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Um recém-nascido desenvolveu um quadro clínico de tétano neonatal (tétano umbilical, "mal dos sete dias"), cuja contaminação pode ter ocorrido durante a secção do cordão com instrumentos não esterilizados ou pela utilização subsequente de substâncias contaminadas para realização de curativo no coto umbilical (fumo, pó de café, etc.). O tétano neonatal é adquirido quando ocorre contaminação do cordão umbilical com esporos do Clostridium tetani, que em condições favoráveis tornam-se capazes de aumentar em número e produzir uma toxina tetânica capaz de se ligar a interneurônios inibitórios, impedindo a liberação de glicina, ocasionado uma liberação excessiva de acetilcolina, induzindo contraturas musculares intensas, podendo progredir e afetar os músculos respiratórios. Em relação a esta espécie bacteriana, responda: Justifique a maior resistência associada aos esporos bacterianos em relação às formas vegetativas? Algumas espécies de bactérias, quando submetidas a condições ambientais desfavoráveis, como escassez de nutrientes ou de água, são capazes de formar estruturas denominadas esporos, ou endosporos (do grego, endos: dentro), por um processo denominado esporulação, ou esporogênese. As bactérias podem permanecer vivas na forma de esporos durantes anos, se mantidos a temperatura usuais e em estado seco. Entretanto, assim que o ambiente se torna favorável, estes esporos podem voltar a de reproduzir e se multiplicar. Os esporos bacterianos são bem mais resistentes se comparados aos esporos vegetativos, pois esses resistem a temperaturas muito elevadas, dificultando sua eliminação e favorecendo a proliferação dos mesmos. Os esporos bacterianos apresentam uma maior resistência do que as formas vegetativas, pelo fato de serem mais resistentes a variações de fatores externos, como temperatura, pressão, umidade. Os esporos bacterianos são muito relevantes para áreas de Medicina e indústria alimentícia, principalmente pelo fato de serem resistentes ao calor e à esterilização química, quando comparados com células em estado vegetativo, podendo contaminar alimentos e, consequentemente, provocar doenças. Uma das formas de eliminar definitivamente os esporos é a autoclavagem, técnica pela qual materiais como roupas, alguns alimentos, instrumentos hospitalares e laboratoriais são tratados com vapor de água em elevadas temperaturas (acima de 120°C) durante um período de, no mínimo, 20 minutos, num aparelho denominado autoclave. Materiais que não podem ser submetidos à autoclavagem, como alimentos e materiais que não resistem a altas temperaturas, podem ser esterilizados por meio da irradiação. Esporos bacterianos, também chamados de endósporos, foram primeiramente estudados há mais de 100 anos por Cohn e também por Koch, em 1876 descoberta da existência dos endósporos associada às suas características de resistência foram de grande importância para a microbiologia, sobretudo do ponto de vista clínico e da indústria de alimentos, pois processos capazes de matar células na forma vegetativa não são suficientes contra a célula na forma esporulada. Enquanto a maioria das células na forma vegetativa é morta com temperaturas em torno de 70°C, os endósporos podem sobreviver até em água fervente. A esporulação, processo pelo qual alguns gêneros de bactérias formam esporos, ocorre quando estas bactérias estão em ambiente que ameaçam a sua sobrevivência, que não tem nutrientes suficientes para que cresçam e se reproduzam. As condições ambientais são adversas para o crescimento bacteriano. De maneira geral, isto ocorre quando há falta de nutrientes. O esporo é uma camada que protege a bactéria e é responsável pela resistência e ao ataque dos agentes físicos e químicos da esterilização e desinfecção Na fase esporulada, as bactérias não realizam atividade biossintética e reduzem sua atividade respiratória. Nesta fase também não ocorre a multiplicação e crescimento bacteriano. As bactérias podem permanecer vivas na forma de esporos durante anos, se mantidos a temperaturas usuais e em estado seco. Entretanto, assim que o ambiente se torna favorável, estes esporos podem voltar a se reproduzir e multiplicar. Referências http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/esporo.htm https://knoow.net/ciencterravida/biologia/esporos-bacterianos/
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