SVPR – Sujeito à sanção ou veto do Presidente da República NSVPR – Não sujeito à sanção ou veto do Presidente da República STF – Súmula Vinculante nº 37 – Não cabe ao poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia. XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (1) O inciso acima traz a formulação genérica do chamado “teto constitucional”. Vamos esquematizar! http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 18 de 68 www.exponencialconcursos.com.br LIMITE GERAL LIMITES ESPECÍFICOS Poder Executivo (exceto Procuradores e Defensores Públicos) SUBSÍDIO DOS MINISTROS DO STF (X) Teto constitucional Estados + DF: Subsídio do Governador Municípios: Subsídio do Prefeito Poder Legislativo Estados + DF: Subsídio dos Deputados Estaduais ou Distritais Poder Judiciário Estados + DF: Subsídio dos Desembargadores dos Tribunais de Justiça (0,9025X) Outros ressalvados pelo inciso XI (Ministério Público, Procuradores e Defensores Públicos) Subsídio dos Desembargadores dos Tribunais de Justiça (0,9025X) Ver §11 (exceção no cômputo do teto remuneratório) e §12 (exceção ao limite específico no âmbito do Executivo e Judiciário dos Estados e DF). XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; (1) Este inciso é praticamente letra morta da Constituição Federal. De todo modo, o ânimo do constituinte foi valorizar o Poder Executivo, que, sobretudo por meio do trabalho dos seus Auditores/Agentes Fiscais, é o principal Poder responsável pelo recolhimento de receitas aos cofres públicos. XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; (1) Vincular é promover o reajuste automático da remuneração tendo por base determinados índices ou indexadores. Nesse sentido, o STF editou a seguinte Súmula Vinculante: STF - Súmula Vinculante 42 - É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 19 de 68 www.exponencialconcursos.com.br Por seu turno, equiparar é estabelecer uma conexão entre carreiras, de forma que o reajuste de uma encadeie automaticamente, numa relação de igualdade horizontal, o de outra. As exceções são as disposições da própria Constituição que se utilizam de tais instrumentos. Por exemplo, na vinculação do subsídio máximo dos Desembargadores dos Tribunais de Justiça (0,9025x) ao dos Ministros do STF (x). 11- (CESPE / FUB – Conhecimentos Básicos / 2015) No que diz respeito aos servidores públicos segundo disposições da CF, julgue o item subsequente. Há na CF dispositivo que autoriza a vinculação do reajuste do subsídio dos secretários de estado ao subsídio do governador como forma de se evitar discrepâncias remuneratórias. Resolução: Errado. Como regra, a vinculação e a equiparação são vedadas pela CF/88. XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; (1) Imagine-se que um servidor público remunerado por subsídio assuma a função gratificada de supervisor no órgão em que está lotado. Pois bem. Este vencimento adicional (que é precário) não será considerado no caso de haver posteriormente, por exemplo, uma promoção na sua carreira. O acréscimo ulterior levará em consideração somente seu subsídio “puro”. XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo [...]; (1) O STF tem posição consolidada sobre a inexistência de direito adquirido a regime jurídico-administrativoe forma de cálculo de vencimentos, contanto que não haja redução destes (RE 593.304-AgR; AI 450.268-AgR/MG). http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 20 de 68 www.exponencialconcursos.com.br Ainda a este propósito, entende nossa Corte que a irredutibilidade das remunerações é nominal e não real (AI-AgR 618.777/RJ), ou seja, desconsidera os efeitos da inflação. XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (1) Aqui pediremos vênia para ilustrar as três alíneas do inciso XVI em conjunto com demais disposições ao longo do texto constitucional que definem outras hipóteses de acumulação lícita remunerada de cargos públicos. (2) De acordo com jurisprudência do STF (RE 612.975 e 602.043), nos casos constitucionalmente autorizados de acumulação de cargos, empregos e funções, a incidência do artigo 37, inciso XI, da Constituição Federal, pressupõe consideração de cada um dos vínculos formalizados, afastada a observância do teto remuneratório quanto ao somatório dos ganhos do agente público. Vale dizer, deve ser aplicado o teto remuneratório constitucional de forma isolada para cada cargo público acumulado, nas formas autorizadas pela Constituição. (3) Por fim, já é pacífica a posição do STF de que não é possível a acumulação tríplice de cargos públicos (ARE 848.993 RG). XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas Acumulação remunerada de cargos públicos (havendo compatibilidade de horários) 2 cargos de professor (art. 37, XVI, "a") 1 cargo de professor + 1 cargo técnico ou científico (art. 37, XVI, "b") 2 cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas (art. 37, XVI, "c") 1 cargo público + Mandato de vereador (art. 38, III) 1 cargo de Magistrado + 1 cargo no Magistério (art. 95, parágrafo único, I) 1 cargo de Procurador do Ministério Público + 1 cargo no Magistério (art. 128, §5º, II, "d") http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 21 de 68 www.exponencialconcursos.com.br subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; (1) Todas aqueles entidades que de algum modo foram criadas com recursos do Erário público ou dele dependem para sua manutenção estão sujeitas à vedação acima. XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; (1) Este dispositivo não está regulamentado em nível único. Vale dizer, a “precedência na forma da lei”, ao menos por enquanto, se apresenta difusa e de formas variadas no nível da União, de cada Estado, do DF e dos Municípios. Ainda assim, genericamente, podemos extrair que os servidores fiscais terão precedência no acesso a informações e lugares (particulares e públicos), a recursos do erário para desenvolver suas atividades-fim (vide o art. 167 IV), dentre outros. Observe-se que a atividade por eles desempenhada é de fundamental importância para a própria existência do Estado. Daí o comando constitucional. 12- (FGV / Fiscal de Tributos Municipais de Niterói – RJ / 2015) Ao prever as disposições gerais no capítulo sobre a Administração Pública, a Constituição Federal estabeleceu, em matéria de servidores da área de fazenda pública, que: a) os servidores fiscais terão regime diferenciado de aposentadoria, levando em conta a natureza e a complexidade das funções desempenhadas, na forma da lei; b) a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; c) a acumulação de dois cargos públicos de fiscal de tributos é permitida, desde que haja compatibilidade de horários e a remuneração total não ultrapasse o teto constitucional; http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 22 de 68 www.exponencialconcursos.com.br d) aos servidores públicos da área fiscal da administração direta em qualquer nível da federação é vedado o exercício, em qualquer hipótese, de mandato eletivo; e) a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração é permitida para o pessoal da área fiscal do serviço público. Resolução: Alternativa B, com fundamento no art. 37, XVIII, da CF/88. Apenas as distinções previstas na própria CF/88 são aplicáveis aos servidores da administração tributária. Para além de tais disposições, são a eles aplicáveis aquelas que também alcançam todos os demais servidores públicos. XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (1) Conforme nos descrevem os administrativistas, vale lembrar que, no caso das fundações, podemos ainda ter dois cenários: Criação direta por lei específica Autarquia fundacional (pessoa jurídica de direito público) Simples autorização e registro Fundação pública (pessoa jurídica de direito privado) XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada; Criação de Autarquia Depende diretamente de lei Empresa Pública + Sociedade de Economia Mista + Fundação Depende de autorização e indiretamente de lei http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 23 de 68 www.exponencialconcursos.com.br (1) Subsidiárias são espécies de sociedades controladas, ou seja, têm sua condução subordinada a outra(s) sociedade(s). São pessoas jurídicas de direito privado que, segundo o STF (ADI 1.649/DF) não integram a administração pública. XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. (1) Os casos ressalvados são os de inexigibilidade (licitação impossível) e dispensa (licitação dispensável ou licitação dispensada). (2) Válido observar que, quando se trata de licitação para prestação serviços públicos, a CF/88 não abre qualquer exceção. Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ouconvênio. (1) Observe-se que o comando é impositivo (“atuarão”). Além disso, atente-se que o intercâmbio de informações é norma de eficácia limitada. (2) Outro ponto de destaque é o fato de, sendo tão indispensáveis ao Estado, as administrações tributárias se enquadrarem como exceções ao princípio da não vinculação de impostos. Art. 167. São vedados: [...] http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 24 de 68 www.exponencialconcursos.com.br IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; [...] § 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. (1) Clássico exemplo de aplicação do princípio da impessoalidade. § 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei. (1) O ato nulo, como regra, contém vício insanável em um dos seus elementos constitutivos (finalidade, forma, motivo, objeto e competência). § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente: I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública. § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 25 de 68 www.exponencialconcursos.com.br (1) A Lei nº 8.429/1992 distingue três espécies de improbidade: Que importem enriquecimento ilícito Que causem prejuízo ao erário Que atentem contra os princípios da administração pública Importante destacar que as sanções previstas no §4º podem ser cumulativas. Por exemplo, em caso se enriquecimento ilícito, o agente público ou o equiparado a tal, poderá perder os bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ser obrigado a ressarcir integralmente o dano (quando houver), perder a função pública, ter suspensos os direitos políticos de oito a dez anos, ser obrigado a pagar multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial, além de ser proibido de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos. § 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento. (1) Prescrição é a extinção da pretensão legítima que alguém tinha para agir visando a proteger ou a reparar um direito violado. Em matéria de ilícitos, a prescrição extingue a punibilidade, que nada mais é que a possibilidade de punição do agente que cometeu o ilícito. Contudo, ao contrário das demais sanções possíveis, o ressarcimento ao erário, fruto de conduta lesiva, ativa ou omissiva, dolosa ou culposa, é imprescritível! § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 26 de 68 www.exponencialconcursos.com.br (1) A responsabilidade civil acima transcrita é do tipo objetiva (independe de dolo ou culpa). Condenadas a indenizar o prejudicado pelo dano causado, as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos podem ajuizar ação regressiva contra o agente público ou investido de prerrogativas públicas (“indivíduo”) que provocou imediatamente o dano. No entanto, no que concerne a esse segundo aspecto, deve ser constatada a existência de culpa ou dolo por parte deste. * Em Direito Administrativo, esta responsabilidade se enquadra na modalidade risco administrativo. Remetemos os candidatos às aulas pertinentes naquele curso. No âmbito do Direito Constitucional, a cobrança do §6º é fundamentalmente literal. 13- (CESPE / Técnico – DPU / 2016) Julgue o item abaixo. Para a configuração da responsabilidade objetiva do Estado, é necessária a demonstração de culpa ou dolo do agente público. Resolução: Errado. À luz da sistemática constitucional, a responsabilidade civil do Estado é de regra objetiva, permitido o direito de regresso contra o servidor público ou pessoa jurídica prestadora de serviço público causador direto do dano (neste caso sim, se estes agiram com dolo ou culpa). Vale dizer, independentemente dos aspectos volitivos subjetivos a responsabilização, num primeiro momento, recai sobre o Estado e não sobre o agente público específico que deu causa ao dano. Todavia, num segundo momento, a administração pública pode propor uma ação regressiva, por exemplo, exigindo que o causador (direto) se comprometa a lhe ressarcir os prejuízos que teve com a indenização, além de lhe imputar outras penalidades administrativas. § 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas. § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 27 de 68 www.exponencialconcursos.com.br fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: I - o prazo de duração do contrato; II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes; III - a remuneração do pessoal. (1) O §8º versa sobre os denominados contratos de gestão. Voltando novamente ao Direito Administrativo, é válido lembrar que autarquias e fundações públicas que obtenham maior autonomia mediante esse instrumento, recebem a qualificação de agênciasexecutivas. Outras entidades da administração pública também podem celebrar tais contratos, no entanto, não obterão a referida qualificação. § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. (1) As pessoas jurídicas supracitadas são todas de direito privado. No entanto, por perceberem recursos do erário, também terão suas despesas remuneratórias individuais limitadas ao teto constitucional. § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. (1) O art. 40 trata do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos servidores públicos estatutários e os art. 42 e 142 tratam especificamente dos militares. Destacamos as seguintes hipóteses: http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 28 de 68 www.exponencialconcursos.com.br Hipóteses de acúmulo de proventos de aposentadoria com remuneração de cargo, emprego ou função pública Permitida? PROVENTOS DE APOSENTADORIA RPPS + 1 CARGO PÚBLICO (NOS CASOS DE ACUMULAÇÃO PERMITIDA) Sim PROVENTOS DE APOSENTADORIA RPPS + SUBSÍDIO DE CARGO ELETIVO Sim PROVENTOS DE APOSENTADORIA RPPS + CARGO EM COMISSÃO Sim § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. (1) O §11 trata de “exceção” ao teto constitucional. Imaginemos um exemplo. Suponha-se que o teto constitucional seja de R$ 30.000,00 mensais em determinado ano. Caso determinado servidor obtenha, a título de subsídio, R$ 20.000,00 mensais, não há impedimento constitucional de que determinada parcela indenizatória no valor de R$ 11.000,00 seja incorporada integralmente a sua remuneração em determinado período. (2) No caso do §12, no que concerne ao subteto dos servidores estaduais, a Constituição Federal estabeleceu a possibilidade de o Estado ou DF optar entre: a definição de um subteto por Poder, hipótese em que o teto dos servidores da Justiça corresponderá ao subsídio dos desembargadores do Tribunal de Justiça (art. 37, XI); e a definição de um subteto único, correspondente ao subsídio mensal dos desembargadores do Tribunal de Justiça, para todo e qualquer servidor de qualquer Poder. A atenção deve ser dada ao fato que a possível uniformização do teto das remunerações no âmbito dos Estados e DF se aplica não se aplica aos subsídios dos Deputados Estaduais, Distritais ou Vereadores, cujas regras estão nos artigos 25 e 29 da Carta Magna. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 29 de 68 www.exponencialconcursos.com.br § 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem. (1) Com a reforma da previdência promovida pela EC nº 103/2019, o instituto da readaptação ganhou estatura constitucional direta, sendo incorporada ao texto da Carta Magna previsão que usualmente já constava nos estatutos dos servidores públicos de cada ente. § 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição decorrente de cargo, emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social, acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de contribuição. (1) A justificativa para tal dispositivo é que, anteriormente, era possível que o servidor permanecesse no exercício do cargo do qual decorreu a aposentadoria, o que em muitos casos resultava na percepção simultânea de proventos de aposentadoria com a remuneração do cargo ou emprego, situação que agora é tolhida. § 15. É vedada a complementação de aposentadorias de servidores públicos e de pensões por morte a seus dependentes que não seja decorrente do disposto nos §§ 14 a 16 do art. 40 ou que não seja prevista em lei que extinga regime próprio de previdência social. (1) Para o estudo do instituto da complementação de aposentadoria remetemos os alunos às lições de direito administrativo e, especialmente, previdenciário. 14- (CESPE / FUB – Conhecimentos Básicos / 2015) No que diz respeito aos servidores públicos segundo disposições da CF, julgue o item subsequente. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 30 de 68 www.exponencialconcursos.com.br Os subsídios e as remunerações dos servidores públicos federais, incluídas as verbas de qualquer natureza, mesmo indenizatórias, não podem exceder o subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Resolução: Errado. As indenizações não entram no cômputo da remuneração para fins de cálculo do teto constitucional. Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: (1) Existem diversos casos em que a remuneração de determinado cargo, emprego ou função públicos supera o de Prefeito, daí o inciso II e a possibilidade de opção da maior remuneração. Já no caso dos Vereadores o que se tem é a possibilidade de acúmulo de funções (e das respectivas remunerações), desde que haja compatibilidade de horários. 15- (CESPE / Conhecimentos Básicos – MEC / 2015) A respeito da organização político-administrativa do Estado brasileiro, da administração pública e dos servidores públicos, julgue o seguinte item. Servidor + Mandato eletivo REGRA I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração EXCEÇÃO III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso II http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 31 de 68 www.exponencialconcursos.com.br Situação hipotética: João, ocupante de cargo efetivo em uma instituição federal de ensino superior, foi eleito prefeito de município situado no estado deGoiás, em localidade próxima àquela em que exerce suas atribuições. Assertiva: Nessa situação, ao assumir o mandato, João deverá afastar-se do cargo federal, ainda que haja compatibilidade de horários, podendo optar entre a remuneração do cargo efetivo e a do cargo eletivo. Resolução: Correto. Trata-se da previsão do art. 38, II, da CF/88. 16- (CESPE / Analista Legislativo da Câmara dos Deputados / 2014) Julgue o item a seguir. Considere que determinado vereador tenha tomado posse na respectiva câmara municipal e, em seguida, tenha sido nomeado secretário de infraestrutura, obras e serviços do mesmo município. Nessa situação, o vereador poderá acumular os cargos e a remuneração de vereador e secretário municipal, se houver compatibilidade de horários. Resolução: Errado. As regras de acúmulo de cargos públicos do art. 38 são medidas de exceção e devem ser interpretadas de forma restritiva. Assim, observa-se que o texto constitucional admite, se houver compatibilidade de horários, o exercício simultâneo da vereança ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional. A aludida possibilidade de acúmulo, portanto, não é direcionada aos agentes políticos, detentores de mandato eletivo ou nomeados por quem os detenha. Impossível, pois, a acumulação dos cargos e da remuneração de vereador e de secretário municipal, o que não encontra respaldo na Constituição Federal. IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse. Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 32 de 68 www.exponencialconcursos.com.br (1) Quem já está afinado em Direito Administrativo conhece bem a história da redação do caput do art. 39. Em função de medida cautelar concedida na ADI 2.135-4/DF (em 2007), o texto trazido pela EC nº 19/98 (que possibilitava a existência de mais de um regime jurídico nos entes, posto que removeu a imposição da redação original) teve sua eficácia suspensa com efeito prospectivo (ex nunc) e o original voltou a viger. No entanto, como os efeitos foram modulados, toda legislação que foi editada no interstício 1998-2007 admitindo, por exemplo, vínculo sob regime celetista em autarquia, permanece válida. § 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará: I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira; II - os requisitos para a investidura; III - as peculiaridades dos cargos. § 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados. § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir. (1) Façamos uma breve revisão prática do art. 7º. art. 7º, IV salário mínimo art. 7º, VII garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável art. 7º, VIII décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 33 de 68 www.exponencialconcursos.com.br art. 7º, IX remuneração do trabalho noturno superior à do diurno art. 7º, XII salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei art. 7º, XIII duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho art. 7º, XV repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos art. 7º, XVI remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal art. 7º, XVII gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal art. 7º, XVIII licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias art. 7º, XIX licença-paternidade art. 7º, XX proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei art. 7º, XXII redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança art. 7º, XXX proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil 17- (CESPE / Analista Judiciário do STJ / 2015) Em relação aos agentes públicos, julgue o próximo item. Os servidores públicos gozam de todos os direitos sociais previstos no texto constitucional para os trabalhadores da iniciativa privada. Resolução: Errado. Apenas parte dos direitos sociais para os trabalhadores da iniciativa privada é extensível aos servidores públicos, conforme o quadro acima. 18- (CESPE / Juiz Federal Substituto do TRF da 1ª Região / 2015 / Adaptada) Em relação aos agentes públicos, julgue o próximo item. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 34 de 68 www.exponencialconcursos.com.br Os servidores públicos têm direito à irredutibilidade de salário e ao piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho, mas não ao salário- família e ao fundo de garantia do tempo de serviço. Resolução: Errado. Do rol acima, os servidores públicos estatutários apenas não fazem jus ao fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS). 19- (CESPE / Auditor de Contas Públicas do TCE – PB / 2018 / Adaptada) A respeito da remuneração dos servidores públicos, assinale a opção correta. a) O servidor público tem direito ao recebimento de remuneração pelo trabalho noturno em valor superior ao do diurno. b) Em razão do princípio da isonomia, é incabível, no serviço público, a aplicação de incentivos específicos para a proteção do mercado de trabalho da mulher. c) O servidor público tem direito ao recebimento do décimo terceiro salário com o acréscimo de um terço à remuneração normal. d) Durante todo o tempo em que durar o trabalho no serviço público, o órgão responsável pelos pagamentos deverá efetuar o recolhimento de FGTS do servidor. Resolução: Alternativa A. Trata-se de aplicação combinada do art. 39, §3º com o art. 7º, IX. Podemos aqui pensar aqui com base na razoabilidade e na isonomia. Afinal, se no âmbito da iniciativa privada o constituinte entende ser o trabalho noturno mais degradante para a saúde física e mental do trabalhador, além de prejudicial ao seu convívio familiar e social, o que deve ser compensado com uma remuneração superior, por que tais efeitos também não seriam sentidos pelo trabalhador do serviço público? Em relação aos erros, a alternativa “B” peca pois há previsão expressa de proteção do mercadode trabalho da mulher também aos ocupantes de cargo público. Já a opção “C” inventa direito novo que não está previsto constitucionalmente. O que existe são dois direitos distintos: (i) o direito ao recebimento do décimo terceiro salário, e (ii) o direito ao gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais que a remuneração normal. Por fim, o erro da opção “D” é que o FGTS é direito aplicável aos trabalhadores urbanos e rurais albergados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e não aos servidores públicos estatutários. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 35 de 68 www.exponencialconcursos.com.br § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (1) O parágrafo acima poderia ser resumido em: agentes políticos e membros de Poder serão remunerados por subsídio. Adotando a lição de Alexandrino e Paulo (2012), podemos resumir (para fins meramente ilustrativos): § 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. § 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos. § 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade. § 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º [subsídio]. O subsídio é modalidade de remuneração Obrigatória para os agentes políticos e membros de Poder para alguns servidores públicos (servidores de carreira pertencentes à Advocacia-Geral da União, à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, às procuradorias dos estados e do DF, e os servidores da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, policias civis, polícias militares e corpos de bombeiros militares) Facultativa para os demais servidores públicos organizados em carreira; desde que assim disponham as leis em cada âmbito http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 36 de 68 www.exponencialconcursos.com.br § 9º É vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao exercício de função de confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo. (1) Conforme será descrito mais adiante, o art. 40, §2º, já acabava por vedar a incorporação de vantagens (inclusive remuneratórias) de caráter temporário à remuneração do cargo efetivo quando da aposentadoria do servidor. Ocorre que diversos entes editaram leis possibilitando que, durante o tempo de regular exercício do cargo, o servidor poderia incorporar vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao exercício de função de confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo. Vale dizer, suponhamos que dado servidor percebesse R$ 4.000 a título de remuneração do cargo efetivo. Suponha-se ainda que ele ocupou por 5 anos cargo em comissão que lhe remunerava R$ 2.000. Em diversos entes, após preencher alguns requisitos, era possível incorporar esse “extra” à remuneração do cargo efetivo, enquanto o servidor não se aposentasse. Agora, com o novo §9º do art. 39, trazido pela EC nº 103/2019, essas incorporações são vedadas, mesmo durante o período de atividade. Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. (1) Nosso curso é de Direito Constitucional, não de Direito Administrativo ou de Direito Previdenciário. Importante, pois, ressaltar que os art. 40 e 41 têm incidência esparsa e superficial nas provas da nossa disciplina. O caput do art. 40 trata do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Apresentemos algumas de suas características mais relevantes. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 Prof. Jonathas de Oliveira 37 de 68 www.exponencialconcursos.com.br Desde a promulgação da CF/88, a previdência social passou por três expressivas reformas: a primeira, mediante a Emenda Constitucional nº 20/1998, a segunda, por meio da Emenda Constitucional nº 41/2003, e a terceira por meio da EC nº 103/2019. Até o advento da EC nº 41/2003, aqueles que ingressaram no serviço público antes de sua vigência podiam (podem) se aposentar com proventos integrais, a chamada integralidade. Após o advento da EC nº 41/2003, os ingressantes no serviço público podiam (podem) se aposentar pela regra de proventos proporcionais. A partir de 2012, com fundamento nos §§14, 15 e 16 do art. 37 da CF/88, no âmbito da União (Lei nº 12.618/2012) e de alguns outros entes, começaram a ser instituídos e regulamentados os regimes de previdência complementar. Com o advento de tal regime nesses entes, os ingressantes no serviço público após sua instituição podem se aposentar no máximo com o limite remuneratório do regime geral (RGPS), acrescido do montante que conseguirem agregar pela previdência complementar. Regime Próprio de Previdência Social Vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal. (art. 40, §20) A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício. (art. 40, §10) Apenas as contribuições efetivas são computadas para fins de cálculo dos proventos. É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria pelo RPPS, ressalvados, ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º (exceções tratadas em lei complementar): Solidário Todos (ente público, servidores ativos, inativos e pensionistas) contribuem para a sustentação do Regime * Uma diferença: no RGPS não incide contribuição sobre aposentadorias e pensões Contributivo Por meio das espécies tributárias do gênero Contribuições Especiais (Sociais - Para Seguridade Social) I – portadores de deficiência previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar (§4º-A); II – ocupantes do cargo de agente penitenciário, de agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144 (§4º-B); III - cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação (§4º- C). RGPS – Regime
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