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EDUCAÇÃO INFANTIL T3 - APOSTILA E TRABALHO E VÍDEO COMPLEMENTAR

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INSTITUTO PRÓXIMO PASSO 
 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO ​LATO SENSU 
 
EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A literatura infantil teve início na Europa, em meados do século XVIII, quando, devido às 
transformações sociais da época, a criança começou a ser vista como tal, deixando para 
trás a concepção de mini adulto. A partir de então, obteve um novo status e, se antes 
consumia as mesmas obras literárias dedicadas aos adultos, no novo cenário ganhou um 
espaço literário só para ela. 
No Brasil, apesar de serem publicados no início do século XIX, foi só ao final deste que 
os livros dedicados ao público mirim começaram a circular. Os períodos seguintes foram 
marcados por importantes mudanças que contribuíram, cada uma em seu tempo, para 
consolidar o segmento. 
Atualmente, a literatura para crianças ganha cada vez mais destaque e tem esse prestígio 
refletido no mercado editorial. Segundo o Diagnóstico ANL do Setor Livreiro de 2012, 
elaborado para a Associação Nacional de Livrarias – ANL, o gênero aparece em 
evidência, respondendo por 74% dos livros comercializados nas 716 livrarias consultadas. 
Fundamental na formação do indivíduo, o hábito da leitura na infância ajuda a despertar 
na criança o senso crítico, além de auxiliar o aprendizado. “A base do pensamento é a 
linguagem e a literatura fornece à infância alimentos primordiais para seu 
desenvolvimento: palavras significantes e imaginação”, diz o escritor e doutor pela 
Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo – USP, Ilan Brenman. 
De acordo com a escritora e especialista em literatura infantil e juvenil pela Universidade 
Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Flávia Côrtes, a criança adquire mais facilmente o 
conhecimento, além de se comunicar melhor. “A leitura em geral faz o indivíduo crescer, 
experimentar mundos novos, sensações, sentimentos”, afirma. 
“A leitura de textos de literatura infantil, mesmo para crianças ainda não alfabetizadas, é 
um caminho que leva a criança a desenvolver a imaginação, emoções e sentimentos de 
forma prazerosa e significativa”, explica Lia Cupertino Duarte. 
A família e os professores têm papel substancial para auxiliar os infantes a desenvolver o 
gosto pela literatura. De acordo com Brenman, estes precisam ter modelos de leitores e 
 
ter contato com os livros, seja em livrarias, bibliotecas ou salas de leitura. Para ele, toda a 
comunidade deveria assumir o papel de formador de leitores. Côrtes acredita que se deve 
fazer do momento da narração de histórias um momento de prazer, inclusive nas escolas 
e não apenas como avaliação do aluno. 
Para Duarte, “estimular o hábito de leitura da literatura dos filhos será muito mais fácil se 
os próprios pais gostarem de ler e fizerem isso com frequência”. 
Entre os gêneros mais indicados para ampliar na criança o gosto pela literatura, Duarte 
diz que há uma variedade deles que podem ser utilizados em diversas técnicas e 
abordagens e que é essencial a criança ter a liberdade de escolher os livros que quer ler 
e ter acesso a eles desde cedo. Brenman e Côrtes destacam a poesia, a parlenda, o 
humor, os contos de fadas, as fantasias em geral. Para ambos, a poesia aguça a 
criatividade e estimula a percepção de mundo. “A poesia é um espelho do funcionamento 
da alma infantil, os poetas tem uma conexão direta com a infância”, expõe Brenman. 
“A poesia toca fundo na alma. É uma das maiores representações de arte na literatura 
infantil. A poesia é mais completa, envolve a história e a sonoridade. Acho que o ser 
humano já nasce com ela”, exprime Côrtes. Ela afirma ainda que através dos contos de 
fadas, a criança interpreta as grandes questões do ser humano, como a perda, o amor, o 
companheirismo e a amizade. 
Além das histórias permeadas de fantasia, a literatura infantil apresenta uma 
peculiaridade elementar: a ilustração. “A representação imagética é um outro olhar sobre 
o texto no livro infantil”, assegura a escritora. Ela explica ainda que essa particularidade, 
além do texto, é o que também diferencia a obra juvenil. “O jovem pode até gostar dos 
mesmos temas, mas já vai abolir livros que tenham muita ilustração, com capa muito 
infantil”, complementa. 
Brenman considera peculiar do segmento os projetos gráficos ousados, com tamanhos e 
formas distintas e textos criativos, mas acredita, no entanto, que o nível da produção 
pode agradar ao público adulto. “Acredito numa literatura só, quando ela é de qualidade a 
idade do leitor desaparece, ela é infantil porque é lida por crianças, mas já vi adultos 
impactados com a leitura de livros infantis”, diz. 
Não obstante, há uma fase em que a criança começa a migrar para uma literatura mais 
juvenil e desta para a adulta, porém isso vai depender do amadurecimento de cada um. 
 
“Cada leitor tem seu processo único de migração, alguns mais lentos e outros mais 
rápidos. A literatura juvenil seria uma dessas pontes para a literatura adulta”, afirma o 
escritor. 
Côrtes afirmando que é a experiência de vida que o indivíduo tem que fará com que ele 
se interesse por determinado assunto, mas considera difícil marcar esse ponto. 
 
Entretanto, ela salienta que há um instante em que o jovem perde o gosto pela leitura e 
não se sabe exatamente o motivo. “Acredito que seja porque ele perdeu o momento 
afetivo em casa, ao mesmo tempo em que ele tem mais responsabilidades e menos 
tempo. Além disso, na escola a literatura passa a ser obrigatória, então não busca mais o 
livro pelo prazer”, esclarece. 
Sobre a produção literária para as crianças, Côrtes afirma que é uma atividade difícil e 
que é preciso “​ser simples, sem ser simplório​”. Brenman também considera essa tarefa 
um grande desafio. “Não podemos achar que eles aceitam ou precisam de uma literatura 
fácil, mastigada, simplificada, pelo contrário, devemos proporcionar uma experiência em 
que os leitores se desloquem do seu lugar habitual. É preciso ter muito respeito à 
inteligência infantil”, exprime o escritor. 
Duarte endossa ao dizer que “em virtude da especificidade do seu público, a literatura 
infantil deve conter as necessárias adaptações que, por sua vez, não devem redundar em 
simploriedade ou impostura repetitiva, uma vez que os valores dela exigidos são idênticos 
àqueles que contam para a avaliação dos textos literários destinados aos adultos”. 
 
Literatura de cordel 
P 
 
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/pedagogia/3
 
Literatura de cordel é o nome dado ao tipo de poesia popular onde seus versos são 
compostos por rimas. O cordel é de origem portuguesa e ao ser escrito eram expostos 
em cordas, cordéis ou barbantes. Nos dias atuais o cordel é popularmente conhecido na 
região nordeste do Brasil e é recitada pelos cordelistas em forma melodiosa e 
cadenciada. 
 
 
Além de recitarem a poesia, os cordelistas durante suas apresentações podem usar 
instrumentos como a viola, o que torna a leitura ainda mais empolgante e pode ser 
apresentada para qualquer público, principalmente para crianças. A literatura de cordelinfantil são os poemas rimados onde as histórias são contadas de uma forma divertida, 
impactante e tem como principal objetivo mexer com a imaginação da criança. 
Dependendo da dinâmica e da criatividade do cordelista, o cordel pode servir para 
abordar conteúdos de salas de aula em forma de versos. A literatura de cordel infantil 
também é uma forma de aproximar a criança dos valores da cultura nacional e de 
incentivo a leitura. 
 
 
 
O cordel contra a dengue 
 
Vamos falar de um assunto 
 
Que é mesmo muito importante 
 
Temos que ser rapidinhos 
 
Não perder nenhum instante 
 
Pois na guerra contra a dengue 
 
Nunca se faz o bastante 
 
Os ovinhos do mosquito 
 
Você pode encontrar 
 
Bem ali no seu quintal 
 
Em tudo quanto é lugar 
 
Basta que tenha lixinho 
 
Que água possa acumular 
 
Pneus velhos e garrafas 
 
 
Se não forem bem guardados 
 
Servirão de criadouros 
 
Dos mosquitinhos danados 
 
Que uma vez picando a gente 
 
Deixa-nos adoentados 
 
Seja em casa ou na escola 
 
Temos que tomar cuidado 
 
Pois nos vasos das plantinhas 
 
Deve ser depositado 
 
No lugar da água areia 
 
Que dá melhor resultado 
 
Avisemos aos papais 
 
Para em casa procurar 
 
Limpar muito bem as calhas 
 
E as caixas d’água lavar 
 
Nessa luta contra a dengue 
 
Todos devem ajudar 
 
Faça então a sua parte 
 
E convide seu vizinho 
 
Nossa união faz a força 
 
Contra esse mosquitinho 
 
É nosso dever cuidar 
 
Da saúde com carinho 
 
 
Fonte de pesquisa do poema:​ tarciocosta.com.br 
 
 
 
 
Contação de histórias na escola 
 
A contação de histórias para crianças é, com certeza, uma das primeiras maneiras 
de transmitir conhecimento e estimular a imaginação dos alunos. Por essa razão, a 
prática de contar histórias pode – e deve – ser usada nas escolas, principalmente no 
segmento da educação infantil. 
 
A atividade colabora com a reformulação do espaço de sala de aula, incentiva a 
criatividade e a manifestação de diversas formas de expressão. É uma prática 
pedagógica que colabora para o desenvolvimento da escrita e da oralidade, além de 
desenvolver a percepção de representações simbólicas. 
Benefícios da contação de histórias para a expressão, criatividade e interação dos alunos 
na escola! 
Contação de histórias: manutenção da cultura 
A arte de contar histórias está presente na sociedade há muito tempo. A oralidade é um 
mecanismo antigo de propagação cultural. Por meio dela expressamos sentimentos, 
conhecimentos e experiências. 
A contação de histórias, em seu sentido mais amplo, é um mecanismo muito importante 
de manutenção de histórias e costumes. 
A maneira como as histórias são contadas também colabora para seu impacto nas 
pessoas. A entonação da voz, por exemplo, pode definir a forma como a informação será 
recebida e repassada. 
Na cultura africana temos os ​Griôs​: mestres que há séculos preservam e transmitem as 
histórias do seu povo e da formação de sua sociedade. 
http://www.processocom.org/2016/06/01/a-importancia-de-grios-na-socializacao-de-saberes-e-de-fazeres-da-cultura/
 
Qual a importância da contação de histórias para a educação infantil? 
Associação de vivências 
Ao ouvir ou ler uma história a criança pode fazer associações das suas próprias 
vivências. O processo de identificação com as situações presentes nas histórias faz com 
que a criança desenvolva meios de lidar com suas dificuldades, sentimentos e emoções. 
Esta ação é um estímulo à memória, porque resgata as experiências de cada aluno. Seja 
por meio da bagagem cultural ou de vida, o aluno consegue relacionar o texto com as 
histórias que atravessam sua família. 
É o primeiro passo para que a criança encontre na leitura um espaço para relações de 
memórias e afetos, além das possibilidades criativas. 
Incentivo à leitura 
A leitura é algo enriquecedor na formação do indivíduo. Além de ampliar o vocabulário e 
os campos de conhecimento, a leitura é um grande exercício para a imaginação. Ao ouvir 
uma história com atenção a mente humana tende a projetar no campo da imaginação o 
enredo da mesma. O mesmo acontece com leitura. 
A convivência com a oralidade desde de muito cedo pode aguçar o desejo pela leitura. E, 
nesse sentido, o universo de criatividade e curiosidade é expandido. 
A contação de histórias envolve o objeto suporte livro e demonstra, na prática, os 
caminhos infinitos que a leitura abrem à mente. 
Liberdade de expressão 
Engana-se quem acha que ouvir histórias é um ato de recepção. As reações que temos 
ao ouvir histórias contribuem, por exemplo, para trocas de visões de mundo. 
A contação de histórias está sempre aberta para o compartilhamento de opiniões e 
vivências de cada um. E, nesse sentido, ela invoca as formas individuais de expressão e 
observação do mundo. 
 
Além de conduzir a leitura, o professor pode incentivar a participação dos alunos, com 
a leitura interpretativa e desenvolvimento de expressões diversas. O uso de recursos 
dramáticos e cenográficos pode dar ainda mais liberdade para que a história esteja por 
toda a sala de aula e para que os alunos embarquem na narrativa. 
A própria temática da história pode abrir espaço para que os alunos falem sobre temas 
que envolvam sua vida escolar, como o ​bullying​. Nas turmas mais novas, a possibilidade 
de expressão e de interação com assuntos caros às relações humanas pode evitar 
problemas de convivência. 
Uma dica é apostar em recursos sonoros ou visuais que possam instigar os alunos. 
Pequenos objetos que façam barulhos, alteração de iluminação, adereços e elementos de 
cenário podem colaborar com a tradução do texto escrito para sua interpretação. 
 
Assimilação de linguagens 
Como uma história pode ser contada e o que a compõe? 
A contação de histórias permite , desde cedo, o contato com as diversas linguagens e 
formas de narrar um acontecimento. 
Se as experiências pessoais de cada criança colabora para forma como elas percebem 
ou valorizam cada situação numa história, elas também colaboram com a construção do 
imaginário. 
O mesmo acontecia nas radionovelas, na forma como as pessoas projetavam os cenários 
e a aparência das personagens. 
Você pode com os alunos para que percebam as diversas formas de contar e entender 
uma história. Aguce os sentidos e estimule a participação ativa deles na contação. 
Esse processo é muito importante para a interpretação textual dos alunos. Com a 
expressão de um texto, podemos perceber as diversas informações guardadas nas 
entrelinhas e as diversas maneiras de expressá-las. 
https://blog.wpensar.com.br/pedagogico/bullying-na-escola/?utm_source=wpensar-blog&utm_medium=post-link&utm_campaign=pedagogico&utm_term=&utm_content=contacao-de-historia
 
Quebrando barreiras na contação de histórias 
É importante quebrar algumas barreiras na contação de histórias. Precisamos 
constantemente relembrar as diversidades de cada aluno e partilhar dessas vivências. 
Busque a ​inclusão dos alunos​ na maneira como percebem e contam histórias! 
Partilhe das experiências! Conte uma história com os olhos fechados, estimule a 
imaginação dos alunos e peça para que eles retratem a sensação gerada durante a 
história. 
Fale todas as línguas! Faça atividades de contação de histórias em inglês, espanhol e 
em Libras! A segunda língua oficial do Brasil é muito expressiva e colabora para 
a inclusão linguísticado aluno surdo. 
A Libras é interessante para demonstrar a forma mais antiga de fala que o homem 
carrega: a expressão corporal. Use as potências da nossa comunicação integrando as 
diversas maneiras de falar: com a boca, com as mãos e com o corpo. 
A ludicidade pode (e deve) ser inclusiva! 
Dicas para contar histórias 
 
Contar histórias para crianças é tão importante para a sua formação que diversas pesquisas apontam para 
resultados surpreendentes dessa prática. Nos Estados Unidos pediatras passaram a receitar a narração de 
histórias e poesias até para bebês no útero! Professores precisam trabalhar o mergulho na magia das 
histórias com suas crianças. 
 
Mas é preciso ser profissional ou ter esse dom? 
 
 
 
 
https://blog.wpensar.com.br/pedagogico/educacao-inclusiva/?utm_source=wpensar-blog&utm_medium=post-link&utm_campaign=pedagogico&utm_term=&utm_content=contacao-de-historia
 
Contar histórias é uma das artes da palavra. 
 
Muitos contadores usam a própria experiência e intuição para transmitir o que viveram. Outros buscam 
aprendizados para desenvolver sua arte. Leem muito, estudam a língua e, às vezes aprofundam-se nas 
técnicas de representação. Os atores que encenam histórias, o fazem com um texto formatado, 
independente do tipo de plateia presente. Já o contador precisa levar em conta a presença e a 
personalidade de sua audiência. 
Apesar da carência na formação de alguns professores, podemos seguir alguns conselhos preciosos dos 
especialistas desse oficio, exercitar e desenvolver um jeito prazeroso e nosso de proporcionar vivências tão 
fundamentais para o universo infantil. 
 
 
DICAS 
 
1-​ ​Escolha das histórias 
 
Os livros e histórias sugeridos pelas crianças são um passo em direção a uma plateia interessada. Mas 
selecionar histórias que despertem a vontade de contar no contador é importante para o bom resultado 
final. Quando uma história se conecta com que vai conta-la ela passa a ser interiorizada e sentida como 
pertencente! 
Para crianças menores, de 1 a 2 anos, ou para introduzir o grupo no mundo das histórias, é importante 
selecionar livros com histórias e ilustrações de boa qualidade. Histórias com textos que se repetem 
favorecem a compreensão. As crianças gostam especialmente de histórias de animais. 
2-​ Conhecer para narrar 
 
Às vezes temos que pegar um livro novo e contar de supetão para a turma, sem mesmo tê-lo lido ou 
folheado. Essa forma de contar histórias geralmente traz insegurança para quem conta e nem sempre 
prende a audiência. Mas acontece! 
Se pudermos nos preparar para o momento, os resultados serão infinitamente melhores. Ler o livro ou 
história com antecedência, praticar a narração e pensar nos momentos chave ampliam a experiência. Vale 
também fazer uma possível “tradução” de partes complicadas para a faixa etária, programar cenas com a 
participação dos pequenos e organizar materiais que podem enriquecer a narrativa. 
Não é necessário decorar a história. Aliás, quando disponível, o livro deve estar presente para se fazer ver 
e reconhecer pelas crianças. Ao final da narrativa, deixe os pequenos manusearem o livro e incentive 
conversas e o reconto por parte deles. 
 
Após um período de ambientação com a leitura e contação, à medida que os pequenos vão ampliando o 
 
vocabulário e ficando mais entusiasmados e concentrados, as histórias selecionadas podem ser mais 
longas e complexas. 
2- Conhecer para narrar 
3- ​Espaço 
 
 
 
A escolha e organização do espaço físico para o momento de ouvir histórias é relevante. Algumas questões 
podem encaminhar a decisão: 
▪ O local favorece o conforto das crianças? 
▪ É possível falar e ser ouvido com clareza, sem a interferência de barulhos? 
▪ O ambiente inspira?​ (disponibiliza almofadas, sofás, colchonetes, bebê conforto, a sombra de uma 
árvore, um pano para colher o grupo ao sentar-se sobre ele…). 
Posicionar os pequenos em semicírculo pode favorecer as relações e os momentos de participação e 
diálogo durante o desenvolvimento da história. Outra dica é ficar próximo aos pequenos e posicionar-se 
distante de espelhos e janelas para não dividir atenções. 
 
Todos devem poder visualizar o livro, quando utilizado, e as figuras. A capa, o título e o autor podem ser 
apresentados no início. 
 
4-​ Materiais 
 
 
A roupa do contador pode sinalizar o momento específico de entrar no universo das histórias. Escolher um 
chapéu, uma varinha de condão, uma capa, pode criar um ritual para marcar a atividade. 
 
Pequenos objetos sonoros utilizados pelo contador também podem contribuir com pausas e momentos 
encantados, dramáticos etc. 
 
Distribuir objetos sonoros para as crianças utilizarem em algumas cenas (imitar o barulho de tempestades, 
brigas, músicas de festas etc.) compartilha a atuação e estimula a atenção e a participação. 
 
Bonecos, fantoches e dedoches também são acessórios interessantes. 
 
 
 
5-​ Olhar 
É muito importante olhar nos olhos de quem ouve as histórias, valorizando o grupo e cada um 
individualmente. É esse olhar que captura a audiência e capta os sinais de como a narração está sendo 
recebida. Quando utilizar bonecos e fantoches, eles também precisam “olhar” para a audiência. 
 
6-​Voz, Gestos e Expressões 
A dica importante é ser bem claro ao pronunciar as palavras. Pensar também no ritmo da contação. Se for 
muito lento e com pausas prolongadas a audiência se dispersa. Se for muito rápido, especialmente para os 
menores, as crianças não conseguem acompanhar o enredo. Por outro lado, algumas passagens especiais 
da história podem ser narradas mais lentamente, com certa dramatização, gestos e até pausas para dar 
mais impacto às cenas. 
Elementos expressivos como imitação de vozes de personagens, ruídos de animais, barulhos, expressões 
faciais e gestos das mãos empregadas, na hora certa, fazem a diferença 
7- ​Dialogar 
Abrir o espaço e o tempo da contação com um diálogo sobre o autor, ou o tema ou até uma pequena 
introdução que se conecta o projeto da turma pode situar as crianças e capturar o interesse. 
8-​ Envolvimento do grupo 
 
 
 
 
Nem todas as crianças de um grupo estão na mesma sintonia, disposição e estágio de desenvolvimento. Ao 
introduzir o momento de histórias e leitura, prepare-se para contar para muitas ou poucas crianças. Apesar 
de convidar o grupo para a hora da história, é possível que nem todos os pequenos queiram tomar parte da 
atividade. Por isso, cantos preparados com outros livros ou um jogo de montar são adequados. Ignore as 
peraltices e conte a historia para os interessados sem perder o fio da meada. É possível que os 
“desinteressados” passem a participar observando o interesse do grupo. 
 
Para envolver as crianças no relato você pode: 
▪ Pedir para que repitam algumas frases marcantes 
▪ Emitam sons que são parte do enredo: bater à porta, vento, barulhos de animais, cantar músicas, etc.) 
▪ Convidar a turma a fazer gestos e se mover conforme a cena. Por exemplo, um saci que pula num pé 
só, um leão feroz com garras, um patinho nadando na lagoa. Um sapo que pula. 
▪ Numa cena importante causar suspense parando a narrativa e perguntando: o que vocês acham que 
vai acontecer? 
 
9-​ Contar e recontar 
Repetir histórias e cenas queridas favorecem a apropriação, o reconto, a “leitura” ea memorização. Ao 
longo da semana é importante recontar as histórias preferidas e introduzir os livros novos. 
 
 
 
Antes de recontar é possível estimular a oralidade e a organização temporal dos fatos: ​qual a parte que 
mais gostaram? De quem vocês mais gostam? De que não gostam? O que aconteceu com fulano? 
Depois de trabalhar com os personagens e os acontecimentos, conte a história novamente! 
Nessa etapa do desenvolvimento infantil as histórias podem ser recontadas, em média, três vezes por 
semana. 
 
 
 
 
Histórias são parte da humanidade. Milenares, são anteriores à escrita. Transmitem os saberes, 
preservando a cultura e a memórias. Todos nós experimentamos com prazer esses momentos e 
percebemos o quanto eles contribuem para o conhecimento de mundo, ampliam as possibilidades criativas 
e desenvolvem as emoções. Histórias são um capitulo fundamental da infância… em quem sabe, de toda a 
vida! 
 
Crianças e histórias: uma relação para a vida! 
 
 
 
Sabemos que a narração de histórias é importante para as crianças porque percebemos 
o quanto elas gostam desses momentos. Sentimos o interesse que vai sendo construído 
à medida que a leitura se estabelece no cotidiano de suas vidas. Quando as crianças 
recontam as histórias desenvolvem a oralidade. Ao folhear os livros, entram em contato 
com a língua escrita. 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Mas como acontece a relação entre ​crianças e histórias​? 
▪ Como podemos contribuir para construir o prazer nessa relação? 
 
❖ O a 12 meses 
 
Até um ano as crianças gostam de livros que possam sacudir, fazer sons, morder, 
agarrar, sentir texturas e apertar. Para elas, os momentos de leitura podem ser diários. 
Nunca é cedo demais para ler para os bebês! Os momentos de leitura nessa fase 
contribuem para a construção do amor pelos livros. Os pequenos adoram ouvir a voz de 
 
 
 
seus cuidadores, sentar no colo e mergulhar na aventura da história com ótimas 
companhias. Essa escuta e as conversas que podem surgir favorecem o aprendizado das 
palavras. Quando completam um ano, os bebes podem arriscar falar uma ou duas 
palavras. 
 
❖ 1 a 2 anos 
 
 
A partir de um ano os momentos de história ajudam no aprendizado do significado das 
palavras. É importante ouvir as dicas das crianças sobre os tipos de livros e histórias que 
mais gostam. Contar aventuras de infância e mostrar fotos das famílias ampliam o 
repertório de possibilidades para uma rotina de leitura e narração. 
Nessa fase as crianças começam a desenvolver suas opiniões sobre as coisas: gosto/não 
gosto; quero/não quero; acho graça/tenho medo. Também conseguem juntar duas ou três 
palavras de seu vocabulário de aproximadamente 30 ou 40 palavras. As histórias podem, 
então, alimentar o início das conversas. 
 
 
 
 
❖ 2 a 3 anos 
Por volta dos 2 ou 3 anos de idade as crianças aprendem a fazer de conta. Grande passo 
no amadurecimento, que desenvolve a imaginação e o raciocínio. Nesta etapa as 
histórias representam uma matéria prima valiosa para criatividade e para a oralidade, 
quando os pequenos também são convidados a narrar. Podem falar sobre os sentimentos 
e expressam as opiniões com as 900 palavras que devem dominar. Assim, as conversas 
ficam mais complexas e podemos ajudar no entendimento de causa e consequência e na 
conexão e organização das ideias. Faça perguntas e puxe um papo! 
 
 
As histórias, e as brincadeiras associadas a elas, devem ser repetidas muitas vezes – as 
crianças se encarregarão de pedir! Elas precisam de várias oportunidades para praticar 
seus aprendizados porque aprendem pela repetição. 
É nesse brincar que surgem as primeiras escritas, que para nós, adultos, parecem 
rabiscos aleatórios. Ao desenhar sua escrita de palavras e textos, a criança começa a 
perceber que pode ser incluída no universo letrado. 
❖ 3 a 4 anos 
 
Por volta dos 4 anos as palavras transmitem informações e ideias. As etapas das 
histórias começam a ser percebidas: começo, meio e fim. Antecipam os fatos e gostam 
de falar sobre o que vai acontecer depois . Podem perceber os sentimentos dos 
personagens e, quando estimuladas, pensar em mudar o rumo das histórias. Nessa fase 
as crianças podem contar histórias usando as figuras dos livros como guia. Ficam muito 
interessadas em “ler” sozinhas, recordando as passagens. 
 
A leitura está mais apurada. Reconhecem símbolos (logotipos, sinais etc.), algumas letras 
(especialmente as do nome) e pequenas palavras que veem escritas com frequência. 
Brincadeiras com rimas, trava-linguas, poesias e parlendas divertem e enriquecem esse 
conhecimento. 
 
A escrita também ganha mais corpo com o domínio do uso de giz, lápis e canetas. Podem 
surgir os desenhos das primeiras letras e a criação de “textos” desenhados continua com 
intensidade. Por isso é importante registrar junto a elas aquilo que falam, anotar 
pequenos textos nos desenhos e fazer bilhetes – sem forçar, sem ensinar! 
A intimidade e o interesse pela palavra, provocado pelas histórias, constituem a porta de 
entrada para a cultura. Esse despertar introduz a linguagem, os ritmos e a musicalidade 
da expressão oral, que irão acompanhar a criança por toda a vida. 
Ler para os pequenos é um ato de afeto e de educação! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
✔ https://envolverde.cartacapital.com.br/a-importancia-da-literatura-infantil-no-desenvolvimen
to-da-crianca/ 
✔ https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/literatura-de-cordel-infantil/512
86 
✔ Post escrito por Janine Rodrigues, da ​Piraporando - 
https://blog.wpensar.com.br/pedagogico/contacao-de-historia/ 
✔ https://tempodecreche.com.br/ampliacao-de-repertorio/9-dicas-especiais-para-contar-histor
https://envolverde.cartacapital.com.br/a-importancia-da-literatura-infantil-no-desenvolvimento-da-crianca/
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https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/literatura-de-cordel-infantil/51286
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✔ https://tempodecreche.com.br/campos-de-experiencias-2/criancas-e-historias-uma-
relacao-para-a-vida/ 
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