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FUNDAMENTOS E METODOLOGIA 
DO ENSINO EM EDUCAÇÃO 
INFANTIL I 
Iris Casazza 
 
AULA 1 
Concepção de 
infância 
Tópicos 
• Sentimento de infância 
• Criança e os séculos passados 
• Infância na atualidade 
 
 
Introdução 
Na aula 1 vamos estudar sobre os sentimentos de infância. 
Entenderemos a construção social da criança e a história dos 
conceitos infantis ao longo dos séculos até os dias atuais. 
Construção social da criança - citação 
Oliveira, Zilma 
“(...) Mais do que condição biologicamente determinada, a 
definição de infância, adolescencia, idade adulta ou 
velhice é uma decisão política feita de forma própria em 
cada cultura.” (A construção social da criança, 2011) 
 
O sentimento de infância não significa o mesmo que afeição pelas 
crianças, corresponde à consciência da particularidade infantil, essa 
particularidade que distingue essencialmente a criança do adulto, 
mesmo jovem ( Áries, 1978 : 99). 
Ou seja, nessa perspectiva o sentimento de infância é algo que 
caracteriza a criança, a sua essência enquanto ser, o seu modo de 
agir e pensar, que se diferencia da do adulto, e portanto merece um 
olhar mais específico. 
 
As infâncias precisam ser compreendidas como uma etapa da vida 
em si, e não a preparação para algo futuro. 
 
 
 
Infância é o período de crescimento que vai do nascimento à 
puberdade, ou seja, do zero aos doze anos de idade. Segundo o 
Estatuto da Criança e do Adolescente, considera-se como criança a 
pessoa com até doze anos incompletos, enquanto que entre os doze 
e dezoito anos encontra-se a adolescência. 
 
Há, ainda, uma subdivisão: a primeira infância, que vai dos 0 aos 6, 
uma fase ainda mais intensa de desenvolvimento e, portanto, de 
potencialidades. 
 
 
 
 
A criança, mesmo dependente, sem o domínio completo da 
linguagem formal, sem uma coordenação motora aperfeiçoada, e 
ainda construindo seus saberes, é um sujeito completo e tem 
tantos direitos quanto um adulto. 
 
Além dos fundamentais de educação, saúde e bem estar, a 
criança tem direito de brincar livremente, de explorar os espaços 
com seu corpo, aprendendo a movimentar-se. 
 
De conhecer os territórios e a sociedade para além da família, de 
ser ouvida e participar de decisões e desenvolver-se 
integralmente. 
Se por séculos a criança era vista como um ser sem importância, 
quase invisível, hoje ela é considerada em todas as suas 
especificidades, com identidade pessoal e histórica. Antigamente 
não havia distinção entre o mundo adulto e o infantil, as crianças 
viviam em meio ao universo dos adultos. 
 
Falavam e se vestiam como 
eles, jogavam os seus jogos e 
até participavam de suas festas. 
Na Idade Média não havia clareza em relação ao período 
que caracterizava a infância, muitos se baseavam pela 
questão física e determinava a infância como o período 
que vai do nascimento dos dentes até os sete anos de 
idade. a criança era vista como um ser em miniatura, 
assim que pudesse realizar algumas tarefas, esta era 
inserida no mundo adulto, sem nenhuma preocupação em 
relação à sua formação enquanto um ser específico, 
sendo exposta a todo tipo de experiência. 
Até o século XVII a sociedade não dava muita atenção às 
crianças. Devido às más condições sanitárias, a 
mortalidade infantil alcançava níveis alarmantes, por isso 
a criança era vista como um ser ao qual não se podia 
apegar, pois a qualquer momento ela poderia deixar de 
existir. Muitas não conseguiam ultrapassar a primeira 
infância. O índice de natalidade também era alto, o que 
ocasionava uma espécie de substituição das crianças 
mortas. A perda era vista como algo natural e que não 
merecia ser lamentada por muito tempo. 
A socialização da criança e a transmissão de valores e 
de conhecimentos não eram assegurados pelas famílias. 
A criança era afastada cedo de seus pais e passava a 
conviver com outros adultos, ajudando-os em suas 
tarefas. A partir daí, não se distinguia mais desses. 
Nesse contato, a criança passava dessa fase direto para a 
vida adulta. 
No século XVIII, além da educação a família passou a se 
interessar pelas questões relacionadas à higiene e à saúde 
da criança, o que levou a uma considerável diminuição 
dos índices de mortalidade. 
 
As mudanças beneficiaram as crianças da burguesia, pois 
as crianças do povo continuaram a não ter acesso aos 
ganhos representados pela nova concepção de infância, 
como o direito à educação e a cuidados mais específicos, 
sendo direcionadas para o trabalho. 
A criança sai do anonimato e lentamente ocupa um 
espaço de maior destaque na sociedade. Essa evolução 
traz modificações profundas em relação à educação, esta 
teve que procurar atender as novas demandas que foram 
desencadeadas pela valorização da criança, pois a 
aprendizagem além da questão religiosa passou a ser um 
dos pilares no atendimento à criança. 
As grandes transformações sociais ocorridas no século 
XVII contribuíram decisivamente para a construção de 
um sentimento de infância. 
 
As mais importantes foram as reformas religiosas 
católicas e protestantes, que trouxeram um novo olhar 
sobre a criança e sua aprendizagem. Outro aspecto 
importante é a afetividade, que ganhou mais 
importância no seio na família. 
Segundo Kramer: 
…a idéia de infância (… ) aparece com a sociedade 
capitalista, urbano-industrial, na medida em que mudam a 
sua inserção e o papel social da criança na comunidade. se, 
na sociedade feudal, a criança exercia um papel produtivo 
direto (“de adulto”) assim que ultrapassava o período de alta 
mortalidade, na sociedade burguesa ela passa a ser alguém 
que precisa de ser cuidada, escolarizada e preparada para 
uma função futura. Este conceito de infância é pois, 
determinado historicamente pela modificação das formas de 
organização da sociedade ( 2003 : 19 ). 
Segundo Loureiro: 
 …nesse período começa a existir uma preocupação em 
conhecer a mentalidade das crianças a fim de adaptar os 
métodos de educação a elas, facilitando o processo de 
aprendizagem. Surge uma ênfase na imagem da criança 
como um anjo, “testemunho da inocência batismal” e, por 
isso, próximo de Cristo ( 2005 : 36 ). 
A concepção de infância vai sendo mudada conforme 
a sociedade passa a vê-la com um olhar mais centrado 
de que esta é um indivíduo que pertence à sociedade, 
que está inserido em sua cultura e dela aprende, tem 
"voz", ou seja, tem sua forma de vivê-la, e por esta é 
influenciada e a esta também influencia. 
 
Pensar em concepção de infância na atualidade nos 
remete a refletir sobre os diversos âmbitos que esta 
questão traz. 
Paula (2005): 
 
Com o estabelecimento de uma nova ordem política, 
social e econômica, impulsionada por diversos 
fatores, dentre os quais o capitalismo industrial, o 
neoliberalismo e suas conseqüências (migrações, 
surgimento da família nuclear e burguesa, adstrição da 
criança à família e idéia de escola), ocorreram 
transformações que influenciaram a organização da 
estrutura familiar e, consequentemente a vida das 
crianças. (p.1) 
 
O conceito de infância quanto a construção histórica traz 
grandes mudanças em relação ao sentimento de infância. 
Esse traz em sua construção o âmago enquanto ser, agir e 
refletir. Em 1959, a ONU (Organização das Nações Unidas) 
aprovou a “Declaração Universal dos Direitos da Criança”, 
que inclui direitos como igualdade, escolaridade gratuita e 
alimentação. 
A criança ocupa lugar de destaque na sociedade. De 
acordo com a tese acadêmica “O conceito de infância 
no decorrer da história”, de Laura Bianca Caldeira, 
criou-se uma consciência sobre a importância das 
experiências durante a primeira infância. 
 
Para que sejam as melhores possíveis, há uma série de 
políticas públicas e programas que ampliam as 
condições para sua cidadania. 
É durante o processo de aquisição do conhecimento 
que deve servista como um ser pleno, cabendo a 
ação pedagógica reconhecer suas diferenças e 
construir sua identidade pessoal. 
 
Para isso, é preciso pensar em formas ludicas e 
criativas que possam estimular a criatividade e a 
imaginação da criança. 
A infância, como construção social, é sempre 
contextualizada em relação ao tempo, ao local e à 
cultura, variando segundo a classe, o gênero e outras 
condições socioeconômicas. 
 
Por isso, não há uma infância natural nem universal, 
nem uma criança natural ou universal, mas muitas 
infâncias e crianças (DAHLBERG et al., 2003, p. 71). 
Conclusão 
 Ao longo da aula 1, estudamos sobre a infncia e suas 
considerações. Conhecemos um pouco das mudanças no 
conceito de infância ao longo dos séculos e todo o percurso até 
os dias atuais. 
Referências Bibliográficas 
• DAHLBERG, G.; MOSS, P.; PENCE, A. Construindo a primeira infância: 
o que achamos que isso seja? In:DAHLBERG, G.; MOSS, P.; PENCE, A. 
Qualidade na educação da primeira infância: perspectivas pós-modernas. 
Trad. Magda França Lopes. Porto Alegre: Artmed, 2003. 
 
• ARIÈS, Philippe. A História Social da Infância e da Família. Rio de 
Janeiro: Zahar, 1979. 
 
• PAULA, Elaine de. Crianças e Infâncias: Universos a Desvendar. 
Programa de Mestrado em Educação da UFSC. I semestre de 2005. p.1-3. 
Disponível em: www.scielo.br 
 
• OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. Educação infantil: fundamentos 
e métodos. São Paulo: Cortez, 2011.

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