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Aula-03-Direito-Constitucional-Auditor-TCDF-2-Administração-Pública-v2

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a
Aula 03 
Curso: Direito Constitucional 
Professor: Jonathas de Oliveira 
 
 Curso: Direito Constitucional 
Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 
Prof. Jonathas de Oliveira 2 de 68 
 www.exponencialconcursos.com.br 
 
Sumário 
1- Administração pública. Disposições gerais. Servidores públicos. ..... 3 
2- Questões Comentadas ................................................................... 49 
3- Lista de Exercícios ......................................................................... 56 
4- Gabarito ........................................................................................ 67 
5- Referencial Bibliográfico................................................................ 68 
 
 
Amigos de todas as horas, estamos avançando! 
 
Os temas a serem abordados nesta aula são repletos de minúcias e 
sempre aparecem nos concursos. 
Para nos ajudar nesta aula, o estudo pode ser “cruzado”. 
Isso porque o Capítulo VII da CF/88 (dedicado à administração pública), 
apesar de contemplar vários detalhes, dialoga diretamente a todo tempo com o 
Direito Administrativo, devendo alguns tópicos serem estudados com mais 
profundidade naquela disciplina. 
 
Sem mais demora, passemos adiante! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 03 – Administração pública. Disposições gerais. Servidores 
públicos. 
http://www.exponencialconcursos.com.br/
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/Cursos%20ativos/Base%20CESPE/Aula%2005%20-%20Direito%20Constitucional%20-%20Administração%20Pública.docx%23_Toc518741399
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/Cursos%20ativos/Base%20CESPE/Aula%2005%20-%20Direito%20Constitucional%20-%20Administração%20Pública.docx%23_Toc518741400
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/Cursos%20ativos/Base%20CESPE/Aula%2005%20-%20Direito%20Constitucional%20-%20Administração%20Pública.docx%23_Toc518741401
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/Cursos%20ativos/Base%20CESPE/Aula%2005%20-%20Direito%20Constitucional%20-%20Administração%20Pública.docx%23_Toc518741402
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/Cursos%20ativos/Base%20CESPE/Aula%2005%20-%20Direito%20Constitucional%20-%20Administração%20Pública.docx%23_Toc518741403
 Curso: Direito Constitucional 
Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 03 
Prof. Jonathas de Oliveira 3 de 68 
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Como já foi apontado, o Estado brasileiro se organiza repartindo suas 
competências e atividades em funções estatais denominadas de Poder 
Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário. 
Apesar de tais Poderes terem funções específicas, todos possuem 
determinadas atribuições (atividades-meio ou fim) relativamente comuns, 
conjugáveis na ideia de administração pública. 
Esse conjunto de atribuições comum aos três Poderes é regida por 
normas gerais que passaremos a estudar a seguir. 
 
 
Válido ressaltar que nos Poderes Legislativo e Judiciário a atividade 
administrativa, ao contrário do que ocorre no Poder Executivo, encontra-se 
diretamente vinculada às suas atividades-meio, não às suas atividades-fim, pois 
as funções de legislar e de resolver conflitos são exercidas diretamente por 
membros de Poder (magistrados e parlamentares). 
Aqueles apenas secundariamente estão vinculados às normas da 
administração pública1, e na maioria das vezes possuem seus estatutos 
próprios, com prescrições na própria Constituição (vide a disciplina 
constitucional acerca do Poder Legislativo, em especial nos artigos 53 a 56, e 
do Poder Judiciário, em especial nos artigos 92 a 99) e em nível 
infraconstitucional. 
 
 
Por fim, cumpre aqui revisar que a CF/88 adotou como forma de Estado 
a federação, integrada por diferentes centros de poder político. 
Desta forma, temos o poder político central (União), poderes políticos 
regionais (Estados) e poderes políticos locais (Municípios), além do Distrito 
Federal, que acumula competências regionais e locais em caráter sui generis 
(CF/88, art. 32). 
Nesse cenário, a disciplina constitucional relativa à administração pública, 
salvo disposição em contrário, alcança a administração pública federal (União), 
a administração pública distrital (Distrito Federal), as administrações públicas 
estaduais (Estados-membros) e as administrações públicas municipais 
(Municípios). 
 
1 Vinculam-se, por exemplo, às regras remuneratórias e de aposentadoria gerais, assim 
como aos princípios da administração pública, dentre outras imposições. 
1- Administração pública. Disposições gerais. Servidores públicos. 
 
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Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
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CAPÍTULO VII 
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Seção I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte: 
 
(1) Como estudamos em Direito Administrativo (Alexandrino e Paulo, 2012), 
entre administração pública direta e indireta podemos fazer as seguintes 
distinções de ordem básica: 
 
 Feita esta breve revisão, devemos notar que os princípios explícitos 
acima descritos (LIMPE) se aplicam generalizadamente na estrutura funcional 
do Estado brasileiro, a todos os Poderes. 
(2) É de importância nuclear termos bem fixado o que transmite cada princípio. 
Adotando a análise de Alexandrino e Paulo (2012), analisaremos 
resumidamente cada qual. 
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
• Conjunto de órgãos (de direito
público) que integram a União,
Estados, Distrito Federal e
Municípios, aos quais é atribuída a
competência para o exercício
centralizado, de atividades
administrativas.
• Exemplos: o Ministério da Saúde, as
Procuradorias Gerais dos Estados, as
Secretarias Municipais de Fazenda
etc.
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
• O conjunto de pessoas jurídicas (de
direito público ou privado),
vinculadas (não subordinadas) à
administração direta, aos quais é
atribuída a competência para o
exercício descentralizado de
funções públicas.
• Exemplos: o Banco Central, a
Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, a Caixa Econômica
Federal, a Petrobras etc.
• Compreende: autarquias,
empresas públicas, sociedades
de economia mista, fundações
públicas e consórcios públicos.
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(3) Além dos princípios explícitos, a administração pública também é regida por 
outros princípios que não constam expressamente no texto constitucional. São 
Legalidade
Art. 5º, II: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de 
fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.
Para os particulares, a regra é a autonomia da
vontade (é lícito fazer tudo aquilo que a lei não proíba).
Já a Administração Pública não tem vontade 
autônoma, estando vinculada às determinações da lei.
Atos praticados contra a lei ou além da lei são atos 
inválidos e podem ter sua invalidade decretada pela 
própria Administração que os editou (autotutela 
administrativa/sindicabilidade) ou pelo Poder Judiciário.
Impessoalidade
Toda atuação da Administração deve visar ao 
interesse público, e não tem como finalidade a 
satisfação de interesses pessoais.
Vedação a que o agente público se promova às custas 
das realizações da Administração Pública.
Moralidade
A moral administrativa difere da moral comum, uma 
vez que é jurídicae objetiva e pela possibilidade de 
invalidação (anulação, seja pela Administração, como 
pelo Poder Judiciário, se provocado) dos atos 
administrativos que sejam praticados em inobservância 
deste princípio.
Publicidade
Exige-se transparência da atuação administrativa. Em 
tese, assim é possibilitado, da forma mais ampla 
possível, o controle da Administração Pública pelos 
administrados.
Em sentido mais estrito, é a exigência de publicação
oficial (como requisito de eficácia) dos atos 
administrativos que devam produzir efeitos externos e 
dos atos que impliquem ônus para o patrimônio público.
Eficiência
No que concerne à atuação do agente público, espera-
se o melhor desempenho possível de suas atribuições e 
a obtenção dos melhores resultados (com 
economicidade).
Em relação ao modo de organizar, estruturar e disciplinar 
a administração pública, exige-se que este seja o mais 
racional possível.
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eles os princípios implícitos, tais como, o da supremacia do interesse público, 
da razoabilidade e da proporcionalidade, da eficácia, da segurança jurídica, da 
continuidade, da presunção de legitimidade, dentre outros. 
 
No âmbito dos princípios que regem a administração pública, em especial 
sob o prisma da impessoalidade e moralidade, destaca-se ainda o consagrado 
entendimento do STF: 
STF - Súmula Vinculante nº 13 - A nomeação de cônjuge, companheiro 
ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, 
inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa 
jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o 
exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função 
gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas [nepotismo 
cruzado], viola a Constituição Federal. 
 
1- (CESPE / TCE – SC – Conhecimentos Básicos / 
2016) A partir do disposto na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item 
seguinte. 
Na CF, o conceito de administração pública coincide com o de Poder Executivo 
e, consequentemente, com o de administração direta, razão por que é impróprio 
utilizar o termo administração pública em referência aos Poderes Legislativo e 
Judiciário. 
Resolução: Errado. Apesar de a função administrativa ser típica do Poder 
Executivo, o conceito de Administração Pública abrange todos os Poderes, tendo 
eles certa atuação administrativa. 
2- (CESPE / Analista Judiciário do TRE – MT / 2015) 
Considerando os princípios constitucionais que regem a administração pública, 
assinale a opção correta. 
a) Em decorrência do princípio da legalidade, a administração pública pode 
adotar qualquer conduta que não seja vedada por lei, usufruindo de um sistema 
de controle de discricionariedade menos rigoroso que o controle exercido pela 
lei sobre os administrados. 
b) É proibida a ocupação de quaisquer cargos públicos sem a prévia aprovação 
de concurso público, em decorrência dos princípios da impessoalidade, da 
legalidade e da igualdade. 
c) Dado o princípio da publicidade, que garante à sociedade o conhecimento 
dos atos praticados pela administração, ressalvados os casos legais de sigilo, 
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exige-se a publicação dos atos administrativos no Diário Oficial, o que garante 
seu efetivo conhecimento por todos os interessados. 
d) A vedação ao nepotismo no serviço público resulta, entre outros 
fundamentos, da aplicação do princípio da eficiência, do qual decorre a exigência 
de qualificação para o exercício das funções públicas. 
e) O princípio da moralidade impõe ao servidor público uma moral jurídica, 
entendida como o conjunto de regras de conduta advindas da disciplina interior 
da administração pública. 
Resolução: Alternativa E. A moral pública é objetiva, jurídica. 
 O problema da opção “A” é que, para os particulares, a legalidade atua 
de forma residual: tudo é permitido, salvo disposição legal em contrário. Já para 
o poder público, a legalidade é um condicionador prévio de sua ação: o poder 
público somente pode agir de acordo com o que a lei permite. Assim, mesmo os 
atos discricionários da administração pública são controlados. 
 Por sua vez, a opção “B” erra, pois, é o princípio da impessoalidade que 
tem correlação direta com os elementos apontados. 
 Já a opção “C” erra uma vez que diversos atos administrativos dispensam 
publicação em Diário Oficial, podendo esta se dar por outras vias. 
 Por fim, a opção “D” é menos certa (não está totalmente errada), pois, é 
o princípio da moralidade que tem correlação direta com os fatos apontados. 
3- (CESPE / Técnico Judiciário do TRT da 8ª Região / 
2016) Assinale a opção correta a respeito dos princípios da administração 
pública. 
a) Em decorrência do princípio da hierarquia, nega-se o direito de greve e de 
livre associação sindical para funcionários do Poder Judiciário. 
b) Em decorrência do princípio da legalidade, é permitido ao agente público 
praticar atos administrativos que não sejam expressamente proibidos pela lei. 
c) A observância dos princípios da eficiência e da legalidade é obrigatória apenas 
à administração pública direta. 
d) A proibição de nomear parentes para ocupar cargos comissionados na 
administração pública é expressão da aplicação do princípio da moralidade. 
e) O princípio da publicidade não está expressamente previsto na CF. 
Resolução: Alternativa D. Para Motauri Ciocchetti de Souza, o princípio da 
moralidade consiste na lisura no trato das coisas do Estado diante dos 
administrados, com o objetivos de inibir “que a Administração se conduza 
perante o administrado de modo caviloso, com a astúcia ou malícia 
preordenadas a submergir-lhe direitos ou embaraçar-lhe o exercício e, 
reversamente, impor-lhe um comportamento franco, sincero e leal”. 
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 Cumpre destacar, no exemplo em comento (nepotismo), que também 
têm relevante peso os princípios da moralidade e da eficiência. 
 Passemos aos erros. 
a) Em decorrência do princípio da hierarquia, nega-se o direito de greve e de 
livre associação sindical para funcionários do Poder Judiciário. Inexiste “princípio 
da hierarquia”. Além disso, como veremos, o direito de greve dos servidores 
pode ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica. 
b) Em decorrência do princípio da legalidade, é permitido vedado ao agente 
público praticar atos administrativos que não sejam expressamente proibidos 
permitidos pela lei. 
c) A observância dos princípios da eficiência e da legalidade é obrigatória apenas 
à para toda administração pública direta. 
e) O princípio da publicidade não está expressamente previsto na CF. 
 
 
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros 
que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos 
estrangeiros, na forma da lei; 
 
(1) Não se pode esquecer que o próprio constituinte definiu expressamente 
alguns cargos que privativos de brasileiro nato: 
(Art. 12) § 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo TribunalFederal; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas 
VII - de Ministro de Estado da Defesa. 
 
Quanto às demais restrições, a lei pode estabelecer critérios adicionais, 
desde que sejam justificáveis e não contrariem os princípios constitucionais. 
Nossa jurisprudência é pacífica nesse sentido: 
 
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STF – Súmula nº 14 – Não é admissível, por ato administrativo, 
restringir, em razão da idade, inscrição em concurso para cargo público. 
STF - Súmula nº 683 - O limite de idade para a inscrição em concurso 
público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando 
possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser 
preenchido. 
STF - Súmula Vinculante nº 44 – Só por lei se pode sujeitar a exame 
psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. 
 
Assim, de regra, importa em ofensa constitucional a exigência de 
requisito estabelecida apenas em edital, sem lastro legal. 
 
4- (CESPE / Técnico Judiciário do TRE – MT / 2015 / 
Adaptada) Julgue o item a seguir: 
Por uma questão de soberania nacional, a CF veda o acesso a cargos, empregos 
e funções públicas a estrangeiros. 
Resolução: Errado. A regra é o acesso livre aos cargos públicos, por brasileiros 
e estrangeiros (na forma da lei). 
 Contudo, a próprio CF/88 estabelece algumas exceções. No mais das 
vezes, reservando exclusivamente a brasileiros natos cargos “chave” na 
estrutura do Estado brasileiro. 
5- (CESPE / Analista de Gestão do TCE – PE / 2017) 
A respeito dos princípios fundamentais e dos direitos e deveres individuais e 
coletivos, julgue o item a seguir. 
Órgão estadual somente poderá exigir, em edital de concurso público, realização 
de exame psicotécnico para a habilitação de candidatos ao cargo previsto, se 
houver previsão legal para tal aplicação. 
Resolução: Correto! 
O entendimento jurisprudencial atual é no sentido de que, discriminações 
e imposições adicionais só podem ser admitidas caso, além de justificativa 
razoável, sejam fundamentadas em lei (ou instrumento de igual hierarquia). 
 
 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia 
em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a 
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, 
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ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de 
livre nomeação e exoneração; 
 
(1) Podemos, pois, estabelecer uma separação: 
 
 
Observa-se, portanto, que a investidura em cargos ou empregos públicos 
não depende necessariamente de aprovação prévia em concurso público de 
provas ou de provas e títulos. 
A regra da necessidade de concurso se aplica para o provimento efetivo. 
É perfeitamente possível, por exemplo, que indivíduo que nunca prestou um 
concurso seja nomeado para ocupar cargo em comissão a fim de exercer 
atribuições de direção, chefia e assessoramento no âmbito de determinado 
órgão da administração pública. 
 
6- (CESPE / Delegado de Polícia Substituto da PC – 
GO / 2017 / Adaptada) Julgue o item a seguir: 
Segundo o STF, candidato aprovado em concurso público dentro do número de 
vagas previsto no edital e dentro do prazo de validade do certame terá direito 
subjetivo à nomeação. 
Resolução: Correto. 
Muito embora, como regra geral (que admite exceções), a realização de 
concurso público seja ato discricionário da administração pública, a nomeação 
e posse dos aprovados não o é, conforme jurisprudências exaradas pelas nossas 
Cortes superiores e Suprema. Uma das justificativas é o fato de o poder público 
ter, com a realização de dado certame, demonstrado a necessidade de ocupação 
dos cargos para adequada prestação dos serviços públicos. 
Investidura
Cargos/empregos 
públicos de 
provimento efetivo
depende sempre de aprovação 
em concurso público de 
provas ou de provas e 
títulos
Cargos/empregos 
públicos de 
provimento precário
mesmo sem aprovação em 
concurso, pode haver 
investidura no caso dos 
cargos em comissão (art. 
37, II) e de contratação por 
tempo determinado para 
atender a necessidade 
temporária de excepcional 
interesse público (art. 37, 
IX)
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7- (CESPE / Inspetor do TCE – RN / 2015) Julgue o 
item a seguir. 
Com base nas disposições constitucionais e na jurisprudência do STF a respeito 
dos servidores públicos, julgue o item a seguir. 
A investidura em cargo público depende de aprovação prévia em concurso 
público de provas ou de provas e títulos. A pontuação dos títulos, entretanto, 
deve servir como critério de classificação do candidato, mas não como fator de 
aprovação ou de reprovação. 
Resolução: Correto. A pontuação dos títulos deve servir somente como critério 
de classificação do candidato, mas não como fator de aprovação ou de 
reprovação. Esta depende da prova aplicada (objetiva, discursiva, oral...). 
 
 
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, 
prorrogável uma vez, por igual período; 
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele 
aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado 
com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na 
carreira; 
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, 
prorrogável uma vez, por igual período; 
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele 
aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado 
com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, 
na carreira; 
 
(1) Incisos sempre caros aos concurseiros de plantão! 
 Durante o prazo de validade do concurso, que é contado a partir de sua 
homologação, a administração pública pode nomear os aprovados para o 
provimento dos cargos ou empregos aos quais ele se destinava. 
 Ainda que, eventualmente, durante a validade do concurso, a 
administração resolva organizar outro certame, aqueles aprovados no primeiro 
terão prioridade na sua nomeação sobre os novos concursados. 
 Noutra via, importa destacar que se verifica total impossibilidade de 
nomeação de candidato após expirado o prazo de validade do concurso (ARE 
899.816 AgR). 
 
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 Há farta jurisprudência sobre esta passagem constitucional. 
 
 Nosso Supremo já se posicionou (RE 598.099/MS) no sentido de que, 
ressalvados casos bastante excepcionais e devidamente 
fundamentados, o candidato aprovado em concurso público, dentro do 
número de vagas definido no edital, tem direito subjetivo à nomeação. 
 Dentro do prazo de validade do concurso, a administração pode escolher 
o momento no qual se realizará a nomeação, mas não pode dispor sobre a 
própria nomeação, a qual, de acordo com o edital, passa a constituir um direito 
do concursando aprovado e, dessa forma, um dever imposto ao poder público. 
Uma vez publicado o edital do concurso com número específico de vagas, o ato 
da administração que declara os candidatos aprovados no certame cria um 
dever de nomeação para a própria administração e, portanto,um direito à 
nomeação titularizado pelo candidato aprovado dentro desse número de vagas. 
 
 Outra compreensão pacificada é a que segue: 
STF - Súmula nº 15 – Dentro do prazo de validade do concurso, o 
candidato aprovado tem o direito à nomeação, quando o cargo for 
preenchido sem observância da classificação. 
 Por exemplo: determinado concurso previa 10 vagas para certo cargo e 
só são nomeados os 8 primeiros mais o 13º, o 14º e o 15º. 
Pois bem, os candidatos 9 e 10 já possuíam direito à nomeação. Já o 11º 
e o 12º adquirem direito subjetivo à nomeação. Isso mesmo que, no fim das 
contas, o total de candidatos que devem ser nomeados supere as vagas 
originalmente previstas. 
 
A eliminação do candidato de concurso público que esteja respondendo a 
inquérito ou ação penal, sem pena condenatória transitada em julgado, fere o 
princípio da presunção de inocência (AI 741.101-AgR/DF). 
Viola o princípio constitucional da isonomia norma que estabelece como 
título o mero exercício de função pública (ADI 3.443/MA). 
 
Já a jurisprudência do STJ (RMS 34.075/SP), corroborada pelo Supremo, 
é na linha que o candidato aprovado como excedente em concurso público, 
adquire direito subjetivo líquido e certo à nomeação no caso de: (i) as 
vagas originalmente abertas não serem totalmente ocupadas pelos aprovados 
em melhor classificação, (ii) ser aberto novo concurso público na vigência do 
anterior, (iii) durante o prazo de validade do concurso, ser contratado outro 
servidor a título precário para exercer as mesmas funções do cargo para o qual 
o candidato foi aprovado. 
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8- (CESPE / Inspetor do TCE – RN / 2015) Julgue o 
item a seguir. 
Limite de idade fixado, exclusivamente, no edital do concurso público não supre 
a exigência constitucional de que o requisito seja estabelecido em lei. 
Resolução: Correto. 
 Muito se afirma que o edital é a “lei do concurso”. Contudo, já é cediço 
jurisprudencialmente que, certas disposições “críticas”, especialmente aquelas 
que restrinjam o caráter público e geral do concurso, somente podem nele ser 
estabelecidas se houver lei prévia autorizativa. 
 
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes 
de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores 
de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, 
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; 
 
 
 
 
Se as atribuições são meramente técnicas e, portanto, não possuem o 
caráter de assessoramento, chefia ou direção, é inadmissível a ocupação por 
servidores exclusivamente comissionados (ADI 3.706). 
 
9- (CESPE / Analista Judiciário do TRE – MT / 2015 / 
Adaptada) Com base no que dispõe a Constituição Federal (CF) sobre os 
servidores públicos, assinale a opção correta. 
a) As funções de confiança devem ser exercidas exclusivamente por servidores 
ocupantes de cargos efetivos na administração. 
FUNÇÃO DE CONFIANÇA
Devem ser ocupadas 
apenas por servidores 
efetivos?
Sim
CARGO EM COMISSÃO
Devem ser ocupados 
apenas por servidores
efetivos?
Parcialmente, nas 
condições e percentuais 
mínimos previstos em lei
Somente DIREÇÃO / CHEFIA / ASSESSORAMENTO 
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b) A investidura em cargo público depende da aprovação prévia em concurso 
público, cujo prazo de validade previsto em lei é de dois anos, admitidas 
sucessivas prorrogações pelo mesmo período. 
c) O servidor público federal adquire estabilidade no serviço público após dois 
anos de efetivo exercício do cargo por ele ocupado, somente podendo perder 
seu cargo por decisão judicial definitiva. 
d) Somente brasileiros natos ou naturalizados podem ocupar os cargos públicos 
efetivos, porém admite-se a ocupação de cargos em comissão por estrangeiros. 
Resolução: Alternativa A. As funções de confiança devem ser exercidas 
exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo. Já os cargos em 
comissão devem ser preenchidos por servidores de carreira nos casos, 
condições e percentuais mínimos previstos em lei. 
b) A investidura em cargo público depende da aprovação prévia em concurso 
público, cujo prazo de validade previsto em lei é de dois anos, admitidas 
sucessivas prorrogações uma única prorrogação pelo mesmo período. 
c) O servidor público federal adquire estabilidade no serviço público após dois 
três anos de efetivo exercício do cargo por ele ocupado, somente podendo 
perder seu cargo por decisão judicial definitiva em virtude de sentença judicial 
transitada em julgado, mediante processo administrativo em que lhe seja 
assegurada ampla defesa, mediante procedimento de avaliação periódica de 
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa, ou para 
adequação aos limites da LRF. 
d) Somente brasileiros natos ou naturalizados podem ocupar os cargos públicos 
efetivos, porém admite-se a ocupação de cargos em comissão por estrangeiros 
os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que 
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na 
forma da lei. 
 
 
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação 
sindical; 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em 
lei específica; 
 
(1) Em relação aos servidores militares, cumpre observar que a própria 
Constituição Federal assim determina (art. 142, §3º): 
 IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; [...] 
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 Em recente julgado com repercussão geral (ARE 654.432), o STF esposou 
o entendimento de que o exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou 
modalidade, também é vedado aos policiais civis e a todos os servidores 
públicos que atuem diretamente na área de segurança pública. 
(2) Em relação ao inciso VII, a referida lei ainda não foi editada. 
Em razão da mora do legislador, o STF, em sede de mandado de injunção, 
determinou a aplicação subsidiária, aos servidores públicos estatutários, da Lei 
nº 7.783/1989, a “lei geral de greve”, aplicável aos trabalhadores em geral 
(celetistas) (MI 708/DF). 
 
10- (CESPE / SUFRAMA / 2014) Em relação à 
aplicabilidade das normas constitucionais e às atribuições e responsabilidades 
do presidente da República, julgue o item a seguir. 
A norma constitucional que assegura o direito de greve aos servidores públicos 
tem eficácia contida, uma vez que a produção de seus efeitos depende de 
normas infraconstitucionais integrativas. 
Resolução: Errado. 
Trata-se de norma de eficácia limitada, uma vez que precisa ser 
regulamentada por regra infraconstitucional para que produzir plenamente seus 
efeitos. 
 
 
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas 
portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; 
 
(1) Em âmbito federal este percentual é de até 20% (Lei nº 8.112/1990, art. 
5º, §2º). 
 E se o concurso federal for para provimento de, por exemplo, apenas 3 
vagas, o que fazer? 
 Nesses casos, resta pacificado por nossa Corte Maior que a reserva acima 
aludida é inviável, uma vez que a delimitação de qualquer quantitativo 
promoveria majoração da porcentagem máxima prevista (MS 26.310/DF). 
 
 
 
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IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para 
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; 
 
(1) É válido destacar dois pontos: 
(i) A supracitada contratação pode ser feita por método seletivo, sujeito à 
ampla divulgação, que não o concurso público. Em casos extremos (vide lei 
nº 8.754/1993) pode mesmo haver dispensa de processo seletivo. 
(ii) Os selecionados não são servidores estatutários. Tampouco são 
detentores de emprego público. O regime aqui é especial (contratual de 
Direito Público). 
Trata-se de provimento precário em cargo público, sendo 
inconstitucionais a permissão de prorrogação indefinida do prazo de 
contratações temporárias (ADI 3.662). 
(2) O STF já decidiu que, ao regulamentar o art. 37, IX, os entes federativos 
não podem prever hipóteses abrangentes e genéricas de contratações 
temporárias sem concurso público. Vale dizer, a lei deverá especificar a 
contingência fática que caracteriza a situação de emergência. 
 
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do 
art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, 
observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, 
sempre na mesma data e sem distinção de índices; 
 
(1) No que diz com a iniciativa para fixação/alteração da remuneração dos 
servidores públicos temos as seguintes competências estabelecidas ao longo do 
texto da CF/88: 
Cargos Iniciativa privativa das leis que fixem ou 
alterem remunerações 
Estrutura organizacional do 
Poder Executivo Federal 
Presidente da República (CF, art. 61, §1º, II, 
“a”) 
Estrutura organizacional da 
Câmara dos Deputados 
Câmara dos Deputados (CF, art. 51, IV) – 
SVPR 
Estrutura organizacional do 
Senado Federal 
Senado Federal (CF, art. 52, XIII) – SVPR 
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Estrutura organizacional do 
Poder Judiciário 
Cada tribunal (CF, art. 96, II, “b”) [aplica-se 
analogamente ao Tribunal de Contas da União, 
mesmo não sendo órgão do Judiciário] – SVPR 
Subsídio dos Ministros do STF STF – SVPR 
Subsídio dos deputados 
federais, senadores, Presidente 
e Vice-Presidente e ministros 
do Estado 
Congresso Nacional – NSVPR 
SVPR – Sujeito à sanção ou veto do Presidente da República 
NSVPR – Não sujeito à sanção ou veto do Presidente da República 
 
 
STF – Súmula Vinculante nº 37 – Não cabe ao poder Judiciário, que 
não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos 
sob o fundamento de isonomia. 
 
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos 
públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e 
os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos 
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra 
natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do 
Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio 
do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do 
Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais 
e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores 
do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos 
por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal 
Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do 
Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; 
 
(1) O inciso acima traz a formulação genérica do chamado “teto constitucional”. 
Vamos esquematizar! 
 
 
 
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 LIMITE GERAL LIMITES ESPECÍFICOS 
Poder Executivo 
(exceto Procuradores 
e Defensores Públicos) 
 
SUBSÍDIO DOS 
MINISTROS DO 
STF 
(X) 
Teto 
constitucional 
 
Estados + DF: Subsídio do Governador 
Municípios: Subsídio do Prefeito 
Poder Legislativo Estados + DF: Subsídio dos Deputados 
Estaduais ou Distritais 
Poder Judiciário Estados + DF: Subsídio dos 
Desembargadores dos Tribunais de 
Justiça (0,9025X) 
Outros ressalvados 
pelo inciso XI 
(Ministério Público, 
Procuradores e 
Defensores Públicos) 
Subsídio dos Desembargadores dos 
Tribunais de Justiça (0,9025X) 
Ver §11 (exceção no cômputo do teto remuneratório) e §12 (exceção ao limite 
específico no âmbito do Executivo e Judiciário dos Estados e DF). 
 
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não 
poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; 
 
(1) Este inciso é praticamente letra morta da Constituição Federal. 
De todo modo, o ânimo do constituinte foi valorizar o Poder Executivo, 
que, sobretudo por meio do trabalho dos seus Auditores/Agentes Fiscais, é o 
principal Poder responsável pelo recolhimento de receitas aos cofres públicos. 
 
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies 
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; 
 
(1) Vincular é promover o reajuste automático da remuneração tendo por base 
determinados índices ou indexadores. 
 Nesse sentido, o STF editou a seguinte Súmula Vinculante: 
STF - Súmula Vinculante 42 - É inconstitucional a vinculação do 
reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices 
federais de correção monetária. 
 
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Por seu turno, equiparar é estabelecer uma conexão entre carreiras, de 
forma que o reajuste de uma encadeie automaticamente, numa relação de 
igualdade horizontal, o de outra. 
 
As exceções são as disposições da própria Constituição que se utilizam 
de tais instrumentos. Por exemplo, na vinculação do subsídio máximo dos 
Desembargadores dos Tribunais de Justiça (0,9025x) ao dos Ministros do STF 
(x). 
 
11- (CESPE / FUB – Conhecimentos Básicos / 2015) 
No que diz respeito aos servidores públicos segundo disposições da CF, julgue 
o item subsequente. 
Há na CF dispositivo que autoriza a vinculação do reajuste do subsídio dos 
secretários de estado ao subsídio do governador como forma de se evitar 
discrepâncias remuneratórias. 
Resolução: Errado. Como regra, a vinculação e a equiparação são vedadas pela 
CF/88. 
 
 
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão 
computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; 
 
(1) Imagine-se que um servidor público remunerado por subsídio assuma a 
função gratificada de supervisor no órgão em que está lotado. 
Pois bem. Este vencimento adicional (que é precário) não será 
considerado no caso de haver posteriormente, por exemplo, uma promoção na 
sua carreira. O acréscimo ulterior levará em consideração somente seu subsídio 
“puro”. 
 
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos 
são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo [...]; 
 
(1) O STF tem posição consolidada sobre a inexistência de direito adquirido a 
regime jurídico-administrativoe forma de cálculo de vencimentos, contanto 
que não haja redução destes (RE 593.304-AgR; AI 450.268-AgR/MG). 
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Ainda a este propósito, entende nossa Corte que a irredutibilidade das 
remunerações é nominal e não real (AI-AgR 618.777/RJ), ou seja, 
desconsidera os efeitos da inflação. 
 
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, 
quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso 
o disposto no inciso XI: 
 
(1) Aqui pediremos vênia para ilustrar as três alíneas do inciso XVI em conjunto 
com demais disposições ao longo do texto constitucional que definem outras 
hipóteses de acumulação lícita remunerada de cargos públicos. 
 
 (2) De acordo com jurisprudência do STF (RE 612.975 e 602.043), nos casos 
constitucionalmente autorizados de acumulação de cargos, empregos e funções, 
a incidência do artigo 37, inciso XI, da Constituição Federal, pressupõe 
consideração de cada um dos vínculos formalizados, afastada a observância do 
teto remuneratório quanto ao somatório dos ganhos do agente público. 
 Vale dizer, deve ser aplicado o teto remuneratório constitucional de forma 
isolada para cada cargo público acumulado, nas formas autorizadas pela 
Constituição. 
(3) Por fim, já é pacífica a posição do STF de que não é possível a acumulação 
tríplice de cargos públicos (ARE 848.993 RG). 
 
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange 
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas 
Acumulação 
remunerada de 
cargos públicos
(havendo 
compatibilidade de 
horários)
2 cargos de professor (art. 37, XVI, "a")
1 cargo de professor + 1 cargo técnico ou 
científico (art. 37, XVI, "b")
2 cargos ou empregos privativos de profissionais
de saúde, com profissões regulamentadas (art. 37, 
XVI, "c")
1 cargo público + Mandato de vereador (art. 38, III)
1 cargo de Magistrado + 1 cargo no Magistério
(art. 95, parágrafo único, I)
1 cargo de Procurador do Ministério Público + 1 
cargo no Magistério (art. 128, §5º, II, "d") 
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subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder 
público; 
 
(1) Todas aqueles entidades que de algum modo foram criadas com recursos 
do Erário público ou dele dependem para sua manutenção estão sujeitas à 
vedação acima. 
 
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro 
de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais 
setores administrativos, na forma da lei; 
 
(1) Este dispositivo não está regulamentado em nível único. Vale dizer, a 
“precedência na forma da lei”, ao menos por enquanto, se apresenta difusa e 
de formas variadas no nível da União, de cada Estado, do DF e dos Municípios. 
Ainda assim, genericamente, podemos extrair que os servidores fiscais 
terão precedência no acesso a informações e lugares (particulares e públicos), 
a recursos do erário para desenvolver suas atividades-fim (vide o art. 167 IV), 
dentre outros. 
Observe-se que a atividade por eles desempenhada é de fundamental 
importância para a própria existência do Estado. Daí o comando constitucional. 
 
12- (FGV / Fiscal de Tributos Municipais de Niterói – 
RJ / 2015) Ao prever as disposições gerais no capítulo sobre a Administração 
Pública, a Constituição Federal estabeleceu, em matéria de servidores da área 
de fazenda pública, que: 
a) os servidores fiscais terão regime diferenciado de aposentadoria, levando em 
conta a natureza e a complexidade das funções desempenhadas, na forma da 
lei; 
b) a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas 
áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores 
administrativos, na forma da lei; 
c) a acumulação de dois cargos públicos de fiscal de tributos é permitida, desde 
que haja compatibilidade de horários e a remuneração total não ultrapasse o 
teto constitucional; 
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d) aos servidores públicos da área fiscal da administração direta em qualquer 
nível da federação é vedado o exercício, em qualquer hipótese, de mandato 
eletivo; 
e) a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o 
efeito de remuneração é permitida para o pessoal da área fiscal do serviço 
público. 
Resolução: Alternativa B, com fundamento no art. 37, XVIII, da CF/88. 
Apenas as distinções previstas na própria CF/88 são aplicáveis aos 
servidores da administração tributária. Para além de tais disposições, são a eles 
aplicáveis aquelas que também alcançam todos os demais servidores públicos. 
 
 
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a 
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, 
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua 
atuação; 
 
(1)
 
 
 Conforme nos descrevem os administrativistas, vale lembrar que, no caso 
das fundações, podemos ainda ter dois cenários: 
 Criação direta por lei específica  Autarquia fundacional (pessoa 
jurídica de direito público) 
 Simples autorização e registro  Fundação pública (pessoa jurídica 
de direito privado) 
 
 
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de 
subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a 
participação de qualquer delas em empresa privada; 
Criação de
Autarquia
Depende diretamente
de lei
Empresa Pública + 
Sociedade de Economia 
Mista + Fundação 
Depende de 
autorização e
indiretamente de lei
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(1) Subsidiárias são espécies de sociedades controladas, ou seja, têm sua 
condução subordinada a outra(s) sociedade(s). São pessoas jurídicas de direito 
privado que, segundo o STF (ADI 1.649/DF) não integram a administração 
pública. 
 
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, 
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação 
pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com 
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições 
efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências 
de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento 
das obrigações. 
 
(1) Os casos ressalvados são os de inexigibilidade (licitação impossível) e 
dispensa (licitação dispensável ou licitação dispensada). 
(2) Válido observar que, quando se trata de licitação para prestação 
serviços públicos, a CF/88 não abre qualquer exceção. 
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob 
regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a 
prestação de serviços públicos. 
 
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, 
exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos 
prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma 
integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações 
fiscais, na forma da lei ouconvênio. 
 
(1) Observe-se que o comando é impositivo (“atuarão”). Além disso, atente-se 
que o intercâmbio de informações é norma de eficácia limitada. 
(2) Outro ponto de destaque é o fato de, sendo tão indispensáveis ao Estado, 
as administrações tributárias se enquadrarem como exceções ao princípio 
da não vinculação de impostos. 
Art. 167. São vedados: [...] 
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IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, 
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que 
se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações 
e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do 
ensino e para realização de atividades da administração tributária, 
como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, 
XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação 
de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste 
artigo; [...] 
 
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos 
órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação 
social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que 
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. 
 
(1) Clássico exemplo de aplicação do princípio da impessoalidade. 
 
§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade 
do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei. 
 
(1) O ato nulo, como regra, contém vício insanável em um dos seus 
elementos constitutivos (finalidade, forma, motivo, objeto e competência). 
 
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração 
pública direta e indireta, regulando especialmente: 
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, 
asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação 
periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; 
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos 
de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; 
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de 
cargo, emprego ou função na administração pública. 
 
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos 
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos 
bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem 
prejuízo da ação penal cabível. 
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(1) A Lei nº 8.429/1992 distingue três espécies de improbidade: 
 Que importem enriquecimento ilícito 
 Que causem prejuízo ao erário 
 Que atentem contra os princípios da administração pública 
Importante destacar que as sanções previstas no §4º podem ser 
cumulativas. 
Por exemplo, em caso se enriquecimento ilícito, o agente público ou o 
equiparado a tal, poderá perder os bens ou valores acrescidos ilicitamente ao 
patrimônio, ser obrigado a ressarcir integralmente o dano (quando houver), 
perder a função pública, ter suspensos os direitos políticos de oito a dez anos, 
ser obrigado a pagar multa civil de até três vezes o valor do acréscimo 
patrimonial, além de ser proibido de contratar com o Poder Público ou receber 
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que 
por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 
dez anos. 
 
§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por 
qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas 
as respectivas ações de ressarcimento. 
 
(1) Prescrição é a extinção da pretensão legítima que alguém tinha para agir 
visando a proteger ou a reparar um direito violado. 
Em matéria de ilícitos, a prescrição extingue a punibilidade, que nada 
mais é que a possibilidade de punição do agente que cometeu o ilícito. 
 Contudo, ao contrário das demais sanções possíveis, o ressarcimento 
ao erário, fruto de conduta lesiva, ativa ou omissiva, dolosa ou culposa, é 
imprescritível! 
 
 
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado 
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus 
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de 
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
 
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(1) A responsabilidade civil acima transcrita é do tipo objetiva (independe de 
dolo ou culpa). 
Condenadas a indenizar o prejudicado pelo dano causado, as pessoas 
jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos podem ajuizar ação regressiva contra o agente público ou investido de 
prerrogativas públicas (“indivíduo”) que provocou imediatamente o dano. No 
entanto, no que concerne a esse segundo aspecto, deve ser constatada a 
existência de culpa ou dolo por parte deste. 
* Em Direito Administrativo, esta responsabilidade se enquadra na 
modalidade risco administrativo. Remetemos os candidatos às aulas pertinentes 
naquele curso. No âmbito do Direito Constitucional, a cobrança do §6º é 
fundamentalmente literal. 
 
13- (CESPE / Técnico – DPU / 2016) Julgue o item 
abaixo. 
Para a configuração da responsabilidade objetiva do Estado, é necessária a 
demonstração de culpa ou dolo do agente público. 
Resolução: Errado. À luz da sistemática constitucional, a responsabilidade civil 
do Estado é de regra objetiva, permitido o direito de regresso contra o servidor 
público ou pessoa jurídica prestadora de serviço público causador direto do dano 
(neste caso sim, se estes agiram com dolo ou culpa). 
Vale dizer, independentemente dos aspectos volitivos subjetivos a 
responsabilização, num primeiro momento, recai sobre o Estado e não sobre o 
agente público específico que deu causa ao dano. 
 Todavia, num segundo momento, a administração pública pode propor 
uma ação regressiva, por exemplo, exigindo que o causador (direto) se 
comprometa a lhe ressarcir os prejuízos que teve com a indenização, além de 
lhe imputar outras penalidades administrativas. 
 
 
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou 
emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a 
informações privilegiadas. 
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades 
da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser 
firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a 
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fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor 
sobre: 
I - o prazo de duração do contrato; 
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e 
responsabilidade dos dirigentes; 
III - a remuneração do pessoal. 
 
(1) O §8º versa sobre os denominados contratos de gestão. 
 Voltando novamente ao Direito Administrativo, é válido lembrar que 
autarquias e fundações públicas que obtenham maior autonomia mediante 
esse instrumento, recebem a qualificação de agênciasexecutivas. 
 Outras entidades da administração pública também podem celebrar tais 
contratos, no entanto, não obterão a referida qualificação. 
 
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de 
economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos 
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de 
pessoal ou de custeio em geral. 
 
(1) As pessoas jurídicas supracitadas são todas de direito privado. No 
entanto, por perceberem recursos do erário, também terão suas despesas 
remuneratórias individuais limitadas ao teto constitucional. 
 
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria 
decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, 
emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma 
desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão 
declarados em lei de livre nomeação e exoneração. 
 
(1) O art. 40 trata do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos 
servidores públicos estatutários e os art. 42 e 142 tratam especificamente dos 
militares. 
 Destacamos as seguintes hipóteses: 
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Hipóteses de acúmulo de proventos de aposentadoria 
com remuneração de cargo, emprego ou função 
pública 
Permitida? 
PROVENTOS DE APOSENTADORIA RPPS + 1 CARGO 
PÚBLICO (NOS CASOS DE ACUMULAÇÃO PERMITIDA) 
Sim 
PROVENTOS DE APOSENTADORIA RPPS + SUBSÍDIO DE 
CARGO ELETIVO 
Sim 
PROVENTOS DE APOSENTADORIA RPPS + CARGO EM 
COMISSÃO 
Sim 
 
 
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que 
trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório 
previstas em lei. 
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado 
aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às 
respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio 
mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado 
a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos 
Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste 
parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. 
 
(1) O §11 trata de “exceção” ao teto constitucional. 
 Imaginemos um exemplo. Suponha-se que o teto constitucional seja de 
R$ 30.000,00 mensais em determinado ano. 
 Caso determinado servidor obtenha, a título de subsídio, R$ 20.000,00 
mensais, não há impedimento constitucional de que determinada parcela 
indenizatória no valor de R$ 11.000,00 seja incorporada integralmente a sua 
remuneração em determinado período. 
(2) No caso do §12, no que concerne ao subteto dos servidores estaduais, a 
Constituição Federal estabeleceu a possibilidade de o Estado ou DF optar entre: 
a definição de um subteto por Poder, hipótese em que o teto dos servidores da 
Justiça corresponderá ao subsídio dos desembargadores do Tribunal de Justiça 
(art. 37, XI); e a definição de um subteto único, correspondente ao subsídio 
mensal dos desembargadores do Tribunal de Justiça, para todo e qualquer 
servidor de qualquer Poder. 
A atenção deve ser dada ao fato que a possível uniformização do teto das 
remunerações no âmbito dos Estados e DF se aplica não se aplica aos subsídios 
dos Deputados Estaduais, Distritais ou Vereadores, cujas regras estão nos 
artigos 25 e 29 da Carta Magna. 
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§ 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para 
exercício de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com 
a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto 
permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação e o nível de 
escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo 
de origem. 
 
(1) Com a reforma da previdência promovida pela EC nº 103/2019, o instituto 
da readaptação ganhou estatura constitucional direta, sendo incorporada ao 
texto da Carta Magna previsão que usualmente já constava nos estatutos dos 
servidores públicos de cada ente. 
 
§ 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição 
decorrente de cargo, emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral de 
Previdência Social, acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referido 
tempo de contribuição. 
 
(1) A justificativa para tal dispositivo é que, anteriormente, era possível que o 
servidor permanecesse no exercício do cargo do qual decorreu a aposentadoria, 
o que em muitos casos resultava na percepção simultânea de proventos de 
aposentadoria com a remuneração do cargo ou emprego, situação que agora é 
tolhida. 
 
§ 15. É vedada a complementação de aposentadorias de servidores públicos e 
de pensões por morte a seus dependentes que não seja decorrente do disposto 
nos §§ 14 a 16 do art. 40 ou que não seja prevista em lei que extinga regime 
próprio de previdência social. 
 
(1) Para o estudo do instituto da complementação de aposentadoria remetemos 
os alunos às lições de direito administrativo e, especialmente, previdenciário. 
 
14- (CESPE / FUB – Conhecimentos Básicos / 2015) 
No que diz respeito aos servidores públicos segundo disposições da CF, julgue 
o item subsequente. 
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Os subsídios e as remunerações dos servidores públicos federais, incluídas as 
verbas de qualquer natureza, mesmo indenizatórias, não podem exceder o 
subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 
Resolução: Errado. As indenizações não entram no cômputo da remuneração 
para fins de cálculo do teto constitucional. 
 
 
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, 
no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: 
 
 
(1) Existem diversos casos em que a remuneração de determinado cargo, 
emprego ou função públicos supera o de Prefeito, daí o inciso II e a 
possibilidade de opção da maior remuneração. 
 Já no caso dos Vereadores o que se tem é a possibilidade de acúmulo 
de funções (e das respectivas remunerações), desde que haja 
compatibilidade de horários. 
 
15- (CESPE / Conhecimentos Básicos – MEC / 2015) A 
respeito da organização político-administrativa do Estado brasileiro, da 
administração pública e dos servidores públicos, julgue o seguinte item. 
Servidor
+ 
Mandato 
eletivo
REGRA
I - tratando-se de mandato eletivo 
federal, estadual ou distrital, ficará 
afastado de seu cargo, emprego 
ou função
II - investido no mandato de 
Prefeito, será afastado do cargo, 
emprego ou função, sendo-lhe 
facultado optar pela sua 
remuneração
EXCEÇÃO
III - investido no mandato de 
Vereador, havendo 
compatibilidade de horários, 
perceberá as vantagens de seu 
cargo, emprego ou função, sem 
prejuízo da remuneração do cargo 
eletivo, e, não havendo 
compatibilidade, será aplicada a 
norma do inciso II
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Situação hipotética: João, ocupante de cargo efetivo em uma instituição federal 
de ensino superior, foi eleito prefeito de município situado no estado deGoiás, 
em localidade próxima àquela em que exerce suas atribuições. 
Assertiva: Nessa situação, ao assumir o mandato, João deverá afastar-se do 
cargo federal, ainda que haja compatibilidade de horários, podendo optar entre 
a remuneração do cargo efetivo e a do cargo eletivo. 
Resolução: Correto. Trata-se da previsão do art. 38, II, da CF/88. 
16- (CESPE / Analista Legislativo da Câmara dos 
Deputados / 2014) Julgue o item a seguir. 
Considere que determinado vereador tenha tomado posse na respectiva câmara 
municipal e, em seguida, tenha sido nomeado secretário de infraestrutura, 
obras e serviços do mesmo município. 
Nessa situação, o vereador poderá acumular os cargos e a remuneração de 
vereador e secretário municipal, se houver compatibilidade de horários. 
Resolução: Errado. 
As regras de acúmulo de cargos públicos do art. 38 são medidas de 
exceção e devem ser interpretadas de forma restritiva. 
Assim, observa-se que o texto constitucional admite, se houver 
compatibilidade de horários, o exercício simultâneo da vereança ao servidor 
público da administração direta, autárquica e fundacional. 
A aludida possibilidade de acúmulo, portanto, não é direcionada aos 
agentes políticos, detentores de mandato eletivo ou nomeados por quem os 
detenha. 
Impossível, pois, a acumulação dos cargos e da remuneração de vereador 
e de secretário municipal, o que não encontra respaldo na Constituição Federal. 
 
 
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato 
eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto 
para promoção por merecimento; 
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores 
serão determinados como se no exercício estivesse. 
 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no 
âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para 
os servidores da administração pública direta, das autarquias e das 
fundações públicas. 
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(1) Quem já está afinado em Direito Administrativo conhece bem a história da 
redação do caput do art. 39. 
Em função de medida cautelar concedida na ADI 2.135-4/DF (em 2007), 
o texto trazido pela EC nº 19/98 (que possibilitava a existência de mais de um 
regime jurídico nos entes, posto que removeu a imposição da redação original) 
teve sua eficácia suspensa com efeito prospectivo (ex nunc) e o original voltou 
a viger. 
 No entanto, como os efeitos foram modulados, toda legislação que foi 
editada no interstício 1998-2007 admitindo, por exemplo, vínculo sob regime 
celetista em autarquia, permanece válida. 
 
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do 
sistema remuneratório observará: 
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos 
componentes de cada carreira; 
II - os requisitos para a investidura; 
III - as peculiaridades dos cargos. 
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para 
a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a 
participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, 
facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes 
federados. 
 
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, 
IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo 
a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do 
cargo o exigir. 
 
(1) Façamos uma breve revisão prática do art. 7º. 
art. 7º, IV salário mínimo 
art. 7º, VII garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que 
percebem remuneração variável 
art. 7º, VIII décimo terceiro salário com base na remuneração integral 
ou no valor da aposentadoria 
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art. 7º, IX remuneração do trabalho noturno superior à do diurno 
art. 7º, XII salário-família pago em razão do dependente do trabalhador 
de baixa renda nos termos da lei 
art. 7º, XIII duração do trabalho normal não superior a oito horas 
diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a 
compensação de horários e a redução da jornada, mediante 
acordo ou convenção coletiva de trabalho 
art. 7º, XV repouso semanal remunerado, preferencialmente aos 
domingos 
art. 7º, XVI remuneração do serviço extraordinário superior, no 
mínimo, em cinquenta por cento à do normal 
art. 7º, XVII gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um 
terço a mais do que o salário normal 
art. 7º, 
XVIII 
licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, 
com a duração de cento e vinte dias 
art. 7º, XIX licença-paternidade 
art. 7º, XX proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante 
incentivos específicos, nos termos da lei 
art. 7º, XXII redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de 
normas de saúde, higiene e segurança 
art. 7º, XXX proibição de diferença de salários, de exercício de funções 
e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou 
estado civil 
 
17- (CESPE / Analista Judiciário do STJ / 2015) Em 
relação aos agentes públicos, julgue o próximo item. 
Os servidores públicos gozam de todos os direitos sociais previstos no texto 
constitucional para os trabalhadores da iniciativa privada. 
Resolução: Errado. Apenas parte dos direitos sociais para os trabalhadores da 
iniciativa privada é extensível aos servidores públicos, conforme o quadro 
acima. 
18- (CESPE / Juiz Federal Substituto do TRF da 1ª 
Região / 2015 / Adaptada) Em relação aos agentes públicos, julgue o 
próximo item. 
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Os servidores públicos têm direito à irredutibilidade de salário e ao piso salarial 
proporcional à extensão e à complexidade do trabalho, mas não ao salário-
família e ao fundo de garantia do tempo de serviço. 
Resolução: Errado. Do rol acima, os servidores públicos estatutários apenas 
não fazem jus ao fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS). 
19- (CESPE / Auditor de Contas Públicas do TCE – PB 
/ 2018 / Adaptada) A respeito da remuneração dos servidores públicos, 
assinale a opção correta. 
a) O servidor público tem direito ao recebimento de remuneração pelo trabalho 
noturno em valor superior ao do diurno. 
b) Em razão do princípio da isonomia, é incabível, no serviço público, a aplicação 
de incentivos específicos para a proteção do mercado de trabalho da mulher. 
c) O servidor público tem direito ao recebimento do décimo terceiro salário com 
o acréscimo de um terço à remuneração normal. 
d) Durante todo o tempo em que durar o trabalho no serviço público, o órgão 
responsável pelos pagamentos deverá efetuar o recolhimento de FGTS do 
servidor. 
Resolução: Alternativa A. Trata-se de aplicação combinada do art. 39, §3º com 
o art. 7º, IX. 
 Podemos aqui pensar aqui com base na razoabilidade e na isonomia. 
Afinal, se no âmbito da iniciativa privada o constituinte entende ser o trabalho 
noturno mais degradante para a saúde física e mental do trabalhador, além de 
prejudicial ao seu convívio familiar e social, o que deve ser compensado com 
uma remuneração superior, por que tais efeitos também não seriam sentidos 
pelo trabalhador do serviço público? 
 Em relação aos erros, a alternativa “B” peca pois há previsão expressa de 
proteção do mercadode trabalho da mulher também aos ocupantes de cargo 
público. 
 Já a opção “C” inventa direito novo que não está previsto 
constitucionalmente. O que existe são dois direitos distintos: (i) o direito ao 
recebimento do décimo terceiro salário, e (ii) o direito ao gozo de férias anuais 
remuneradas com, pelo menos, um terço a mais que a remuneração normal. 
 Por fim, o erro da opção “D” é que o FGTS é direito aplicável aos 
trabalhadores urbanos e rurais albergados pela Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT) e não aos servidores públicos estatutários. 
 
 
 
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§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado 
e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por 
subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer 
gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra 
espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, 
X e XI. 
 
(1) O parágrafo acima poderia ser resumido em: agentes políticos e membros 
de Poder serão remunerados por subsídio. 
 Adotando a lição de Alexandrino e Paulo (2012), podemos resumir (para 
fins meramente ilustrativos): 
 
 
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá 
estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos 
servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. 
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os 
valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos. 
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará 
a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com 
despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no 
desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, 
treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e 
racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou 
prêmio de produtividade. 
§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser 
fixada nos termos do § 4º [subsídio]. 
O subsídio é 
modalidade de 
remuneração
Obrigatória
para os agentes políticos e 
membros de Poder
para alguns servidores públicos 
(servidores de carreira 
pertencentes à Advocacia-Geral 
da União, à Procuradoria Geral
da Fazenda Nacional, às 
procuradorias dos estados e 
do DF, e os servidores da 
Polícia Federal, Polícia 
Rodoviária Federal, policias civis, 
polícias militares e corpos de 
bombeiros militares)
Facultativa
para os demais servidores 
públicos organizados em carreira; 
desde que assim disponham as 
leis em cada âmbito
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§ 9º É vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou 
vinculadas ao exercício de função de confiança ou de cargo em comissão à 
remuneração do cargo efetivo. 
 
(1) Conforme será descrito mais adiante, o art. 40, §2º, já acabava por vedar 
a incorporação de vantagens (inclusive remuneratórias) de caráter temporário 
à remuneração do cargo efetivo quando da aposentadoria do servidor. 
 Ocorre que diversos entes editaram leis possibilitando que, durante o 
tempo de regular exercício do cargo, o servidor poderia incorporar vantagens 
de caráter temporário ou vinculadas ao exercício de função de confiança ou de 
cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo. 
 Vale dizer, suponhamos que dado servidor percebesse R$ 4.000 a título 
de remuneração do cargo efetivo. Suponha-se ainda que ele ocupou por 5 anos 
cargo em comissão que lhe remunerava R$ 2.000. Em diversos entes, após 
preencher alguns requisitos, era possível incorporar esse “extra” à remuneração 
do cargo efetivo, enquanto o servidor não se aposentasse. 
 Agora, com o novo §9º do art. 39, trazido pela EC nº 103/2019, essas 
incorporações são vedadas, mesmo durante o período de atividade. 
 
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos 
efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do 
respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de 
pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e 
atuarial. 
 
(1) Nosso curso é de Direito Constitucional, não de Direito Administrativo ou de 
Direito Previdenciário. 
Importante, pois, ressaltar que os art. 40 e 41 têm incidência esparsa e 
superficial nas provas da nossa disciplina. 
O caput do art. 40 trata do Regime Próprio de Previdência Social 
(RPPS). 
Apresentemos algumas de suas características mais relevantes. 
 
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Desde a promulgação da CF/88, a previdência social passou por três 
expressivas reformas: a primeira, mediante a Emenda Constitucional nº 
20/1998, a segunda, por meio da Emenda Constitucional nº 41/2003, e a 
terceira por meio da EC nº 103/2019. 
 Até o advento da EC nº 41/2003, aqueles que ingressaram no serviço 
público antes de sua vigência podiam (podem) se aposentar com proventos 
integrais, a chamada integralidade. 
 Após o advento da EC nº 41/2003, os ingressantes no serviço público 
podiam (podem) se aposentar pela regra de proventos proporcionais. 
 A partir de 2012, com fundamento nos §§14, 15 e 16 do art. 37 da CF/88, 
no âmbito da União (Lei nº 12.618/2012) e de alguns outros entes, começaram 
a ser instituídos e regulamentados os regimes de previdência complementar. 
Com o advento de tal regime nesses entes, os ingressantes no serviço público 
após sua instituição podem se aposentar no máximo com o limite remuneratório 
do regime geral (RGPS), acrescido do montante que conseguirem agregar pela 
previdência complementar. 
Regime Próprio de 
Previdência Social
Vedada a existência de 
mais de um regime 
próprio de previdência 
social para os servidores 
titulares de cargos 
efetivos, e de mais de 
uma unidade gestora 
do respectivo regime em 
cada ente estatal. (art. 
40, §20)
A lei não poderá 
estabelecer qualquer 
forma de contagem de 
tempo de contribuição 
fictício. (art. 40, §10)
Apenas as contribuições 
efetivas são computadas 
para fins de cálculo dos 
proventos.
É vedada a adoção de 
requisitos e critérios 
diferenciados para a 
concessão de 
aposentadoria pelo RPPS, 
ressalvados, ressalvado 
o disposto nos §§ 4º-A, 
4º-B, 4º-C e 5º (exceções 
tratadas em lei 
complementar): 
Solidário 
Todos (ente público, 
servidores ativos, inativos e 
pensionistas) contribuem para 
a sustentação do Regime 
* Uma diferença: no RGPS 
não incide contribuição sobre 
aposentadorias e pensões 
Contributivo 
Por meio das espécies 
tributárias do gênero 
Contribuições Especiais 
(Sociais - Para Seguridade 
Social) 
I – portadores de deficiência previamente submetidos a avaliação 
biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar (§4º-A); 
II – ocupantes do cargo de agente penitenciário, de agente socioeducativo 
ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do art. 51, o inciso 
XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144 (§4º-B); 
III - cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes 
químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses 
agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação (§4º-
C). 
 
RGPS – Regime

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