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gabarito simulado 1 volume 3 Bernoulli 2020

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ENSINO MÉDIO 1 - 2020 - VOLUME 3 - PROVA I
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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01 
Disponível em: <www.adsoftheworld.com>. Acesso em: 22 jan. 2020. [Fragmento]
A análise dos dados estatísticos sobre casos de bullying apresentados nessa campanha publicitária revela que
A. 	 7 casos de bullying acontecem a cada hora nos parques públicos.
B. 	 25% dos estudantes foram vítimas de cyberbullying em sua vida escolar.
C. 	 24% dos alunos do Ensino Médio sofrem ataques no ambiente escolar.
D. 	 33% das crianças sofreram algum tipo de ameaça enquanto online.
E. 	 160 mil alunos faltaram à aula ao menos uma vez na semana devido ao bullying.
Alternativa D
Resolução: A campanha afirma que uma em cada três crianças, ou seja, 33% delas, já sofreu algum tipo de ameaça online: 1 in 3 children 
have been threatened while online. Logo, a alternativa correta é a D. As demais alternativas estão incorretas pelos seguintes motivos: 
(A) a cada 7 minutos, ocorre um caso de bullying nos parquinhos (playgrounds): Every 7 minutes on the playground, a child is bullied. 
(B) um em cada quatro estudantes (25%) já foi vítima de bullying de modo geral ao longo de sua vida escolar: 1 in 4 students have 
reported being bullied, from elementary to high school; (C) 24% corresponde ao percentual de alunos do Ensino Fundamental II 
(middle school students) que sofrem cyberbullying, ou seja, ataques no ambiente online, e não no escolar (Among middle 
school students, 24% are cyberbullied); o percentual de alunos que sofrem ataque no ambiente escolar corresponde a 45% 
(45% are bullied on school property); (E) a campanha afirma, no segundo tópico, que mais de 160 mil alunos faltam às aulas 
por medo de sofrerem bullying. A expressão on any given day usada no texto quer dizer “todos os dias”, e não “ao menos 
uma vez por semana”, conforme afirma a alternativa.
QUESTÃO 02 
Disponível em: <www.comicskingdom.com>. Acesso em: 14 dez. 2019.
Na tirinha, a mãe se frustra com a reação da família à sua proposta porque seus filhos e marido
A. 	 propõem uma quantidade exagerada de atividades.
B. 	 demonstram incapacidade de viver sem tecnologia.
C. 	 optam por atividades individuais para o lazer em família.
D. 	 reagem com perplexidade à sugestão inesperada da mãe.
E. 	 desentendem-se sobre as opções de jogos que devem jogar.
EXOE
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EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 1BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa C
Resolução: A mãe propõe à sua família que eles tenham 
uma noite de jogos em casa, já que ninguém vai sair. 
Cada um, então, sugere um tipo de jogo para ser jogado 
individualmente. A mãe se mostra insatisfeita porque sua 
ideia era que eles fizessem algo juntos, mas nenhum deles 
demonstra interesse em fazer isso. Dessa maneira, a 
alternativa correta é a C.
QUESTÃO 03 
Second-hand smoke kills
Second-hand smoke is the smoke that fills restaurants, 
offices or other enclosed spaces when people burn tobacco 
products such as cigarettes. There are more than 7 000 
chemicals in tobacco smoke, of which at least 250 are 
harmful and at least 69 cause cancer. There is no safe level of 
exposure to second-hand tobacco smoke. In adults, it causes 
serious cardiovascular and respiratory diseases. Almost half 
of children regularly breathe air polluted by tobacco smoke 
in public places. Every person should be able to breathe air 
free of tobacco smoke. Smoke-free laws protect the health 
of non-smokers, are popular, do not harm business and 
encourage smokers to quit.
Disponível em: <https://www.who.int>. Acesso em: 12 dez. 2019. 
[Fragmento adaptado]
Considerando o texto anterior, da Organização Mundial de 
Saúde, as leis smoke-free têm como objetivo
A. 	 alertar para os riscos de outras fumaças nocivas além 
das do cigarro.
B. 	 fornecer tratamentos gratuitos para quem quer largar 
o fumo.
C. 	 diminuir a quantidade de substâncias nocivas no 
tabaco.
D. 	 proibir o consumo de cigarros mesmo em locais ao ar 
livre.
E. 	 reduzir o contato de não fumantes com as toxinas do 
tabaco.
Alternativa E
Resolução: Ao mencionar as leis smoke-free, o texto 
ressalta que elas têm como objetivo proteger a saúde dos 
não fumantes (Smoke-free laws protect the health of non-
smokers) e declara que todos deveriam ter direito a respirar 
um ar mais limpo, sem fumaça de tabaco (Every person 
should be able to breathe air free of tobacco smoke). Dessa 
forma, a alternativa E é a correta.
QUESTÃO 04 
School visits to Tate Modern
School visits to Tate Modern are free. There is a charge 
for exhibitions.
All groups must book in advance, whether visiting 
independently or taking part in a Tate-led session. The 
maximum size of a visiting school group at Tate Modern is 
120 students. Large groups should be split into smaller groups 
of up to 20 people when in the gallery.
Please let us know if you would like to book the schools 
lunchroom and locker facilities (UK school groups only).
GVCW
LOO6
When you book a visit, please advise us of any specific 
access requirements that members of your group may have.
Disponível em: <https://www.tate.org.uk>. Acesso em: 16 dez. 2019. 
[Fragmento]
De acordo com o texto, uma exigência para a visitação de 
grupos escolares ao museu inglês Tate Modern é
A. 	 adquirir a cartilha de orientações.
B. 	 reunir no mínimo vinte estudantes.
C. 	 dividir turmas numerosas em grupos menores.
D. 	 pagar uma taxa para visitas guiadas.
E. 	 obter autorização de acesso restrito.
Alternativa C
Resolução: De acordo com as instruções da página do 
museu inglês Tate Modern, são permitidos grupos escolares 
de, no máximo, 120 alunos (The maximum size of a visiting 
school group at Tate Modern is 120 students). Dentro da 
galeria, turmas grandes devem ser divididas em grupos 
menores de até 20 pessoas (Large groups should be split 
into smaller groups of up to 20 people when in the gallery). 
Dessa forma, está correta a alternativa C. A alternativa D está 
incorreta porque não é preciso pagar uma taxa para visitas 
guiadas (Tate-led session), mas, sim, para determinadas 
exposições (There is a charge for exhibitions). As alternativas 
A, B e E não encontram respaldo no texto.
QUESTÃO 05 
Saudi prince to donate $32bn fortune to charity
Saudi Arabian billionaire Prince Alwaleed bin Talal has 
said he will donate his $32bn (£20bn; €29bn) personal fortune 
to charity.
The 60-year-old nephew of King Salman is one of the 
world’s richest people.
He said he had been inspired by the Gates Foundation, 
set up by Bill and Melinda Gates in 1997.
The money would be used to foster cultural understanding, 
empower women, and provide vital disaster relief, among 
other things, he said.
Mr. Gates praised the decision, calling it an “inspiration 
to all of us working in philanthropy around the world”.
Prince Alwaleed is at number 34 on the Forbes list of the 
world’s richest people.
The money will go to the prince’s charitable organisation, 
Alwaleed Philanthropies, to which he has already donated 
$3.5bn.
The prince, who does not hold an official government 
position, is chairman of investment firm Kingdom Holding 
Company.
Disponível em: <http://www.bbc.com>. Acesso em: 14 jul. 2015.
Ajudar instituições de caridade é uma atividade de praxe 
entrepersonalidades. O príncipe Alwaleed, inspirado na 
fundação de Bill Gates, pretende doar sua fortuna para 
diversas causas, entre elas o(a)
A. 	 promoção da filantropia no mundo.
B. 	 combate à violência contra mulheres.
C. 	 construção da Alwaleed Philanthropies.
D. 	 erradicação do entendimento entre as culturas.
E. 	 envio de ajuda humanitária na ocorrência de 
calamidades.
37JY
LCT – PROVA I – PÁGINA 2 EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa E
Resolução: No quarto parágrafo do texto, são enumerados 
os objetivos da doação feita pelo príncipe: estimular o 
entendimento cultural, empoderar as mulheres e promover 
ajuda humanitária em situações de catástrofe (vital disaster 
relief). A única alternativa que apresenta corretamente um 
desses objetivos é a E.
EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 3BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01 
El Instituto Cervantes tilda de “disparate” el 
subtitulado de Roma al “español de España”
El director del Instituto Cervantes, Luis García Montero, 
tildó este miércoles de “disparate” que la película Roma, 
de Alfonso Cuarón, haya sido subtitulada del mexicano al 
español “de España” para proyecciones en este país, ya que 
“se puede entender perfectamente” y “no hay que creer que 
nadie está en posesión de la buena lengua”.
El “filme” producido por Netflix subtitula expresiones 
como “enojarse”, que queda traducida como “enfadarse”, 
algo que no convence a la institución lingüística encargada 
de la difusión de las culturas hispánicas y el español 
en el exterior. “Tan correcto es el idioma que utiliza un 
campesino ecuatoriano o un campesino chileno como el 
de un campesino español”, criticó García Montero en una 
entrevista con Servimedia. Por eso, calificó esta decisión de 
“ocurrencia sin mucho sentido”, pues “el español de México 
es español y se puede entender perfectamente”. De hecho, 
como recordó el director del Instituto Cervantes, “una de 
las características del español es que mantiene de manera 
muy consolidada su unidad” aunque haya “muchos matices”.
Disponível em: <https://www.larazon.es>. Acesso em: 11 dez. 2019. 
[Fragmento]
Segundo o texto, o diretor do Instituto Cervantes condenou a 
legendagem de Roma em espanhol da Espanha porque o(a)
A. 	 variedade mexicana é mais respeitada, logo a decisão 
é sem sentido. 
B. 	 espanhol mexicano é muito difundido, sendo popular 
entre nações europeias.
C. 	 variante americana é a mais utilizada no mundo, 
portanto dispensa tradução. 
D. 	 Língua Espanhola possui unidade, possibilitando a 
compreensão pela comunidade hispanofalante.
E. 	 filme não foi legendado para países como Chile 
e Equador, logo o tratamento foi injusto.
Alternativa D
Resolução: De acordo com o texto, o diretor do Instituto 
Cervantes, Luis García Montero, considerou absurda (um 
disparate) a legendagem do filme Roma (mexicano) em 
espanhol da Espanha. Isso porque, para Montero, o idioma 
possui uma unidade, logo a variedade mexicana pode ser 
entendida perfeitamente em países que têm o espanhol 
como língua oficial. Por isso, a alternativa D está correta. 
A alternativa A está incorreta, pois o texto não menciona 
que exista uma língua mais respeitada, ao contrário, 
segundo Montero, ninguém tem a posse ou utiliza a boa 
ou verdadeira língua, e todas as variantes (equatoriana, 
chilena ou espanhola, por exemplo) estão corretas. 
AX59
A alternativa B está incorreta, pois o texto não menciona que 
o espanhol mexicano seja muito difundido ou popular entre 
nações europeias; o que se afirma é que há uma unidade 
na Língua Espanhola. A alternativa C está incorreta, pois 
o texto não menciona que a variante sul-americana é a mais 
utilizada no mundo; o que se afirma é que todas as variantes 
são corretas e que existe uma unidade entre elas, por isso 
dispensam tradução. A alternativa E está incorreta, pois 
o texto não menciona a questão da legendagem para países 
como Chile e Equador.
QUESTÃO 02 
La pequeña activista Greta Thunberg ¡es nombrada 
“Persona del Año” por TIME!
Con tan solo 16 años, la pequeña Greta Thunberg se ha 
convertido en una increíble activista que lucha contra los 
efectos del cambio climático.
“Mi nombre es Greta Thunberg, tengo 15 años y 
soy de Suecia. Mucha gente dice que Suecia es solo un 
país pequeño y que no importa lo que hagamos. Pero he 
aprendido que nunca eres demasiado pequeño para marcar 
la diferencia y si algunos niños pueden aparecer en los 
titulares de todo el mundo simplemente por no ir a la escuela, 
imagina qué podríamos hacer todos juntos si realmente 
quisiéramos”: era el discurso con que Greta comenzó a 
llamar la atención del mundo ante el inminente problema 
del cambio climático.
Es por eso que la revista TIME decidió nombrar a Greta 
como “Persona del Año”:
 “Thunberg no es líder de ningún partido político o grupo 
de defensa. Ella no es la primera en hacer sonar la alarma 
sobre la crisis climática ni la más calificada para solucionarlo. 
Ella no es científica ni política. No tiene acceso a las palancas 
de influencia tradicionales: no es multimillonaria ni princesa, 
ni una estrella del pop, ni siquiera una adulta. Es una 
adolescente ordinaria que, al reunir el coraje para decirle la 
verdad al poder, se convirtió en el ícono de una generación. 
Al aclarar un peligro abstracto con indignación penetrante, 
Thunberg se convirtió en la voz más convincente sobre el 
tema más importante que enfrenta el planeta”.
 Disponível em: <www.tuenlinea.com>. Acesso em: 11 dez. 2019. 
[Fragmento]
A notícia apresenta um breve perfil de Greta Thunberg com 
o objetivo de
A. 	 retratar sua atuação como líder de um partido político 
cuja pauta é a questão ambiental. 
B. 	 chamar a atenção do mundo para problemas 
relacionados às mudanças climáticas. 
C. 	 apresentar os motivos que a levaram a ser escolhida 
como “Pessoa do Ano” pela TIME. 
D. 	 diversificar o gênero textual para atrair mais leitores 
adolescentes. 
E. 	 exaltar a garota como um ícone cultural para toda a 
juventude.
21B4
LCT – PROVA I – PÁGINA 4 EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa C
Resolução: De acordo com o texto, a ativista Greta Thunberg, 
de apenas 16 anos, começou a chamar a atenção do mundo 
para o problema das mudanças climáticas e, por isso, foi 
eleita a personalidade do ano pela revista estadunidense 
TIME. Assim, a alternativa C é a correta. A alternativa A está 
incorreta, pois, segundo o texto, a garota não possui relação 
com nenhum partido político. A alternativa B está incorreta, 
pois, embora essa seja a intenção da ativista, não é a da 
revista, que visa apenas apresentar a garota a quem ainda 
não a conhece por ocasião de sua nomeação pela revista 
TIME. A alternativa D está incorreta, pois é comum notícias 
trazerem trechos utilizando-se de outros gêneros textuais. 
No caso, não se trata de uma estratégia para atrair outro 
perfil de leitores, mas para apresentar Greta, a fim de que se 
possa compreender melhor os motivos de sua eleição como 
Pessoa do Ano. A alternativa E está incorreta, pois a garota 
não é um ícone cultural, mas, se pudesse ser colocada nessa 
categoria, seria um ícone político da atualidade.
QUESTÃO 03 
Disponível em: <http://farm5.static.flickr.com>. 
Acesso em: 24 out. 2017.
O gênero tirinha utiliza, comumente, uma linguagem coloquial 
que se aproxima do discurso informal do cotidiano. O uso 
de interjeições e letras replicadas na tira têm por objetivo
A. 	 demonstrar ao leitor que a tia Paca é infantilizada.
B. 	 criar proximidade com o leitor pela modernidade 
do discurso.
C. 	 revelar ao leitor o carinho que tia Paca sente pela 
sobrinha.
D. 	 salientar para o leitor o porquê de Mafalda odiar 
a tia Paca.
E. 	 retratar com ênfase uma situação familiar conhecida 
do leitor. 
Alternativa E
Resolução: O uso de interjeições e letras replicadas na 
tira tem por objetivoretratar com ênfase uma cena familiar 
conhecida pelo leitor. Os comportamentos de Mafalda, sua 
mãe e tia Paca são comuns na vida real: a criança que não 
quer cumprimentar os parentes mais velhos, principalmente 
quando está brincando; a mãe que obriga os filhos a ver 
os parentes; o familiar mais velho que beija e abraça 
efusivamente a criança desgostosa e faz perguntas que 
não a interessam. Desse modo, a alternativa E está correta. 
4WØT
As alternativas A e B estão incorretas porque não é o 
objetivo da tira, com o uso das interjeições e letras repetidas, 
demonstrar que a tia Paca é infantilizada ou criar proximidade 
com o leitor devido à modernidade do discurso. Elas 
demonstram, sim, a reprodução de um discurso comum de 
parentes mais velhos ao cumprimentar as crianças da família. 
As alternativas C e D estão incorretas porque todo o humor 
da tira é construído com base na reprodução fidedigna de 
uma situação familiar, e as interjeições e as letras replicadas 
cumprem o papel de detalhar e reproduzir essa situação, 
e não de revelar o carinho da tia pela sobrinha nem de 
salientar o motivo de Mafalda odiar a tia, mesmo porque não 
é possível fazer essa afirmação. Mafalda demonstra achar a 
tia inconveniente, mas não se pode afirmar que ela a odeia.
QUESTÃO 04 
Mulán
¿De qué va? El Emperador de China emite un decreto 
para reclutar a un varón por cada familia que deberá servir 
en el Ejército Imperial para defender al país de los invasores 
del norte. Hua Mulán, hija única de un condecorado guerrero, 
se presenta para evitar que su anciano padre sea llamado 
a filas. Se hace pasar por un hombre, Hua Jun y se somete 
a todo tipo de pruebas. Para conseguirlo deberá apelar a 
su fuerza interior y sacar a la luz todo su potencial. Se trata 
de una aventura épica que la transformará en una guerrera 
laureada que la hará merecedora del respeto de todo un país 
y motivo de orgullo para su padre.
¿Cuándo se estrenará? El 27 de marzo. ¿De qué 
hablaremos tras verla? De si Disney ha sido respetuosa 
adaptando al live action una de sus películas más 
emblemáticas. Del increíble reparto, con lo mejor del cine 
asiático. De si podemos esperar cosas nuevas de Disney 
tras este filme.
ALONSO, B. Disponível em: <www.elle.com>. Acesso em: 12 dez. 
2019. 
Ao tratar dos desafios enfrentados pela protagonista do filme, 
no contexto da sinopse, a expressão sacar a la luz retrata o(a) 
A. 	 manifestação da aprovação da autora do texto. 
B. 	 iluminação como origem de um potencial artístico.
C. 	 revelação de uma disposição até então não 
manifestada. 
D. 	 sagacidade da heroína na busca por seu espaço entre 
os homens.
E. 	 talento necessário para que a garota consiga 
desempenhar seu papel de guerreira. 
Alternativa C
Resolução: A expressão sacar a la luz, que significa “trazer 
à luz”, relaciona-se com o potencial necessário e que 
precisa ser revelado a fim de que a heroína alcance seus 
objetivos. Assim, a alternativa C está correta. A alternativa A 
está incorreta, pois, embora seja uma expressão escolhida 
pela autora, não manifesta sua aprovação, apenas o 
movimento necessário para a personagem alcançar seu 
objetivo. A alternativa B está incorreta, pois a expressão 
não tem o sentido de “iluminação” ou “inspiração” para 
originar um potencial artístico, mas sim de “revelar”. 
9KHF
EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 5BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
A alternativa D está incorreta, pois a expressão não se refere 
à sagacidade ou à perspicácia, mas a “dar a conhecer”. 
A alternativa E está incorreta, pois a expressão não está 
relacionada à noção de talento, mas à de desvelar um 
potencial advindo de uma força interior. 
QUESTÃO 05 
Disponível em: <https://www.uniagustiniana.edu.co>. 
Acesso em: 30 dez. 2019.
De acordo com o cartaz, o consumo de goma de mascar 
provoca
A. 	 desaparecimento de sucos essenciais para a digestão.
B. 	 malefícios tão numerosos quanto os da alimentação 
excessiva. 
C. 	 perda do apetite por possuir baixo valor nutritivo. 
D. 	 prejuízos à mastigação da comida. 
E. 	 distúrbios no sistema digestivo.
Alternativa E
Resolução: De acordo com o texto, o chiclete provoca 
inflamação no sistema digestivo, além de gases, acidez 
e diarreias. Dessa maneira, a alternativa E está correta. 
A alternativa A está incorreta, pois o que se afirma no texto 
é que há produção desnecessária e “autodigestão” desses 
sucos devido ao fato de não haver nenhum alimento no 
estômago. A alternativa B está incorreta, pois não há 
menção no texto aos problemas causados pela alimentação 
excessiva. A alternativa C está incorreta, pois o texto não 
aborda o valor nutricional da guloseima. A alternativa D 
está incorreta, pois, no texto, não se fala em prejuízos à 
mastigação da comida, mas sim que o consumo de gomas 
de mascar provoca distúrbios no sistema digestivo.
JDY2
LCT – PROVA I – PÁGINA 6 EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 06 
De acordo com o Censo Escolar de 2007, o Brasil tem 
aproximadamente 151 mil alunos matriculados em 1 253 
escolas localizadas em áreas remanescentes de quilombos. 
O problema é que a maioria dos professores não está 
capacitada adequadamente e o número é insuficiente para 
atender à demanda.
No caso da universidade a realidade não se afasta desse 
panorama inicial. “Os cursos são sempre fora e longe das 
comunidades. A universidade não está nos quilombos. Para 
um jovem que queira estudar, precisa pensar em como se 
manter, como viver longe da família e como lidar com os 
desafios típicos de quem sai de uma comunidade para ir 
à cidade”, diz o sociólogo e antropólogo Assunção Amaral.
DIÁRIO DO PARÁ. Disponível em: <http://www.todospelaeducacao.org.br>. 
Acesso em: 21 out. 2017. [Fragmento]
Após oferecer um panorama das escolas localizadas em 
áreas remanescentes de quilombos, o autor expõe a tese 
de que a universidade apresenta problemas semelhantes, 
defendendo-a por meio de
A. 	 descrição dos professores.
B. 	 testemunho de estudantes.
C. 	 depoimento do sociólogo.
D. 	 informações geográficas.
E. 	 dados do Censo Escolar.
Alternativa C
Resolução: A argumentação que comprova a tese do autor 
está presente na fala do sociólogo e antropólogo Assunção 
Amaral, o que torna correta a alternativa C. A alternativa A 
está incorreta porque a descrição dos professores, os quais 
não estão nem capacitados adequadamente nem em número 
suficiente para atender à demanda, é utilizada para justificar 
a situação das escolas. Não há no texto testemunho de 
estudantes, como proposto na B, o que a torna incorreta. 
As informações geográficas, sugeridas na D, também não 
podem ser inferidas do texto, o que a invalida. Por fim, 
os dados do Censo Escolar, sugeridos na E, comprovam 
a situação das escolas, e não a das universidades, o que 
também a invalida.
QUESTÃO 07 
Fora de si
eu fico louco 
eu fico fora de si 
eu fica assim 
eu fica fora de mim 
 
eu fico um pouco 
depois eu saio daqui 
eu vai embora 
eu fico fora de si 
 
eu fico oco 
eu fica bem assim 
eu fico sem ninguém em mim
ANTUNES, A. Fora de si. In: Bicho de sete cabeças. CD. BMG, 2001.
8SBT
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A aparente incoerência presente na construção do texto, 
por meio da desconexão entre a pessoa do discurso e a 
conjugação verbal, é utilizada propositalmente pelo autor 
para atingir seu objetivo de
A. 	 demonstrar que a língua é incompreensível caso se 
desconsiderem as regras gramaticais.
B. 	 defender as diversas possibilidades de uso da língua 
em suas variações formal e informal.
C. 	 comprovar que estabelecer comunicação é mais 
importante que respeitar a norma-padrão.
D. 	 simular o discurso de alguém que esteja desajuizado 
pela subversão das normas da língua.
E. 	 exemplificar como o discurso de um falante sem 
conhecimento da língua pode ser entendido.
Alternativa D
Resolução: O título da canção é “Fora de si”, logo percebe-se 
que a construção do texto gera o efeito de sentido de reiterar 
a ideia de alguém que esteja louco. Issoacontece por meio 
da subversão das normas gramaticais que regem a Língua 
Portuguesa. A alternativa correta é, portanto, a D, pois 
a incoerência é utilizada pelo autor para simular o discurso 
de quem estivesse nessa condição. O foco do texto, portanto, 
não diz respeito à incompreensão gerada por desvios de 
regras gramaticais, como sugerido na alternativa A, ao papel 
comunicativo da língua, como proposto na alternativa C, 
ou ao entendimento do discurso, ainda que este apresente 
desvios gramaticais, como proposto na alternativa E, pois 
não há elementos no texto que faça alusão a essas questões, 
invalidando essas alternativas. Tampouco há oposição entre 
variação formal e informal da língua, mas entre coerência e 
incoerência, o que invalida a alternativa B.
QUESTÃO 08 
Lançado em 1955, O mensageiro do diabo foi um fracasso 
de público e crítica. Dá para entender por que plateias não 
gostaram: é um filme violento, misógino, cínico e assustador. 
O criminoso é um pastor – ou falso pastor, não fica claro – 
que explora a fé de suas vítimas. É também uma das maiores 
obras de arte que o cinema já produziu, embora isso só tenha 
sido reconhecido anos depois de Laughton morrer, em 1962, 
aos 63 anos, sem nunca ter dirigido outro filme.
O mensageiro do diabo é inspirado na história de Harry 
Powers, um assassino serial que foi enforcado em 1932 por 
matar mulheres e crianças. Galante, Powers seduzia viúvas, 
roubava seus pertences e depois as matava. Sua saga virou 
livro em 1953 e filme em 1955.
BARCINSKI, A. Disponível em: <http://entretenimento.r7.com/blogs/
andre-barcinski/o-melhor-filme-que-voce-vai-ver-esse-ano-tem-60-
anos-20151210/>. Acesso em: 01 abr. 2016. [Fragmento adaptado]
A resenha é um gênero jornalístico em que se faz uma 
avaliação crítica sobre determinada obra. No fragmento, 
observa-se um traço opinativo em:
A. 	 “Lançado em 1955, O mensageiro do diabo foi um 
fracasso de público e crítica.”
B. 	 “Dá para entender por que plateias não gostaram: é um 
filme violento, misógino, cínico e assustador.”
C. 	 “O mensageiro do diabo é inspirado na história de 
Harry Powers, um assassino serial que foi enforcado 
em 1932 por matar mulheres e crianças.”
X7MG
EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 7BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D. 	 “Galante, Powers seduzia viúvas, roubava seus pertences 
e depois as matava.”
E. 	 “Sua saga virou livro em 1953 e filme em 1955.”
Alternativa B
Resolução: O autor expõe sua opinião sobre o filme, 
afirmando que ele é violento, misógino, cínico e assustador, 
como maneira de justificar a reação do público. Dessa forma, 
está correta a alternativa B. A alternativa A é incorreta, pois 
o trecho traz informações sobre o período de lançamento e 
a recepção do filme na época. A alternativa C é incorreta, 
pois o trecho apenas informa ao leitor em que a produção 
cinematográfica se baseou. A alternativa D é incorreta, pois, 
no trecho, o autor não opina, mas conta o que a personagem 
fazia. A alternativa E é incorreta, pois, novamente, é um 
trecho informativo – e não opinativo. 
QUESTÃO 09 
São Paulo, 25 de setembro de 2019,
Olá, jornal Joca,
Queria falar da primeira página, que menciona o furacão 
Dorian. Ele seguiu para os Estados Unidos e causou várias 
mortes e feridos. Esse furacão estava nas Bahamas antes 
e deixou várias árvores caídas e lixos espalhados por todos 
os lados. Eu sinceramente não queria estar lá.
Um abraço.
Disponível em: <www.jornaljoca.com.br>. 
Acesso em: 17 mar. 2020.
Esse texto, publicado em um jornal cujo público-alvo são 
jovens e crianças, transparece a finalidade do gênero a que 
pertence por 
A. 	 mostrar o ponto de vista do leitor sobre um determinado 
assunto de grande abrangência. 
B. 	 expor a posição de um grupo social, representada por 
um leitor, sobre uma matéria publicada. 
C. 	 expressar a opinião do leitor a respeito de um fato 
noticiado pelo veículo de comunicação. 
D. 	 intermediar o contato entre a opinião do leitor e a 
publicação sobre problemas sociais.
E. 	 apresentar informações sobre fatos, de forma 
complementar à edição atual da publicação.
Alternativa C
Resolução: A alternativa correta é a C, pois o texto se trata 
de uma “carta do leitor” / “opinião do leitor”, que é um gênero 
veiculado em jornais e revistas, com o intuito de expressar 
a opinião do leitor do veículo de informação sobre alguma 
matéria por este veiculado. A alternativa A é incorreta, pois o 
objetivo não é mostrar a opinião do leitor sobre um assunto 
abrangente, e sim sobre uma matéria de jornal – sendo esta 
abrangente ou não. A alternativa B é incorreta, pois a opinião 
não pode ser considerada coletiva ou de um grupo social, 
mas apenas do leitor que assina o texto. A alternativa D é 
incorreta, pois o texto não tem como objetivo intermediar 
o contato, mas expressar diretamente a opinião do leitor. 
A alternativa E é incorreta, pois o texto-base é argumentativo, 
não sendo necessário trazer novas informações sobre o 
assunto.
PBSB
QUESTÃO 10 
Disponível em: <http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQKiRl7W
EXH4WKasohyw4NbAJ_P4tnX9wIMamPM30z4vkr4TzVEfOljUOfo>. 
Acesso em: 16 abr. 2012.
Predomina no texto anterior a função da linguagem
A. 	 conativa, porque o texto procura orientar o 
comportamento do leitor.
B. 	 emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em 
relação ao produto.
C. 	 fática, porque o texto testa o funcionamento do canal 
de comunicação.
D. 	 poética, porque o texto chama a atenção para recursos 
verbais e não verbais.
E. 	 referencial, porque o texto trata de noções e 
informações conceituais.
Alternativa A
Resolução: O texto é uma peça publicitária e tem 
como objetivo persuadir o leitor a usar o sabão em pó 
propagandeado, ou seja, procura orientar o comportamento 
consumidor das pessoas. Por isso, a alternativa correta 
é a A. A alternativa B é incorreta, pois o texto não apela 
para a emotividade e a subjetividade para comover o leitor. 
A alternativa C é incorreta, pois o texto não tem como objetivo 
testar o canal de comunicação, mas utilizá-lo para persuadir 
o leitor. A alternativa D é incorreta, pois o elemento visual, 
em interação com os elementos verbais, não tem função 
poética, apesar de construir uma figura de linguagem com o 
objetivo de aludir à qualidade do sabão em pó. A alternativa E 
é incorreta, pois o texto não traz noções ou conceitos 
científicos, não sendo informativo. 
QUESTÃO 11 
A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada
BANDEIRA, M. Evocação de Recife. In: ______. 
Estrela da vida inteira (poesias reunidas). 2. ed. Rio de Janeiro: 
José Olympio, 1970. [Fragmento] 
BUGD
Q9FT
LCT – PROVA I – PÁGINA 8 EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Ao substituir, em seu discurso, a palavra “errada” por “certa” 
na caracterização da “língua do povo”, o eu poético expressa 
seu ponto de vista, que se opõe a um(a)
A. 	 distanciamento entre ele e o povo, originado nas 
diferenças linguísticas.
B. 	 desigualdade no uso da língua, prejudicial à 
comunicação da sociedade.
C. 	 aversão à sintaxe da Língua Portuguesa, presente nos 
jornais e nos livros.
D. 	 desvalorização do conhecimento oral, transmitido pelo 
povo de forma coloquial.
E. 	 estranhamento do povo, testemunha da utilização da 
norma culta do português.
Alternativa D
Resolução: No poema, o eu lírico expressa que a vida não 
lhe chegava pelos jornais ou pelos livros, e sim pela boca do 
povo. Ao caracterizar a língua do povo, ele primeiramente diz 
“língua errada do povo” e, em seguida, reformula para “língua 
certa do povo”. Com isso, o eu lírico expressa seu ponto de 
vista que refuta um preconceito linguístico que desvaloriza 
o conhecimento oral transmitido pelo povo em detrimento 
daquele transmitido pelo suporte escrito. Está correta, 
portanto, a alternativaD. A alternativa A está incorreta, pois 
o eu lírico não refuta um distanciamento entre ele e o povo 
originado nas diferenças linguísticas, considerando que não 
menciona sua própria variação linguística como diferente 
daquela do povo. A alternativa B está incorreta, pois o poema 
não aborda uma desigualdade no uso da língua que prejudica 
a comunicação entre segmentos sociais, mas apenas 
expressa a concepção do eu lírico de que a língua viva 
falada pelo povo é mais genuína e expressa conhecimento. 
A alternativa C está incorreta, pois o poema não refuta 
uma aversão à sintaxe da Língua Portuguesa presente nos 
jornais e nos livros, mas sim o ponto de vista que valoriza 
unicamente essa variante da língua e esse conhecimento. 
Por fim, a alternativa E está incorreta, pois não pode ser 
inferido do texto um estranhamento do povo ao presenciar 
a utilização da norma culta do português.
QUESTÃO 12 
A disputa em defesa de um novo projeto de sociedade, 
fundado em novos paradigmas, não pode olhar pelo 
retrovisor e buscar restaurar experiências anteriores. 
Ao reconhecer e valorizar o trabalho no território, ela deve 
incorporar os desafios dos novos tempos: a automação que 
substitui o emprego, o desafio da sustentabilidade ambiental, 
a necessidade da afirmação dos bens comuns, a refundação 
da democracia com ampla participação popular, novos meios 
de controle social sobre a máquina pública.
BAVA, S. C. Da subjetividade. Disponível em: <http://diplomatique.org.br>. 
Acesso em: 17 mar. 2017. [Fragmento]
O fragmento do editorial escrito por Sílvio Caccia Bava 
apresenta um objetivo principal demarcado pelo termo
A. 	 “novo”. 
B. 	 “projeto”.
C. 	 “valorizar”.
D. 	 “incorporar”.
E. 	 “refundação”.
COJK
Alternativa A 
Resolução: O objetivo do editorial de Sílvio Caccia Bava 
é destacar a importância de, ante a necessidade de 
pensar um novo projeto de sociedade, encarar os desafios 
impostos pelos novos tempos, abandonando a tentativa 
de restaurar modelos que não deram certo anteriormente. 
Na materialidade do texto, esse objetivo é demarcado pelo 
uso do objetivo “novo”, em “um novo projeto de sociedade”, 
e também em “novos paradigmas” e “novos tempos”. 
Está correta, assim, a alternativa A. A alternativa B está 
incorreta porque, apesar de “projeto” também apontar para 
o tema proposto, é um termo amplo, que ganha sentido 
específico no texto quando modificado pelo adjetivo “novo”. 
As alternativas C e D estão incorretas porque os verbos 
nelas apresentados, embora indiquem as atitudes positivas 
necessárias para a concretização de um novo projeto de 
sociedade, não são capazes de, sozinhos, definir o objetivo 
do texto. Por fim, a alternativa E está incorreta porque, 
embora também se relacione com a ideia de criação de 
um novo projeto de sociedade, o termo “refundação” 
está especificamente ligado à ideia de “refundação da 
democracia”, que é apenas um dos aspectos implicados na 
construção de uma nova sociedade, não definindo, sozinho, 
o tema e o objetivo central do texto.
QUESTÃO 13 
Com informações rápidas em 140 caracteres e com 
uma infinidade de imagens, vídeos e links online, o maior 
desafio dos educadores atualmente é criar mecanismos 
que prendam a atenção dos alunos nos conteúdos 
escolares. Alguns professores perceberam que a solução 
para conquistar os estudantes é levar a sala de aula para o 
principal meio de socialização dos jovens: as redes sociais.
Enquanto o professor explica o conteúdo no quadro 
negro, os alunos recebem pelo microblog Twitter atualizações 
com links de imagens e vídeos relacionados ao que 
é ensinado. Depois, os alunos têm a tarefa de buscar 
informações adicionais e tuitar a descoberta para o 
educador. Assim, a escola vence as fronteiras da sala de 
aula e proporciona a estudantes e professores interagirem 
presencial e virtualmente. [...]
Muitos profissionais decidiram colocar a ideia em prática 
e acabaram conquistando a atenção dos alunos. É o caso de 
Roberto Carlos de Souza, professor de literatura que criou um 
concurso de “twitteratura” na escola Crescer PHD, de Vitória (ES). 
O projeto, aplicado nas turmas de ensino fundamental, 
consistia em publicar pequenos contos de 140 caracteres 
no Twitter. “Antes de realizar a atividade, eu dei duas aulas 
sobre redes sociais e expliquei a diferença da linguagem e 
da escrita utilizadas na sala de aula para aquelas usadas 
nas redes sociais”, afirma o educador.
Disponível em: <http://noticias.terra.com.br/educacao/
noticias/0,,OI5215388-EI8266,00 Redes+sociais+e+twitteratura+aproxi
mam+o+aluno+do+professor.html>. Acesso em: 20 abr. 2012.
O objetivo do texto anterior é
A. 	 criticar os adolescentes que acessam, de forma 
descontrolada, as redes sociais.
B. 	 condenar a “twitteratura” por não apresentar caráter 
literário.
C. 	 problematizar a carência de tecnologia de inúmeras 
escolas brasileiras.
D. 	 informar que a relação professor / aluno alterou-se com 
o avanço tecnológico.
E. 	 mostrar que as redes sociais podem ser uma ferramenta 
produtiva em ambiente escolar.
5W9Q
EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 9BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa E
Resolução: O texto, ao mostrar iniciativas pedagógicas que 
envolvem recursos digitais e redes sociais, tem como objetivo 
defender o uso dessas ferramentas digitais como algo 
positivo (produtivo) no ambiente escolar. Logo, a alternativa 
correta é a E. A alternativa A é incorreta, pois o texto não 
critica a forma como os adolescentes usam as redes 
sociais. A alternativa B é incorreta, pois o autor apresenta 
o “twitteratura” como um projeto literário. A alternativa C é 
incorreta, pois o texto não aborda a carência material das 
escolas, mas as fronteiras que elas encontram entre o 
ambiente presencial e o virtual. A alternativa D é incorreta, 
pois, ainda que a informação possa ser depreendida do texto, 
ela não está explícita e não é o objetivo central. 
QUESTÃO 14 
Big Brother: como o conceito de George Orwell 
aparece na cultura pop
Apesar de ser um famoso reality show no Brasil e no 
mundo, o verdadeiro Big Brother (“grande irmão”, em inglês) 
tem sua origem na literatura. Ele é uma das premissas do 
livro 1984, do escritor britânico George Orwell. No romance, 
o personagem do Grande Irmão é o líder supremo e símbolo 
da fictícia Oceânia e quem controla toda a população.
Na história, todos os cantos públicos e privados estão 
ligados às “teletelas”, uma espécie de câmera capaz de 
monitorar, gravar e espionar a intimidade da sociedade – 
assim como acontece na casa do Projac, que abriga todo 
ano os participantes do reality.
Escrita no século XX, a obra reflete uma crítica ao 
totalitarismo, já que os moradores não poderiam, de forma 
alguma, contestar o sistema criado pelo regime. Com o 
slogan “O Grande Irmão está de olho em você”, 1984 
apresenta como protagonista Winston Smith, um funcionário 
do governo cuja função é falsificar registros históricos, a fim 
de moldar o passado de acordo com os interesses tirânicos. 
Ao longo da ficção, o leitor se depara com o desafio do herói 
na luta contra a opressão.
Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com>. 
Acesso em: 24 mar. 2020. [Fragmento adaptado]
O artigo relata que o título do reality show foi criado a partir 
do mais célebre romance de George Orwell. A relação de 
intertextualidade empregada é o(a)
A. 	 paródia, pois a simbologia do livro foi distorcida ao ser 
retomada pelo reality show.
B. 	 citação, pois o programa recorre às palavras do autor 
inglês para definir suas atrações.
C. 	 bricolagem, pois o livro teve diferentes passagens 
usadas como inspiração ao programa.
D. 	 paráfrase, pois o reality show alterou características na 
personagem antes de reproduzi-la.
E. 	 referência, pois o programa explicita uma relação entre 
seu nome e uma personagem de 1984.
Alternativa E
Resolução: O artigo mostra como o nome e o formato do 
programa de TV foram inspirados em 1984, de George Orwell. 
EPQD
Assim, a obra torna-se uma referênciapara a produção e 
desenvolvimento do reality show, e, por isso, a alternativa 
correta é a E. A alternativa A é incorreta, pois a simbologia 
do livro não foi invertida ou parodiada, mas adaptada, 
mantendo a mesma premissa – a vigilância total das pessoas 
por câmeras. A alternativa B é incorreta, pois o programa 
não recorre a excertos do romance em nenhum momento – 
e o texto não fala disso. A alternativa C é incorreta, pois não 
foram passagens específicas que inspiraram o programa, 
e sim a ideia geral do livro. A alternativa D é incorreta, pois 
o reality show não reproduz as personagens da obra literária.
QUESTÃO 15 
A literatura deve, portanto, ser lida e estudada porque 
oferece um meio – alguns dirão até mesmo o único – de 
preservar e transmitir a experiência dos outros, aqueles 
que estão distantes de nós no espaço e no tempo, ou que 
diferem de nós por suas condições de vida. Ela nos torna 
sensíveis ao fato de que os outros são muito diversos e que 
seus valores se distanciam dos nossos. 
COMPAGNON, A. Literatura para quê? Tradução de Laura Taddei 
Brandini. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009. [Fragmento]
A importância da literatura, para o autor, reside em sua 
capacidade de propiciar uma
A. 	 individualidade no aprendizado pela leitura.
B. 	 objetividade com a transmissão de informações. 
C. 	 funcionalidade na compilação de ideias culturais.
D. 	 sensibilidade em relação às diferenças humanas.
E. 	 historicidade por meio da preservação de registros.
Alternativa D
Resolução: A questão solicita que se identifique onde, para 
o autor, reside a importância da literatura. Em seu discurso, 
o autor ressalta a capacidade da literatura de conectar o 
leitor ao outro, ao diferente, estabelecendo contato com a 
experiência alheia, tornando-o mais sensível à diferença 
entre as pessoas. Nesse sentido, está correta a alternativa D. 
A capacidade de propiciar uma individualidade no 
aprendizado por meio da leitura não corresponde ao ponto 
de vista do autor, que ressalta a conexão entre as pessoas, 
invalidando a alternativa A. A objetividade com a transmissão 
de informações não atende ao ponto de vista que o autor 
defende da literatura com uma função humanizadora, o que 
invalida a alternativa B. A funcionalidade na compilação 
de ideias culturais não é atribuída à literatura como um 
diferencial, pois sua função não seria pragmática, o que 
invalida a alternativa C. No mesmo sentido, a historicidade 
por meio da preservação de registros, garante o acesso 
a textos diversos, colaborando para o ponto que o autor 
defende como importante, que é visualizar as diferenças 
entre os seres, invalidando a alternativa E.
QUESTÃO 16 
As dramáticas fotos de uma Amazônia em chamas que 
atraíram a atenção mundial em agosto não correspondem 
à queima de florestas tropicais, e sim a áreas que foram 
desmatadas ao longo de 2019 e incendiadas em agosto 
para concluir sua conversão para uso agrícola. É o que 
revela um relatório divulgado esta semana pelo Projeto de 
Monitoramento da Amazônia Andina (MAAP).
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TCKB
LCT – PROVA I – PÁGINA 10 EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
“A questão principal é o desmatamento”, declarou Matt 
Finer, pesquisador sênior e diretor do MAAP.
“Não estamos minimizando a importância dos 
incêndios, mas nossas descobertas estão mostrando que o 
desmatamento também é uma questão crítica”.
De acordo com a análise dos especialistas, a estratégia 
de conversão de floresta em pastagem na Amazônia consiste 
em cortar árvores da floresta tropical, esperar que a madeira 
seque e depois incendiá-la para limpar completamente a 
terra e, com as cinzas, fertilizar o solo onde será plantado o 
capim para pastagem.
Disponível em: <https://brasil.elpais.com>. Acesso em: 16 dez. 2019. 
[Fragmento]
A reportagem, baseada em um relatório produzido por 
especialistas, cumpre sua função social de
A. 	 justificar como válida a utilização agrícola de terras já 
não ocupadas por mata.
B. 	 divulgar o fato de as fotos da Amazônia em chamas 
distorcerem a realidade. 
C. 	 revelar dados sigilosos sobre a semelhança 
comprovada entre incêndios e o desmatamento.
D. 	 explicar as etapas possibilitadoras da conversão de 
uma floresta tropical em pastagem.
E. 	 denunciar os incêndios como parte de um processo 
transformador de terras em áreas agrícolas.
Alternativa E
Resolução: A tese defendida pela autoridade, na 
reportagem, se trata da descoberta, divulgada em relatório 
por especialistas, de que os incêndios na Amazônia não 
correspondem à queima de florestas tropicais, e sim de 
áreas já desmatadas previamente, como parte de uma 
estratégia planejada por representantes do agronegócio 
para converter a floresta em pastagem. Nesse sentido, 
a função social desse texto é denunciar os incêndios como 
parte de um processo que visa ao uso agrícola das terras, 
o que torna correta a alternativa E. A ideia sugerida em A, 
sobre uma justificativa para a utilização, para fins agrícolas, 
de terras que já não eram ocupadas por florestas, não pode 
ser inferida do texto, tendo em vista que ele constrói uma 
denúncia do processo como uma estratégia do agronegócio. 
Está incorreta a alternativa B, pois o texto não visa informar 
que as fotos da Amazônia em chamas distorcem a realidade 
dos fatos, e sim esclarecer que o incêndio não queimou a 
floresta tropical, mas áreas já desmatadas previamente. 
A alternativa C está incorreta, pois não se busca equiparar 
os incêndios ao desmatamento, mas apresentá-los como 
problemas relacionados ao mesmo objetivo. A alternativa D 
está incorreta, pois a descrição das etapas que possibilitam 
a conversão de uma floresta tropical em pastagem consiste 
em uma explicação dos motivos para os incêndios, não sendo 
a marca da função social do texto.
QUESTÃO 17 
Chão de estrelas
A porta do barraco era sem trinco,
Mas a lua furando o nosso zinco,
Salpicava de estrelas nosso chão,
E tu pisavas nos astros distraída,
Sem saber que a ventura desta vida,
É a cabrocha, o luar e o violão.
CALDAS, S.; BARBOSA, O. In: GONÇALVES, N. A grande seresta. 1970.
No poema, o eu lírico expressa sua visão subjetiva, por meio 
da linguagem conotativa, para descrever o(a)
A. 	 casa simples como cenário da felicidade e do amor.
B. 	 porta aberta como um símbolo da acessibilidade.
C. 	 luar como motivador da inspiração poética.
D. 	 violão como objeto facilitador da paixão.
E. 	 telhado como um canal da luz da Lua.
Alternativa A
Resolução: No poema, o eu lírico expressa sua subjetividade 
descrevendo a casa como um espaço simples, com a porta 
sem trinco e o teto com furos, e, na mesma medida, onde 
tem o amor e a ventura da vida, ou seja, a sua felicidade. 
Logo, a alternativa correta é a A. A alternativa B é incorreta, 
pois a porta sem trinco não significa o fácil acesso, mas as 
condições da casa. A alternativa C é incorreta, pois o luar 
não aparece como inspiração para o fazer poético, sendo, 
antes, parte da imagem em que vê sua amada dentro do 
lar. A alternativa D é incorreta, pois o eu lírico não busca 
descrever o violão. A alternativa E é incorreta, pois, ao falar 
do telhado, o eu lírico busca expressar liricamente a casa e 
o seu estado de ânimo. 
QUESTÃO 18 
À televisão
Teu boletim meteorológico 
me diz aqui e agora 
se chove ou se faz sol. 
Para que ir lá fora?
A comida suculenta 
que pões à minha frente
como-a toda com os olhos. 
Aposentei os dentes.
Nos dramalhões que encenas 
há tamanho poder 
de vida que eu próprio 
nem me canso em viver.
Guerra, sexo, esporte
– me dás tudo, tudo.
Vou pregar minha porta:
Já não preciso do mundo.
PAES, José Paulo. Prosas seguidas de odes mínimas. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2002.
LGQ5
EOØ5
EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 11BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
No poema anterior, José Paulo Paes faz uma reflexão sobre 
a televisão. De forma irônica, a cada final de estrofe ele cria 
uma progressão temática para criticar a(o)
A. 	 alienação política dos homens imposta pelos processosmidiáticos.
B. 	 consumo em demasia provocado pelos meios de 
comunicação.
C. 	 desumanização provocada pela excessiva exposição 
à mídia. 
D. 	 diluição das fronteiras entre a realidade e a fantasia 
promovida pela televisão.
E. 	 escolha contemporânea pelo fim das relações 
humanas.
Alternativa C
Resolução: A exposição excessiva à mídia faz com que o 
eu lírico deseje fechar a porta ao mundo exterior, uma vez 
que criou um universo próprio, ditado pelo que determina a 
televisão, por meio de sua grade – isso ocorre desde suas 
necessidades físicas fundamentais (alimentação, clima) às 
psicológicas (sentimentos, entretenimento, prazer). Assim, 
há uma crítica à perda de humanidade do indivíduo. Logo, 
está correta a alternativa C. Ao descrever questões de seu 
cotidiano – clima, alimentação, sexo, esporte –, o eu lírico 
não aborda sua cidadania, portanto não se pode inferir que 
há crítica à alienação política, o que invalida a alternativa A. 
O consumo exagerado está relacionado à crítica, mas não 
é apresentado no poema, o que invalida a alternativa B. 
As fronteiras entre realidade e fantasia ficam ainda mais 
evidentes quando o eu lírico propõe não precisar mais 
de algo além da mídia. Desse modo, não há uma diluição 
entre realidade e fantasia, mas uma delimitação bastante 
clara entre ambas – o que torna incorreta a alternativa D. 
O fim das relações humanas seria, segundo o eu lírico, 
mediado pela mídia, conforme se vê em “Guerra, sexo, 
esporte / – me dás tudo, tudo”, o que torna a alternativa E 
incorreta.
QUESTÃO 19 
GALHARDO, C. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 
16 out. 2019. 
Ao retratar cenas cotidianas, os cartuns se valem de formas 
linguísticas não legitimadas pela norma-padrão da língua. 
Nesse texto, há um desvio dessa natureza no(a)
A. 	 significação do verbo “dar”. 
B. 	 uso da imprecisão do verbo “poder”. 
C. 	 escolha do vocábulo coloquial “coisas”. 
D. 	 utilização do significado do verbo “passar”. 
E. 	 emprego do título “doutor” não abreviado.
Ø2K2
Alternativa A
Resolução: O verbo “dar”, como sinônimo de “causar”, não 
é reconhecido pelas gramáticas normativas brasileiras. Logo, 
está correta a alternativa A. A alternativa B é incorreta, pois não 
se trata de uma imprecisão, mas de uma forma de tratamento 
mais gentil na coloquialidade de pedir e / ou solicitar algo. 
É incorreta a alternativa C, tendo em vista que o uso do item 
lexical “coisas” não incorre em desvio de norma-padrão, 
mas constitui uma questão estilística. A alternativa D 
é incorreta porque o verbo “passar” também pode 
apresentar, conforme os dicionários, o sentido de “transmitir”. 
É incorreta a alternativa E, uma vez que a não abreviação 
do título “doutor” é correspondente à norma-padrão.
QUESTÃO 20 
TEXTO I
MUNIZ, V. Metacromo: Abaporu depois de Tarsila. Impressão de 
pigmento sobre papel de algodão, 121,41 × 101,6 cm. 2018. 
Galeria Nara Roesler, São Paulo, Brasil.
TEXTO II
AMARAL, T. Abaporu. Óleo sobre tela, 85 × 72 cm. 1928. 
Museu de Arte Latino-Americana, Buenos Aires, Argentina.
O artista Vik Muniz, ao recriar a obra de Tarsila do Amaral, 
empregou como estratégia a 
9W1Q
LCT – PROVA I – PÁGINA 12 EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
A. 	 modificação de maneira exacerbada das proporções 
da criatura.
B. 	 transformação de um trabalho visual em uma criação 
táctil.
C. 	 incorporação de materiais inusitados para 
ridicularização do quadro original. 
D. 	 substituição de uma representação objetiva da mulher 
por outra subjetiva.
E. 	 inserção de nova textura como elemento da 
contemplação do quadro.
Alternativa E
Resolução: O artista Vik Muniz realiza uma releitura da 
obra de Tarsila do Amaral, inserindo uma nova textura acima 
da imagem e alterando, assim, a maneira de contemplar o 
quadro. Assim, a alternativa correta é a E. A alternativa A é 
incorreta, pois as proporções da criatura não são alteradas na 
releitura. A alternativa B é incorreta, pois o trabalho continua 
sendo visual. A alternativa C é incorreta, pois não é objetivo 
ridicularizar o quadro Abaporu, obra de Tarsila do Amaral. 
A alternativa D é incorreta, pois em nenhum dos quadros há 
uma representação objetiva da mulher.
QUESTÃO 21 
A namorada
Havia um muro alto entre nossas casas.
Difícil de mandar recado para ela. 
Não havia e-mail.
O pai era uma onça.
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por
um cordão
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da 
goiabeira
E então era agonia. 
No tempo do onça era assim.
BARROS, M. Tratado geral das grandezas do ínfimo. 
Rio de Janeiro: Editora Record, 2001. p. 17.
A relação amorosa, o processo de criação literária e as cenas 
do cotidiano são temáticas recorrentes na obra de Manoel 
de Barros. Em sua poética-prosaica “Namorada”, o eu lírico 
evoca a lembrança do amor em um tom
A. 	 alegre e envaidecido.
B. 	 nostálgico e incrédulo.
C. 	 conflituoso e resignado.
D. 	 melancólico e entristecido.
E. 	 saudosista e bem-humorado.
Alternativa E 
Resolução: Nota-se, no poema “Namorada”, um tom 
saudosista no que se refere aos modos como se davam 
os relacionamentos amorosos de épocas anteriores, 
construído em conjunto com o humor, reconhecido no 
jogo entre “o pai era uma onça” e “no tempo do onça era 
assim”, e na representação de uma situação inusitada. 
VMH7
Está correta, assim, a alternativa E. A alternativa A está 
incorreta porque não há indícios de vaidade na evocação 
da lembrança do eu lírico, apesar de transparecer certo 
tom alegre, ou contente da memória. A alternativa B está 
incorreta porque, embora seja percebido um tom de nostalgia 
na lembrança do eu lírico, não há incredulidade, mesmo 
porque não existem dúvidas quanto às experiências vividas 
por ele. A alternativa C também está incorreta porque não há 
conflito, tampouco resignação, conformação, na evocação da 
memória do eu lírico, uma vez que suas lembranças trazem 
bons sentimentos. Por fim, a alternativa D está incorreta 
porque, conforme dito anteriormente, as memórias do eu 
lírico provocam sentimentos ligados à nostalgia, ao humor 
e ao contentamento, e não à melancolia ou à tristeza.
QUESTÃO 22 
Não esqueça dizer que, em 1888, uma questão grave e 
gravíssima os fez concordar também, ainda que por diversa 
razão. A data explica o fato: foi a emancipação dos escravos. 
Estavam então longe um do outro, mas a opinião uniu-os. 
A diferença única entre eles dizia respeito à significação 
da reforma, que para Pedro era um ato de justiça, e para 
Paulo era o início da revolução. Ele mesmo o disse, 
concluindo um discurso em S. Paulo, no dia 20 de maio: 
“A abolição é a aurora da liberdade; esperemos o Sol; 
emancipado o preto, resta emancipar o branco.” 
Natividade ficou atônita quando leu isto; pegou da pena 
e escreveu uma carta longa e maternal. Paulo respondeu 
com trinta mil expressões de ternura, declarando no fim que 
tudo lhe poderia sacrificar, inclusive a vida e até a honra; 
as opiniões é que não. “Não, mamãe; as opiniões é que não.” 
ASSIS, M. Esaú e Jacó. São Paulo: Martin Claret, 2003. [Fragmento] 
O trecho do romance inclui na narrativa o contexto histórico 
da abolição da escravidão para expressar o(a) 
A. 	 ambiguidade do pensamento dos irmãos, às vezes 
semelhante e outras discordante. 
B. 	 coexistência entre a geração escravagista da mãe e a 
visão abolicionista dos filhos. 
C. 	 contraste entre as teorias dos irmãos, sendo um a favor 
e outro contra a abolição. 
D. 	 concordância da mãe, que teve o pensamento 
modificado pelas ideias dos filhos. 
E. 	 oscilação das ideias de Paulo entre pontos de vista 
conflitantes sobre a abolição.
Alternativa B
Resolução: No primeiro parágrafo, o narrador afirma que 
a opinião sobre o tema, então polêmico, uniu os irmãos 
Pedro e Paulo, com uma diferença apenas no simbolismo 
atribuído ao fato, especificado no segundo parágrafo. 
No terceiro, é narradaa reação da mãe ao saber da 
opinião dos filhos, e a resposta de Paulo permite inferir 
que a opinião da mãe é contrária à abolição. Há, portanto, 
uma coexistência entre a geração escravagista da mãe 
e a visão abolicionista dos filhos, o que torna correta a 
alternativa B. A alternativa A está incorreta, pois não está 
expressa uma ambiguidade do pensamento dos irmãos: 
suas ideias são definitivas e semelhantes ideologicamente. 
Segundo o texto, as opiniões sobre a abolição uniram 
os dois irmãos, o que invalida a alternativa C, que 
propõe a existência de um contraste entre suas opiniões. 
6AWX
EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 13BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
A alternativa D está incorreta, pois não há uma concordância 
e mudança de pensamento da mãe, pois a carta escrita por 
ela, cujo conteúdo pode-se inferir pela resposta de Paulo, 
revela que ela discorda das ideias dos filhos. Por fim, não 
pode ser inferida uma oscilação das ideias de Paulo acerca 
do tema, pois seu ponto de vista é definitivamente a favor 
da abolição, o que invalida a alternativa E.
QUESTÃO 23 
RETT, M. Disponível em: <www.cartunista.com.br>. 
Acesso em: 14 jan. 2020.
Nessa charge, as personagens recorrem a um registro 
coloquial da fala, devido ao contexto em que se inserem. 
Essa coloquialidade é ilustrada pelo(a)
A. 	 uso de letras maiúsculas e minúsculas discordante da 
norma culta.
B. 	 descaso da criança ao uso correto da acentuação 
gráfica.
C. 	 incorporação de recursos imagéticos na fala da criança.
D. 	 fala infantilizada dos adultos no trato com a criança.
E. 	 emprego de um dialeto digital fora da internet.
Alternativa E
Resolução: A coloquialidade da charge se encontra na fala 
do menino, que se utiliza de um registro próprio do ambiente 
digital – como a grafia “naum” (não) e os símbolos formando 
um emoji – sem estar nele, uma vez que a personagem 
se dirige aos pais. Por isso, a alternativa correta é a E. 
A alternativa A é incorreta, pois o uso das letras minúsculas 
na fala do garoto é característica da linguagem em ambiente 
digital, não sendo a marca específica da coloquialidade no 
cartum. A alternativa B é incorreta, pois a charge não afirma 
que a criança desmerece a acentuação em toda e qualquer 
situação, apenas que está de acordo com o registro no 
ambiente virtual. A alternativa C é incorreta, pois não há 
inserção de recursos imagéticos, e sim de sinais gráficos 
que, no computador, transmitem emoções. A alternativa D 
é incorreta, pois os adultos não falam de forma infantilizada 
com o filho. 
YF3S
QUESTÃO 24 
Com que roupa?
Pois esta vida não está sopa
E eu pergunto: com que roupa?
Com que roupa que eu vou
Pro samba que você me convidou?
Agora eu não ando mais fagueiro
Pois o dinheiro não é fácil de ganhar
Mesmo eu sendo um cabra trapaceiro
Não consigo ter nem pra gastar
ROSA, N. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br>. 
Acesso em: 14 jan. 2020. [Fragmento]
O trecho do samba-canção de Noel Rosa apresenta aspectos 
do repertório linguístico e cultural do Brasil. Nele, o vocábulo 
que foi empregado de forma conotativa é:
A. 	 “roupa”.
B. 	 “vida”.
C. 	 “sopa”.
D. 	 “samba”.
E. 	 “dinheiro”.
Alternativa C
Resolução: Um vocábulo utilizado de forma conativa não 
tem o seu significado original, ou dicionarizado, tendo, por 
isso, um sentido figurado. Na letra da canção de Noel Rosa, 
isso ocorre no vocábulo “sopa”, por este não significar o 
prato culinário, e sim o adjetivo “fácil”. Assim, a alternativa C 
é a correta. A alternativa A é incorreta, pois “roupa” tem 
função denotativa, o eu lírico quer saber com que roupa vai 
ao samba. A alternativa B é incorreta, pois “vida” é usado em 
seu sentido dicionarizado, sendo sinônimo de “existência”. 
A alternativa D é incorreta, pois “samba” designa o festejo, 
encontro, onde toca o estilo musical samba. A alternativa E 
é incorreta, pois “dinheiro” também tem valor denotativo no 
samba-canção.
QUESTÃO 25 
ABU, A.; X, D. Macunaíma em quadrinhos. 
São Paulo: Peirópolis, 2016. [Fragmento]
QJ9N
LØQU
LCT – PROVA I – PÁGINA 14 EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Esse texto é uma releitura de Macunaíma, de Mário de 
Andrade. Na adaptação do romance aos quadrinhos, os 
autores recorrem à 
A. 	 descrição detalhada, garantindo uma representação 
verossímil. 
B. 	 redução da dramaticidade, suprimindo longos trechos 
narrativos. 
C. 	 restrição da imaginação do leitor, ocultando-a por 
recursos visuais. 
D. 	 exploração dos recursos estéticos, incorporando a 
linguagem imagética. 
E. 	 alteração de elementos narrativos importantes, 
afetando a cronologia da trama.
Alternativa D
Resolução: A questão centra-se no reconhecimento das 
funções e dos recursos estéticos envolvidos nas adaptações 
de obras literárias para quadrinhos. As adaptações / 
releituras não carregam, em si, um valor menor ou um 
sentido pejorativo, sendo vistas antes como obras inéditas 
de profundo diálogo com as adaptadas. Além disso, 
é necessário compreender que, através de outro gênero 
literário, recursos e funções distintas surgem. No caso 
dos quadrinhos, destaca-se a inserção da linguagem não 
verbal e da visualidade. Logo, está correta a alternativa 
D. A alternativa A está incorreta, pois as características 
reais não são descritas, mas exploradas por recursos não 
verbais. A alternativa B está incorreta, pois o texto original 
mantém parte de sua característica, sendo adaptado 
para o gênero sem que se reduza a sua dramaticidade. 
A alternativa C está incorreta, pois os recursos visuais 
incitam, ainda que menos que as descrições verbais, 
os processos imaginativos, uma vez que nem todas as cenas 
e detalhes podem ser transpostos em imagens, devido às 
características do gênero história em quadrinhos em relação 
à extensão. A alternativa E está incorreta, pois o enredo 
original não se perde, apenas é relido de maneira a se ajustar 
à macroestrutura do gênero textual história em quadrinhos.
QUESTÃO 26 
Centenas de línguas ancestrais ficaram em silêncio 
nas gerações recentes, levando com elas a cultura, o 
conhecimento e as tradições das pessoas que as falavam. 
Para preservar e revitalizar aquelas que continuam existindo, 
as Nações Unidas deram início ao Ano Internacional das 
Línguas Indígenas, na sede da ONU, em Nova Iorque.
A presidente da Assembleia Geral da ONU, María 
Fernanda Espinosa, destacou a conexão íntima entre línguas 
indígenas e cultura e conhecimentos ancestrais, dizendo que 
estas “são muito mais do que ferramentas para comunicação, 
são canais para que legados humanos sejam transmitidos. 
Quando uma língua morre, ela leva consigo toda a memória 
que está dentro dela.”
Línguas indígenas também abrem as portas para 
práticas e conhecimentos ancestrais, como em agricultura, 
biologia, astronomia, medicina e meteorologia. Embora 
ainda haja 4 mil línguas indígenas no mundo, muitas estão 
à beira da extinção.
Disponível em: <https://nacoesunidas.org>. Acesso em: 19 dez. 2019.
E4WP
A construção do texto favorece seu principal objetivo, que 
consiste na defesa do(a)
A. 	 importância das línguas indígenas para a preservação 
de um rico legado cultural.
B. 	 interesse crescente da sociedade atual na aplicação de 
conhecimentos ancestrais.
C. 	 alcance significativo das ações empreendidas pela 
ONU para o desenvolvimento linguístico.
D. 	 valor conferido pela ONU ao patrimônio linguístico 
como instrumento de inserção social.
E. 	 relevância de se preservar a língua como manutenção 
da comunicação de um povo.
Alternativa A
Resolução: O texto-base da questão é argumentativo, 
pois defende a necessidade de preservação das línguas 
indígenas enquanto canais para que legados humanos 
sejam transmitidos. Está correta, portanto, a alternativa A. 
A alternativa B está incorreta, pois, embora o texto 
defenda a importância dos conhecimentos ancestrais, não 
é mencionado um interesse crescente da população no 
tema. Tendo em vista que o tema do texto é a instituiçãodo 
Ano Internacional das Línguas Indígenas pela ONU, mas 
sem menção ao alcance das ações dessa organização, 
fica invalidada a alternativa C. A abordagem do patrimônio 
linguístico indígena como instrumento de inserção social 
não pode ser inferida do texto, que argumenta no sentido da 
preservação cultural, o que torna incorreta a alternativa D. 
Considerando que o texto defende a importância das línguas 
indígenas para além de sua definição como uma ferramenta 
de comunicação, mas como transmissoras de um legado 
cultural, está incorreta a alternativa E.
QUESTÃO 27 
Construção
Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
BUARQUE, C. In: Construção. Phonogram / Philips, 1971. [Fragmento]
Ao final de cada verso da letra, há palavras cuja acentuação 
é regida pela regra que exige o uso de acento gráfico em
A. 	 ditongos abertos, orais e tônicos de algumas oxítonas.
B. 	 monossílabas átonas terminadas em a(s), e(s) e o(s).
C. 	 oxítonas terminadas em a(s), o(s), e(s) e em(ens).
D. 	 paroxítonas terminadas em ditongo ou a / ão / um.
E. 	 proparoxítonas independentemente da terminação.
TJV5
EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 15BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa E
Resolução: Considerando que as palavras utilizadas ao 
final de cada verso da canção são “última”, “único”, “tímido”, 
“máquina”, “sólidas”, “mágico” e “lágrima”, percebe-se que 
todas trazem o acento tônico na antepenúltima sílaba, ou 
seja, são proparoxítonas. A regra que rege o uso de acento 
gráfico nessas palavras exige que todas sejam acentuadas, 
independentemente da terminação, o que torna correta a 
alternativa E.
QUESTÃO 28 
SOUSA, M. Disponível em: <http://turmadamonica.uol.com.br>. 
Acesso em: 24 set. 2019. 
O humor da tira deve-se ao descompasso entre o objetivo 
do enunciador ao dizer “Acho que vai chover” e o efeito 
provocado em seu amigo, que não gosta de tomar banho 
e tem medo de água. Uma característica do gênero tirinha 
identificado nesse texto é o(a)
A. 	 expressão exagerada dos personagens, explicando o 
texto verbal. 
B. 	 caracterização simples do cenário, com enfoque na 
narrativa. 
C. 	 final sem conclusão, com interpretação livre dos 
leitores. 
D. 	 interação direta com os leitores, para promover o 
humor. 
E. 	 quebra da expectativa, surpreendendo os leitores.
2DCS
Alternativa E
Resolução: Quando ocorre um descompasso entre o 
objetivo do enunciador e o efeito gerado em seu amigo, 
a tira promove uma quebra das expectativas geradas 
pelo leitor, surpreendendo-o e tendo como efeito o humor. 
Logo, a alternativa E é a correta. A alternativa A é incorreta, 
pois a expressão dos personagens não explica as falas, 
mas se relaciona com elas, gerando o texto verbo-visual. 
A alternativa B é incorreta, pois o tipo de caracterização do 
cenário não é uma característica do gênero. A alternativa C 
é incorreta, pois o final tem uma conclusão – o desmaio de 
Cascão e a explicação sobre o que o levou àquela situação. 
A alternativa D é incorreta, pois não há interação direta com 
os leitores – no último quadro, o enunciador fala aos outros 
personagens.
QUESTÃO 29 
Alison Entrekin, que está traduzindo Grande Sertão: 
veredas para o inglês, fala das dificuldades de reconstruir 
uma obra inclassificável. A parte mais difícil do trabalho, 
para ela, “não é a interpretação da obra, mas a recriação 
da linguagem. Porque o autor do livro criou neologismos e 
uma sintaxe nova, para a qual não existe nada equivalente 
em inglês. E ao mesmo tempo é uma linguagem peculiar 
e verossímil em português. Você imagina alguém falando 
daquele jeito no Sertão. Não poderia buscar um dialeto 
parecido em qualquer outra parte do mundo porque seria 
importar algo de outra realidade.”
BORTOLOTI, M. Disponível em: <https://epoca.globo.com>. 
Acesso em: 18 dez. 2019. [Fragmento]
Os desafios apontados pela tradutora ao trabalhar com um 
livro inspirado na oralidade do Sertão do Brasil revelam a
A. 	 compatibilidade da fala dos brasileiros com a língua 
registrada no livro.
B. 	 aproximação entre a linguagem oral existente em 
distintas culturas.
C. 	 equivalência das variações da língua nas diferentes 
regiões do país.
D. 	 relação entre as variações da língua e a cultura na qual 
ela se insere.
E. 	 semelhança entre a criação de uma linguagem e a 
coerência da língua.
Alternativa D
Resolução: A tradutora de Grande Sertão: veredas se 
depara com a dificuldade de traduzir termos e aspectos 
sintáticos que só existem em uma região do Brasil, sendo 
insubstituíveis, por fazerem referência a uma cultura 
específica, sem correlatos no resto do mundo. Assim, 
percebe-se que a variante linguística de um lugar está 
estreitamente relacionada à cultura na qual ela se insere. 
Portanto, a alternativa D está correta. A alternativa A é 
incorreta, pois o texto não fala que há compatibilidade com 
o falar dos brasileiros em geral. A alternativa B é incorreta, 
pois o texto fala justamente o contrário, ou seja, que é 
difícil fazer aproximações entre a oralidade de diferentes 
culturas. A alternativa C é incorreta, pois o texto não fala 
sobre a variação em outras regiões do país. A alternativa E 
é incorreta, pois a fala da tradutora revela uma questão em 
torno da variação linguística, e não sobre a coerência da 
língua.
VHJN
LCT – PROVA I – PÁGINA 16 EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 30 
Quando se fala em economia, pensa-se logo em 
produção e consumo. Mas as formas de produção e consumo 
podem ser as mais variadas possíveis.
A chamada economia colaborativa ou compartilhada não 
é nova. Significa que alguém que tenha um equipamento 
ou bem pouco utilizado ou ocioso pode compartilhá-lo 
com outros. Ou pode fornecê-lo através de serviços, como 
transporte, hospedagem ou até mesmo mão de obra.
Já a chamada economia criativa, ou da cultura, utiliza 
como seus insumos a criatividade, a cultura e o capital 
intelectual. Esses conceitos estão ganhando cada vez mais 
espaço na economia tradicional. E trazem novos números.
A economia criativa já responde por quase 3% do 
PIB brasileiro. E estima-se que a economia colaborativa 
movimente mais de 100 bilhões de dólares por ano, em 
todo o mundo.
No Brasil, o setor não para de crescer. Cinquenta e 
três por cento da população brasileira está conectada à 
internet. A expansão da rede trouxe novas oportunidades 
ao segmento. Foram criados sites e aplicativos que ajudam 
na intermediação de serviços.
Disponível em: <www.camara.leg.br>. 
Acesso em: 18 dez. 2019. [Fragmento]
Esse texto utiliza a linguagem denotativa para construir, 
estruturalmente, a dissertação, que se fundamenta por 
meio de
A. 	 observações do autor sobre o desenvolvimento 
econômico. 
B. 	 diferenciação entre os conceitos de forma objetiva e 
impessoal.
C. 	 destaque do método de expansão da economia criativa 
no Brasil.
D. 	 defesa da economia criativa como solução para o 
crescimento do PIB.
E. 	 sugestões que possibilitam romper o padrão de 
produção e consumo.
Alternativa B
Resolução: A linguagem denotativa é utilizada nesse tipo de 
texto por privilegiar o sentido concreto ou literal das palavras, 
assegurando a eficiência comunicativa e a clareza na 
apresentação do tema. Nesse sentido, a linguagem utilizada 
no texto colabora para que ele atinja seu objetivo, que consiste 
na diferenciação entre os conceitos de economia colaborativa 
e criativa de forma objetiva e impessoal. Está correta, 
portanto, a alternativa B. Pela objetividade e impessoalidade 
do texto, não é possível identificar observações do autor 
sobre o desenvolvimento econômico, pois apresenta dados 
concretos sobre o tema, o que invalida a alternativa A. 
O destaque de um método para se expandira economia 
criativa no Brasil não pode ser inferido do texto, que apresenta 
os dados de crescimento do acesso à internet como a causa 
do crescimento do setor, o que invalida a alternativa C. 
4AØB No mesmo sentido, a defesa da economia criativa como 
solução para o crescimento do PIB não pode ser inferida 
do texto, que disserta sobre os conceitos, mas não defende 
diretamente a implantação de qualquer um deles, o que torna 
incorreta a alternativa D. O foco do texto tampouco pode 
ser identificado como uma apresentação de sugestões que 
possibilitam romper o padrão de produção e consumo, pois 
focaliza a multiplicidade desses conceitos, mas não sugere 
uma ruptura. Está incorreta, portanto, a alternativa E. 
QUESTÃO 31 
O poeta
A vida do poeta tem um ritmo diferente
É um contínuo de dor angustiante.
O poeta chora.
Chora de manso, com lágrimas doces, com lágrimas 
tristes
Olhando o espaço imenso da sua alma.
O poeta sorri.
Sorri à vida e à beleza e à amizade
Sorri com a sua mocidade a todas as mulheres que 
passam.
O poeta é bom.
Ele é o eterno errante dos caminhos
Que vai, pisando a terra e olhando o céu
Preso pelos extremos intangíveis
Clareando como um raio de Sol a paisagem da vida.
MORAES, V. O caminho para a distância. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2008. 
No poema, Vinicius de Moraes faz uma leitura íntima da 
metalinguagem. A análise dos elementos do poema e sua 
relação com o tema revelam o(a) 
A. 	 aproveitamento da linguagem abstrata, que traduz o 
otimismo do eu lírico para a superação das dores. 
B. 	 presença da conotação, que é predominante nos 
versos para referenciar os problemas brasileiros. 
C. 	 utilização das oposições, que contrariam a lógica 
racional para explicar as questões do amor. 
D. 	 uso do vocabulário coloquial, que valoriza o poeta e a 
cultura brasileira do século XX.
E. 	 emprego de verbos no gerúndio, que enfatizam ações 
rotineiras vivenciadas pelo eu lírico.
Alternativa A
Resolução: O eu lírico usa uma linguagem abstrata, através 
de figuras de linguagem, para demonstrar seu estado de 
ânimo em relação à temática do poema metalinguístico. 
Iniciando com uma imagem do poeta em prantos, as figuras 
tornam-se mais positivas e alegres, demonstrando, ao 
final, um otimismo – como explícito no último verso. 
JPZR
EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 17BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 33 
M.ª Elvira, 
M.ª Matilde, 
M.ª Fernanda, 
Espero q. estejam contentes e não deem muito trabalho 
a ninguém. 
A viagem está sendo muito bonita. Tão calma que é 
preciso a gente pular em cima do navio pª ele balançar um 
pouquinho.
Ao chegar ao Texas mandarei carta comprida contando 
muitas coisas. Estou escrevendo no correio, com muita 
pressa, porq. o navio sai agora às 4h. 
Do navio aqui vem-se numa lancha repleta de gente de 
todas as cores, falando um inglês do outro mundo. 
Tenho muitas saudades de vocês, mas em breve estarei 
de volta e então ninguém se lembra mais desta ausência. 
O Heitor manda lembranças. 
Muitos beijos da filhinha menorzinha, coitadinha. 
Cecília 
MEIRELES, C. Disponível em: <http://tede.mackenzie.br>. Acesso em: 
13 abr. 2019. [Fragmento adaptado]
A linguagem utilizada pela emissora garante pessoalidade 
ao gênero textual, pois apresenta 
A. 	 expressões idiomáticas que trazem um tom de cortesia. 
B. 	 abreviações que revelam desprezo pela normal culta. 
C. 	 locuções irônicas como recurso figurativo que evidencia 
intimidade. 
D. 	 informalidades que determinam a expressão particular 
da autora. 
E. 	 termos diminutivos que transmitem um tom de 
afetividade.
Alternativa E
Resolução: A carta escrita por Cecília Meireles apresenta 
três destinatárias, mulheres, de nome composto cujo 
primeiro, em todos, é Maria. Após saudação inicial, 
a emissora descreve como está sua viagem e revela seu 
sentimento de saudade. A linguagem, coloquial, apresenta 
diminutivos em algumas ocorrências, as quais denotam 
afetividade, visto que “pouquinho”, “filhinha”, “menorzinha”, 
“coitadinha” apresentam-se como referências ao modo 
como a própria autora vê o mundo, e não ao tamanho ou 
à intensidade comumente atribuídos ao diminutivo. Logo, 
está correta a alternativa E. A alternativa A está incorreta, 
pois as expressões idiomáticas, como “inglês do outro 
mundo”, destacam mais a nacionalidade da autora do que 
sua cordialidade e, portanto, pessoalidade. A alternativa B 
está incorreta, pois as abreviações são típicas do gênero, 
que é mais informal, mais direto e, portanto, menos extenso. 
Além disso, a autora explicita que escreve às pressas. 
A alternativa C está incorreta, pois a ironia criada visa 
provocar humor, uma vez que aborda um acontecimento 
cotidiano da emissora e pode ser compreendido por qualquer 
leitor. A alternativa D está incorreta, pois a informalidade da 
linguagem é de fácil compreensão, sem exigir conhecimentos 
particulares sobre a expressão da autora.
4YCGAssim, a alternativa A está correta. A alternativa B é 
incorreta, pois o poema não trata dos problemas brasileiros. 
A alternativa C é incorreta, pois não há a utilização de 
oposições e jogo de contrários, mas uma mudança no estado 
de ânimo. A alternativa D é incorreta, pois, apesar de não 
ter um tom rebuscado, o poema também não se enquadra 
em um registro coloquial. A alternativa E é incorreta, pois os 
verbos no gerúndio, no poema, não indicam ações rotineiras, 
mas expressam o sentimento constante do eu lírico.
QUESTÃO 32 
Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br>. 
Acesso em: 12 mar. 2019. 
Esse cartaz faz parte de uma campanha do Ministério da 
Saúde no combate ao Aedes aegypti, mosquito vetor da 
dengue, chikungunya e zika. A função conativa da linguagem 
é predominante nesse texto, porque ele 
A. 	 pretende sugerir o uso de uma hashtag para combater 
o mosquito causador de doenças. 
B. 	 busca persuadir seu receptor a assumir um 
comportamento para combater o mosquito. 
C. 	 argumenta a favor da preservação da vida de seu 
receptor ao combater o mosquito.
D. 	 tenta convencer seu receptor a atacar o mosquito de 
maneira coletiva e abrangente. 
E. 	 deseja propor a seu receptor novas medidas para 
combater o mosquito.
Alternativa B
Resolução: As peças de campanhas governamentais são 
textos com função conativa, uma vez que buscam convencer 
o público a alguma ação ou prática. No caso do texto da 
questão, a campanha tem como objetivo persuadir os leitores 
a combaterem o mosquito da dengue – como expresso na 
imagem em destaque, o círculo cortado com o mosquito no 
centro, e no texto verbal com o verbo “faça” no imperativo. 
Logo, a alternativa correta é a B. A alternativa A é incorreta, 
pois o uso da hashtag não se relaciona com o combate 
ao mosquito. A alternativa C é incorreta, pois o objetivo do 
texto não é expor uma tese e argumentar a favor dela, e 
sim convencer o receptor. A alternativa D é incorreta, pois 
o texto não fala de ações coletivas, e sim de cada um fazer 
sua parte. A alternativa E é incorreta, pois o texto não traz 
novas medidas para o combate à doença, e sim reforça a 
necessidade de combatê-la. 
CT5L
LCT – PROVA I – PÁGINA 18 EM 1ª SÉRIE – VOL. 3 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 34 
JAGUAR. Disponível em: <https://entretenimento.uol.com.br>. Acesso 
em: 18 nov. 2018.
Tendo em vista o objetivo comunicativo do texto, a charge 
apresenta, como tipologia textual predominante, a
A. 	 exposição de um problema social permanente.
B. 	 argumentação a favor do ponto de vista do autor. 
C. 	 descrição de uma situação da atualidade política. 
D. 	 narração de fatos recorrentes no cotidiano do país. 
E. 	 injunção de ações a serem tomadas pelos cidadãos.
Alternativa A
Resolução: A charge apresenta como tipologia textual 
predominante a exposição de algo, que é a situação em 
que se encontra o povo brasileiro, que é levado a seguir 
“pra frente” mesmo diante de impossibilidades. Assim, está 
correta a alternativa A. A alternativa B é incorreta, pois o 
texto

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