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Heitor e Vicente, vendedores da empresa Praiana Ltda., foram despedidos, sem justa causa, em janeiro de 
2012. Em abril do mesmo ano, ajuizaram ação na 80.ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, argumentando 
que foram despedidos imotivadamente, embora possuíssem estabilidade provisória por integrar, 
respectivamente, a 8.ª e a 9.ª suplência da diretoria do Sindicato do Comércio do Rio de Janeiro. A empresa 
contestou a ação, alegando que a quantidade dos membros eleitos para a diretoria do sindicato teria 
ultrapassado o número legal. O juiz de 1.º grau reconheceu que, embora o estatuto do sindicato estabeleça 
um número maior de membros efetivos e suplentes para a diretoria, ambos os vendedores estariam 
protegidos pela estabilidade, razão pela qual determinou a reintegração dos trabalhadores. Houve recurso 
por parte da empresa, tendo o TRT da 1.ª Região mantido a decisão nos seus exatos termos. 
Questão: Em face da situação hipotética acima, na condição de advogado(a) contratado(a) pela empresa 
Praiana Ltda., redija a peça judicial cabível em defesa de sua cliente, apresentando os argumentos de fato e 
de direito pertinentes à matéria. 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR-PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO 
TRABALHO DA 1.ª REGIÃO (RIO DE JANEIRO) 
 
Processo número... 
 
PRAIANA LTDA., já qualificada nos autos do processo em epígrafe, movida por HEITOR E VICENTE, por seu 
advogado que esta subscreve, inconformada com o acórdão prolatado de f..., vem, respeitosa e 
tempestivamente, à presença de Vossa Excelência interpor 
RECURSO DE REVISTA, 
com fulcro no art. 896, “a” e “c”, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), pelas razões anexas. 
 
Requer, ainda, a notificação da parte contrária para que apresente contrarrazões se assim entender, e que 
sejam recebidas as razões recursais anexas e remetidos os autos ao Colendo Tribunal Superior do Trabalho. 
 
Outrossim, informa que seguem, anexas, as guias de recolhimento das custas processuais e do depósito 
recursal. 
 
Nesses termos, 
pede deferimento. 
 
Local e data. 
Advogado 
OAB n. 
 
 
 
 
 
RAZÕES DE RECURSO DE REVISTA 
 
Recorrente: Praiana Ltda. 
Recorridos: Heitor e Vicente 
Origem: 80.ª Vara do Trabalho da 1.ª Região (Rio de Janeiro) 
Processo: 
 
 
Egrégio Tribunal Superior do Trabalho, 
 
Colenda Turma, 
Nobres Julgadores, 
 
 DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE 
O presente recurso preenche todos os pressupostos recursais objetivos ou extrínsecos, quais sejam: previsão 
legal (cabimento), adequação, tempestividade, preparo e regularidade de representação. Ademais, estão 
presentes os requisitos de admissibilidade recursal subjetivos ou intrínsecos, ou seja, a legitimidade, a 
capacidade e o interesse. Dessa forma, tendo em vista o preenchimento de todos os pressupostos recursais, 
esse Recurso de Revista deverá ser conhecido para que o seu mérito seja apreciado por este Egrégio Tribunal. 
 
 DO PREQUESTIONAMENTO 
O presente recurso de revista preenche o seu pressuposto recursal extrínseco específico do 
prequestionamento, devendo ser conhecido e ter seu regular processamento. 
Com efeito, a matéria objeto deste recurso foi ventilada expressamente na decisão recorrida (acórdão do 
TRT), nos termos da Súmula 297 do TST e do § 1.º-A do art. 896 da CLT.III 
– 
 DA TRANSCENDÊNCIA 
O presente recurso de revista preenche o seu pressuposto recursal extrínseco específico da transcendência, 
sendo de suma relevância, nos termos do art. 896-A e 896-A, §1º, II e III da CLT, especificamente no que diz 
respeito à transcendência política - desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal 
Superior do Trabalho - e social - postulação, pelo recorrente, em desacordo com direito social 
constitucionalmente assegurado - devendo ser conhecido e ter seu regular processamento. 
 
RESUMO DA DEMANDA 
Os recorridos ajuizaram Reclamação Trabalhista pleiteando reintegração no emprego, sob argumentação de 
que possuíam estabilidade provisória por integrarem a 8.ª e 9.ª suplência da diretoria do Sindicato do Rio de 
Janeiro. Em contestação, a recorrente argumentou que a quantidade de membros eleitos para a diretoria do 
sindicato havia ultrapassado o limite legal, razão pela qual não eram possuidores de estabilidade provisória. 
Em sentença, o Meritíssimo juiz de primeiro grau reconheceu a estabilidade provisória dos recorridos e 
determinou a imediata reintegração dos trabalhadores. Em recurso ordinário interposto pela recorrente, o 
Tribunal Regional do Trabalho da 1.ª Região manteve a sentença inalterada. Deste modo, tendo em vista a 
nítida violação de Lei Federal e divergência das Súmulas do TST, não restou alternativa à recorrente senão a 
interposição do presente Recurso de Revista. 
 
 DO CABIMENTO DO RECURSO DE REVISTA COM FUNDAMENTO NAS ALÍNEAS “A” E “C” DO ART.896 DA CLT 
E DA CONSEQUENTE REFORMA DA DECISÃO 
De acordo com o art. 896, alíneas a e c, da CLT, é cabível recurso de revista quando o Tribunal Regional do 
Trabalho, em decisão proferida em recurso ordinário, der ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação 
diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios 
Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou a Súmula de Jurisprudência Uniforme dessa Corte; ou 
quando proferida a decisão com violação literal de disposição da lei federal ou afronta direta e literal à 
Constituição Federal. 
No presente caso, ao reconhecer estabilidade provisória, sendo os requeridos integrantes de cargos de 8.ª e 
9.ª suplência da diretoria do sindicato, o acórdão proferido está violando, ao mesmo tempo, Súmula do TST 
e Lei Federal (CLT). A CLT, no caput do art. 522, preconiza as regras da administração do sindicato, 
determinando, expressamente, que a diretoria do sindicato será constituída, no máximo, de sete e, no 
mínimo, de três membros. 
Ou seja, os ocupantes da 8.ª e 9.ª suplência da diretoria não estão amparados pelo instituto da estabilidade 
provisória. E ainda, o Tribunal Superior do Trabalho, em recente alteração da Súmula 369, II, ratifica que o 
art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988, ficando limitada, assim, a estabilidade a 
que alude o art. 543, § 3.º, da CLT (estabilidade provisória do dirigente sindical), a sete dirigentes sindicais e 
igual número de suplentes. Vale ressaltar que, não obstante o art. 8.º, caput e I, da CF/1988 trazer o princípio 
da liberdade e autonomia sindical, permitindo aos sindicatos possuírem quantos dirigentes sindicais bem 
entenderem, a limitação do art. 522, caput, da CLT foi recepcionada em interpretação conforme, no que 
concerne ao número de pessoas que gozam de estabilidade provisória (garantia de emprego). 
Deste modo, está evidenciado que o respeitável acórdão proferido está em desacordo com a aduzida regra 
do Diploma Consolidado e, especialmente, afrontando o que preconiza a mencionada Súmula do TST, sendo 
necessária a reforma da decisão proferida, objetivando a uniformização da jurisprudência dos Tribunais 
Trabalhistas. 
 
 DA CONCLUSÃO 
Diante do exposto, espera que o presente recurso de revista seja conhecido e provido e, ao final, o acórdão 
prolatado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 1.ª Região seja totalmente reformado, objetivando o não 
reconhecimento da estabilidade provisória dos reclamantes. 
 
Nesses termos, 
Pede deferimento. 
 
Local/Data 
 
Advogado 
OAB

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