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LEGISLAÇÃO NOTARIAL E 
REGISTRAL MAIS COBRADA 
 
RCPN 
 
 
 
 
 
 
 
 
Equipe Pedagógica Instituto Fórmula 
Coordenação: Nayara Neiva 
Coord. Geral:Mauro Moreira 
 
	
	
 
 
METODOLOGIA: LEGISLAÇÃO NOTARIAL E REGISTRAL MAIS COBRADA 
 
 Olá. Meu nome é Nayara Resende Neiva. 
Iniciei os estudos para concurso de cartório em 2016 e comecei a realizar as 
provas a partir de 2018, sendo a primeira no Estado de São Paulo, a qual fui aprovada 
na primeira fase com 65 pontos. Posteriormente obtive outras aprovações, como no 
Estado do Paraná (1ª fase: 78 pontos; 2ª fase (aprovada): aguardando resultado final) 
e em Santa Catarina (1ª fase: 86 pontos). 
Muitos colegas dos concursos de cartório me perguntam o que foi decisivo para 
eu ter pulado de 65 para 86 pontos em tão pouco tempo. 
Bem, foi uma série de fatores. 
Mas o mais decisivo foi eu ter mapeado todas as provas de concursos de 
cartório. Com isso percebi que, principalmente na parte notarial e registral, a cobrança 
é de mais 90% da “lei seca” na primeira fase. 
Isso vale para todas as bancas: Ieses, Vunesp, Consulplan e até o CESPE 
(aqui há maior cobrança doutrinária e jurisprudencial). 
Perceber isso e montar um material com a legislação mais cobrada foi um 
grande diferencial, pois antes perdia muito tempo lendo milhares de páginas de 
doutrina que quase nunca eram cobradas nas primeiras fases. 
Outro detalhe que me fez subir mais ainda as minhas notas foi o de perceber 
que quando se fala em “lei seca” em cartório é preciso pontuar que não só as leis em 
sentido estrito são cobradas, mas, em larga escala, são cobrados os provimentos, 
resoluções e portarias do CNJ, bem como os Códigos de Normas locais. 
Abaixo, compilei os principais temas cobrados nas últimas provas quanto ao 
RCPN. 
Quer comprovar a hipótese, basta olhar as questões comentadas abaixo do 
legislação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
	
 
Artigos mais cobrados e dicas de Registro Civil das Pessoas Naturais 
1) LEI 6.015/73 
Art. 29. Serão registrados no registro civil de pessoas naturais: 
I - os nascimentos; 
II - os casamentos; 
III - os óbitos; 
IV - as emancipações; 
V - as interdições; 
VI - as sentenças declaratórias de ausência; 
VII - as opções de nacionalidade; 
VIII - as sentenças que deferirem a legitimação adotiva. 
 
#DICA: A pessoa NASCE (nascimento), CRESCE (emancipação), CASA (casamento), FICA 
LOUCA (interdição) e MORRE (óbito/morte presumida) + ANA (ausência, nacionalidade, 
legitimação adotiva). 
 
§ 1º Serão averbados: 
a) as sentenças que decidirem a nulidade ou anulação do casamento, o desquite e o 
restabelecimento da sociedade conjugal; 
b) as sentenças que julgarem ilegítimos os filhos concebidos na constância do casamento e as 
que declararem a filiação legítima; 
c) os casamentos de que resultar a legitimação de filhos havidos ou concebidos anteriormente; 
d) os atos judiciais ou extrajudiciais de reconhecimento de filhos ilegítimos; 
e) as escrituras de adoção e os atos que a dissolverem; 
f) as alterações ou abreviaturas de nomes. 
 
§ 2º É competente para a inscrição da opção de nacionalidade o cartório da residência do 
optante, ou de seus pais. Se forem residentes no estrangeiro, far-se-á o registro no DF. 
 
§ 3o Os ofícios do registro civil das pessoas naturais são considerados ofícios da cidadania e 
estão autorizados a prestar outros serviços remunerados, na forma prevista em convênio, em 
credenciamento ou em matrícula com órgãos públicos e entidades interessadas. 
 
§ 4o O convênio referido no § 3o deste artigo independe de homologação e será firmado pela 
entidade de classe dos registradores civis de pessoas naturais de mesma abrangência territorial 
do órgão ou da entidade interessada. 
 
 
Art. 32. Os assentos de nascimento, óbito e de casamento de brasileiros em país estrangeiro 
serão considerados autênticos, nos termos da lei do lugar em que forem feitos, legalizadas as 
certidões pelos cônsules ou quando por estes tomados, nos termos do regulamento consular. 
 
§ 1º Os assentos de que trata este artigo serão, porém, transladados nos cartórios de 1º Ofício 
do domicílio do registrado ou no 1º Ofício do Distrito Federal, em falta de domicílio conhecido, 
quando tiverem de produzir efeito no País, ou, antes, por meio de segunda via que os cônsules 
serão obrigados a remeter por intermédio do Ministério das Relações Exteriores. 
 
§ 2° O filho de brasileiro ou brasileira, nascido no estrangeiro, e cujos pais não estejam ali a 
serviço do Brasil, desde que registrado em consulado brasileiro ou não registrado, venha 
a residir no território nacional antes de atingir a maioridade, poderá requerer, no juízo de 
seu domicílio, se registre, no livro "E" do 1º Ofício do Registro Civil, o termo de nascimento. 
 
Art. 33 Haverá, em cada cartório, os seguintes livros, todos com 300 folhas cada um: 
	
	
I - "A" - de registro de nascimento; 
II - "B" - de registro de casamento; 
III - "B Auxiliar" - de registro de casamento Religioso para Efeitos Civis; 
IV - "C" - de registro de óbitos; 
V - "C Auxiliar" - de registro de natimortos; 
VI - "D" - de registro de proclama. 
 
Art. 42. A testemunha para os assentos de registro deve satisfazer às condições exigidas pela 
lei civil, sendo admitido o parente, em qualquer grau, do registrado. 
Parágrafo único. Quando a testemunha não for conhecida do oficial do registro, deverá 
apresentar documento hábil da sua identidade, do qual se fará, no assento, expressa menção. 
Art. 46. As declarações de nascimento feitas após o decurso do prazo legal serão registradas 
no lugar de residência do interessado. 
§ 1o O requerimento de registro será assinado por 2 testemunhas, sob as penas da lei. 
§ 3o O oficial do Registro Civil, se suspeitar da falsidade da declaração, poderá exigir prova 
suficiente. 
§ 4o Persistindo a suspeita, o oficial encaminhará os autos ao juízo competente. 
§ 5º Se o Juiz não fixar prazo menor, o oficial deverá lavrar o assento dentro em 5 dias, sob 
pena de pagar multa correspondente a um salário mínimo da região. 
 
Art. 47. Se o oficial do registro civil recusar fazer ou retardar qualquer registro, averbação ou 
anotação, bem como o fornecimento de certidão, as partes prejudicadas poderão queixar-se à 
autoridade judiciária, a qual, ouvindo o acusado, decidirá dentro de cinco (5) dias. 
§ 1º Se for injusta a recusa ou injustificada a demora, o Juiz que tomar conhecimento do fato 
poderá impor ao oficial multa de 1 - 10 salários mínimos da região, ordenando que, no prazo 
improrrogável de 24h, seja feito o registro, a averbação, a anotação ou fornecida certidão, sob 
pena de prisão de cinco (5) a vinte (20) dias. 
§ 2º Os pedidos de certidão feitos por via postal, telegráfica ou bancária serão obrigatoriamente 
atendidos pelo oficial do registro civil, satisfeitos os emolumentos devidos, sob as penas previstas 
no parágrafo anterior. 
Art. 49. Os oficiais do registro civil remeterão à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística, dentro dos primeiros oito dias dos meses de janeiro, abril, julho e outubro de 
cada ano, um mapa dos nascimentos, casamentos e óbitos ocorridos no trimestre anterior. 
§ 1º A Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística fornecerá mapas para a execução 
do disposto neste artigo, podendo requisitar aos oficiais do registro que façam as correções que 
forem necessárias. 
§ 2º Os oficiais que, no prazo legal, não remeterem os mapas, incorrerão na multa de um a cinco 
salários mínimos da região, que será cobrada como dívida ativa da União, sem prejuízo da ação 
penal que no caso couber. 
§ 3o No mapa de que trata o caput deverá ser informado o número da identificação da DNV. 
§ 4o Os mapas dos nascimentos deverão ser remetidos aos órgãos públicos interessados no 
cruzamento das informações do registro civil e da DNV conforme o regulamento, com o objetivo 
de integrar a informação e promovera busca ativa de nascimentos. 
§ 5o Os mapas previstos no caput e no § 4o deverão ser remetidos por meio digital quando o 
registrador detenha capacidade de transmissão de dados. 
 
Do nascimento 
 
Art. 50. Todo nascimento que ocorrer no território nacional deverá ser dado a registro, no lugar 
em que tiver ocorrido o parto ou no lugar da residência dos pais, dentro do prazo de 15 dias, 
que será ampliado em até 3 meses para os lugares distantes mais de 30km da sede do 
cartório. 
§ 1º Quando for diverso o lugar da residência dos pais, observar-se-á a ordem contida nos itens 
1º e 2º do art. 52. 
	
	
§ 2º Os índios, enquanto não integrados, não estão obrigados a inscrição do nascimento. Este 
poderá ser feito em livro próprio do órgão federal de assistência aos índios. 
§ 5º Aos brasileiros nascidos no estrangeiro se aplicará o disposto neste artigo, ressalvadas as 
prescrições legais relativas aos consulados. 
 
Art. 52. São obrigados a fazer declaração de nascimento: 
1o) o pai ou a mãe, isoladamente ou em conjunto, observado o disposto no § 2o do art. 54; 
2º) no caso de falta ou de impedimento de um dos indicados no item 1o, outro indicado, que 
terá o prazo para declaração prorrogado por 45 dias; 
3º) no impedimento de ambos, o parente mais próximo, sendo maior achando-se presente; 
4º) em falta ou impedimento do parente referido no número anterior os administradores de 
hospitais ou os médicos e parteiras, que tiverem assistido o parto; 
5º) pessoa idônea da casa em que ocorrer, sendo fora da residência da mãe; 
6º) finalmente, as pessoas (VETADO) encarregadas da guarda do menor. 
 
§ 1° Quando o oficial tiver motivo para duvidar da declaração, poderá ir à casa do recém-
nascido verificar a sua existência, ou exigir a atestação do médico ou parteira que tiver 
assistido o parto, ou o testemunho de duas pessoas que não forem os pais e tiverem visto o 
recém-nascido. 
§ 2º Tratando-se de registro fora do prazo legal o oficial, em caso de dúvida, poderá requerer ao 
Juiz as providências que forem cabíveis para esclarecimento do fato. 
§ 3º O oficial de registro civil comunicará o registro de nascimento ao Ministério da Economia 
e ao INSS pelo Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (Sirc) ou por outro meio que 
venha a substituí-lo. 
Art. 54. O assento do nascimento deverá conter: 
1°) o dia, mês, ano e lugar do nascimento e a hora certa, sendo possível determiná-la, ou 
aproximada; 
2º) o sexo do registrando; 
3º) o fato de ser gêmeo, quando assim tiver acontecido; 
4º) o nome e o prenome, que forem postos à criança; 
5º) a declaração de que nasceu morta, ou morreu no ato ou logo depois do parto; 
6º) a ordem de filiação de outros irmãos do mesmo prenome que existirem ou tiverem existido; 
7º) Os nomes e prenomes, a naturalidade, a profissão dos pais, o lugar e cartório onde se 
casaram, a idade da genitora, do registrando em anos completos, na ocasião do parto, e o 
domicílio ou a residência do casal. 
8º) os nomes e prenomes dos avós paternos e maternos; 
9o) os nomes e prenomes, a profissão e a residência das duas testemunhas do assento, quando 
se tratar de parto ocorrido sem assistência médica em residência ou fora de unidade hospitalar 
ou casa de saúde; 
10) o número de identificação da Declaração de Nascido Vivo, com controle do dígito verificador, 
exceto na hipótese de registro tardio previsto no art. 46 desta Lei; e 
11) a naturalidade do registrando. 
§ 1o Não constituem motivo para recusa, devolução ou solicitação de retificação da Declaração 
de Nascido Vivo por parte do Registrador Civil das Pessoas Naturais: 
 I - equívocos ou divergências que não comprometam a identificação da mãe; 
 II - omissão do nome do recém-nascido ou do nome do pai; 
 III - divergência parcial ou total entre o nome do recém-nascido constante da declaração e o 
escolhido em manifestação perante o registrador no momento do registro de nascimento, 
prevalecendo este último; 
 IV - divergência parcial ou total entre o nome do pai constante da declaração e o verificado pelo 
registrador nos termos da legislação civil, prevalecendo este último; 
 V - demais equívocos, omissões ou divergências que não comprometam informações relevantes 
para o registro de nascimento. 
 
	
	
§ 2o O nome do pai constante da Declaração de Nascido Vivo não constitui prova ou presunção 
da paternidade, somente podendo ser lançado no registro de nascimento quando verificado nos 
termos da legislação civil vigente. 
§ 3o Nos nascimentos frutos de partos sem assistência de profissionais da saúde ou parteiras 
tradicionais, a DNV será emitida pelos Oficiais de Registro Civil que lavrarem o registro de 
nascimento, sempre que haja demanda das Secretarias Estaduais ou Municipais de Saúde para 
que realizem tais emissões. 
 
§ 4o A naturalidade poderá ser do Município em que ocorreu o nascimento ou do Município de 
residência da mãe do registrando na data do nascimento, desde que localizado em território 
nacional, e a opção caberá ao declarante no ato de registro do nascimento. 
Art. 55. Quando o declarante não indicar o nome completo, o oficial lançará adiante do prenome 
escolhido o nome do pai, e na falta, o da mãe, se forem conhecidos e não o impedir a condição 
de ilegitimidade, salvo reconhecimento no ato. 
Parágrafo único. Os oficiais do registro civil não registrarão prenomes suscetíveis de expor ao 
ridículo os seus portadores. Quando os pais não se conformarem com a recusa do oficial, este 
submeterá por escrito o caso, independente da cobrança de quaisquer emolumentos, à decisão 
do Juiz competente. 
Art. 56. O interessado, no primeiro ano após ter atingido a maioridade civil, poderá, pessoalmente 
ou por procurador bastante, alterar o nome, desde que não prejudique os apelidos de família, 
averbando-se a alteração que será publicada pela imprensa. 
Art. 57. A alteração posterior de nome, somente por exceção e motivadamente, após audiência 
do Ministério Público, será permitida por sentença do juiz a que estiver sujeito o registro, 
arquivando-se o mandado e publicando-se a alteração pela imprensa, ressalvada a hipótese do 
art. 110 desta Lei. 
 
§ 1º Poderá, também, ser averbado, nos mesmos termos, o nome abreviado, usado como firma 
comercial registrada ou em qualquer atividade profissional. 
 
§ 2º A mulher solteira, desquitada ou viúva, que viva com homem solteiro, desquitado ou viúvo, 
excepcionalmente e havendo motivo ponderável, poderá requerer ao juiz competente que, no 
registro de nascimento, seja averbado o patronímico de seu companheiro, sem prejuízo dos 
apelidos próprios, de família, desde que haja impedimento legal para o casamento, decorrente 
do estado civil de qualquer das partes ou de ambas. 
 
§ 3º O juiz competente somente processará o pedido, se tiver expressa concordância do 
companheiro, e se da vida em comum houverem decorrido, no mínimo, 5 anos ou existirem filhos 
da união. 
 
§ 4º O pedido de averbação só terá curso, quando desquitado o companheiro, se a ex-esposa 
houver sido condenada ou tiver renunciado ao uso dos apelidos do marido, ainda que dele receba 
pensão alimentícia. 
 
§ 5º O aditamento regulado nesta Lei será cancelado a requerimento de uma das partes, ouvida 
a outra. 
 
§ 6º Tanto o aditamento quanto o cancelamento da averbação previstos neste artigo serão 
processados em segredo de justiça. 
 
§ 7o Quando a alteração de nome for concedida em razão de fundada coação ou ameaça 
decorrente de colaboração com a apuração de crime, o juiz competente determinará que haja 
	
	
a averbação no registro de origem de menção da existência de sentença concessiva da 
alteração, sema averbação do nome alterado, que somente poderá ser procedida mediante 
determinação posterior, que levará em consideração a cessação da coação ou ameaça que deu 
causa à alteração. 
 
§ 8o O enteado ou a enteada, havendo motivo ponderável e na forma dos §§ 2o e 7o deste artigo, 
poderá requerer ao juiz competente que, no registro de nascimento, seja averbado o nome de 
família de seu padrasto ou de sua madrasta, desde que haja expressa concordância destes, 
sem prejuízo de seus apelidos de família. 
 
Art. 58. O prenome será definitivo, admitindo-se, todavia, a sua substituição por apelidos 
públicos notórios. 
 
 
 
 
Do casamento 
 
Art. 67. Na habilitação para o casamento, os interessados, apresentando os documentos 
exigidos pela lei civil, requererão ao oficial do registro do distrito de residência de um dos 
nubentes, que lhes expeça certidão de que se acham habilitados para se casarem. 
 
§ 1º Autuada a petição com os documentos, o oficial mandará afixar proclamas de casamento 
em lugar ostensivo de seu cartório e fará publicá-los na imprensa local, se houver, Em seguida, 
abrirá vista dos autos ao órgão do Ministério Público, para manifestar-se sobre o pedido e 
requerer o que for necessário à sua regularidade, podendo exigir a apresentação de atestado de 
residência, firmado por autoridade policial, ou qualquer outro elemento de convicção admitido 
em direito. 
 
§ 2º Se o órgão do Ministério Público impugnar o pedido ou a documentação, os autos serão 
encaminhados ao Juiz, que decidirá sem recurso. 
 
§ 3º Decorrido o prazo de 15 dias a contar da afixação do edital em cartório, se não aparecer 
quem oponha impedimento nem constar algum dos que de ofício deva declarar, ou se tiver sido 
rejeitada a impugnação do órgão do Ministério Público, o oficial do registro certificará a 
circunstância nos autos e entregará aos nubentes certidão de que estão habilitados para se casar 
dentro do prazo previsto em lei. 
 
§ 4º Se os nubentes residirem em diferentes distritos do Registro Civil, em um e em outro se 
publicará e se registrará o edital. 
 
§ 5º Se houver apresentação de impedimento, o oficial dará ciência do fato aos nubentes, para 
que indiquem em 3 dias prova que pretendam produzir, e remeterá os autos a juízo; 
produzidas as provas pelo oponente e pelos nubentes, no prazo de 10 dias, com ciência do 
Ministério Público, e ouvidos os interessados e o órgão do Ministério Público em 5 dias, decidirá 
o Juiz em igual prazo. 
 
§ 6º Quando o casamento se der em circunscrição diferente daquela da habilitação, o oficial do 
registro comunicará ao da habilitação esse fato, com os elementos necessários às anotações 
nos respectivos autos. 
 
Art. 68. Se o interessado quiser justificar fato necessário à habilitação para o casamento, 
deduzirá sua intenção perante o Juiz competente, em petição circunstanciada indicando 
testemunhas e apresentando documentos que comprovem as alegações. 
 
	
	
§ 1º Ouvidas as testemunhas, se houver, dentro do prazo de 5 dias, com a ciência do órgão do 
Ministério Público, este terá o prazo de 24 horas para manifestar-se, decidindo o Juiz em igual 
prazo, sem recurso. 
 
§ 2° Os autos da justificação serão encaminhados ao oficial do registro para serem anexados ao 
processo da habilitação matrimonial. 
 
Art. 69. Para a dispensa de proclamas, nos casos previstos em lei, os contraentes, em petição 
dirigida ao Juiz, deduzirão os motivos de urgência do casamento, provando-a, desde logo, com 
documentos ou indicando outras provas para demonstração do alegado. 
 
§ 1º Quando o pedido se fundar em crime contra os costumes, a dispensa de proclamas será 
precedida da audiência dos contraentes, separadamente e em segredo de justiça. 
 
§ 2º Produzidas as provas dentro de 5 dias, com a ciência do órgão do Ministério Público, que 
poderá manifestar-se, a seguir, em 24 horas, o Juiz decidirá, em igual prazo, sem recurso, 
remetendo os autos para serem anexados ao processo de habilitação matrimonial. 
 
Art. 73. No prazo de 30 dias (90 dias – CC) a contar da realização, o celebrante ou qualquer 
interessado poderá, apresentando o assento ou termo do casamento religioso, requerer-lhe o 
registro ao oficial do cartório que expediu a certidão. 
§ 1º O assento ou termo conterá a data da celebração, o lugar, o culto religioso, o nome do 
celebrante, sua qualidade, o cartório que expediu a habilitação, sua data, os nomes, profissões, 
residências, nacionalidades das testemunhas que o assinarem e os nomes dos contraentes. 
 
§ 2º Anotada a entrada do requerimento o oficial fará o registro no prazo de 24 horas 
 
§ 3º A autoridade ou ministro celebrante arquivará a certidão de habilitação que lhe foi 
apresentada, devendo, nela, anotar a data da celebração do casamento. 
 
Art. 74. O casamento religioso, celebrado sem a prévia habilitação, perante o oficial de registro 
público, poderá ser registrado desde que apresentados pelos nubentes, com o requerimento 
de registro, a prova do ato religioso e os documentos exigidos pelo Código Civil, suprindo 
eles eventual falta de requisitos nos termos da celebração. 
P. único. Processada a habilitação com a publicação dos editais e certificada a inexistência de 
impedimentos, o oficial fará o registro do casamento religioso, de acordo com a prova do ato e 
os dados constantes do processo, observado o disposto no artigo 70. 
 
Art. 75. O registro produzirá efeitos jurídicos a contar da celebração do casamento. 
Parágrafo único. O oficial de registro civil comunicará o registro ao Ministério da Economia e ao 
INSS pelo Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (Sirc) ou por outro meio que venha 
a substituí-lo. 
 
Art. 76. Ocorrendo iminente risco de vida de algum dos contraentes, e não sendo possível a 
presença da autoridade competente para presidir o ato, o casamento poderá realizar-se na 
presença de 6 testemunhas, que comparecerão, dentro de 5 dias (10 dias – CC), perante a 
autoridade judiciária mais próxima, a fim de que sejam reduzidas a termo suas declarações. 
 
§ 1º Não comparecendo as testemunhas, espontaneamente, poderá qualquer interessado 
requerer a sua intimação. 
 
§ 2º Autuadas as declarações e encaminhadas à autoridade judiciária competente, se outra for 
a que as tomou por termo, será ouvido o órgão do Ministério Público e se realizarão as diligências 
necessárias para verificar a inexistência de impedimento para o casamento. 
 
§ 3º Ouvidos dentro em 5 dias os interessados que o requerem e o órgão do Ministério Público, 
o Juiz decidirá em igual prazo. 
	
	
 
§ 4º Da decisão caberá apelação com ambos os efeitos. 
 
§ 5º Transitada em julgado a sentença, o Juiz mandará registrá-la no Livro de Casamento. 
 
Do óbito 
 
Art. 77. Nenhum sepultamento será feito sem certidão do oficial de registro do lugar do 
falecimento ou do lugar de residência do de cujus, quando o falecimento ocorrer em local 
diverso do seu domicílio, extraída após a lavratura do assento de óbito, em vista do atestado 
de médico, se houver no lugar, ou em caso contrário, de duas pessoas qualificadas que tiverem 
presenciado ou verificado a morte. 
 
§ 1º Antes de proceder ao assento de óbito de criança de menos de 1 ano, o oficial verificará 
se houve registro de nascimento, que, em caso de falta, será previamente feito. 
 
§ 2º A cremação de cadáver somente será feita daquele que houver manifestado a vontade de 
ser incinerado ou no interesse da saúde pública e se o atestado de óbito houver sido firmado 
por 2 médicos ou por 1 médico legista e, no caso de morte violenta, depois de autorizada pela 
autoridade judiciária. 
 
Art. 78. Na impossibilidade de ser feito o registro dentro de 24 horas do falecimento, pela 
distância ou qualquer outro motivo relevante, o assento será lavrado depois, com a maior 
urgência, e dentro dos prazos fixados no artigo 50. 
Legitimação adotiva 
Art. 95. Serão registradas no registrode nascimentos as sentenças de legitimação adotiva, 
consignando-se nele os nomes dos pais adotivos como pais legítimos e os dos ascendentes 
dos mesmos se já falecidos, ou sendo vivos, se houverem, em qualquer tempo, manifestada por 
escrito sua adesão ao ato. 
 
Parágrafo único. O mandado será arquivado, dele não podendo o oficial fornecer certidão, a não 
ser por determinação judicial e em segredo de justiça, para salvaguarda de direitos. 
 
Art. 96. Feito o registro, será cancelado o assento de nascimento original do menor. 
 
Averbação 
 
Art. 100. No livro de casamento, será feita averbação da sentença de nulidade e anulação de 
casamento, bem como do desquite, declarando-se a data em que o Juiz a proferiu, a sua 
conclusão, os nomes das partes e o trânsito em julgado. 
 
§ 1º Antes de averbadas, as sentenças não produzirão efeito contra terceiros. 
 
§ 2º As sentenças de nulidade ou anulação de casamento não serão averbadas enquanto 
sujeitas a recurso, qualquer que seja o seu efeito. 
 
§ 3º A averbação a que se refere o parágrafo anterior será feita à vista da carta de sentença, 
subscrita pelo presidente ou outro Juiz do Tribunal que julgar a ação em grau de recurso, da qual 
constem os requisitos mencionados neste artigo e, ainda, certidão do trânsito em julgado do 
acórdão. 
 
§ 4º O oficial do registro comunicará, dentro de 48h, o lançamento da averbação respectiva 
ao Juiz que houver subscrito a carta de sentença mediante ofício sob registro postal. 
 
	
	
§ 5º Ao oficial, que deixar de cumprir as obrigações consignadas nos parágrafos anteriores, será 
imposta a multa de cinco salários-mínimos da região e a suspensão do cargo até seis meses; 
em caso de reincidência ser-lhe-á aplicada, em dobro, a pena pecuniária, ficando sujeito à perda 
do cargo. 
 
Art. 101. Será averbado, com as mesmas indicações e efeitos, o ato de restabelecimento de 
sociedade conjugal. 
 
Art. 102. No livro de nascimento, serão averbados: 
1º) as sentenças que julgarem ilegítimos os filhos concebidos na constância do casamento; 
2º) as sentenças que declararem legítima a filiação; 
3º) as escrituras de adoção e os atos que a dissolverem; 
4º) o reconhecimento judicial ou voluntário dos filhos ilegítimos; 
5º) a perda de nacionalidade brasileira, quando comunicada pelo Ministério da Justiça. 
6º) a perda e a suspensão do pátrio poder. 
 
Art. 105. Para a averbação de escritura de adoção de pessoa cujo registro de nascimento 
haja sido fora do País, será trasladado, sem ônus para os interessados, no livro "A" do Cartório 
do 1° Ofício ou da 1ª subdivisão judiciária da comarca em que for domiciliado o adotante, aquele 
registro, legalmente traduzido, se for o caso, para que se faça, à margem dele, a competente 
averbação. 
 
Anotação 
 
Art. 106. Sempre que o oficial fizer algum registro ou averbação, deverá, no prazo de 5 dias, 
anotá-lo nos atos anteriores, com remissões recíprocas, se lançados em seu cartório, ou fará 
comunicação, com resumo do assento, ao oficial em cujo cartório estiverem os registros 
primitivos, obedecendo-se sempre à forma prescrita no artigo 98. 
 
Art. 107. O óbito deve ser anotado, com as remissões recíprocas, nos assentos de casamento 
e nascimento, e o casamento no deste. 
 
§ 1º A emancipação, a interdição e a ausência serão anotadas pela mesma forma, nos 
assentos de nascimento e casamento, bem como a mudança do nome da mulher, em virtude 
de casamento, ou sua dissolução, anulação ou desquite. 
 
§ 2° A dissolução e a anulação do casamento e o restabelecimento da sociedade conjugal 
serão, também, anotadas nos assentos de nascimento dos cônjuges. 
 
Retificações, restaurações e suprimentos 
Art. 109. Quem pretender que se restaure, supra ou retifique assentamento no Registro Civil, 
requererá, em petição fundamentada e instruída com documentos ou com indicação de 
testemunhas, que o Juiz o ordene, ouvido o MP e os interessados, no prazo de 5 dias, que 
correrá em cartório. 
 
§ 1° Se qualquer interessado ou o órgão do Ministério Público impugnar o pedido, o Juiz 
determinará a produção da prova, dentro do prazo de 10 dias e ouvidos, sucessivamente, em 
3 dias, os interessados e o órgão do MP, decidirá em 5 dias. 
 
§ 2° Se não houver impugnação ou necessidade de mais provas, o Juiz decidirá no prazo de 
cinco dias. 
 
§ 3º Da decisão do Juiz, caberá o recurso de apelação com ambos os efeitos. 
 
	
	
§ 4º Julgado procedente o pedido, o Juiz ordenará que se expeça mandado para que seja 
lavrado, restaurado e retificado o assentamento, indicando, com precisão, os fatos ou 
circunstâncias que devam ser retificados, e em que sentido, ou os que devam ser objeto do novo 
assentamento. 
 
§ 5º Se houver de ser cumprido em jurisdição diversa, o mandado será remetido, por ofício, ao 
Juiz sob cuja jurisdição estiver o cartório do Registro Civil e, com o seu "cumpra-se", executar-
se-á. 
 
§ 6º As retificações serão feitas à margem do registro, com as indicações necessárias, ou, 
quando for o caso, com a trasladação do mandado, que ficará arquivado. Se não houver espaço, 
far-se-á o transporte do assento, com as remissões à margem do registro original. 
Art. 110. O oficial retificará o registro, a averbação ou a anotação, de ofício ou a requerimento 
do interessado, mediante petição assinada pelo interessado, representante legal ou procurador, 
independentemente de prévia autorização judicial ou manifestação do MP, nos casos de: 
I - erros que não exijam qualquer indagação para a constatação imediata de necessidade de 
sua correção; 
II - erro na transposição dos elementos constantes em ordens e mandados judiciais, termos ou 
requerimentos, bem como outros títulos a serem registrados, averbados ou anotados, e o 
documento utilizado para a referida averbação e/ou retificação ficará arquivado no registro no 
cartório; 
III - inexatidão da ordem cronológica e sucessiva referente à numeração do livro, da folha, da 
página, do termo, bem como da data do registro; 
IV - ausência de indicação do Município relativo ao nascimento ou naturalidade do registrado, 
nas hipóteses em que existir descrição precisa do endereço do local do nascimento; 
V - elevação de Distrito a Município ou alteração de suas nomenclaturas por força de lei. 
 
 
2) RESOLUÇÃO CONJUNTA Nº 3 DO CNJ E CNMP 
 Art. 2º. No assento de nascimento do indígena, integrado ou não, deve ser lançado, a pedido do 
apresentante, o nome indígena do registrando, de sua livre escolha, não sendo caso de 
aplicação do art. 55, parágrafo único da Lei n.º 6.015/73. (recusa de registro de prenomes 
suscetíveis de expor ao ridículo) 
§ 1º. No caso de registro de indígena, a etnia do registrando pode ser lançada como sobrenome, 
a pedido do interessado. 
§ 2º. A pedido do interessado, a aldeia de origem do indígena e a de seus pais poderão constar 
como informação a respeito das respectivas naturalidades, juntamente com o município de 
nascimento. 
§ 3.º A pedido do interessado, poderão figurar, como observações do assento de nascimento, a 
declaração do registrando como indígena e a indicação da respectiva etnia. 
§ 4º Em caso de dúvida fundada acerca do pedido de registro, o registrador poderá exigir o 
Registro Administrativo de Nascimento do Indígena – RANI, ou a presença de representante 
da FUNAI. 
§ 5º Se o oficial suspeitar de fraude ou falsidade, submeterá o caso ao Juízo competente para 
fiscalização dos atos notariais e registrais, assim definido na órbita estadual e do Distrito Federal, 
comunicando-lhe os motivos da suspeita. 
	
	
§ 6º. O Oficial deverá comunicar imediatamente à FUNAI o assento de nascimento do indígena, 
para as providências necessárias ao registro administrativo. 
Art. 3º. O indígena já registrado no Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais poderá 
solicitar, na forma do art. 57 da Lei n.º 6.015/73, pela via judicial, a retificação do seu assento 
de nascimento, pessoalmente ou porrepresentante legal, para inclusão das informações 
constantes do art. 2º, “caput” e § 1º. 
§ 1º. Caso a alteração decorra de equívocos que não dependem de maior indagação para 
imediata constatação, bem como nos casos de erro de grafia, a retificação poderá ser procedida 
na forma prevista no art. 110 da Lei n.º 6.015/73. 
§ 2º. Nos casos em que haja alterações de nome no decorrer da vida em razão da cultura ou 
do costume indígena, tais alterações podem ser averbadas à margem do registro na forma do 
art. 57 da Lei n.º 6.015/73, sendo obrigatório constar em todas as certidões do registro o inteiro 
teor destas averbações, para fins de segurança jurídica e de salvaguarda dos interesses de 
terceiros. 
§ 3º. Nos procedimentos judiciais de retificação ou alteração de nome, deve ser observado o 
benefício previsto na lei 1.060/50, levando-se em conta a situação sociocultural do indígena 
interessado. 
 
3) RESOLUÇÃO 155 DO CNJ 
Art. 1º O traslado de assentos de nascimento, casamento e óbito de brasileiros em país 
estrangeiro, tomados por autoridade consular brasileira, nos termos do regulamento consular, 
ou por autoridade estrangeira competente, a que se refere o caput do art. 32 da Lei nº 
6.015/1973, será efetuado no Livro "E" do 1º Ofício de Registro Civil de Pessoas Naturais da 
Comarca do domicílio do interessado ou do 1º Ofício de Registro Civil de Pessoas Naturais do 
Distrito Federal, sem a necessidade de autorização judicial. 
Art. 2º Os assentos de nascimento, casamento e óbito de brasileiros lavrados por autoridade 
estrangeira competente, que não tenham sido previamente registrados em repartição 
consular brasileira, somente poderão ser trasladados no Brasil se estiverem legalizados por 
autoridade consular brasileira que tenha jurisdição sobre o local em que foram emitidas. 
§ 1º Antes de serem trasladados, tais assentos também deverão ser traduzidos por tradutor 
público juramentado, inscrito em junta comercial brasileira. 
§ 2º A legalização efetuada por autoridade consular brasileira consiste no reconhecimento 
da assinatura de notário/autoridade estrangeira competente aposta em documento 
original/fotocópia autenticada ou na declaração de autenticidade de documento original 
não assinado, nos termos do regulamento consular. O reconhecimento, no Brasil, da assinatura 
da autoridade consular brasileira no documento será dispensado, conforme previsto no art. 2º do 
Decreto nº 84.451/1980. 
§ 3º Os oficiais de registro civil deverão observar a eventual existência de acordos multilaterais 
ou bilaterais, de que o Brasil seja parte, que prevejam a dispensa de legalização de documentos 
públicos originados em um Estado a serem apresentados no território do outro Estado, ou a 
facilitação dos trâmites para a sua legalização. 
Art. 5º O oficial de registro civil deverá efetuar o traslado das certidões de assentos de 
nascimento, casamento e óbito de brasileiros ocorridos em país estrangeiro, ainda que o 
requerente relate a eventual necessidade de retificação do seu conteúdo. Após a efetivação do 
	
	
traslado, para os erros que não exijam qualquer indagação para a constatação imediata de 
necessidade de sua correção, o oficial de registro deverá proceder à retificação conforme art. 
110 da Lei nº 6.015/1973. 
Parágrafo único. Para os demais erros, aplica-se o disposto no art. 109 da referida Lei. 
Art. 7º O traslado de assento de nascimento, lavrado por autoridade consular brasileira, deverá 
ser efetuado mediante a apresentação dos seguintes documentos: 
a) certidão de assento de nascimento emitida por autoridade consular brasileira; 
b) declaração de domicílio do registrando na Comarca ou comprovante de residência/domicílio, 
a critério do interessado. Na falta de domicílio no Brasil, o traslado deverá ser efetuado no 1º 
Ofício do Distrito Federal; e 
c) requerimento assinado pelo registrado, por um dos seus genitores, pelo responsável legal ou 
por procurador. 
§ 1º Deverá constar do assento e da respectiva certidão do traslado a seguinte observação: 
"Brasileiro nato, conforme os termos da alínea c do inciso I do art. 12, in limine, da Constituição 
Federal." 
Art. 8º O traslado de assento estrangeiro de nascimento de brasileiro, que não tenha sido 
previamente registrado em repartição consular brasileira, deverá ser efetuado mediante a 
apresentação dos seguintes documentos: 
a) certidão do assento estrangeiro de nascimento, legalizada por autoridade consular brasileira 
e traduzida por tradutor público juramentado; 
b) declaração de domicílio do registrando na Comarca ou comprovante de residência/domicílio, 
a critério do interessado. Na falta de domicílio no Brasil, o traslado deverá ser efetuado no 1º 
Ofício do Distrito Federal; 
c) requerimento assinado pelo registrado, por um dos seus genitores, pelo responsável legal ou 
por procurador; e 
d) documento que comprove a nacionalidade brasileira de um dos genitores. 
§ 1º Deverá constar do assento e da respectiva certidão do traslado a seguinte observação: "Nos 
termos do artigo 12, inciso I, alínea "c", in fine, da Constituição Federal, a confirmação da 
nacionalidade brasileira depende de residência no Brasil e de opção, depois de atingida a 
maioridade, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira, perante a Justiça Federal". 
Art. 12. Por força da redação atual da alínea c do inciso I do art. 2 da Constituição Federal e do 
art. 95 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (Emenda Constitucional nº 54, de 20 
de setembro de 2007), o oficial de registro civil deverá, de ofício ou a requerimento do 
interessado/procurador, sem a necessidade de autorização judicial, efetuar averbação em 
traslado de assento consular de nascimento, cujo registro em repartição consular brasileira tenha 
sido lavrado entre 7 de junho de 1994 e 21 de setembro de 2007, em que se declara que o 
registrado é: "Brasileiro nato de acordo com o disposto no art. 12, inciso I, alínea "c", in limine, e 
do artigo 95 dos ADCTs da Constituição Federal." 
Parágrafo único. A averbação também deverá tornar sem efeito eventuais informações que 
indiquem a necessidade de residência no Brasil e a opção pela nacionalidade brasileira perante 
	
	
a Justiça Federal, ou ainda expressões que indiquem tratar-se de um registro provisório, que não 
mais deverão constar na respectiva certidão. 
Art. 13. Traslado de casamento 
§ 2º A omissão do regime de bens no assento de casamento, lavrado por autoridade consular 
brasileira ou autoridade estrangeira competente, não obstará o traslado. 
§ 3º Faculta-se a averbação do regime de bens posteriormente, sem a necessidade de 
autorização judicial, mediante apresentação de documentação comprobatória. 
§ 5º Na eventual existência de pacto antenupcial, lavrado perante autoridade estrangeira 
competente, o oficial de registro civil deverá, antes de efetuar o traslado, solicitar que os 
interessados providenciem o seu registro em cartório de registro de títulos e documentos no 
Brasil, alertando-os que o documento deverá estar previamente legalizado por autoridade 
consular brasileira e tenha jurisdição sobre o local em que foi emitido e traduzido por tradutor 
público juramentado. 
§ 6º A omissão do(s) nome(s) adotado(s) pelos cônjuges após o matrimônio no assento de 
casamento ocorrido em país estrangeiro não obstará o traslado. 
§ 7º Nesse caso, deverão ser mantidos os nomes de solteiro dos cônjuges. Faculta-se a 
averbação posterior, sem a necessidade de autorização judicial, mediante apresentação de 
documentação comprobatória de que os nomes foram modificados após o matrimônio, em 
conformidade com a legislação do país em que os nubentes tinham domicílio, nos termos do art. 
7 do Decreto-Lei nº 4.657/1942. 
§ 8º A omissão no assento de casamento ocorrido em país estrangeiro de outros dados previstos 
no art. 70 da Lei nº 6.015/1973 não obstará o traslado. 
§ 9º Os dados faltantes poderão ser inseridos posteriormente por averbação, mediante a 
apresentação de documentaçãocomprobatória, sem a necessidade de autorização judicial. 
§ 10 Os casamentos celebrados por autoridades estrangeiras são considerados autênticos, nos 
termos da lei do local de celebração, conforme previsto no caput do art. 32 da Lei nº 6.015/1973, 
inclusive no que respeita aos possíveis impedimentos, desde que não ofendam a soberania 
nacional, a ordem pública e os bons costumes, nos termos do art. 17 do Decreto nº 4.657/1942. 
§ 11 O traslado no Brasil, a que se refere o § 1º do referido artigo, efetuado em Cartório de 1º 
Ofício, tem o objetivo de dar publicidade e eficácia ao casamento, já reconhecido válido para o 
ordenamento brasileiro, possibilitando que produza efeitos jurídicos plenos no território nacional. 
Art.15 Os registros de nascimento de nascidos no território nacional em que ambos os genitores 
sejam estrangeiros e em que pelo menos um deles esteja a serviço de seu país no Brasil deverão 
ser efetuado no Livro "E" do 1º Ofício do Registro Civil da Comarca, devendo constar do assento 
e da respectiva certidão a seguinte observação: "O registrando não possui a nacionalidade 
brasileira, conforme do art. 12, inciso I, alínea "a", in fine, da Constituição Federal." 
 
4) RESOLUÇÃO 270/2018 DO CNJ 
Art. 1º Fica assegurada a possibilidade de uso do nome social às pessoas trans, travestis e 
transexuais usuárias dos serviços judiciários, aos magistrados, aos estagiários, aos servidores e 
	
	
aos trabalhadores terceirizados do Poder Judiciário, em seus registros funcionais, sistemas e 
documentos, na forma disciplinada por esta Resolução. 
Parágrafo único. Entende-se por nome social aquele adotado pela pessoa, por meio do qual se 
identifica e é reconhecida na sociedade, e por ela declarado. 
Art. 2º. § 2º Nos casos de menores de dezoito anos não emancipados, o nome social deve ser 
requerido pelos pais ou responsáveis legais. 
Art. 3º Será utilizado, em processos judiciais e administrativos em trâmite nos órgãos judiciários, 
o nome social em primeira posição, seguido da menção do nome registral precedido de 
“registrado(a) civilmente como”. 
Parágrafo único. Nas comunicações dirigidas a órgãos externos, não havendo espaço específico 
para registro de nome social, poderá ser utilizado o nome registral desde que se verifique que o 
uso do nome social poderá acarretar prejuízo à obtenção do direito pretendido pelo assistido. 
 
5) PROVIMENTO Nº 13/2010 CNJ 
Art. 1º A emissão de certidão de nascimento nos estabelecimentos de saúde que realizam partos 
será feita por meio da utilização de sistema informatizado que, via rede mundial de 
computadores, os interligue às serventias de registro civil existentes nas Unidades Federativas 
e que aderiram ao Sistema Interligado, a fim de que a mãe e/ou a criança receba alta hospitalar 
já com a certidão de nascimento. 
§ 1º O posto de remessa, recepção de dados e impressão de certidão de nascimento que 
funciona em estabelecimentos de saúde que realizam partos e que está conectado pela rede 
mundial de computadores às serventias de registro civil das pessoas naturais é denominado 
"Unidade Interligada". 
§ 2º A Unidade Interligada que conecta estabelecimento de saúde aos serviços de registro civil 
não é considerada sucursal, pois relaciona-se com diversos cartórios. 
§ 3º Todo processo de comunicação de dados entre a Unidade Interligada e os cartórios de 
registro civil das pessoas naturais, via rede mundial de computadores, deverá ser feito com o 
uso de certificação digital, desde que atenda aos requisitos da Infraestrutura de Chaves Públicas 
Brasileira - ICP. 
Art. 7º. § 1º Em registro de nascimento de criança apenas com a maternidade estabelecida, o 
profissional da Unidade Interligada facultará à respectiva mãe a possibilidade de declarar o nome 
e prenome, profissão, identidade e residência do suposto pai, reduzindo a termo a declaração 
positiva ou negativa. O oficial do registro remeterá ao juiz competente de sua Comarca certidão 
integral do registro, a fim de ser averiguada a procedência da declaração positiva (Lei nº 
8.560/1992). 
Art. 8º O profissional da Unidade Interligada que operar o sistema recolherá do declarante do 
nascimento a documentação necessária para que se proceda ao respectivo registro. 
§ 1º Podem declarar o nascimento perante as unidades interligadas: 
I - o pai maior de 16 (dezesseis) anos, desde que não seja absolutamente incapaz, ou pessoa 
por ele autorizada mediante instrumento público; 
	
	
II - a mãe maior de 16 anos, desde que não seja absolutamente incapaz; 
§ 2º Caso a mãe seja menor de 16 anos, ou absolutamente incapaz, ou esteja impedida de 
declarar o nascimento, seus representantes legais podem fazê-lo. 
 § 3º A paternidade somente poderá reconhecida voluntariamente: 
I - por declaração do pai, desde que maior de 16 anos e não seja absolutamente incapaz; 
II - por autorização ou procuração do pai, desde que formalizada por instrumento público; 
III - por incidência da presunção do art. 1.597 do Código Civil, caso os pais sejam casados. 
Art. 9º O registro de nascimento por intermédio da Unidade Interligada depende, em caráter 
obrigatório, da apresentação de: 
I - declaração de Nascido Vivo - DNV, com a data e local do nascimento; 
II - documento oficial de identificação do declarante; 
III - documento oficial que identifique o pai e a mãe do registrando, quando participem do ato; 
IV - certidão de casamento dos pais, na hipótese de serem estes casados e incidir a presunção 
do art. 1.597 do Código Civil; 
V - termo negativo ou positivo da indicação da suposta paternidade firmado pela mãe, nos termos 
do § 1º do art. 7º deste Provimento, quando ocorrente a hipótese. 
§ 1º O registro de nascimento solicitado pela Unidade Interligada será feito em cartório da cidade 
ou distrito de residência dos pais, se este for interligado, ou, mediante expressa opção escrita do 
declarante e arquivada na unidade interligada, em cartório da cidade ou distrito em que houver 
ocorrido o parto. 
§ 2º Caso o cartório da cidade ou distrito de residência dos pais não faça parte do sistema 
interligado, e não haja opção do declarante por cartório do lugar em que houver ocorrido o parto, 
deve-se informar ao declarante quanto à necessidade de fazer o registro diretamente no cartório 
competente. 
 
6) PROVIMENTO 16/2012 DO CNJ 
Art. 6º. Sem prejuízo das demais modalidades legalmente previstas, o reconhecimento 
espontâneo de filho poderá ser feito perante Oficial de Registro de Pessoas Naturais, a 
qualquer tempo, por escrito particular, que será arquivado em cartório. 
§ 1º. Para tal finalidade, a pessoa interessada poderá optar pela utilização de termo, cujo 
preenchimento será providenciado pelo Oficial, conforme modelo anexo a este Provimento, o 
qual será assinado por ambos. 
§ 2º. A fim de efetuar o reconhecimento, o interessado poderá, facultativamente, comparecer a 
Oficio de Registro de Pessoas Naturais diverso daquele em que lavrado o assento natalício do 
	
	
filho, apresentando cópia da certidão de nascimento deste, ou informando em qual serventia foi 
realizado o respectivo registro e fornecendo dados para induvidosa identificação do registrado. 
§ 3º. No caso do parágrafo precedente, o Oficial perante o qual houver comparecido o 
interessado remeterá, ao registrador da serventia em que realizado o registro natalício do 
reconhecido, o documento escrito e assinado em que consubstanciado o reconhecimento, com 
a qualificação completa da pessoa que reconheceu o filho e com a cópia, se apresentada, da 
certidão de nascimento. 
§ 4º. O reconhecimento de filho por pessoa relativamente incapaz independerá de assistência 
de seus pais, tutor ou curador. 
Art. 7º. A averbação do reconhecimento de filho realizado sob a égide do presente Provimento 
será concretizada diretamente pelo Oficial da serventia em que lavrado o assento de nascimento, 
independentemente de manifestação do Ministério Público ou decisão judicial, mas dependerá 
de anuência escrita do filhomaior, ou, se menor, da mãe. 
§ 1º. A colheita dessa anuência poderá ser efetuada não só pelo Oficial do local do registro, como 
por aquele, se diverso, perante o qual comparecer o reconhecedor. 
§ 2º. Na falta da mãe do menor, ou impossibilidade de manifestação válida desta ou do filho 
maior, o caso será apresentado ao Juiz competente (art. 4º). 
§ 3º. Sempre que qualquer Oficial de Registro de Pessoas Naturais, ao atuar nos termos deste 
Provimento, suspeitar de fraude, falsidade ou má-fé, não praticará o ato pretendido e submeterá 
o caso ao magistrado, comunicando, por escrito, os motivos da suspeita. 
 
7) PROVIMENTO 28/2013 DO CNJ 
Art. 1º. As declarações de nascimento feitas após o decurso do prazo previsto no art. 50 da Lei 
nº 6.015/73 serão registradas nos termos deste provimento. 
Parágrafo único. O procedimento de registro tardio previsto neste Provimento não se aplica para 
a lavratura de assento de nascimento de indígena no Registro Civil das Pessoas Naturais, 
regulamentado pela Resolução Conjunta nº 03, de 19 de abril de 2012, do Conselho Nacional de 
Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, e não afasta a aplicação do previsto no 
art. 102 da Lei nº 8.069/90. 
Art. 2º. O requerimento de registro será direcionado ao Oficial de Registro Civil das Pessoas 
Naturais do lugar de residência do interessado e será assinado por 2 testemunhas, sob as 
penas da lei. 
 
Parágrafo único. Não tendo o interessado moradia ou residência fixa, será considerado 
competente o Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais do local onde se encontrar. 
 
Art. 3º. Do requerimento constará: 
a) o dia, mês, ano e lugar do nascimento e a hora certa, sempre que possível determiná-la; 
b) o sexo do registrando; 
c) seu prenome e seu sobrenome; 
d) o fato de ser gêmeo, quando assim tiver acontecido; 
e) os prenomes e os sobrenomes, a naturalidade, a profissão dos pais e sua residência atual, 
inclusive para apuração de acordo com os art. 8º e seguintes deste Provimento; 
	
	
f) indicação dos prenomes e os sobrenomes dos avós paternos e maternos que somente serão 
lançados no registro se o parentesco decorrer da paternidade e maternidade reconhecidas; 
g) a atestação por 2 (duas) testemunhas entrevistadas pelo Oficial de Registro, ou preposto 
expressamente autorizado, devidamente qualificadas (nome completo, data de nascimento, 
nacionalidade, estado civil, profissão, residência, números de documento de identidade e, se 
houver, número de inscrição no CPF), sob responsabilidade civil e criminal, da identidade do 
registrando, bem como do conhecimento de quaisquer dos outros fatos relatados pelo mesmo; 
h) fotografia do registrando e, quando possível, sua impressão datiloscópica, obtidas por meio 
material ou informatizado, que ficarão arquivadas na serventia, para futura identificação se surgir 
dúvida sobre a identidade do registrando. 
 
§ 1º. O requerimento poderá ser realizado mediante preenchimento de formulário, que deverá 
ser fornecido pelo Oficial. 
 
§ 2º. O Oficial certificará a autenticidade das firmas do interessado ou do seu representante 
legal, bem como das testemunhas, que forem lançadas em sua presença ou na presença de 
preposto autorizado. 
 
§ 3º. Caso se trate de interessado analfabeto sem representação, será exigida a aposição de 
sua impressão digital no requerimento, assinado, a rogo, na presença do Oficial. 
 
§ 4º. A ausência das informações previstas nas alíneas d, e, f e h deste artigo não impede o 
registro, desde que fundamentada a impossibilidade de sua prestação. 
 
§ 5º. Ausente a identificação dos genitores, será adotado o sobrenome indicado pelo 
registrando, se puder se manifestar, ou, em caso negativo, pelo requerente do registro tardio. 
Art. 4º. Se a declaração de nascimento se referir a pessoa que já tenha completado doze anos 
de idade, as duas testemunhas deverão assinar o requerimento na presença do Oficial, ou 
de preposto expressamente autorizado, que examinará seus documentos pessoais e certificará 
a autenticidade de suas firmas, entrevistando-as, assim como entrevistará o registrando e, sendo 
o caso, seu representante legal, para verificar, ao menos: 
Art. 5º. Cada entrevista será feita em separado e o Oficial, ou preposto que expressamente 
autorizar, reduzirá a termo as declarações colhidas, assinando-o juntamente com o entrevistado. 
Art. 7º. Sendo o registrando menor de 12 anos de idade, ficará dispensado o requerimento 
escrito e o comparecimento das testemunhas mencionadas neste provimento se for 
apresentada pelo declarante a Declaração de Nascido Vivo – DNV instituída pela Lei nº 12.662, 
de 5 de junho de 2012, devidamente preenchida por profissional da saúde ou parteira tradicional. 
 
Parágrafo único. No registro de nascimento de criança com menos de 3 anos de idade, 
nascida de parto sem assistência de profissional da saúde ou parteira tradicional, a Declaração 
de Nascido Vivo será preenchida pelo Oficial de Registro Civil que lavrar o assento de 
nascimento e será assinada também pelo declarante, o qual se declarará ciente de que o ato 
será comunicado ao Ministério Público. 
 
Art. 8º. O Oficial, nos cinco dias após o registro do nascimento ocorrido fora de maternidade 
ou estabelecimento hospitalar, fornecerá ao Ministério Público da Comarca os dados da 
criança, dos pais e o endereço onde ocorreu o nascimento. 
 
Art. 9º. A maternidade será lançada no registro de nascimento por força da Declaração de 
Nascido Vivo – DNV, quando for apresentada. 
 
§ 1º. O estabelecimento da filiação poderá ser feito por meio de reconhecimento espontâneo dos 
genitores, nos termos do artigo 1.609, I do Código Civil Brasileiro, independentemente do estado 
civil dos pais. 
	
	
 
§ 2º. O Provimento nº 16 do Conselho Nacional de Justiça aplica-se aos registros de nascimento 
lavrados de forma tardia, tanto para o reconhecimento da paternidade como para o da 
maternidade. 
 
§ 3º. A paternidade ou maternidade também poderá ser lançada no registro de nascimento por 
força da presunção estabelecida no art. 1.597 do Código Civil, mediante apresentação de 
certidão do casamento com data de expedição posterior ao nascimento. 
 
§ 4º. Se o genitor que comparecer para o registro afirmar que estava separado de fato de seu 
cônjuge ao tempo da concepção, não se aplica a presunção prevista no parágrafo anterior. 
 
§ 5º. Se não houver elementos nos termos do presente artigo para se estabelecer ao menos um 
dos genitores, o registro deverá será lavrado sem a indicação de filiação. 
 
Art. 10. Admitem-se como testemunhas, além das demais pessoas habilitadas, os parentes em 
qualquer grau do registrando (artigo 42 da Lei 6.015/73), bem como a parteira tradicional ou 
profissional da saúde que assistiu o parto. 
Parágrafo único. Nos casos em que os declarantes e testemunhas já firmaram o requerimento 
de registro, fica dispensada nova colheita de assinaturas no livro de registro de nascimentos. 
 
Art. 16. Constatada a duplicidade de assentos de nascimento para a mesma pessoa, decorrente 
do registro tardio, será cancelado o assento de nascimento lavrado em segundo lugar, com 
transposição, para o assento anterior, das anotações e averbações que não forem incompatíveis. 
 
§ 1º. O cancelamento do registro tardio por duplicidade de assentos poderá ser promovido 
de ofício pelo Juiz Corregedor, assim considerado aquele definido na órbita estadual e do 
Distrito Federal como competente para a fiscalização judiciária dos atos notariais e de registro, 
ou a requerimento do Ministério Público ou de qualquer interessado, dando-se ciência ao 
atingido. 
 
§ 2º. Havendo cancelamento de registro tardio por duplicidade de assentos de nascimento, será 
promovida a retificação de eventuais outros assentos do registro civil das pessoas naturais 
abertos com fundamento no registro cancelado, para que passem a identificar corretamente a 
pessoa a que se referem. 
 
8) PROVIMENTO 37/2014 DO CNJ 
Art. 1º. É facultativo o registroda união estável prevista nos artigos 1.723 a 1.727 do Código 
Civil, mantida entre o homem e a mulher, ou entre duas pessoas do mesmo sexo. 
Art. 2º. O registro da sentença declaratória de reconhecimento e dissolução, ou extinção, bem 
como da escritura pública de contrato e distrato envolvendo união estável, será feito no Livro E, 
pelo Oficial do Registro Civil das Pessoas Naturais da Sede, ou, onde houver, no 1º Subdistrito 
da Comarca em que os companheiros têm ou tiveram seu último domicílio, devendo constar: 
Art. 6º. O Oficial deverá anotar o registro da união estável nos atos anteriores, com remissões 
recíprocas, se lançados em seu Registro Civil das Pessoas Naturais, ou comunicá-lo ao Oficial 
do Registro Civil das Pessoas Naturais em que estiverem os registros primitivos dos 
companheiros. 
§ 1º. O Oficial averbará, no registro da união estável, o óbito, o casamento, a constituição de 
nova união estável e a interdição dos companheiros, que lhe serão comunicados pelo Oficial de 
	
	
Registro que realizar esses registros, se distinto, fazendo constar o conteúdo dessas averbações 
em todas as certidões que forem expedidas. 
§ 2º. As comunicações previstas neste artigo poderão ser efetuadas por meio eletrônico seguro, 
com arquivamento do comprovante de envio, ou por outro meio previsto em norma da 
Corregedoria Geral da Justiça para as comunicações de atos do Registro Civil das Pessoas 
Naturais. 
Art. 7º. Não é exigível o prévio registro da união estável para que seja registrada a sua 
dissolução, devendo, nessa hipótese, constar do registro somente a data da escritura pública de 
dissolução. 
§ 1º. Se existente o prévio registro da união estável, a sua dissolução será averbada à margem 
daquele ato. 
§ 2º. Contendo a sentença em que declarada a dissolução da união estável a menção ao período 
em que foi mantida, deverá ser promovido o registro da referida união estável e, na sequência, 
a averbação de sua dissolução. 
Art. 8º. Não poderá ser promovido o registro, no Livro E, de união estável de pessoas casadas, 
ainda que separadas de fato, exceto se separadas judicialmente ou extrajudicialmente, ou se a 
declaração da união estável decorrer de sentença judicial transitada em julgado. 
Art. 9º. Em todas as certidões relativas ao registro de união estável no Livro “E” constará 
advertência expressa de que esse registro não produz efeitos da conversão da união estável em 
casamento. 
 
9) PROVIMENTO Nº 46/2015 DO CNJ 
Art. 6º Os Oficiais de Registro Civil das Pessoas Naturais deverão disponibilizar para a Central 
de Informações de Registro Civil das Pessoas Naturais – CRC as informações definidas pela 
Arpen-Brasil, observada a legislação em vigor no que se refere a dados estatísticos, no prazo de 
dez dias, corridos, contados da lavratura dos atos, respeitadas as peculiaridades locais. 
Parágrafo único – Qualquer alteração nos registros informados à Central de Informações do 
Registro Civil deverá ser atualizada no mesmo prazo e forma do parágrafo anterior. 
Art. 7º Em relação aos assentos lavrados anteriormente à vigência deste Provimento, serão 
comunicados à Central de Informações de Registro Civil das Pessoas Naturais – CRC os 
elementos necessários à identificação do registro, observadas as definições feitas pela Arpen 
Brasil, considerando-se a necessidade de afastar, o mais possível, o risco relativo à existência 
de homônimos. 
§ 1º. As informações serão prestadas progressivamente, começando pelos registros mais 
recentes. 
§ 2º. O prazo para o fornecimento das informações previstas neste artigo será de seis meses 
para cada 5 (cinco) anos de registros lavrados, iniciando-se a contagem desse prazo a partir 
de um ano da vigência deste Provimento. 
§ 3º. O prazo do parágrafo anterior poderá ser reduzido ou prorrogado uma vez, mediante ato da 
competente Corregedoria Geral da Justiça, fundamentado nas peculiares condições das 
serventias locais, comunicando-se à Corregedoria Nacional de Justiça e à Arpen-Brasil. 
	
	
Art. 11 Caso seja encontrado o registro pesquisado, poderá o consulente, no mesmo ato, solicitar 
a expedição da respectiva certidão que, pagos os emolumentos, custas e encargos 
administrativos devidos, será disponibilizada na Central de Informações de Registro Civil das 
Pessoas Naturais – CRC, em formato eletrônico, em prazo não superior a 5 (cinco) dias 
úteis. 
§ 1º. Para a emissão das certidões eletrônicas deverão ser utilizados formatos de documentos 
eletrônicos de longa duração, compreendidos nessa categoria os formatos PDF/A e os 
produzidos em linguagem de marcação XML, com certificado digital ICP-Brasil, tipo A3 ou 
superior, assinatura digital em formato PKCS#7, com disponibilização do código de 
rastreamento. 
§ 2º. As certidões eletrônicas ficarão disponíveis na Central Nacional de Informações do 
Registro Civil – CRC pelo prazo de trinta dias corridos, vedado o envio por intermédio de 
correio eletrônico convencional (e-mail). 
§ 3º. Havendo CRC estadual, e nas hipóteses em que o cartório solicitante da certidão eletrônica 
e o cartório acervo pertençam à mesma unidade da Federação, poderá a certidão permanecer 
disponível na CRC do mesmo Estado, pelo prazo previsto no parágrafo anterior. 
§ 4º. O interessado poderá solicitar a qualquer Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais 
integrante da Central de Informações de Registro Civil das Pessoas Naturais – CRC, ou a 
qualquer repartição consular do Brasil no exterior após operacionalização da integração entre 
CRC e SCI/MRE, que a certidão expedida em formato eletrônico seja materializada em papel e 
assinada fisicamente, observados os emolumentos devidos. 
§ 5º. Ressalvados os casos de gratuidade prevista em lei, os encargos administrativos referidos 
no caput deste artigo serão reembolsados pelo solicitante da certidão na forma e conforme os 
valores que forem fixados em norma de cada Corregedoria Geral da Justiça. Serão 
compreendidas como encargos administrativos as despesas com compensação de boleto 
bancário, operação de cartão de crédito, transferências bancárias, certificação digital (SDK, 
framework, certificado de atributo e de carimbo de tempo), e outras que forem previstas em 
normas estaduais, desde que indispensáveis para a prestação do serviço solicitado por meio da 
central informatizada. 
Art. 12 Os Oficiais de Registro Civil deverão, obrigatoriamente, atender às solicitações de 
certidões efetuadas por via postal, telefônica, eletrônica, ou pela Central de Informações de 
Registro Civil das Pessoas Naturais – CRC, desde que satisfeitos os emolumentos previstos em 
lei e, se existentes, pagas as despesas de remessa. 
Art. 13 A Central de Informações de Registro Civil das Pessoas Naturais – CRC poderá ser 
utilizada para consulta por entes públicos que estarão isentos do pagamento de custas e 
emolumentos, ou somente de custas, conforme as hipóteses contempladas na legislação, e 
por pessoas naturais ou jurídicas privadas que estarão sujeitas ao pagamento de custas e 
emolumentos. 
Parágrafo único. A Arpen Brasil poderá firmar convênios com Instituições Públicas e entidades 
privadas para melhor atender aos serviços previstos no art. 3º, submetendo-se a aprovação 
prévia pela Corregedoria Nacional de Justiça. 
 
10) PROVIMENTO 51/2015 DO CNJ 
Art. 1º Ficam autorizados os Cartórios de Registros Civis de Pessoas Naturais, a promoverem a 
averbação de Carta de Sentença de Divórcio ou Separação Judicial, oriunda de homologação 
	
	
de sentença estrangeira pelo Superior Tribunal de Justiça, independentemente de seu 
cumprimento ou execução em Juízo Federal. 
 
11) PROVIMENTO 53/2016 DO CNJ 
Art. 1º. A averbação direta no assento de casamento da sentença estrangeira de divórcio 
consensual simples ou puro, bem como da decisão não judicial de divórcio, que pela lei 
brasileira tem natureza jurisdicional, deverá ser realizada perante o Oficial de Registro Civil das 
Pessoas Naturais a partir de 18 de março de 2016. 
§ 1º. A averbação direta de quetrata o caput desse artigo independe de prévia homologação 
da sentença estrangeira pelo Superior Tribunal de Justiça e/ou de prévia manifestação de 
qualquer outra autoridade judicial brasileira. 
§ 2º. A averbação direta dispensa a assistência de advogado ou defensor público. 
§ 3º. A averbação da sentença estrangeira de divórcio consensual, que, além da dissolução do 
matrimônio, envolva disposição sobre guarda de filhos, alimentos e/ou partilha de bens - aqui 
denominado divórcio consensual qualificado - dependerá de prévia homologação pelo 
Superior Tribunal de Justiça. 
Art. 2º. Para averbação direta, o interessado deverá apresentar, no Registro Civil de Pessoas 
Naturais junto ao assento de seu casamento, cópia integral da sentença estrangeira, bem 
como comprovação do trânsito em julgado, acompanhada de tradução oficial juramentada e 
de chancela consular. 
Art. 3º. Havendo interesse em retomar o nome de solteiro, o interessado na averbação direta 
deverá demonstrar a existência de disposição expressa na sentença estrangeira, exceto quando 
a legislação estrangeira permitir a retomada, ou quando o interessado comprovar, por documento 
do registro civil estrangeiro a alteração do nome. 
 
12) PROVIMENTO 63/2017 DO CNJ 
Art. 2º As certidões de casamento, nascimento e óbito, sem exceção, passarão a consignar 
a matrícula que identifica o código nacional da serventia, o código do acervo, o tipo do serviço 
prestado, o tipo de livro, o número do livro, o número da folha, o número do termo e o dígito 
verificador, observados os códigos previstos no Anexo IV. 
§ 1º A certidão de inteiro teor requerida pelo adotado deverá dispor sobre todo o conteúdo 
registral, mas dela não deverá constar a origem biológica, salvo por determinação judicial (art. 
19, § 3º, c/c o art. 95, parágrafo único, da Lei de Registros Públicos). 
§ 2º A certidão de inteiro teor, de natimorto e as relativas aos atos registrados ou transcritos no 
Livro E deverão ser emitidas de acordo com o modelo do Anexo V. 
Art. 3º O oficial de registro civil das pessoas naturais incluirá no assento de nascimento, em 
campo próprio, a naturalidade do recém-nascido ou a do adotado na hipótese de adoção 
iniciada antes do registro de nascimento. 
§ 1º O registrando poderá ser cidadão do município em que ocorreu o nascimento ou do 
município de residência da mãe na data do nascimento, desde que localizado em território 
nacional, cabendo ao declarante optar no ato de registro de nascimento. 
	
	
§ 2º Os modelos de certidão de nascimento continuarão a consignar, em campo próprio, o local 
de nascimento do registrando, que corresponderá ao local do parto. 
Art. 4º As certidões de nascimento deverão conter, no campo filiação, as informações referentes 
à naturalidade, domicílio ou residência atual dos pais do registrando. 
Art. 5º O número da declaração do nascido vivo, quando houver, será obrigatoriamente lançado 
em campo próprio da certidão de nascimento. 
Art. 6º O CPF será obrigatoriamente incluído nas certidões de nascimento, casamento e óbito. 
§ 1º Se o sistema para a emissão do CPF estiver indisponível, o registro não será obstado, 
devendo o oficial averbar, sem ônus, o número do CPF quando do reestabelecimento do sistema. 
§ 2º Nos assentos de nascimento, casamento e óbito lavrados em data anterior à vigência deste 
provimento, poderá ser averbado o número de CPF, de forma gratuita, bem como anotados o 
número do DNI ou RG, título de eleitor e outros dados cadastrais públicos relativos à pessoa 
natural, mediante conferência. 
§ 3º A partir da vigência deste provimento, a emissão de segunda via de certidão de nascimento, 
casamento e óbito dependerá, quando possível, da prévia averbação cadastral do número de 
CPF no respectivo assento, de forma gratuita. 
§ 4º A inclusão de dados cadastrais nos assentos e certidões por meio de averbação ou anotação 
não dispensará a parte interessada de apresentar o documento original quando exigido pelo 
órgão solicitante ou quando necessário à identificação do portador. 
§ 5º As certidões não necessitarão de quadros predefinidos, sendo suficiente que os dados sejam 
preenchidos conforme a disposição prevista nos Anexos I, II, III e IV, e os sistemas para emissão 
das certidões de que tratam referidos anexos deverão possuir quadros capazes de adaptar-se 
ao texto a ser inserido. 
Art. 7º Será incluída no assento de casamento a naturalidade dos cônjuges (art. 70 da Lei de 
Registros Públicos). 
Art. 8º O oficial de registro civil das pessoas naturais não poderá exigir a identificação do 
doador de material genético como condição para a lavratura do registro de nascimento de 
criança gerada mediante técnica de reprodução assistida. 
Art. 9º Os novos modelos deverão ser implementados até o dia 1º de janeiro de 2018 e não 
devem conter quadros preestabelecidos para o preenchimento dos nomes dos genitores e 
progenitores, bem como para anotações de cadastro que não estejam averbadas ou anotadas 
nos respectivos registros. 
Parágrafo único. As certidões expedidas em modelo diverso até a data de implementação 
mencionada no caput deste artigo não precisarão ser substituídas e permanecerão válidas por 
prazo indeterminado. 
Art. 10. O reconhecimento voluntário da paternidade ou da maternidade socioafetiva de 
pessoas acima de 12 anos será autorizado perante os oficiais de registro civil das pessoas 
naturais. (Novidade! Provimento 83/2019) 
Art. 10-A. A paternidade ou a maternidade socioafetiva deve ser estável e estar exteriorizada 
socialmente. (Novidade! Provimento 83/2019) 
	
	
1º O registrador deverá atestar a existência do vínculo afetivo da paternidade ou maternidade 
socioafetiva mediante apuração objetiva por intermédio da verificação de elementos concretos. 
2º O requerente demonstrará a afetividade por todos os meios em direito admitidos, bem como 
por documentos, tais como: apontamento escolar como responsável ou representante do aluno; 
inscrição do pretenso filho em plano de saúde ou em órgão de previdência; registro oficial de que 
residem na mesma unidade domiciliar; vínculo de conjugalidade – casamento ou união estável – 
com o ascendente biológico; inscrição como dependente do requerente em entidades 
associativas; fotografias em celebrações relevantes; declaração de testemunhas com firma 
reconhecida. 
3º A ausência destes documentos não impede o registro, desde que justificada a 
impossibilidade, no entanto, o registrador deverá atestar como apurou o vínculo socioafetivo. 
4º Os documentos colhidos na apuração do vínculo socioafetivo deverão ser arquivados pelo 
registrador (originais ou cópias) juntamente com o requerimento. 
Art. 11. O reconhecimento da paternidade ou maternidade socioafetiva será processado perante 
o oficial de registro civil das pessoas naturais, ainda que diverso daquele em que foi lavrado o 
assento, mediante a exibição de documento oficial de identificação com foto do requerente e da 
certidão de nascimento do filho, ambos em original e cópia, sem constar do traslado menção à 
origem da filiação. 
§ 1º O registrador deverá proceder à minuciosa verificação da identidade do requerente, 
mediante coleta, em termo próprio, por escrito particular, conforme modelo constante do Anexo 
VI, de sua qualificação e assinatura, além de proceder à rigorosa conferência dos documentos 
pessoais. 
§ 2º O registrador, ao conferir o original, manterá em arquivo cópia de documento de identificação 
do requerente, juntamente com o termo assinado. 
3º Constarão do termo, além dos dados do requerente, os dados do campo FILIAÇÃO e do filho 
que constam no registro, devendo o registrador colher a assinatura do pai e da mãe do 
reconhecido, caso este seja menor. 
§ 4º Se o filho for menor de 18 anos, o reconhecimento da paternidade ou maternidade 
socioafetiva exigirá seu consentimento. (Novidade! Provimento 83/2019) 
§ 5º A coleta da anuência tanto do pai quanto da mãe e do filho maior de doze anos deverá ser 
feita pessoalmente perante o oficialde registro civil das pessoas naturais ou escrevente 
autorizado. 
§ 6º Na falta da mãe ou do pai do menor, na impossibilidade de manifestação válida destes ou 
do filho, quando exigido, o caso será apresentado ao juiz competente nos termos da legislação 
local. 
§ 7º Serão observadas as regras da tomada de decisão apoiada quando o procedimento envolver 
a participação de pessoa com deficiência (Capítulo III do Título IV do Livro IV do Código Civil). 
§ 8º O reconhecimento da paternidade ou da maternidade socioafetiva poderá ocorrer por meio 
de documento público ou particular de disposição de última vontade, desde que seguidos os 
demais trâmites previstos neste provimento. 
	
	
§ 9º Atendidos os requisitos para o reconhecimento da paternidade ou maternidade socioafetiva, 
o registrador encaminhará o expediente ao representante do Ministério Público para parecer. 
(Novidade! Provimento 83/2019) 
I – O registro da paternidade ou maternidade socioafetiva será realizado pelo registrador após o 
parecer favorável do Ministério Público. 
II – Se o parecer for desfavorável, o registrador não procederá o registro da paternidade ou 
maternidade socioafetiva e comunicará o ocorrido ao requerente, arquivando-se o expediente. 
III – Eventual dúvida referente ao registro deverá ser remetida ao juízo competente para dirimí-
la. 
Art. 14. O reconhecimento da paternidade ou maternidade socioafetiva somente poderá ser 
realizado de forma unilateral e não implicará o registro de mais de dois pais ou duas mães no 
campo filiação no assento de nascimento. 
§ 1º Somente é permitida a inclusão de um ascendente socioafetivo, seja do lado paterno ou do 
materno. (Novidade! Provimento 83/2019) 
2º A inclusão de mais de um ascendente socioafetivo deverá tramitar pela via judicial. (Novidade! 
Provimento 83/2019) 
Art. 16. O assento de nascimento de filho havido por técnicas de reprodução assistida será 
inscrito no Livro A, independentemente de prévia autorização judicial e observada a legislação 
em vigor no que for pertinente, mediante o comparecimento de ambos os pais, munidos de 
documentação exigida por este provimento. 
§ 1º Se os pais forem casados ou conviverem em união estável, poderá somente um deles 
comparecer ao ato de registro, desde que apresente a documentação referida no art. 17, III, 
deste provimento. 
§ 2º No caso de filhos de casais homoafetivos, o assento de nascimento deverá ser adequado 
para que constem os nomes dos ascendentes, sem referência a distinção quanto à ascendência 
paterna ou materna. 
Art. 17. Será indispensável, para fins de registro e de emissão da certidão de nascimento, a 
apresentação dos seguintes documentos: 
I – declaração de nascido vivo (DNV); 
II – declaração, com firma reconhecida, do diretor técnico da clínica, centro ou serviço de 
reprodução humana em que foi realizada a reprodução assistida, indicando que a criança foi 
gerada por reprodução assistida heteróloga, assim como o nome dos beneficiários; 
III – certidão de casamento, certidão de conversão de união estável em casamento, escritura 
pública de união estável ou sentença em que foi reconhecida a união estável do casal. 
§ 1º Na hipótese de gestação por substituição, não constará do registro o nome da parturiente, 
informado na declaração de nascido vivo, devendo ser apresentado termo de compromisso 
firmado pela doadora temporária do útero, esclarecendo a questão da filiação. 
§ 2º Nas hipóteses de reprodução assistida post mortem, além dos documentos elencados nos 
incisos do caput deste artigo, conforme o caso, deverá ser apresentado termo de autorização 
	
	
prévia específica do falecido ou falecida para uso do material biológico preservado, lavrado por 
instrumento público ou particular com firma reconhecida. 
§ 4º O conhecimento da ascendência biológica não importará no reconhecimento do vínculo de 
parentesco e dos respectivos efeitos jurídicos entre o doador ou a doadora e o filho gerado por 
meio da reprodução assistida. 
 
13) PROVIMENTO 73/2018 DO CNJ 
Art. 1º Dispor sobre a averbação da alteração do prenome e do gênero nos assentos de 
nascimento e casamento de pessoa transgênero no Registro Civil das Pessoas Naturais. 
Art. 2º Toda pessoa maior de 18 anos completos habilitada à prática de todos os atos da vida 
civil poderá requerer ao ofício do RCPN a alteração e a averbação do prenome e do gênero, a 
fim de adequá-los à identidade autopercebida. 
§ 1º A alteração referida no caput deste artigo poderá abranger a inclusão ou a exclusão de 
agnomes indicativos de gênero ou de descendência. 
§ 2º A alteração referida no caput não compreende a alteração dos nomes de família e não pode 
ensejar a identidade de prenome com outro membro da família. 
§ 3º A alteração referida no caput poderá ser desconstituída na via administrativa, mediante 
autorização do juiz corregedor permanente, ou na via judicial. 
Art. 4º O procedimento será realizado com base na autonomia da pessoa requerente, que deverá 
declarar, perante o registrador do RCPN, a vontade de proceder à adequação da identidade 
mediante a averbação do prenome, do gênero ou de ambos. 
§ 1º O atendimento do pedido apresentado ao registrador independe de prévia autorização 
judicial ou da comprovação de realização de cirurgia de redesignação sexual e/ou de tratamento 
hormonal ou patologizante, assim como de apresentação de laudo médico ou psicológico. 
§ 2º O registrador deverá identificar a pessoa requerente mediante coleta, em termo próprio, 
conforme modelo constante do anexo deste provimento, de sua qualificação e assinatura, além 
de conferir os documentos pessoais originais. 
§ 3º O requerimento será assinado pela pessoa requerente na presença do registrador do RCPN, 
indicando a alteração pretendida. 
§ 4º A pessoa requerente deverá declarar a inexistência de processo judicial que tenha por objeto 
a alteração pretendida. 
§ 5º A opção pela via administrativa na hipótese de tramitação anterior de processo judicial cujo 
objeto tenha sido a alteração pretendida será condicionada à comprovação de arquivamento do 
feito judicial. 
§ 6º A pessoa requerente deverá apresentar ao ofício do RCPN, no ato do requerimento, os 
seguintes documentos: 
I – certidão de nascimento atualizada; 
	
	
II – certidão de casamento atualizada, se for o caso; 
III – cópia do registro geral de identidade (RG); 
IV – cópia da identificação civil nacional (ICN), se for o caso; 
V – cópia do passaporte brasileiro, se for o caso; 
VI – cópia do cadastro de pessoa física (CPF) no Ministério da Fazenda; 
VII – cópia do título de eleitor; 
IX – cópia de carteira de identidade social, se for o caso; 
X – comprovante de endereço; 
XI – certidão do distribuidor cível do local de residência dos últimos cinco anos (estadual/federal); 
XII – certidão do distribuidor criminal do local de residência dos últimos 5 anos (estadual/federal); 
XIII – certidão de execução criminal do local de residência dos últimos 5 anos (estadual/federal); 
XIV – certidão dos tabelionatos de protestos do local de residência dos últimos 5 anos; 
XV – certidão da Justiça Eleitoral do local de residência dos últimos 5 anos; 
XVI – certidão da Justiça do Trabalho do local de residência dos últimos 5 anos; 
XVII – certidão da Justiça Militar, se for o caso. 
§ 7º Além dos documentos listados no parágrafo anterior, é facultado à pessoa requerente juntar 
ao requerimento, para instrução do procedimento previsto no presente provimento, os seguintes 
documentos: 
I – laudo médico que ateste a transexualidade/travestilidade; 
II – parecer psicológico que ateste a transexualidade/travestilidade; 
III – laudo médico que ateste a realização de cirurgia de redesignação de sexo. 
§ 8º A falta de documento listado no § 6º impede a alteração indicada no requerimento 
apresentado ao ofício do RCPN. 
§ 9º Ações em andamento ou débitos pendentes, nas hipóteses dos incisos XI, XII, XIII, XIV, XV, 
XVI e XVII do § 6º, não impedem a averbação da alteração pretendida,

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