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RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA O projeto "Resumos de Concurseiro" tem como objetivo compartilhar resumos de caderno convertidos em materiais no formato PDF, gratuitamente. PARTE 2 Página 1 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA O projeto consiste em transformar resumos de caderno de diversas matérias recorrentes em concursos públicos pelo Brasil em arquivos PDF. Durante o ano de 2020 serão postados resumos completos de língua portuguesa, direito administrativo, raciocínio lógico e matemática. É totalmente gratuito, basta fazer o download e estudar. Devo lembrá-lo que os materiais aqui disponibilizados são considerados como complemento no estudo diário. Logo, o objetivo não é entregar a matéria pronta, e sim, devidamente resumida. Então, para conseguir acompanhar o material, existe o pré-requisito de conhecer aquilo que se está estudando. Além disso, é de suma importância destacar o papel da resolução de questões no processo de aprendizagem. Portanto, é essencial a realização de tantos exercícios quantos forem possíveis. Estes materiais poderão auxiliar muitas pessoas em seus estudos, desde aquele que não tem tempo suficiente para produzir seu próprio resumo, até quem não possui material a fim de elaborá-los. Ao final deste PDF há links de aulas disponibilizadas no Youtube acerca dos temas abordados, caso ainda haja dúvidas. São aulas filtradas de diversos professores e cursos preparatórios, com metodologia acessível a qualquer nível de aprendizado. Página 2 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Agora, uma última questão antes de iniciarmos os estudos: você já fez o download do PDF – Língua Portuguesa – Parte 1?? Caso tenha feito, peço que participe da enquete avaliativa. Assim, com o seu feedback, cada vez mais conseguimos melhorar os materiais disponibilizados na plataforma (a enquete está localizada abaixo do botão “baixar pdf”, neste link: https://meus- resumos-de-concurseiro9.webnode.com/home2/ Pronto: vamos iniciar a parte número 2 de língua portuguesa! Foco e bons estudos!! https://meus-resumos-de-concurseiro9.webnode.com/home2/ https://meus-resumos-de-concurseiro9.webnode.com/home2/ Página 3 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Sumário 1) Sintaxe ...................................................................................................................... 4 2) Predicação Verbal ................................................................................................... 30 3) Pontuação ............................................................................................................... 34 4) Fatos e Dificuldades da Língua Culta .................................................................... 47 5) Tipos de discurso .................................................................................................... 58 6) Processo de Formação de Palavras ....................................................................... 60 7) Nomes Compostos ................................................................................................. 66 8) Crase........................................................................................................................ 70 Página 4 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA 1) Sintaxe A parte número 2 de língua portuguesa será iniciada por um dos tópicos mais relevantes, tanto no próprio português, quanto nas provas de concurso público: a sintaxe. Trataremos de expor este capítulo da forma mais simples e objetiva possível. São vários conceitos, então, focaremos naquilo que os diferencia. Iniciaremos pelos tipos de sujeitos, todavia, é necessário relembrar a definição de sujeito e de núcleo do sujeito. Segundo A Gramática para Concursos Públicos, do professor Fernando Pestana, temos o seguinte: “Sujeito é não só o termo que representa o ser ou o fato sobre o qual se declara alguma coisa, mas também o termo que faz o verbo ser conjugado. É por isso que o verbo/locução verbal concorda em número e pessoa com o sujeito. Cada sujeito está ligado a um (1) verbo (p.569)”. E em relação ao núcleo do sujeito, é definido como: “O núcleo é a palavra mais importante desse termo. Normalmente, os determinantes (artigos, numerais, pronomes ou adjetivos) vêm ao redor do núcleo (p.570)”. Transformando em esquema: Sujeito: é o tema central da frase, sobre o que ou sobre quem se fala, além de ser também o termo com o qual o verbo concorda. Ex. → Eu passei no vestibular este ano. Para encontrar o sujeito, o primeiro passo é encontrar o verbo e perguntá-lo “que” ou “quem”. No exemplo acima, o verbo da frase é “passei”. Portanto, perguntamos: “quem passou?”. O verbo responderá: “Eu” (Eu passei [...]). A resposta do verbo é considerada como sujeito da frase! Vejamos outro exemplo: Ex. → Durante a madrugada, aquela moto fazia muito barulho ao passar pela rua. O procedimento é sempre o mesmo, devemos encontrar o verbo, que neste caso, são dois: “fazia” e “passar”. Então, pergunte: “quem fazia muito barulho?” O verbo responde: “aquela moto”. E “quem passava pela rua?” Novamente ele responde: “aquela moto”. Ambos têm o mesmo sujeito, com o núcleo sendo “moto”. No momento, é extremamente importante já ter isso em mente. Núcleo do Sujeito: é a palavra mais importante do termo. Em regra, o núcleo tem valor de substantivo, isto é, vem seguido de determinantes (artigos, numerais, pronomes ou adjetivos). Utilizaremos o mesmo exemplo do quadro ao lado: Ex. → Durante a madrugada, aquela moto fazia muito barulho ao passar pela rua. Como vimos, o sujeito é formado por “aquela moto”. Porém, dentro deste termo, a palavra mais importante é “aquela” ou “moto”? Obviamente é moto, pois é acerca disso que está sendo falado. A expressão moto é núcleo deste sujeito. Página 5 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Classificações ou Tipos de Sujeitos Há, para fins de provas, basicamente, cinco tipos de sujeitos, são eles: simples, composto, oculto (desinencial ou elíptico), indeterminado, bem como, para sintetizar, oração sem sujeito (sujeito inexistente). Entenderemos mais na tabela abaixo: Tipo Características Exemplo Simples Somente um núcleo e verbo explícito. Ex. → As receitas da empresa bateram recorde este ano. O que bateu recorde? As receitas (apenas um núcleo → receitas). Composto Mais de um núcleo explícito. Ex. → Meu irmão e meu primo ficaram felizes com minha aprovação. Quem ficou feliz com minha aprovação? Meu irmão e meu primo (Dois núcleos → irmão e primo) Oculto Há duas características básicas: - Sujeito implícito (não evidente, escondido); ou - Verbo no modo imperativo; Ex. → Fui à praia no final de semana. Quem foi à praia no final de semana? Eu fui. Percebe-se isso pelo verbo utilizado (fui) e também por dedução lógica. Não poderia ser “Nós fui” ou “Ela fui”. Ex. → — Meu filho, já leu aquele resumo? Pois leia o resumo de direito administrativo! É para quem ler? Sabemos com o contexto da frase, que no caso, é para o filho do interlocutor ler. É uma característica do verbo imperativo, ordenar uma ação a um terceiro. Logo, quando o tema é tipos de sujeito, o imperativo está para sujeito oculto, mas cuidado para não confundir com o indeterminado, porque são parecidos. Quando for oculto, há como identificar o sujeito pelo contexto, ao contráriodo indeterminado, em que isso não é possível. Indeterminado Um dos favoritos em provas. É semelhante ao oculto, porém, não há como saber a identidade Ex. → Criticaram-me pelo texto mal redigido. Página 6 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA do sujeito. Ele é genérico, indefinido. Obs.: Via de regra, aparecerá com VTI, VI e VL. Quem criticou? Eu não sei, alguém criticou... (é impreciso, é indefinido) Ex. → Vive-se bem com saúde e segurança. Quem vive? Não é possível afirmar exatamente quem é que vive bem nestas condições (é genérico, é indeterminado). Oração Sem Sujeito SEMPRE com verbos IMPESSOAIS (aqueles que possuem apenas a 3ª pessoa do singular) Ex. → Havia muitas pessoas na sala. Não se engane, o verbo haver no sentido de existir ou ocorrer é impessoal (sem sujeito), acompanhado de objeto direto, ou seja, a expressão “muitas pessoas na sala” é → OD da frase, não o sujeito. (Pegadinha comum em provas, cuidado!!!) Ex. → Estava quente naquele dia. Temos um fenômeno da natureza. Logo, é classificado como verbo impessoal, e consequentemente oração sem sujeito. Obs.: Em relação às classificações do sujeito é importantíssimo realizar o máximo de questões possíveis, assim você vai se familiarizando com os verbos que normalmente caem em provas, principalmente, os verbos impessoais. Predicado Os termos essenciais da oração são formados pelo sujeito (que vimos acima) e o predicado. De maneira simples, o predicado é tudo aquilo que não seja o sujeito, é uma declaração feito sobre o sujeito, ou seja, exceto o sujeito, todo o resto é classificado como predicado. Voltando ao primeiro exemplo da apostila Eu passei no vestibular este ano. Sujeito Predicado Página 7 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Além de sabermos a conceituação do predicado, devemos ter em mente que ele se subdivide em três tipos. São eles: predicado nominal, predicado verbal e predicado verbo-nominal. ✓ Predicado Nominal: Possui verbo de ligação (VL) + Predicativo. Ex. → Ela está bem. Temos o sujeito (ela) + verbo de ligação (que está lá, justamente, para ligar o sujeito a sua característica) + predicativo (que é a característica atribuída ao sujeito sendo ligado pelo VL). Sempre que a frase estiver formada com estes termos, o predicado é classificado como: PREDICADO NOMINAL. Obs.: Não confunda PREDICADO com PREDICATIVO. PREDICADO PREDICATIVO Declaração feita sobre o sujeito (tudo o que não seja o sujeito). Característica atribuída ao sujeito (ou ao objeto). ✓ Predicado Verbal: Possui em sua composição verbo transitivo (que pode ser VTD, VTI ou VTDI) OU um verbo intransitivo, APENAS. Ex. → Ela chegou à casa dos pais. Neste caso, temos o sujeito (ela) + verbo intransitivo (chegar) + adjunto adverbial de lugar, que é dispensável para caracterizar o PREDICADO VERBAL. Sujeito VL Predicativo Sujeito VI Adjunto Adverbial de Lugar Obs.: Na apostila número 1, no tópico de regência verbal, página 29, temos as observações necessárias sobre o verbo chegar. Caso tenha perdido, confere lá! Link apostila 1: http://abre.ai/pdfportuguesparte1 http://abre.ai/pdfportuguesparte1 Página 8 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA ✓ Predicado Verb0-Nominal: Possui verbo transitivo (que pode ser VTD, VTI ou VTDI) + predicativo. Ex. → Ela chegou à casa dos pais atrasada. Aqui nós temos o sujeito (ela) + verbo intransitivo (chegar) + adjunto, que também é dispensável para caracterizar o tipo de predicativo + predicativo (característica atrabuída ao sujeito). Resumindo o resumo... PREDICADO NOMINAL VL + PREDICATIVO PREDICADO VERBAL VT (VTD/VTI/VTDI) ou VI PREDICADO VERBO-NOMINAL VT (VTD/VTI/VTDI) + PREDICATIVO Objeto Direto Iniciaremos os termos integrantes da oração pelo objeto direto (OD). Termos estes que ainda têm em sua composição: objeto indireto, complemento nominal e o agente da passiva. Em linguagem extremamente descomplicada, o objeto direto nada mais é que o complemento de algum verbo qualquer, desde que esse verbo apresente complemento que NÃO exija preposição. Via de regra, o objeto direto é complemento do verbo transitivo direto (VTD), no entanto, também está presente no verbo transitivo direto e indireto (VTDI). Ex.: → Ele visou o alvo à frente. Conforme vimos no PDF (parte 1), no tópico de regência verbal, página 34, o verbo “visar” no sentido de “mirar” pede complemento não preposicionado. Logo, pede um objeto direto como complemento. Obs.: É relevante destacar então → haverá OD em VTD e VTDI. OBJETO DIRETO COMPLEMENTO SEM PREPOSIÇÃO Sujeito VI Adjunto Adverbial de Lugar Predicativo Sujeito VTD OD Adjunto Adverbial Página 9 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Objeto Indireto O objeto indireto (OI) é o oposto do objeto direto. Então, se o OD não exige preposição, significa que o OI ... Isso mesmo, o OI pede complemento!! Em vista disso, pode-se entender, portanto, que o objeto indireto é complemento de verbos que EXIGEM preposição. Via de regra, o objeto indireto é complemento do verbo transitivo indireto (VTI), entretanto, também está presente no verbo transitivo direto e indireto (VTDI). Agora, vamos analisar o exemplo abaixo, que também possui o verbo “visar”, porém, no sentido de “almejar” (que exige preposição). Ex. → Eu viso aos cargos de nível superior. Obs.: haverá OI em VTI e VTDI. OBJETO INDIRETO COMPLEMENTO COM PREPOSIÇÃO Complemento Nominal Geralmente, as provas costumam tentar confundir o candidato entre complemento nominal e adjunto adnominal. Por isso, atenção total! O CN é assim classificado quando um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio de base adjetiva, terminado em -mente) pede um complemento. Ele é SEMPRE preposicionado, porque sem a preposição não há sentido, a palavra acabará ficando incompleta. Gosto da seguinte analogia: imagine que, no caso da regência verbal, o verbo transitivo indireto necessita da preposição (VTI → OI) como parte de seu complemento para ter sentido. Agora, o complemento nominal (que é um nome), por “regência”, também precisa, obrigatoriamente, de uma preposição. É como se a preposição do CN se equivalesse ao OI para o VTI (pois, impreterivelmente, precisa estar lá). Exemplos → Tenho certeza da vitória. (Quem tem certeza, tem certeza de algo → Substantivo que exige CN). // Os parlamentares votaram favoravelmente ao projeto (O que é favorável, é favorável a algo → Advérbio que exige CN). // Este PDF é útil aos concurseiros. (O que é útil, é útil a alguém → Adjetivo que exige CN). Sujeito VTI OI Página 10 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA COMPLEMENTO NOMINAL NOME QUE EXIGE PREPOSIÇÃO Agente da Passiva Finalizando os termos integrantes da oração vamos compreender o agente da passiva. Bom, o conceito que o professor Fernando Pestana trouxe em seu livro, A Gramática para Concursos Públicos é: “O agente da passiva é o complemento de um verbo na voz passiva analítica (p. 610)”. A definição, por si, é altamente explicativa. Entretanto, iremos abrir um parêntese aqui e acrescentar ao nosso estudo o tema: vozes verbais, pois assim iremos além do básico. Vozes Verbais Voz Ativa: Quando o sujeito pratica a ação verbal. Ex. → Meu irmão comprou um quadro da sua série favorita. Temos o sujeito (meu irmão) com a iniciativa da ação, ou seja, é o próprio sujeito que realiza a ação verbal. VOZ ATIVA → SUJEITO PRATICA A AÇÃO. VozPassiva: Quando o sujeito sofre a ação verbal. Subdivide-se em: passiva analítica (que caracteriza o agente da passiva) e passiva sintética ou pronominal. Vamos entender o que as diferencia: Ex. → Vendem-se máscaras. Ex. → Máscaras são vendidas. Voz Reflexiva: Quando o sujeito, ao mesmo tempo, pratica e recebe a ação verbal. É o pronome reflexivo. VOZ PASSIVA → SUJEITO SOFRE A AÇÃO. SINTÉTIA OU PRONOMINAL: Quando há o pronome apassivador (-Se). Apostila parte 1, tópico de “partícula se”, página 6. ANALÍTICA Quando for “desenvolvida”. Apostila parte 1, tópico de “partícula se”, página 5. Transposição Verbal: aqui fica uma observação importantíssima. Para que seja possível fazer a transposição da voz ativa p/ a voz passiva (VA → VP) ou vice-versa precisa, NECESSARIAMENTE, de um OBJETO DIRETO na frase (VTD ou VTDI). Página 11 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Adjunto Adnominal Iniciaremos agora os termos acessórios da oração pelo adjunto adnominal. A primeira informação que devemos constatar quando ouvimos esse termo é a seguinte: “O adjunto adnominal tem função ADJETIVA. Ele é utilizado para CARACTERIZAR o substantivo.” Existem cinco classes gramaticais que PODEM exercer a função de adjunto adnominal. São elas: 1) Adjetivo; 2) Locução adjetiva; 3) Artigos; 4) Pronomes adjetivos 5) Numerais adjetivos Ex. → O homem de negócios vendeu dois imóveis: aquelas casas lindas. O exemplo acima está sendo representado de modo que é possível identificar todas as classes fazendo o papel de adjunto adnominal. Por ordem de escrita: o número 3 indica o artigo; o número 2 aponta a locução adjetiva; o 5 assinala o numeral adjetivo; o 4 simboliza o pronome adjetivo; e por fim, o número 1 está relacionado ao adjetivo. Neste momento, teremos de fazer outro parêntese, mas este é ainda mais importante que o primeiro deles (visto no agente da passiva, pág. 10), pois é profundamente cobrado em provas. Lembrando que são tanto pronomes quanto numerais ADJETIVOS, quando estiverem AO LADO de SUBSTANTIVO. Obs.: Sintaticamente, essas classes ou exercerão função de predicativo do sujeito ou de predicativo do objeto. 3 2 5 4 1 q Talvez você esteja se pensando o que é tão importante assim. Pois bem, estamos falando da diferença entre COMPLEMENTO NOMINAL x ADJUNTO ADNOMINAL. Como são fáceis de confundir o candidato, é um tópico que aparece bastante, ainda mais em provas de bancas renomadas. Neste instante, concentre-se para filtrar as informações. Vamos aos esquemas: Página 12 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Complemento Nominal Quando um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio de base adjetiva, terminado em - mente) pede um complemento. É sempre preposicionado; Faz referência a substantivos abstratos*, adjetivo ou advérbios; É paciente da ação (alvo); Adjunto Adnominal Tem como objetivo caracterizar o substantivo; Pode ou não ser preposicionado; Faz referência a substantivos concretos e abstratos*; É agente da ação (praticante); * Resumidamente, todos os sentimentos e substantivos que derivem de verbos de ação são considerados substantivos abstratos, os demais, são substantivos concretos. Em vista de todas essas informações, podemos inferir o seguinte: 1) Se não houver preposição → Necessariamente será adjunto adnominal, pois CN é sempre preposicionado; 2) Quando se tratar de substantivo concreto → Também, necessariamente, será adjunto adnominal, porque somente ele faz referência aos substantivos concretos; 3) Agora, caso a referência seja um adjetivo ou um advérbio → Será, obrigatoriamente, complemento nominal, pois o AA trabalha apenas com substantivos (abstratos e concretos); Então, não podemos confundi-los! E aí vai uma dica que está no livro A Gramática para Concursos Públicos, do professor Fernando Pestana, página 622. Quando houver dúvida entre CN x AA, observe a noção de AGENTE x PACIENTE: COMPLEMENTO NOMINAL PACIENTE ADJUNTO ADNOMINAL AGENTE Página 13 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Vamos ao exemplo para compreender melhor: - A resolução da questão foi ótima. (CN → A questão foi resolvida ‘valor paciente, é alvo da ação’); - A resolução do professor foi ótima. (AA → O professor resolveu ‘valor agente, é praticante da ação’); Agora, mais um exemplo: - A invenção do controle mudou o século XX. (CN → O controle remoto foi inventado, ou seja, sofreu a ação: é paciente) - A invenção da empresa mudou o século XX. (AA → A empresa inventou, isto é, praticou a ação: é agente). Adjunto Adverbial O adjunto adverbial indica uma circunstância (uma condição). Em regra, o advérbio e a locução adverbial são as classes que, sintaticamente, são classificadas como adjunto adverbial. Ressalta-se que há inúmeras formas de representar os adjuntos adverbias, não é preciso (e nem há como) decorá-los. Aqui, precisamos entender o conceito e ficarmos atentos às classes gramaticais. Vamos a alguns exemplos: ➢ Certamente serei aprovado. → Aqui temos um advérbio indicando certeza acerca de algo, logo é um adjunto adverbial de AFIRMAÇÃO; ➢ Não vou desistir daquilo que quero. → Novamente, temos um advérbio. No entanto, agora o sentido é de negação. Portanto, classifica-se como adjunto adverbial de NEGAÇÃO. Adjunto Adverbial Advérbio Locução Adverbial Indica circunstância (modo, tempo, lugar, causa, intensidade, dúvida, afirmação...) Página 14 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA ➢ Agiu de coração, porém foi passional. → A locução adverbial “de coração” denota o modo como o sujeito agiu. Em outras palavras, a forma como ele agiu foi “de coração”. Por isso, é um adjunto adverbial de MODO. ➢ Ontem aprendi sobre sintaxe. → Advérbio clássico que possui valor temporal. Logo, é adjunto adverbial de TEMPO. ➢ Cheguei ao treino atrasado. → Primeiramente, o verbo “chegar” é intransitivo, como vimos na apostila número 1, no tópico de regência verbal, página 29. Além disso, a expressão “ao treino” indica um local. Por conseguinte, é considerado um adjunto adverbial de LUGAR. ➢ No futuro, o câncer talvez tenha cura → Aqui temos uma locução adverbial de TEMPO (No futuro) e também o advérbio “talvez”, que denota uma incerteza, ou seja, uma dúvida. Logo, é um adjunto adverbial DÚVIDA. ➢ Aquela pintura ficou absolutamente linda. → Neste exemplo, existe a finalidade de impulsionar o adjetivo “linda”. Por isso, o advérbio “absolutamente” serve para dar intensidade. Em vista disso, temos um adjunto adverbial de INTENSIDADE. De modo geral, é necessário fixar que, caso haja advérbio ou locução adverbial na frase, automaticamente, será um adjunto adverbial. O que vai se diversificar é a sua classificação final (de modo, de lugar, de dúvida, de intensidade, de tempo ... ). No entanto, somente será possível identificá-la com o contexto. Então, treine bastante através da resolução de questões (foque na banca do seu concurso). Aposto O aposto nada mais é que um termo que vem depois de outro (ou depois de uma expressão, ou ainda, depois de uma oração), normalmente, ENTRE VÍRGULAS, com o objetivo de: explicar, especificar, caracterizar, resumir ou enumerar outro termo antecedente. Página 15 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Ex. → Airton Senna, grande piloto defórmula um, já foi campeão da categoria. Ex. → Tenho duas novidades para você: uma positiva outra negativa. Ex. → Voltamos aos estudos com foco total, eu e minha namorada. Ex. → Leandro Karnal, historiador e professor, fará uma palestra esse mês. Ex. → O SUS atende a todas as faixas etárias, a saber: crianças, adultos e idosos. Vocativo O vocativo é um o termo utilizado, quando houver um chamamento, uma invocação, ou seja, quando se quer dirigir a palavra a alguém específico, como se tivesse a chamando. É SEMPRE separado por vírgulas. VOCATIVO UTILIZADO PARA CHAMAR ALGUÉM. Aposto Termo que vem depois de outro com um dos seguintes objetivos: • Explicá-lo; • Especificá-lo; • Caracterizá-lo; • Resumi-lo; ou • Enumerá-lo. Está resumindo quem foi Airton Senna. Logo, é um aposto. Aposto especificando as duas novidades citadas anteriormente. Aposto explicando quem retornou aos estudos. Está caracterizando Leandro Karnal. Portanto, é um aposto. É um aposto que enumera as faixas etárias citadas anteriormente. Página 16 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Ex. → Mãe, lava minhas roupas hoje, por favor? Ex. → Não acredito nisso, Tobi!!! Ex. → Ô Deus, dai-me força e sabedoria. Obs.: Não confunda vocativo com aposto. É comum que essa comparação seja feita em provas, então, vamos fixar com a tabela abaixo: VOCATIVO APOSTO É um chamamento, uma invocação. É SEMPRE separada por vírgulas. É um termo que explica (especifica/caracteriza) um outro termo anterior. Normalmente, é separado por vírgulas. Finalizamos os termos acessórios da oração. Todavia, antes de entrarmos no último tópico de sintaxe, que são as orações (coordenadas e subordinadas), recapitularemos os termos que já vimos até aqui. Assim, você poderá ter um panorama geral do conteúdo, além de suprir alguma lacuna que, eventualmente, tenha ficado no seu entendimento. RECAPITULANDO Pontualmente, vamos identificar quais são os termos essenciais da oração, os termos integrantes da oração, bem como os seus termos acessórios: TERMOS ESSENCIAIS TERMOS INTEGRANTES TERMOS ACESSÓRIOS 1) Sujeito; 2) Predicado. 1) Objeto direto; 2) Objeto indireto; 3) Complemento Nominal; 4) Agente da passiva. 1) Adjunto adnominal; 2) Adjunto adverbial; 3) Aposto; 4) Vocativo. O termo “mãe” é o vocativo, pois ela está sendo invocada, sendo chamada. No exemplo, temos alguém indignado com seu animal de estimação. Ele deve ter feito algo que a deixou zangada. Esse termo depois da vírgula é o vocativo da frase. A figura divina está sendo clamada, invocada por alguém, isto é, Ele está sendo chamado. Logo, a expressão “Ô Deus” é o vocativo. Página 17 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Orações Coordenadas Até o presente momento, vimos os resumos dos termos que compõem a sintaxe. Observamos cada uma das classificações separadamente. Agora, entraremos nas orações propriamente ditas, isto é, iremos analisar a sintaxe em seu ponto macro – a relação existente entre as orações. Aproveito a oportunidade para diferenciar oração, frase e período. Utilizaremos, como praxe, A Gramática para Concursos Públicos, do professor Fernando Pestana: Frase (página 563) “É qualquer enunciado que estabelece comunicação”. Oração (página 564) “Nada mais é que uma frase verbal; seu núcleo é um verbo ou uma locução verbal”. Período (página 565) “É uma frase que possui uma ou mais orações”. Se você ainda não domina as conjunções ou talvez não tenha estudado a parte 1 do nosso resumo, devo alertá-lo para o fato de que é imprescindível conhecê-las para conseguir compreender melhor a conexão entre as orações. Então, sugiro que, antes de iniciar este tema, vá até nossa primeira apostila disponibilizada e comece a estudá-las (inicia-se na página 15, tópico de conjunções do PDF ‘parte 1’). Já com as conjunções na ponta da língua, iniciaremos nossos estudos pelas orações COORDENADAS. As orações coordenadas possuem estrutura completa, são autônomas (livres) entre si e não dependem uma da outra para fazer ou completar seu sentido. Além disso, são sintaticamente separadas (em que uma não interfere na outra) e, quando interligadas, assim as são através de conectivos coordenativos, ou seja, através das CONJUNÇÕES COORDENATIVAS (por este motivo saber identificar as conjunções é tão importante para estudar as orações). Pode-se destacar ainda que as orações coordenadas se subdividem em dois tipos: as assindéticas, que são aquelas as quais não possuem síndeto (não são interligadas por conjunção). E também as orações sindéticas, que possuem síndeto e são ligadas via conectivos coordenativos, ou seja, através de conjunções coordenativas (aditiva, adversativa, alternativa, conclusiva e explicativa). Transformando em esquema: Página 18 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Vejamos alguns exemplos a fim de compreendê-las adequadamente: Orações Coordenadas Assindéticas: ➔ Entregou-lhe um buquê de rosas, sorriu para ela alegremente. ➔ O tempo voava, ela crescia rápido demais. Ambos os exemplos retratam orações coordenadas assindéticas. Por que são assim classificadas? Bom, o primeiro ponto é: tem conjunção? Não tem. Logo, PODE ser uma assindética. Porém, para realmente assim classificá-las, devemos observar se elas são independentes entre si. E, neste caso, ambas são independentes, porque a oração principal não depende da oração auxiliar para fazer sentido. É totalmente possível, por exemplo, falar separadamente: “O tempo voava”; “Ela crescia rápido demais”; “Entregou-lhe um buquê de rosas”; “Sorriu para ela alegremente”. Nada impede que o sentido esteja completo nas respectivas frases, caso separássemos. Isso acontece em orações coordenadas assindéticas. Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: ➔ Trabalho durante o dia e à noite estudo. ➔ Tanto me esforço quanto melhoro minha performance. ➔ Não só me trouxe flores, como também chocolates. ➔ Não gosto de pessoas arrogantes nem daquelas gananciosas. Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: ➔ Não consegui uma nota boa na primeira prova, mas na próxima conseguirei. ➔ O aprendizado requer perseverança. Porém, a recompensa é gratificante. ➔ Sempre gostei de corrida. Todavia, tenho ficado muito cansado. ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS SINDÉTICAS São interligadas sem conectivos, não há conjunções. São interligadas por conjunções coordenativas. São elas: I. Aditivas; II. Adversativas; III. Alternativas; IV. Conclusivas; e V. Explicativas. Basta ficar atento às conjunções coordenativas ADITIVAS. Transmite ideia de acréscimo, soma. Conjunções coordenativas ADVERSATIVAS → ideia de contraste, oposição. Página 19 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: ➔ Ora estava totalmente motivado, ora não queria saber dos cadernos. ➔ Vamos ao cinema este final de semana ou compramos uma pizza? ➔ Seja por necessidade, seja por convicção, apenas faça. ➔ Talvez leia o resumo de português, talvez faça alguns exercícios. Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: ➔ Tenho cuidado da minha alimentação. Por isso, estou saudável. ➔ Esforço-me todo dia. Portanto, cada dia fico melhor! ➔ O Brasil tem um grande potencial. Por conseguinte, precisa de boa gestão. Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: ➔ Meu irmão devia estar com febre, pois estava muito quente. ➔ A falta de empregos está em evidência, porquanto há muitas pessoas desempregadas. ➔ Vou aprender acerca de língua portuguesa, porque é bastante cobrada em provas. Recapitulando:a forma mais simples de encontrar uma oração coordenada é observar as conjunções que a compõem. A partir disso, basta fazer uma associação lógica da seguinte maneira: Se a conjunção for “ADITIVA”, por exemplo, a oração será também “ADITIVA”. Caso o conectivo seja “CONCLUSIVO”, a oração, automaticamente, será “CONCLUSIVA” e assim por diante ... Entendeu? Fácil né?! Você encontra mais exemplos no tópico de conjunções, na apostila parte 1 (página 15). Conjunções coordenativas ALTERNATIVAS → ideia de alternância, exclusão. Observe as conjunções coordenativas CONCLUSIVAS. Possui, obviamente, ideia de conclusão ou consequência de algo. Conjunções coordenativas EXPLICATIVAS. Evidencia ideia de justificativa, motivação, explicação. Página 20 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Orações Subordinadas Aos olhos das bancas elaboradoras de provas, oração subordinada é a menina de ouro! Grande parte das questões acerca do tema orações está aqui dentro. E tem uma justificativa um tanto óbvia: possui mais classificações para se explorar. Mas, sem papo furado, vamos direto ao que interessa. As orações subordinadas possuem estruturas dependentes de outras para complementar seu sentido. Sintaticamente, possui uma estrutura dentro de outra, em que, esse complemento é iniciado por conectivos subordinativos, isto é, por conjunções subordinativas (integrantes, causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais, temporais e proporcionais) e também por pronomes relativos. Além do conceito, devemos compreender que as orações subordinadas se subdividem em três tipos: substantivas, adjetivas e adverbiais. As orações subordinadas substantivas são iniciadas SEMPRE por conjunção integrante; as adjetivas por pronomes relativos; e as adverbiais são iniciadas pelas demais conjunções subordinativas, a exceção da conjunção integrante. Acabamos de obter um panorama macro sobre as orações subordinativas. No entanto, cada uma das suas subdivisões possui, dentro de si, mais classificações – ou seja, outras subdivisões. Entenda: oração subordinada é gênero que se desdobra em três espécies, as quais vimos no esquema acima, são elas: substantivas, adjetivas e adverbiais. Por sua vez, cada espécie tem seus desdobramentos e suas classificações específicas. E é isso que veremos agora: Transformando em esquema: ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS ADJETIVAS ADVERBIAIS Iniciadas por CONJUNÇÃO INTEGRANTE Iniciadas por PRONOMES RELATIVOS. Iniciadas por CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS, EXCETO AS CONJUNÇÕES INTEGRANTES. Página 21 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Orações Subordinadas Substantivas Conforme é possível notar no esquema acima, observa-se que a oração subordinada substantiva se subdivide em seis classificações distintas, cada uma com sua função e todas iniciadas por conjunção integrante (que, geralmente, são as conjunção “que” ou “se” e podem ser substituída pelo pronome “isso” na identificação). Vejamos uma a uma: Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: ➔ Seria verídico que o estudo muda a vida de uma pessoa? Primeiramente, devemos encontrar o sujeito. Então, o que seria verídico? Que o estudo muda a vida das pessoas? Todo esse trecho faz papel de sujeito ... E o macete é o seguinte: pode-se substituir a conjunção integrante que pelo pronome “isso”, ficando assim → Seria verídico isso ou em ordem direta: Isso seria verídico. Portanto, temos a conjunção fazendo papel de sujeito. Consequentemente, quando uma conjunção faz papel de sujeito, ela é classificada como SUBSTANTIVA SUBJETIVA. ➔ Não se sabe se haverá aulas este ano devido à Covid-19. O procedimento é sempre o mesmo, ou seja, o primeiro passo é encontrar o sujeito. Logo, não se sabe o que? Se haverá aulas este ano devido à Covid-19. Novamente, o trecho inteiro exerce o papel de sujeito. O qual podemos SEMPRE aplicar o macete de trocar a conjunção pelo pronome, ficando → “Não se sabe isso” ou “Isso não é sabido.” Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: ➔ Com este projeto, esperamos que você aprenda português. Não se assuste com o nome extenso! Basta seguirmos a mesma analogia que será fácil compreender. Neste caso, temos o sujeito implícito e descobrimos isso através da desinência verbal (sua terminação). Quem esperamos? Eu esperamos? Ele esperamos? Não né ... NÓS esperamos. Pronto, encontramos o sujeito e o próximo passo é voltar os olhos ao verbo e identificar a sua regência. Quem espera, espera algo. Em vista disso, o verbo é TRANSITIVO DIRETO, solicitando como seu complemento um OBJETO DIRETO. E no caso das orações OBJETIVAS DIRETAS ele é representado através da CONJUNÇÃO INTEGRANTE. Então quer dizer que a conjunção, sintaticamente, é o OBJETO DIRETO da frase. Assim sendo, só podemos classificá-la como SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS SUBJETIVA → Exerce função de SUJEITO; OBJETIVA DIRETA → Funciona como OD; OBJETIVA INDIRETA → Funciona como OI; COMPLETIVA NOMINAL → Funciona como CN; PREDICATIVA → Exerce função de PREDICADO; APOSITIVA → Desempenha função de APOSTO. Página 22 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA ➔ Não me diga que você vai desistir agora. Primeiro passo: encontrar o sujeito. Ora, não diga a quem? A mim, obviamente. Encontrado o sujeito, olhamos para o verbo. Quem diz, diz alguma coisa (Não me diga ISSO → ISSO o que? Que você vai desistir agora). Pronto, descobrimos, então, que a conjunção integrante funciona como objeto direto. Por isso, classificamos como SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA. Entendeu até aqui? Você precisará encontrar o sujeito (1º passo) e depois olhará para a regência verbal (2º passo) até conseguir identificar, sintaticamente, o que cada palavra ou grupos de palavras representam em um determinado contexto. Tudo depende do contexto! Porém, todas as conjunções integrantes podem ser substituídas pelo pronome “isso”, o que mudará, será a função que cada uma exerce na frase de acordo com o cenário empregado (ora ela será sujeito, ora será objetiva direta; umas vezes completiva nominal ou apositiva; outras vezes objetiva indireta ou predicativa). Continuaremos nossa labuta, mas se lembre: o procedimento é sempre o mesmo. Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: ➔ Não informaram o João de que os concursos, por ora, estão suspensos? 1º Passo: Encontrar o sujeito: não informaram a quem? Ao João. 2º Passo: Quem não informa, não informa alguém de algo, ou seja, NÃO INFORMARAM O JOÃO DISSO ... Disso o que? Que os concursos, por ora, estão suspensos. Então, desde que haja uma oração com um objeto indireto sendo representado pela conjunção integrante, será classificada como SUBSTANTIVA OBJETIVA INDIRETA. Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal: ➔ Meus pais tinham certeza de que meu irmão atingiria seu objetivo. 1º Passo: Quem tinha certeza? Meus pais (sujeito). 2º Passo: Devemos prestar atenção que CERTEZA é um nome (um substantivo). E mais, é um substantivo que pede um complemento, pois quem tem certeza, tem certeza DE algo. No caso do exemplo: “Meus pais tinham certeza disso”. Portanto, podemos classificá-la como SUBSTANTIVA COMPLETIVA NOMINAL. Página 23 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Oração Subordinada Substantiva Predicativa: Neste caso, a conjunção integrante funciona como PREDICATIVO DO SUJEITO, ou seja, liga o sujeito a uma característica sua. Vejamos: ➔ As mulheres parecem que são felizes ao receberem chocolates. Aqui, há o termo “felizes”, que é uma característica, sendo atribuído ao termo “mulheres”, que é o sujeito da frase. E tudo isso está sendo conectadoatravés da conjunção integrante “que”. Por isso, classificamos como SUBSTANTIVA PREDICATIVA. Entenda o seguinte raciocínio: sempre que houver uma conjunção integrante, seja “que” ou “se”, ligando o sujeito a uma característica que lhe é atribuída, será considerada como uma oração substantiva subordinada predicativa. Oração Subordinada Substantiva Apositiva: ➔ Desejo duas coisas de você: que aprenda português e que melhore suas notas. Aqui temos a conjunção integrante desempenhando o papel de aposto. Pense comigo: Quem deseja? Eu (sujeito). E logo após os dois pontos, há uma explicação acerca do que foi dito anteriormente. Essa construção te lembra algo? Isso mesmo, um aposto. E como está sendo representada pela conjunção é classificada como SUBSTANTIVA APOSITIVA, porque “Desejo isso e isso”. Então, uma oração iniciada por conjunção integrante justificando termos anteriores não pode ter mistério. É marcar e ir para a próxima questão. Orações Subordinadas Adjetiva Em relação às orações subordinadas adjetivas devemos saber, sobretudo, que elas são iniciadas por PRONOME RELATIVO. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS Explicativa Restritiva Com vírgula Sem vírgula Página 24 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Ademais, é ramificada em dois tipos: EXPLICATIVA ou RESTRITIVA, apenas. E para reconhecê-las basta olharmos a pontuação, mais especificamente, a vírgula. Caso a oração adjetiva tenha vírgula, deve ser classificada como explicativa. Agora, se não houver vírgula, será classificada como restritiva. Essa diferença é extremamente cobrada em provas, aliás, dentre as orações subordinadas, talvez, seja aquela que mais detenha a atenção dos elaboradores. Então, vamos compreender de maneira definitiva com o exemplo abaixo: Ex.: O político, que almejava novos votos, criou muitos projetos de lei este ano. Ex.: Minha mãe saiu com o grupo de dança que mora em Santa Catarina. Orações Subordinadas Adverbiais Dentre as três divisões das orações subordinadas, as adverbias são as menos cobradas em provas. Entretanto, isso não significa que não seja importante. Lembre-se, nenhum conteúdo deve ser subestimado, porque ele sempre poderá fazer a diferença. Agora, vamos compreendê-las: uma oração subordinada adverbial tem sua oração auxiliar sendo iniciada por qualquer conjunção subordinada, salvo a conjunção integrante (que inicia a oração substantiva). Quais seriam, então, essas conjunções? Bom, se você está atento a elas, podemos lembrar que são: causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais, temporais ou proporcionais. Logo, podemos inferir que as orações subordinadas adverbiais possuem nove classificações distintas. Pronome relativo “que” retoma “o político” Possui vírgula separando. Logo, é uma oração subordinada ADJETIVA EXPLICATIVA. Pronome relativo “que” retoma “grupo de dança” Como não possui vírgula separando-as é uma oração subordinada ADJETIVA RESTRITIVA. Página 25 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Para identificar de qual se trata, devemos observar, conforme dito acima, por qual tipo de conectivo a oração auxiliar é iniciada. Por exemplo, se começar por alguma conjunção CAUSAL, consequentemente ela será ADVERBIAL CAUSAL. Por vez, se for introduzida por qualquer conjunção COMPARATIVA, obrigatoriamente se classifica como ADVERBIAL COMPARATIVA e assim por diante. Após essa pequena introdução, veremos o esquema das orações subordinadas adverbiais e logo depois, fixaremos este tópico com exemplos. Oração Subordinada Adverbial Causal: ➔ Este mês, consegui emagrecer cinco quilos, dado que tive foco em exercício e alimentação saudável. ➔ Já que nosso PIB caiu, nossa capacidade de investimento também diminuiu. *mais exemplos na página 17 da apostila parte 1 – língua portuguesa. Oração Subordinada Adverbial Comparativa: ➔ Aquele menino escrevia como Mario Quintana, célebre escritor gaúcho. ➔ Minha cidade decretou calamidade pública, assim como grande parte dos demais municípios. *mais exemplos na página 18 da apostila parte 1 – língua portuguesa. Oração Subordinada Adverbial Concessiva: ➔ Embora tenhamos os cuidados básicos contra a Covid-19, ela pode acometer muitas pessoas, infelizmente. ➔ Apesar de haver muitas entidades beneficentes, o mundo carece de mais empatia. *mais exemplos na página 19 da apostila parte 1 – língua portuguesa. Oração Subordinada Adverbial Condicional: ➔ Desde que estudemos com afinco, conseguiremos o resultado desejado. ➔ Pararemos a transmissão do vírus, caso ficarmos em isolamento social. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS CAUSAL COMPARATIVA CONCESSIVA CONDICIONAL CONFORMATIVA CONSECUTIVA FINAL TEMPORAL PROPORCIONAL Página 26 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA *mais exemplos na página 18 da apostila parte 1 – língua portuguesa. Oração Subordinada Adverbial Conformativa: ➔ Segundo o historiador e professor, Leandro Karnal, Jesus e Freud eram judeus. ➔ Todos devem utilizar máscaras em locais públicos, conforme determinou o prefeito municipal. *mais exemplos na página 19 da apostila parte 1 – língua portuguesa. Oração Subordinada Adverbial Consecutiva: ➔ É tão sensato, que debate sobre qualquer assunto imparcialmente. ➔ Tomou posse esta semana, de forma que celebrou com os familiares. *mais exemplos na página 20 da apostila parte 1 – língua portuguesa. Oração Subordinada Adverbial Final: ➔ Torcerei para que você consiga atingir seu objetivo. ➔ Estudamos a fim de melhorar de vida. *mais exemplos na página 19 da apostila parte 1 – língua portuguesa. Oração Subordinada Adverbial Temporal: ➔ Enquanto alguns discutem, outros agem e melhoram a sociedade. ➔ Tudo ficará melhor, quando o verão chegar novamente. *mais exemplos na página 19 da apostila parte 1 – língua portuguesa. Oração Subordinada Adverbial Proporcional: ➔ À medida que mudamos interiormente, alteramos a maneira como enxergamos o mundo externo. ➔ Alcançamos notas cada vez maiores, à proporção que fizermos mais exercícios. *mais exemplos na página 20 da apostila parte 1 – língua portuguesa. Na próxima página há um esquema completo das orações, tanto coordenadas, quanto subordinadas. Logo, servirá para você fixar o escopo, bem como para absorvê- las como um todo. Página 27 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA E para, finalmente, concluirmos nosso resumo acerca de sintaxe, veremos, não só a diferença entre período simples e composto, mas também como identificar a oração principal. Lembro que são conceitos importantes, pois o simples fato de conhecê-los ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS São interligadas por conjunções coordenativas. São elas: Aditivas; Adversativas; Alternativas; Conclusivas; e Explicativas. ASSINDÉTICAS São interligadas sem conectivos, não há conjunções. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS ADJETIVAS ADVERBIAIS Iniciadas por CONJUNÇÃO INTEGRANTE SUBJETIVA → Exerce função de SUJEITO; OBJETIVA DIRETA → Funciona como OD; OBJETIVA INDIRETA → Funciona como OI; COMPLETIVA NOMINAL → Funciona como CN; PREDICATIVA → Exerce função de PREDICADO; APOSITIVA → Desempenha função de APOSTO. Explicativa Com vírgula Restritiva Sem vírgula Iniciadas por PRONOMES RELATIVOS. Iniciadas por CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS, EXCETO AS CONJUNÇÕES INTEGRANTES. CAUSAL COMPARATIVA CONCESSIVA CONDICIONAL CONFORMATIVA CONSECUTIVA FINAL TEMPORALPROPORCIONAL Página 28 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA pode auxiliar você na hora de resolver uma questão de prova. Ao passo que o seu desconhecimento pode fazer com que perca pontos importantes. Então, bora para mais um desafio: Período simples vs Período composto Período SIMPLES Período COMPOSTO Somente um (1) verbo, ou seja, uma (1) oração. (pois oração, com fins didáticos, é sinônimo de verbo) Há dois (2) ou mais verbos, isto é, duas (2) ou mais orações. (Por exemplo, se eu tenho 3 verbos na frase, significa que tenho 3 orações.) Ex. → O altruísmo é uma virtude de grandes pessoas. Ex. → Quando você conseguir, ficarei extremamente contente. Obs.: Você pode encontrar, em provas, oração absoluta, como sinônimo de período simples. Identificando a oração principal: Aprendi a fazer a identificação da oração principal pelo método da eliminação. Assim, a oração principal traz consigo a informação mais importante da frase. Porém, nem sempre é possível encontrá-la apenas conhecendo seu conceito. O método da eliminação consiste em, primeiramente, saber o que não é oração principal. E ela não pode ser iniciada, nem por conjunções nem por pronomes. Então, faz-se a eliminação das orações que são iniciadas, justamente, por conjunções ou pronomes e assim, na grande maioria das vezes, fazendo isso, a oração principal ficará visível para você. Encontrada a oração principal, todas as demais serão classificadas como oração auxiliar ou auxiliares (caso tenha mais de uma). Ex. → Tudo estaria perdido, se não fosse verdade o que dizes. 1º passo: Encontre os verbos (orações) da frase e marque-os. → No exemplo acima, temos três orações: uma locução verbal + dois verbos. 2º passo: Busque, nas orações marcadas, aquelas que possuam conjunções ou pronomes. →No nosso caso, temos a conjunção subordinativa condicional “se” e o pronome demonstrativo “o” que representa “aquilo”, como também o pronome relativo “que”. 3º passo: Na grande maioria das vezes, apenas isso já é o suficiente para enxergá-la (caso não seja, recorra ao conceito – principal informação da frase). → Como temos três orações e duas são iniciadas, ora por conjunção, ora por pronome, automaticamente, nos resta apenas uma, porque oração principal não se inicia por conjunção, nem pronome. Assim, identificamos a oração principal por eliminação. Conjunção Pronome Página 29 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Conclusão: TUDO ESTARIA PERDIDO → Oração principal SE NÃO FOSSE VERDADE O QUE DIZES Orações auxiliares. Página 30 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Predicação Verbal O tópico de predicação verbal complementa tanto o conteúdo de sintaxe, como também a regência verbal, ou seja, é um tema relativamente pequeno, que o ajudará bastante na compreensão de outros tópicos que são importantíssimos em provas. Você já tem noção do que é predicação verbal? Tentarei utilizar a linguagem mais simples e descomplicada possível a fim de explicá-la. Quando estudamos, por exemplo, regência verbal, indiretamente, estamos estudando predicação verbal também. A predicação visa reconhecer se um verbo é intransitivo, transitivo ou de ligação. Vamos entender os macetes e as maneiras de identificar o tipo verbal com o qual estamos operando (trabalhando). Devo salientar que o foco da explicação será no verbo, pois ele é o objeto de estudo da predicação, no entanto, nunca se esqueça que devemos começar a análise sintática pelo SUJEITO. O foco no verbo será apenas por questões didáticas. Então, primeiramente, quando queremos descobrir a transitividade de algum verbo precisamos fazer uma pergunta a ele. Exemplo: “Você entende língua portuguesa?” Partimos do princípio que: quem entende, entende algo ou entende alguma coisa. Logo, a pergunta para o verbo é a seguinte: “Entende o que?” A resposta será: “língua portuguesa”. E sempre quando, na pergunta, não houver preposição, o verbo será classificado como TRANSITIVO DIRETO (veremos isso logo abaixo). Concluindo o raciocínio: conforme o exemplo colocado para ilustrar melhor, podemos inferir que para descobrirmos a predicação verbal é necessário realizar uma pergunta ao verbo e observar como nos foi respondido. Normalmente, a ênfase será se pergunta/resposta tem ou não tem preposição. Pode parecer um assunto complexo, porém não é. Vamos entender melhor abaixo, pois abordaremos um por um dos tipos verbais, separadamente. Página 31 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA VERBO INTRANTISIVO Quando o verbo for intransitivo (VI), não há necessidade de perguntar nada ao verbo, ou seja, ele se basta por si só! Não é preciso nenhum complemento para que faça sentido. Caberá, no máximo, uma pergunta circunstancial, como: onde? quando? E qualquer outra que remeta à circunstância. Ex. → Nasci no Rio Grande do Sul. Observe que o verbo “nascer” não pede complemento, nem solicita alguma “pergunta” a ele. Por quê? Pelo simples fato de que quem nasce, nasce (basta-se por si só). A expressão “no Rio Grande do Sul” é circunstancial. É como se eu tivesse perguntado ao verbo → “Nasceu onde?” E ele, consequentemente, responderia: “no Rio Grande do Sul.” Perdoe-me ser repetitivo, mas neste momento, é importante. Recapitulando e concluindo: quando o verbo se basta por si mesmo é um verbo intransitivo, isto é, não precisa fazer pergunta ao verbo. No máximo, poderá ser feita uma pergunta circunstancial (que sempre será classificada, sintaticamente, como adjunto adverbial). VERBOS TRANTISIVOS Os verbos transitivos se dividem em: verbo transitivo direto (VTD); verbo transitivo indireto (VTI); e verbos transitivo direto e indireto (VTDI). Eis que você se questiona: “Como fazer para reconhecê-los?” Bom, vamos entender isso agora: Verbo Transitivo Direto: Cabe perguntar ao verbo: o que? ou quem? Ex. → Isso implicou multa? Pergunta-se então → Implicou o que? Ele responderá “multa”. Portanto, sabemos que esse verbo é TRANSITIVO DIRETO, pois em sua pergunta para o verbo não há preposição. Página 32 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Verbo Transitivo Indireto: A pergunta dirigida ao verbo possui preposição. Então sempre será: “A que? A quem?” “De que? De quem?” “Com que? Com quem?” “Para que? Para quem?” e assim por diante ... (sempre com preposição). Ex. → Ela se preocupa com sua nota. Pergunta-se então → (...) se preocupa com o que? E ele responderá: “com sua nota”. Podemos concluir que o verbo é TRANSITIVO INDIRETO, porque a pergunta ao verbo tem preposição. Verbo Transitivo Direto e Indireto: Por dedução lógica, você fará uma pergunta sem preposição e outra pergunta com preposição. Observe o exemplo: Ex. → Elas contaram tudo aos pais. Aqui temos um exemplo de VTDI: quem conta, conta algo a alguém. Então, pergunta- se: conta o que a quem? (o que: tudo / a quem? aos pais). Notou? Uma pergunta sem preposição e outra com. Esse é o esquema! VERBO DE LIGAÇÃO O verbo de ligação tem, basicamente, uma função: ligar o sujeito a uma característica sua, isto é, liga o sujeito ao predicativo do sujeito. Então, quando houver esse tipo de construção sintática, será classificado como VL. Ex. → Eles são lindos e humildes. Confira, na próxima página, uma tabela resumo acerca do tema aqui abordado. Assim, você terá um panorama geral e ainda poderá sanar alguma dúvida que, eventualmente, tenha ficado. Página 33 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Resumindo o resumo... VERBO INTRANSITIVO (VI) DE LIGAÇÃO (VL) TRANSITIVO DIRETO (VTD) INDIRETO (VTI) DIRETO E INDIRETO(VTDI) Não há necessidade de perguntar ao verbo (ele se basta por si mesmo). Caberá, no máximo, uma pergunta circunstancial. Liga o sujeito ao predicativo do sujeito, ou seja, a uma característica atribuída a ele. Caberá pergunta SEM preposição ao verbo (o que? ou quem?). Caberá pergunta COM preposição ao verbo (a que? a quem? com que? com quem? de que? de quem? para que? para quem ....) Caberá pergunta, tanto SEM preposição, quanto COM preposição. Exemplos de verbos que, via de regra, são classificados como VERBOS DE LIGAÇÃO (VL): ✓ Ser; ✓ Estar; ✓ Ficar; ✓ Permanecer; ✓ Tornar-se; ✓ Virar; ✓ Dar; ✓ Cair. Exemplos de verbos que, geralmente, são classificados como VERBOS INTRANSITIVOS (VI): ✓ Ir; ✓ Chegar; ✓ Voltar; ✓ Regressar; ✓ Habitar; ✓ Morar; ✓ Residir; ✓ Assistir (no sentido de “morar”). Aqui cabe aquela decoreba. Página 34 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Pontuação Você sabia que pontuação está diretamente relacionada à sintaxe? Isso mesmo! Saber sintaxe é pré-requisito para entender pontuação. Como já a estudamos, podemos tranquilamente adentrar no campo da pontuação sem medo. Começaremos com algumas observações gerais e, aos poucos, veremos: vírgula, ponto e vírgula, dois pontos, ponto de interrogação, ponto de exclamação, travessão, parênteses, aspas e reticências. Observações Gerais Dentre os assuntos acerca de pontuação, devemos ter atenção, sobretudo, com a VÍRGULA (é muito cobrada em provas). Outro ponto bastante relevante para as provas é a colocação ou não da vírgula antes da letra “e”. Como praxe, analisaremos uma a uma. Vírgula Primeiramente, temos uma “regra geral” para o uso da vírgula. Qualquer termo, palavra ou expressão que esteja fora da ordem direta (sujeito + verbo + complemento + adjunto) deve ser pontuado. Em outras palavras, se eu tiver uma ordem contrária à ordem direta, devo assinalar este fato com uma vírgula. Ex. → Eu comi um bolo à tarde. (ordem direta) Se eu mexer em qualquer termo ou palavra que esteja no exemplo acima, devo indicar este acontecimento com a vírgula: Ex. → À tarde, eu comi um bolo. ou Ex. → Eu comi, à tarde, um bolo. ORDEM DIRETA SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO + ADJUNTO Página 35 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO + ADJUNTO Ademais, antes de entrarmos nas regras, propriamente ditas, devemos conhecer os casos em que não se pode utilizar vírgula, bem como o caso em que sua utilização é facultativa. NÃO SE USA VÍRGULA, ENTRE: 1) Sujeito e Verbo; 2) Verbo e Complemento; 3) Substantivo e Complemento Nominal; e 4) Locução de voz passiva e o agente da passiva. Vírgula no Período Simples Conforme A Gramática para Concursos Públicos, do professor Fernando Pestana, o estudo da vírgula se subdivide em: vírgula no período simples e vírgula no período composto. Caso você não se lembre do conceito, basta recapitular nesta apostila, especificamente, na página 28, tópico de sintaxe. E vamos às regras: Utilizamos a vírgula no período simples para: 1) Separar termos de mesma função sintática, numa enumeração: Ex. → Empatia, altruísmo, compaixão e solidariedade são qualidades de pessoas generosas. 2) Separar aposto explicativo: Ex. → Acompanho Mário Sérgio Cortella, grande filósofo e professor, com frequência. A VÍRGULA É FACULTATIVA, ENTRE: I. Complemento e Adjunto. Ordem Direta Termos de mesma função sintática. Página 36 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA 3) Separar vocativo: Ex. → Meu amigo, essa prova é tua! 4) Separar termos repetidos: Ex. → Aquele aluno era dedicado, dedicado. 5) Separar predicativos do sujeito deslocados: Ex. → A aprovada, serena e tranquila, esperava sua nomeação. 6) Separar adjuntos adverbiais deslocados: Ex. → Aqueles que estudam, aos poucos, vão assimilando os conteúdos. 7) Separar termos ou expressões exemplificativas, retificativas ou explicativas: Ex. → A constituição, ao meu ver, deve ser objeto de estudo desde os anos inicias, ou seja, desde o ensino fundamental. Obs.: Expressões como: isto é, ademais, a saber, melhor dizendo, ou melhor, quer dizer, por exemplo, além disso, aliás, antes, inclusive, com efeito, digo, grosso modo (...) Vocativo Termos repetidos. Características atribuídas ao sujeito. Adjunto adverbial Página 37 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Vírgula no Período Composto Separamos as principais regras. Decore-as e faça muitas questões. Utilizamos a vírgula no período composto para: 1) Marcar a elipse de um verbo: Ex. → Em 2017, o Grêmio sagrou-se campeão da Copa Libertadores; em 2018, o River- Plate, da Argentina. (O River-Plate sagrou-se campeão) 2) Separar orações coordenadas assindéticas: Ex. → Acordava-me cedo, levantava da cama, tomava café, organizava a rotina diária. 3) Separar orações coordenadas adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas: Ex. → O empresário, devido à COVID-19, reduziu o salário dos colaboradores em 70%, mas isso não foi suficiente para manter as contas em dia. (oração coordenada adversativa) Ex. → Ora estudava sem parar, ora ficava dias longe dos cadernos. (oração coordenada alternativa) Ex. → Às vezes, a leitura nos mostra caminhos inimagináveis. Portanto, leia sem moderação. (oração coordenada conclusiva) Ex. → Devo buscar desenvolvimento pessoal cada vez mais, porque isso me trará satisfação. (oração coordenada explicativa) 4) Separar orações subordinadas substantivas deslocadas: Ex. → Que vocês estudam língua portuguesa, nós já sabemos. 5) Separar orações subordinadas adjetivas explicativas: Ex. → Os gestores, que são abertos à inovação, atingem índices de eficácia maior. A elipse ocorre quando se deixa o verbo subentendido/implícito. Página 38 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA 6) Separar orações subordinadas adverbiais: Ex. → Quando o projeto foi criado, havia o sonho de levar materiais de ótima qualidade para a maior quantidade de pessoas. 7) Separar orações interferentes: Ex. → O planejamento de distanciamento controlado do Governo do Rio Grande do Sul, até ontem não tinha noção disso, é baseado em um estudo do MIT – Instituto de Tecnologia de Massachutess. Observaremos, agora, a tabela-resumo dos casos fundamentais e indispensáveis em provas que vimos até o momento, de forma esquematizada. São orações que marcam uma advertência, assinalam uma opinião, destacam uma observação ou ressalva. Não tem dependência com outras orações. Vírgula antes da letra “e” Faremos um adendo, pois é um tema bastante abordado em provas. Por isso, é importante dedicarmos nossa atenção. Há três casos possíveis: 1) Polissíndeto (uso OBRIGATÓRIO): Caso tenhamos a repetição do síndeto como forma de enfatizar a ação, devemos, necessariamente, utilizar a vírgula. Ex. → Todos só reclamam, e reclamam, e reclamam. 2) Sujeitos diferentes (uso FACULTATIVO): quando se tratar da letra “e” indicando sujeitos distintos, a vírgula PODE ser utilizada. É opcional. Ex. → Eu trabalhava, e meu filho não. 3) Sentido adversativo (uso FACULTATIVO): Tradicionalmente, “e” é uma conjunção coordenada ADITIVA. Entretanto, pode assumir sentido ADVERSATIVO, equivalendo-se às conjunções coordenadas adversativas. Neste caso, o uso da vírgula é opcional. Ex. → Chovia aquela tarde, e fui nadar. Equivale-se a: “Chovia aquela tarde, MASfui nadar. Página 39 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA TABELA-RESUMO DO USO DA VÍRGULA ORDEM DIRETA SUJ. + VERBO + COMP. + ADJ. “Regra Geral”: Qualquer termo, palavra ou expressão que esteja fora da ordem direta deve ser pontuado NÃO SE USA VÍRGULA, ENTRE: 1) Sujeito e Verbo; 2) Verbo e Complemento; 3) Substantivo e Comp. Nominal; 4) Locução de Voz Pass. e Agente da Passiva. A VÍRGULA É FACULTIVA, ENTRE: 5) Complemento e Adjunto VÍRGULA PERÍODO SIMPLES É utilizada para: Separar - Termos de mesma função sintática, numa enumeração; - Aposto explicativo; - Vocativo; - Termos repetidos; - Predicativo do sujeito deslocado; - Adjunto adverbial deslocado; - Termos ou expressões exemplificativas, retificativas ou explicativas. - PERÍODO COMPOSTO É utilizada para: Marcar Elipse de um verbo. Separar - Orações coordenadas assindéticas; - Orações coordenadas adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas; - Orações subordinadas substantivas deslocadas; - Orações subordinadas adjetivas explicativas; - Orações subordinadas adverbiais; - Orações interferentes; - ANTES DA LETRA “e” - Polissíndeto → Uso OBRIGATÓRIO - Sujeito Diferentes - Sentido Adversativo Uso FACULTATIVO Página 40 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Ponto e Vírgula Este tópico é menos comum em provas, mas não é por esse motivo que devemos deixar de estudá-lo, não é mesmo?! Nunca negligencie nada nos seus estudos. Aliás, conhecimento nunca é demais, apenas cuidado para não sobrecarregar seu cérebro. Para o estudo diário funcionar de maneira eficiente, vai precisa de duas variantes: organização e disciplina. Como já falamos demais, vamos para as regras. O ponto e vírgula é utilizado para: 1) Separar orações coordenadas assindéticas, normalmente entre trechos já separados por vírgula. Ex. → As leis, independente do caso, não podem ser transgredidas; mesmo em situações de dúvidas, elas devem ser obedecidas. 2) Separa vários itens em uma enumeração. Geralmente, presente em leis e na Constituição Federal. Exemplo da Constituição Federal Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I- Construir uma sociedade livre, justa e solidária; II- Garantir o desenvolvimento nacional; III- Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV- Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 3) Separa orações ADVERSATIVAS e CONCLUSIVAS com conectivo deslocado. Ex. → Passarei nesta prova; não posso baixar o ritmo do estudo, entretanto. Ex. → Venceremos a Covid-19; tranquilizem-se, portanto, para conseguimos tomar ações concretas e eficazes. Página 41 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Dois Pontos Vamos diretos às regras. Utilizamos dois pontos para: 1) Introduzir uma citação direta (discurso direto): Ex. → Assim disse Leandro Karnal: “É manchete de jornal a violência que atinge grupos de elite, mas nunca aquela que atinge grupos sociais específicos, como negros, pobres, homossexuais e transexuais.” 2) Introduzir um aposto ou uma oração substantiva apositiva: Ex. → Faz bem ao intelecto ler Mario Sérgio Cortella: grande filósofo e professor. 3) Introduzir uma explicação ou enumeração. Ex. → Em nossas apostilas, estudamos vários temas: sintaxe, predicação verbal, regência verbal... 4) Marca invocação em correspondências. Ex. → Prezadas senhoras: Ponto de Interrogação Talvez este tema seja mais para fins de conhecimento que de provas, propriamente ditas. Porém, faz parte da língua portuguesa e, apesar de mínimas as chances de cair em provas, é melhor conhecê-lo que desconhecê-lo. Utilizamos o ponto de interrogação: Página 42 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA 1) Frase interrogativa direta: Ex. → Você torce para algum time de futebol? Se sim, qual? 2) Entre parêntese para indicar incerteza sobre o que se fala: Ex. → Eu disse a palavra ambiguidade (?), mas acho que ela não é muito usual. 3) Combinado com ponto de exclamação para denotar admiração, surpresa, etc. Ex. → Você não consegue acordar cedo ou falta disciplina?! Ex. → Eu consegui o primeiro lugar no concurso ou estou sonhando?! 4) Em interrogações retóricas: Ex. → A natureza está morrendo e nós não faremos nada? (ou seja, obvio que faremos algo). Ponto de Exclamação O ponto de exclamação também não costuma ser muito cobrado em provas, no entanto, não nos custa adquirir este conhecimento (Vai que caia, né?!) O ponto de exclamação: 1) Vem após interjeições, habitualmente. Ex. → Meus Deus! Que situação embaraçosa. 2) Normalmente, exprime: admiração, surpresa, indignação, etc. Ex. → Que apresentação musical mais linda! 3) É usado para substituir as vírgulas em vocativos enfáticos: Ex. → Minha mãe sempre dizia: “Vai lavar os calçados, João José!” Uma pergunta retórica tem como intuito provocar/incentivar a reflexão sobre determinado tema. Página 43 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA 4) É repetido quando a intenção é marcar ênfase, intensidade na voz: Ex. → Eu não acredito que você fez xixi no sofá, Tobi!!! Travessão Cada vez mais este tema ganha relevância nas provas. Quando se quer dificultar um pouco, lá está o travessão no nosso caminho. Então, “simbora” aprender as regras dele: 1) Indica mudança de interlocutor no diálogo: Exemplo: — Você viu o debate sobre Covid-19? — perguntou João. — Assisti a um debate de duas posições totalmente antagônicas — respondeu Maria. 2) Coloca certos termos, expressões ou orações em relevo: Ex. → Stephen Hawking — grande físico moderno — escreveu o livro: “Breves respostas para grandes questões.” Ex. → Um grupo de estudantes — todos muito entusiasmados — formaram um grupo para discutirem conteúdos afins entre eles. Essa observação é extremamente relevante. O travessão substitui: a vírgula, os dois pontos, os parênteses e os colchetes. Parênteses Os parênteses têm regras bastante semelhantes às do travessão. Embora, o travessão seja mais cobrado, veremos também acerca do uso dos parênteses: 1) Coloca certos termos, expressões ou orações em destaque: Ex. → Stephen Hawking (grande físico moderno) escreveu o livro: “Breves respostas para grandes questões.” Página 44 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Essa observação deve ser lembrada. Os parênteses substituem: a vírgula e os travessões. Ex. → Um grupo de estudantes (todos muito entusiasmados) formaram um grupo para discutirem conteúdos afins entre eles. 2) Inclui dados de bibliografias: Ex. → Mário Sérgio Cortella (2017; pág. 37; “Viver em paz para morrer em paz”) cita: “Na vida, nós devemos ter raízes, e não âncoras. Raiz alimenta, âncora imobiliza.” Há, na tabela abaixo, os casos em que os travessões podem ser utilizados para substituição, como também as circunstancias que o parêntese trabalha como substituto: TRAVESSÃO, pode substituir: PARÊNTESES, podem substituir: Vírgula; Dois pontos; Parênteses; Colchetes. Vírgulas; e Travessões. Aspas Entraremos agora no tema “aspas”. Não é comum cair em provas, porém não deixaremos de ver as principais regras. É necessário utilizar as aspas: 1)Antes e depois de citações: Ex. → “Existem apenas duas maneiras de viver a vida. Uma é como se nada fosse um milagre. A outra é como se tudo fosse um milagre” — Albert Einstein. 2) Para assinalar: Estrangeirismo → Qual “shampoo” você usa? (Shampoo em português é: Xampu); Neologismo → Ele acaba sempre “Cortellando” em suas falas! (“Cortellando” faz referência ao famoso professor e filósofo Mário Sérgio Cortella.) Neologismo é a criação de uma palavra nova, que não existe no dicionário, ou seja, uma palavra inventada. Página 45 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Obs.: Essa observação é bastante relevante. As aspas simples cabem dentro de aspas duplas. Isso quer dizer então que, quando já houver aspas e você precisar colocar outras aspas — ou seja, aspas dentro de aspas — basta utilizar as aspas SIMPLES. Arcaísmo → Olá! Como está, “vossa mercê”? (Arcaísmos são palavras em desuso). Gírias → Tchê, quantos “pilas” dará essa brincadeira? (A gíria “pilas” é sinônimo de dinheiro (valor monetário) no Rio Grande do Sul). Expressões vulgares ou conotativas → Nosso vizinho “bateu as botas”. (Expressão amplamente conhecida para suavizar o óbito de alguém). 3) Para realçar palavras ou expressões impróprias. Normalmente, com sentido de ironia ou malicioso: Ex. → Nossa, como ele é “gentil”. (Ou seja, ele não é nada gentil) Ex. → Consideram-no “arrogante”. Porém, não o vejo desta forma. (Aqui as aspas foram utilizadas para destacar a palavra). 4) Quando é citado nome de livros, mídia, bibliografia, etc. Ex. → Você já leu “O Milagre Da Manhã”. É bem bacana, passa uma visão diferente para sua manhã iniciar sendo produtiva. Reticências Reticência está incluída no rol de temas que não são tão cobrados em provas também, mas não nos custa sabermos o básico sobre ela. Então vamos lá. São utilizadas reticências para: 1) Representar a interrupção de pensamento: Exemplo: — Senhor, quando vamos ... — Espera, espera, tenho uma pergunta antes. Página 46 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA 2) Realçar determinada palavra: Ex. → O seriado Game of thrones é o melhor. O melhor... 3) Indicar hesitação ou suspense: Exemplo: — Sabe em que classificação você ficou no concurso? — Qual? Qual? — Você ficou em ... Ficou em ... Primeiro!! 4) Indicar partes suprimidas de textos: Ex. → No livro “O inferno somos nós”, uma parceria entre Leandro Karnal e a Monja Coen, gosto bastante das seguintes passagens: “Quando falamos sobre a cultura de paz, um dos meus lamentos é que a história da humanidade conte pouco de respostas não violentas da humanidade aos conflitos (...) Por outro lado, lembr0-me do psiquiatra José Ângelo Gaiarsa, que falava algo interessante. Se o bem fosse uma raridade, estaria na primeira página do jornal (...)” E assim, vamos finalizando mais uma etapa. Resumimos os pontos mais importantes para fazer uma prova e conseguir nota máxima em pontuação. Não se esqueça de aplicar estes conhecimentos em questões, porque elas são fundamentais para que você crie um alicerce sólido de aprendizado. Faremos uma última observação e logo iniciaremos mais um capítulo a fim de construir, aos poucos, o conhecimento necessário para que você alcance seu objetivo. SUBSTITUIR PONTO POR DOIS PONTOS Cada vez mais este tipo de substituição é cobrada, principalmente, para quem realiza provas elaboradas pela banca “Cespe/Cebraspe”. A questão é a seguinte: quando é possível fazer a substituição de ponto (.) por dois pontos (:) ? Bom, isso dependerá do contexto, mas tem um “norte” que você pode seguir para buscar a resposta correta. Sempre que a estrutura mantiver o caráter EXPLICATIVO, PODERÁ ser realizada tal substituição sem prejuízo sintático, nem semântico. Página 47 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA Fatos e Dificuldades da Língua Culta Neste tópico observaremos algumas palavras, seja homônimas, seja parônimas ou apenas pares de palavras que confundimos facilmente, dado que são bastante semelhantes na maneira de escrevê-las. Há diversas formas do elaborador cobrá-las em provas, ora preenchendo lacunas, ora identificando se a palavra está corretamente escrita ou até mesmo, solicitando-nos o sentido em que determinada palavra está sendo usada. Vamos para a labuta: PORQUE / POR QUE / PORQUÊ / POR QUÊ PORQUE: Equivale-se a conjunção “pois”. Ex. → “Gosto de ler os livros do Leandro Karnal, porque me identifico com seu modo de pensar.” “Gosto de ler os livros do Leandro Karnal, pois me identifico com seu modo de pensar.” POR QUE: Equivale-se a “por qual motivo/razão”. Ex. → “Por que você estuda tanto?” “Por qual motivo você estuda tanto?” PORQUÊ: Quando for classificado como substantivo, isto é, quando vier determinado. Ex. → “Quero que você reflita sobre o porquê é necessário continuar estudando mesmo desmotivado”. POR QUÊ: Vem sempre junto à pontuação (podendo ser: ponto final, de exclamação, interrogação e assim por diante). “A Covid-19 pegou quase que todos os países do mundo despreparados, por quê?” “Uma coisa é certa: a próxima geração saberá por quê.” ou seja O artigo definido “o” substantiva (determina) a palavra seguinte. Página 48 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA SENÃO / SE NÃO SENÃO: Quando a palavra for escrita desta forma (junta) pode ter sentido de adversidade, exceção ou ser um substantivo com sentido de problema/falha/erro. Ex. → “Nada, nem ninguém, abalará minha confiança senão as palavras daqueles mais próximos, pois contra essas, ainda não tenho vacina.” “Nada, nem ninguém, abalará minha confiança exceto as palavras daqueles mais próximos, pois contra essas, ainda não tenho vacina. SE NÃO: Aqui nós temos uma conjunção condicional (se) e o advérbio de negação (não). Pode-se substituir a conjunção condicional com outra condicional qualquer. Assim você identificará que a escrita, neste caso, é separada. Ex. → “Se não começar a moldar seu futuro agora, ele chegará muito diferente do que você imagina.” “Caso não comece a moldar seu futuro agora, ele chegará muito diferente do que você imagina.” MACETE: O professor Fernando Pestana destaca em seu livro um macete (que ele chama de bizu) para diferenciar ambos. Então, se você puder retirar o não da frase e continuar fazendo sentido, escreva-o separado (se não). Porém, caso não seja possível retirá-lo sem prejuízo semântico, deve-se escrevê-lo junto (senão). Teste isso nas frases acima, você verá que esse macete funciona perfeitamente. MAL / MAU OBS.: O foco aqui não estará em dizer se a palavra é um substantivo, um adjetivo ou um advérbio. Por que não? Bom, sabendo um único macete você acertará sempre, basta lembrar a correlação abaixo. MAL: Substitua-o pela palavra “BEM”. MAU: Substitua-o pela palavra “BOM”. Vamos assimilar esta correlação agora: Ex. → “Eu fui muito mal nessa prova”. Devo dizer eu fui muito BEM ou eu fui muito BOM na prova? Obviamente, devo dizer que fui muito BEM! Logo, se a palavra for substituível por “BEM” significa que o seu antônimo correto é “MAL”. Aliás, utiliza-se o mesmo raciocínio quando for a palavra “MAU”. Apenas é possível ser escrita com “u”, quando substituível por “BOM”. Isto é Página 49 de 79 RESUMOS DE CONCURSEIRO – LÍNGUA PORTUGUESA ONDE / AONDE / DONDE ONDE: É considerado um pronome relativo, que retoma sempre um lugar. Ou, ainda, pode ser classificado como advérbio de lugar. A ênfase, portanto, sempre remeterá a algum local. Ex. → “Saudades da minha cidade natal, onde vivi toda minha infância e adolescência.” AONDE: Este “a”, na frente, é justamente uma preposição (a), que foi “solicitada”
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