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Prévia do material em texto

G R A D U A Ç Ã O
DRA. SABRINA WEISS STIES
ME. XANA RAQUEL ORTOLAN
Técnicas e 
Procedimentos de 
Primeiros Socorros
Híbrido
GRADUAÇÃO
Técnicas e 
Procedimentos 
de Primeiros 
Socorros
Dra. Sabrina Weiss Sties
Me. Xana Raquel Ortolan
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; STIES, Sabrina Weiss; ORTOLAN, Xana Raquel. 
 
 Técnicas e Procedimentos de Primeiros Socorros. Sabrina 
Weiss Sties; Xana Raquel Ortolan.
 Maringá-PR.: Unicesumar, 2019.
 152 p.
“Graduação - EAD”.
 
 1. Técnicas. 2. Procedimentos. 3. Primeiros Socorros. 4. EaD. 
I. Título.
ISBN 978-85-459-1834-9
CDD - 22 ed. 610
CIP - NBR 12899 - AACR/2
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação
CEP 87050-900 - Maringá - Paraná
unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
Impresso por:
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor e 
Pró-Reitor de Administração, Wilson de Matos 
Silva Filho, Pró-Reitor Executivo de EAD William 
Victor Kendrick de Matos Silva, Pró-Reitor de 
Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente 
da Mantenedora Cláudio Ferdinandi.
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James 
Prestes, Tiago Stachon , Diretoria de Graduação 
e Pós-graduação Kátia Coelho, Diretoria de 
Permanência Leonardo Spaine, Diretoria de 
Design Educacional Débora Leite, Head de 
Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza 
Filho, Head de Metodologias Ativas Thuinie Daros, 
Head de Curadoria e Inovação Tania Cristiane Yoshie 
Fukushima, Gerência de Projetos Especiais Daniel 
F. Hey, Gerência de Produção de Conteúdos Diogo 
Ribeiro Garcia, Gerência de Processos Acadêmicos 
Taessa Penha Shiraishi Vieira, Supervisão do 
Núcleo de Produção de Materiais Nádila de 
Almeida Toledo, Projeto Gráfico José Jhonny Coelho 
e Thayla Guimarães Cripaldi, Fotos Shutterstock.
Coordenador de Conteúdo Lilian Rosana dos
Santos Moraes.
Designer Educacional Janaína de Souza Pontes,
Lilian Vespa.
Revisão Textual Érica Fernanda Ortega, Cintia
Prezoto Ferreira.
Editoração Victor Augusto Thomazini.
Ilustração Bruno Pardinho, Marcelo Yukio Goto,
Marta Sayuri Kakitani, Mateus Calmon.
Realidade Aumentada Kleber Ribeiro, Leandro
Naldei e Thiago Surmani.
PALAVRA DO REITOR
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalha-
mos com princípios éticos e profissionalismo, não 
somente para oferecer uma educação de qualida-
de, mas, acima de tudo, para gerar uma conversão 
integral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-
-nos em 4 pilares: intelectual, profissional, emo-
cional e espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois 
cursos de graduação e 180 alunos. Hoje, temos 
mais de 100 mil estudantes espalhados em todo 
o Brasil: nos quatro campi presenciais (Maringá, 
Curitiba, Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 
300 polos EAD no país, com dezenas de cursos de 
graduação e pós-graduação. Produzimos e revi-
samos 500 livros e distribuímos mais de 500 mil 
exemplares por ano. Somos reconhecidos pelo 
MEC como uma instituição de excelência, com 
IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos entre os 
10 maiores grupos educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos 
educadores soluções inteligentes para as ne-
cessidades de todos. Para continuar relevante, a 
instituição de educação precisa ter pelo menos 
três virtudes: inovação, coragem e compromisso 
com a qualidade. Por isso, desenvolvemos, para 
os cursos de Bem-estar, metodologias ativas, as 
quais visam reunir o melhor do ensino presencial 
e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes 
áreas do conhecimento, formando profissionais 
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
BOAS-VINDAS
Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à Co-
munidade do Conhecimento. 
Essa é a característica principal pela qual a 
Unicesumar tem sido conhecida pelos nossos alu-
nos, professores e pela nossa sociedade. Porém, é 
importante destacar aqui que não estamos falando 
mais daquele conhecimento estático, repetitivo, 
local e elitizado, mas de um conhecimento dinâ-
mico, renovável em minutos, atemporal, global, 
democratizado, transformado pelas tecnologias 
digitais e virtuais.
De fato, as tecnologias de informação e comu-
nicação têm nos aproximado cada vez mais de 
pessoas, lugares, informações, da educação por 
meio da conectividade via internet, do acesso 
wireless em diferentes lugares e da mobilidade 
dos celulares. 
As redes sociais, os sites, blogs e os tablets ace-
leraram a informação e a produção do conheci-
mento, que não reconhece mais fuso horário e 
atravessa oceanos em segundos.
A apropriação dessa nova forma de conhecer 
transformou-se hoje em um dos principais fatores de 
agregação de valor, de superação das desigualdades, 
propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. 
Logo, como agente social, convido você a saber 
cada vez mais, a conhecer, entender, selecionar e 
usar a tecnologia que temos e que está disponível. 
Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg 
modificou toda uma cultura e forma de conhecer, 
as tecnologias atuais e suas novas ferramentas, 
equipamentos e aplicações estão mudando a nossa 
cultura e transformando a todos nós. Então, prio-
rizar o conhecimento hoje, por meio da Educação 
a Distância (EAD), significa possibilitar o contato 
com ambientes cativantes, ricos em informações 
e interatividade. É um processo desafiador, que 
ao mesmo tempo abrirá as portas para melhores 
oportunidades. Como já disse Sócrates, “a vida 
sem desafios não vale a pena ser vivida”. É isso que 
a EAD da Unicesumar se propõe a fazer.
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você 
está iniciando um processo de transformação, 
pois quando investimos em nossa formação, seja 
ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, 
consequentemente, transformamos também a so-
ciedade na qual estamos inseridos. De que forma 
o fazemos? Criando oportunidades e/ou estabe-
lecendo mudanças capazes de alcançar um nível 
de desenvolvimento compatível com os desafios 
que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o 
Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompa-
nhará durante todo este processo, pois conforme 
Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na 
transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem 
dialógica e encontram-se integrados à proposta 
pedagógica, contribuindo no processo educa-
cional, complementando sua formação profis-
sional, desenvolvendo competências e habilida-
des, e aplicando conceitos teóricos em situação 
de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como 
principal objetivo “provocar uma aproximação 
entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita 
o desenvolvimento da autonomia em busca dos 
conhecimentos necessários para a sua formação 
pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de 
crescimento e construção do conhecimento deve 
ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos 
pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar 
lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o Stu-
deo, que é o seu Ambiente Virtual de Aprendiza-
gem, interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas 
ao vivo e participe das discussões. Além disso, 
lembre-se que existe uma equipe de professores e 
tutores que se encontra disponível para sanar suas 
dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de apren-
dizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranquili-
dade e segurança sua trajetória acadêmica.
APRESENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a)! Este material que o(a) acompanha-
rá na disciplina de Técnicas e Procedimentos de Primeiros Socorros foi 
elaborado com muito cuidado para que possa servir de base para os seus 
conhecimentos na área.
Ao longo dos anos, avanços relevantes na área dos primeiros socorros 
levaram ao reconhecimento da importância do atendimento imediato às 
vítimas que apresentam condições de agravo à saúde,que podem causar 
risco de morte. Diante desse cenário, diversos protocolos foram desenvol-
vidos como referência para a condução destes procedimentos iniciais, os 
quais são apresentados ao longo desta obra.
Desta maneira, este livro tem como principal escopo informar e orientar 
você, acadêmico(a), sobre as condutas que devem ser seguidas diante de 
situações de urgência e emergência. Para tanto, serão apresentadas, durante 
as unidades deste material, situações que podem ocorrer no seu dia a dia 
e durante a sua atuação profissional, assim como as condutas para o aten-
dimento de primeiros socorros.
Você irá conhecer um grupo de situações clínicas importantes, abrangendo os 
tipos mais frequentes na prática do profissional da área da saúde, os quais te 
auxiliarão a prestar atendimento dentro e fora do seu ambiente de trabalho. 
A primeira unidade aborda temas que servem de base para o desenvolvi-
mento da disciplina, como a relevância da sua relação com o seu paciente. 
Destacamos os aspectos legais relacionados aos atendimentos de primeiros 
socorros. Faremos uma reflexão sobre o preparo do profissional frente aos 
quadros de urgência e/ou emergência e sobre as formas de prevenir essas 
situações. No último tópico, iremos tratar dos procedimentos gerais para a 
avaliação da vítima.
Após você obter os conhecimentos sobre estes aspectos gerais do atendi-
mento, na Unidade 2, vamos estudar os eventos cardiovasculares e respi-
ratórios que podem levar à síncope (desmaio), ao aumento ou diminuição 
da pressão arterial e situações que podem causar uma parada cardíaca e/
ou respiratória.
Em seguida, na Unidade 3, serão abordados os eventos metabólicos, como as 
alterações nos níveis de glicemia e situações que podem acometer o sistema 
neurológico, como convulsões, acidente vascular encefálico, traumatismo 
cranioencefálico e raquimedular.
Na Unidade 4, vamos verificar as características dos acidentes por enve-
nenamento e intoxicação e enfatizar as lesões que causam hemorragia e 
queimaduras.
E, para finalizar, na Unidade 5, você irá conhecer as lesões musculoesque-
léticas, que são peculiares à prática esportiva, as quais serão divididas em 
lesões do tórax, abdômen, coluna, membros superiores e inferiores.
Um grande abraço e bons estudos!
CURRÍCULO DOS PROFESSORES
Dra. Sabrina Weiss Sties
Doutorado (2016) e Mestrado (2013) em Ciências do Movimento Humano pela Universidade 
Estadual de Santa Catarina. Especialização em Fisioterapia Cardiorrespiratória pela Univer-
sidade Tuiuti do Paraná (2008), Licenciatura em Ciências Biológicas pela Faculdade Avantis 
(2017). Possui Graduação em Fisioterapia pela Universidade do Vale do Itajaí (2007). Membro 
da Brigada de incêndio, da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA – e do Comitê 
de Biossegurança da Faculdade Avantis. Participa de treinamentos e eventos científicos rela-
cionados à atuação em situações de urgência e emergência. Profere palestras para Capacita-
ção em urgências e emergências, com ênfase em ressuscitação cardiopulmonar. Participa de 
ações de extensão e do grupo de pesquisa do Núcleo de Cardiologia e Medicina do Exercício, 
Florianópolis. Atua na área de Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica (RCPM). Docente do 
Curso de Educação Física Bacharelado e Licenciatura, do Curso de Fisioterapia, do Curso de 
Odontologia e do curso de Pós-graduação-Especialização em Fisiologia do exercício e Coor-
denadora do Curso de Fisioterapia da Faculdade Avantis. Atua há cinco anos como docente 
das disciplinas de urgência e emergência para diversos cursos da área da saúde.
Currículo Lattes da professora disponível em: <http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/
visualizacv.do?id=K4526754U4>
Me. Xana Raquel Ortolan
Mestrado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade do Vale do Itajaí (2013). Licenciatura 
em Ciências Biológicas pela Faculdade Avantis (2017). Possui Graduação em Enfermagem 
pela Universidade do Vale do Itajaí (2010). Atuou como enfermeira assistencial na atenção 
terciária, participando de equipes multidisciplinares da área da saúde. Além disso, participa 
de pesquisas nas áreas de Biologia e Comportamento e Histologia. Atualmente, preside o 
Comitê de Ética e o Comitê de Biossegurança da Faculdade Avantis, além de ser membro da 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA. Docente dos cursos de graduação de 
Fisioterapia, Enfermagem e Odontologia da Faculdade Avantis e Coordenadora do Curso de 
Enfermagem da Faculdade Avantis. Atualmente leciona disciplinas relacionadas a Biossegu-
rança, Ergonomia, Saúde do Trabalhador e Primeiros Socorros.
Currículo Lattes do professor disponível em: <http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/
visualizacv.do?id=K4481681Z8>
Aspectos Gerais 
do Atendimento 
à Urgência e 
Emergência
 13
Urgências e 
Emergências 
Cardiovasculares 
e Respiratórias
 41
Urgências e 
Emergências 
Metabólicas 
e Neurológicas
 71
Acidentes e 
Lesões em Geral
 95
Lesões 
Musculoesqueléticas
123
101 Graus de Queimaduras
Utilize o aplicativo 
Unicesumar Experience 
para visualizar a 
Realidade Aumentada.
PLANO DE ESTUDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Dra. Sabrina Weiss Sties
Me. Xana Raquel Ortolan
• Compreender a importância do bom relacionamento entre 
o Profissional de saúde e o paciente.
• Conhecer as situações de urgência e emergência mais 
prevalentes durante a prática clínica. 
• Analisar os aspectos legais em relação ao atendimento de 
primeiros socorros.
• Entender a diferença entre as situações de urgência e 
emergência.
• Compreender o significado de primeiros socorros.
• Refletir sobre o preparo do Profissional de Saúde frente 
aos quadros de urgências e emergências mais frequentes.
• Conhecer as condutas voltadas à prevenção de urgências 
e emergências.
• Aprender sobre os procedimentos relacionados à avalia-
ção da vítima e as técnicas corretas para avaliação dos 
sinais vitais.
Relação profissional de 
saúde-paciente
Aspectos legais e órgãos 
competentes
Introdução aos primeiros 
socorros
Preparo do profissional de 
saúde frente aos quadros 
de urgência e/ou 
emergência médicas
Urgência e emergência
Aspectos Gerais 
do Atendimento à 
Urgência e Emergência
Relação Profissional 
de Saúde-Paciente 
Qualquer indivíduo está sujeito a sofrer acidentes 
ou lesões, e podem ocorrer independentemente 
do ambiente em que se encontra, seja na escola, 
universidade, na rua, seja até mesmo em casa. 
A falta de conhecimento em relação aos pro-
cedimentos de primeiros socorros pode provocar 
sequelas irreversíveis nas vítimas de situações de 
urgência ou emergência. Em casos mais graves, 
o óbito pode ocorrer, especialmente, quando há 
demora entre a ocorrência do evento e a chegada 
do serviço especializado.
Em locais onde há prática de atividades clí-
nicas, podem ocorrer acidentes e lesões. Neste 
sentido, o(a) profissional tem um papel funda-
mental na promoção da saúde e na prevenção 
de urgências e emergências que possam ocorrer 
no ambiente de trabalho. Baseando-se nessa pre-
missa, é que se torna importante o conhecimento 
sobre primeiros socorros.
15UNIDADE 1
Considerando a responsabilidade dessa pro-
fissão, a maioria dos cursos de graduação, nas 
áreas da saúde e bem-estar, tem implementado 
em sua grade curricular disciplinas que abor-
dam os primeiros socorros. Portanto, a falta de 
conhecimento em relação a esse tema não pode 
ser uma justificativa para a omissão do socor-
ro ou para a adoção de técnicas inadequadas 
diante de situações de urgência ou emergência. 
Enquanto profissionais, temos responsabilida-
de sobre nossas intervenções e não podemos 
admitir que nossas atitudes sejam equivocadas, 
devido à utilização de condutas impróprias ou 
da solicitação desnecessária da assistência espe-
cializada em emergência.
Neste contexto, você sabe quais são as condutas 
a serem tomadas frente às intercorrências mais 
comuns relacionadas à prática clínica e demais 
situações que poderá presenciar no seu dia a dia? 
Para que você mantenhaa integridade do seu 
cliente antes, durante e após o atendimento é pre-
ciso que seja feita uma anamnese de qualidade, na 
qual você irá realizar um exame físico no paciente, 
investigar seu histórico clínico ou de saúde (doen-
ças, cirurgias, medicamentos em uso etc.) seus 
dados pessoais e queixas atuais. Após a anamnese, 
você poderá desenvolver um plano terapêutico 
que se adeque às necessidades deste cliente e que 
não prejudique sua saúde/integridade física.
Apesar de todos esses cuidados, situações 
inesperadas podem acontecer durante seu aten-
dimento, como: quedas, queimaduras, elevação e 
diminuição, de pressão arterial, desmaios, reações 
alérgicas, choques anafiláticos, entre outras. 
Enquanto profissional da saúde, é sua respon-
sabilidade prestar o primeiro atendimento a este 
paciente e encaminhá-lo à Unidade de Saúde mais 
próxima. 
A prestação dos primeiros socorros ainda é mo-
tivo de dúvidas para a população e profissionais. 
Qual é a nossa responsabilidade diante de uma 
vítima que necessita de auxílio durante as situa-
ções de urgência e emergência? Você, enquanto 
profissional da saúde, deve conhecer as leis, os 
códigos de ética e as normas relacionadas às 
intervenções em primeiros socorros.
O fato de ofender a integridade corporal ou 
saúde de outrem, abandonar pessoa que está 
necessitando de cuidados e omitir socorro em 
situações em que não haja risco pessoal, são 
condutas que caracterizam crime perante a le-
gislação brasileira.
O Código Civil Brasileiro (BRASIL, 2002, on-
-line) destaca, no Artigo 186, que o indivíduo que, 
“por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, 
ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. 
Aspectos Legais 
e Órgãos Competentes 
17UNIDADE 1
Por sua vez, de acordo com o Código Penal 
Brasileiro, Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, 
qualquer indivíduo, mesmo o leigo, tem o dever 
de ajudar a pessoa acidentada ou simplesmente 
chamar ajuda. Do contrário, sofrerá sanções pe-
nais (BRASIL, 1940).
Neste sentido, sabe-se que todo profissional 
que tenha obrigatoriedade de prestar socorro está 
sujeito aos estatutos legais que regem à prestação 
de socorro. Nos casos omissos, o profissional so-
frerá processos penais e responderá pela conse-
quência de sua omissão.
O Artigo 135, do Código Penal (BRASIL, 
1940), fixa que deixar de prestar assistência, quan-
do possível fazê-lo sem risco pessoal, à pessoa in-
válida ou ferida, deixando-o ao desamparo ou em 
grave e iminente perigo, ou não pedir o socorro da 
autoridade pública, é crime. A penalidade pode ser 
pagamento de multa ou detenção, que varia de um 
a seis meses, podendo ser aumentada em metade 
caso haja omissão que resulte em lesão corporal 
grave; e triplicada, se houver morte.
Sendo assim, é de suma importância que o(a) 
profissional esteja preparado(a) para as exigências 
de qualidade e de ética profissional nas interven-
ções que realizar. Ele(a) deverá estar treinado para 
agir em diversas situações de emergência, para 
compreender, analisar e aplicar o seu conheci-
mento, em lugares onde pode haver a intervenção 
desse profissional (STEINHILBER, 2002).
Por outro lado, destaca-se que a vítima não 
pode ser forçada a receber os primeiros socor-
ros. Em muitos casos, ela tem direito de recusar o 
atendimento, seja por crença religiosa ou por falta 
de confiança no prestador do serviço. 
Em adultos, o direito existe quando estiverem 
conscientes, ou caso a vítima esteja impedida de 
falar em decorrência do acidente, como um trau-
ma na boca, mas demonstre através de sinais que 
não aceita o atendimento, fazendo uma negativa 
com a cabeça ou empurrando a mão do prestador 
de socorro. Nessas situações, você deve certificar-
-se que o socorro especializado foi solicitado e 
continuar monitorando a vítima. Por outro lado, 
em crianças, a recusa do atendimento pode ser fei-
ta pelo pai, mãe ou responsável legal. Se a criança 
é retirada do local do acidente antes da chegada 
do socorro especializado, o prestador deverá, se 
possível, listar testemunhas que comprovem o fato 
(SILVEIRA; MOULIN, 2006).
Nas situações em que a pessoa não possui um 
treinamento específico ou não se sente confiante 
para atuar, o fato de chamar o socorro especiali-
zado já descaracteriza a ocorrência de omissão 
de socorro. Ressalta-se que cada pessoa deve agir 
conforme seus conhecimento e limites.
A principal causa de morte fora dos hospitais é a falta de atendimento e a segunda é o socorro inadequa-
do. As pessoas morrem porque ninguém faz nada ou porque alguém não capacitado resolveu fazer algo.
Fonte: Rocha (2011, p. 9)
Algumas lesões comuns no dia a dia da população 
podem ser diferenciadas em: traumáticas e clíni-
cas. As fraturas, ferimentos, hemorragias, trau-
mas de crânio, tórax e coluna são consideradas 
as principais lesões traumáticas. Já como lesões 
clínicas, destacam-se o mal súbito, o desmaio, a 
crise convulsiva, o infarto e a parada cardiorres-
piratória (CREF4, 2014).
No que se refere às crianças, devido a suas ca-
racterísticas anatômicas, menor coordenação e 
habilidade motoras, maior impulsividade e baixo 
reconhecimento dos riscos, elas se tornam sus-
cetíveis aos acidentes, frequentemente graves, no 
ambiente escolar.
Estudos desenvolvidos a nível mundial de-
monstraram que as quedas são os acidentes mais 
frequentes em crianças e adolescentes em espaço 
escolar, representando, em 2011, uma taxa de 55% 
dentre o total de acidentes escolares ocorridos 
(CRISTO, 2011). Esse tipo de acidente é a prin-
cipal causa de lesões traumáticas cerebrais, com 
risco significativo de sequelas crônicas deman-
dando custos consideráveis (WHO, 2008).
Urgência 
e Emergência
19UNIDADE 1
A área de urgência e emergência exige do pro-
fissional qualificação para oferecer os cuidados 
instantâneos e seguros à vítima, independente-
mente do seu estado. Nesse sentido, saber diferen-
ciar os dois é o primeiro passo para compreender 
o planejamento do atendimento à vítima.
Devido aos conceitos de urgência e emergên-
cia não serem aplicados apenas à área da bio-
médica, a leitura das definições, por vezes, não 
expressa com clareza a diferença desses termos. 
É por isso que, frequentemente, há uma dúvida 
sobre a determinação de situações que configu-
ram urgência ou emergência.
É verdade que os atendimentos urgentes ou 
emergentes são, frequentemente, interligados, 
mas ainda assim não são sinônimos. Inicial-
mente, pode-se dizer que a detecção do risco 
de morte iminente ou do perigo que ameaça 
a manutenção das funções vitais é um dos cri-
térios básicos para distinguir as situações de 
emergência e urgência.
Baseado nestas informações, agora, você 
consegue diferenciar situações de Urgência e 
Emergência? Caro(a) aluno(a), vamos com-
preender os aspectos que definem e caracteri-
zam cada situação.
As situações de urgência exigem assistência 
imediata, no menor tempo possível, com o ob-
jetivo de evitar complicações e sofrimento. São 
caracterizadas por processo agudo clínico ou ci-
rúrgico, sem risco de morte iminente (GIGLIO-
-JACQUEMONT, 2005). Alguns exemplos são: 
lipotimia, síncope e hipoglicemia.
As situações de emergência, porém, compreen-
dem uma ameaça iminente à vida, sofrimento 
intenso ou risco de lesão permanente, havendo 
necessidade de tratamento médico imediato. Es-
sas condições podem levar a danos irreversíveis 
e até a óbito (GIGLIO-JACQUEMONT, 2005). 
Como exemplo, temos: o infarto agudo do mio-
cárdio (IAM), parada cardiorrespiratória (PCR) 
e hemorragias intensas.
A partir disso, podemos considerar que para 
cada situação existe uma opção de protocolo di-
ferenciado. Nos casos de menor gravidade, como 
dores leves, ferimentos superficiais, síncopes etc., a 
vítima pode ser encaminhada às Unidades Básicas 
de Saúde. Por outro lado, em casos de emergência, 
como dores no tórax, acidente vascular encefálico, 
traumatismo raquimedular ou parada cardior-
respiratória, a vítima deverá receber assistênciaem Unidades Móveis de Urgência ou, se possível, 
deverá ser levada ao pronto socorro. Vale ressaltar 
que situações de urgência podem tornar-se ca-
sos de emergência se não conduzidas de maneira 
adequada.
Portanto, saber classificar essas ocorrências 
tornará possível determinar a aplicação de con-
dutas apropriadas, prevenindo possíveis compli-
cações, além de garantir a celeridade na procura 
de serviços especializados, o que possibilita a as-
sistência adequada e eficaz.
Os primeiros socorros são considerados como 
“segundos de ouro”, compreendem os cuidados 
que devem ser prestados, imediatamente, à vítima, 
cujo estado físico põe em perigo a sua vida, com 
o objetivo de garantir a manutenção das funções 
vitais e evitar o agravamento das condições, apli-
cando medidas e procedimentos até a chegada de 
assistência qualificada (BRASIL, 2003).
A American Red Cross Scientific Advisory 
Council, a Cruz Vermelha americana (2010), ca-
racteriza os Primeiros Socorros como a assistência 
prestada rapidamente a uma pessoa doente ou 
ferida até chegar o serviço de emergência. São 
caracterizados pelo atendimento não apenas de 
lesões físicas ou doenças, mas também por ou-
tros cuidados iniciais, incluindo apoio psicosso-
cial para pessoas que sofrem estresse emocional, 
causado por experimentar ou testemunhar um 
trauma ou evento.
Introdução aos 
Primeiros Socorros
21UNIDADE 1
Segundo a Associação Americana do Coração (AHA, 
2010), as avaliações e intervenções em primeiros so-
corros podem ser realizadas por uma pessoa presen-
te, com equipamento mínimo ou nenhum.
Vale ressaltar que há redução da morbidade e 
mortalidade, em até 7,5%, em situações de emer-
gência pré-hospitalar, mesmo quando a primeira 
Segundo a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente 
Vermelho - IFRCRCS (2016) os objetivos dos primeiros socorros são:
ajuda for prestada por leigos com treinamento 
nesta área (VALÉRIO, 2010). No entanto, no que 
concerne, efetivamente, aos procedimentos de 
primeiros socorros, destaca-se que, no âmbito dos 
locais onde a prática de exercício físico é frequente, 
o alcance de seus objetivos depende do preparo 
dos profissionais.
Preservar a vida.
Prevenir mais doenças 
ou lesões.Promover a recuperação.
Aliviar o sofrimento.
Há uma constante preocupação dos especialis-
tas da área da saúde em relação aos acidentes e 
intercorrências ocorridos fora do âmbito hos-
pitalar, já que a demora na busca de assistência 
especializada ou o atendimento inadequado 
podem causar danos maiores e até irreversíveis, 
interferindo na recuperação do indivíduo ou na 
qualidade de vida.
Como citado anteriormente, o profissional de 
saúde deve ter conhecimentos quanto às noções 
básicas de primeiros socorros para agir corre-
tamente sempre que for necessário. Entretanto, 
Siqueira, Soares e Santos (2011) mostra que os 
professores (pelo menos 30% deles) não se sentem 
preparados para agir em situações de emergência. 
Outro estudo destaca que a maioria dos profis-
sionais não estão capacitados para atender a um 
mal súbito ou intervir em situações de parada 
cardiorrespiratória (CASSOTE et al., 2005).
Preparo do Profissional 
de Saúde Frente aos 
Quadros de Urgência e/
ou Emergência Médicas
23UNIDADE 1
Nesta perspectiva, pode-se observar que você 
precisa estar preparado(a) para lidar com os pri-
meiros socorros, pois o primeiro atendimento é 
fundamental para salvar vidas. Assim, você, como 
futuro(a) profissional, conhecendo as técnicas de 
primeiros socorros, estará mais capacitado(a) e 
preparado(a) para realizar seus atendimentos, 
obtendo uma visão clínica/periférica com base 
no estado e integridade física de seus pacientes, 
tendo a capacidade de minimizar a probabilidade 
de acidentes.
Prevenção das Emergências 
Médicas
É de suma importância levar em conta a preven-
ção de acidentes e lesões no ambiente terapêutico/
clínico. Os fatores de riscos podem ser extrínse-
cos ou intrínsecos. Quando são relacionados ao 
ambiente, à estrutura física do local, ao tipo de 
tratamento de produtos utilizados e de equipa-
mentos, são considerados extrínsecos. No entanto, 
características, como idade, sexo e presença de 
doenças são fatores intrínsecos, ou seja, do pró-
prio praticante.
Para prevenir os fatores de risco ambientais, as 
instalações e os equipamentos envolvidos na prá-
tica clínica devem estar em bom estado e garantir 
a segurança do paciente. Nos locais onde serão 
instalados equipamentos e nos que há técnicas 
terapêuticas que envolvam água, o piso deve ser 
revestido com material antiderrapante para evitar 
quedas. É importante que os equipamentos e ma-
quinários estejam a uma distância apropriada de 
paredes e colunas. Além disso, todos os ambientes 
devem ser providos de uma boa ventilação, para 
evitar distúrbios relacionados com o desequilíbrio 
térmico do paciente. 
É imprescindível dar atenção adequada ao exame 
físico, especialmente quando se trata da população 
idosa, que tem como característica a heterogenei-
dade, com diferenças em diversos aspectos, como 
condições gerais de saúde, estado cognitivo, dentre 
outras características intrínsecas ao processo de 
envelhecimento (HUPP; ELLIS; TUCKER, 2009).
A classificação do estado físico do paciente 
depende dos seus hábitos de vida, das doenças 
e comorbidades. Sendo assim, é possível verifi-
car que, para prevenir as situações de urgência 
e emergência, você precisa estar preparado para 
atuar diante de relatos, como uso de álcool, drogas, 
diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica 
entre outras. Lembrando, também, que esses há-
bitos e essas doenças podem ser verificados tanto 
em adultos como crianças.
Contudo, conhecendo o(a) seu(sua) pacien-
te, tomando os devidos cuidados e oferecendo 
orientações sobre a técnica que será realizada e os 
produtos utilizados, pode-se minimizar os riscos 
de acidentes e lesões e salvar vidas.
Avaliação da Vítima 
Inicialmente, antes de abordar uma vítima, será 
preciso verificar o local para garantir a sua segu-
rança durante o atendimento. Caso o ambiente 
não esteja adequado, em algumas situações, por 
exemplo, você pode desligar a rede elétrica antes de 
prestar os primeiros socorros. É importante frisar 
que a sua segurança deve estar em primeiro lugar.
Portanto, ao realizar os procedimentos, você 
deve utilizar materiais e equipamentos que sirvam 
como barreiras para evitar o contato direto com 
sangue e outros fluidos que possam transmitir 
doenças contagiosas, como as luvas descartáveis, 
máscaras faciais e óculos de proteção.
24 Aspectos Gerais do Atendimento à Urgência e Emergência
Em ambientes de prática de atividades clínicas, é extremamente importante ter à disposi-
ção um kit de primeiros socorros. Além dos dispositivos de barreira citados anteriormente, 
este kit deve conter: 
Figura 1 - Kit de primeiros socorros 
Fonte: a autora.
Lenços antibacterianos ou Sabão Termômetro oral
Estetoscópio
Es�gmomanômetro
Gel ou Saco Plástico para gelo
Tesoura
Ataduras
Gazes Esterilizadas
Tipoia
Esparadrapo
GEL
25UNIDADE 1
Agora que você já conheceu os cuidados que 
devem ser tomados antes do atendimento, ve-
rificaremos como devemos proceder na ava-
liação e no atendimento nos casos de urgência 
ou emergência. A seguir, nós descrevemos os 
procedimentos de modo geral, mas, a partir da 
Unidade 2, você verificará as definições e con-
dutas nas situações específicas.
Os protocolos para atendimento necessitam 
de atitude rápida e seguem as diretrizes para pro-
cedimentos baseados nas melhores evidências 
científicas. Estes permitem maior qualidade do 
trabalho desenvolvido, aquisição de maior con-
fiança no processo de tomada de decisão e maior 
eficácia nos desfechos.
Neste contexto, podemos citar o Suporte Bá-
sico de Vida (SBV), no qual a sequência de pro-
cedimentos tem como objetivo promover oxige-
nação e perfusão aos órgãos vitais (AHA, 2010) 
em vítimas de parada cardiorrespiratória (PCR).
É importante lembrar que asequência de aten-
dimento à vítima sofreu alteração. Anteriormen-
te, era considerada como o ABC da ressuscitação 
(abertura de via aérea, ventilação e compressões 
torácicas). Atualmente, a sequência recomendada é 
CAB (compressões torácicas, abertura de via aérea 
e ventilação). Essa mudança é devido às evidências 
de que, apesar de a ventilação ser importante, as 
compressões são imprescindíveis na RCP e não 
podem ser postergadas (GONZÁLEZ et al., 2013).
Os procedimentos de SBV contemplam o re-
conhecimento imediato de parada cardíaca, o 
acionamento do serviço de atendimento móvel 
de urgência, a realização das manobras de res-
suscitação cardiopulmonar (RCP) e uso do des-
fibrilador externo automático (DEA). As ações de 
SBV devem ser realizadas de maneira adequada 
para aumentar a possibilidade de sobrevivência 
de uma vítima em situação de emergência.
Diante disto, é necessário utilizar a “corrente 
da sobrevivência” para realizar passo a passo as 
condutas durante o atendimento. Essa corrente, 
para o adulto (Figura 2), é composta por cinco elos 
que são relacionados ao suporte básico e avançado 
de emergência, e cuidados pós-PCR (AHA, 2015).
A corrente de sobrevivência pediátrica (Figu-
ra 3), no entanto, apresenta sequência diferente 
da corrente do adulto. O primeiro elo refere-se 
à prevenção de acidentes, seguido pela ressusci-
tação cardiopulmonar precoce e efetiva, aciona-
mento imediato ao serviço móvel de urgência, 
medidas de suporte avançado de vida e cuidados 
pós-ressuscitação (AHA, 2010). O primeiro elo 
é o mais relevante, visto que o desfecho de PCR 
em crianças, geralmente, é muito ruim (QUILICI; 
TIMERMAN, 2011).
26 Aspectos Gerais do Atendimento à Urgência e Emergência
Figura 3 - Cadeia de sobrevivência pediátrica 
Fonte: AHA (2010).
Figura 2 - Cadeia de sobrevivência, parada cardiorrespiratória extra-hospitalar (PCREH)
Fonte: adaptada de AHA (2010).
Na Unidade 2, nós estudaremos de maneira 
mais específica os conceitos de PCR e outros 
aspectos relevantes no atendimento desta situa-
ção (como realizar as compressões e ventilações 
e utilizar o DEA).
A avaliação primária da vítima deve ser com-
pletada em, no máximo, 30 segundos, tendo por 
objetivo avaliar as condições de risco e a necessi-
dade do início precoce do suporte básico de vida. 
Você precisa determinar se o paciente encontra-se 
estável, ou seja, se apresenta condições e sinais 
vitais equilibrados e constantes, ou se está instável 
caso apresente alterações gradativas ou súbitas das 
condições e dos sinais vitais.
Entendemos os sinais como sendo as alte-
rações que podem ser verificadas por meio de 
avaliação (por exemplo: pulso, coloração da 
pele e sudorese). No entanto, os “sintomas” são 
relatados pela própria vítima, de acordo com 
sua percepção (por exemplo: tontura, fraqueza 
e náusea).
Ao abordar a vítima, você precisa checar a 
responsividade. Para isso, precisa aproximar-se 
e ajoelhar próximo da cabeça, colocando a mão 
sobre os ombros da vítima e chamar por ela. Se ela 
responder, apresente-se e pergunte se precisa de 
ajuda. Se ela não responder e não reagir, significa 
que está irresponsiva (SBC, 2015).
27UNIDADE 1
Ao checar o estado geral, será possível determi-
nar a orientação temporal e espacial da vítima, 
o nível de consciência e os sinais vitais. A che-
cagem dos sinais vitais contempla a verificação 
da respiração, pulso, pressão arterial e tempera-
tura. Essa avaliação possibilita a identificação 
de possíveis problemas fisiológicos e facilita o 
monitoramento do indivíduo que apresenta uma 
situação de urgência ou emergência. É impor-
tante lembrar que a verificação dos sinais vitais 
difere de acordo com a classificação do risco ou 
do estado da vítima.
Portanto, para a avaliação da respiração, no 
caso de vítimas responsivas, além da identificação 
de alterações no padrão respiratório, como apneia 
(ausência periódica da respiração), bradipneia 
(respiração lenta) e taquipneia (respirações rápi-
das e profundas), podemos verificar a frequên-
cia respiratória (FR), ou seja, contar o número 
de incursões por minuto. Para isto, você deverá 
observar a respiração do(a) paciente, verificando 
a elevação do tórax.
Figura 4 - Avaliação da responsividade
No caso de vítima não responsiva, deve ve-
rificar se há elevação do tórax em menos de 10 
segundos, não perca tempo contando as respira-
ções por minuto. Se identificar que ela apresen-
ta respiração, fique ao seu lado monitorando a 
evolução e, caso seja necessário, chame o serviço 
móvel de urgência (GONZÁLEZ et al., 2013). Na 
tabela a seguir, você pode observar os valores da 
frequência respiratória em repouso.
Tabela 1 - Frequência respiratória em repouso
Até 1 ano
De 1 a 5 anos
Adultos
De 6 a 8 anos
Acima de 8 anos
até 60 mpm
até 40 mpm
até 30 mpm
até 20 mpm
de 12 a 20 mpm
Fonte: Brasil (2012); Fiztgerald (1995).
Para a avaliação do pulso, você deve pressionar 
levemente a artéria, com os dedos indicador e 
médio. As artérias utilizadas para a avaliação 
são: as carótida, braquial, radial ou femoral. Em 
crianças, cheque o pulso carotídeo ou femoral 
(AHA, 2010). Essa conduta permitirá que você 
identifique se o pulso está forte ou fraco, e se o 
ritmo está regular.
Em vítimas não responsivas, verifique o pul-
so central (carotídeo) em adultos (Figura 5); em 
crianças, o pulso central ou femoral (Figura 6): 
esse procedimento deve ser rápido, entre 5 e 10 
segundos. Caso não detecte pulso ou esteja com 
dificuldade para avaliar, inicie as compressões e 
ventilações (GONZÁLEZ et al., 2013).
28 Aspectos Gerais do Atendimento à Urgência e Emergência
Nas vítimas que não estão em situação de emer-
gência, você terá tempo para avaliar a frequência 
cardíaca, a qual se refere ao número de batimen-
tos por minuto (bpm). Os locais podem ser os 
mesmos citados anteriormente para avaliação do 
pulso. Na tabela a seguir, você pode observar os 
valores da frequência cardíaca em repouso.
Tabela 2 - Frequência cardíaca em repouso
Até 1 ano
De 1 a 5 anos
De 5 a 12 anos
De 12 a 16 anos
Adultos
de 94 a 169 bpm
de 89 a 137 bpm
de 65 a 130 bpm
de 60 a 120 bpm
de 50 a 100 bpm
Fonte: adaptada de Pastore et al. (2009; 2016).
Embora, a medida da pressão arterial (PA) faça par-
te da avaliação dos sinais vitais, não está incluída nos 
procedimentos de SBV. Entretanto, essa avaliação é 
importante para proceder em outros casos de ur-
gência ou emergência. Tanto os procedimentos para 
a medida da pressão arterial quanto os valores de 
referência descritos a seguir seguem a VII Diretriz 
de Hipertensão Arterial (MALACHIAS et al., 2016).
Figura 6 - Avaliação do pulso femoral
Figura 5 - Avaliação do pulso carotídeo
29UNIDADE 1
Para realizar a avaliação, você precisa instruir o(a) 
indvíduo a não conversar durante a medição. O ideal 
é que não esteja com a bexiga cheia e que não tenha 
praticado exercícios físicos na última hora. Quanto 
ao posicionamento, o(a) avaliado(a) deve estar sen-
tado(a), com as pernas descruzadas, pés apoiados no 
solo, encostado(a) na cadeira e relaxado(a). O braço 
deve ser posicionado na altura do coração e apoiado, 
com a palma da mão voltada para cima.
Inicialmente, é necessário verificar a circunfe-
rência do braço no ponto médio entre acrômio e 
olécrano; selecionar o manguito de tamanho ade-
quado; colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 
cm acima da linha cubital; estimar o nível da pressão 
arterial sistólica (PAS) pela palpação do pulso radial; 
colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio 
sem compressão excessiva sobre a artéria braquial; 
inflar até ultrapassar 20 a 30 mmHg, o nível estima-
do da PAS obtido pela palpação; iniciar a deflação 
lentamente; determinar a PAS pela ausculta do pri-
meiro som (fase I de Korotkoff) e a pressão arterial 
diastólica (PAD) no desaparecimento dos sons (fase 
V de Korotkoff) (MALACHIAS et al., 2016).
É fato que, em determinadas situações, isso não 
será possível, pois a vítima pode não conseguir 
permanecer naposição sentada, como nos casos 
de síncope (desmaio). Então, você poderá verifi-
car a pressão em decúbito dorsal, mas utilizando 
o mesmo posicionamento do braço e seguir as 
demais recomendações.
Em crianças, é recomendado que a medição da 
PA seja realizada em toda avaliação médica após os 
três anos de idade, uma vez ao ano, pois faz parte do 
atendimento pediátrico primário (TRUELSEN et 
al., 2007). No entanto, os valores de PA para crian-
ças e adolescentes levam em consideração a idade, 
sexo e altura, conforme disponíveis em tabelas es-
pecíficas ou aplicativos para smartphones.
No que se refere à avaliação da PA em idosos, 
há características peculiares ao processo de enve-
lhecimento, o que pode causar maior frequência 
do hiato auscultatório (desaparecimento dos sons 
durante a deflação do manguito), resultando em 
níveis falsamente baixos na PAS e falsamente altos 
na PAD (MALACHIAS et al., 2016).
Por outro lado, o posicionamento recomen-
dado para as gestantes deve ser sentada ou em 
posição de decúbito lateral esquerdo; ambos os 
métodos transmitirão os mesmos resultados 
(OLIVEIRA, 2000).
Agora que você já tem conhecimento para medir 
a pressão arterial, verifique, na tabela a seguir, a clas-
sificação da PA, a partir de 18 anos de idade, segun-
do a VII Diretriz de Hipertensão Arterial (2016).
Tabela 3 - Classificação da PA de acordo com a medição casual ou no consultório a partir de 18 anos de idade 
Fonte: Malachias et al. (2016).
Classificação PAS (mm Hg) PAD (mm Hg)
Normal ≤ 120 ≤ 80
Pré-hipertensão 121 – 139 81 – 89
Hipertensão estágio 1 140 – 159 90 – 99
Hipertensão estágio 2 160 – 179 100 – 109
Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110
Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da PA.
30 Aspectos Gerais do Atendimento à Urgência e Emergência
Quanto à classificação para as crianças e ado-
lescentes, são considerados hipertensos quando 
apresentam PAS e/ou PAD superiores ao per-
centil (p) 95, conforme idade, sexo e percentil de 
altura em, pelo menos, três momentos distintos 
(MALACHIAS et al., 2016).
Para finalizar as avaliações dos sinais vitais, ve-
remos os métodos para verificar a temperatura. 
Para isso, você precisa de um termômetro e, inicial-
mente, será necessário higienizá-lo com algodão 
e álcool, agitando até que acuse uma temperatura 
igual ou inferior a 35 ºC (95 ºF). Feito isso, seque 
a axila do(a) avaliado(a), posicione corretamente 
o termômetro na axila, com o braço pressionado 
contra o corpo, segurando a extremidade opos-
ta ao reservatório (GONÇALVES, 2009). Caso o 
termômetro não seja digital, aguarde durante cin-
co minutos antes da leitura. A temperatura axilar 
normal é de 36,5 ºC. Na tabela a seguir, pode ser 
observada a classificação de estado febril.
Tabela 4 - Classificação de estado febril
Subfebril 37 a 37,5 ºC
Febre baixa 37,5 a 38,5 ºC
Febre moderada 38,5 a 39,5 ºC
Febre alta 39,5 a 40 ºC
Fonte: adaptada de Gonçalves (2009).
Nesta unidade, verificamos os procedimentos 
gerais para avaliação da vítima, e estes conheci-
mentos serão necessários para você compreender 
os conteúdos das demais unidades. 
Caro(a) aluno(a), ao longo desta unidade, des-
tacamos o papel importante que o(a) profissional 
de saúde possui frente às situações de urgência e 
emergência. Você deve ter se dado conta da sua 
responsabilidade, acima de tudo, como cidadão, 
mas também como profissional diante de lesões ou 
eventos que coloquem em risco a vida do paciente. 
Neste sentido, buscamos trazer informações 
relacionadas à importância que você tem diante 
da construção de uma boa relação com o paciente, 
pois ela se configura como o primeiro passo no 
atendimento de primeiros socorros. O relaciona-
mento interpessoal concreto e efetivo desenvolve 
o vínculo de confiança e segurança entre os sujei-
tos perante essas situações.
Em um segundo momento, caro(a) aluno(a), 
existe a necessidade de avaliar corretamente o local 
e as vítimas do acidente ou lesão, garantindo que a 
sua segurança esteja preservada, e isso permite o 
gerenciamento adequado dessas condições. 
Desta maneira, buscamos trazer para você os 
fatores que interferem no atendimento inicial e os 
principais equipamentos que podem ser utilizados 
nessas situações. Adicionalmente, você pode ad-
quirir conhecimentos em relação à identificação 
dos sinais e sintomas que auxiliam na classificação 
do evento, possibilitando um atendimento mais 
rápido e eficaz e sobre as técnicas corretas em re-
lação à verificação dos sinais vitais. 
Por fim, destacamos que o conhecimento sobre 
primeiros socorros não se resume a esta unidade. 
Ainda há muito para aprender. Bons estudos!
Caro(a) aluno(a), acesse o link da 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial e veja as tabelas de 
referência para avaliação da pressão arterial nas páginas 55 a 58. Disponível em: <http://publicacoes.
cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_HIPERTENSAO_ARTERIAL.pdf>.
Fonte: as autoras.
31
Você pode utilizar seu diário de bordo para a resolução.
1. Os atendimentos de primeiros socorros na área de urgência e emergência são 
competências dos Profissionais da Saúde. As responsabilidades com os indiví-
duos que realizam algum procedimento e/ou tratamento com estes profissionais 
seguem alinhadas aos direitos constitucionais, civis, penais e, sobretudo, à ética 
profissional. Segundo a Resolução nº 1451/95, do Conselho Federal de Medicina, 
a constatação de condições de agravo à saúde que impliquem risco iminente 
de morte ou sofrimento intenso indica uma situação de:
a) Caráter menos imediatista.
b) Urgência.
c) Síndrome do jaleco branco.
d) Emergência.
e) Síncope.
2. Enquanto profissionais, temos responsabilidade sobre nossas intervenções 
e não podemos admitir que nossas atitudes diante de situações de urgência 
ou emergência sejam equivocadas. Avalie as seguintes asserções e a relação 
proposta entre elas:
I. Aproximar o Profissional da Saúde das técnicas de primeiros socorros é im-
prescindível para oferecer informação atualizada sobre os diversos episódios 
de urgência e emergência na prática profissional.
PORQUE
II. Conhecer os riscos e medidas preventivas, bem como os protocolos de 
atendimento, permitem agir com mais segurança, qualidade e competência. 
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.
a) As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
b) As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
c) As asserções I e II são proposições falsas.
d) A asserção II é uma proposição falsa, mas a I é uma proposição verdadeira.
e) A asserção I é uma proposição falsa, mas a II é uma proposição verdadeira.
32
3. Você recebe em seu consultório um paciente jovem, do sexo masculino, e antes 
do início do atendimento ele sofre uma queda e fica inconsciente, seu primeiro 
procedimento será: 
a) Realizar as manobras de ressuscitação cardiopulmonar.
b) Realizar a manobra de desobstrução das vias aéreas.
c) Avaliar os sinais vitais.
d) Avaliar a responsividade da vítima.
e) Verificar a sua segurança antes de realizar o atendimento.
4. A hipertensão arterial, frequentemente chamada de pressão alta, é uma doença 
multifatorial e sistêmica. Segundo a VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 
é considerada hipertensão arterial estágio I em indivíduos acima de 18 anos, 
quando a pressão:
a) Sistólica é < que 120 mmHg, e a diastólica < que 80 mmHg.
b) Sistólica é > que 130 mmHg, e a diastólica < que 90 mmHg.
c) Sistólica é ≥ a 140 mmHg, e a diastólica ≥ que 90 mmHg.
d) Sistólica está 140-159 mmHg, e a diastólica 90-99 mmHg.
e) Sistólica é igual a 139 mmHg, e a diastólica igual a 85 mmHg.
33
5. O Profissional da Saúde deve estar apto a reconhecer as situações que põem 
a vida em risco, assim como os procedimentos de primeiros socorros, pois são 
importantes para manter a vítima em melhor condição possível até que se ob-
tenha atendimento médico.Portanto, este profissional tem como objetivo(s), 
nos primeiros socorros:
I. Diagnosticar as doenças.
II. Solicitar assistência médica e serviço de emergência.
III. Minimizar o risco de outras lesões e complicações.
IV. Evitar infecções.
V. Receitar medicamentos para prevenir as complicações. 
É correto o que se afirma em:
a) I, II, III e IV, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, apenas.
34
Primeiros Socorros nos Esportes
Autor: Melinda J. Flegel
Editora: Manole
Sinopse: o sucesso de uma equipe de profissionais de saúde requer trabalho 
em grupo e vontade de se preparar. Esse livro apresenta a função que cabe 
a você em uma equipe de profissionais de saúde para atletas, incluindo suas 
responsabilidades e limitações. Irá ajudá-lo(a) a se preparar para situações de 
primeiros socorros, apresentando-lhe diretrizes para a formulação de um plano 
de emergência médica. Ao fazer uso dessas estratégias, você poderá reduzir de 
forma significativa os riscos de lesões ou doenças em seus atletas. Você deverá 
estar preparado para prestar primeiros socorros de maneira rápida e adequada 
quando ocorrerem, pois isso pode ajudar a salvar a vida de um atleta.
LIVRO
O Dr. Drauzio Varella fala sobre a importância do conhecimento em primei-
ros socorros. Ao final, ele dá dica de um aplicativo gratuito, disponível para 
Android e IOS. 
Para acessar, use seu leitor de QR Code.
WEB
https://apigame.unicesumar.edu.br/getlinkidapp/3/188
35
ALBERT, C. M. et al. Triggering of sudden death from cardiac causes by vigorous exertion. N Engl J Med, v. 
343, p. 1355-61, 2000.
AHA. American Heart Association. Part 13: Pediatric Basic Life Support. Circulation, AHA Journals, v. 122, 
n. 18 suppl 3, nov. 2010. Disponível em: <http://circ.ahajournals.org/content/122/18_suppl_3/S862.short>. 
Acesso em: 15 jan. 2019.
AMERICAN RED CROSS SCIENTIFIC ADVISOTY COUNCIL. Hand Hygiene Scientific Review. 2010. 
Disponível em: <http://www.redcross.org/take-a-class/scientific-advisory-council>. Acesso em: 15 jan. 2019.
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2015. Disponível em: <https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2015/10/2015-AHA-Guidelines-
Highlights-Portuguese.pdf>. Acesso em: 15 jan. 2019.
BRASIL. Decreto-Lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, 
31 dez. 1940.
______. Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
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CASSOTE, D. F. et al. Desempenho do profissional de educação física em casos de parada cardiorrespiratória: 
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36
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38
1. D.
2. A.
3. E.
4. D.
5. C.
39
40
PLANO DE ESTUDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Conceituar lipotimia/síncope e descrever os primeiros 
socorros nessas situações.
• Conceituar hipertensão arterial sistêmica, crise hipertensi-
va e hipotensão e descrever os protocolos de atendimento.
• Conceituar aterosclerose, doença arterial coronariana e 
angina.
• Descrever o infarto agudo do miocárdio.
• Conceituar parada cardiorrespiratória, identificar a obs-
trução das vias aéreas e descrever o protocolo para aten-
dimento.
• Conceituar a síndrome de hiperventilação, identificar a 
crise asmática e os procedimentos de primeiros socorros.
• Descrever o afogamento e descrever as condutas de pri-
meiros socorros. 
Lipotimia e síncope
Intercorrências do sistema 
cardiovascularAfogamentos
Intercorrências do sistema 
respiratório
Dra. Sabrina Weiss Sties
Me. Xana Raquel Ortolan
Urgências e Emergências 
Cardiovasculares e 
Respiratórias
Lipotimia 
e Síncope
Agora que você já conhece os procedimentos para 
avaliar os sinais vitais, nesta unidade, abordare-
mos situações que podem ser decorrentes, ou que 
podem ocasionar eventos que promovam altera-
ções nos sistemas cardiovascular e respiratório. 
Após identificar cada situação, apresentaremos 
os protocolos indicados para o atendimento das 
vítimas.
Inicialmente, descreveremos as situações mais 
comuns, como a lipotimia e a síncope, as quais 
costumam ser de curta duração e podem ocorrer 
em indivíduos de qualquer faixa etária.
Você também aprenderá a reconhecer quando 
o indivíduo apresenta hipertensão arterial sistê-
mica, crise hipertensiva ou hipotensão, e quais são 
os posicionamentos indicados e demais condutas 
que devem ser realizadas nestes casos.
Para que você, acadêmico(a), possa compreen-
der melhor como e por que ocorre o infarto agudo 
do miocárdio e a parada cardíaca, abordaremos os 
aspectos relacionados à aterosclerose e à doença 
arterial coronariana, as quais, entre outros fatores, 
podem causar IAM e PCR.
43UNIDADE 2
Por fim, serão relatados os conceitos e proce-
dimentos relacionados aos casos que provocam 
alterações respiratórias, como a obstrução das vias 
aéreas, que ocorre frequentemente, devido ao en-
gasgo com alimentos ou aspiração de líquido por 
submersão ou imersão; a síndrome de hiperventi-
lação; e a crise asmática presenciada, geralmente, 
nos casos de ansiedade.
Aproveite o conteúdo desta unidade e lembre-
-se de verificar os tópicos que trazem indicações 
para o aprofundamento do seu estudo. 
Os conhecimentos sobre os procedimentos 
gerais para avaliação das vítimas em situações de 
urgência e emergência que abordamos na Uni-
dade 1 serão complementados pelos conteúdos 
desta e das próximas unidades. Desta forma, ini-
ciaremos pelos conceitos e condutas relacionados 
à lipotimia e síncope.
A lipotimia é caracterizada por alteração da 
consciência (sem perda total dela) em cuja situação 
a vítima relata a sensação de desmaio (Figura 1). 
No entanto, na síncope, há perda súbita da cons-
ciência e, consequentemente, o desmaio (Figura 2). 
Ambas as situações são de curta duração, e a recu-
peração da consciência geralmente é espontânea. Figura 1 - Lipotimia
Figura 2 - Síncope
A lipotimia e a síncope podem ocorrer em decor-
rência de diversas situações. As causas mais co-
muns estão relacionadas à desidratação, à anemia, 
à diminuição de fluxo sanguíneo e ao oxigênio 
no cérebro, aos traumas na cabeça, aos proble-
mas neurológicos ou devido à hipoglicemia, que, 
geralmente, ocorre em indivíduos que não se ali-
mentaram, estão fazendo regimes sem orientação 
ou em diabéticos (GONÇALVES, 2009).
Entre estas, a causa mais frequente é a dimi-
nuição da atividade cerebral. Para manter a oxi-
genação no cérebro, o corpo desfalece e mantém 
um metabolismo basal, ou seja, realiza a mínima 
atividade com o mínimo gasto de energia. Estas 
situações podem ocorrer também devido à queda 
súbita da pressão arterial (hipotensão) em con-
sequência da dor, emoção intensa, esforço físico, 
fobia de ambientes fechados, calor excessivo e ao 
ver sangue (MORAES, 2010).
Segundo Gonçalves (2009), os sinais e sinto-
mas destas situações são:
• Sensação de fraqueza.
• Escurecimento da visão.
• Náuseas, vômito.
• Pele fria e pegajosa.
• Pulso rápido e fraco.
• Extremidades dos pés e mãos geladas.
• Extremidades cianóticas (coloração azul-
-arroxeada).
Os primeiros socorros dependerão se o indivíduo 
está, ou não, consciente. Apresentaremos, a seguir, 
quais devem ser os procedimentos.
Geralmente, ao presenciar estas situações, são 
tomadas condutas equivocadas e erradas, como: 
jogar água no rosto da vítima, oferecer líquido ou 
comida, utilizar produtos com odor forte, como 
vinagre, água sanitária (hipoclorito de sódio), en-
tre outros, para tentar acordar a vítima. No entan-
to, as condutas devem ser baseadas em protocolos, 
e não em conhecimento popular.
Figura 4 - Posicionamento da vítima inconsciente
Figura 3 - Posicionamento da vítima consciente 
Fonte: Flegel (2008, p. 114).
• Ajude-o a sentar em uma cadeira.
• Inicialmente, verifique o pulso e respiração.
• Você deve monitorar os sinais vitais.
• Você deve monitorar os sinais vitais.
• Afrouxe as roupas.
• Afrouxe as roupas.
• Caso verifique alteração dos sinais vitais e não 
ocorra recuperação dentro de alguns minutos, 
chame o serviço de urgência.
• Caso verifique alteração dos sinais vitais e não 
ocorra recuperação dentro de alguns minutos, 
chame o serviço de urgência.
• Oriente que coloque a cabeça entre os 
joelhos, fazendo uma pressão com as 
mãos na região cervical.
• Eleve os membros inferiores cerca de 20 cm.
• Se já estiver ao chão, eleve os 
membros inferiores cerca de 
20 cm.
• Coloque-o em posição de recupe-
ração (se não estiver lesionado), 
com a cabeça lateralizada.
Se o(a) paciente estiver inconsciente
Se o(a) paciente estiver consciente
Entre os distúrbios fisiopatológicos do sistema 
cardiovascular, que podem causar alterações 
graves na homeostase, gerando danos intensos 
e irreversíveis ao organismo, podemos destacar 
a Hipertensão Arterial (HA), a aterosclerose, a 
Doença Arterial Coronariana (DAC), angina, 
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e a parada 
cardiorrespiratória, bem como os procedimentos 
indicados no atendimento dos primeiros socorros 
às vítimas, como veremos a seguir.
Hipertensão Arterial 
Sistêmica, Crise Hipertensiva 
e Hipotensão
Caro(a) aluno(a), na Unidade 1, verificamos a 
classificação da pressão arterial e os procedi-
mentos para avaliar a PA. Nesta unidade, abor-
daremos os conceitos e as condutas nos casos de 
alteração da PA.
Intercorrências do
Sistema Cardiovascular
47UNIDADE 2
Neste contexto, podemos citar a hipertensão 
arterial (HA), que é considerada uma doença 
multifatorial em que há elevação sustentada dos 
níveis pressóricos. Geralmente, está associada a al-
terações metabólicas, funcionais e/ou estruturais 
de órgãos-alvo. A HA pode ser agravada, devido 
aos fatores de risco, como obesidade abdominal, 
dislipidemia e diabetes mellitus. Além disso, está 
associada a eventos, como acidente vascular ence-
fálico (AVE), doença renal crônica, infarto agudo 
do miocárdio (IAM), insuficiência cardíaca (IC) 
e morte súbita (MALACHIAS et al., 2016). Por 
sua vez, nas crianças, as taxas de hipertensão são 
maiores quando apresentam obesidade, distúrbios 
respiratórios do sono ou doença renal crônica 
(FLYNN et al., 2017).
Durante os primeiros socorros: 
• Mantenha o(a) paciente em repouso ab-
soluto, de maneira confortável (sentado 
ou semissentado).
• Afrouxe as roupas.
• Monitore os sinais vitais.
• Se necessário, acione o SAMU.
• A elevação dos membros inferiores, neste 
caso, está contraindicada.
Dentre os casos de elevação da PA, encontra-se 
a crise hipertensiva, a qual pode ser classificada 
como urgência hipertensiva ou emergência hi-
pertensiva. 
Estas são situações clínicas sintomáticas em 
que é observada elevação acentuada da pressão 
arterial diastólica (≥ 120 mmHg), sendo que, na 
urgência hipertensiva, há elevação da PA supe-
rior ao percentil 99. Nestes casos, pode ocorrer 
acometimento neurológico, renal, hepático, in-
suficiência miocárdica, convulsões e alterações 
visuais (MALACHIAS et al., 2016).
As condutas têm ênfase em prestar os primei-
ros socorros realizando a rápida identificação da 
crise hipertensiva e remoção da vítima, para isso, 
acione o serviço de emergência (BRASIL, 2003).
Outra alteração da pressão arterial, bastante 
comum, é a hipotensão, a qual apresenta níveis de 
pressão abaixo do normal, com PAS < 90 mmHg 
(JENSEN, 2013). Não é considerada uma doença, 
porém pode estar relacionada com diabetes mel-
litus, infarto do miocárdio, entre outros. As quedas 
da pressão podem ocorrer por diversos motivos 
quecausam a perda do controle do fluxo de sangue 
e a hipovolemia (diminuição de sangue no corpo), 
entre estes, jejum prolongado, desidratação, uso de 
diuréticos e troca repentina de posição (hipotensão 
postural ou ortostática) (VARELLA, 2018, on-line)1.
A vítima com hipotensão pode apresentar: 
tontura, visão embaçada, náuseas, vômitos sín-
cope, pulso rápido ou irregular, fadiga, confusão 
e dispneia (MION, 2016, on-line)2.
Durante os primeiros socorros: 
• Mantenha o(a) paciente em repouso, dei-
tado(a) de maneira confortável, com os 
membros inferiores elevados.
• Afrouxe as roupas.
• Monitore os sinais vitais.
• Se necessário, acione o SAMU.
Figura 5 - Elevação dos membros inferiores
48 Urgências e Emergências Cardiovasculares e Respiratórias
Aterosclerose, Doença Arterial 
Coronariana (DAC) e Angina
Os protocolos para o atendimento de eventos car-
diovasculares passam por revisões e atualizações, 
frequentemente. Portanto, você encontrará conteúdo, 
com os mais recentes consensos e diretrizes disponí-
veis, para que possa dispor de uma fonte confiável de 
consulta e estudo. Além disso, utilizamos uma pro-
posta prática e concisa dos principais assuntos que 
envolvem este tema. Iniciaremos pela aterosclerose.
A aterosclerose ocorre devido à resposta da pa-
rede arterial a diversos agentes agressores, na qual 
há deposição de lípides, inflamação e evolução da 
placa aterosclerótica (placa de gordura). A ateros-
clerose tem início quase concomitante à formação 
do próprio corpo humano. As lesões iniciais podem 
ser identificadas em fetos de mães com altos níveis 
de colesterol, e em crianças na primeira infância. 
A evolução das lesões continua até desenvolver o 
ateroma, em torno da quinta década de vida (MAR-
TINS et al., 2009). Este pode causar obstrução do 
fluxo sanguíneo e, consequentemente, doença ar-
terial coronariana.
A DAC é considerada a principal causa de óbi-
to no mundo. A cada ano, mais de sete milhões de 
indivíduos morrem em decorrência dessa doença 
(MORAES, 2015). Há comprometimento do fluxo 
sanguíneo nas artérias coronárias e, consequente-
mente, redução da chegada do oxigênio ao coração 
(PINHO et al., 2010). Por conta disto, os indivíduos 
com DAC podem experimentar episódios de angina 
(dor ou desconforto na região torácica).
Nestes casos, você deve ligar para o serviço de ur-
gência e recomendar que a pessoa utilize os próprios 
medicamentos enquanto aguarda o atendimento. 
Essa situação pode progredir para infarto agudo 
do miocárdio, acidente vascular cerebral ou morte 
súbita, por isso, é extremamente relevante monitorar 
os sinais vitais e realizar os procedimentos, confor-
me indicados nos próximos tópicos.
Infarto Agudo do Miocárdio 
(IAM)
A maioria das mortes relacionadas ao IAM ocorre 
fora dos hospitais e, geralmente, não é assistida pe-
los profissionais da saúde. Grande parte das vítimas 
morrem nas primeiras 24 horas após o evento, sen-
do 50% na primeira hora por taquiarritmia ventri-
cular (PIEGAS et al., 2015; MORAES, 2015). Logo, 
essa situação deve ser reconhecida rapidamente.
Quando há ativação inflamatória, agregação 
plaquetária, vasoconstrição e trombose da coro-
nária, a oclusão coronariana, por algum tempo, 
provocará o infarto. Essa isquemia que ocorre no 
músculo cardíaco e promove injúria ou necrose é 
denominada infarto do miocárdio (GONZALEZ 
et al., 2013).
Os sintomas são desconforto ou dor opressiva 
na região torácica anterior e/ou posterior, com sen-
sação de queimação e sufocamento, dor na mandí-
bula, na região cervical, no ombro, nos membros 
superiores (geralmente o esquerdo) e no epigástrio. 
Pode ocorrer parestesia no membro superior (ge-
ralmente esquerdo) e a vítima, geralmente, apre-
senta sudorese, dispneia e náuseas (SBC, 2013b).
O IAM pode levar a uma parada cardíaca e é 
considerado uma das principais causas de PCR. Na 
suspeita de infarto, deve-se chamar o serviço de 
emergência e monitorar os sinais vitais. Se o quadro 
evoluir para uma parada cardíaca, realizam-se os 
procedimentos de ressuscitação cardiopulmonar.
49UNIDADE 2
Parada Cardiorrespiratória 
(PCR) 
A situação de maior emergência é a parada car-
diorrespiratória (PCR) (MORAES, 2015), devido 
à parada do funcionamento do coração e dos pul-
mões, o que resultará em morte caso não sejam 
realizados os procedimentos de primeiros socorros. 
As características da vítima em PCR são: perda da 
consciência, gasping (respiração de forma anor-
mal), ausência da responsividade, perda da respi-
ração e do pulso (SBC, 2013b).
A taquicardia ventricular sem pulso e a fibrilação 
ventricular são consideradas as principais causas 
desse evento em ambiente extra-hospitalar (GON-
ZALEZ et al., 2013). As PCRs são mais frequentes 
em adultos, mas também ocorrem em crianças. A 
cada minuto, após o evento sem ressuscitação car-
diopulmonar (RCP) e desfibrilação, as chances de 
sobrevivência da vítima diminuem de 7 a 10%. Por-
tanto, é extremamente relevante a RCP, pois, quando 
realizada, as chances de sobrevida diminui 3 a 4% a 
cada minuto de PCR (MORAES, 2015).
Os protocolos descritos nas diretrizes de Res-
suscitação Cardiopulmonar são destinados tanto 
aos profissionais da saúde quanto para leigos. No 
entanto, é importante ficar atento(a), pois livros, ar-
tigos e diretrizes mais antigas trazem uma sequência 
diferente de procedimentos para RCP. A recomen-
dação é utilizar sempre os materiais mais atuais.
As novas diretrizes internacionais não adicio-
naram muitas modificações no atendimento às 
vítimas de PCR, mas enfatizam as compressões 
torácicas como a chave para o sucesso da res-
suscitação, tendo como principal objetivo mi-
nimizar atrasos na intervenção (GONZALEZ 
et al., 2013).
Na Unidade 1, abordamos a sequência de 
procedimentos para realizar o suporte básico de 
vida e a corrente da sobrevivência; agora, você 
verificará como executar estes procedimentos, 
conforme a I Diretriz de Ressuscitação Car-
diopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de 
Emergência da Sociedade Brasileira de Cardio-
logia (GONZALEZ et al., 2013) e as Diretrizes da 
American Heart Association de 2015 para RCP 
e ACE (AHA, 2015).
Após avaliar a responsividade e reconhecer a 
PCR (presença de gasping ou ausência de pulso), 
você deverá:
• Ligar para o Sistema de Atendimento 
Móvel de Urgência – SAMU 192 – e estar 
preparado(a) para responder informações 
sobre local da ocorrência, os sinais e sinto-
mas da vítima.
• Solicitar, se disponível no local, um desfi-
brilador externo automático.
50 Urgências e Emergências Cardiovasculares e Respiratórias
Para utilizar o DEA, você precisa ligar o aparelho, 
apertando o botão ON - OFF (alguns equipamen-
tos ligam, automaticamente, ao abrir a tampa). 
As pás (eletrodos) devem ser colocadas no tó-
rax da vítima; nelas há o desenho instruindo o 
posicionamento. Caso o choque seja indicado, o 
aparelho avisará “choque recomendado, afaste-se”. 
Você precisará pressionar o botão indicado para 
aplicar o choque.
A RCP deverá ser iniciada imediatamente após 
o choque e, caso o aparelho não indique o choque, 
deve realizar a RCP imediatamente. Se a vítima 
retomar a consciência, o aparelho não deverá ser 
desligado ou retirado até a chegada do serviço de 
emergência.
Quanto ao posicionamento das pás, quatro 
posições são aceitas: anterolateral, anteroposterior, 
anterior-esquerda infraescapular, anterior-direita 
infraescapular.
Figura 6 - Utilização do desfibrilador externo automático
Desfibrilador é um equipamento utilizado no tratamento da fibrilação ventricular e da taquicardia 
ventricular sem pulso. O desfibrilador externo automático (DEA) reconhece o ritmo e avisa se o 
choque elétrico é recomendado. No entanto, nesse equipamento, a decisão de deflagrar o choque 
é dependente do operador.
Em crianças e bebês, o DEA pode ser utilizado 
com pás (eletrodos) pediátricas e/ou atenuador de 
carga. Caso o kit do DEA não possua essa opção, 
podem ser utilizadas as mesmas pás do adulto, 
com o posicionamento anteroposterior.Em seguida, deve iniciar imediatamente os 
ciclos de 30 compressões torácicas e 2 ventilações.
Para realizar as compressões em adultos e 
crianças (verifique a Figura 7), deixe a vítima dei-
tada em decúbito dorsal sobre local rígido. Você 
deve estar posicionado entre a cabeça e o corpo 
da vítima (verifique as imagens), expor o tórax 
(retirando as roupas) e colocar a base de uma das 
mãos (região hipotenar) sobre ele e a base da outra 
mão sobre a primeira mão. Com os braços esten-
didos, posicione suas mãos com os dedos abertos 
entrelaçados na metade inferior do esterno (fora 
do alcance das costelas). Os ombros devem estar 
alinhados com as mãos.
Figura 7 - Compressões torácicas
51UNIDADE 2
Realize uma pressão, para deprimir o esterno 
5 cm, comprimindo o coração em direção à 
coluna vertebral (Figura 8) e descomprima, 
sem perder o contato da mão com o esterno. 
Os tempos de compressão e descompressão de-
vem ser similares. Nas crianças, a profundidade 
da compressão é de, pelo menos, um terço do 
diâmetro anteroposterior do tórax, portanto, 
também será cerca de 5 cm.
Nas lactentes, a compressão torácica deve 
ser um terço do diâmetro anteroposterior do 
tórax, o que representa cerca de 4 cm. Você pode 
utilizar as mãos na lateral do tórax e comprimir 
com os primeiros dedos, ou utilizar apenas o 
segundo e terceiro dedo para realizar as com-
pressões logo a seguir da linha mamilar (Fi-
gura 9). A relação compressão-ventilação em 
crianças e lactentes, se tiver um socorrista, é de 
30:2, mas, se houver dois ou mais socorristas, 
deve ser 15:2.
Esterno
Corpo vertebral
Pericárdio
Figura 8 - Compressão do esterno
Fonte: Resgate Federal ([2018], on-line)3.
Figura 9 - Compressões torácicas no bebê
52 Urgências e Emergências Cardiovasculares e Respiratórias
Após realizar as 30 compressões, proceda com 
a abertura das vias aéreas, utilizando a manobra 
de extensão da cabeça.
Existem diferentes formas para realizar as ven-
tilações. Podem ser aplicadas por meio de ventila-
ção boca a boca (Figura 10), com máscara/lenço 
facial com válvula antirrefluxo, máscara de bolso 
(pocket-mask) (Figura 11) ou bolsa-válvula-más-
cara (Figura 12). No entanto, é indicado que você 
utilize mecanismos de barreira para aplicar as 
ventilações, devido ao risco de contaminação na 
ventilação boca a boca (GONZALEZ et al., 2013).
O lenço facial é descartável. Esse material 
contém uma válvula unidirecional que impede 
o retorno do ar pela boca, protegendo quem está 
realizando o procedimento. Para utilizá-lo, após 
realizar a abertura da via aérea, você precisa es-
tabilizar a mandíbula vedando o lenço facial o 
máximo possível na boca da vítima, pinçando o 
nariz e assoprando na válvula.
Por outro lado, com a máscara de bolso ou 
pocket-mask, que também contém uma válvula 
unidirecional, você deve envolver a boca e nariz 
da vítima, realizar uma letra “C” com os dedos 
indicador e polegar de uma das mãos e posicionar 
na parte superior da máscara, e, com a outra mão, 
posicionar o polegar na região inferior da máscara 
e os outros dedos na mandíbula (Figura 11).
Outra maneira de realizar as ventilações é uti-
lizando a bolsa-válvula-máscara ou ventilador/
ressuscitador manual. Para realizar o procedimen-
to com uma das mãos, faça uma letra “C” com os 
dedos polegar e indicador e os posicione acima 
da máscara, realizando pressão contra a face da 
vítima. Posicione os outros três dedos na mandí-
bula para estabilizá-la e pressione a bolsa durante 
1 segundo para cada ventilação (com pressão su-
ficiente para elevar o tórax) (Figura 12).
Para realizar a ressuscitação de forma corre-
ta, garanta fluxo sanguíneo e oxigenação, alguns 
cuidados são relevantes para que as compressões 
Figura 10 - Ventilação boca a boca
Figura 11 - Ventilação com a máscara de bolso ou pocket-
-mask
Figura 12 - Ventilação com bolsa-válvula-máscara
e ventilações sejam efetivas e de alta qualidade. 
Desta forma, devem ser realizadas, no mínimo, 
100 compressões por minuto e, no máximo, 120, 
comprimindo rapidamente. A profundidade das 
compressões, não deve ser superior a 6 cm; após 
cada compressão deve-se permitir o retorno total 
do tórax, sendo que as interrupções nas compres-
sões devem ser minimizadas (AHA, 2015). 
53UNIDADE 2
No quadro a seguir, apresentamos um resumo dos componentes da RCP.
Quadro 1 - Componentes da RCP de alta qualidade
Componente Adultos e adolescentes
Crianças
(1 ano de idade 
à puberdade)
Bebês
(menos de 1 ano de idade, 
excluindo recém-nascidos)
Segurança do local Verifique se o local é seguro para os socorristas e a vítima
Reconhecimento 
da PCR
Verifique se a vítima responde. 
Ausência de respiração ou apenas gasping.
Nenhum pulso sentido em 10 seg.
Acionamento do 
serviço médico 
de emergência
Se estiver sozinho, 
deixe a vítima e acio-
ne o 192; obtenha 
DEA, antes de iniciar 
a RCP. Do contrário, 
peça que alguém 
chame o 192 e inicie 
a RCP imediata-
mente; use o DEA 
assim que ele estiver 
disponível.
Colapso presenciado: siga as etapas utilizadas em 
adultos e adolescentes
Colapso não presenciado: execute 2 minutos de 
RCP; deixe a vítima para acionar o 192 e buscar o 
DEA; retorne à criança e reinicie a RCP; use o DEA 
assim que ele estiver disponível.
Relação compres-
são-ventilação sem 
via aérea avançada
1 ou 2 socorristas = 
30:2
1 socorrista = 30:2
2 ou mais socorristas= 15:2
Relação compres-
são-ventilação com 
via aérea avançada
Compressões contínuas a uma frequência de 100 a 120/min.
Administre 1 ventilação a cada 6 segundos (10 respirações/min).
Frequência de 
compressão 100 a 120/min.
Profundidade 
de compressão No mínimo 5 cm.
Pelo menos 1/3 do 
diâmetro antero-
posterior do tórax; 
cerca de 5 cm.
Pelo menos 1/3 do diâmetro 
anteroposterior do tórax; 
cerca de 4 cm.
Posicionamento 
das mãos
2 mãos sobre a 
metade inferior do 
esterno.
2 mãos ou 1 mão.
1 socorrista: 2 dedos no cen-
tro do tórax, logo abaixo da 
linha mamilar.
2 ou mais socorristas: técnica 
dos dois polegares no centro 
do tórax, logo abaixo da linha 
mamilar.
Retorno do tórax Aguarde o retorno do tórax após cada compressão; não se apoie sobre o tórax após cada compressão.
Minimizar 
interrupções Limite as interrupções nas compressões torácicas a menos de 10 segundos.
Fonte: adaptado de AHA (2015).
Caso a vítima apresente pulso e respiração normal, é indicado colocá-la em posição de recuperação 
(se não houver suspeita de trauma).
Conforme estudamos em Anatomia Humana, o 
Sistema Respiratório é um conjunto de órgãos e 
estruturas (nariz, cavidade nasal, seios paranasais, 
faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos, 
pulmões e alvéolos) que formam um canal por 
onde passa o ar atmosférico. Durante o percurso, 
o ar é aquecido, filtrado e umidificado, chegando 
aos alvéolos pulmonares, no final dos bronquíolos, 
onde ocorre a troca do oxigênio pelo gás carbônico.
Quando nos remetemos ao corpo humano, 
sabemos que o sistema respiratório é fundamen-
tal para a manutenção da vida, pois o oxigênio 
é o principal combustível no processo químico 
para a queima de glicose adquirida dos alimentos 
ingeridos, transformando-a em energia para as 
atividades diárias do indivíduo.
Qualquer fator que limite ou obstrua esse “ca-
minho” por onde passa o ar durante a inspiração 
e expiração fará com que ocorra uma diminuição 
do oxigênio dos tecidos, podendo causar sérios 
danos, como lesões irreversíveis ou, até mesmo, 
levar a pessoa a óbito.
Intercorrências do
Sistema Respiratório
55UNIDADE 2
Obstrução das Vias Aéreas (OVA)
A obstrução de vias aéreas, que pode ser citada 
com a sigla OVA, é considerada qualquer situa-
ção que impede, totalmente, ou de forma par-
cial, o fluxo de ar até os alvéolos pulmonares. A 
obstrução leve pode provocar dispneia e tosse. 
A obstrução grave pode levar à cianose nos lá-
bios e face, alteração da consciência e inspiração 
respiratória com ruído. A observação da expres-
são de angústia com a boca aberta e mãos sobreo pescoço são sinais característicos do engasgo 
(MORAES, 2010).
A vítima de OVA pode apresentar obstrução, 
devido a causas intrínsecas, como por relaxamen-
to da língua, graças ao rebaixamento do nível de 
consciência (oclui a hipofaringe), ou extrínsecas, 
por causa da aspiração de algum corpo estranho, 
como de alimentos, deslocamento de próteses 
dentárias ou presença de fragmentos dentários 
(QUILICI; TIMERMAN, 2011).
Os traumas diretos sobre as vias aéreas também 
podem causar OVA, devido a hemorragias, edema 
ou fraturas da árvore laringotraqueobrônquica 
ou broncoaspiração de dentes. Outras causas de 
OVA podem ser decorrentes de queimaduras, as 
quais podem promover inflamação e edema de 
glote e de reações alérgicas causadas por alguns 
alimentos, produtos ou picadas de insetos, que 
desencadeiam reações alérgicas, acometendo a 
glote e causando edema (MORAES, 2010).
A manutenção ou restauração da permeabili-
dade das vias aéreas é essencial e deve ser realizada 
rapidamente para não resultar asfixia e morte. 
Enquanto a vítima ainda está consciente e 
apresenta obstrução parcial, o fluxo de ar está 
presente; se esta for capaz de emitir sons, você 
deve solicitar para a vítima realizar uma tosse 
forçada e a respiração espontânea. Caso a obstru-
ção permaneça, acione o serviço de emergência 
(SBC, 2013b). Figura 13 - Manobra de Heimlich
Os métodos para desobstrução de vias aéreas 
podem ser realizados de diversas formas, conforme 
os sinais que a vítima está apresentando. Para vítimas 
conscientes, adultas ou crianças, deve ser realizada 
(em pé) a manobra de Heimlich (Figura 13 e 14), 
exceto para gestantes e obesos, pois, nestes casos, es-
tão indicadas as compressões torácicas (Figura 15).
De acordo com SBC (2015), para realizar a 
manobra de Heimlich é necessário:
• Posicionar-se atrás da vítima. 
• Abraçá-la com suas mãos em frente ao corpo. 
• Fechar uma das mãos e colocar o lado do 
polegar da mão fechada contra o abdômen, 
na linha média, logo acima do umbigo e 
bem abaixo do osso esterno. 
• Deve envolver a mão fechada com a ou-
tra mão e pressionar contra o abdômen, 
realizando compressão rápida e forte para 
dentro e para cima (em “J”).
Nas crianças, você deve posicionar-se atrás dela, 
na mesma altura, ou ficar ajoelhado(a). Em se-
guida, execute os mesmos procedimentos da ma-
nobra de Heimlich nos adultos. As compressões 
devem ser repetidas até que o objeto seja expelido 
ou a criança pare de responder. Caso a criança 
não responda, deve-se acionar o SAMU e iniciar, 
imediatamente, o SBV (GONZALEZ et al., 2013).
56 Urgências e Emergências Cardiovasculares e Respiratórias
Na manobra de Heimlich, a compressão reali-
zada eleva o diafragma, aumentando a pressão 
na via aérea. Por conta disto, essa manobra pode 
ser eficaz para criar uma tosse artificial e auxiliar 
a vítima a expelir o corpo estranho (QUILICI; 
TIMERMAN, 2011).
Nas pessoas inconscientes devem ser realiza-
das compressões abdominais em decúbito dorsal 
(Figura 16). Realize as compressões abdominais, 
acima da cicatriz umbilical, utilizando uma mão 
sobre a outra; comprima o abdômen em direção 
anteroposterior e em direção ao tórax; verifique a 
respiração e o pulso; na ausência destes, ligue para 
o SAMU (192) e inicie o protocolo para ressusci-
tação cardiopulmonar (SBC, 2015).
Nos bebês, a desobstrução deve ser realizada, 
colocando-o em decúbito ventral (Figura 17). 
Para realizar a manobra, sente-se e posicione o 
corpo do bebê em direção ao chão (cabeça mais 
baixa do que o corpo). Você deve sustentar a ca-
beça com uma mão e apoiar o tórax sobre o seu 
antebraço. É recomendado aplicar cinco golpes 
na região entre as escápulas. Se o lactente não 
apresentar melhora, e você detectar ausência 
de pulso, inicie RCP e monitore os sinais vitais 
(GONZALEZ et al., 2013).
Figura 16 - Compressões abdominais (paciente inconsciente/
não responsivo)
Fonte: adapatada de HEIMLICH (2017, on-line)5.
Figura 15 - Compressões torácicas para gestantes e obesos
Fonte: adaptada de SBC (2013b).
Figura 14 - Manobra de Heimlich em criança
Fonte: adaptada de MEDLINEPLUS (2017, on-line)4.
Figura 17 - Manobra de desobstrução para lactentes
57UNIDADE 2
Síndrome de Hiperventilação
A hiperventilação é caracterizada pelo aumento da quantidade 
de ar inalada e exalada por minuto, que excede a quantidade 
necessária para o metabolismo celular normal (PAPP et 
al., 1997). A síndrome de hiperventilação causa alterações 
complexas com interação entre distúrbios orgânicos, respi-
ratórios, psiquiátricos e fisiológicos (GARDNER, 1996). Os 
transtornos de ansiedade, como o de pânico, estão associados 
à hiperventilação leve e a outros padrões respiratórios anor-
mais. A hiperventilação pode, portanto, ser considerada uma 
causa, um correlato e uma consequência dos ataques de pânico 
(SARDINHA et al., 2009). No entanto, a respiração rápida e 
profunda pode ser sinal de estresse, dor intensa, hemorragias, 
problemas cardíacos ou pulmonares, infecções, entre 
outros (BEST DOCTORS, [2018], on-line)6.
Os sinais e sintomas característicos de 
hiperventilação são: confusão, sudorese, 
tontura, fraqueza, dormência ou sensação 
de formigamento nos braços ou boca, es-
pasmos musculares nas mãos e pés, dor no 
peito e palpitação (CFAC, 2013, on-line)7.
Nestes casos, você deve recomendar 
que a vítima respire em um saco ou 
sacola de papel limpo (evite usar 
sacos de plástico) para reutilizar 
o dióxido de carbono (Figura 
18). A boca e o nariz devem estar 
cobertos completamente com o 
saco; o indivíduo precisa apertá-lo 
ligeiramente; você deve orientá-lo para 
que inicie inspiração e expiração, fazendo 6-12 
respirações lentas. Solicite que permaneça calmo 
e respirando naturalmente. Em seguida, retire 
o saco de papel e peça para a vítima respirar 
lentamente. Instrua para que realize algumas 
técnicas de respiração, como expirar com os 
lábios fortemente pressionados e inspirar 
com o nariz aberto e a boca fechada, para 
controlar a falta de ar e diminuir o ritmo 
respiratório (BFA, 2016, on-line)8. Figura 18 - Respiração com sacola de papel
Crise Asmática
A asma é uma doença crônica, que promove es-
treitamento das vias aéreas e inflamação. Esta está 
associada à hiperresponsividade das vias aéreas 
inferiores em decorrência do resultado de estimu-
lação química, emocional, infecciosa, imunológica 
ou da associação desses fatores (HUPP; ELLIS; 
TUCKER, 2015).
Os sinais e sintomas são: respiração rápida 
e curta – aumento da frequência respiratória –, 
tosse, dificuldade para respirar e falar, cianose, 
desconforto torácico e sibilos (chiados no tórax). 
Os sintomas são mais intensos, ocorrem à noite 
e nas primeiras horas da manhã. Podem ocorrer 
em resposta à exposição a alérgenos, à prática de 
exercícios físicos, à poluição ambiental e mudan-
ças climáticas. Entre os aspectos ambientais, estão, 
também, a exposição aos ácaros e fungos e infec-
ções virais (agentes causadores de pneumonia e 
resfriado). Adicionalmente, os fatores genéticos 
contribuem quando há histórico familiar de asma 
ou rinite (BRASIL, 2017).
Nos casos de crise asmática, é recomendado 
acalmar a vítima, colocá-la em posição confor-
tável, sentada ou semissentada, chamar o resgate 
ou encaminhar para o hospital (QUILICI; TI-
MERMAN, 2011). Caso a vítima utilize e tenha 
disponível um broncodilatador aerossol, auxilie a 
fazer a autoadministração do medicamento.
59UNIDADE 2
A aspiração de líquidos (não corporais) por sub-
mersão ou imersão caracteriza o afogamento. Essa 
situação ocorre quando a via aérea da vítima está 
abaixo do nível da superfície líquida. Caso não 
sejam tomadas as condutas de primeiros socorros, 
o afogamento pode levar à morte.
Segundo crença popular, a vítima acena com a 
mão e chama por ajuda. No entanto, é observado, 
nestas situações, que ela encontra-se frequente-
mente em posição vertical, com os membros su-
periores estendidos lateralmente, batendo-os na 
água. As pessoas próximas da vítima podem nãoperceber que ela está com problemas. Devido à 
respiração ser instintivamente prioridade, a vítima 
de submersão, na maioria das vezes, é incapaz de 
gritar por socorro (SZPILMAN, 2005).
É importante ressaltar que você deve tomar 
cuidado para prestar os primeiros socorros sem 
se tornar uma segunda vítima.
Afogamentos
60 Urgências e Emergências Cardiovasculares e Respiratórias
Recomenda-se que a remoção da vítima seja rea-
lizada conforme o seu nível de consciência, sendo 
que a posição vertical deve ser adotada, com intuito 
de evitar vômitos e outras complicações das vias 
aéreas. Para o transporte de vítimas inconscientes, a 
posição deve ser mais próxima possível da horizon-
tal, tomando cuidado para manter a cabeça acima 
do nível do corpo. Lembre-se de manter sempre as 
Figura 19 - Posicionamento da vítima
Para prevenir afogamentos, não deixe crianças 
sozinhas dentro ou próximas da água. Diversos 
casos ocorrem com indivíduos que acreditam 
que sabem nadar. Portanto, não superestime a 
habilidade das crianças ou dos adultos.
vias aéreas abertas e, ao chegar em ambiente seco, 
a vítima deve ser posicionada paralela ao espelho 
d’água, em decúbito dorsal (Figura 19) (WATSON et 
al., 2001; SZPILMAN; IDRIS; CRUZ-FILHO, 2002).
Vítimas de submersão precisam receber, rapi-
damente, SBV (Figura 20) no local do acidente, e é 
necessário verificar a possibilidade de trauma. Lem-
bre-se de que as lesões neurológicas permanentes 
ocorrem após 5 minutos de asfixia, por isso, a rapi-
dez no atendimento será extremamente relevante 
para o sucesso dos procedimentos. Portanto, retirar 
a vítima da água é prioridade. Se a vítima apresen-
tar apneia, a ventilação deve ser iniciada ainda na 
água. Caso não seja detectado pulso, as compressões 
torácicas devem ser iniciadas, imediatamente, após 
a retirada da água. As manobras de ressuscitação 
reduzirão a hipóxia e minimizarão seus efeitos de-
letérios (CAMPOS JÚNIOR; BURNS, 2014).
61UNIDADE 2
Caro(a) aluno(a), nesta unidade, verificamos 
diversos aspectos relacionados às urgências e 
emergências cardiovasculares e respiratórias, as 
quais podem ser simples ou, até mesmo, ocasionar 
problemas graves e levar a óbito. A lipotimia, a 
síncope e a obstrução das vias aéreas são bastante 
comuns e parece que estão mais próximas entre 
os eventos que podem ocorrer no nosso dia a dia. 
A parada cardiorrespiratória também apresenta 
grande incidência e é um problema mundial de 
saúde pública. Apesar de avanços relacionados 
à prevenção e ao tratamento, diversas vidas são 
perdidas, anualmente, no Brasil, devido, em parte, 
à falta dos primeiros socorros.
Desta forma, é importante que este material 
consultivo seja relembrado ao longo da disci-
plina, pois outras situações podem acabar evo-
A limpeza das vias aéreas e a retirada de água dos pulmões são contraindicadas por não apresentarem 
eficácia e atrasar os procedimentos de SBV. Além disso, essas manobras podem provocar aspiração 
do conteúdo gástrico. Mesmo após a vítima retornar a respirar e apresentar pulso, é necessário que 
seja submetida à avaliação médica. Para evitar afogamentos de crianças, é necessária a supervisão 
permanente dos professores.
Figura 20 - Elos da corrente de sobrevida
Fonte: adaptada de Campos Júnior e Burns (2014).
luindo para uma parada cardíaca ou respiratória. 
No que diz respeito à sua aplicabilidade, servirá 
para situações diversas, tanto nos atendimentos 
clínicos quanto para sua responsabilidade social 
enquanto cidadão. Lembre-se que há diferença 
nos protocolos das diretrizes e livros mais an-
tigos, por isso é importante que você procure 
sempre por materiais atualizados e elaborados 
por especialistas.
Caro(a) aluno(a), o intuito desta unidade foi 
quebrar os obstáculos para o atendimento das ví-
timas, trazendo, de forma simples, mas detalhada, 
os procedimentos de primeiros socorros nestas 
situações, desde o reconhecimento das situações 
até o uso de desfibrilador externo automático, que 
pode e deve ser manuseado, inclusive, por pessoas 
que não são da área da saúde.
62
Você pode utilizar seu diário de bordo para a resolução.
1. A obstrução das vias aéreas (OVA) é uma emergência absoluta que, se não for 
reconhecida e resolvida, pode levar a óbito em minutos. Quando um bebê é 
vítima de OVA, deve ser realizado o procedimento de:
a) Manobra de Heimlich, em posição ortostática.
b) Manobra de Heimlich, em decúbito dorsal.
c) Compressões torácicas, em posição ortostática.
d) Manobra de desobstrução, em decúbito ventral.
e) Manobra de desobstrução, em decúbito lateral.
2. A síncope é caracterizada pela perda transitória da consciência, como resul-
tado da baixa perfusão cerebral, geralmente, por queda temporária súbita da 
pressão arterial associada à incapacidade de manter-se na posição de pé, com 
recuperação espontânea e completa. Sobre essa situação, verifique as asserções 
seguintes e assinale a alternativa correta. 
a) São sintomas de síncope: bradicardia, palidez, sudorese e hipotensão.
b) É indicado colocar a vítima em decúbito dorsal com MMII elevados, e nunca 
virar a cabeça de lado.
c) É indicado colocar a vítima em decúbito dorsal com MMII elevados e virar a 
cabeça de lado (para evitar que aspire secreções).
d) É indicado oferecer álcool ou amoníaco para a vítima aspirar.
e) É indicado colocar a vítima, imediatamente, na posição sentada.
63
3. Segundo as Diretrizes de Ressuscitação Cardiopulmonar da American Heart As-
sociation (2015), para realização das compressões torácicas em adultos, na PCR, 
é recomendado posicionar-se ao lado da vítima – que deve ter o tórax desnudo –, 
colocar a região hipotenar da mão sobre o esterno da vítima e a outra mão sobre 
a primeira, entrelaçando-as, estendendo os braços e se posicionando cerca de 90° 
acima da vítima, comprimindo, com profundidade de, no mínimo, 5 cm, e permi-
tindo o retorno completo do tórax após cada compressão, sem retirar o contato 
das mãos com ele. 
SOBE
DESCE
OMBROS
SOBRE AS
MÃOS
BRAÇOS
ESTICADOS
USAR A BASE
DAS MÃOS
Em relação à frequência das compressões, estão indicadas: 
a) No mínimo, 100 compressões/minuto e, no máximo, 120.
b) No mínimo, 50 compressões/minuto.
c) 5 compressões/minuto.
d) No mínimo, 80 compressões/minuto.
e) No mínimo, 200 compressões/minuto e, no máximo, 320.
4. As vítimas de parada cardiorrespiratória (PCR) podem apresentar o gasp agônico, 
que é uma atividade semelhante à:
a) Hipotermia, pois todos os sinais e sintomas são iguais.
b) Hiperglicemia, pois todos os sinais e sintomas são iguais.
c) Anemia, podendo confundir os possíveis socorristas.
d) Hipertensão arterial sistêmica, pois os sinais são iguais.
e) Convulsão, podendo confundir os possíveis socorristas.
64
5. As manobras de ressuscitação para bebês podem ser necessárias, sendo essen-
cial o conhecimento e a habilidade para todos os profissionais que trabalham 
com esses indivíduos, visto que podem apresentar parada cardiorrespiratória. 
Analise as asserções sobre a ressuscitação cardiopulmonar em bebês e assinale 
a que é indicada realizar.
a) Compressão torácica, com profundidade de 4 cm.
b) Compressão torácica, com profundidade mínima de 15 cm.
c) Uma compressão para cada 20 ventilações.
d) Uma compressão para cada 50 ventilações.
e) 50 compressões para cada 2 ventilações.
65
Treinamento de Emergências Cardiovasculares: básico (TECA B)
Autor: Sociedade Brasileira de Cardiologia
Editora: Manole
Sinopse: esse livro foi desenvolvido com base na I Diretriz Brasileira de Parada 
Cardiorrespiratória e Emergência Cardiovascular da Sociedade Brasileira de 
Cardiologia – 2012 e na diretriz mais recente do International Liaison Committee 
on Resuscitation (ILCOR). O livro foi escrito por especialistas em emergência 
cardiovascular, seguindo critérios modernos de didática e treinamento, fazendo 
que ambos sejam ferramentas úteis e indispensáveis nos atendimentos hospi-
talares e pré-hospitalares.
Comentário: você poderá obter mais informações sobre suportebásico de vida, 
conceitos e procedimentos nos casos de infarto agudo do miocárdio, parada 
cardiorrespiratória, acidente vascular encefálico e obstrução das vias aéreas. 
Além disso, esse material traz diversas ilustrações de primeiros socorros.
LIVRO
Essa publicação resume os principais pontos de discussão e alterações feitas 
na atualização das Diretrizes de 2015 da American Heart Association para res-
suscitação cardiopulmonar.
Para acessar, use seu leitor de QR Code.
WEB
https://apigame.unicesumar.edu.br/getlinkidapp/3/194
66
AHA. American Heart Association. Destaque das Diretrizes da American Heart Association de 2015 para 
RCP e ACE. Dallas: AHA, 2015. Disponível em: <https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2015/10/
2015-AHA-Guidelines-Highlights-Portuguese.pdf>. Acesso em: 17 jan. 2019.
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69
1. D.
2. C.
3. A.
4. E.
5. A.
70
PLANO DE ESTUDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Reconhecer e atuar diante da vítima acometida por uma 
emergência diabética.
• Conhecer os sinais e sintomas de convulsões e epilepsia 
e as condutas de primeiros socorros.
• Compreender a atuação diante de Ataque Isquêmico 
Transitório (AIT).
• Compreender a atuação diante do Acidente Vascular En-
cefálico (AVE).
• Identificar os indícios de Traumatismo Cranioencefálico 
(TCE) e Traumatismo Raquimedular (TRM).
Hiperglicemia e hipoglicemia
Convulsão e epilepsia Acidente vascular encefálico (AVE)
Traumatismo cranioencefálico 
(TCE) e traumatismo 
raquimedular (TRM)
Ataque isquêmico 
transitório (AIT)
Dra. Sabrina Weiss Sties
Me. Xana Raquel Ortolan
Urgências e Emergências 
Metabólicas e Neurológicas
Hiperglicemia e 
Hipoglicemia
Caro(a) aluno(a), você, como profissional de saú-
de, deve estar preparado(a) para atuar em todas 
as situações de emergência. Para que sua conduta 
resulte na melhora dos sintomas, no restabeleci-
mento dos sinais vitais e na prevenção de lesões 
secundárias, você precisa saber reconhecer as di-
ferentes situações que necessitam de atendimento 
em primeiros socorros. Nesta unidade, vamos nos 
dedicar aos estudos das principais urgências e 
emergências metabólicas e neurológicas.
Neste sentido, tenha em mente que sua primei-
ra abordagem de primeiros socorros em urgências 
e emergências metabólicas e neurológicas deverá 
ser determinada pelos sinais e sintomas que serão 
descritos nesta unidade. 
73UNIDADE 3
Diabetes mellitus (DM) não é uma única 
doença, mas um grupo heterogêneo de distúrbios 
metabólicos que apresenta em comum a hipergli-
cemia (excesso de glicose na corrente sanguínea), 
resultante de alterações na secreção e/ou ação 
da insulina, que envolve destruição das células 
beta pancreáticas, comprometimento da secre-
ção da insulina, resistência à ação da insulina, 
entre outros (SBD, 2016; LYRA; CAVALCANTI; 
SANTOS, 2014). 
A classificação atual do DM baseia-se na etio-
logia, e não no tipo de tratamento, portanto, a 
DM tipo 1A está relacionada a fatores genéticos 
e ambientais e, na DM tipo 1B, a etiologia não 
está elucidada.O DM tipo 2 pode estar presente 
em indivíduos de qualquer idade, e o diagnóstico 
ocorre após os 40 anos. A maioria dos casos (90 a 
95%) de diabetes é ocasionada por DM2, a qual 
se caracteriza por defeitos na ação e secreção da 
insulina e na regulação da produção hepática 
de glicose. Outros aspectos também são corre-
lacionados a esse tipo de DM, como: sobrepeso, 
obesidade, sedentarismo e dietas ricas em gor-
duras (SBD, 2016).
No Quadro 1, podem ser identificados os valo-
res de glicose plasmática (em mg/dl) para diagnós-
tico de diabetes mellitus.
Os sintomas clássicos da hiperglicemia são: poli-
dipsia (sede excessiva), poliúria (aumento da quan-
tidade de excreção de urina), polifagia (fome em ex-
cesso) e perda considerável de peso. Outros sintomas 
que levantam a suspeita clínica são: fadiga, fraqueza, 
letargia e prurido cutâneo e vulvar. Entretanto, de-
ve-se destacar que o diabetes é assintomático em 
proporção significativa dos casos (BRASIL, 2006).
Em casos diagnosticados, além da prática regu-
lar de exercício físico e da alimentação adequada, o 
portador faz uso de medicamentos para o controle 
da glicemia e, em indivíduos com problemas gra-
ves de diabetes, pode ser necessária a administra-
ção de insulina, por meio de injeções ou de uma 
bomba, que fornece esse hormônio em doses re-
duzidas por um pequeno tubo inserido sob a pele. 
Sabe-se que o exercício físico pode influenciar 
na quantidade do hormônio que o corpo necessita, 
é por isso que atletas diabéticos devem ser constan-
temente monitorados, especialmente aqueles que 
apresentam problemas para controlar o diabetes. 
Quadro 1 - Valores de glicose plasmática (em mg/dl) para diagnóstico de diabetes mellitus
Categoria Jejum* 2 h após 75 g de glicose Casual**
Glicemia normal < 100 < 140
Tolerância à glicose 
diminuída ≥ 100 a 126 ≥ 140 a < 200
Diabetes Mellitus ≥ 126 ≥ 200 ≥ 200 (com sintomas clássicos)***
*O jejum é definido como a falta de ingestão calórica por, no mínimo, 8 h.
**Glicemia plasmática casual é aquela realizada a qualquer hora do dia, sem se observar o intervalo desde a última refeição.
***Os sintomas clássicos do DM incluem poliúria, polidipsia e perda não explicada de peso.
Nota: o diagnóstico do DM deve sempre ser confirmado pela repetição do teste em outro dia, a menos que haja hipergli-
cemia inequívoca com descompensação metabólica aguda ou sintomas óbvios de DM.
Fonte: adaptado de SBD (2016).
74 Urgências e Emergências Metabólicas e Neurológicas
Neste contexto, é importante que você conheça os 
procedimentos para medição do nível de glicose 
capilar. Existem diversos modelos de equipamen-
tos para medição da glicose sanguínea, portanto, 
podem diferir quanto a alguns procedimentos, 
assim, é importante que você consulte o manual 
de cada equipamento. A seguir, descrevemos uma 
técnica para medição da glicose:
1. Quando possível, a vítima deve lavar e secar 
corretamente as mãos (você, assim como 
nos demais procedimentos, deve usar luvas).
2. Você deve ligar o glicosímetro. 
3. Introduzir a ponta da lanceta descartável 
no dedo do indivíduo. 
4. Com a fita teste, você absorverá a gota de 
sangue. 
5. A fita teste deve ser colocada no glicosí-
metro. 
6. Você deve aguardar alguns segundos até 
que o valor de glicemia apareça no moni-
tor do glicosímetro.
7. Ofereça um curativo ou algodão para o 
paciente cobrir o local perfurado.
8. O material deve ser descartado de forma 
correta, conforme as normas de biosse-
gurança.
Apesar dos tratamentos já bem estabelecidos para 
o controle da hiperglicemia, não é incomum nos 
depararmos com indivíduos que apresentam o 
nível de glicose acima do recomendado. Embora 
saibamos que uma das maneiras de diminuir a 
glicemia sanguínea é por meio da prática de exer-
cícios, a Sociedade Brasileira do Diabetes (2017) 
recomenda a suspensão do exercício físico em 
caso de glicemia acima de 250 mg/dL, na presença 
de cetose, ou em caso de glicemia acima de 300 
mg/dL, mesmo na ausência de cetose.
Assim, se você verificar que o atleta apresenta 
um quadro de hiperglicemia: 
1. Afaste-o de todas as atividades e moni-
tore os níveis de glicose do sangue (caso 
ele tenha um monitor). 
2. Acione a equipe de resgate se os sinais 
indicarem evolução para um quadro 
grave (confusão mental, hálito cetôni-
co, náuseas, sede excessiva e respiração 
ofegante). 
3. Monitore os sinais vitais e realize a RCP, 
se houver necessidade. 
Desta maneira, também é importante estar atento 
aos sinais e sintomas de hipoglicemia. O paciente 
apresenta palidez, sudorese fria, confusão mental, 
delírio, nervosismo, ansiedade, taquicardia, ton-
tura, sonolência, visão turva, sensação de formi-
gamento nos lábios e na língua, fraqueza e déficit 
de coordenação motora (SBD, 2016).
Quanto aos procedimentos para atendimento 
de pacientes com hipoglicemia conscientes:
1. Ofereça alimentos ou líquidos compostos 
por frutose, sacarose e oligossacarídeos 
(balas, sucos) (AHA, 2015). 
2. Monitore os sinais vitais.
Por outro lado, os procedimentos para pacientes 
hipoglicêmicos que estão inconscientes são:
1. Não administre nada por via oral. 
2. Solicite o serviço de emergência.
3. Monitore os sinais vitais e, se necessário, 
inicie protocolo de RCP. 
A partir disso, lembre-se sempre de que, para pre-
venir a hipoglicemia, a hiperglicemia e as compli-
cações do DM, é importante manter os níveis de 
glicose dentro dos valores estabelecidos.
75UNIDADE 3
Convulsão 
e Epilepsia
Antes de iniciarmos este capítulo, você precisa 
entender que convulsão e epilepsia não são sinô-
nimos; a epilepsia é uma doença específica que 
predispõe o indivíduo a convulsões, mesmo na 
ausência de problemas, como traumas na cabeça 
ou tumores cerebrais. Então, o que é convulsão?
A convulsão é um episódio de atividade elé-
trica anormal no cérebro, que pode ocasionar 
mudanças repentinas no estado de alerta, com-
portamento e controle muscular de um indivíduo 
(FLEGEL, 2010). Pode ser classificada em dois 
tipos: parcial (focal), na qual apenas uma parte do 
hemisfério cerebral é afetada, ou generalizada, na 
qual os dois hemisférios cerebrais são atingidos.
De acordo com o comprometimento dos he-
misférios cerebrais, o episódio pode se resumir 
a apenas uma crise de ausência (pequeno mal), 
período de segundos a poucos minutos, em que 
a vítima permanece com os olhos abertos e apre-
senta movimentos de automatismo, como estalar 
os lábios ou deglutir, esfregar as mãos e alisar ou 
pegar objetos sem propósito definido, piscar os 
olhos. Entretanto, as crises mais conhecidas são 
as chamadas convulsões tônico-clônicas (grande 
77UNIDADE 3
Figura 1 - Posição de recuperação
mal), quando o paciente perde a consciência e apre-
senta movimentos involuntários. Na fase tônica, a 
musculatura dos membros superiores e inferiores 
e tronco ficam contraídos e estendidos, e a face fica 
com a cor cianótica. Na fase clônica, há contrações 
simultâneas e rítmicas, repetitivas e incontrolá-
veis, a saliva pode ser abundante e ficar espumosa 
(BARBÉRIO; SANTOS; MACHADO, 2013).
Esses episódios, frequentemente, são desenca-
deadas por luzes piscantes, certos tipos de ruídos, 
leitura prolongada, privação de sono e fadiga. Em 
casos mais graves, podem ser desencadeadas por 
febre alta, hipoglicemia, traumatismos cranianos 
acidentais, entre outras. 
Primeiramente, diante de uma convulsão, você 
deve se manter calmo(a). Embora as convulsões 
pareçam ser preocupantes pela dramaticidade 
da situação, a maioria das crises cessam antes do 
atendimento hospitalar, não necessitando qual-
quer tratamento com anticonvulsivantes no ser-
viço de emergência. 
Moraes (2010) expõe que, na presença dessas 
situações, é preciso:
1. Proteger a vítima, removendo objetos que 
possam causar ferimento. 
2. Afrouxar as roupas que estejam no pes-
coço.
3. Colocar o paciente em posição de recu-
peração, conforme Figura 1.
4. Lateralizar a cabeça da vítima para evitar 
a aspiração de saliva e vômito.
5. Nãose oponha aos movimentos da ví-
tima.
6. Não introduzir nenhum objeto na boca 
ou colocar algum objeto entre os dentes 
ou tentar segurar a língua da vítima; ao 
contrário do que se pensa, a vítima não 
enrola a língua.
7. Fique ao lado da vítima durante a crise 
convulsiva, verificando a respiração. Re-
gistre a duração da crise.
É sempre importante conhecer o paciente (adul-
to/criança). Se você tem certeza de que a pessoa 
sofre de epilepsia e que o ataque não durou mais 
do que 3 minutos, é desnecessário chamar ajuda 
externa, mas é fundamental orientá-la sobre a 
importância do acompanhamento médico. Caso 
o ataque se prolongue, seja repetitivo ou caso 
a pessoa não recupere a consciência, solicite o 
serviço de atendimento móvel de urgência. 
O ataque isquêmico transitório (AIT) representa 
um fenômeno isquêmico cerebral focal (interrup-
ção do fluxo sanguíneo para determinada área do 
cérebro) de baixa duração (de 2 a 15 minutos) e 
intensidade o que não ocasiona dano tissular irre-
versível, e o déficit neurológico súbito é passageiro. 
Os sintomas mais comuns do AIT são muito 
parecidos com o de um acidente vascular ence-
fálico (AVE), mas costumam desaparecer em 24 
horas. São eles:
• Alterações da fala, fala enrolada, dificuldade 
para completar as palavras ou frases.
• Alteração da força em um membro (braço ou 
perna).
• Alteração da sensibilidade em um lado do 
corpo.
• Desvio da boca para um dos lados.
• Alteração súbita e intensa do equilíbrio.
• Alterações visuais (visão embaçada, tremida, 
visão dupla).
• Sonolência de início súbito, com parada da fala.
• Convulsões e sonolência excessiva vindo jun-
tas e de forma súbita.
• Dor de cabeça de início súbito e muito, muito 
forte.
Ataque Isquêmico
Transitório (AIT)
79UNIDADE 3
Na presença de um atleta que esteja apresentando 
um AIT, interrompa todas as atividades físicas e 
o coloque-o em uma posição confortável. Man-
tenha as vias aéreas livres e avalie os sinais vitais 
(frequência cardíaca, frequência respiratória e 
pressão arterial). A pressão arterial pode estar 
levemente aumentada durante o episódio. A fre-
quência cardíaca pode estar normal ou elevada. 
Na ocorrência do AIT, os sinais e sintomas clínicos 
(como dormência ou fraqueza das extremidades, 
descritas como formigamento) desaparecem em 
poucos minutos ou horas. Cessada a crise, obri-
gatoriamente, referencie-o para avaliação médica 
na companhia de outro indivíduo.
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) ou Aci-
dente Vascular Cerebral (AVC) é uma doença 
incapacitante que pode levar ao óbito, sendo ne-
cessário intervenção imediata e rápido reconheci-
mento de seu acometimento. O AVE compreende 
uma alteração súbita da função neurológica, aco-
metendo um número cada vez maior de pessoas 
(ROGER et al., 2012). 
O AVE, por muito tempo, foi considerado uma 
condição relacionada com o envelhecimento, em 
que apenas pessoas com idade avançada apre-
sentariam essa doença. Entretanto, sabe-se que 
diversos casos têm ocorrido com pessoas com 
idade inferior a 40 anos, tornando-se uma grande 
preocupação para a população em geral.
Acidente Vascular
Encefálico (AVE)
81UNIDADE 3
O AVE caracteriza-se em dois tipos:
Figura 2 - características do AVE isquêmico e do AVE hemorrágico 
Como já citado anteriormente, os sinais e os sin-
tomas do AVE são muito parecidos com o do AIT: 
cefaleia, alteração da consciência, fraqueza em um 
dos lados do corpo, assimetria facial, vertigens, 
alteração da fala, perda da visão, náuseas e vômitos 
(SBC, 2013).
Para uma avaliação pré-hospitalar, você pode 
utilizar a Escala Pré-Hospitalar de Cincinnati, que 
consiste em avaliar face, braços e fala. Se o paciente 
apresentar um deles alterado, tem 72% de proba-
bilidade de ser AVC; se houver as três alterações, 
a chance de ser AVC é de 85%.
Quadro 2 - Escala Pré-Hospitalar de Cincinnati
Sinais e sintomas Como testar Normal Alterado
Queda facial
Pedir para o paciente 
mostrar os dentes e 
sorrir.
Ambos os lados da 
face movem-se nor-
malmente.
Um dos lados da face não 
se move tão bem quanto o 
outro lado (desvio de rima).
Debilidade dos 
braços
Pedir para o paciente 
fechar os olhos e man-
ter os braços estendi-
dos na frente do corpo.
Ambos os braços 
mantêm-se esticados 
ou com movimentos 
iguais.
Um braço não se move ou 
cai mais comparado ao ou-
tro (paresia).
Fala normal
Pede-se para o pacien-
te dizer “o rato roeu a 
roupa do rei de Roma”.
Usa as palavras cor-
retas com pronúncias 
claras.
Usa palavras inelegíveis, in-
corretas ou não consegue 
falar.
Fonte: adaptado de Moraes (2010).
Ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro, 
impedindo o �uxo de sangue normal e 
permitindo que ele extravase para áreas 
do cérebro. Pode ser adjacente ao cérebro 
(hemorragia subaracnoidea) ou dentro da 
massa encefálica. 
Quando o �uxo sanguíneo é bloqueado 
por um acúmulo de gordura (ateroma) 
dentro da artéria cerebral, ou por coágu-
lo que obstrui o vaso sanguíneo (embolia 
cerebral).
Acidente Vascular
Encefálico Isquêmico
Acidente Vascular
Encefálico Hemorrágico
Hemorragia
Ruptura do 
VasoTrombo
Anoxia
82 Urgências e Emergências Metabólicas e Neurológicas
Uma dica interessante para lembrar e avaliar os sinais e sintomas do AVE é lembrar da palavra SAMU: 
peça para a vítima Sorrir, Abraçar e Cantar uma Música. Se o indivíduo apresentar alguma dificuldade 
para realizar algumas dessas atividades, ligue imediatamente para o serviço de Urgência.
No atendimento à vítima de AVE, você deve: 
1. Avaliar responsividade da vítima. 
2. Avaliar o nível de consciência e escala de 
Cincinnati, marcar o horário que iniciou 
os primeiros sinais e sintomas.
3. Solicitar, imediatamente, o serviço móvel 
de urgência.
4. Monitorar os sinais vitais até a chegada do 
atendimento especializado.
Figura 3 - Identificação do AVC 
Fonte: adaptada de Neuroliga (2016, on-line)¹.
A principal diferença entre o AIT e o AVC é que 
o déficit neurológico, no AIT, é reversível em até 
24 horas. Contudo, embora as vítimas de AIT não 
fiquem com sequelas, este distúrbio pode repre-
sentar um indicativo de um futuro AVC.
Embora o AIT e o AVE sejam condições que nem sempre podem ser prevenidas, pois dependem de 
muitos fatores, é imprescindível que a população localizada na faixa etária de risco etc. realizem pe-
riodicamente exames preventivos. 
83UNIDADE 3
O trauma é a principal causa de morte em indiví-
duos entre 1 e 44 anos. O traumatismo cranioe-
ncefálico (TCE) é o principal determinante de 
morbidade, incapacidade e mortalidade dentro 
deste grupo. O TCE grave, por exemplo, está as-
sociado a uma taxa de mortalidade de 30% a 70%, 
e a recuperação dos sobreviventes é marcada por 
sequelas neurológicas graves e por uma qualidade 
de vida muito prejudicada (OLIVEIRA; IKUTA; 
REGNER, 2008).
O (TCE) é uma lesão do crânio e/ou do parên-
quima cerebral provocada por uma força física 
externa, como um choque local ou movimentos 
repetidos decorrentes de impactos únicos ou 
múltiplos, resultando em compressão, expansão, 
aceleração, desaceleração e rotação do cérebro 
dentro do crânio, que pode ocasionar alteração 
do nível de consciência e comprometimento das 
habilidades cognitivas ou do funcionamento fí-
sico (SILVA et al., 2017).
Traumatismo 
Cranioencefálico (TCE) 
e Traumatismo 
Raquimedular (TRM)
84 Urgências e Emergências Metabólicas e Neurológicas
De acordo com Moraes (2010), existem três 
tipos de TCE:
• Traumatismo craniano fechado: quando 
não há ferimentos no crânio, ou existe 
apenas uma fratura linear. Pode apresentar 
concussão, uma breve perda de consciên-
cia, depois do traumatismo, geralmente se 
recobra a consciência antes de seis horas.
• Fratura com afundamento do crânio: o 
pericrânio está íntegro, porém um frag-
mento do osso fraturado está afundado e 
comprime e/ou lesiona o cérebro. 
• Fratura exposta do crânio: indica que os 
tecidos pericranianos foram lacerados e 
que existe uma comunicação direta entre o 
couro cabeludo lesionado e o parênquimacerebral por meio dos fragmentos ósseos 
afundados ou estilhaçados e da dura-máter 
lacerada.
Além disso, o TCE pode ser classificado como 
leve, moderado e grave (GENTILE et al., 2011). 
Normalmente, o TCE leve é assintomático, ou 
a vítima pode apresentar: cefaleias, tonturas, per-
turbações da visão e lesões cranianas evidentes 
(ex.: lacerações e hematomas).
Em casos de TCE moderado, pode ocorrer 
alteração do estado de consciência, no momento 
do traumatismo ou depois, que pode ir desde o 
estado de alerta até a ausência de resposta, pas-
sando pela desorientação no tempo e no espaço, 
cefaleia progressiva, convulsão, vômito, amnésia, 
politraumatismo e traumatismo facial grave.
No caso grave, há alterações da simetria e da rea-
tividade à luz das pupilas; hemiplegia ou hemipare-
sia; perda de líquido cefalorraquidiano ou de sangue 
pelos orifícios da cabeça, nomeadamente, nariz e 
ouvidos; ventilação rápida e superficial ou lenta 
com períodos de apneia quando existe compro-
misso do centro respiratório; hipertensão arterial, 
que surge como resposta fisiológica do organismo 
tentando manter a irrigação cerebral na presença 
de aumento da pressão intracraniana; e hipertermia 
por desregulação do centro termorregulador.
As fraturas, sobretudo, que têm origem na re-
gião posterior e no fundo (base) do crânio podem 
desencadear os seguintes sinais: pupilas desiguais 
(anisocoria); perda de líquor ou sangue pelas na-
rinas ou orelhas (rinorragia e otorragia); hema-
toma periorbitário - sinal de Panda ou olhos de 
guaxinim; e Sinal de Battle – hematoma na região 
mastoide (atrás da orelha).
Independentemente do grau da lesão, se o pa-
ciente exibir qualquer um dos sinais ou sintomas 
previamente listados, procure imediatamente o 
serviço de emergência, ou seja, em todos os casos 
de TCE, a vítima deve ser encaminhada ao hos-
pital mais próximo, ou o serviço de emergência 
deve ser acionado.
Neste sentido, Flegel (2015) orienta a seguir 
estes passos: 
1. Solicite rapidamente o serviço de emer-
gência médica.
2. Mantenha a cabeça e o pescoço imóveis 
(exceto em casos de suspeita de traumatis-
mo raquimedular) até que o atendimento 
especializado chegue.
3. Em casos de sangramento, controle qual-
quer hemorragia profusa, mas evite apli-
car pressão excessiva sobre uma ferida na 
cabeça.
4. Monitore a frequência respiratória, cardía-
ca, pulso, pressão arterial e temperatura. Se 
necessário, realize a RCP. 
85UNIDADE 3
Traumatismo Raquimedular (TRM)
mais afetadas a vértebra torácica T12 e as vérte-
bras lombares L1 e L2 (MORAES, 2010).
As sequelas estão diretamente relacionadas 
com o nível do traumatismo. O dano à medula 
espinhal varia de uma concussão transitória, 
da qual o paciente recupera-se completamente 
(contusão, laceração e compressão da substân-
cia da medula) até uma transecção completa 
com possível perda de movimentos (paraplegia 
ou tetraplegia). 
Os principais sinais e sintomas sugestivos de 
lesão raquimedular são: dormência ou perda 
de sensibilidade dos membros superiores e/ou 
inferiores, respiração diafragmática, hipotensão 
associada à bradicardia, priapismo. Podem ser 
observados também: edemas, deformidades, 
desvio de estrutura na região do pescoço (des-
vio de traqueia) e presença de dor.
Assistindo a uma partida de futebol, você, provavelmente, já presenciou um traumatismo crania-
no ocorrido por choque da cabeça com o chão, ou por colisão entre dois atletas ao cabecear uma 
bola. A decisão de voltar ao jogo após uma pancada na cabeça sempre causou discussões entre 
médicos e árbitros de futebol. Recentemente, a FIFA divulgou uma nota sobre o assunto, haja vista 
a frequência com que esses acidentes ocorrem e as divergências entre as condutas que devem ser 
tomadas nesses casos.
Caro(a) aluno(a), sugerimos que você faça uma leitura da reportagem postada no jornal Estadão, pois 
trata exatamente do posicionamento da FIFA em relação a esses acidentes. Acesse o link: <http://
esportes.estadao.com.br/noticias/futebol,traumatismo-craniano-fifa-decide-que-medico-tem-decisao-
final,1564826>.
O trauma raquimedular (TRM) é uma agressão 
à medula espinhal, que pode ocasionar sérios 
problemas neurológicos, como alterações da 
função motora, sensitiva e autônoma. As prin-
cipais causas de lesão são os acidentes automo-
bilísticos, quedas, esportes de contato físico, aci-
dente por mergulho em água rasa e ferimentos 
por arma de fogo (MARTINS; DAMASCENO; 
AWADA, 2012). 
As fraturas na região cervical são mais co-
muns entre as vértebras C5 e C6. Lesões na 
vértebra cervical C1-C2 ou C2-C3 com aco-
metimento medular, geralmente, são fatais, pois 
levam à parada respiratória imediata. As lesões 
cervicais C3-C4 e C4-C5, com acometimento 
da medula, acarretam instabilidade respiratória. 
As fraturas na região toracolombar correspon-
dem a 90% dos traumas raquimedulares, sendo 
86 Urgências e Emergências Metabólicas e Neurológicas
Quando você suspeitar de um trauma raqui-
medular, chame o serviço médico de urgência 
imediatamente. Estabilize a vítima para evitar 
qualquer movimento da cabeça, pescoço ou do 
corpo. Você precisa manter a vítima totalmente 
imóvel até que a ajuda profissional chegue. Não 
mova a vítima, a menos que ela esteja em perigo 
imediato de lesão adicional, ou se você precisar 
desobstruir uma via respiratória para que ela 
possa respirar. Se você perceber que a vítima não 
apresenta pulso e não está respirando, inicie RCP.
Jamais toque na vítima se você não tem conhe-
cimento de primeiros socorros para o atendimen-
to em TRM. Qualquer conduta inadequada pode 
piorar a situação do indivíduo. 
Nesta unidade discutimos um pouco sobre as 
principais urgências e emergências metabólicas 
e neurológicas. 
Os distúrbios endócrinos, especialmente os 
relacionados aos níveis de glicose sanguínea, 
compreendem uma gama de manifestações clí-
nicas. Nos casos de urgência e emergência, essas 
condições configuram-se como potencialmente 
fatais se não foram imediatamente reconhecidas 
e tratadas de maneira adequada. Por outro lado, 
sabe-se que esses distúrbios compreendem sin-
tomas muito inespecíficos, o que dificulta o seu 
diagnóstico e torna os primeiros socorros algo 
complexo e extremamente desafiador.
Da mesma maneira, caro(a) acadêmico(a), 
você deve ter compreendido que, em uma emer-
gência neurológica, existe a necessidade de uma 
avaliação criteriosa dos sinais e sintomas apresen-
tados pela vítima, uma vez que o sistema neuro-
lógico é extremamente complexo e desempenha 
um importante papel no controle das funções 
corporais. Assim, qualquer alteração sutil pode 
indicar um possível agravamento da condição 
da vítima. Sabe-se que o reconhecimento e uma 
avaliação focada dessas condições devem ser a 
base das intervenções. 
Portanto, é imprescindível aprofundar seus co-
nhecimentos a respeito dos aspectos essenciais 
das situações de urgências e emergências metabó-
licas e neurológicas, de maneira que você se torne 
capacitado para atuar em qualquer situação e em 
qualquer ambiente, seja no ambiente de trabalho 
ou, até mesmo, em locais públicos.
De fato, as orientações de primeiros socorros 
nessas situações não devem terminar aqui. É ne-
cessário ler e se atualizar constantemente acerca 
dessa temática. Bons estudos!
87
Você pode utilizar seu diário de bordo para a resolução.
1. Considerado uma das grandes epidemias mundiais do século XXI e problema 
de saúde pública, tanto nos países desenvolvidos como em desenvolvimento, 
acomete, aproximadamente, 382 milhões de pessoas no mundo, devido ao 
estilo de vida atual, caracterizado por inatividade física e hábitos alimentares. 
Possui como principais sinais e sintomas: fome excessiva, aumento do volume 
urinário, sede em demasia e fadiga.
Considerando as informações anteriores, indique qual é a doença/evento res-
ponsável por esses sinais e sintomas:
a) Hipoglicemia.
b) Diabetes mellitus.
c) Traumatismo raquimedular.
d) Epilepsia.
e) Doença arterial coronariana.
882. Recentemente, durante uma partida de futebol no campeonato amazonense, 
o atacante Charles Chenko bateu a cabeça com o zagueiro Victor e desmaiou. 
Em seguida, sofreu uma forte convulsão e teve que ser levado às pressas para 
para o pronto atendimento mais próximo.
Considerando o caso apresentado, avalie as alternativas seguintes sobre as 
recomendações no caso de convulsão.
I) Deitar a pessoa de lado para que não engasgue com a língua.
II) Remover todos os objetos ao redor que ofereçam risco de machucá-la.
III) Afrouxar as roupas, elevar a mandíbula para facilitar a passagem do ar e cro-
nometrar o tempo da convulsão.
IV) Tentar puxar a língua para fora.
É correto apenas o que se afirma em:
a) I e II, apenas.
b) II, III e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) III, apenas.
3. A hipoglicemia é a diminuição dos níveis glicêmicos para valores abaixo de 60 mg/
dL, que leva a manifestações de liberação do sistema simpático como sudorese, 
taquicardia, apreensão e tremor. Sobre as condutas de primeiros socorros em 
casos de indivíduos hipoglicêmicos, assinale a alternativa correta.
a) Se a vítima estiver consciente, peça para ela se exercitar. Os exercícios físicos 
tendem a aumentar a glicemia sanguínea.
b) Se a vítima estiver consciente, solicite que ela não se alimente sob nenhuma 
hipótese, pois a vítima pode desmaiar e se engasgar com a comida.
c) Se a vítima estiver inconsciente, deite-a em posição confortável até a crise pas-
sar. Não há necessidade de atendimento médico especializado, pois os sinais 
e sintomas melhoram, gradativamente.
d) Se a vítima estiver consciente, interrompa as atividades físicas e ofereça ali-
mentos ou líquidos compostos por frutose, sacarose e oligossacarídeos (balas, 
sucos). Monitore os sinais vitais.
e) Se a vítima estiver inconsciente, inicie imediatamente as manobras de RCP.
89
4. O Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, 
é uma das principais causas de morte e de sequelas no Brasil e no mundo. A 
doença cerebrovascular atinge 16 milhões de pessoas ao redor do globo a cada 
ano. Dessas, seis milhões morrem. Por isso, a Organização Mundial de Saúde 
(OMS) recomenda a adoção de medidas urgentes para a prevenção e tratamen-
to da doença. Neste sentido, julgue as afirmativas a seguir, assinalando V para 
verdadeiro e F para falso:
 )( O aparecimento súbito de déficits neurológicos nos AVC isquêmico e hemor-
rágico independe da região cerebral envolvida.
 )( Quando há ruptura espontânea de um vaso, com extravasamento de sangue 
para o interior do cérebro, é denominado AVC hemorrágico.
 )( Fraqueza ou paralisia de um lado do corpo, dificuldade para falar e confusão 
mental são alguns sinais do acidente vascular cerebral.
 )( O AVC não se configura como uma situação de emergência e, portanto, não 
há necessidade de referência.
 )( No atendimento de primeiros socorros ao AVC, é melhor esperar os sintomas 
passarem para, então, orientar a vítima a procurar um médico.
A sequência correta é:
a) V - V - V - F - V.
b) F - F - V - F - V.
c) F - F - F - F - V.
d) F - V - V - V - F.
e) F - V - V - F - F.
5. Durante a prática de uma técnica desenvolvida em sua clínica, um indivíduo, 48 
anos, sexo masculino, hipertenso, sofreu uma queda da esteira. Ao examinar a 
vítima, você percebe que ela está sonolenta e apresenta hematomas difusos na 
face, há alteração do diâmetro pupilar (anisocoria) e presença de hemorragia na-
sal. Mostra-se hidratada, acianótica, FC: 120 bpm, O2 sat - 90%. PA: 150x90 mmHg.
a) Qual é o provável diagnóstico?
b) Quais são os sinais e sintomas da patologia?
c) Quais são as condutas recomendadas frente a essa situação?
90
Primeiros Socorros 
Autor: Luiz Fernando dos Reis Falcão e Julio Cezar Mendes Brandão
Editora: Martinari
Sinopse: a forma como as pessoas reagem em uma situação de emergência 
antes da chegada do socorro médico costuma determinar como será a recupe-
ração das vítimas e, em casos extremos, pode significar a diferença entre a vida e 
a morte. A primeira pessoa a chegar ao local precisa ser capaz de reconhecer as 
emergências e lidar com elas de modo a proteger as vítimas. Esse livro permite 
o acesso à informação de Primeiros Socorros.
LIVRO
91
AHA. American Heart Association. Destaque das Diretrizes da American Heart Association de 2015 para 
RCP e ACE. Dallas: AHA, 2015. Disponível em: <https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2015/10/
2015-AHA-Guidelines-Highlights-Portuguese.pdf>. Acesso em: 17 jan. 2019.
BARBÉRIO, G. S.; SANTOS, P. S. S.; MACHADO, M. A. A. M. Epilepsia: condutas na prática odontológica. Rev. 
Odontol. Univ. Cid., São Paulo, v. 25, n. 2, p. 114, maio/ago., 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diabetes Melli-
tus. Cadernos de Atenção Básica, n. 16. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. Série A. Normas e Manuais Técnicos. 
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diabetes_mellitus.PDF>. Acesso em: 17 jan. 2019.
FLEGEL, M. J. Primeiros Socorros no Esporte. 3. ed. Barueri: Editora Manole, 2010.
______. Primeiros Socorros no Esporte. 5. ed. Barueri: Manole, 2015.
GENTILE, J. K. A. et al. Condutas no paciente com trauma cranioencefálico. Ver. Bras. Clin. Med., v. 9, n. 1, 
p. 74-82, 2011. Disponível em: <http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2011/v9n1/a1730.pdf> Acesso em: 18 
jan. 2019.
LYRA, R.; CAVALCANTI, N.; SANTOS, R. D. Diabetes Mellitus e Doenças Cardiovasculares. São Paulo: 
AC Farmacêutica, 2014.
MARTINS, H. S.; DAMASCENO, M. C. T.; AWADA, S. Pronto-Socorro: Medicina de Emergência, 3. ed. São 
Paulo: Manole, 2012.
MORAES, M. V. Atendimento Pré-Hospitalar: Treinamento da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao 
Avançado. São Paulo: IÁTRIA, 2010.
OLIVEIRA, C. O.; IKUTA, N.; REGNER, A. Biomarcadores prognósticos no traumatismo crânio-encefálico 
grave. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, São Paulo, v. 20, n. 4, out./dez. 2008. Disponível em: <http://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2008000400015&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. 
Acesso em: 17 jan. 2019.
ROGER, V. L. et al. Heart disease and stroke statistics 2012 update: a report from the American Heart As-
sociation. Dallas: AHA, 2012. Disponível em: <https://circ.ahajournals.org/content/125/1/e2.full.pdf+html>. 
Acesso em: 17 jan. 2019.
92
SBC. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Treinamento de Emergências Cardiovasculares: básico (TECA 
B). São Paulo: Manole, 2013.
SBD. Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes 2015-2016. São Paulo: A. C. Farmacêutica, 2016. Disponível 
em: <http://www.diabetes.org.br/sbdonline/images/docs/DIRETRIZES-SBD-2015-2016.pdf>. Acesso em: 17 
jan. 2019.
______. Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes 2017-2018. São Paulo: Editora Clannad, 2017. Disponível 
em: <http://www.diabetes.org.br/profissionais/images/2017/diretrizes/diretrizes-sbd-2017-2018.pdf>. Acesso 
em: 17 jan. 2019.
SILVA, J. A. et al. Traumatismo cranioencefálico no município de Fortaleza. Enfermagem em Foco, v. 8, n. 
1, p. 22-26, 2017. Disponível em: <http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/724/368>. 
Acesso em: 17 jan. 2019.
REFERÊNCIA ON-LINE
¹Em: <http://www.neuroligaunivasf.com.br/2016/10/29/dia-do-avc-2016/>. Acesso em: 17 jan. 2019.
93
1. B.
2. D.
3. D.
4. E.
5. a) A vítima sofreu um traumatismo craniano.
b) Além dos sinais e sintomas apresentados no caso, a vítima pode apresentar: hemiplegia ou hemipare-
sia; convulsões; náuseas e/ou vômitos; cefaleias e perturbações da visão; e hipertermia. Em casos mais 
graves, alteração do estado de consciência e PCR.
c) Em casos de TCE, deve-se solicitar rapidamente o serviço de emergência médica; imobilizar a cabeça e 
o pescoço (exceto em casos de suspeita de traumatismo raquimedular) até que o atendimento especia-
lizado chegue. Controlar qualquer hemorragia profusa, monitorar a frequência respiratória, cardíaca, 
pulso, pressãoarterial e temperatura e, se necessário, realizar a RCP.
94
PLANO DE ESTUDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Identificar e prestar os primeiros socorros em casos de 
hemorragia interna e externa.
• Compreender as condutas diante de queimaduras con-
forme classificação.
• Compreender o atendimento de emergências em casos 
de choque elétrico.
• Identificar sinais e sintomas de insolação e técnicas de 
atendimento às vítimas.
• Reconhecer as situações de intoxicação e envenenamento 
e os procedimentos de primeiros socorros.
• Identificar as lesões nos olhos, orelhas e dentes e os pro-
cedimentos de primeiros socorros.
Hemorragia interna e 
externa
Queimaduras e insolação Intoxicação e envenenamento
Lesões nos olhos, 
orelhas e dentes
Choque elétrico
Dra. Sabrina Weiss Sties
Me. Xana Raquel Ortolan
Acidentes e Lesões 
em Geral
Hemorragia Interna 
e Externa
Bem-vindo(a) a mais uma unidade do nosso livro. 
Nele, vamos apresentar os acidentes e lesões que, 
de maneira geral, ocorrem em nosso local de tra-
balho ou mesmo no ambiente domiciliar. 
Inicialmente, vamos nos dedicar aos estudos 
sobre os diferentes tipos de hemorragias, carac-
terísticas e intervenções próprias. É provável que 
você já tenha sofrido uma hemorragia, mas que 
não causou preocupação por ser pequena, ou por-
que o trauma não atingiu um vaso importante. 
Entretanto, algumas hemorragias podem ser sé-
rias e demandam atendimento imediato. 
Depois, estudaremos os aspectos relacionados 
às queimaduras, a classificação e os métodos acei-
tos para calcular a superfície corporal queimada. 
Embora os procedimentos de primeiros socorros 
sejam simples, as queimaduras podem atingir es-
truturas além da pele, como músculos, ossos, ner-
vos e vasos sanguíneos, o que pode desencadear 
um comprometimento das vias aéreas. 
97UNIDADE 4
No tópico seguinte, abordaremos as caracterís-
ticas do choque elétrico, que também pode provo-
car queimaduras graves, devendo ser tratado com 
os mesmos critérios. A insolação é outra situação 
de emergência que surge devido ao superaque-
cimento do organismo, decorrente da exposição 
prolongada ao calor, configurando-se como uma 
queimadura grave. 
Descreveremos os principais casos de intoxi-
cação e envenenamento. Sabe-se que reconhecer 
uma vítima nesta situação não é simples, pois os 
sinais e sintomas variam de acordo com o tipo 
de substância com a qual a vítima teve contato; 
entretanto, é importante que você reconheça os 
sinais de gravidade e que necessitam de atendi-
mento médico imediato.
Por fim, destacamos algumas lesões gerais que 
ocorrem nos olhos, nas orelhas e nos dentes. Cada 
uma com sua particularidade, nem sempre são 
uma condição de emergência, mas devem ser tra-
tadas com atenção e responsabilidade.
Todas as situações abordadas aqui são comuns, 
tanto no ambiente social, como em seu local de 
trabalho, por isso, você deve saber como agir dian-
te dessas situações. 
A hemorragia compreende a perda de volume 
sanguíneo devido ao rompimento de veias e/ou 
artérias por causas diversas, como amputações, 
fraturas, esmagamentos, cortes, úlceras, entre 
outros. As hemorragias podem ser classificadas 
como internas ou externas.
A hemorragia interna ocorre sem que a pele 
seja rompida. Pode ser provocada pela lesão de 
algum órgão interno. Normalmente, esse tipo de 
hemorragia acontece imediatamente após aci-
dentes violentos, nos quais o corpo deve suportar 
pressões muito grandes, como: colisões; soterra-
mentos; quedas; acidentes automobilísticos etc. 
Nesses casos, não é possível visualizar o sangue, e 
o socorrista deduz o quadro devido aos seguintes 
sintomas:
• Pulso com batimento anormal (fraco ou 
acelerado). 
• Pele fria. 
• Sudorese abundante. 
• Palidez intensa e mucosas descoradas.
• Tonturas. 
• Eliminação de sangue pela boca (junto 
com vômito ou saliva), nas fezes e na urina. 
• Sede. 
• Inconsciência.
Nos casos de hemorragia interna, você deve mo-
nitorar os sinais vitais e chamar, imediatamente, o 
serviço de emergência, uma vez que uma situação 
de hemorragia interna pode levar a vítima, rapida-
mente, ao estado de choque. Caso a vítima passe 
a não responder mais, iniciar RCP de imediato.
Quando se trata de estado de choque, conhecido 
como choque circulatório, ocorre a falência circu-
latória aguda que prejudica a oferta de oxigênio 
para os tecidos. Se não tratado precocemente, 
apresenta altas taxas de mortalidade.
(Adaptado de Arthur Guyton e John Hall)
Por outro lado, os casos de hemorragia externa são 
facilmente diagnosticados, pois o derramamen-
to de sangue ocorre para fora do corpo. Nessas 
situações, há possibilidade de reconhecimento 
de uma hemorragia capilar, arterial ou venosa. 
A capilar corresponde a um sangramento lento, 
com pouco volume de sangue, observada em ar-
ranhões e pequenos cortes superficiais. A arterial 
caracteriza-se pelo fluxo em forma de esguicho 
intermitente (na mesma pulsação das palpitações 
cardíacas), e a venosa apresenta fluxo contínuo e 
não muito intenso (Figura 1). 
98 Acidentes e Lesões em Geral
Diante de traumatismos que apresentam hemor-
ragia externa, Quilici e Timerman (2011) apon-
tam como agir diante dessa situação:
1. Verifique se o local do atendimento está se-
guro para você.
2. Solicite que alguém traga o material próprio 
para atendimento de primeiros socorros.
3. Coloque todos os equipamentos de proteção 
individual (EPI), incluindo óculos.
4. Se a vítima estiver consciente, peça para ela 
comprimir o local do sangramento com 
gaze ou compressa limpa enquanto você se 
paramenta.
5. Mantenha o membro afetado elevado.
6. Comprima firmemente o local do sangra-
mento por 5 a 10 minutos, até que a hemor-
ragia pare.
7. Se não parar, comprimir com mais força fazen-
do uso de uma segunda gaze colocada sobre 
a primeira, que não deve ser retirada para que 
não ocorra remoção de coágulos já presentes.
8. Verifique possíveis sinais de choque (palidez 
cutaneomucosa, sudorese, taquicardia, pulso 
fino). 
9. Se houver sinais de choque e sangramento 
persistente, acione imediatamente o serviço 
de atendimento especializado.
Artérias Veias Capilares
Ressalta-se que a grande maioria dos sangra-
mentos externos pode ser tratada com simples 
tamponamento direto sobre o local da hemor-
ragia, mas atenção: o ferimento deve estar sem-
pre limpo, diminuindo, assim, a possibilidade 
de infecções. Se não existir gaze ou compressa 
esteril no local, utilize algum tecido limpo, ou 
faça a compressão com a própria mão vestindo 
luva devidamente ajustada.
Além disso, instrumentos que estejam fin-
cados em um ferimento, não devem ser retira-
dos, devido à possibilidade de sangramento de 
um grande vaso que esteja por ele tamponado. 
Nestes casos, mantenha a vítima o mais imóvel 
possível até a chegada de atendimento espe-
cializado.
Em casos de amputação de membro, deve-se 
promover a compressão firme da área ferida. 
Não aplique torniquetes, pois a compressão que 
exercem é suficiente apenas para diminuir o re-
torno venoso e, na manutenção do fluxo arte-
rial, promovem aumento da hemorragia local. 
Os torniquetes devem ser utilizados somente 
como último recurso, quando outros métodos 
de hemostasia já tenham falhado. Assim, deve-se 
sempre ter em mente que a compressão sobre 
o local da hemorragia é o mais recomendado.
Figura 1 - Tipos de hemorragia externa
99UNIDADE 4
Sob nenhuma hipótese despreze o membro 
amputado. A melhor forma de preservá-lo é colo-
cá-lo em um saco plástico e resfriá-lo em gelo. Não 
coloque o membro amputado diretamente sobre 
gelo ou mergulhado em água ou outro líquido, 
pois isso provoca degeneração celular do órgão.
Outra situação relativamente comum no coti-
diano é o sangramento nasal (epistaxe). As causas 
mais comuns para a ocorrência desse tipo de he-
morragia são: traumatismos locais (mais frequentes 
em crianças); o uso tópico de descongestionantes, 
antialérgicos e corticosteroides. Além disso, o res-
secamento da mucosa causado pelo clima seco ou 
peloinverno rigoroso, exposição prolongada ao ar 
condicionado ou por infecções virais e bacterianas, 
também podem ocasionar o sangramento nasal.
Nesses casos:
• Mantenha a vítima sentada, imóvel, incli-
nada para frente. 
• Realize o tamponamento de ambas as na-
rinas com uma gaze/pano limpo, usando 
o polegar e indicador em forma de pinça, 
durante 15 minutos (Figura 2).
• Coloque compressa com gelo sobre o na-
riz, fazendo vasoconstricção, diminuindo 
o sangramento nasal.
Jamais peça para a vítima deitar ou manter a ca-
beça inclinada para trás (hiperextensão cervical), 
pois isso facilita que o sangue seja aspirado. O(A) 
paciente deve ser mantido(a) com a cabeça pen-
dida para a frente, facilitando a manutenção da 
permeabilidade das vias aéreas. Sangramentos 
nasais, hemorragias de ferimentos bucais podem 
levar ao comprometimento das vias aéreas. Fique 
atento a sinais de dispneia, como batimento da asa 
do nariz, tiragem intercostal e respiração ruidosa. 
Vítimas conscientes queixam-se da dificuldade 
respiratória. Sangramentos produzidos por avul-
são dentária devem ser tratados por compressão. 
O(A) paciente consciente deve ser orientado(a) a 
manter a gaze colocada sobre o local do sangra-
mento (QUILICI; TIMERMAN, 2011). 
Caso não haja êxito em 15 minutos, se houver 
sangramento arterial com ou sem comprometi-
mento respiratório ou sinais de choque, telefo-
nar, imediatamente, para o serviço médico de 
urgência.
Figura 2 - Condutas no atendimento a vítima com epistaxe
Fonte: adaptada de FCFRP - USP (2016).
100 Acidentes e Lesões em Geral
As queimaduras são lesões decorrentes de agentes 
capazes de produzir calor excessivo que danifica 
os tecidos corporais e acarreta a morte celular 
(BRASIL, 2012). 
No cenário atual, as queimaduras são conside-
radas um importante problema de saúde pública, 
visto que acarretam graves problemas psicopato-
lógicos, devido às sequelas estéticas, funcionais 
e emocionais decorrentes de limitações físicas e 
amputação de membros (ANTONIOLLI et al., 
2014). 
Ademais, o trauma por queimaduras represen-
ta a quarta causa de óbito no mundo, acometendo, 
predominantemente, jovens, na faixa etária de 1 a 
40 anos, e repercutindo com danos, muitas vezes, 
irreversíveis. No Brasil, cerca de 30% do total de 
vítimas queimadas necessitam de hospitalização, 
sendo que o restante corresponde a queimaduras 
mais leves, tratadas ambulatorialmente (QUILICI; 
TIMERMAN, 2011).
Queimaduras 
e Insolação
101UNIDADE 4
Nesse contexto, entende-se que as queimadu-
ras podem variar desde lesões pequenas até catas-
tróficas, e que as condutas de primeiros socorros 
frente a essas situações dependem de uma análise 
criteriosa em relação ao agente causador, à pro-
fundidade ou ao grau, à extensão ou severidade 
e à localização coporal da queimadura.
De acordo com Moraes (2010), as queimaduras 
podem ser classificadas quanto ao agente causador: 
• Agentes físicos: líquidos superaquecidos, va-
por (como o vapor de ozônio), fogo e o gelo.
• Agentes químicos: substâncias químicas 
industriais; produtos cosméticos, como 
peelings; produtos de uso doméstico, como 
solventes, soda cáustica, alvejantes ou qual-
quer ácido ou álcalis.
• Agentes elétricos: a energia elétrica, como as 
correntes de baixa voltagem (eletrodomés-
ticos), alta tensão e raio; radiantes: resultam 
da exposição à luz solar, como os raios ul-
travioleta ou fontes nucleares.
• Agentes biológicos: seres vivos, como tatu-
ranas, água-viva e urtiga.
Em relação à profundidade, a queimadura depende 
de dois fatores: a temperatura a qual a pele foi expos-
ta e o tempo de exposição. Nesse sentido, as lesões 
podem ser classificadas, conforme o quadro a seguir:
Quadro 1 - Classificação da queimadura quanto à profun-
didade
1º 
Grau
A lesão atinge a epiderme, apresenta 
vermelhidão e é acompanhada de dor.
2º 
Grau
A lesão atinge a epiderme e a derme, 
apresenta vermelhidão e é acompanha-
da de dor e do aparecimento de bolhas.
3º 
Grau
A lesão atinge todas as camadas da 
pele, chegando ao tecido subcutâneo.
É a forma mais grave. As lesões apre-
sentam-se esbranquiçadas, secas e 
com aspecto carbonizado, acompanha-
das de dor intensa.
Fonte: adaptado de Santos (2014, p. 114).
Nas queimaduras de primeiro grau, a cicatriza-
ção ocorre de 2 a 7 dias com a descamação da 
epiderme; nas de segundo grau, a cicatrização 
ocorre entre 10 a 14 dias, em condições normais, 
sem infecção. Por outro lado, nas de terceiro 
grau, a cicatrização ocorre pelo crescimento epi-
telial, a partir das bordas da ferida ou por meio 
do autoenxerto.
As queimaduras também podem ser classifi-
cadas quanto à extensão, o que se refere à porcen-
tagem da área da superfície corporal queimada. 
O cálculo da extensão do agravo é classificado de 
acordo com a idade. Nestes casos, normalmente, 
utiliza-se a regra dos nove, criada por Wallace e 
Pulaski, que leva em conta a extensão atingida, 
a chamada superfície corporal queimada (SCQ) 
(BRASIL, 2012).
Veja, na Figura 3, a extensão da área queima-
da. Essa regra divide o corpo humano em áreas, 
cada uma delas equivalente a 9%. Com essa regra, 
podemos ter noção da extensão e da gravidade da 
área lesada. Embora, a regra dos noves apresente 
resultado aproximado, é de grande importância 
para a continuidade do atendimento. 
Graus de Queimaduras
102 Acidentes e Lesões em Geral
Para superfícies corporais de pouca extensão ou 
que atinjam apenas partes dos segmentos corpo-
rais, utiliza-se para o cálculo da área queimada o 
tamanho da palma da mão (incluindo os dedos) 
da vítima (conforme Figura 4), o que é tido como 
o equivalente a 1% da SCQ.
Ainda, as queimaduras podem ser classificadas 
quanto à localização: 
• Áreas críticas: face, mãos e as que envol-
vam vias aéreas e genitais.
• Áreas semicríticas: todas as demais áreas 
corpóreas.
Baseando-se nessa classificação, determinar a gra-
vidade da lesão depende de fatores, como: profun-
didade; extensão; envolvimento das áreas críticas; 
idade da vítima; presença de lesão pulmonar; pre-
sença de outras lesões associadas, como fraturas 
ou outros traumas; e doenças de base existentes.
Figura 3 - Regra dos nove
Fonte: adaptada de Moraes (2010).
Figura 4 - Regra da palma da mão
Fonte: adaptada de Tobase e Tomazini (2017). 
103UNIDADE 4
Neste sentido, é fato que as condutas de primeiros 
socorros dependem de uma avaliação criterio-
sa de todos os fatores, mas, de maneira geral, em 
queimaduras, os princípios básicos no cuidado 
consistem em (SANTOS, 2014):
• Afastar a vítima do agente causador. 
• No caso de a vítima estar em chamas, 
envolvê-la em um cobertor, deixando a 
região da cabeça livre, evitando que se 
sufoque com a fumaça.
• Retirar acessórios, como anéis, pulseiras, 
relógios e outros.
• Retirar as vestimentas que não aderiram 
à área queimada.
• Resfriar a área com água em abundância. 
Não aplique gelo. Quando possível, apli-
que compressas molhadas sobre a área 
lesionada.
• Se houver bolhas (flictemas), não per-
furá-las, pois o risco de infecção pode 
aumentar.
• Não aplicar nenhum tipo de loção, cre-
me, infusão caseira, pasta de dente, pó 
de café ou produto gorduroso (graxa e 
óleo), pois isso complica e interfere no 
tratamento.
• Se estiver consciente, dar bastante água 
para beber, evitando desidratação rápida.
• No caso de queimadura química ou áci-
da, lavar a área com água em abundância 
por mais ou menos 10 minutos.
• No caso de queimadura por pó químico, 
retirar primeiro o excesso e, depois, lavar 
com água em abundância, pois o excesso 
de pó em contato com a água pode aderir 
ao tecido subcutâneo.
• Nas queimaduras por soda cáustica, tirar 
a substância com um tecido limpo e, em 
seguida, lavá-lo, pois o contato da soda 
com água provoca reação química com 
aumento de calor.
• Providenciar transferência da vítima 
para um posto médico ou hospital mais 
próximo.
Dependendo da gravidade da lesão, é importan-
te que você fique atento(a) às queimaduras que 
envolvam vias aéreas,queimaduras faciais, de 
sobrancelhas e narinas, fuligem na orofaringe, 
faringe avermelhada e com edema, pois causam 
comprometimento da respiração. Avalie também 
possíveis sinais de choque (pele fria e pegajosa, 
respiração rápida, fraca e irregular, pulso rápido e 
fraco, cianose, hipotensão arterial etc.) e alterações 
no nível de consciência. Nesses casos mais graves, 
chame imediatamente o serviço de emergência.
104 Acidentes e Lesões em Geral
Insolação
A insolação é um mal-estar causado pela ação do 
calor ou dos raios de sol que elevam a temperatura 
do indivíduo. Esse tipo de incidente pode aconte-
cer em indivíduos que se expõem excessivamente 
a ambientes muito quentes ou que sofrem exposi-
ção demorada e direta aos raios solares.
Assim, oriente seus pacientes quanto à impor-
tância da aplicação do protetor solar adequado 
para o tipo de pele, com reaplicação a cada 2 ou 
3 horas. Oriente que façam a ingestão de bastante 
líquido ao longo do dia. 
Entretanto, se você identificar a ocorrência de 
sintomas, tais como: cefaleia, sensação de muito 
calor, náuseas, irritabilidade e fadiga; e o apare-
cimento dos sinais: desidratação, pele vermelha 
ou avermelhada e quente, grande elevação da 
temperatura do corpo, pulsação rápida, respira-
ção rápida, pupilas contraídas, vômito, diarreia, 
confusão, possíveis convulsões, possível incons-
ciência e parada cardiorrespiratória; é possível 
que o indivíduo esteja sofrendo uma insolação 
(FLEGEL, 2010).
Nesse sentido, o objetivo principal dos pri-
meiros socorros diante da vítima que apresenta 
insolação é baixar a temperatura corporal, 
lenta e gradativamente. Para tanto, siga as 
condutas a seguir: 
• Remova a vítima para um local 
fresco, à sombra e ventilador. 
• Remover o máximo de peças de 
roupa do indivíduo. 
• Se possível, mergulhe o indiví-
duo em água fria (piscina ou 
banheira) ou borrife água 
fria em todo o corpo do 
acidentado delicadamente 
e aplique compressas de 
água fria na testa, pesco-
ço, axilas e virilhas. 
• Se estiver consciente, mantenha a vítima 
em repouso e recostado (cabeça elevada). 
• Ofereça bastante água fria, gelada ou qual-
quer líquido não alcoólico para ser bebido.
• Observe os sinais vitais.
• Se estiver inconsciente, eleve a cabeça da 
vítima ou coloque-a em posição lateral de 
segurança.
• Se ocorrer parada respiratória, deve-se pro-
ceder à respiração artificial, associada à 
massagem cardíaca externa, caso 
necessário.
105UNIDADE 4
106 Acidentes e Lesões em Geral
O choque elétrico compreende uma alteração de 
natureza e efeitos diversos, que se manifesta no 
organismo humano quando este é percorrido por 
uma corrente elétrica. 
De acordo com Moraes (2010), no choque 
elétrico, a corrente fisiológica do corpo soma-se 
à corrente externa desconhecida com intensida-
de muito maior, levando o corpo humano aos 
efeitos danosos da exposição a essa corrente. 
Os principais efeitos fisiológicos que a corrente 
elétrica externa produz no corpo humano são 
(MORAES, 2010): 
a) Tetanização: contração muscular in-
voluntária, causada pela circulação de 
corrente externa por meio dos nervos 
que controlam os músculos. A corren-
te supera os impulsos elétricos, que 
são enviados pelo sistema nervoso, e 
os anula, levando à tetanização, a qual 
será interrompida somente com o 
desligamento da fonte geradora.
Choque 
Elétrico
107UNIDADE 4
b) Fibrilação ventricular: sequência de 
impulsos cardíacos desordenados, ini-
ciando-se pelo músculo ventricular que 
se repete, continuamente, no mesmo 
músculo (o impulso elétrico não inicia 
no nó sinoatrial, que é o comando dos 
impulsos elétricos). 
c) Parada cardiorrespiratória: a corrente 
elétrica que passa pelo corpo da vítima 
com elevada intensidade em curto pe-
ríodo pode levar à parada cardíaca. Esta 
difere da fibrilação ventricular pela ausên-
cia total dos impulsos elétricos, ou seja, o 
coração está em assistolia. 
d) Queimadura: a circulação da corrente elé-
trica no corpo da vítima é acompanhada 
do efeito Joule, fenômeno de produção 
de calor, levando a queimaduras graves, 
geralmente, de 3º grau.
No atendimento a vítimas de choque elétrico, é 
necessário ter cautela e atenção às condições de 
segurança para não se tornar uma segunda vítima 
e evitar outros acidentes.
Imediatamente, localize a fonte que está provo-
cando o choque e desligue o aparelho da tomada 
ou a chave geral de energia. É muito comum que 
a vítima fique presa à corrente elétrica, portan-
to, não toque na vítima antes desligar a corrente. 
Caso contrário, você também poderá ser atingido 
pela descarga elétrica. 
Se não houver possibilidade de desligar a fonte 
de energia, afaste a vítima da fonte de eletricidade 
com um objeto seco não-condutor de corrente 
(como cabo de vassoura, bastão de borracha e 
tábua, objetos de madeira em geral). Atente-se 
também para os seus pés, verifique se eles não 
estão molhados e se o chão está seco, já que a água, 
diferentemente da madeira, é excelente condutora 
de corrente elétrica.
Depois de ter certeza que a corrente foi desli-
gada, inicie os primeiros socorros à vítima: 
1. Cheque o nível de consciência e seus sinais 
vitais (respiração e pulso).
2. Realize massagem cardíaca externa se a ví-
tima estiver em parada cardiorrespiratória.
3. Verifique também se há queimaduras e 
realize os procedimentos nas áreas lesio-
nadas.
4. Acione o serviço de emergência.
De fato, algumas vezes, o choque elétrico pode 
causar apenas um susto, mas dependendo da 
corrente elétrica, a vítima pode ir a óbito. Neste 
contexto, adote algumas condutas para evitar a 
ocorrência dessa situação:
• Não mexa e não permita que alguém (espe-
cialmente crianças) toque na parte interna 
das tomadas, seja com os dedos ou com 
objetos. Proteja as tomadas com protetores 
especiais ou esparadrapo.
• Quando estiver com as mãos molhadas, 
não toque em aparelhos elétricos.
• Mantenha os aparelhos elétricos em bom 
estado de conservação, realizando manu-
tenções preventivas.
• Não deixe fios elétricos à vista, tampouco 
desencapado.
• Não sobrecarregue as instalações elétricas 
com vários utensílios ao mesmo tempo, 
utilizando, por exemplo, um “T” ou um 
“benjamim”, pois os fios podem esquentar 
e provocar incêndio.
Essas simples condutas podem prevenir grandes 
acidentes.
108 Acidentes e Lesões em Geral
A intoxicação e o envenenamento são manifes-
tações, por meio de sinais e sintomas, dos efeitos 
nocivos produzidos em um organismo vivo como 
resultado da sua interação com alguma substância 
química, que pode ser encontrada no ambiente 
(água, alimentos, plantas e animais peçonhentos) 
ou isoladas (pesticidas, medicamentos, produtos 
de uso industrial e produtos de uso domiciliar) 
(JESUS et al., 2012). 
Nos países desenvolvidos, o envenenamento 
atinge cerca de 2% da população, e, nos países em 
desenvolvimento, atinge, aproximadamente, 3%. 
No Brasil, estima-se que três milhões de pessoas 
são intoxicadas por ano (RODRIGUES et al., 2009).
Intoxicação 
e Envenenamento
109UNIDADE 4
As intoxicações e os envenenamentos podem 
ocorrer por ingestão e inalação (normalmente 
de gases e por contato com a pele ou olhos). As 
principais causas de envenenamento são: contato 
com substâncias corrosivas, ingestão de alimentos 
estragados, produtos de limpeza (soda cáustica, 
creolina), plantas, remédios, bebida alcoólica em 
excesso e inalação de gases tóxicos.
Por ingestão, os principais sinais e sintomas 
do envenenamento são: lesão da pele ao redor da 
boca; náusea e vômito; diarreia, hálito com odor 
estranho; queixa de dor abdominal; queixa de dor 
ao engolir. Em situações mais graves, podem ocor-
rer convulsões e perda da consciência. 
Nos casos de intoxicação e envenenamento 
por ingestão, é importante saber qual substância 
provocou o envenenamento. Além disso:
• Não provoque o vômito, pois se a substân-
cia ingerida for corrosiva ou derivada de 
petróleo (como removedor de esmalte de 
unha, gasolina, querosene, amônia, sodacáustica e água sanitária) pode causar quei-
madura no aparelho digestivo durante o 
vômito.
• Não ofereça água, leite ou qualquer outro 
líquido à vítima. 
• Ligue para a assistência médica, tendo to-
dos os dados da ocorrência: hora da inges-
tão, idade da vítima, a maneira como ela 
se encontra no momento e, se possível, o 
nome do produto ingerido.
Se a intoxicação ou envenenamento ocorrerem 
por contato, observe a presença de manchas na 
pele, irritação nos olhos e coceira. Na ocorrência 
desses sinais e sintomas, lave o local com água 
corrente e abundante. Se os olhos foram afetados, 
lave-os com água corrente durante 15 minutos 
e cubra com gaze, sem fazer pressão. Os agentes 
nocivos, além de serem absorvidos rapidamente 
pela mucosa, podem produzir irritação intensa 
e causar a perda da visão, portanto, encaminhe a 
vítima, imediatamente, ao serviço médico.
Se a exposição à substância tóxica ocorrer por 
inalação, a vítima poderá apresentar: respiração 
rápida; tosse; pulso, normalmente, muito rápido 
ou muito lento. Nesses casos:
1. Remova a vítima para um local seguro e 
arejado.
2. Se necessário, remova suas vestimentas.
3. Acione o serviço de atendimento espe-
cializado.
4. Mantenha as vias aéreas permeáveis. 
5. Avalie sinais vitais e, se necessário, realize 
manobras de ressuscitação cardiopulmonar. 
É importante ressaltar que a presença de fumaça, 
gases ou vapores, ainda que pouco tóxicos, em 
ambientes fechados, pode ter consequências fatais, 
porque esses agentes se expandem muito rapida-
mente, toma o espaço do oxigênio, provocando 
asfixia (BRASIL, 2003).
Outro tipo de evenenamento é pelo aciden-
te com animais peçonhentos e venenosos. Esses 
acidentes têm se configurado como um grande 
problema de saúde não só pela incidência, mas 
principalmente pela gravidade e sequelas que 
podem deixar.
Inicialmente, é necessário esclarecer a dife-
rença entre animais venenosos e peçonhentos. 
Os animais venenosos produzem veneno, mas 
não apresentam aparato (ferrões, presas etc.) 
para inoculação. O envenenamento acontece 
por contato ou ingestão da substância tóxica. 
110 Acidentes e Lesões em Geral
Os peçonhentos, porém, são aqueles que apre-
sentam estruturas produtoras, armazenadoras 
de veneno e um aparato especializado para 
inoculá-lo. O envenenamento é ativo; esses ani-
mais injetam o veneno dentro do organismos de 
outro ser vivo (QUILICI; TIMERMAN, 2011). 
Entre os peçonhentos com maior incidência de 
acidentes em seres humanos, pode-se destacar 
as cobras, as aranhas, os escorpiões e as abelhas.
Os principais sintomas ocasionados por pica-
das de cobras dependem muito da espécie envol-
vida. Em geral, podem aparecer: marcas das presas 
e alterações locais evidentes, dor, calor, edema e 
eritema no local da picada, flictenas, necrose na 
área, náuseas, vômitos e muita fraqueza. Em casos 
mais graves, podem ocorrer manifestações clínicas 
decorrentes da ação neurotóxica, miotóxica e coa-
gulante do veneno, dificuldade de deglutição e in-
suficiência renal e respiratória aguda, até o choque.
Após um acidente com picadas de cobras, não 
há muito para ser feito, apenas: 
1. Tranquilize a vítima até a chegada no hos-
pital. 
2. Evite que ela caminhe ou corra, deixan-
do-o deitada. 
3. Lave o local com água e sabão e mantenha 
o membro elevado. 
Não faça uso de torniquetes nem passe substâncias 
(folhas, pó de café, couro da cobra, entre outras) no 
local da picada. O único tratamento eficaz para o 
envenenamento por serpente é o soro antiofídico, 
específico para cada tipo (gênero) de serpente. Por 
isso, se possível, leve a serpente para identificação 
(INSTITUTO BUTANTAN, [2018], on-line).
Em acidentes com aranhas e escorpiões, os 
sintomas são muito parecidos aos da picada de 
cobra, como: dor local de intensidade variável, 
queimação, agulhadas ou latejante, a dor aumenta 
de intensidade com a palpação e pode irradiar-se 
para o membro acometido. Frequentemente, há 
parestesias. O ponto de inoculação do veneno 
pode não ser visível, entretanto podem ser en-
contrados halo eritematoso e edema discretos, 
sudorese e piloereção. 
Nesses casos, proceda da mesma maneira como 
em picadas de cobras. Ao encaminhar a vítima para 
o centro de saúde mais próximo, quando possível, 
leve o inseto ou, pelo menos, uma foto para auxi-
liar no tratamento. Em casos mais graves, também 
podem ocorrer manifestações sistêmicas, por isso, 
fique atento, pois pode haver midríase, arritmias 
respiratórias e cardíacas, taquicardia, hipertensão 
arterial, podendo evoluir para falência cardiocir-
culatória. Essa situação exige atendimento médico 
especializado (CUPO; AZEVEDO-MARQUES; 
HERING, 2003) e aplicação de tratamento espe-
cífico (soro antiaracnídeo ou antiescorpiônico).
Destaca-se, também, um evento muito comum 
que é a picada de abelha. Nesses casos, a vítima 
apresenta uma reação localizada à picada, com 
sintomas de uma reação de hipersensibilidade, ou 
seja, edema, dor, prurido e hiperemia no local; o 
tamanho da lesão costuma ter entre 1,0 e 5,0 cm 
(conforme figura a seguir). Normalmente, esses 
sinais e sintomas desaparecem aos poucos sem 
nenhum tipo de tratamento específico.
Figura 5 - Marca de picada de abelha
Para saber mais sobre os fatores relacionados 
aos acidentes com animais peçonhentos, o Minis-
tério da Saúde disponibilizou, em seu site oficial, 
algumas informações para a população a respei-
to desses eventos. As informações podem ajudar 
ainda mais nas condutas de primeiros socorros. 
Disponível em: <http://portalms.saude.gov.
br/saude-de-a-z/acidentes-por-animais-
peconhentos>.
Nos casos mais brandos, retire o ferrão e utilize 
uma compressa fria com gelo para reduzir o efeito 
do veneno no local da picada, mas fique atento 
para algumas das consequências resultantes de 
picadas por insetos. Em algumas pessoas, a rea-
ção ao veneno de um inseto pode assumir caráter 
sistêmico, tais como: insuficiência respiratória; 
edema de glote; broncoespasmo; edema generali-
zado das vias; hemólise intensa, acompanhada de 
insuficiência renal e hipertensão arterial. Muito 
rapidamente, esses sintomas podem causar o óbi-
to (BRASIL, 2003). Ao perceber sintomas graves, 
chame o socorro.
Sabe-se que o perigo da picada da abelha, além 
de estar relacionada à quantidade de picadas e ao 
veneno, também está relacionado com a sensibi-
lização da vítima. Se ela já foi sensibilizada aos 
antígenos de abelha, ocorrerá um quadro alérgi-
co típico. Do contrário, a simples picada poderá 
provocar o choque anafilático, mesmo que seja 
em pequena quantidade.
112 Acidentes e Lesões em Geral
As lesões contusas representam uma compres-
são no sentido anteroposterior, a qual empurra o 
globo ocular contra as estruturas orbitárias, como 
acontece em um soco ou bolada (CBO, [2018]). 
Nestes casos, pode-se observar acúmulo de san-
gue na esclera (parte branca do olho) ou na íris. 
Além disso, há restrição dos movimentos ocula-
res, a íris ou a pupila podem apresentar formas 
irregulares. Pode ocorrer, ainda, corte na córnea, 
incapacidade para abrir os olhos, perda da visão 
periférica, deformidade palpável dos ossos ao re-
dor do olho e sensibilidade à luz. Na ocorrência 
destes sinais e sintomas, deve-se:
• Afastar o indivíduo das atividades que le-
varam a ocorrência da lesão e, se necessá-
rio, acionar a equipe de resgate.
• Colocar o indivíduo sentado em posição 
ereta ou semirreclinada (45°).
• Se a equipe de resgate demorar mais que 15 
minutos, você pode aplicar, delicadamente, 
um tampão sobre ambos os olhos (para 
limitar o movimento) (FLEGEL, 2015).
Lesões nos Olhos, 
Orelhas e Dentes
113UNIDADE 4
As perfurações oculares compreendem as lesões 
do globo ocular ou anexos, causados, geralmen-
te, por objetos pontiagudos, como facas, madeira, 
prego, vidro, entre outros. Nestes casos, há pre-
sença de dor, queimação, acúmulo de sangue na 
esclera e/ou na íris e corte na córnea. É necessário 
acionar o serviço de resgate imediatamente, e a ví-
tima deve permanecerem posição confortável. Em 
nenhuma hipótese, remova o objeto incrustado.
Os acidentes oculares abrasivos compreendem 
arranhões na córnea que podem ser causados por 
sujeira, areia ou outro corpo estranho no olho. 
Geralmente, a vítima apresenta dor, queimação 
e sensação de estar com algo dentro de olho, 
vermelhidão, lacrimejamento, visão embaçada e 
sensibilidade à luz. Nestes casos (FLEGEL, 2015):
• Tente remover qualquer pequena partícula 
que cause irritação, com exceção de vidro.
• Coloque o indivíduo sentado em uma po-
sição semirreclinada.
• Aplique, delicadamente, um tampão com 
rolo de gaze esterilizada sobre ambos os 
olhos, porque, do contrário, os movimen-
tos do olho não lesionado farão que o le-
sionado também se mova.
• Encaminhe-o a um médico.
As fraturas da órbita são causadas por um forte 
impacto que aumenta muito a pressão intraorbi-
tária, geralmente, ocorre no assoalho da órbita ou 
da parede lateral interna, onde a estrutura óssea é 
mais frágil. A vítima apresenta diplopia (visão du-
pla), edema, equimose periocular, íris ou pupila de 
forma irregular e enoftalmo (aprofundamento do 
globo ocular para dentro da órbita) (CBO, [2018]). 
Nestes casos, afaste o atleta das atividades, acio-
ne a equipe de resgate imediatamente e o coloque 
sentado em uma posição ereta ou semirreclinada.
As lesões nas orelhas podem decorrer de gol-
pe direto ou por fricção repetida da orelha em 
uma superfície. O indivíduo pode apresentar dor, 
sensação de queimação, edema na parte externa 
da orelha, vermelhidão ou deformação. Nesses 
casos, aplique gelo, delicadamente, durante 5 a 
10 minutos e encaminhe o(a) atleta a um pronto 
atendimento. Ele(ela) não poderá retornar às ati-
vidades até que seja examinado(a) e liberado(a) 
por um médico (FLEGEL, 2015).
Por último, as lesões dentárias ocorrem, fre-
quentemente, em crianças, mas podem envolver 
indivíduos sujeitos a quedas e praticantes de ati-
vidades físicas que estão em contato com outros 
jogadores e suscetíveis a receber um projétil, como 
uma bola.
Podem ocorrer fraturas, luxação ou avulsão 
dentária (eliminação); a vítima irá apresentar dor, 
frouxidão dos dentes e hemorragia bucal. Essas 
situações, geralmente, estão associadas a outras 
lesões de cabeça e pescoço, incluindo acometi-
mento dos ossos faciais, concussões, abrasões, 
hemorragia e problemas na articulação tempo-
romandibular (WALKER, 2010).
Em caso de avulsão, o reimplante imediato é 
o melhor tratamento no local do traumatismo. 
Assim, deve-se começar por manter o indivíduo 
calmo e evitar tocar na raiz do dente. Depois pas-
sar o dente em água fria corrente, no máximo, 10 
segundos, e reimplantar o dente no alvéolo. Além 
disso, pode-se instruir a vítima a morder um lenço 
para manter o dente na posição desejada. Se isso 
não for possível, armazene o dente em leite, dentro 
da cavidade bucal (na saliva) ou em um recipiente 
com soro fisiológico (CARDOSO, 2014). Enca-
minhe a vítima para atendimento odontológico, 
imediatamente.
Encerramos mais uma unidade de aprendiza-
gem. Em um primeiro momento, conhecemos os 
eventos que causam hemorragias internas e exter-
nas. Ambas, se não tratadas precocemente podem 
levar o indivíduo à parada cardiorrespiratória e a 
sequelas irreversíveis causadas pela hipóxia nos 
tecidos, especialmente se a hemorragia for arterial.
114 Acidentes e Lesões em Geral
Consequências sérias são decorrentes de quei-
maduras graves, com grandes superfícies cor-
porais lesionadas, grande profundidade e áreas 
críticas atingidas. O atendimento deve ser muito 
criterioso e sempre requer assistência médica 
especializada. Em queimaduras mais brandas, 
muitas vezes, os primeiros socorros prestados no 
local do acidente já são suficientes para controlar 
a situação e prevenir complicações. 
O mesmo ocorre em casos de vítimas que so-
freram um choque elétrico. Nosso sistema ner-
voso é pouco afetado em casos de uma corrente 
muito fraca. Quando a corrente elétrica é mais 
forte, o indivíduo pode apresentar dor, queima-
duras e até uma parada cardiorrespiratória. Neste 
contexto, o que podemos fazer é saber reconhecer 
e prestar o atendimento adequado.
A insolação, uma condição provocada pela ex-
posição prolongada a ambientes quentes e raios so-
lares, causa um distúrbio no mecanismo de controle 
da temperatura corporal, causando hipertermia, 
pele seca e avermelhada, pulsação acelerada, falta 
de ar, enjoo, vômitos, tonturas e até desmaios. Em-
bora seja totalmente preventivo, ela ainda é muito 
comum no nosso cotidiano e depende da nossa 
atuação para diminuição dos sinais e sintomas.
Por fim, ao final da unidade, conhecemos as 
principais lesões nos olhos, orelhas e dentes, as 
quais são muito comuns durante a prática espor-
tiva. Além disso, compreendemos os fatores que 
causam uma intoxicação e um envenenamento, 
considerando que os sinais e sintomas estão di-
retamente relacionados com o tipo de exposição 
e a substância tóxica envolvida.
De fato, as situações descritas nesta unidade, 
dependendo das circunstâncias, nem sempre se 
caracterizam como eventos de urgência e emer-
gência. Entretanto, se não tratadas de maneira 
adequada podem causar danos irreversíveis na 
vítima, sejam eles físicos ou psicológicos. 
115
Você pode utilizar seu diário de bordo para a resolução.
1. As queimaduras são lesões causadas por agentes capazes de produzir calor 
excessivo que danifica os tecidos corporais e acarreta a morte celular. Neste 
contexto, assinale a alternativa correta sobre as queimaduras.
a) Podem ser classificadas em primeiro, segundo e terceiro grau, de acordo com 
a extensão da área do corpo queimada.
b) As queimaduras de primeiro grau são as mais graves pela presença de dor forte, 
destruição da epiderme e da derme e pelo aparecimento de bolhas.
c) Embora sejam mais extensas que as de primeiro e segundo grau, as queima-
duras de terceiro grau não formam bolhas.
d) A aplicação de água corrente limpa sobre a queimadura deve ser a principal 
medida de primeiros socorros adotada para todas as queimaduras, pois a água 
resfria a pele e alivia a dor.
e) Para diminuir os efeitos das queimaduras de primeiro grau, pode-se aplicar 
creme dental para aliviar a dor local.
2. Hemorragia é a perda de sangue causada pelo rompimento de um vaso sanguíneo, 
veia ou artéria. Na hemorragia externa, o sangue extravasa a pele e, assim, pode 
ser visto. Nesses casos, devem ser adotado(s) o(s) os seguintes procedimento(s):
I) Lavar as mãos e utilizar luvas.
II) Comprimir o local com gaze por 5 a 10 minutos ou até cessar a hemorragia.
III) Manter o membro acometido no nível mais baixo em relação ao restante do corpo. 
IV) Realizar torniquetes.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas I está correta.
d) Apenas II, III e IV estão corretas.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
116
3. O choque elétrico é a reação do organismo à passagem da corrente elétrica, que 
pode gerar um pequeno susto ou até mesmo uma fibrilação cardíaca e morte. 
Sobre os primeiros socorros na ocorrência de um choque elétrico, julgue as 
afirmativas a seguir:
 )( Interrompa a corrente elétrica por meio de um material que não seja condutor 
antes de socorrer a vítima.
 )( Jogue água no local de contato entre a vítima e a corrente elétrica.
 )( Puxe o fio condutor da corrente elétrica rapidamente com as mãos para afas-
tá-lo da vítima.
 )( Se for seguro para você, desaperte as roupas da vítima e fique atento aos 
sinais vitais. 
 )( Em caso de parada cardiorrespiratória, inicie RCP (se for seguro para você) e 
acione o serviço de emergência.
Assinale a alternativa correta:
a) V - F - F - F - V.
b) F - F - F - V - V.
c) V - V - V - V - F.
d) V - F - V - V - F.
e) V - F - F - V - V.
4. O sangramento nasal, ou epistaxe, é uma situação frequente, principalmente em 
crianças, causado pelo modo de assoar o nariz, de coçar ou mesmo de colocar 
o dedo no nariz, choqueacidental, queda, bolada etc. Considerando o texto e 
os procedimentos de primeiros socorros, responda as questões:
a) Recomende o posicionamento correto da criança e descreva os procedimentos 
de primeiros socorros na ocorrência de sangramento nasal.
b) Descreva qual o posicionamento que é contraindicado nesse caso e porquê.
117
Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento 
Móvel de Urgência
Autor: SAMU - Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde
Editora: Ministério da Saúde
Sinopse: a configuração estrutural desse material foi desenvolvida para per-
mitir atualização dos protocolos existentes e incorporação de novas unidades 
nos diferentes agrupamentos de interesse, a qualquer momento. Cada serviço 
SAMU 192 receberá uma unidade impressa das pastas (SBV e SAV) contendo 
os protocolos já finalizados para consulta. Esses mesmos arquivos poderão ser 
baixados em PDF do site do Ministério da Saúde (www.saude.gov.br) ou acessa-
dos a partir de aplicativo para celular. Os serviços que já possuem protocolos ou 
outras tecnologias adicionais incorporadas poderão utilizar esse material como 
consulta e contribuir com sua experiência para a atualização da presente edição 
e para o crescimento e desenvolvimento dos demais serviços e do atendimento 
pré-hospitalar do país. Temos muitas áreas de atuação e em expansão no SAMU 
192: veículos de intervenção rápida, motolância, aeromédico, veículos fluviais 
e marítimos, incidentes de múltiplas vítimas, grandes eventos, acidentes QBRN 
(químicos, biológicos, radiológicos e nucleares) e outros. Vivemos uma transi-
ção demográfica e epidemiológica e é preciso manter atenção às novas áreas 
e suas demandas. Há muitos de nós com experiência nesses diferentes temas. 
Precisamos compartilhar nossas experiências e ideias.
LIVRO
118
ANTONIOLLI, L. et al. Conhecimento da população sobre os primeiros socorros frente à ocorrência de quei-
maduras. Revista Brasileira de Queimaduras, v. 13, n. 4, p. 251-259, 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Cartilha 
para tratamento de emergência das queimaduras. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012.
______. Ministério da Saúde. Vice Presidência de Serviços de Referência e Ambiente. Núcleo de Biossegurança. 
NUBio. Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2003.
CARDOSO, F. F. R. Traumatismo dentário em dentição permanente jovem. 2014. 99 f. Dissertação de Mes-
trado. Medicina Veterinária. Universidade Fernando Pessoa Faculdade Ciências da Saúde Porto, 2014. Disponível 
em: <https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/4758/1/PPG_RaquelCardoso.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2019.
CBO. Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Manual de prevenção para acidentes oculares. [2018]. Dispo-
nível em: <http://www.cbo.com.br/novo/medico/pdf/livreto_manual_de_prevencao_acidentes_oculares.pdf>. 
Acesso em: 21 jan. 2019.
CUPO, P.; AZEVEDO-MARQUES, M. M.; HERING, S. E. Acidentes por animais peçonhentos: escorpiões e 
aranhas. Medicina, Ribeirão Preto, v. 36, p. 490-497, abr./dez. 2003. Disponível em: <http://www.saudedireta.
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FCFRP. Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto. Primeiros Socorros de Emergência: Brigada 
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FLEGEL. M. J. Primeiros Socorros no Esporte. 3. ed. Barueri: Editora Manole, 2010.
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WALKER, B. Lesões no esporte: uma abordagem anatômica. Barueri: Manole, 2010.
120
1. D.
2. A.
3. E.
4. a) No caso de sangramento nasal, deve-se manter a vítima sentada, imóvel, inclinada para frente. Além 
disso, deve-se realizar o tamponamento de ambas as narinas com uma gaze ou um pano limpo usando o 
polegar e indicador em forma de pinça, durante 15 minutos. Se possível, pode-se colocar compressa com 
gelo sobre o nariz, fazendo vasoconstricção, diminuindo o sangramento nasal.
b) A vítima jamais deve deitar ou manter a cabeça inclinada para trás, pois isso facilita que o sangue seja 
aspirado. 
121
122
PLANO DE ESTUDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Conceituar o que são as lesões musculoesqueléticas.
• Descrever as lesões na coluna e os procedimentos iniciais 
do atendimento.
• Identificar as lesões no tórax e abdômen e apresentar os 
primeiros socorros.
• Descrever as lesões musculoesqueléticas em membros 
superiores e os procedimentos de primeiros socorros.
• Identificar as lesões musculoesqueléticas em membros 
inferiores e as condutas de primeiros socorros.
Lesões musculoesqueléticas 
em atividades físicas
Lesões na coluna
Lesões musculoesqueléticas 
em membros superiores
Lesões musculoesqueléticas 
em membros inferiores
Lesões no tórax 
e abdômen
Dra. Sabrina Weiss Sties
Me. Xana Raquel Ortolan
Lesões 
Musculoesqueléticas
Lesões Musculoesqueléticas 
em Atividades Físicas
Bem-vindo(a) à última unidade da nossa discipli-
na. Aqui, abordaremos as lesões musculoesquelé-
ticas em atividades físicas e os procedimentos nas 
principais situações.
As lesões estão, principalmente, relacionadas 
ao excesso de esforço (acima do limite do corpo) 
e tempo de repouso inadequado. Os indivíduos 
que realizam exercícios sem preparação correta, 
específica e/ou sem orientação de um profissional 
são os que podem apresentar maior incidência 
de lesões. Estes casos estão associados à dor, ao 
desconforto no membro ou local acometido, à dis-
função de movimento e incapacidade de realizar 
os exercícios. Podem ocorrer em todos os prati-
cantes de atividades físicas, atletas profissionais 
ou amadores, e em qualquer faixa etária.
Neste contexto, os primeiros socorros nas le-
sões são imprescindíveis para que o indivíduo 
retorne às suas atividades cotidianas, o mais breve 
possível e para que não perca a força muscular e a 
capacidade física em decorrência do tempo pro-
longado de afastamento. Desta forma, os atendi-
mentos iniciais podem minimizar as consequên-
cias das lesões, mas o tempo de reabilitação até o 
retorno de sua rotina deve sempre ser respeitado.
125UNIDADE 5
Os tipos de lesões que serão descritas nesta 
unidade envolvem as contusões, estiramentos 
musculares, entorses, fraturas, entre outras. Essas 
lesões acometem músculos, tendões, ligamentos, 
ossos e articulações. Os tópicos estão divididos 
em acometimentos que envolvem a coluna, tórax 
e abdômen. Além destes, serão descritos os casos 
que comprometem o quadril,os membros supe-
riores e inferiores.
As modalidades esportivas têm suas próprias 
características quanto à duração, gestos esportivos 
e exigências físicas. Os praticantes dessas ativida-
des podem apresentar modificações negativas, 
como as lesões. Elas são caracterizadas por um 
dano devido a traumatismo físico que acome-
te os tecidos do corpo (DARIO; BARQUILHA; 
MARQUES, 2010).
Podemos destacar como as principais lesões 
esportivas:
• Distensão: rompimento de fibras muscu-
lares, devido a um movimento além da 
capacidade elástica do músculo.
• Contusão trauma direto aos tecidos moles, 
sem ruptura da pele, com infiltração de 
sangue nos tecidos circundantes, levando 
à equimose (sangramento no tecido sub-
cutâneo).
• Tendinite: inflamação ou degeneração dos 
tendões em decorrência do uso excessivo.
• Entorse: a principal característica é a lesão 
dos ligamentos, sem deslocamento das su-
perfícies articulares.
• Luxação: caracterizada pela separação das 
extremidades ósseas da articulação (AR-
BEX; MASSOLA, 2007).
• Fratura: definida pela perda da continui-
dade de um osso e pode gerar fragmentos 
ósseos.
Na distensão, podemos classificar as lesões con-
forme o grau de ruptura (Figura 1). A distensão de 
primeiro grau causa lesão de algumas fibras muscu-
lares, a vítima apresenta sensibilidade e dor durante 
movimentos ativos. Na distensão de segundo grau, 
é detectado rompimento de várias fibras muscula-
res, a contração ativa do músculo é extremamente 
dolorosa, pode ser observada depressão ou volume 
de dilatação no local da lesão, edema e diminuição 
da amplitude de movimento. A distensão de ter-
ceiro grau causa ruptura completa, perda total de 
movimento e a dor é intensa (PRENTICE, 2011).
Distenção de grau I
Músculo ou tendão
levemente estirado
Distenção de grau II
Músculo ou tendão estirado
e parcialmente rompido
Distenção de grau III
Músculo ou tendão
totalmente estirado
Distenção de grau I
Músculo ou tendão
levemente estirado
Distenção de grau II
Músculo ou tendão estirado
e parcialmente rompido
Distenção de grau III
Músculo ou tendão
totalmente estirado
Distenção de grau I
Músculo ou tendão
levemente estirado
Distenção de grau II
Músculo ou tendão estirado
e parcialmente rompido
Distenção de grau III
Músculo ou tendão
totalmente estirado
Distenção de grau I
Músculo ou tendão
levemente estirado
Distenção de grau II
Músculo ou tendão estirado
e parcialmente rompido
Distenção de grau III
Músculo ou tendão
totalmente estirado
Figura 1 - Classificação das distensões
Fonte: Flegel (2015, p. 38).
126 Lesões Musculoesqueléticas
Dentre as lesões em atividades físicas, causadas 
por movimentos repetitivos, a tendinite (Figura 
2) é uma das mais comuns. Essa situação ocorre, 
devido à irritação e inflamação do tendão, du-
rante a atividade muscular (contração muscular). 
A tendinite causa dor durante a movimentação, 
edema, elevação de temperatura local e crepitação 
(estalido). É observada aderência, principalmente, 
devido à presença de substâncias químicas da in-
flamação no tendão irritado (PRENTICE, 2011).
As contusões causam comprometimento dos 
tecidos e dos capilares, provocando dor e edema. 
As contusões profundas podem atingir músculos 
e ossos, promovendo perda de função. A equimose 
é observada por uma coloração púrpuro-azulada 
da pele (Figura 3) e persiste por vários dias. Ge-
ralmente, a dor diminui em alguns dias, e a colo-
ração incomum desaparece em algumas semanas 
(FLEGEL, 2015).
Figura 3 - Exemplo de contusão
Figura 2 - Tendinite no bíceps braquial
127UNIDADE 5
Uma das lesões mais comuns dos ligamentos 
é a entorse (Figura 4), na qual o trauma brusco, 
geralmente, promove o estiramento dos ligamen-
tos da articulação ou dos ligamentos próximos 
da articulação. O estiramento dos músculos e 
tendões podem estar associados a essa lesão. A 
vítima pode apresentar dor intensa, edema e he-
matoma no local. Ressalta-se que é difícil diferen-
ciar a entorse de uma fratura, diante disto, você 
deve evitar a movimentação da região lesionada 
(MORAES, 2010).
Quando as articulações são atingidas ou tor-
cidas, os ossos saem da posição normal, cau-
sando a luxação (Figura 5). Esse deslocamento 
entre os ossos permanece até que eles sejam 
reposicionados por um médico. A luxação tam-
bém causa lesão nos tecidos moles adjacentes 
da articulação. 
De maneira geral, para todos os casos, é indi-
cado repouso, aplicar bolsa de gelo ou compressa 
fria, pois isso reduz o edema e a dor. A imobili-
zação também auxiliará na diminuição da dor e 
pode ajudar a prevenir futura lesão dos músculos, 
nervos, vasos sanguíneos e da pele.
As fraturas nem sempre são causadas por trau-
ma violento, um simples escorregão ou tropeço 
pode ser suficiente. Grande parte das fraturas 
afeta os membros superiores (clavícula, punho, 
antebraço e cotovelo). O sintoma mais típico é a 
dor iminente causada pelo trauma, a qual piora 
com o movimento ou compressão da região le-
sionada (SBOP, 2018, on-line)2. A vítima também 
pode apresentar hematoma, edema, crepitação, 
deformidade no local e disfunção.
As fraturas podem ser classificadas em: fe-
chada, quando não há comprometimento da 
pele; aberta ou exposta, na qual a pele sofre 
rompimento; patológica, quando há problemas 
prévios, como doenças; e por estresse, na qual 
os ossos são submetidos a impactos repetitivos, 
causando a lesão.
Segundo Moraes (2010), os procedimentos nos 
casos de fraturas são:
• Tranquilizar o indivíduo.
• Verificar os sinais vitais e perfusão peri-
férica.
• Realizar imobilização acima e abaixo do 
local da fratura (duas articulações).
• Realizar o enfaixamento, iniciando sempre 
de distal para o proximal.
• Se houver hemorragias, deve estancar.
• Você não deve comprimir os ossos expos-
tos, ou tentar recolocá-los no lugar.
• É necessário encaminhar a vítima para 
atendimento hospitalar.
Figura 4 - Entorse de tornozelo
Fonte: IOT Blumenau (2018, on-line)1.
DESLOCAMENTO PATELAR 
Tendão do
quadríceps
Patela
Tíbia
Ligamento 
colateral medial
Ligamento 
colateral lateral
Ligamento 
patelar
Posição normal 
da patela
Patela 
deslocada
Figura 5 - Luxação da patela
Ligamento Talo�bular
Anterior
(Lesionado)
Ligamento
Fibulocalcâneo
 (Lesionado)
Ligamento
Tíbio�bular
Anterior
Fíbula
Tíbia
Complexo Ligamentar
Medial
128 Lesões Musculoesqueléticas
Os traumas diretos na coluna e os movimentos 
repetitivos, em decorrência de flexão, extensão, 
cisalhamento, torção, compressão ou alongamen-
to forçado, podem causar diversas lesões. Entre 
estas, as distensões, contusões e entorses são as 
mais comuns; já as fraturas e discopatias, que são 
mais severas, ocorrem com menor frequência 
(FLEGEL, 2015).
As lesões na região do pescoço podem ser 
graves, particularmente nos casos de fraturas 
das vértebras. No entanto, as lesões mais comuns 
neste local são menos graves, como as distensões 
musculares, que comprometem os músculos ou 
tendões. Os indivíduos podem apresentar: cefa-
leia (dor na cabeça), cervicalgia (dor pescoço), 
dor no ombro, estalo no pescoço e diminuição de 
força e mobilidade. O procedimento indicado é 
orientar o indivíduo para evitar a movimentação 
e procurar atendimento médico, nos casos graves, 
deve chamar o atendimento móvel de emergência 
(WALKER, 2010).
Lesões 
na Coluna
129UNIDADE 5
Entre os acometimentos da coluna, podemos 
citar também a hérnia de disco, que é conside-
rada uma protrusão (deslocamento) do núcleo 
discal para além dos seus limites normais. Pode 
comprimir as raízes nervosas, causando sinto-
mas sensitivo-motores, devido à associação de 
alterações degenerativas e fatores biomecânicos.
Essas lesões podem causar dor e dificuldade 
de movimentação, parestesia, fraqueza, disfunção 
motora e sensorial. Nestes casos, deve-se inter-
romper a atividade que está causando estresse 
à coluna, recomendar repouso e encaminhar 
para o atendimento de profissionais especialistas 
(WALKER, 2010).
Os distúrbios da região lombarsão os mais 
comuns entre as alterações que afetam a coluna. 
Dependendo do tipo da modalidade, a preva-
lência de dor lombar pode chegar a 86% (LIMA 
et al., 2014).
Além das lesões citadas anteriormente, um 
indivíduo pode apresentar espondilólise e/ou 
espondilolistese (Figura 6). 
Na espondilólise, há uma fratura com descon-
tinuidade óssea do segmento intervertebral, na 
região da lâmina (entre os processos articulares 
superiores e inferiores). A progressão desta si-
tuação pode ocasionar espondilolistese, que é 
caracterizada pelo deslizamento de uma vértebra 
sobre outra subjacente, na qual há subluxação. 
Ocorre, principalmente, na coluna lombar, entre 
os níveis L5-S1, sobretudo, em crianças e adoles-
centes (JASSI et al., 2010).
Nestes casos, podem ser observadas com-
plicações neurológicas importantes e dores na 
região lombar, que pioram durante a corrida ou 
quedas e melhoram com o repouso e a flexão 
do tronco. Desta forma, é importante evitar as 
atividades que causam impacto na coluna e de-
sencadeiam a dor e desconforto.
Fratura interarticular Espondilólise Espondilotitese
Disco normal Hérnia de disco Estenose espinhal
Fratura interarticular Espondilólise Espondilotitese
Disco normal Hérnia de disco Estenose espinhalFratura interarticular Espondilólise Espondilotitese
Disco normal Hérnia de disco Estenose espinhal
Fratura interarticular Espondilólise Espondilotitese
Disco normal Hérnia de disco Estenose espinhal
Figura 6 - Espondilólise e espondilolistese
130 Lesões Musculoesqueléticas
131UNIDADE 5
Lesões no Tórax 
e Abdômen
Os traumatismos torácicos podem ser graves e 
levar a vítima a óbito, portanto, faz-se necessário 
que sejam realizadas as condutas no atendimento 
pré-hospitalar. Os traumas podem ser fechados ou 
abertos e podem ocorrer em esportes de contato, e 
as principais causas são a colisão entre jogadores, 
golpes e quedas. A vítima pode apresentar dor e 
sensibilidade sobre o local, dificuldade para respi-
rar, movimento irregular do tórax e edema. Caso 
haja suspeita de fratura nas costelas, a vítima deve 
receber atendimento médico. Pode-se utilizar gelo 
sobre o local para aliviar a dor e realizar enfaixa-
mento compressivo (WALKER, 2010).
Quanto às lesões abdominais, podem compro-
meter o peritônio e os órgãos internos, causando 
sangramentos, também podem levar à morte, de-
vido às hemorragias e ao choque hipovolêmico. 
Nestes casos, é importante verificar a presença de 
hematomas, se há distensão abdominal, se a víti-
ma apresenta pulso, sudorese fria, palidez, cianose 
de extremidades e hipotensão (MORAES, 2010). 
É preciso monitorar os sinais vitais e, se necessá-
rio, acionar o serviço médico e iniciar o SBV. Se a 
vítima apresentar sinais vitais normais e sintomas 
leves, encaminhe para atendimento hospitalar.
132 Lesões Musculoesqueléticas
As luxações podem acometer diversas articula-
ções e, conforme citado anteriormente, são carac-
terizadas pela separação das extremidades ósseas 
que formam uma articulação. Na luxação de om-
bro, há incapacidade de manter a cabeça umeral 
no centro da glenoide (Figura 7) (CARTUCHO, 
2015). Entre os diferentes tipos de instabilidade 
dessa articulação, a anterior de causa traumática 
é o tipo mais comum.
A luxação do ombro, muitas vezes, resulta 
em lesão dos nervos, vasos sanguíneos e múscu-
los do manguito rotador. Entre os mecanismos 
mais comuns, podemos citar as quedas com 
as mãos espalmadas, os golpes contra a parte 
anterior do braço com o membro estendido e 
rotação externa. Essas lesões causam dor inten-
sa, principalmente quando a musculatura de 
suporte apresenta espasmo (DUTTON, 2010). 
Lesões Musculoesqueléticas
em Membros Superiores
133UNIDADE 5
Pode haver impossibilidade de realizar o mo-
vimento na articulação e ser observada defor-
midade acentuada no local da lesão.
De acordo com Moraes (2010), os seguintes 
procedimentos são indicados:
• Deixar a vítima tranquila.
• Verificar os sinais vitais e a perfusão pe-
riférica.
• Imobilizar a articulação acima e abaixo da 
fratura (duas articulações).
• Iniciar o enfaixamento sempre de distal 
para proximal, sem comprimir ossos ex-
postos ou tentar recolocá-los no lugar.
• Aquecer a vítima com manta ou outros 
tecidos disponíveis.
• Se houver fraturas externas, estancar as 
hemorragias.
• Encaminhar a vítima para o hospital.
As luxações e fraturas nos ombros, clavícula e es-
cápula devem ser imobilizadas com tipoia (Figura 
8) ou bandagem triangular (Figura 9).
Anatomia 
normal
Deslocamento
anterior
Deslocamento
posterior
Figura 7 - Luxação no ombro
Figura 8 - Tipoia tipo ombreira
Figura 9 - Bandagem triangular 
Fonte: Escoteiros do Brasil ([2018], on-line)3.
134 Lesões Musculoesqueléticas
Síndrome do Impacto
Qualquer alteração que acomete a estrutura e fun-
ção do ombro torna esta articulação alvo de diver-
sas afecções; entre estas, a síndrome do impacto 
(SI) é considerada uma das mais comuns. Essa 
lesão promove uma síndrome dolorosa do om-
bro, geralmente, associada a microtraumatismos, 
degeneração, diminuição de força muscular e ten-
dinite do manguito rotador (METZKER, 2010).
A SI é de caráter crônico, e o sintoma de dor é 
desencadeado pela compressão do manguito ro-
tador no arco coracoacromial. Há bursite crônica 
e lesão parcial ou completa do tendão supraespi-
nhal (SBOT, 2011).
As recomendações para indivíduos que apre-
sentam SI são: repouso para alívio dos sintomas, 
modificação das atividades físicas e procurar aten-
dimento médico especializado.
Epicondilite Lateral
A epicondilite lateral, também denominada 
“cotovelo do tenista”, é uma lesão degenerativa 
que ocorre nos tendões extensores na região do 
epicôndilo lateral (Figura 10). Na epicondilite, 
é observada tendinose, resposta fibroblástica e 
vascular, as quais caracterizam a degeneração. 
Além da associação com a prática do tênis, pode 
ocorrer em outras situações. Essa lesão inicia com 
microlesões na origem do músculo extensor do 
antebraço, sendo que o comprometimento do ten-
dão extensor radial curto do carpo é mais comum 
(COHEN; MOTTA FILHO, 2012).
Apesar de ser chamada de epicondilite, essa de-
nominação não reflete a realidade fisiopatológica 
dessa lesão, pois não foram encontradas evidências 
de processo inflamatório. As atividades que podem 
causar a epicondilite lateral são as que exigem im-
pulso e intensas extensões do cotovelo ou supina-
ção do antebraço. Como sintomas, podemos citar 
dor insidiosa ou repentina e/ou sensibilidade no 
epicôndilo lateral, que se irradia para os músculos 
extensores, e fica mais acentuada durante os movi-
mentos do cotovelo (SBR, 2011, on-line)4.
Os indivíduos devem receber orientações para 
fazer repouso, evitar os movimentos repetitivos, 
tanto nas práticas esportivas como nas atividades 
laborais e podem fazer uso de bolsas e compressas 
de gelo.
Epicondilite Medial
Entre as lesões na região do cotovelo, a epicon-
dilite medial ou “cotovelo de golfista” é uma das 
mais comuns. A epicondilite medial acomete os 
tendões flexores do antebraço (Figura 11).
Os golfistas podem ser vítimas dessa lesão, 
porém diversas atividades que exigem o uso 
excessivo dos músculos e tendões do antebraço 
podem causar esse tipo de epicondilite, como os 
movimentos de arremesso.
Os sintomas da lesão são associados à degene-
ração do tendão, devido aos microtraumas repeti-
tivos, apoptose celular e morte celular. Também é 
caracterizada pela proliferação de fibroblastos, pre-
sença de colágeno desorganizado e vascularização 
pouco funcional (TOSTI; JENNINGS; SEWARDS, 
2013; GOSENS et al., 2011). A dor e sensibilidade 
na região interna do cotovelo podem aparecer de 
forma súbita ou gradualmente. O indivíduo pode 
apresentar fraqueza nas mãos e pulsos, rigidez ar-
ticular e parestesia até a região dos dedos.
As recomendações para os casos de epicondi-
lite medial são as mesmas que para a lesão medial, 
ou seja, evitar as atividades que causam estresse 
repetitivo ao cotoveloe utilizar compressas de 
gelo (WALKER, 2010).
135UNIDADE 5
Figura 10 - Epicondilite lateral
Figura 11 - Epicondilite medial
136 Lesões Musculoesqueléticas
Lesões Musculoesqueléticas
em Membros Inferiores
Síndrome do Trato Iliotibial
As lesões devido à sobrecarga na articulação do 
quadril costumam ocorrer em praticantes de 
esporte. Dentre essas lesões, pode-se destacar a 
Síndrome do trato iliotibial (STI).
A característica mais frequente é a fricção da 
banda iliotibial na sua inserção distal, que desenca-
deia um quadro de dor na região lateral do joelho 
(Figura 12) relacionada ao atrito desta banda no 
côndilo lateral do fêmur. Esse tipo de lesão é pre-
valente em ciclistas, corredores de longa distância 
e jogadores de futebol (FALOTICO et al., 2013).
Os indivíduos relatam dor a 2 ou 3 cm aci-
ma da linha articular, os sintomas se manifestam 
durante a corrida, pioram progressivamente e 
limitam a distância ou a velocidade. As subidas 
ou descidas também provocam dor, no entanto, 
depois de alguns minutos em repouso, desaparece, 
espontaneamente. Se o atleta insistir em realizar 
as atividades de corrida, a dor pode agravar o 
processo inflamatório e desencadear irradiação 
para região acima ou abaixo do joelho, edema e 
crepitação (SBRATE, 2018, on-line)5.
137UNIDADE 5
Nestes casos, são indicados 
repouso relativo ou até os sin-
tomas diminuírem, controle da 
dor utilizando gelo, exercícios de 
alongamento e correção dos mo-
vimentos. Caso os sintomas não 
desapareçam, deve-se procurar 
atendimento especializado.
Pubalgia
A pubalgia acomete a região 
da sínfise púbica e os múscu-
los adjacentes (Figura 13). É 
caracterizada por uma lesão 
traumática ou crônica, devido 
ao desequilíbrio muscular, es-
tresse repetitivo ou lesão não 
tratada dos ossos ou da mus-
culatura dessa área. As vítimas 
apresentam inflamação local e 
dor na inserção dos adutores ou 
abdome inferior, que aumenta 
durante as corridas, ao realizar 
chutes ou mudanças rápidas de 
direção (WALKER, 2010). Pra-
ticantes de outras modalidades 
que envolvem chutes, corridas 
ou rápidos movimentos laterais 
estão mais propensos a esse tipo 
acometimento.
A pubalgia pode estar associa-
da a outras alterações, como her-
niação, entesopatias, lesões mus-
culares (abdominal ou adutor) e 
doenças da articulação do quadril. 
Pode causar diminuição da ampli-
tude de movimento, força mus-
cular e agilidade (JUNQUEIRA; 
CASTRO; MARTINELLI, 2017).
Banda Iliotibial
Patela
Área de
distribuição
da dor
Figura 12 - Síndrome do trato iliotibial
Fonte: Helen e Monique (2016, on-line)6.
Figura 13 - Pubalgia, local da dor
Fonte: Fisioterapia.com (2018, on-line)7.
138 Lesões Musculoesqueléticas
Síndrome Femoropatelar
A síndrome femoropatelar é caracterizada por 
dor difusa retro ou peripatelar, tipicamente 
agravada pelas subidas e descidas de escadas, 
ao realizar agachamentos, ou permanecer du-
rante muito tempo na posição sentada. Alguns 
fatores podem predispor essa lesão, como as al-
terações/anomalias ósseas; desalinhamento do 
membro inferior e os desequilíbrios dos múscu-
los, tendões e dos tecidos moles periarticulares 
(ROQUE et al., 2012).
Figura 14 - Patela normal, com inflamação e degeneração.
Segundo Walker (2010), indivíduos que apre-
sentam aumento do ângulo Q, fraqueza ou en-
curtamento do quadríceps e luxações crônicas 
da patela, que realizam movimentos incorretos na 
corrida, utilizam calçados inadequados e praticam 
esportes que exigem saltos podem apresentar esse 
tipo de lesão.
Para esses casos, é indicada a utilização de gelo 
sobre o local, repouso ou diminuição da intensi-
dade e duração dos movimentos.
139UNIDADE 5
Figura 15 - Lesão de ligamento cruzado anterior
Fonte: OrthoInfo (2015, on-line)8.
Lesão do ligamento
cruzado posterior (LCP)
Figura 16 - Lesão de ligamento cruzado posterior
Fonte: MeuJoelho (2018, on-line)9.
Lesão de Ligamento Cruzado 
Anterior
O ligamento cruzado anterior (LCA) é o estabi-
lizador estático da articulação do joelho contra a 
translação anterior da tíbia com relação ao fêmur. 
Ocorrem lesões no LCA, geralmente, em ativida-
des que exigem diversas mudanças de direção e 
impacto. As movimentações rápidas e mudanças 
abruptas, frequentemente, causam ruptura do 
LCA (Figura 15), sendo que o mecanismo mais 
comum é a rotação do joelho com o pé fixo em 
contato com o solo. Os sintomas são caracteriza-
dos por dor aguda, imediatamente ao trauma, as-
sociada ao edema e instabilidade no joelho. Com 
frequência, nesses casos, o menisco e outros liga-
mentos também sofrem lesão (WALKER, 2010).
Sendo assim, deve-se realizar imobilização, ele-
vação do membro e compressas com gelo para 
diminuir a dor e o edema; além disso, deve-se 
encaminhar o indivíduo imediatamente para 
atendimento médico.
Lesão de Ligamento Cruzado 
Posterior
O ligamento cruzado posterior (LCP) resiste à 
rotação interna da tíbia, limita a hiperextensão 
do joelho, o deslocamento anterior do fêmur e 
a translação posterior da tíbia na ausência dessa 
sustentação. As causas de lesão do LCP (Figura 16) 
são os traumatismos decorrentes de alta energia.
140 Lesões Musculoesqueléticas
Transporte das Vítimas
As vítimas em situação de emergência, geralmen-
te, são transportadas pela equipe dos serviços 
médicos de urgência. No entanto, se houver ne-
cessidade de você responsabilizar-se pelo trans-
porte, verifique cada situação. A movimentação 
da vítima está indicada apenas se houver perigo 
imediato, como nos casos de incêndio, choque 
elétrico, acidentes no trânsito e situações nas quais 
não podem ser realizados os primeiros socorros, 
devido à localização ou posição da vítima. Con-
tudo, nos casos em que o indivíduo não apresenta 
risco de morte, o transporte pode ser realizado 
tomando cuidado para não movimentar o local 
da lesão para evitar maior comprometimento e 
dor. Nas figuras a seguir, pode ser observado o 
arrastamento pelo lençol ou cobertor, transporte 
na maca, rolamento em bloco e transporte por 3 
pessoas, auxílio com 1 pessoa, carregamento no 
colo, carregamento em cadeira, carregamento tipo 
mochila e carregamento tipo cadeira.
Fascite Plantar
A fascite plantar é caracterizada pela irritação e in-
flamação da fáscia plantar em decorrência de es-
tresse excessivo nessa região. A fáscia se estende da 
base do calcâneo até a planta do pé. A inflamação 
dá-se, principalmente, por conta do estiramento 
excessivo da fáscia plantar (Figura 17).
Como causas deste tipo de lesão, podemos ci-
tar: o encurtamento dos músculos do tríceps sural, 
o impacto sobre a região, a utilização de calçados 
impróprios para a prática esportiva, as alterações no 
arco plantar, o uso excessivo e a hiperpronação. Os 
indivíduos apresentam dor na região do calcâneo, 
que fica acentuada após a realização de um exer-
cício ou ao levantar-se após repouso prolongado 
(WALKER, 2010).
Os procedimentos indicados são:
• Fazer repouso e evitar atividades que desen-
cadeiam a dor.
• Utilizar calçados adequados, com amorte-
cimento.
• Evitar andar sem calçados em superfícies 
rígidas.
• Utilizar compressas de gelo.
• Se persistirem os sintomas, encaminhar para 
atendimento especializado.
Plantar fáscia
Plantar fasciitis
Figura 17 - Lesão de ligamento cruzado posterior
Fonte: ORTOPediaBR (2017, on-line)10. 
Um transporte das vítimas mal realizado, sem 
a técnica correta, pode provocar mais danos à 
integridade física do indivíduo. Por isso, é fun-
damental que você verifique as condições espe-
cíficas para cada situação.
141UNIDADE 5
Figura 20 - Transporte por 1, 2 ou 3 pessoas
Fonte: UFRRJ ([2018], on-line)11.
Figura 19 - Transporte na maca
Fonte: UFRRJ ([2018], on-line)11. 
Figura 18 - Arrastamento pelo lençol ou cobertor
Fonte: UFRRJ ([2018], on-line)11.
142 Lesões Musculoesqueléticas
Caro(a) aluno(a), as lesões são acometimentos 
indesejáveis e desagradáveis na vida dos indiví-
duos; tanto durante a prática de atividades físicas 
quanto em atividades cotidianas. Conformeve-
rificamos ao longo deste material, essas situações 
podem ser evitadas e prevenidas. 
As lesões na coluna podem ser evitadas se con-
seguirmos prevenir os traumas e os movimentos 
repetitivos, como a flexão, extensão, torção ou as 
distensões. 
Além disso, qualquer alteração que acome-
te a estrutura e função das articulações torna 
o local alvo de novas lesões musculoesquelé-
ticas, seja nos membros superiores seja infe-
riores. Casos mal tratados ou negligenciados 
promovem microtraumatismos, degeneração 
e diminuição de força muscular. Desta forma, 
sempre fique atento(a) quando um paciente 
relatar dor, dificuldade de movimentação, fra-
queza ou parestesia. Nestes casos, é importante 
realizar orientações pertinentes à sua queixa e 
prestar os primeiros socorros. 
Infelizmente, os que se esforçam acima do limi-
te do corpo e não se preocupam com a preparação 
correta e específica, fatalmente, serão vítimas de 
lesões. É comum atletas e não atletas vivenciarem 
as lesões, portanto, é necessário levar em conside-
ração diversos critérios, como a capacidade física, 
habilidade e idade para prevenir as lesões.
No entanto, diante de lesões, é extremamen-
te relevante utilizar procedimentos e procurar 
auxílio de outros profissionais da saúde com o 
objetivo de diminuir ou eliminar a dor, restabe-
lecer a mobilidade e a estabilidade, aumentar a 
capacidade cardiorrespiratória, a flexibilidade e 
a força muscular, por fim, planejar o retorno das 
atividades cotidianas.
Lembre de manter-se sempre atualizado sobre 
estes temas. Aproveite as atividades a seguir para 
testar seus conhecimentos. Até breve!
143
1. Algumas lesões são comuns e características das atividades e fundamentos do 
vôlei, por exemplo. Entre elas, destaca-se a Síndrome do Impacto. Verifique as 
asserções seguintes:
I. Essa lesão pode promover várias alterações no ombro, que se manifestam 
por inflamação, crepitação, limitação funcional, dor e sensibilidade nos mo-
vimentos de elevação e rotação.
II. A etiologia da síndrome do impacto é, em geral, multifocal, e o tendão do 
radial anterior é a estrutura com maior chance de ser acometida.
III. Essa afecção compromete os músculos do manguito rotador.
IV. Essa afecção possui como causa a excessiva frequência de elevações dos 
membros superiores somada ao componente de força, como nos saques 
e cortadas.
É correto o que se afirma em:
a) I, III e IV, apenas.
b) I, II e IV, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) II, apenas.
Você pode utilizar seu diário de bordo para a resolução.
144
2. Na avaliação da lesão, pode-se constatar a natureza do evento e classificá-la em 
traumática ou clínica. Avalie as questões a seguir:
I. As fraturas e luxações são exemplos de eventos clínicos.
II. É considerada traumática se a lesão for devido a uma colisão.
III. É considerada clínica se a lesão for em decorrência de uma doença crônica.
IV. A osteoporose é uma exemplo de evento traumático.
É correto o que se afirma em:
a) III, apenas.
b) I e IV, apenas.
c) II e III, apenas. 
d) I, II apenas.
e) IV, apenas.
3. Entre atletas olímpicos, encontraram-se a maioria de ginastas com alterações 
constatáveis ao exame de ressonância magnética, comprovando-se que, quanto 
mais longo e exaustivo o treinamento, maior será a sobrecarga na coluna verte-
bral que resultará em lesão neste segmento. A hiperextensão, o uso excessivo, 
o impacto contra o solo na saída dos aparelhos ou o mecanismo de torções, 
durante os exercícios, tais como os movimentos em parafuso, podem causar 
espondilólise e espondilolistese. Os sinais e sintomas são: dor, espasmos, en-
curtamento muscular e alterações posturais. Conforme a figura a seguir, avalie 
as asserções e assinale a correta.
145
a) Na primeira imagem, está destacada a espondilólise, e, na segunda, a espon-
dilolistese.
b) Na primeira imagem, está destacada a espondilólise, e, na segunda, a hérnia 
de disco.
c) Na primeira imagem, está destacada a hérnia de disco, e, na segunda, a es-
pondilolistese.
d) Na primeira imagem, está destacada a espondilólise, e, na segunda, o osteófito.
e) Na primeira imagem, está destacada a espondilolistese, e, na segunda, a es-
pondilólise.
4. A pubalgia se caracteriza pela presença de dor, na região baixa do abdômen e na 
virilha. A região do púbis é considerada o centro de gravidade do corpo. Nesta 
região, ocorre a inserção e consequente tração de diversas forças musculares. 
Sobre essa lesão, podemos dizer que a pubalgia ocorre devido ao desequilíbrio 
muscular. Quando um dos grupos musculares se sobrepõe de forma exagerada 
sobre o outro, em geral, os músculos:
a) Abdominais levam a vantagem sobre os adutores.
b) Adutores levam a vantagem sobre os abdominais.
c) Extensores do quadril levam a vantagem sobre os abdominais.
d) Extensores do quadril levam a vantagem sobre adutores.
e) Flexores do quadril levam a vantagem sobre os abdutores.
146
Nesta revisão sistemática sobre a prevalência de lesões em corredores de rua 
e fatores associados, são descritos os tipos de lesões e as regiões mais acome-
tidas. Leia este artigo na íntegra.
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WEB
https://apigame.unicesumar.edu.br/getlinkidapp/3/297
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8Em: <https://orthoinfo.aaos.org/pt/diseases--conditions/lesoes-do-ligamento-cruzado-anterior-lca-acl-
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9Em: <http://www.meujoelho.com.br/lesao-do-ligamento-cruzado-posterior-lcp/>. Acesso em: 22 jan. 2019.
10Em: <http://www.ortopediabr.com.br/fascite-plantar-dor-sola-do-pe/>. Acesso em: 22 jan. 2019.
11Em: <http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/sinais.htm>. Acesso em: 22 jan. 2019.
150
1. A.
2. C.
3. C.
4. E.
5. B.
151
152 Lesões Musculoesqueléticas
CONCLUSÃO
Caro(a) aluno(a), neste livro, aprendemos um pouco mais sobre acidentes 
que, em geral, podem acontecer no seu local de trabalho. Todos estão sujeitos 
a sofrer algum tipo de acidente; então, é importante que saiba como prevenir 
esses acontecimentos. Fique atento ao seu ambiente de trabalho, procure por 
fatores que podem favorecer uma situação de urgência e emergência e corri-
ja-os. Lembre-se que oferecer um ambiente adequado para a prática de suas 
atividades e o acolhimento de seus pacientes também é sua responsabilidade. 
Além disso, é importante que você conheça seu paciente; as condições de saú-
de-doença do indivíduo refletem diretamente na possibilidade da ocorrência 
de eventos adversos. Muitas situações podem ser evitadas pelo simples fato 
de tomarmos consciência da história clínica do paciente , portanto, verifique 
se as condições de saúde da pessoa são compatíveis com o plano terapêutico 
que você está propondo.
De fato, muitas das situações citadas ao longo deste livro podem ser evitáveis, 
por outro lado, algumas surgem inesperadamente e você precisa estar pre-
parado. Saiba reconhecer os sinais e sintomas de cada situação de urgência 
e emergência e, sobretudo, saiba atuar diante desses acontecimentos. Lem-
bre-se que o Código Penal Brasileiro trata como crime os casos de omissão 
de socorro. 
Não esqueça que você é o(a) profissional que tem contato mais próximo com 
o paciente. Desta maneira, a assistência imediata prestada por você aos indiví-
duos vítimas de acidentes pode evitar e/ou minimizar futuras complicações, 
favorecendo o prognóstico do indivíduo, seja na sobrevida ou na redução de 
sequelas e complicações.
	Capa_Téc e Proce. de Primeiros Socorros_2019.pdf
	AVA_Técnicas e Procedimentos de Primeiros Socorros_2019.pdf
	Aspectos Gerais 
do Atendimento à 
Urgência e Emergência
	Urgências e Emergências 
Cardiovasculares e 
Respiratórias
	Urgências e Emergências Metabólicas e Neurológicas
	Acidentes e Lesões 
em Geral
	Lesões 
Musculoesqueléticas
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