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ENSINO MÉDIO 1 - 2020 - VOLUME 3 - PROVA I L IN G U A G E N S , C Ó D IG O S E S U A S T E C N O LO G IA S 01 - 02 - 03 - 04 - 05 - 06 - 07 - 08 - 09 - 10 - 11 - 12 - 13 - 14 - 15 - 16 - 17 - 18 - 19 - 20 - 21 - 22 - 23 - 24 - 25 - 26 - 27 - 28 - 29 - 30 - 31 - 32 - 33 - 34 - 35 - 36 - 37 - 38 - 39 - 40 - 41 - 42 - 43 - 44 - 45 - 46 - 47 - 48 - 49 - 50 - 51 - 52 - 53 - 54 - 55 - 56 - 57 - 58 - 59 - 60 - 61 - 62 - 63 - 64 - 65 - 66 - 67 - 68 - 69 - 70 - 71 - 72 - 73 - 74 - 75 - 76 - 77 - 78 - 79 - 80 - 81 - 82 - 83 - 84 - 85 - 86 - 87 - 88 - 89 - 90 - C IÊ N C IA S H U M A N A S E S U A S T E C N O LO G IA S LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 01 a 45 Questões de 01 a 05 (opção inglês) QUESTÃO 01 Disponível em: <www.adsoftheworld.com>. Acesso em: 22 jan. 2020. [Fragmento] A análise dos dados estatísticos sobre casos de bullying apresentados nessa campanha publicitária revela que A. 7 casos de bullying acontecem a cada hora nos parques públicos. B. 25% dos estudantes foram vítimas de cyberbullying em sua vida escolar. C. 24% dos alunos do Ensino Médio sofrem ataques no ambiente escolar. D. 33% das crianças sofreram algum tipo de ameaça enquanto online. E. 160 mil alunos faltaram à aula ao menos uma vez na semana devido ao bullying. Alternativa D Resolução: A campanha afirma que uma em cada três crianças, ou seja, 33% delas, já sofreu algum tipo de ameaça online: 1 in 3 children have been threatened while online. Logo, a alternativa correta é a D. As demais alternativas estão incorretas pelos seguintes motivos: (A) a cada 7 minutos, ocorre um caso de bullying nos parquinhos (playgrounds): Every 7 minutes on the playground, a child is bullied. (B) um em cada quatro estudantes (25%) já foi vítima de bullying de modo geral ao longo de sua vida escolar: 1 in 4 students have reported being bullied, from elementary to high school; (C) 24% corresponde ao percentual de alunos do Ensino Fundamental II (middle school students) que sofrem cyberbullying, ou seja, ataques no ambiente online, e não no escolar (Among middle school students, 24% are cyberbullied); o percentual de alunos que sofrem ataque no ambiente escolar corresponde a 45% (45% are bullied on school property); (E) a campanha afirma, no segundo tópico, que mais de 160 mil alunos faltam às aulas por medo de sofrerem bullying. A expressão on any given day usada no texto quer dizer “todos os dias”, e não “ao menos uma vez por semana”, conforme afirma a alternativa. QUESTÃO 02 Disponível em: <www.comicskingdom.com>. Acesso em: 14 dez. 2019. Na tirinha, a mãe se frustra com a reação da família à sua proposta porque seus filhos e marido A. propõem uma quantidade exagerada de atividades. B. demonstram incapacidade de viver sem tecnologia. C. optam por atividades individuais para o lazer em família. D. reagem com perplexidade à sugestão inesperada da mãe. E. desentendem-se sobre as opções de jogos que devem jogar. EXOE ØGCG EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 1BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO Alternativa C Resolução: A mãe propõe à sua família que eles tenham uma noite de jogos em casa, já que ninguém vai sair. Cada um, então, sugere um tipo de jogo para ser jogado individualmente. A mãe se mostra insatisfeita porque sua ideia era que eles fizessem algo juntos, mas nenhum deles demonstra interesse em fazer isso. Dessa maneira, a alternativa correta é a C. QUESTÃO 03 Second-hand smoke kills Second-hand smoke is the smoke that fills restaurants, offices or other enclosed spaces when people burn tobacco products such as cigarettes. There are more than 7 000 chemicals in tobacco smoke, of which at least 250 are harmful and at least 69 cause cancer. There is no safe level of exposure to second-hand tobacco smoke. In adults, it causes serious cardiovascular and respiratory diseases. Almost half of children regularly breathe air polluted by tobacco smoke in public places. Every person should be able to breathe air free of tobacco smoke. Smoke-free laws protect the health of non-smokers, are popular, do not harm business and encourage smokers to quit. Disponível em: <https://www.who.int>. Acesso em: 12 dez. 2019. [Fragmento adaptado] Considerando o texto anterior, da Organização Mundial de Saúde, as leis smoke-free têm como objetivo A. alertar para os riscos de outras fumaças nocivas além das do cigarro. B. fornecer tratamentos gratuitos para quem quer largar o fumo. C. diminuir a quantidade de substâncias nocivas no tabaco. D. proibir o consumo de cigarros mesmo em locais ao ar livre. E. reduzir o contato de não fumantes com as toxinas do tabaco. Alternativa E Resolução: Ao mencionar as leis smoke-free, o texto ressalta que elas têm como objetivo proteger a saúde dos não fumantes (Smoke-free laws protect the health of non- smokers) e declara que todos deveriam ter direito a respirar um ar mais limpo, sem fumaça de tabaco (Every person should be able to breathe air free of tobacco smoke). Dessa forma, a alternativa E é a correta. QUESTÃO 04 School visits to Tate Modern School visits to Tate Modern are free. There is a charge for exhibitions. All groups must book in advance, whether visiting independently or taking part in a Tate-led session. The maximum size of a visiting school group at Tate Modern is 120 students. Large groups should be split into smaller groups of up to 20 people when in the gallery. Please let us know if you would like to book the schools lunchroom and locker facilities (UK school groups only). GVCW LOO6 When you book a visit, please advise us of any specific access requirements that members of your group may have. Disponível em: <https://www.tate.org.uk>. Acesso em: 16 dez. 2019. [Fragmento] De acordo com o texto, uma exigência para a visitação de grupos escolares ao museu inglês Tate Modern é A. adquirir a cartilha de orientações. B. reunir no mínimo vinte estudantes. C. dividir turmas numerosas em grupos menores. D. pagar uma taxa para visitas guiadas. E. obter autorização de acesso restrito. Alternativa C Resolução: De acordo com as instruções da página do museu inglês Tate Modern, são permitidos grupos escolares de, no máximo, 120 alunos (The maximum size of a visiting school group at Tate Modern is 120 students). Dentro da galeria, turmas grandes devem ser divididas em grupos menores de até 20 pessoas (Large groups should be split into smaller groups of up to 20 people when in the gallery). Dessa forma, está correta a alternativa C. A alternativa D está incorreta porque não é preciso pagar uma taxa para visitas guiadas (Tate-led session), mas, sim, para determinadas exposições (There is a charge for exhibitions). As alternativas A, B e E não encontram respaldo no texto. QUESTÃO 05 Saudi prince to donate $32bn fortune to charity Saudi Arabian billionaire Prince Alwaleed bin Talal has said he will donate his $32bn (£20bn; €29bn) personal fortune to charity. The 60-year-old nephew of King Salman is one of the world’s richest people. He said he had been inspired by the Gates Foundation, set up by Bill and Melinda Gates in 1997. The money would be used to foster cultural understanding, empower women, and provide vital disaster relief, among other things, he said. Mr. Gates praised the decision, calling it an “inspiration to all of us working in philanthropy around the world”. Prince Alwaleed is at number 34 on the Forbes list of the world’s richest people. The money will go to the prince’s charitable organisation, Alwaleed Philanthropies, to which he has already donated $3.5bn. The prince, who does not hold an official government position, is chairman of investment firm Kingdom Holding Company. Disponível em: <http://www.bbc.com>. Acesso em: 14 jul. 2015. Ajudar instituições de caridade é uma atividade de praxe entrepersonalidades. O príncipe Alwaleed, inspirado na fundação de Bill Gates, pretende doar sua fortuna para diversas causas, entre elas o(a) A. promoção da filantropia no mundo. B. combate à violência contra mulheres. C. construção da Alwaleed Philanthropies. D. erradicação do entendimento entre as culturas. E. envio de ajuda humanitária na ocorrência de calamidades. 37JY LCT – PROVA I – PÁGINA 2 EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO Alternativa E Resolução: No quarto parágrafo do texto, são enumerados os objetivos da doação feita pelo príncipe: estimular o entendimento cultural, empoderar as mulheres e promover ajuda humanitária em situações de catástrofe (vital disaster relief). A única alternativa que apresenta corretamente um desses objetivos é a E. EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 3BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 01 a 45 Questões de 01 a 05 (opção espanhol) QUESTÃO 01 El Instituto Cervantes tilda de “disparate” el subtitulado de Roma al “español de España” El director del Instituto Cervantes, Luis García Montero, tildó este miércoles de “disparate” que la película Roma, de Alfonso Cuarón, haya sido subtitulada del mexicano al español “de España” para proyecciones en este país, ya que “se puede entender perfectamente” y “no hay que creer que nadie está en posesión de la buena lengua”. El “filme” producido por Netflix subtitula expresiones como “enojarse”, que queda traducida como “enfadarse”, algo que no convence a la institución lingüística encargada de la difusión de las culturas hispánicas y el español en el exterior. “Tan correcto es el idioma que utiliza un campesino ecuatoriano o un campesino chileno como el de un campesino español”, criticó García Montero en una entrevista con Servimedia. Por eso, calificó esta decisión de “ocurrencia sin mucho sentido”, pues “el español de México es español y se puede entender perfectamente”. De hecho, como recordó el director del Instituto Cervantes, “una de las características del español es que mantiene de manera muy consolidada su unidad” aunque haya “muchos matices”. Disponível em: <https://www.larazon.es>. Acesso em: 11 dez. 2019. [Fragmento] Segundo o texto, o diretor do Instituto Cervantes condenou a legendagem de Roma em espanhol da Espanha porque o(a) A. variedade mexicana é mais respeitada, logo a decisão é sem sentido. B. espanhol mexicano é muito difundido, sendo popular entre nações europeias. C. variante americana é a mais utilizada no mundo, portanto dispensa tradução. D. Língua Espanhola possui unidade, possibilitando a compreensão pela comunidade hispanofalante. E. filme não foi legendado para países como Chile e Equador, logo o tratamento foi injusto. Alternativa D Resolução: De acordo com o texto, o diretor do Instituto Cervantes, Luis García Montero, considerou absurda (um disparate) a legendagem do filme Roma (mexicano) em espanhol da Espanha. Isso porque, para Montero, o idioma possui uma unidade, logo a variedade mexicana pode ser entendida perfeitamente em países que têm o espanhol como língua oficial. Por isso, a alternativa D está correta. A alternativa A está incorreta, pois o texto não menciona que exista uma língua mais respeitada, ao contrário, segundo Montero, ninguém tem a posse ou utiliza a boa ou verdadeira língua, e todas as variantes (equatoriana, chilena ou espanhola, por exemplo) estão corretas. AX59 A alternativa B está incorreta, pois o texto não menciona que o espanhol mexicano seja muito difundido ou popular entre nações europeias; o que se afirma é que há uma unidade na Língua Espanhola. A alternativa C está incorreta, pois o texto não menciona que a variante sul-americana é a mais utilizada no mundo; o que se afirma é que todas as variantes são corretas e que existe uma unidade entre elas, por isso dispensam tradução. A alternativa E está incorreta, pois o texto não menciona a questão da legendagem para países como Chile e Equador. QUESTÃO 02 La pequeña activista Greta Thunberg ¡es nombrada “Persona del Año” por TIME! Con tan solo 16 años, la pequeña Greta Thunberg se ha convertido en una increíble activista que lucha contra los efectos del cambio climático. “Mi nombre es Greta Thunberg, tengo 15 años y soy de Suecia. Mucha gente dice que Suecia es solo un país pequeño y que no importa lo que hagamos. Pero he aprendido que nunca eres demasiado pequeño para marcar la diferencia y si algunos niños pueden aparecer en los titulares de todo el mundo simplemente por no ir a la escuela, imagina qué podríamos hacer todos juntos si realmente quisiéramos”: era el discurso con que Greta comenzó a llamar la atención del mundo ante el inminente problema del cambio climático. Es por eso que la revista TIME decidió nombrar a Greta como “Persona del Año”: “Thunberg no es líder de ningún partido político o grupo de defensa. Ella no es la primera en hacer sonar la alarma sobre la crisis climática ni la más calificada para solucionarlo. Ella no es científica ni política. No tiene acceso a las palancas de influencia tradicionales: no es multimillonaria ni princesa, ni una estrella del pop, ni siquiera una adulta. Es una adolescente ordinaria que, al reunir el coraje para decirle la verdad al poder, se convirtió en el ícono de una generación. Al aclarar un peligro abstracto con indignación penetrante, Thunberg se convirtió en la voz más convincente sobre el tema más importante que enfrenta el planeta”. Disponível em: <www.tuenlinea.com>. Acesso em: 11 dez. 2019. [Fragmento] A notícia apresenta um breve perfil de Greta Thunberg com o objetivo de A. retratar sua atuação como líder de um partido político cuja pauta é a questão ambiental. B. chamar a atenção do mundo para problemas relacionados às mudanças climáticas. C. apresentar os motivos que a levaram a ser escolhida como “Pessoa do Ano” pela TIME. D. diversificar o gênero textual para atrair mais leitores adolescentes. E. exaltar a garota como um ícone cultural para toda a juventude. 21B4 LCT – PROVA I – PÁGINA 4 EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO Alternativa C Resolução: De acordo com o texto, a ativista Greta Thunberg, de apenas 16 anos, começou a chamar a atenção do mundo para o problema das mudanças climáticas e, por isso, foi eleita a personalidade do ano pela revista estadunidense TIME. Assim, a alternativa C é a correta. A alternativa A está incorreta, pois, segundo o texto, a garota não possui relação com nenhum partido político. A alternativa B está incorreta, pois, embora essa seja a intenção da ativista, não é a da revista, que visa apenas apresentar a garota a quem ainda não a conhece por ocasião de sua nomeação pela revista TIME. A alternativa D está incorreta, pois é comum notícias trazerem trechos utilizando-se de outros gêneros textuais. No caso, não se trata de uma estratégia para atrair outro perfil de leitores, mas para apresentar Greta, a fim de que se possa compreender melhor os motivos de sua eleição como Pessoa do Ano. A alternativa E está incorreta, pois a garota não é um ícone cultural, mas, se pudesse ser colocada nessa categoria, seria um ícone político da atualidade. QUESTÃO 03 Disponível em: <http://farm5.static.flickr.com>. Acesso em: 24 out. 2017. O gênero tirinha utiliza, comumente, uma linguagem coloquial que se aproxima do discurso informal do cotidiano. O uso de interjeições e letras replicadas na tira têm por objetivo A. demonstrar ao leitor que a tia Paca é infantilizada. B. criar proximidade com o leitor pela modernidade do discurso. C. revelar ao leitor o carinho que tia Paca sente pela sobrinha. D. salientar para o leitor o porquê de Mafalda odiar a tia Paca. E. retratar com ênfase uma situação familiar conhecida do leitor. Alternativa E Resolução: O uso de interjeições e letras replicadas na tira tem por objetivoretratar com ênfase uma cena familiar conhecida pelo leitor. Os comportamentos de Mafalda, sua mãe e tia Paca são comuns na vida real: a criança que não quer cumprimentar os parentes mais velhos, principalmente quando está brincando; a mãe que obriga os filhos a ver os parentes; o familiar mais velho que beija e abraça efusivamente a criança desgostosa e faz perguntas que não a interessam. Desse modo, a alternativa E está correta. 4WØT As alternativas A e B estão incorretas porque não é o objetivo da tira, com o uso das interjeições e letras repetidas, demonstrar que a tia Paca é infantilizada ou criar proximidade com o leitor devido à modernidade do discurso. Elas demonstram, sim, a reprodução de um discurso comum de parentes mais velhos ao cumprimentar as crianças da família. As alternativas C e D estão incorretas porque todo o humor da tira é construído com base na reprodução fidedigna de uma situação familiar, e as interjeições e as letras replicadas cumprem o papel de detalhar e reproduzir essa situação, e não de revelar o carinho da tia pela sobrinha nem de salientar o motivo de Mafalda odiar a tia, mesmo porque não é possível fazer essa afirmação. Mafalda demonstra achar a tia inconveniente, mas não se pode afirmar que ela a odeia. QUESTÃO 04 Mulán ¿De qué va? El Emperador de China emite un decreto para reclutar a un varón por cada familia que deberá servir en el Ejército Imperial para defender al país de los invasores del norte. Hua Mulán, hija única de un condecorado guerrero, se presenta para evitar que su anciano padre sea llamado a filas. Se hace pasar por un hombre, Hua Jun y se somete a todo tipo de pruebas. Para conseguirlo deberá apelar a su fuerza interior y sacar a la luz todo su potencial. Se trata de una aventura épica que la transformará en una guerrera laureada que la hará merecedora del respeto de todo un país y motivo de orgullo para su padre. ¿Cuándo se estrenará? El 27 de marzo. ¿De qué hablaremos tras verla? De si Disney ha sido respetuosa adaptando al live action una de sus películas más emblemáticas. Del increíble reparto, con lo mejor del cine asiático. De si podemos esperar cosas nuevas de Disney tras este filme. ALONSO, B. Disponível em: <www.elle.com>. Acesso em: 12 dez. 2019. Ao tratar dos desafios enfrentados pela protagonista do filme, no contexto da sinopse, a expressão sacar a la luz retrata o(a) A. manifestação da aprovação da autora do texto. B. iluminação como origem de um potencial artístico. C. revelação de uma disposição até então não manifestada. D. sagacidade da heroína na busca por seu espaço entre os homens. E. talento necessário para que a garota consiga desempenhar seu papel de guerreira. Alternativa C Resolução: A expressão sacar a la luz, que significa “trazer à luz”, relaciona-se com o potencial necessário e que precisa ser revelado a fim de que a heroína alcance seus objetivos. Assim, a alternativa C está correta. A alternativa A está incorreta, pois, embora seja uma expressão escolhida pela autora, não manifesta sua aprovação, apenas o movimento necessário para a personagem alcançar seu objetivo. A alternativa B está incorreta, pois a expressão não tem o sentido de “iluminação” ou “inspiração” para originar um potencial artístico, mas sim de “revelar”. 9KHF EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 5BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO A alternativa D está incorreta, pois a expressão não se refere à sagacidade ou à perspicácia, mas a “dar a conhecer”. A alternativa E está incorreta, pois a expressão não está relacionada à noção de talento, mas à de desvelar um potencial advindo de uma força interior. QUESTÃO 05 Disponível em: <https://www.uniagustiniana.edu.co>. Acesso em: 30 dez. 2019. De acordo com o cartaz, o consumo de goma de mascar provoca A. desaparecimento de sucos essenciais para a digestão. B. malefícios tão numerosos quanto os da alimentação excessiva. C. perda do apetite por possuir baixo valor nutritivo. D. prejuízos à mastigação da comida. E. distúrbios no sistema digestivo. Alternativa E Resolução: De acordo com o texto, o chiclete provoca inflamação no sistema digestivo, além de gases, acidez e diarreias. Dessa maneira, a alternativa E está correta. A alternativa A está incorreta, pois o que se afirma no texto é que há produção desnecessária e “autodigestão” desses sucos devido ao fato de não haver nenhum alimento no estômago. A alternativa B está incorreta, pois não há menção no texto aos problemas causados pela alimentação excessiva. A alternativa C está incorreta, pois o texto não aborda o valor nutricional da guloseima. A alternativa D está incorreta, pois, no texto, não se fala em prejuízos à mastigação da comida, mas sim que o consumo de gomas de mascar provoca distúrbios no sistema digestivo. JDY2 LCT – PROVA I – PÁGINA 6 EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO QUESTÃO 06 De acordo com o Censo Escolar de 2007, o Brasil tem aproximadamente 151 mil alunos matriculados em 1 253 escolas localizadas em áreas remanescentes de quilombos. O problema é que a maioria dos professores não está capacitada adequadamente e o número é insuficiente para atender à demanda. No caso da universidade a realidade não se afasta desse panorama inicial. “Os cursos são sempre fora e longe das comunidades. A universidade não está nos quilombos. Para um jovem que queira estudar, precisa pensar em como se manter, como viver longe da família e como lidar com os desafios típicos de quem sai de uma comunidade para ir à cidade”, diz o sociólogo e antropólogo Assunção Amaral. DIÁRIO DO PARÁ. Disponível em: <http://www.todospelaeducacao.org.br>. Acesso em: 21 out. 2017. [Fragmento] Após oferecer um panorama das escolas localizadas em áreas remanescentes de quilombos, o autor expõe a tese de que a universidade apresenta problemas semelhantes, defendendo-a por meio de A. descrição dos professores. B. testemunho de estudantes. C. depoimento do sociólogo. D. informações geográficas. E. dados do Censo Escolar. Alternativa C Resolução: A argumentação que comprova a tese do autor está presente na fala do sociólogo e antropólogo Assunção Amaral, o que torna correta a alternativa C. A alternativa A está incorreta porque a descrição dos professores, os quais não estão nem capacitados adequadamente nem em número suficiente para atender à demanda, é utilizada para justificar a situação das escolas. Não há no texto testemunho de estudantes, como proposto na B, o que a torna incorreta. As informações geográficas, sugeridas na D, também não podem ser inferidas do texto, o que a invalida. Por fim, os dados do Censo Escolar, sugeridos na E, comprovam a situação das escolas, e não a das universidades, o que também a invalida. QUESTÃO 07 Fora de si eu fico louco eu fico fora de si eu fica assim eu fica fora de mim eu fico um pouco depois eu saio daqui eu vai embora eu fico fora de si eu fico oco eu fica bem assim eu fico sem ninguém em mim ANTUNES, A. Fora de si. In: Bicho de sete cabeças. CD. BMG, 2001. 8SBT JQTK A aparente incoerência presente na construção do texto, por meio da desconexão entre a pessoa do discurso e a conjugação verbal, é utilizada propositalmente pelo autor para atingir seu objetivo de A. demonstrar que a língua é incompreensível caso se desconsiderem as regras gramaticais. B. defender as diversas possibilidades de uso da língua em suas variações formal e informal. C. comprovar que estabelecer comunicação é mais importante que respeitar a norma-padrão. D. simular o discurso de alguém que esteja desajuizado pela subversão das normas da língua. E. exemplificar como o discurso de um falante sem conhecimento da língua pode ser entendido. Alternativa D Resolução: O título da canção é “Fora de si”, logo percebe-se que a construção do texto gera o efeito de sentido de reiterar a ideia de alguém que esteja louco. Issoacontece por meio da subversão das normas gramaticais que regem a Língua Portuguesa. A alternativa correta é, portanto, a D, pois a incoerência é utilizada pelo autor para simular o discurso de quem estivesse nessa condição. O foco do texto, portanto, não diz respeito à incompreensão gerada por desvios de regras gramaticais, como sugerido na alternativa A, ao papel comunicativo da língua, como proposto na alternativa C, ou ao entendimento do discurso, ainda que este apresente desvios gramaticais, como proposto na alternativa E, pois não há elementos no texto que faça alusão a essas questões, invalidando essas alternativas. Tampouco há oposição entre variação formal e informal da língua, mas entre coerência e incoerência, o que invalida a alternativa B. QUESTÃO 08 Lançado em 1955, O mensageiro do diabo foi um fracasso de público e crítica. Dá para entender por que plateias não gostaram: é um filme violento, misógino, cínico e assustador. O criminoso é um pastor – ou falso pastor, não fica claro – que explora a fé de suas vítimas. É também uma das maiores obras de arte que o cinema já produziu, embora isso só tenha sido reconhecido anos depois de Laughton morrer, em 1962, aos 63 anos, sem nunca ter dirigido outro filme. O mensageiro do diabo é inspirado na história de Harry Powers, um assassino serial que foi enforcado em 1932 por matar mulheres e crianças. Galante, Powers seduzia viúvas, roubava seus pertences e depois as matava. Sua saga virou livro em 1953 e filme em 1955. BARCINSKI, A. Disponível em: <http://entretenimento.r7.com/blogs/ andre-barcinski/o-melhor-filme-que-voce-vai-ver-esse-ano-tem-60- anos-20151210/>. Acesso em: 01 abr. 2016. [Fragmento adaptado] A resenha é um gênero jornalístico em que se faz uma avaliação crítica sobre determinada obra. No fragmento, observa-se um traço opinativo em: A. “Lançado em 1955, O mensageiro do diabo foi um fracasso de público e crítica.” B. “Dá para entender por que plateias não gostaram: é um filme violento, misógino, cínico e assustador.” C. “O mensageiro do diabo é inspirado na história de Harry Powers, um assassino serial que foi enforcado em 1932 por matar mulheres e crianças.” X7MG EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 7BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO D. “Galante, Powers seduzia viúvas, roubava seus pertences e depois as matava.” E. “Sua saga virou livro em 1953 e filme em 1955.” Alternativa B Resolução: O autor expõe sua opinião sobre o filme, afirmando que ele é violento, misógino, cínico e assustador, como maneira de justificar a reação do público. Dessa forma, está correta a alternativa B. A alternativa A é incorreta, pois o trecho traz informações sobre o período de lançamento e a recepção do filme na época. A alternativa C é incorreta, pois o trecho apenas informa ao leitor em que a produção cinematográfica se baseou. A alternativa D é incorreta, pois, no trecho, o autor não opina, mas conta o que a personagem fazia. A alternativa E é incorreta, pois, novamente, é um trecho informativo – e não opinativo. QUESTÃO 09 São Paulo, 25 de setembro de 2019, Olá, jornal Joca, Queria falar da primeira página, que menciona o furacão Dorian. Ele seguiu para os Estados Unidos e causou várias mortes e feridos. Esse furacão estava nas Bahamas antes e deixou várias árvores caídas e lixos espalhados por todos os lados. Eu sinceramente não queria estar lá. Um abraço. Disponível em: <www.jornaljoca.com.br>. Acesso em: 17 mar. 2020. Esse texto, publicado em um jornal cujo público-alvo são jovens e crianças, transparece a finalidade do gênero a que pertence por A. mostrar o ponto de vista do leitor sobre um determinado assunto de grande abrangência. B. expor a posição de um grupo social, representada por um leitor, sobre uma matéria publicada. C. expressar a opinião do leitor a respeito de um fato noticiado pelo veículo de comunicação. D. intermediar o contato entre a opinião do leitor e a publicação sobre problemas sociais. E. apresentar informações sobre fatos, de forma complementar à edição atual da publicação. Alternativa C Resolução: A alternativa correta é a C, pois o texto se trata de uma “carta do leitor” / “opinião do leitor”, que é um gênero veiculado em jornais e revistas, com o intuito de expressar a opinião do leitor do veículo de informação sobre alguma matéria por este veiculado. A alternativa A é incorreta, pois o objetivo não é mostrar a opinião do leitor sobre um assunto abrangente, e sim sobre uma matéria de jornal – sendo esta abrangente ou não. A alternativa B é incorreta, pois a opinião não pode ser considerada coletiva ou de um grupo social, mas apenas do leitor que assina o texto. A alternativa D é incorreta, pois o texto não tem como objetivo intermediar o contato, mas expressar diretamente a opinião do leitor. A alternativa E é incorreta, pois o texto-base é argumentativo, não sendo necessário trazer novas informações sobre o assunto. PBSB QUESTÃO 10 Disponível em: <http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQKiRl7W EXH4WKasohyw4NbAJ_P4tnX9wIMamPM30z4vkr4TzVEfOljUOfo>. Acesso em: 16 abr. 2012. Predomina no texto anterior a função da linguagem A. conativa, porque o texto procura orientar o comportamento do leitor. B. emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relação ao produto. C. fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação. D. poética, porque o texto chama a atenção para recursos verbais e não verbais. E. referencial, porque o texto trata de noções e informações conceituais. Alternativa A Resolução: O texto é uma peça publicitária e tem como objetivo persuadir o leitor a usar o sabão em pó propagandeado, ou seja, procura orientar o comportamento consumidor das pessoas. Por isso, a alternativa correta é a A. A alternativa B é incorreta, pois o texto não apela para a emotividade e a subjetividade para comover o leitor. A alternativa C é incorreta, pois o texto não tem como objetivo testar o canal de comunicação, mas utilizá-lo para persuadir o leitor. A alternativa D é incorreta, pois o elemento visual, em interação com os elementos verbais, não tem função poética, apesar de construir uma figura de linguagem com o objetivo de aludir à qualidade do sabão em pó. A alternativa E é incorreta, pois o texto não traz noções ou conceitos científicos, não sendo informativo. QUESTÃO 11 A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros Vinha da boca do povo na língua errada do povo Língua certa do povo Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil Ao passo que nós O que fazemos É macaquear A sintaxe lusíada BANDEIRA, M. Evocação de Recife. In: ______. Estrela da vida inteira (poesias reunidas). 2. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1970. [Fragmento] BUGD Q9FT LCT – PROVA I – PÁGINA 8 EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO Ao substituir, em seu discurso, a palavra “errada” por “certa” na caracterização da “língua do povo”, o eu poético expressa seu ponto de vista, que se opõe a um(a) A. distanciamento entre ele e o povo, originado nas diferenças linguísticas. B. desigualdade no uso da língua, prejudicial à comunicação da sociedade. C. aversão à sintaxe da Língua Portuguesa, presente nos jornais e nos livros. D. desvalorização do conhecimento oral, transmitido pelo povo de forma coloquial. E. estranhamento do povo, testemunha da utilização da norma culta do português. Alternativa D Resolução: No poema, o eu lírico expressa que a vida não lhe chegava pelos jornais ou pelos livros, e sim pela boca do povo. Ao caracterizar a língua do povo, ele primeiramente diz “língua errada do povo” e, em seguida, reformula para “língua certa do povo”. Com isso, o eu lírico expressa seu ponto de vista que refuta um preconceito linguístico que desvaloriza o conhecimento oral transmitido pelo povo em detrimento daquele transmitido pelo suporte escrito. Está correta, portanto, a alternativaD. A alternativa A está incorreta, pois o eu lírico não refuta um distanciamento entre ele e o povo originado nas diferenças linguísticas, considerando que não menciona sua própria variação linguística como diferente daquela do povo. A alternativa B está incorreta, pois o poema não aborda uma desigualdade no uso da língua que prejudica a comunicação entre segmentos sociais, mas apenas expressa a concepção do eu lírico de que a língua viva falada pelo povo é mais genuína e expressa conhecimento. A alternativa C está incorreta, pois o poema não refuta uma aversão à sintaxe da Língua Portuguesa presente nos jornais e nos livros, mas sim o ponto de vista que valoriza unicamente essa variante da língua e esse conhecimento. Por fim, a alternativa E está incorreta, pois não pode ser inferido do texto um estranhamento do povo ao presenciar a utilização da norma culta do português. QUESTÃO 12 A disputa em defesa de um novo projeto de sociedade, fundado em novos paradigmas, não pode olhar pelo retrovisor e buscar restaurar experiências anteriores. Ao reconhecer e valorizar o trabalho no território, ela deve incorporar os desafios dos novos tempos: a automação que substitui o emprego, o desafio da sustentabilidade ambiental, a necessidade da afirmação dos bens comuns, a refundação da democracia com ampla participação popular, novos meios de controle social sobre a máquina pública. BAVA, S. C. Da subjetividade. Disponível em: <http://diplomatique.org.br>. Acesso em: 17 mar. 2017. [Fragmento] O fragmento do editorial escrito por Sílvio Caccia Bava apresenta um objetivo principal demarcado pelo termo A. “novo”. B. “projeto”. C. “valorizar”. D. “incorporar”. E. “refundação”. COJK Alternativa A Resolução: O objetivo do editorial de Sílvio Caccia Bava é destacar a importância de, ante a necessidade de pensar um novo projeto de sociedade, encarar os desafios impostos pelos novos tempos, abandonando a tentativa de restaurar modelos que não deram certo anteriormente. Na materialidade do texto, esse objetivo é demarcado pelo uso do objetivo “novo”, em “um novo projeto de sociedade”, e também em “novos paradigmas” e “novos tempos”. Está correta, assim, a alternativa A. A alternativa B está incorreta porque, apesar de “projeto” também apontar para o tema proposto, é um termo amplo, que ganha sentido específico no texto quando modificado pelo adjetivo “novo”. As alternativas C e D estão incorretas porque os verbos nelas apresentados, embora indiquem as atitudes positivas necessárias para a concretização de um novo projeto de sociedade, não são capazes de, sozinhos, definir o objetivo do texto. Por fim, a alternativa E está incorreta porque, embora também se relacione com a ideia de criação de um novo projeto de sociedade, o termo “refundação” está especificamente ligado à ideia de “refundação da democracia”, que é apenas um dos aspectos implicados na construção de uma nova sociedade, não definindo, sozinho, o tema e o objetivo central do texto. QUESTÃO 13 Com informações rápidas em 140 caracteres e com uma infinidade de imagens, vídeos e links online, o maior desafio dos educadores atualmente é criar mecanismos que prendam a atenção dos alunos nos conteúdos escolares. Alguns professores perceberam que a solução para conquistar os estudantes é levar a sala de aula para o principal meio de socialização dos jovens: as redes sociais. Enquanto o professor explica o conteúdo no quadro negro, os alunos recebem pelo microblog Twitter atualizações com links de imagens e vídeos relacionados ao que é ensinado. Depois, os alunos têm a tarefa de buscar informações adicionais e tuitar a descoberta para o educador. Assim, a escola vence as fronteiras da sala de aula e proporciona a estudantes e professores interagirem presencial e virtualmente. [...] Muitos profissionais decidiram colocar a ideia em prática e acabaram conquistando a atenção dos alunos. É o caso de Roberto Carlos de Souza, professor de literatura que criou um concurso de “twitteratura” na escola Crescer PHD, de Vitória (ES). O projeto, aplicado nas turmas de ensino fundamental, consistia em publicar pequenos contos de 140 caracteres no Twitter. “Antes de realizar a atividade, eu dei duas aulas sobre redes sociais e expliquei a diferença da linguagem e da escrita utilizadas na sala de aula para aquelas usadas nas redes sociais”, afirma o educador. Disponível em: <http://noticias.terra.com.br/educacao/ noticias/0,,OI5215388-EI8266,00 Redes+sociais+e+twitteratura+aproxi mam+o+aluno+do+professor.html>. Acesso em: 20 abr. 2012. O objetivo do texto anterior é A. criticar os adolescentes que acessam, de forma descontrolada, as redes sociais. B. condenar a “twitteratura” por não apresentar caráter literário. C. problematizar a carência de tecnologia de inúmeras escolas brasileiras. D. informar que a relação professor / aluno alterou-se com o avanço tecnológico. E. mostrar que as redes sociais podem ser uma ferramenta produtiva em ambiente escolar. 5W9Q EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 9BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO Alternativa E Resolução: O texto, ao mostrar iniciativas pedagógicas que envolvem recursos digitais e redes sociais, tem como objetivo defender o uso dessas ferramentas digitais como algo positivo (produtivo) no ambiente escolar. Logo, a alternativa correta é a E. A alternativa A é incorreta, pois o texto não critica a forma como os adolescentes usam as redes sociais. A alternativa B é incorreta, pois o autor apresenta o “twitteratura” como um projeto literário. A alternativa C é incorreta, pois o texto não aborda a carência material das escolas, mas as fronteiras que elas encontram entre o ambiente presencial e o virtual. A alternativa D é incorreta, pois, ainda que a informação possa ser depreendida do texto, ela não está explícita e não é o objetivo central. QUESTÃO 14 Big Brother: como o conceito de George Orwell aparece na cultura pop Apesar de ser um famoso reality show no Brasil e no mundo, o verdadeiro Big Brother (“grande irmão”, em inglês) tem sua origem na literatura. Ele é uma das premissas do livro 1984, do escritor britânico George Orwell. No romance, o personagem do Grande Irmão é o líder supremo e símbolo da fictícia Oceânia e quem controla toda a população. Na história, todos os cantos públicos e privados estão ligados às “teletelas”, uma espécie de câmera capaz de monitorar, gravar e espionar a intimidade da sociedade – assim como acontece na casa do Projac, que abriga todo ano os participantes do reality. Escrita no século XX, a obra reflete uma crítica ao totalitarismo, já que os moradores não poderiam, de forma alguma, contestar o sistema criado pelo regime. Com o slogan “O Grande Irmão está de olho em você”, 1984 apresenta como protagonista Winston Smith, um funcionário do governo cuja função é falsificar registros históricos, a fim de moldar o passado de acordo com os interesses tirânicos. Ao longo da ficção, o leitor se depara com o desafio do herói na luta contra a opressão. Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com>. Acesso em: 24 mar. 2020. [Fragmento adaptado] O artigo relata que o título do reality show foi criado a partir do mais célebre romance de George Orwell. A relação de intertextualidade empregada é o(a) A. paródia, pois a simbologia do livro foi distorcida ao ser retomada pelo reality show. B. citação, pois o programa recorre às palavras do autor inglês para definir suas atrações. C. bricolagem, pois o livro teve diferentes passagens usadas como inspiração ao programa. D. paráfrase, pois o reality show alterou características na personagem antes de reproduzi-la. E. referência, pois o programa explicita uma relação entre seu nome e uma personagem de 1984. Alternativa E Resolução: O artigo mostra como o nome e o formato do programa de TV foram inspirados em 1984, de George Orwell. EPQD Assim, a obra torna-se uma referênciapara a produção e desenvolvimento do reality show, e, por isso, a alternativa correta é a E. A alternativa A é incorreta, pois a simbologia do livro não foi invertida ou parodiada, mas adaptada, mantendo a mesma premissa – a vigilância total das pessoas por câmeras. A alternativa B é incorreta, pois o programa não recorre a excertos do romance em nenhum momento – e o texto não fala disso. A alternativa C é incorreta, pois não foram passagens específicas que inspiraram o programa, e sim a ideia geral do livro. A alternativa D é incorreta, pois o reality show não reproduz as personagens da obra literária. QUESTÃO 15 A literatura deve, portanto, ser lida e estudada porque oferece um meio – alguns dirão até mesmo o único – de preservar e transmitir a experiência dos outros, aqueles que estão distantes de nós no espaço e no tempo, ou que diferem de nós por suas condições de vida. Ela nos torna sensíveis ao fato de que os outros são muito diversos e que seus valores se distanciam dos nossos. COMPAGNON, A. Literatura para quê? Tradução de Laura Taddei Brandini. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009. [Fragmento] A importância da literatura, para o autor, reside em sua capacidade de propiciar uma A. individualidade no aprendizado pela leitura. B. objetividade com a transmissão de informações. C. funcionalidade na compilação de ideias culturais. D. sensibilidade em relação às diferenças humanas. E. historicidade por meio da preservação de registros. Alternativa D Resolução: A questão solicita que se identifique onde, para o autor, reside a importância da literatura. Em seu discurso, o autor ressalta a capacidade da literatura de conectar o leitor ao outro, ao diferente, estabelecendo contato com a experiência alheia, tornando-o mais sensível à diferença entre as pessoas. Nesse sentido, está correta a alternativa D. A capacidade de propiciar uma individualidade no aprendizado por meio da leitura não corresponde ao ponto de vista do autor, que ressalta a conexão entre as pessoas, invalidando a alternativa A. A objetividade com a transmissão de informações não atende ao ponto de vista que o autor defende da literatura com uma função humanizadora, o que invalida a alternativa B. A funcionalidade na compilação de ideias culturais não é atribuída à literatura como um diferencial, pois sua função não seria pragmática, o que invalida a alternativa C. No mesmo sentido, a historicidade por meio da preservação de registros, garante o acesso a textos diversos, colaborando para o ponto que o autor defende como importante, que é visualizar as diferenças entre os seres, invalidando a alternativa E. QUESTÃO 16 As dramáticas fotos de uma Amazônia em chamas que atraíram a atenção mundial em agosto não correspondem à queima de florestas tropicais, e sim a áreas que foram desmatadas ao longo de 2019 e incendiadas em agosto para concluir sua conversão para uso agrícola. É o que revela um relatório divulgado esta semana pelo Projeto de Monitoramento da Amazônia Andina (MAAP). 7TW8 TCKB LCT – PROVA I – PÁGINA 10 EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO “A questão principal é o desmatamento”, declarou Matt Finer, pesquisador sênior e diretor do MAAP. “Não estamos minimizando a importância dos incêndios, mas nossas descobertas estão mostrando que o desmatamento também é uma questão crítica”. De acordo com a análise dos especialistas, a estratégia de conversão de floresta em pastagem na Amazônia consiste em cortar árvores da floresta tropical, esperar que a madeira seque e depois incendiá-la para limpar completamente a terra e, com as cinzas, fertilizar o solo onde será plantado o capim para pastagem. Disponível em: <https://brasil.elpais.com>. Acesso em: 16 dez. 2019. [Fragmento] A reportagem, baseada em um relatório produzido por especialistas, cumpre sua função social de A. justificar como válida a utilização agrícola de terras já não ocupadas por mata. B. divulgar o fato de as fotos da Amazônia em chamas distorcerem a realidade. C. revelar dados sigilosos sobre a semelhança comprovada entre incêndios e o desmatamento. D. explicar as etapas possibilitadoras da conversão de uma floresta tropical em pastagem. E. denunciar os incêndios como parte de um processo transformador de terras em áreas agrícolas. Alternativa E Resolução: A tese defendida pela autoridade, na reportagem, se trata da descoberta, divulgada em relatório por especialistas, de que os incêndios na Amazônia não correspondem à queima de florestas tropicais, e sim de áreas já desmatadas previamente, como parte de uma estratégia planejada por representantes do agronegócio para converter a floresta em pastagem. Nesse sentido, a função social desse texto é denunciar os incêndios como parte de um processo que visa ao uso agrícola das terras, o que torna correta a alternativa E. A ideia sugerida em A, sobre uma justificativa para a utilização, para fins agrícolas, de terras que já não eram ocupadas por florestas, não pode ser inferida do texto, tendo em vista que ele constrói uma denúncia do processo como uma estratégia do agronegócio. Está incorreta a alternativa B, pois o texto não visa informar que as fotos da Amazônia em chamas distorcem a realidade dos fatos, e sim esclarecer que o incêndio não queimou a floresta tropical, mas áreas já desmatadas previamente. A alternativa C está incorreta, pois não se busca equiparar os incêndios ao desmatamento, mas apresentá-los como problemas relacionados ao mesmo objetivo. A alternativa D está incorreta, pois a descrição das etapas que possibilitam a conversão de uma floresta tropical em pastagem consiste em uma explicação dos motivos para os incêndios, não sendo a marca da função social do texto. QUESTÃO 17 Chão de estrelas A porta do barraco era sem trinco, Mas a lua furando o nosso zinco, Salpicava de estrelas nosso chão, E tu pisavas nos astros distraída, Sem saber que a ventura desta vida, É a cabrocha, o luar e o violão. CALDAS, S.; BARBOSA, O. In: GONÇALVES, N. A grande seresta. 1970. No poema, o eu lírico expressa sua visão subjetiva, por meio da linguagem conotativa, para descrever o(a) A. casa simples como cenário da felicidade e do amor. B. porta aberta como um símbolo da acessibilidade. C. luar como motivador da inspiração poética. D. violão como objeto facilitador da paixão. E. telhado como um canal da luz da Lua. Alternativa A Resolução: No poema, o eu lírico expressa sua subjetividade descrevendo a casa como um espaço simples, com a porta sem trinco e o teto com furos, e, na mesma medida, onde tem o amor e a ventura da vida, ou seja, a sua felicidade. Logo, a alternativa correta é a A. A alternativa B é incorreta, pois a porta sem trinco não significa o fácil acesso, mas as condições da casa. A alternativa C é incorreta, pois o luar não aparece como inspiração para o fazer poético, sendo, antes, parte da imagem em que vê sua amada dentro do lar. A alternativa D é incorreta, pois o eu lírico não busca descrever o violão. A alternativa E é incorreta, pois, ao falar do telhado, o eu lírico busca expressar liricamente a casa e o seu estado de ânimo. QUESTÃO 18 À televisão Teu boletim meteorológico me diz aqui e agora se chove ou se faz sol. Para que ir lá fora? A comida suculenta que pões à minha frente como-a toda com os olhos. Aposentei os dentes. Nos dramalhões que encenas há tamanho poder de vida que eu próprio nem me canso em viver. Guerra, sexo, esporte – me dás tudo, tudo. Vou pregar minha porta: Já não preciso do mundo. PAES, José Paulo. Prosas seguidas de odes mínimas. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. LGQ5 EOØ5 EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 11BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO No poema anterior, José Paulo Paes faz uma reflexão sobre a televisão. De forma irônica, a cada final de estrofe ele cria uma progressão temática para criticar a(o) A. alienação política dos homens imposta pelos processosmidiáticos. B. consumo em demasia provocado pelos meios de comunicação. C. desumanização provocada pela excessiva exposição à mídia. D. diluição das fronteiras entre a realidade e a fantasia promovida pela televisão. E. escolha contemporânea pelo fim das relações humanas. Alternativa C Resolução: A exposição excessiva à mídia faz com que o eu lírico deseje fechar a porta ao mundo exterior, uma vez que criou um universo próprio, ditado pelo que determina a televisão, por meio de sua grade – isso ocorre desde suas necessidades físicas fundamentais (alimentação, clima) às psicológicas (sentimentos, entretenimento, prazer). Assim, há uma crítica à perda de humanidade do indivíduo. Logo, está correta a alternativa C. Ao descrever questões de seu cotidiano – clima, alimentação, sexo, esporte –, o eu lírico não aborda sua cidadania, portanto não se pode inferir que há crítica à alienação política, o que invalida a alternativa A. O consumo exagerado está relacionado à crítica, mas não é apresentado no poema, o que invalida a alternativa B. As fronteiras entre realidade e fantasia ficam ainda mais evidentes quando o eu lírico propõe não precisar mais de algo além da mídia. Desse modo, não há uma diluição entre realidade e fantasia, mas uma delimitação bastante clara entre ambas – o que torna incorreta a alternativa D. O fim das relações humanas seria, segundo o eu lírico, mediado pela mídia, conforme se vê em “Guerra, sexo, esporte / – me dás tudo, tudo”, o que torna a alternativa E incorreta. QUESTÃO 19 GALHARDO, C. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 16 out. 2019. Ao retratar cenas cotidianas, os cartuns se valem de formas linguísticas não legitimadas pela norma-padrão da língua. Nesse texto, há um desvio dessa natureza no(a) A. significação do verbo “dar”. B. uso da imprecisão do verbo “poder”. C. escolha do vocábulo coloquial “coisas”. D. utilização do significado do verbo “passar”. E. emprego do título “doutor” não abreviado. Ø2K2 Alternativa A Resolução: O verbo “dar”, como sinônimo de “causar”, não é reconhecido pelas gramáticas normativas brasileiras. Logo, está correta a alternativa A. A alternativa B é incorreta, pois não se trata de uma imprecisão, mas de uma forma de tratamento mais gentil na coloquialidade de pedir e / ou solicitar algo. É incorreta a alternativa C, tendo em vista que o uso do item lexical “coisas” não incorre em desvio de norma-padrão, mas constitui uma questão estilística. A alternativa D é incorreta porque o verbo “passar” também pode apresentar, conforme os dicionários, o sentido de “transmitir”. É incorreta a alternativa E, uma vez que a não abreviação do título “doutor” é correspondente à norma-padrão. QUESTÃO 20 TEXTO I MUNIZ, V. Metacromo: Abaporu depois de Tarsila. Impressão de pigmento sobre papel de algodão, 121,41 × 101,6 cm. 2018. Galeria Nara Roesler, São Paulo, Brasil. TEXTO II AMARAL, T. Abaporu. Óleo sobre tela, 85 × 72 cm. 1928. Museu de Arte Latino-Americana, Buenos Aires, Argentina. O artista Vik Muniz, ao recriar a obra de Tarsila do Amaral, empregou como estratégia a 9W1Q LCT – PROVA I – PÁGINA 12 EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO A. modificação de maneira exacerbada das proporções da criatura. B. transformação de um trabalho visual em uma criação táctil. C. incorporação de materiais inusitados para ridicularização do quadro original. D. substituição de uma representação objetiva da mulher por outra subjetiva. E. inserção de nova textura como elemento da contemplação do quadro. Alternativa E Resolução: O artista Vik Muniz realiza uma releitura da obra de Tarsila do Amaral, inserindo uma nova textura acima da imagem e alterando, assim, a maneira de contemplar o quadro. Assim, a alternativa correta é a E. A alternativa A é incorreta, pois as proporções da criatura não são alteradas na releitura. A alternativa B é incorreta, pois o trabalho continua sendo visual. A alternativa C é incorreta, pois não é objetivo ridicularizar o quadro Abaporu, obra de Tarsila do Amaral. A alternativa D é incorreta, pois em nenhum dos quadros há uma representação objetiva da mulher. QUESTÃO 21 A namorada Havia um muro alto entre nossas casas. Difícil de mandar recado para ela. Não havia e-mail. O pai era uma onça. A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por um cordão E pinchava a pedra no quintal da casa dela. Se a namorada respondesse pela mesma pedra Era uma glória! Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira E então era agonia. No tempo do onça era assim. BARROS, M. Tratado geral das grandezas do ínfimo. Rio de Janeiro: Editora Record, 2001. p. 17. A relação amorosa, o processo de criação literária e as cenas do cotidiano são temáticas recorrentes na obra de Manoel de Barros. Em sua poética-prosaica “Namorada”, o eu lírico evoca a lembrança do amor em um tom A. alegre e envaidecido. B. nostálgico e incrédulo. C. conflituoso e resignado. D. melancólico e entristecido. E. saudosista e bem-humorado. Alternativa E Resolução: Nota-se, no poema “Namorada”, um tom saudosista no que se refere aos modos como se davam os relacionamentos amorosos de épocas anteriores, construído em conjunto com o humor, reconhecido no jogo entre “o pai era uma onça” e “no tempo do onça era assim”, e na representação de uma situação inusitada. VMH7 Está correta, assim, a alternativa E. A alternativa A está incorreta porque não há indícios de vaidade na evocação da lembrança do eu lírico, apesar de transparecer certo tom alegre, ou contente da memória. A alternativa B está incorreta porque, embora seja percebido um tom de nostalgia na lembrança do eu lírico, não há incredulidade, mesmo porque não existem dúvidas quanto às experiências vividas por ele. A alternativa C também está incorreta porque não há conflito, tampouco resignação, conformação, na evocação da memória do eu lírico, uma vez que suas lembranças trazem bons sentimentos. Por fim, a alternativa D está incorreta porque, conforme dito anteriormente, as memórias do eu lírico provocam sentimentos ligados à nostalgia, ao humor e ao contentamento, e não à melancolia ou à tristeza. QUESTÃO 22 Não esqueça dizer que, em 1888, uma questão grave e gravíssima os fez concordar também, ainda que por diversa razão. A data explica o fato: foi a emancipação dos escravos. Estavam então longe um do outro, mas a opinião uniu-os. A diferença única entre eles dizia respeito à significação da reforma, que para Pedro era um ato de justiça, e para Paulo era o início da revolução. Ele mesmo o disse, concluindo um discurso em S. Paulo, no dia 20 de maio: “A abolição é a aurora da liberdade; esperemos o Sol; emancipado o preto, resta emancipar o branco.” Natividade ficou atônita quando leu isto; pegou da pena e escreveu uma carta longa e maternal. Paulo respondeu com trinta mil expressões de ternura, declarando no fim que tudo lhe poderia sacrificar, inclusive a vida e até a honra; as opiniões é que não. “Não, mamãe; as opiniões é que não.” ASSIS, M. Esaú e Jacó. São Paulo: Martin Claret, 2003. [Fragmento] O trecho do romance inclui na narrativa o contexto histórico da abolição da escravidão para expressar o(a) A. ambiguidade do pensamento dos irmãos, às vezes semelhante e outras discordante. B. coexistência entre a geração escravagista da mãe e a visão abolicionista dos filhos. C. contraste entre as teorias dos irmãos, sendo um a favor e outro contra a abolição. D. concordância da mãe, que teve o pensamento modificado pelas ideias dos filhos. E. oscilação das ideias de Paulo entre pontos de vista conflitantes sobre a abolição. Alternativa B Resolução: No primeiro parágrafo, o narrador afirma que a opinião sobre o tema, então polêmico, uniu os irmãos Pedro e Paulo, com uma diferença apenas no simbolismo atribuído ao fato, especificado no segundo parágrafo. No terceiro, é narradaa reação da mãe ao saber da opinião dos filhos, e a resposta de Paulo permite inferir que a opinião da mãe é contrária à abolição. Há, portanto, uma coexistência entre a geração escravagista da mãe e a visão abolicionista dos filhos, o que torna correta a alternativa B. A alternativa A está incorreta, pois não está expressa uma ambiguidade do pensamento dos irmãos: suas ideias são definitivas e semelhantes ideologicamente. Segundo o texto, as opiniões sobre a abolição uniram os dois irmãos, o que invalida a alternativa C, que propõe a existência de um contraste entre suas opiniões. 6AWX EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 13BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO A alternativa D está incorreta, pois não há uma concordância e mudança de pensamento da mãe, pois a carta escrita por ela, cujo conteúdo pode-se inferir pela resposta de Paulo, revela que ela discorda das ideias dos filhos. Por fim, não pode ser inferida uma oscilação das ideias de Paulo acerca do tema, pois seu ponto de vista é definitivamente a favor da abolição, o que invalida a alternativa E. QUESTÃO 23 RETT, M. Disponível em: <www.cartunista.com.br>. Acesso em: 14 jan. 2020. Nessa charge, as personagens recorrem a um registro coloquial da fala, devido ao contexto em que se inserem. Essa coloquialidade é ilustrada pelo(a) A. uso de letras maiúsculas e minúsculas discordante da norma culta. B. descaso da criança ao uso correto da acentuação gráfica. C. incorporação de recursos imagéticos na fala da criança. D. fala infantilizada dos adultos no trato com a criança. E. emprego de um dialeto digital fora da internet. Alternativa E Resolução: A coloquialidade da charge se encontra na fala do menino, que se utiliza de um registro próprio do ambiente digital – como a grafia “naum” (não) e os símbolos formando um emoji – sem estar nele, uma vez que a personagem se dirige aos pais. Por isso, a alternativa correta é a E. A alternativa A é incorreta, pois o uso das letras minúsculas na fala do garoto é característica da linguagem em ambiente digital, não sendo a marca específica da coloquialidade no cartum. A alternativa B é incorreta, pois a charge não afirma que a criança desmerece a acentuação em toda e qualquer situação, apenas que está de acordo com o registro no ambiente virtual. A alternativa C é incorreta, pois não há inserção de recursos imagéticos, e sim de sinais gráficos que, no computador, transmitem emoções. A alternativa D é incorreta, pois os adultos não falam de forma infantilizada com o filho. YF3S QUESTÃO 24 Com que roupa? Pois esta vida não está sopa E eu pergunto: com que roupa? Com que roupa que eu vou Pro samba que você me convidou? Agora eu não ando mais fagueiro Pois o dinheiro não é fácil de ganhar Mesmo eu sendo um cabra trapaceiro Não consigo ter nem pra gastar ROSA, N. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br>. Acesso em: 14 jan. 2020. [Fragmento] O trecho do samba-canção de Noel Rosa apresenta aspectos do repertório linguístico e cultural do Brasil. Nele, o vocábulo que foi empregado de forma conotativa é: A. “roupa”. B. “vida”. C. “sopa”. D. “samba”. E. “dinheiro”. Alternativa C Resolução: Um vocábulo utilizado de forma conativa não tem o seu significado original, ou dicionarizado, tendo, por isso, um sentido figurado. Na letra da canção de Noel Rosa, isso ocorre no vocábulo “sopa”, por este não significar o prato culinário, e sim o adjetivo “fácil”. Assim, a alternativa C é a correta. A alternativa A é incorreta, pois “roupa” tem função denotativa, o eu lírico quer saber com que roupa vai ao samba. A alternativa B é incorreta, pois “vida” é usado em seu sentido dicionarizado, sendo sinônimo de “existência”. A alternativa D é incorreta, pois “samba” designa o festejo, encontro, onde toca o estilo musical samba. A alternativa E é incorreta, pois “dinheiro” também tem valor denotativo no samba-canção. QUESTÃO 25 ABU, A.; X, D. Macunaíma em quadrinhos. São Paulo: Peirópolis, 2016. [Fragmento] QJ9N LØQU LCT – PROVA I – PÁGINA 14 EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO Esse texto é uma releitura de Macunaíma, de Mário de Andrade. Na adaptação do romance aos quadrinhos, os autores recorrem à A. descrição detalhada, garantindo uma representação verossímil. B. redução da dramaticidade, suprimindo longos trechos narrativos. C. restrição da imaginação do leitor, ocultando-a por recursos visuais. D. exploração dos recursos estéticos, incorporando a linguagem imagética. E. alteração de elementos narrativos importantes, afetando a cronologia da trama. Alternativa D Resolução: A questão centra-se no reconhecimento das funções e dos recursos estéticos envolvidos nas adaptações de obras literárias para quadrinhos. As adaptações / releituras não carregam, em si, um valor menor ou um sentido pejorativo, sendo vistas antes como obras inéditas de profundo diálogo com as adaptadas. Além disso, é necessário compreender que, através de outro gênero literário, recursos e funções distintas surgem. No caso dos quadrinhos, destaca-se a inserção da linguagem não verbal e da visualidade. Logo, está correta a alternativa D. A alternativa A está incorreta, pois as características reais não são descritas, mas exploradas por recursos não verbais. A alternativa B está incorreta, pois o texto original mantém parte de sua característica, sendo adaptado para o gênero sem que se reduza a sua dramaticidade. A alternativa C está incorreta, pois os recursos visuais incitam, ainda que menos que as descrições verbais, os processos imaginativos, uma vez que nem todas as cenas e detalhes podem ser transpostos em imagens, devido às características do gênero história em quadrinhos em relação à extensão. A alternativa E está incorreta, pois o enredo original não se perde, apenas é relido de maneira a se ajustar à macroestrutura do gênero textual história em quadrinhos. QUESTÃO 26 Centenas de línguas ancestrais ficaram em silêncio nas gerações recentes, levando com elas a cultura, o conhecimento e as tradições das pessoas que as falavam. Para preservar e revitalizar aquelas que continuam existindo, as Nações Unidas deram início ao Ano Internacional das Línguas Indígenas, na sede da ONU, em Nova Iorque. A presidente da Assembleia Geral da ONU, María Fernanda Espinosa, destacou a conexão íntima entre línguas indígenas e cultura e conhecimentos ancestrais, dizendo que estas “são muito mais do que ferramentas para comunicação, são canais para que legados humanos sejam transmitidos. Quando uma língua morre, ela leva consigo toda a memória que está dentro dela.” Línguas indígenas também abrem as portas para práticas e conhecimentos ancestrais, como em agricultura, biologia, astronomia, medicina e meteorologia. Embora ainda haja 4 mil línguas indígenas no mundo, muitas estão à beira da extinção. Disponível em: <https://nacoesunidas.org>. Acesso em: 19 dez. 2019. E4WP A construção do texto favorece seu principal objetivo, que consiste na defesa do(a) A. importância das línguas indígenas para a preservação de um rico legado cultural. B. interesse crescente da sociedade atual na aplicação de conhecimentos ancestrais. C. alcance significativo das ações empreendidas pela ONU para o desenvolvimento linguístico. D. valor conferido pela ONU ao patrimônio linguístico como instrumento de inserção social. E. relevância de se preservar a língua como manutenção da comunicação de um povo. Alternativa A Resolução: O texto-base da questão é argumentativo, pois defende a necessidade de preservação das línguas indígenas enquanto canais para que legados humanos sejam transmitidos. Está correta, portanto, a alternativa A. A alternativa B está incorreta, pois, embora o texto defenda a importância dos conhecimentos ancestrais, não é mencionado um interesse crescente da população no tema. Tendo em vista que o tema do texto é a instituiçãodo Ano Internacional das Línguas Indígenas pela ONU, mas sem menção ao alcance das ações dessa organização, fica invalidada a alternativa C. A abordagem do patrimônio linguístico indígena como instrumento de inserção social não pode ser inferida do texto, que argumenta no sentido da preservação cultural, o que torna incorreta a alternativa D. Considerando que o texto defende a importância das línguas indígenas para além de sua definição como uma ferramenta de comunicação, mas como transmissoras de um legado cultural, está incorreta a alternativa E. QUESTÃO 27 Construção Amou daquela vez como se fosse a última Beijou sua mulher como se fosse a última E cada filho seu como se fosse o único E atravessou a rua com seu passo tímido Subiu a construção como se fosse máquina Ergueu no patamar quatro paredes sólidas Tijolo com tijolo num desenho mágico Seus olhos embotados de cimento e lágrima BUARQUE, C. In: Construção. Phonogram / Philips, 1971. [Fragmento] Ao final de cada verso da letra, há palavras cuja acentuação é regida pela regra que exige o uso de acento gráfico em A. ditongos abertos, orais e tônicos de algumas oxítonas. B. monossílabas átonas terminadas em a(s), e(s) e o(s). C. oxítonas terminadas em a(s), o(s), e(s) e em(ens). D. paroxítonas terminadas em ditongo ou a / ão / um. E. proparoxítonas independentemente da terminação. TJV5 EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 15BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO Alternativa E Resolução: Considerando que as palavras utilizadas ao final de cada verso da canção são “última”, “único”, “tímido”, “máquina”, “sólidas”, “mágico” e “lágrima”, percebe-se que todas trazem o acento tônico na antepenúltima sílaba, ou seja, são proparoxítonas. A regra que rege o uso de acento gráfico nessas palavras exige que todas sejam acentuadas, independentemente da terminação, o que torna correta a alternativa E. QUESTÃO 28 SOUSA, M. Disponível em: <http://turmadamonica.uol.com.br>. Acesso em: 24 set. 2019. O humor da tira deve-se ao descompasso entre o objetivo do enunciador ao dizer “Acho que vai chover” e o efeito provocado em seu amigo, que não gosta de tomar banho e tem medo de água. Uma característica do gênero tirinha identificado nesse texto é o(a) A. expressão exagerada dos personagens, explicando o texto verbal. B. caracterização simples do cenário, com enfoque na narrativa. C. final sem conclusão, com interpretação livre dos leitores. D. interação direta com os leitores, para promover o humor. E. quebra da expectativa, surpreendendo os leitores. 2DCS Alternativa E Resolução: Quando ocorre um descompasso entre o objetivo do enunciador e o efeito gerado em seu amigo, a tira promove uma quebra das expectativas geradas pelo leitor, surpreendendo-o e tendo como efeito o humor. Logo, a alternativa E é a correta. A alternativa A é incorreta, pois a expressão dos personagens não explica as falas, mas se relaciona com elas, gerando o texto verbo-visual. A alternativa B é incorreta, pois o tipo de caracterização do cenário não é uma característica do gênero. A alternativa C é incorreta, pois o final tem uma conclusão – o desmaio de Cascão e a explicação sobre o que o levou àquela situação. A alternativa D é incorreta, pois não há interação direta com os leitores – no último quadro, o enunciador fala aos outros personagens. QUESTÃO 29 Alison Entrekin, que está traduzindo Grande Sertão: veredas para o inglês, fala das dificuldades de reconstruir uma obra inclassificável. A parte mais difícil do trabalho, para ela, “não é a interpretação da obra, mas a recriação da linguagem. Porque o autor do livro criou neologismos e uma sintaxe nova, para a qual não existe nada equivalente em inglês. E ao mesmo tempo é uma linguagem peculiar e verossímil em português. Você imagina alguém falando daquele jeito no Sertão. Não poderia buscar um dialeto parecido em qualquer outra parte do mundo porque seria importar algo de outra realidade.” BORTOLOTI, M. Disponível em: <https://epoca.globo.com>. Acesso em: 18 dez. 2019. [Fragmento] Os desafios apontados pela tradutora ao trabalhar com um livro inspirado na oralidade do Sertão do Brasil revelam a A. compatibilidade da fala dos brasileiros com a língua registrada no livro. B. aproximação entre a linguagem oral existente em distintas culturas. C. equivalência das variações da língua nas diferentes regiões do país. D. relação entre as variações da língua e a cultura na qual ela se insere. E. semelhança entre a criação de uma linguagem e a coerência da língua. Alternativa D Resolução: A tradutora de Grande Sertão: veredas se depara com a dificuldade de traduzir termos e aspectos sintáticos que só existem em uma região do Brasil, sendo insubstituíveis, por fazerem referência a uma cultura específica, sem correlatos no resto do mundo. Assim, percebe-se que a variante linguística de um lugar está estreitamente relacionada à cultura na qual ela se insere. Portanto, a alternativa D está correta. A alternativa A é incorreta, pois o texto não fala que há compatibilidade com o falar dos brasileiros em geral. A alternativa B é incorreta, pois o texto fala justamente o contrário, ou seja, que é difícil fazer aproximações entre a oralidade de diferentes culturas. A alternativa C é incorreta, pois o texto não fala sobre a variação em outras regiões do país. A alternativa E é incorreta, pois a fala da tradutora revela uma questão em torno da variação linguística, e não sobre a coerência da língua. VHJN LCT – PROVA I – PÁGINA 16 EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO QUESTÃO 30 Quando se fala em economia, pensa-se logo em produção e consumo. Mas as formas de produção e consumo podem ser as mais variadas possíveis. A chamada economia colaborativa ou compartilhada não é nova. Significa que alguém que tenha um equipamento ou bem pouco utilizado ou ocioso pode compartilhá-lo com outros. Ou pode fornecê-lo através de serviços, como transporte, hospedagem ou até mesmo mão de obra. Já a chamada economia criativa, ou da cultura, utiliza como seus insumos a criatividade, a cultura e o capital intelectual. Esses conceitos estão ganhando cada vez mais espaço na economia tradicional. E trazem novos números. A economia criativa já responde por quase 3% do PIB brasileiro. E estima-se que a economia colaborativa movimente mais de 100 bilhões de dólares por ano, em todo o mundo. No Brasil, o setor não para de crescer. Cinquenta e três por cento da população brasileira está conectada à internet. A expansão da rede trouxe novas oportunidades ao segmento. Foram criados sites e aplicativos que ajudam na intermediação de serviços. Disponível em: <www.camara.leg.br>. Acesso em: 18 dez. 2019. [Fragmento] Esse texto utiliza a linguagem denotativa para construir, estruturalmente, a dissertação, que se fundamenta por meio de A. observações do autor sobre o desenvolvimento econômico. B. diferenciação entre os conceitos de forma objetiva e impessoal. C. destaque do método de expansão da economia criativa no Brasil. D. defesa da economia criativa como solução para o crescimento do PIB. E. sugestões que possibilitam romper o padrão de produção e consumo. Alternativa B Resolução: A linguagem denotativa é utilizada nesse tipo de texto por privilegiar o sentido concreto ou literal das palavras, assegurando a eficiência comunicativa e a clareza na apresentação do tema. Nesse sentido, a linguagem utilizada no texto colabora para que ele atinja seu objetivo, que consiste na diferenciação entre os conceitos de economia colaborativa e criativa de forma objetiva e impessoal. Está correta, portanto, a alternativa B. Pela objetividade e impessoalidade do texto, não é possível identificar observações do autor sobre o desenvolvimento econômico, pois apresenta dados concretos sobre o tema, o que invalida a alternativa A. O destaque de um método para se expandira economia criativa no Brasil não pode ser inferido do texto, que apresenta os dados de crescimento do acesso à internet como a causa do crescimento do setor, o que invalida a alternativa C. 4AØB No mesmo sentido, a defesa da economia criativa como solução para o crescimento do PIB não pode ser inferida do texto, que disserta sobre os conceitos, mas não defende diretamente a implantação de qualquer um deles, o que torna incorreta a alternativa D. O foco do texto tampouco pode ser identificado como uma apresentação de sugestões que possibilitam romper o padrão de produção e consumo, pois focaliza a multiplicidade desses conceitos, mas não sugere uma ruptura. Está incorreta, portanto, a alternativa E. QUESTÃO 31 O poeta A vida do poeta tem um ritmo diferente É um contínuo de dor angustiante. O poeta chora. Chora de manso, com lágrimas doces, com lágrimas tristes Olhando o espaço imenso da sua alma. O poeta sorri. Sorri à vida e à beleza e à amizade Sorri com a sua mocidade a todas as mulheres que passam. O poeta é bom. Ele é o eterno errante dos caminhos Que vai, pisando a terra e olhando o céu Preso pelos extremos intangíveis Clareando como um raio de Sol a paisagem da vida. MORAES, V. O caminho para a distância. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. No poema, Vinicius de Moraes faz uma leitura íntima da metalinguagem. A análise dos elementos do poema e sua relação com o tema revelam o(a) A. aproveitamento da linguagem abstrata, que traduz o otimismo do eu lírico para a superação das dores. B. presença da conotação, que é predominante nos versos para referenciar os problemas brasileiros. C. utilização das oposições, que contrariam a lógica racional para explicar as questões do amor. D. uso do vocabulário coloquial, que valoriza o poeta e a cultura brasileira do século XX. E. emprego de verbos no gerúndio, que enfatizam ações rotineiras vivenciadas pelo eu lírico. Alternativa A Resolução: O eu lírico usa uma linguagem abstrata, através de figuras de linguagem, para demonstrar seu estado de ânimo em relação à temática do poema metalinguístico. Iniciando com uma imagem do poeta em prantos, as figuras tornam-se mais positivas e alegres, demonstrando, ao final, um otimismo – como explícito no último verso. JPZR EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 17BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO QUESTÃO 33 M.ª Elvira, M.ª Matilde, M.ª Fernanda, Espero q. estejam contentes e não deem muito trabalho a ninguém. A viagem está sendo muito bonita. Tão calma que é preciso a gente pular em cima do navio pª ele balançar um pouquinho. Ao chegar ao Texas mandarei carta comprida contando muitas coisas. Estou escrevendo no correio, com muita pressa, porq. o navio sai agora às 4h. Do navio aqui vem-se numa lancha repleta de gente de todas as cores, falando um inglês do outro mundo. Tenho muitas saudades de vocês, mas em breve estarei de volta e então ninguém se lembra mais desta ausência. O Heitor manda lembranças. Muitos beijos da filhinha menorzinha, coitadinha. Cecília MEIRELES, C. Disponível em: <http://tede.mackenzie.br>. Acesso em: 13 abr. 2019. [Fragmento adaptado] A linguagem utilizada pela emissora garante pessoalidade ao gênero textual, pois apresenta A. expressões idiomáticas que trazem um tom de cortesia. B. abreviações que revelam desprezo pela normal culta. C. locuções irônicas como recurso figurativo que evidencia intimidade. D. informalidades que determinam a expressão particular da autora. E. termos diminutivos que transmitem um tom de afetividade. Alternativa E Resolução: A carta escrita por Cecília Meireles apresenta três destinatárias, mulheres, de nome composto cujo primeiro, em todos, é Maria. Após saudação inicial, a emissora descreve como está sua viagem e revela seu sentimento de saudade. A linguagem, coloquial, apresenta diminutivos em algumas ocorrências, as quais denotam afetividade, visto que “pouquinho”, “filhinha”, “menorzinha”, “coitadinha” apresentam-se como referências ao modo como a própria autora vê o mundo, e não ao tamanho ou à intensidade comumente atribuídos ao diminutivo. Logo, está correta a alternativa E. A alternativa A está incorreta, pois as expressões idiomáticas, como “inglês do outro mundo”, destacam mais a nacionalidade da autora do que sua cordialidade e, portanto, pessoalidade. A alternativa B está incorreta, pois as abreviações são típicas do gênero, que é mais informal, mais direto e, portanto, menos extenso. Além disso, a autora explicita que escreve às pressas. A alternativa C está incorreta, pois a ironia criada visa provocar humor, uma vez que aborda um acontecimento cotidiano da emissora e pode ser compreendido por qualquer leitor. A alternativa D está incorreta, pois a informalidade da linguagem é de fácil compreensão, sem exigir conhecimentos particulares sobre a expressão da autora. 4YCGAssim, a alternativa A está correta. A alternativa B é incorreta, pois o poema não trata dos problemas brasileiros. A alternativa C é incorreta, pois não há a utilização de oposições e jogo de contrários, mas uma mudança no estado de ânimo. A alternativa D é incorreta, pois, apesar de não ter um tom rebuscado, o poema também não se enquadra em um registro coloquial. A alternativa E é incorreta, pois os verbos no gerúndio, no poema, não indicam ações rotineiras, mas expressam o sentimento constante do eu lírico. QUESTÃO 32 Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br>. Acesso em: 12 mar. 2019. Esse cartaz faz parte de uma campanha do Ministério da Saúde no combate ao Aedes aegypti, mosquito vetor da dengue, chikungunya e zika. A função conativa da linguagem é predominante nesse texto, porque ele A. pretende sugerir o uso de uma hashtag para combater o mosquito causador de doenças. B. busca persuadir seu receptor a assumir um comportamento para combater o mosquito. C. argumenta a favor da preservação da vida de seu receptor ao combater o mosquito. D. tenta convencer seu receptor a atacar o mosquito de maneira coletiva e abrangente. E. deseja propor a seu receptor novas medidas para combater o mosquito. Alternativa B Resolução: As peças de campanhas governamentais são textos com função conativa, uma vez que buscam convencer o público a alguma ação ou prática. No caso do texto da questão, a campanha tem como objetivo persuadir os leitores a combaterem o mosquito da dengue – como expresso na imagem em destaque, o círculo cortado com o mosquito no centro, e no texto verbal com o verbo “faça” no imperativo. Logo, a alternativa correta é a B. A alternativa A é incorreta, pois o uso da hashtag não se relaciona com o combate ao mosquito. A alternativa C é incorreta, pois o objetivo do texto não é expor uma tese e argumentar a favor dela, e sim convencer o receptor. A alternativa D é incorreta, pois o texto não fala de ações coletivas, e sim de cada um fazer sua parte. A alternativa E é incorreta, pois o texto não traz novas medidas para o combate à doença, e sim reforça a necessidade de combatê-la. CT5L LCT – PROVA I – PÁGINA 18 EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO QUESTÃO 34 JAGUAR. Disponível em: <https://entretenimento.uol.com.br>. Acesso em: 18 nov. 2018. Tendo em vista o objetivo comunicativo do texto, a charge apresenta, como tipologia textual predominante, a A. exposição de um problema social permanente. B. argumentação a favor do ponto de vista do autor. C. descrição de uma situação da atualidade política. D. narração de fatos recorrentes no cotidiano do país. E. injunção de ações a serem tomadas pelos cidadãos. Alternativa A Resolução: A charge apresenta como tipologia textual predominante a exposição de algo, que é a situação em que se encontra o povo brasileiro, que é levado a seguir “pra frente” mesmo diante de impossibilidades. Assim, está correta a alternativa A. A alternativa B é incorreta, pois o texto
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