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Medicina Veterinária – Melhoramento Genético Animal – Prof. Maricelma Simiano Jung Discente: Rálida Oliveira Principais Diferenças Fenotípicas e Genéticas Entre Bardotos E Muares O artigo relatou sobre as diferenças, semelhanças e impacto econômico encontradas em duas linhagens de animais sendo eles bardotos e muares, que provém do cruzamento entre duas espécies: Equus cabalus e Equus asinus, com o cruzamento dessas duas espécies gera um animal híbrido por conta da diferença cromossomal do cruzamento. Quando cruzamos um cavalo x jumenta temos como resultado um hibrido denominado bardoto, diferente de quando cruzamos um Jumento x Égua que o resultado do cruzamento é um híbrido denominado muar. A principal diferença entre esses dois subtipos é basicamente fenotípica e comportamental, qual também impactará economicamente. No antigo Egito havia uma quantidade maior de jumentas e poucos cavalos provendo assim bardotos. As diferenças entre muares e bardotos são morfológicas como: o tamanho da cabeça, das narinas, a diferença de coloração dos cascos e também da pelagem. Não há padronização real dessas diferenças pois depende de quais raças são os reprodutores, mas a diferença há e é clara ao vivo e a cores. Quanto ao comportamento, os bardotos são geralmente mais dóceis, mais calmos e mais fáceis de adestrar. Já os muares tem naturalmente uma personalidade mais forte, naturalmente são mais ariscos e traiçoeiros, dificultando o processo de adestramento, porém quando adestrados são fiéis e obedientes. Economicamente os criadores de animais híbridos preferem o muar pois herdam dos asininos a sua rusticidade, resistência a ecto e endoparasitas, adaptabilidade a climas quentes, inteligência e prudência, recebendo do cavalo, a energia e o temperamento. Como adaptação toleram o calor melhor do que os cavalos, suportando melhor exercícios prolongados e em regiões de clima quente, montanhosas e de vegetação seca, revela a sua maior preferência em relação a outros animais utilizados para trabalho dentre o cavalo, o jumento, o boi e até camelo. E também para agregar valor os muares carregam até dois terços do seu próprio peso, tendo mais capacidade de tração que os cavalos. Atualmente os muares estão ganhando valor nacional devido a busca de resistência e também da beleza morfológica que associações como a ABCJPÊGA tem reproduzido. Éguas das raças manga larga marchador e também da raça campolina são as preferências para obterem um muar de qualidade, com bom tamanho de cabeça, de orelha, de abertura de narina e também de lombo e a raça interfere além da beleza, mas também no andar. O andar do manga larga é macio e trás mais conforto ao muladeiro. Já o campolina não marcha na maioria das vezes, tornando o animal mais desconfortável para longas cavalgadas. Considerações: O foco da evolução sempre foi o mesmo: qualidade de vida. Animais que proporcionam a melhora na qualidade de vida do criador são os animais que terão um melhor valor de mercado. Desde o princípio da evolução econômica a busca por um melhor método de transporte fez com que os animais fossem evoluindo para a melhor comodidade do seu criador. Porém para todo comércio há uma necessidade e para toda necessidade há um valor. Os animais bardotos atualmente em todo o mundo são mais comercializados como carne animal para a china e o Vietnã, pois não há muita preferência morfológica quanto os muares e os equinos. Atualmente o Brasil possui frigoríficos autorizados para esse abate que se localizam na região nordeste e nos estados do Rio Grande do sul, Minas Gerais e Paraná, no Brasil a carne não tem consumo (frequentemente). Já os muares e equinos são utilizados para esportes (cavalgadas, provas de marcha, de rédea, de laço) que impactam economicamente no setor rural. A região qual você é criado diz muito sobre a cultura qual é exposto e claro, diz muito sobre suas preferências. Nas regiões norte, centro-oeste, sudeste e nordeste possuem uma certa paixão por muares e equinos, enquanto no sul do país por conta da sua cultura os muares não são tão bem reconhecidos pois não há comercialização de grande importância, a preferência sulista é o equino da raça crioulo. Já estados como Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás (...) são apaixonados por equinos da raça quarto de milha e por muares de boa qualidade que provém das raças manga larga paulista. Então como podemos perceber o interessante do estudo feito sobre muares e bardotos é mostrar esse outro lado da moeda, porém não podemos deixar por baixo que os estudos sobre esses animais são escassos e há uma necessidade de uma especialidade maior no setor. Como aluna de medicina veterinária vejo o quão escasso é a bdusca por materiais que agregam o estudante dessa área de atuação. Já como criadora de muares vejo que o mercado precisa urgentemente de profissionais mais capacitados para atuação no dia a dia por conta de acidentes e traumas e mais do que nunca de profissionais que atuem diariamente na busca do melhor da genética dos asininos e equinos para que o resultado futuro seja um muar de excelência.
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