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ANÁLISE DAS CONDIÇÕES FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DE DUAS PASSARELAS ESTAIADAS NA RODOVIA BR-101PE

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE 
PERNAMBUCO 
CAMPUS RECIFE 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
Israel Filipe Saboia Leal Martins 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DAS CONDIÇÕES FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DE DUAS 
PASSARELAS ESTAIADAS NA RODOVIA BR-101/PE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recife 
2017
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Israel Filipe Saboia Leal Martins 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DAS CONDIÇÕES FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DE DUAS 
PASSARELAS ESTAIADAS NA RODOVIA BR-101/PE 
 
 
Trabalho de conclusão de curso de graduação 
apresentado ao Instituto Federal de Educação, Ciência 
e Tecnologia de Pernambuco como requisito parcial 
para a obtenção do título de Bacharel(a) em 
Engenharia Civil. 
 
Orientador: Prof. M.Sc. Jose Wanderley Pinto. 
Coorientador: Prof. D.Sc. José Afonso Pereira Vitório. 
 
 
 
 
 
 
Recife 
2017
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha elaborada pela bibliotecária Emmely Cristiny Lopes Silva CRB4/1876 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
M386a 
2017 Martins, Israel Filipe Saboia Leal. 
 Análise das condições funcionais e estruturas de duas passarelas estaiadas na 
rodovia BR-101/PE / Israel Filipe Saboia Leal Martins. --- Recife: O autor, 2018. 
 41f. il. Color. 
 
 Artigo Científico (Curso de graduação em Engenharia Civil) – Instituto Federal de 
Pernambuco, Departamento Acadêmico de Infraestrutura e construção civil - DAIC, 
2017. 
 
 Inclui Referências, apêndices e anexos 
 
 Orientador: Professor M.e. José Wanderley Pinto 
 
1. Construção civil. 2. Patologia. 3. Recuperação estrutural. 4. Manutenção de 
estruturas. 5. Pinto, José Wanderley. I. Título. 
 
 
 CDD 624 (21ed.) 
 
 
 
 
 
Israel Filipe Saboia Leal Martins 
 
 
 
ANÁLISE DAS CONDIÇÕES FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DE DUAS 
PASSARELAS ESTAIADAS NA RODOVIA BR-101/PE 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado ao Instituto Federal de Educação, 
Ciência e Tecnologia de Pernambuco como requisito parcial para a obtenção do título de 
Bacharel(a) em Engenharia Civil. 
 
 
Aprovado em: ____ de _______ de _____. 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
__________________________________________ 
Prof. M.Sc. Caetano de Queiroz Monteiro - UPE 
 
 
__________________________________________ 
Prof. M.Sc. Fabiana Santos Alves - IFPE 
 
 
__________________________________________ 
Prof. M.Sc. Jose Wanderley Pinto - IFPE 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 01 - Mapa de situação. 13 
Figura 02 - Vistas longitudinais esquemáticas das Passarelas: (a) Passarela 1 e (b) 
Passarela 2. 
15 
Figura 03 - Desnível (a) e distância (b) entre rampa e tabuleiro. 18 
Figura 04 - Manifestações patológicas na mesoestrutura: (a) e (b) fissuras 
decorrentes do processo de carbonatação na torre da Passarela 2; (c) 
estribos expostos próximo a base da torre; (d) concreto desagregado e 
estribos rompidos no pilar da rampa de acesso no sentido oeste; (e) 
calcinação no pilar da rampa de acesso da Passarela 1, sentido oeste. 
 
20 
Figura 05 - Problemas encontrados nos elementos da superestrutura: (a) acumulo de 
água em patamar da rampa; (b) manchas causadas por infiltração e 
lixiviação no tabuleiro; (c) drenos, evidenciados em vermelho, quebrados 
e obstruídos por vegetação devido à ausência de manutenção na Passarela 
1; (d) deficiências nas juntas de dilatação da passarela, apresentando 
escoamento de água. 
22 
Figura 06 - Ausência de segurança e deterioração das passarelas: (a) inexistência de 
guarda-corpos em trechos da Passarela 2 e escoramentos provisórios; (b) 
desagregação do concreto devido a oxidação dos parafusos de fixação; 
(c) improvisação utilizando arames e madeira; (d) e (e) Deterioração das 
bainhas na Passarela 1 e Passarela 2, respectivamente; (f) fissuras nos 
blocos de ancoragem dos cabos, a direita Passarela 1 e a esquerda 
Passarela 2; (g) cabo rompido na Passarela 2. 
24 
Figura 07 - Acesso às passarelas: (a) rampa de acesso em ruínas na Passarela 1; (b) e 
(c) desnível da rampa de acesso da Passarela 2, sentido leste; (d) desnível 
de entre início da rampa de acesso e seu prosseguimento; (e) presença de 
vegetação elevada na área pertencente ao aterro e ao acesso da Passarela, 
impedindo a vistoria da estrutura. 
 
25 
 
 
 
 
 
 LISTA DE TABELAS 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 01 - Correlação de notas com a categoria dos problemas detectados. 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO 7 
1.1 JUSTIFICATIVA 8 
1.2 OBJETIVOS 9 
1.2.1 Objetivo geral 9 
1.2.2 Objetivos específicos 9 
2 ARTIGO CIENTÍFICO 10 
3 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 29 
 REFERÊNCIAS 
APÊNDICE A - FOTOS COMPLEMENTARES DA VISTORIA 
REALIZADA NA PASSARELA DO Km 53,1 (PASSARELA 1). 
APÊNDICE B - FOTOS COMPLEMENTARES DA VISTORIA 
REALIZADA NA PASSARELA DO Km 53,6 (PASSARELA 2). 
30 
31 
 
33 
 ANEXO A - NORMAS DE PUBLICAÇÃO DA REVISTA CIENTEC 35 
7 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Apesar de já bastante conhecida, a lei da evolução dos custos, conhecida como Regra 
de Sitter ou Lei dos 5, que tem como premissa o fato de quanto mais tardiamente for iniciada 
a intervenção em uma estrutura mais onerosa ela será, pois os custos de correção crescem 
segundo uma progressão geométrica de razão cinco. Corriqueiramente se observam casos de 
omissão por parte dos agentes públicos, de tal modo que estruturas que compõem o 
patrimônio público apresentam-se em estado de degradação e necessitam de manutenção para 
desempenhar plenamente suas funções. Porém as intervenções só ocorrem, com raras 
exceções, quando não podem mais ser postergadas. 
Desde a antiguidade as pontes e passarelas estiveram presentes nas sociedades 
humanas objetivando facilitar ou mesmo permitir a locomoção através de obstáculos tais 
como rios e vales (LEONHARDT, 1979). O princípio estrutural de pontes estaiadas vem de 
longa data, há registros históricos que comprovam a sua utilização em estruturas, nas mais 
diversas civilizações da antiguidade (WITTFOHT, 1984). As estruturas estaiadas surgiram 
como uma alternativa eficaz para transpor grandes vãos, possibilitando a utilização de 
estruturas mais leves, esbeltas e econômicas e que do ponto de vista arquitetônico possuem 
grande aceitação (MAZARIM, 2011). 
As passarelas assim como os demais constituintes das Obras de Arte Especiais 
possuem atributos estéticos, econômicos sociais e viários que justificam a sua permanente 
manutenção. As passarelas possuem um especial destaque, pois geralmente são implantadas 
sobre vias de grande fluxo, e vale alertar que do total de acidentes de transito envolvendo 
pedestres, 19,1% deles resulta em mortes (SCHINDWEIN, 2008). 
Dentro desse contexto este trabalho teve o objetivo de inspecionar e avaliar o estado 
de degradação existente nas passarelas estudadas de acordo com a bibliografia especializada, 
de modo que os desempenhos funcional e estrutural de ambas viessem a ser conhecidos, e 
pudessem ser tomadas, num futuro próximo, ações com o intuito de recuperá-las. 
 
 
8 
 
1.1 JUSTIFICATIVA 
 
Existem valores viários, estéticos, econômicos e sociais inerentes às obras de 
infraestrutura que compõem o patrimônio público, que justificam a necessidade de políticas 
voltadas ao permanente monitoramento e manutenção de tais obras. Nesse contexto este 
trabalho se propôs a contribuir para que medidas possam ser tomadas, visando melhorar as 
condições estruturais e funcionais das pontes, viadutos e passarelas do sistema viário 
brasileiro. 
 
9 
 
1.2 OBJETIVOS 
 
1.2.1 Objetivo geral 
 
Caracterizar, através de normas vigentes e bibliografia especializada, as manifestações 
patológicas e as deficiências funcionais das passarelas em estudo, analisando se houve 
comprometimento de desempenho e segurança. 
 
1.2.2 Objetivosespecíficos 
 
Evidenciar as manifestações patológicas existentes nas passarelas através de inspeção 
fundamentada na norma DNIT 010/2004 - PRO; 
Analisar, de modo qualitativo, as condições de estabilidade e conservação das 
passarelas; 
Verificar se há atendimento da demanda funcional (segurança aos usuários); 
Justificar a necessidade de recuperação estrutural. 
 
 
 
10 
 
2 ARTIGO CIENTÍFICO 
 
 Análise das condições funcionais e estruturais de duas passarelas estaiadas 
na rodovia BR-101/PE 
Functional and Structural Conditions Analysis at two Cable-stayed Footbridge in highway 
Br-101, Pernambuco, Brazil 
 
RESUMO 
A ineficiência dos programas de monitoramento e manutenção das obras públicas, aliada à má 
gestão de recursos, vem sendo responsável pelo avançado estado de degradação observado em obras 
de infraestrutura importantes para o desenvolvimento do Brasil. Nesse contexto, nosso trabalho 
objetiva avaliar as manifestações patológicas instaladas em duas passarelas estaiadas localizadas na 
BR-101/PE, com base em procedimentos da norma DNIT 010/2004 PRO e de acordo com a 
bibliografia especializada. Essa analise resultou em um cenário que prevê futuras intervenções que 
demandarão altos investimentos financeiros para corrigir o estado crítico de degradação em que as 
obras se encontram de modo a restabelecer as condições apropriadas de funcionalidade e segurança. O 
estudo constatou que falhas nas etapas de projeto, execução e manutenção atuaram como 
“catalisadores” ao surgimento das manifestações patológicas ali evidenciadas, comprovando também a 
inexistência da prática de manutenção ao longo de décadas nessas estruturas. 
PALAVRAS-CHAVE: Patologia; recuperação estrutural; manutenção de estruturas. 
 
ABSTRACT 
The inefficiency of monitoring and maintenance constructions public programs, together with 
a bad administration its resources, is responsible for degradation advanced state of infrastructure 
constructions important to Brazil's development. In this context, our work evaluates the pathological 
manifestations found in two cable-stayed footbridge located in BR- 101/PE, based in procedures of 
norm DNIT 010/2004 PRO and according to specialized bibliography. The analysis result a scenario 
that predicts future interventions demanding high financial investments to correct the critical 
degradation state of these constructions and may reestablish the appropriate conditions of 
functionality and safety. The study showed that failures in project, execution and maintenance steps 
acted as "catalysts" in the appearance of pathological manifestations evidenced, also showing 
nonexistence of maintenance practice through the decades of existence in structures. 
KEY WORDS: Pathology; structural recovery; maintenance of structures. 
 
11 
 
1. Introdução 
Passarelas são "estruturas longilíneas, destinadas a transpor obstáculos naturais e/ou 
artificiais exclusivamente para pedestres e/ou ciclistas" (ABNT, 2016, p.1). Desde a 
antiguidade as pontes e passarelas estiveram presentes nas sociedades humanas, objetivando 
facilitar ou mesmo permitir a locomoção através de obstáculos tais como rios e vales. As 
primeiras pontes das quais se tem registro foram concebidas essencialmente de pedras e de 
madeira; as contemporâneas, entretanto, variam diversamente quanto às tipologias e os 
diversos materiais que as compõem, de acordo com as necessidades que desejam atender 
(LEONHARDT, 1979). 
O princípio estrutural de pontes estaiadas vem de longa data. E existem diversos 
registros históricos que comprovam que a ideia de suportar estruturas por meio de cabos ou 
correntes é antiga, por exemplo os índios americanos que construíam passarelas pênseis de 
madeira, os egípcios que faziam uso desses conceitos em suas embarcações; há também 
registros imperiais chineses de pontes pênseis de ferro nas montanhas do Tibet que datam de 
65 D.C. (WITTFOHT, 1984). Existem registros de passarelas primitivas em Borneo na 
Oceania feitas de bambu e sustentada por cordões de trepadeira (TROITSKY, 1977). 
Mas, expandindo a definição supracitada e considerando as passarelas como elemento 
constituinte da paisagem urbana com inerentes atributos estético, econômico e viário, é que 
podemos entender a importância da manutenção de tais estruturas. Para isso, se mostra 
imperativo compreendermos as manifestações patológicas que influenciam na redução da vida 
útil das passarelas estaiadas de concreto, que representam a tipologia mais utilizada no Brasil 
para tais obras. 
No Brasil existem poucas iniciativas no âmbito público que visam promover um 
monitoramento continuado e uma manutenção preventiva do acervo composto pelas estruturas 
públicas. Um exemplo é o Sistema de Gerenciamento de Obras de Arte Especiais (SGO) que 
12 
 
segue os procedimentos da norma DNIT 010/2004 - PRO, e pertence ao Departamento 
Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), autarquia federal vinculada ao Ministério 
dos Transportes. O sistema engloba uma série de procedimentos e rotinas, tais como: 
levantamento de dados cadastrais, levantamento de dados relativos às condições de segurança 
e de conservação das Obras de Arte Especiais (OAEs), registros fotográficos, vídeos, croquis 
e a "atualização permanente" dos dados das OAEs. 
Caso esse sistema fosse de fato aplicado, proporcionaria um cenário oposto ao 
observado nas vistorias, pois geralmente intervenções só ocorrem, com raras exceções, 
quando já há um considerável avanço nos problemas oriundos da falta de manutenção, 
partindo-se então para as ações corretivas que são sempre mais trabalhosas e 
incomparavelmente mais caras, fato esse comprovado pela já consagrada lei de evolução dos 
custos, conhecida como Regra de Sitter ou Lei dos 5, que tem como premissa o fato de quanto 
mais tardiamente for iniciada a intervenção em uma estrutura mais onerosa ela será, pois os 
custos de correção crescem segundo uma progressão geométrica de razão cinco 
Nesse sentido este trabalho teve como objetivo inspecionar e avaliar o estado de 
degradação existente em duas passarelas estaiadas, de modo que os desempenhos funcional e 
estrutural de ambas pudessem ser conhecidos e restabelecidos por meio de ações de 
recuperação e reforço. 
 
2. Descrição das obras e metodologia utilizada 
As obras estudadas estão localizadas nos quilômetros 53,1 e 53,6 da rodovia federal 
BR-101/PE (Figura 1), e de acordo com informações obtidas junto ao DER-PE e ao DNIT, 
tratam-se de passarelas estaiadas de concreto armado e protendido construídas na década de 
70 pelo extinto Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), hoje transformado 
no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). 
13 
 
Figura 1. Mapa de situação. 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
 
As passarelas objeto deste trabalho são constituídas por um trecho reto estaiado sobre 
as quatro pistas da BR-101 e duas rampas laterais de acesso. Os guarda-corpos com 90 cm de 
altura são metálicos. 
A passarela do km 53,1 (Passarela 1) com seção transversal de largura constante de 
2,60 m e comprimento total de 141,70 m (Figura 2(a)), possui trecho reto principal em 
concreto protendido composto por 2 vãos simétricos de 29,55 m e balanços extremos com 
14 
 
1,30 m, totalizando uma extensão de 61,70 m. Esse trecho apoia-se em uma torre localizada 
no canteiro central e em pilares que distam 1,10 m de cada extremidade do tabuleiro. Das 
ancoragens no topo da torre partem para cada tramo dois planos de estais em leque com dois 
cabos cada, que na outra extremidade se ancoram nas vigas do tabuleiro. As rampas de acesso 
são em concreto armado e possuem 40,00 m de comprimento. 
A passarela do km 53,6 (Passarela 2) com largura constante de 2,60 m e comprimento 
total de 141,50 m (Figura 2(b)), possui tabuleiro com dois vãos assimétricos em concreto 
protendido com extensões de 16,10 m e 42,80 m cada, acrescidosde 2 balanços extremos com 
1,30 m, totalizando uma extensão de 61,50 m. Assim como na Passarela 1, também tem como 
apoio uma torre no canteiro central de onde sai o sistema de estais, e em pilares que distam 
1,10 m dos extremos. Da torre partem, para cada tramo, dois planos de estais com 3 cabos 
cada, que possuem ancoragem no topo da torre e nas vigas do tabuleiro. Os estais se dispõem 
em leque para o maior vão e paralelamente para o menor vão. As duas rampas laterais são em 
concreto armado e possuem 40,00 m de comprimento. 
15 
 
Figura 2. Vistas longitudinais esquemáticas das Passarelas: (a) Passarela 1 e (b) Passarela 2. 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
 
As inspeções foram fundamentadas conforme os procedimentos da norma DNIT 
010/2004 - PRO, através da qual foram classificadas as condições de estabilidade de cada uma 
das estruturas, de acordo com as notas atribuídas pela tabela 1. As manifestações patológicas 
ali evidenciadas foram abordadas a luz da bibliografia referente ao tema, dando enfoque às 
suas possíveis causas, levando-se em conta o ambiente no qual estão inseridas bem como a 
suas características. Por ultimo, de acordo com a bibliografia consultada, foram feitas 
considerações quanto as providências que deveriam ser adotadas para que se pudesse 
recuperar e promover o uso com segurança das estruturas em estudo. 
 
 
16 
 
Tabela 1. Correlação de notas com a categoria dos problemas detectados. 
 
NOTA DANOS NO ELEMENTO/ INSUFICIÊNCIA 
ESTRUTUTAL 
AÇÃO CORRETIVA CONDIÇÕES DE 
ESTABILIDADE 
CLASSIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DA PONTE 
5 Não há dados de insuficiência estrutural. Nada a fazer. Boa Obra sem problemas 
4 Há alguns danos, mas não há sinais de que 
estejam gerando insuficiência estrutural. 
Nada a fazer; 
apenas 
serviços de 
manutenção. 
Boa Obra sem problemas importantes 
3 Há danos gerando alguma insuficiência 
estrutural, mas não há sinais de 
comprometimento da estabilidade da obra. 
A recuperação da 
obra pode ser 
postergada, 
devendo-se, porém, 
neste caso, colocar-
se o problema em 
observação 
sistemática. 
Boa aparentemente Obra potencialmente problemática 
 
Recomenda-se acompanhar a evolução dos 
problemas através das inspeções rotineiras, 
para detectar, em tempo hábil, um eventual 
agravamento da insuficiência estrutural. 
17 
 
2 Há danos gerando significativa insuficiência 
estrutural na ponte, porém não há ainda, 
aparentemente, um risco tangível de colapso 
estrutural. 
A recuperação 
(geralmente com 
reforço estrutural) 
da obra deve ser 
feita no curto prazo. 
Sofrível Obra problemática 
 
Postergar demais a recuperação da obra pode 
levá-la a 
um estado crítico, implicando também sério 
comprometimento da vida útil da estrutura. 
Inspeções 
intermediárias1 são recomendáveis para 
monitorar os 
problemas. 
1 Há danos gerando grave insuficiência 
estrutural na ponte; o elemento em questão 
encontra-se em estado crítico, havendo um 
risco tangível de colapso estrutural. 
A recuperação 
(geralmente com 
reforço estrutural) - 
ou em alguns casos, 
substituição da obra 
- deve ser feita sem 
tardar. 
Precária Obra crítica 
 
Em alguns casos, pode configurar uma 
situação de 
emergência, podendo a recuperação da obra 
ser 
acompanhada de medidas preventivas 
especiais, tais 
como: restrição de carga na ponte, interdição 
total ou 
parcial ao tráfego, escoramentos provisórios, 
instrumentação com leituras contínuas de 
deslocamentos e deformações etc. 
Fonte: Norma DNIT 010/2004 - PRO. 
18 
 
3. Resultados e discussões sobre as inspeções 
3.1 Infraestrutura 
É incontestável a necessidade de vistoriar a infraestrutura devido à sua importância 
para garantir a segurança geral da estrutura, porém por se tratarem de elementos estruturais 
que trabalham enterrados, na grande maioria das vezes não são acessíveis à vistorias; 
consequentemente, problemas que ali ocorrem só são detectados quando já estão repercutindo 
na estrutura como um todo (VITÓRIO, 2012). 
Por isso não verificou-se o estado de conservação das fundações de ambas as 
passarelas, pelo fato de estarem abaixo do nível do terreno natural, porém, informações 
obtidas junto ao DER-PE e DNIT indicam tratarem-se de fundações profundas em estacas, 
não tendo sido observados deslocamentos ou desaprumos que pudessem caracterizar a 
ocorrência de danos. Quanto ao terreno de fundação, a inspeção visual realizada próxima à 
base dos pilares, não constatou erosão do terreno. Na Passarela 2 foram constatados desníveis 
na ordem de 5 cm e uma distância horizontal de 8 cm (Figura 3) entre a rampa e o trecho 
principal, no local onde foi prevista a junta de dilatação. Isso deve ter sido originado por 
recalques sofridos pela camada superficial do terreno, uma vez que o trecho central é 
independente das rampas de acesso. 
 
Figura 3. Desnível (a) e distância (b) entre rampa e tabuleiro. 
 
 
19 
 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
 
3.2 Mesoestrutura 
Todas as manifestações patológicas que foram observadas nos pilares e vigas da 
mesoestrutura de ambas as passarelas tiveram, provavelmente, a influência do anidro 
carbônico (𝐶𝑂2), constantemente liberado pelos veículos que ali transitaram ao longo de 4 
décadas, que favorecido pela umidade relativa do ar da região na qual as estruturas estão 
localizadas, proporcionaram o processo de carbonatação do concreto. Esse processo é uma 
das causas mais frequentes de corrosão em estruturas de concreto armado, de maneira que 
agiu reduzindo o PH da camada alcalina que atua na proteção das armaduras (VITÓRIO, 
2002). 
Como consequência da provável carbonatação foram evidenciadas manifestações 
patológicas nas formas de fissuras, oxidação de armaduras e desagregação do concreto. 
Observou-se em ambas as torres fissuras (Figura 4(a) e (b)), que se mostraram mais 
acentuadas na Passarela 2. Foram encontradas em todos os pilares das rampas e também na 
torre (Figura 4(c)) armaduras expostas e oxidadas. Em alguns pontos, pôde ser observado o 
rompimento dos estribos (Figura 4(d)). Como consequência direta desse fenômeno 
constatamos a desagregação de partes do concreto da estrutura, decorrente da tensão de 
expansão exercida pelas armaduras em processo de oxidação (SOUZA; RIPPER, 1998). 
No primeiro conjunto de pilares da rampa da Passarela 1 foi constatado indícios de 
calcinação do concreto (Figura 4(e)), problema que atua na redução da resistência do 
concreto, que de acordo com a coloração rosada estava em torno de 5% a 25 % (CÁNOVAS, 
1988). 
Quanto aos aparelhos de apoio de ambas as passarelas foi observado que são 
compostos de material elastomérico, que naturalmente são elementos com grande capacidade 
para sobreviver à falta de manutenção (DNIT, 2006), logo não observou-se deslocamentos, 
20 
 
porém notou-se pequenas deformações nas arestas dos neoprenes que davam indício de seu 
mau funcionamento e que poderia estar causando prejuízos ao comportamento da estrutura. 
Foi constatado a inexistência em ambas as estruturas de consoles ou quaisquer 
elementos que pudessem vir a facilitar a eventual troca dos aparelhos de apoio, o que tornará 
ainda mais onerosa e difícil essa operação. Atualmente já é normatizada a obrigatoriedade de 
inclusão deste elemento no projeto da OAE (ABNT, 2003). 
 
Figura 4. Manifestações patológicas na mesoestrutura: (a) e (b) fissuras decorrentes do 
processo de carbonatação na torre da Passarela 2; (c) estribos expostos próximo a base da 
torre; (d) concreto desagregado e estribos rompidos no pilar da rampa de acesso no sentido 
oeste; (e) calcinação no pilar da rampa de acesso da Passarela 1, sentido oeste. 
 
21 
 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
 
 
3.3 Superestrutura 
No decorrer da vistoria diversos problemas foram evidenciados nos elementos da 
superestrutura. Na Passarela 2 a inexistência de drenos e pingadeiras, dificultou o escoamento 
das águas pluviais e causou acumulo de água no tabuleiroe nos patamares das rampas (Figura 
5(a)). Como consequência, pôde ser notado inúmeras manchas e eflorescências (Figura 5(b)) 
decorrentes do processo de lixiviação, que foi favorecido pela presença de água e pelo 
concreto poroso da estrutura. (LANER, 2001). Na Passarela 1 apesar de haver drenos, todos 
encontravam-se parcialmente obstruídos (Figura 5(c)), sinal da inexistência de manutenção, 
com manchas de eflorescências em menor quantidade que na Passarela 2, porém ainda em 
quantidade acentuada. 
Foi observado deficiência das juntas de dilatação em ambas as passarelas (Figura 
5(d)), com berço de fixação danificado ou inexistente, com elevadas aberturas. Os elementos 
de vedação quando existentes encontram-se ressecados e, de modo geral, já não promovem 
mais a vedação, permitindo assim a infiltração das águas pluviais. Como consequência foram 
observadas manchas de eflorescência e armaduras expostas em processo de oxidação na 
região do entorno das juntas (VITÓRIO, 2002). 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
Figura 5. Problemas encontrados nos elementos da superestrutura: (a) acumulo de água em 
patamar da rampa; (b) manchas causadas por infiltração e lixiviação no tabuleiro; (c) drenos, 
evidenciados em vermelho, quebrados e obstruídos por vegetação devido à ausência de 
manutenção na Passarela 1; (d) deficiências nas juntas de dilatação da passarela, apresentando 
escoamento de água. 
 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
 
A Passarela 2 praticamente não possuía mais guarda-corpos (Figura 6(a)) e os poucos 
que restavam não tinham mais a capacidade de promover segurança aos usuários, pois 
encontravam-se excessivamente oxidados, de modo que podiam romper com pequenos 
esforços. Os pontos de fixação dos guarda-corpos com a estrutura de concreto das rampas e 
tabuleiros configuravam-se em locais de desagregação devido a expansão por oxidação dos 
parafusos de fixação (Figura 6(b)). Os guarda-corpos da Passarela 1 também apresentavam 
elevados sinais de oxidação e não ofereciam mais segurança, porém, em sua maioria, ainda 
encontravam-se na estrutura, mesmo que provisoriamente amarrados por arames ou cordas 
(Figura 6(c)). 
Em ambas as passarelas foi observado indícios da falta de segurança do sistema de 
estais. Foram evidenciados nas infiltrações e no estado de deterioração das bainhas (Figura 6 
23 
 
(d) e (e)), que podiam ter comprometido as cordoalhas que compõem os cabos. As ancoragens 
superiores e inferiores apresentavam sinais de infiltração e placas corroídas. Também foram 
observadas muitas fissuras nos blocos de ancoragem dos cabos (Figura 6(f)). 
Na Passarela 2 não houve dúvidas que o problema de maior gravidade foi causado pela 
ruptura de um dos estais (Figura 6(g)), fato que provocou a redistribuição dos esforços no 
trecho central da passarela entre os estais remanescentes e motivou a colocação de dois 
escoramentos em perfis metálicos provisórios no tramo de maior extensão. Ocorreu que, 
aparentemente, outros estais estavam comprometidos e com a capacidade de carga reduzida, 
podendo também romperem futuramente, inclusive por colapso progressivo, o que poderá 
significar uma redistribuição ainda maior dos esforços e a ruptura da estrutura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
Figura 6. Ausência de segurança e deterioração das passarelas: (a) inexistência de guarda-
corpos em trechos da Passarela 2 e escoramentos provisórios; (b) desagregação do concreto 
devido a oxidação dos parafusos de fixação; (c) improvisação utilizando arames e madeira; 
(d) e (e) Deterioração das bainhas na Passarela 1 e Passarela 2, respectivamente; (f) fissuras 
nos blocos de ancoragem dos cabos, a direita Passarela 1 e a esquerda Passarela 2; (g) cabo 
rompido na Passarela 2. 
 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
 
3.4 Acessos 
Ambos os acessos da Passarela 1 encontravam-se com piso fissurado e com o trecho 
de transição para a rampa com o piso completamente em ruína (Figura 7(a)). Na Passarela 2 
observou-se que o acesso no sentido leste estava totalmente prejudicado (Figura 7(b) e (c)) 
25 
 
com desnível de 30 cm entre o piso e o início da rampa (Figura 7(d)); esse problema foi 
motivado pela fuga do material de aterro e consequente reacomodação do piso, que devido 
aos esforços que ali surgiram veio a romper. Já o aterro do acesso no sentido oeste não pôde 
ao menos ser inspecionado devido a elevada presença de vegetação na área do aterro e do 
acesso propriamente dito (Figura 7(e)). 
 
Figura 7. Acesso às passarelas: (a) rampa de acesso em ruínas na Passarela 1; (b) e (c) 
desnível da rampa de acesso da Passarela 2, sentido leste; (d) desnível de entre início da 
rampa de acesso e seu prosseguimento; (e) presença de vegetação elevada na área pertencente 
ao aterro e ao acesso da Passarela, impedindo a vistoria da estrutura. 
 
 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
 
 
 
 
 
26 
 
4. Conclusões 
A maioria das manifestações patológicas presentes em ambas as passarelas decorriam 
de falhas nas etapas de projeto, execução e manutenção, destacando na etapa de projeto a 
inexistência do sistema de drenagem na Passarela 2. Quanto à etapa executiva foi nítido o 
descuido com a qualidade do concreto que aparentava uma elevada porosidade, fato este 
comprovado pela incontável quantidade de manchas de infiltração e eflorescência ao longo de 
toda a estrutura. Foi perceptível também o elevado descaso quanto à manutenção, que 
simplesmente não existiu, permitindo o avanço de todas as manifestações patológicas ali 
encontradas. 
Constatamos o acentuado estado de degradação em que se encontravam as passarelas 
e, de acordo com os critérios da norma DNIT 010/2004 – PRO, a Passarela 1 foi classificada 
como obra problemática (nota 2) e a Passarela 2 como obra crítica (nota 1). Ficou evidente 
que ambas não atendiam mais às exigências funcionais e estruturais, pois não se podia fazer 
uso das mesmas com conforto e segurança. De maneira mais emergencial alertamos para a 
necessidade de intervir na Passarela 2, que além de não atender a sua demanda funcional, 
possuía grandes incertezas quanto à integridade e capacidade resistente dos estais e das 
ancoragens, podendo vir a atingir o Estado Limite Último (ELU), pondo em risco a 
integridade dos pedestres e veículos que por ali transitam. 
E por último, destacamos que existem questões sociais, estéticas, econômicas e viárias 
inerentes a essas estruturas que justificam recomendar restabelecê-las plenamente, de modo 
que as comunidades do entorno ainda possam continuar se beneficiando das suas funções. E 
também deve ser destacada a importância de recuperá-las para que todo o investimento social 
e financeiro ali já feito não tenha sido em vão, tendo em vista a importância do local onde 
estão implantadas, como sendo um polo industrial do município de Paulista - PE. 
 
27 
 
 
5. Referências 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Projeto de pontes de 
concreto armado e de concreto protendido - procedimento, NBR 7187. Rio de Janeiro, 
2003. 11p. 
CÁNOVAS, M.F. Patologia e Terapia do Concreto Armado. Pini Editora, São Paulo, 1988. 
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES (DNIT). 
Inspeção em pontes e viadutos de concreto armando e protendido – procedimentos. 
Norma DNIT 010/2004-PRO, Rio de Janeiro, 2004.18p. 
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES (DNIT). 
Tratamento de aparelhos de apoio: concreto, neoprene e metálicos – especificação de 
serviço. Norma DNIT 091/2006, Rio de Janeiro, 2006. 7p. 
HELENE, P. A Nova NBI-2003 (NBR 6118) e a Vida Útil das Estruturas de Concreto. 
Ibracon, São Paulo, 2005. 30 p. 
LANER, F. J. Manifestações patológicas nos viadutos, pontes e passarelas do município 
de Porto Alegre. 157 p. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do 
Sul, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Porto Alegre, 2001. 31-33 p. 
LEONHARDT, F. Pontesem concreto armado e protendido: princípios básicos da 
construção de pontes de concreto. 1ed. Rio de Janeiro: Interciência 1979. V.6. 242 p. 
RUSCHEL, A. Projeto de uma passarela estaiada: determinação de geometria dos 
elementos, dimensionamento e detalhamento. 2014. 129f. Trabalho de Conclusão de Curso 
(TCC) - Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Rio 
Grande do Sul. 2014. 
SOUZA, V. C.; RIPPER, T. Patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. 2 
ed. São Paulo: Pinni, 1998. 
28 
 
TROITSKY, M.S. Cable-stayed bridges: theory and design. Crosby Lockwood Staples, 
London, 1977. 385 p. 
VITÓRIO, J. A. P. Pontes rodoviárias: fundamentos, conservação e gestão. 1 ed. Recife: 
CREA-PE, 2002. 140 p. 
VITÓRIO, J. A. P. Reforço de fundações de pontes e viadutos: três casos reais. In: V 
CONGRESSO BRASILEIRO DE PONTES E ESTRUTURAS, 2012. Rio de Janeiro, Anais 
Congresso Brasileiro de Pontes e Estruturas. Rio de Janeiro. p. 1-16. 
WITTFOHT, H. Building bridges: history, technology, contrution. Bau Verlag u. Technik, 
Dusseldorf, 1984, 327 p. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://trid.trb.org/view.aspx?id=53129
29 
 
3 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 
 
Através desse estudo foi possível verificar a realidade que se encontravam as 
passarelas estaiadas dos Km 53,1 e Km 53,6 da BR 101/PE, e que as manifestações 
patológicas ali encontradas eram oriundas de falhas nas etapas de execução e manutenção. 
Possuíam também influência direta da omissão do poder público que postergou as 
intervenções corretivas que teriam interrompido, pelo menos parcialmente, o avanço da 
degradação estrutural ali evidenciada. 
É provável que num cenário futuro as intervenções tão adiadas sejam, mesmo de 
forma bastante onerosa, realizadas. Tendo em vista que, principalmente no caso da Passarela 
2, não podem mais ser adiadas devido ao inerente risco que vem representando aos veículos 
que por ali trafegam, e aos pedestres que ainda fazem uso da mesma. 
Por fim, recomenda-se que no curto prazo sejam realizados ensaios para avaliar a 
qualidade do concreto existente e o nível de oxidação das armaduras, tanto nos trechos retos 
das passarelas quanto nas rampas de acesso. Que seja feito também a verificação da 
viabilidade econômica de se recuperar essas estruturas, em função de seu avançado estado de 
degradação e, caso julgado viável, a elaboração de um projeto de recuperação das Passarelas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
REFERÊNCIAS 
HELENE, P. A Nova NBI-2003 (NBR 6118) e a Vida Útil das Estruturas de Concreto. 
Ibracon, São Paulo, 2005. 30 p. 
LEONHARDT, F. Pontes em concreto armado e protendido: princípios básicos da 
construção de pontes de concreto. 1ed. Rio de Janeiro: Interciência 1979. V.6. 242 p. 
MAZARIM, D.M. Histórico das pontes estaiadas e sua aplicação no Brasil. 157 p. 
Dissertação (mestrado) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Programa de Pós-
Graduação em Engenharia, São Paulo, 2011. 124 p. 
SCHINDWEIN, M. Rodovias: onde mora o perigo. Instituto de pesquisa econômica 
aplicada – IPEA. 2008. Disponível em: < 
http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=2238:cati
d=28&Itemid=23 >. Acessado em: 01/07/2017. 
 
WITTFOHT, H. Building bridges: history, technology, contrution. Bau Verlag u. Technik, 
Dusseldorf, 1984, 327 p. 
 
 
 
 
 
31 
 
APÊNDICE A - FOTOS COMPLEMENTARES DA VISTORIA REALIZADA NA 
PASSARELA DO Km 53,1 (PASSARELA 1). 
Figura A-1. Vista do trecho principal. 
 
Fonte: Autor, 2017. 
 
Figura A-2. Vista longitudinal da rampa de acesso ao trecho principal, sentido leste. 
 
Fonte: Autor, 2017. 
 
32 
 
Figura A-3. Estado de degradação generalizado dos guarda-corpos. 
 
Fonte: Autor, 2017. 
 
Figura A-4. Vedação da junta inexistente e ancoragem dos guarda-corpos com acentuada 
perda de seção. 
 
Fonte: Autor, 2017. 
 
 
33 
 
APÊNDICE B - FOTOS COMPLEMENTARES DA VISTORIA REALIZADA NA 
PASSARELA DO Km 53,6 (PASSARELA 2). 
 
Figura B-1. Vista do trecho principal. 
 
Fonte: Autor, 2017. 
 
Figura B-2. Vista do centro do trecho principal, ponto mais elevado da passarela e onde 
praticamente inexistem os guarda-corpos. 
 
Fonte: Autor, 2017. 
 
34 
 
Figura B-3. Rede elétrica dista menos de 1 metro da rampa de acesso, sentido oeste. 
 
Fonte: Autor, 2017. 
 
Figura B-4. Escoramento metálico provisório comprometido devido o furto de um dos perfis. 
 
Fonte: Autor, 2017. 
 
 
 
35 
 
ANEXO A – NORMAS DE PUBLICAÇÃO DA REVISTA CIENTEC 
 
 
Título com a primeira letra e as letras iniciais de substantivos próprios em 
maiúsculo, negrito e centralizado, fonte Times New Roman tamanho 14 
 
Title with the initial letter and the first letters of proper nouns capitalized, bold, italic and 
centered, Times New Roman 12 
 
 
RESUMO 
 
Uma sequência de frases concisas e objetivas, e não uma simples enumeração de tópicos. O resumo 
não deverá ultrapassar 200 palavras e deverá conter uma pequena introdução, objetivo claro, material e 
métodos concisos, resultados e discussão breves e conclusão sem repetir os resultados. O artigo não 
deve exceder 20 páginas, em espaço 1,15, incluindo referências e excetuando-se as figuras e/ou 
tabelas. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Cerca de quatro palavras-chave em ordem alfabética, separadas por vírgulas, evitar repetir 
palavras que constam no título. As palavras devem ser separadas por vírgula e iniciadas com letra minúscula, inclusive o 
primeiro termo. 
 
ABSTRACT 
The abstract should not exceed 200 words and should contain a short introduction (a 
sentence), clear objective, concise materials and methods, results and discussion and short conclusion 
without repeating the results. 
 
KEY WORDS: About four key words in alphabetical order, separated by commas, to avoid repeating words contained in 
the title. 
 
1. Instruções Gerais aos Autores da Revista Cientec 
 
Nesta parte são apresentadas as principais diretrizes para a elaboração do manuscrito completo 
no que diz respeito à apresentação gráfica, à estrutura e ao procedimento para a submissão. Este 
documento já possui a formatação de estilos personalizados para a elaboração do texto. O autor pode, 
portanto, utilizar este arquivo como modelo para esta finalidade. 
1.1 Do Formato: 
36 
 
Os manuscritos deverão conter, obrigatoriamente, as seções: Introdução, Materiais e 
Métodos, Resultados e Discussão e Conclusões e conter no máximo 20 laudas conforme esta 
formatação. Porém, os autores estão livres para mudarem a nomenclatura dos tópicos quando for 
conveniente. 
Elementos pós-textuais como agradecimentos e apêndices são opcionais e deverão ser 
incluídos após a seção de Conclusão. 
O texto deve ser configurado em folha do tamanho A4 (210x297mm), digitados em espaço 
duplo e em formado .doc ou .docx. A margem superior deverá possuir 2,5 cm, enquanto que as demais 
margens (inferior, direta e esquerda) deverão possuir 2 cm. 
Os textos deverão ser escritos corridamente em caracteres Times New Roman, tamanho da 
fonte 11, sem intercalação de tabelas e figuras que deverão ser apresentadas no final do texto corrido 
de acordo com especificações que serão descritas adiante. 
Na formatação dos parágrafos escolher a opção parágrafo justificado. O conteúdo do 
trabalho deve ser submetido a criteriosa revisão ortografia antes de ser submetido aos Editores da 
Revista. 
1.2. Figuras: 
As figuras e ilustrações devem observar os seguintes critérios: 
1) As imagens (fotografias, desenhos, ilustrações, gráfico, mapas, etc.) serão citadas como 
“Figuras” e deverão ser numeradas sequencialmente em algarismos arábicos; 
2) As Figuras devem ser em número máximo de 7 e possuir resolução mínima de 200 e 
máxima de 300 dpi; 
3) Figuras não devem ser inseridas no local sequencial ao texto de referência. Neste sentido é 
feita a indicação de à sualocalização no texto, preferencialmente seguida ao parágrafo a que se 
reporta. Exemplo: 
<inserir Figura 1 aqui> 
37 
 
 
4) Deverão ser apresentadas no final do texto e ser apresentada sem bordas, com fundo branco 
e tamanho mínimo 7,5x7,5cm e máximo de 15,5x15,5cm. 
5) As figuras, seguidas de seus textos e legendas deverão ser explicitas no final do manuscrito 
em seção intitulada “LEGENDA DAS FIGURAS”. Exemplo: 
Legendas das figuras: 
Figura 1. Mecanismo de hidrogenação de substratos insaturados. 
 Figura 2. Cela eletroquímica: 1) cátodo; 2) Anodo de Ni; 3) Saída de alíquotas. 
5) Serão exigidas a indicação de fonte para as Figuras. 
6) Figuras coloridas serão permitidas. Entretanto, gráficos devem ser acompanhados de 
padrões de símbolos, retículas ou hachuras que permitam a adequada identificação se impressas em 
preto e branco. 
1.3. Tabelas 
1) Tabelas não devem ser inseridas no local sequencial ao texto de referência. Neste sentido é 
feita a indicação de à sua localização no texto, preferencialmente seguida ao parágrafo a que se 
reporta. Exemplo: 
<inserir Tabela 1 aqui> 
2) Possuir apenas linhas de encabeçamento superior e inferior. Não devem ser utilizados traços 
internos horizontais ou verticais e as laterais não devem ser fechadas 
3) As Tabelas, seguidas de seus textos e legendas deverão ser explicitas no final do manuscrito 
em seção intitulada “LEGENDA DAS TABELAS”. Exemplo: 
Legendas das Tabelas: 
Tabela 1. Estações do INMET selecionadas. 
38 
 
 4) Quadros serão identificados como “Tabela” e não poderão exceder o tamanho de uma folha 
A4. 
 
1.4. Equações 
As equações devem poder ser editadas pela equipe responsável pela diagramação. Portanto, os 
seguintes critérios devem ser satisfeitos: 
1) As equações devem ser claras e legíveis, e escritas com a mesma fonte do corpo do 
texto, sem a utilização de itálico e negrito; 
2) As equações e fórmulas devem ser denominadas de “Equação” e numeradas 
sequencialmente em algarismos arábicos. A numeração à direita da equação deve ser entre parênteses. 
3) As equações deverão estar enumeradas por ordem de aparição, com o respectivo número 
entre parênteses e no extremo da margem direita. Quando ocorrerem equações seguidas no 
texto, inserir uma linha como espaço entre as equações. 
)β21)(β1(
β2
Q
Q
eE
2
e
c
d







 (2) 
 
 
1.5. Unidades 
1) Todas as unidades mencionadas no texto, tabelas e figuras devem ser expressas no Sistema 
Internacional (SI) 
2) Deve-se evitar o uso de barra de fração na expressão das unidades. Exemplo: é preferível 
usar mgL
-1
, molL
-1
 e m
3
s
-1
, em substituição a mg/L, M e m
3
/s, respectivamente. 
3) Nos exemplos seguintes o formato correto é o que se encontra no lado direito da igualdade: 
10 horas = 10 h; 32 minutos = 32 min; 5 l (litros) = 5 L; 45 ml = 45 mL; l/s = L.s
-1
; 27oC = 27 
o
C; 0,14 
m3/min/m = 0,14 m
3
.min
-1
.m
-1
; 100 g de peso/ave = 100 g de peso por ave; 2 toneladas = 2 t; mm/dia 
= mm.d
-1
; 2x3 = 2 x 3 (deve ser separado); 45,2 - 61,5 = 45,2-61,5 (deve ser junto). A % é unidade que 
39 
 
deve estar junta ao número (45%). Quando no texto existirem valores numéricos seguidos, colocar a 
unidade somente no último valor (Exs.: 20 e 40 m; 56,0, 82,5 e 90,2%). Quando for pertinente, deixar 
os valores numéricos com no máximo duas casas decimais; 
1.6. Normatização de artigos 
Devem vir como parte final do manuscrito, em ordem alfabética, conforme a NBR 6023 da 
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), com adaptações para a revista CIENTEC. A 
título de esclarecimento são apresentadas algumas diretrizes: 
a. Quando a citação possuir apenas um autor: ... Freire (2007) ou ... (Freire,2007). 
b. Quando possuir dois autores: ... Freire & Nascimento (2007), ou ... (Freire & Nascimento, 2007). 
c. Quando possuir mais de dois autores: Freire et al. (2007), ou (Freire et al.,2007). 
Obs: no texto corrido, os autores podem ser citados fora dos parênteses, por exemplo, Stewart 
(2010) para um único autor; Burden & Faires (2008) para dois autores; Borzani et al. (2012) para 
mais de dois autores 
As citações devem ser, preferencialmente, de publicações em periódicos, as quais deverão ser 
apresentadas conforme os exemplos a seguir: 
d. Livros 
Mello, A.C.L. de; Véras, A.S.C.; Lira, M. de A.; Santos, M.V.F. dos; Dubeux Júnior, J.C.B; Freitas, 
E.V. de; Cunha, M.V. da . Pastagens de capim-elefante: produção intensiva de leite e carne. Recife: 
Instituto Agronômico de Pernambuco, 2008. 49p. 
e. Capítulo de livros 
Serafim, C.F.S.; Hazin, F.H.V. O ecossistema costeiro. In: Serafim; C.F.S.; Chaves, P.T. de (Org.). O 
mar no espaço geográfico brasileiro. Brasília- DF: Ministério da Educação, 2006. v. 8, p. 101-116. 
40 
 
f. Revistas 
Sempre que possível o autor deverá acrescentar a url para o artigo referenciado e o número de 
identificação DOI (Digital Object Identifiers). 
g. Quando o artigo tiver a url. 
Oliveira, A. B. de; Medeiros Filho, S. Influência de tratamentos pré-germinativos, temperatura e 
luminosidade na germinação de sementes de leucena, cv. Cunningham. Revista Brasileira de Ciências 
Agrárias, v.7, n.4, p.268-274, 2007. 
<http://agraria.pro.br/sistema/index.php?journal=agraria&page=article&op=view&path%5B%5D=183
&path%5B%5D=104>. 29 Dez. 2012. 
h. Dissertações e teses 
Bandeira, D.A. Características sanitárias e de produção da caprinocultura nas microrregiões do Cariri 
do estado da Paraíba. Recife: Universidade Federal Rural de Pernambuco, 2005. 116p. Tese 
Doutorado. 
i. WWW (World Wide Web) e FTP (File Transfer Protocol) 
Burka, L.P. A hipertext history of multi-user dimensions; MUD history. 
<http://www.aka.org.cn/Magazine/Aka4/interhisE4.html>. 29 Nov. 2012. 
j) No texto, quando se diz que um autor citou outro, deve-se usar apud em vez de citado por. Exemplo: 
Walker (2001) apud Azevedo (2005) em vez de Walker (2001) citado por Azevedo (2005). 
Recomendamos evitar essa forma de citação. 
k) Quando houver mais de uma publicação do mesmo autor, no mesmo ano, o ano da publicação deve 
ser seguido dos componentes “a, b, c...”, em ordem alfabética. Exemplos: “... estudos efetuados por 
Silva (1994a, 1994b) e por Machado et al. (1995a) revelaram...”; “... estudos recentes (Souza, 1993; 
Silva, Wilson e Oliveira, 1994; Machado et al., 1995b) revelaram...” 
41 
 
l) Em capítulos de livros e trabalhos de congressos, a obra principal (título do livro ou denominação do 
congresso) é referenciado em itálico e vem precedida da expressão “In”. Exemplos: Anais-
CAIXINHAS, R.D (1992). Avaliação do impacto ambiental de empreendimentos hidro-agrícolas. In: 
V Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, Anais... Lisboa: APRH, p, 203-11. 
Capítulo de Livro - KUKOR, J.J.; OLSEN, R.H.; IVES, K. (1989). Diversity of toluene degradation 
following exposure to BTEX in situ. In: KAMELY, D.; CHAKABARTY, A.; OLSEN, R.H. (EDS.) 
Biotechnology and Biodegradation. Portfolio Publishing Company, The Woodlands, E.U.A., 405-421.

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