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Anatomia dos órgãos reprodutores

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Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
Anatomia dos órgãos reprodutivos 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO OS ORGÃOS REPRODUTIVOS 
 
O desenvolvimento do sistema genital masculino e feminino se dá a partir do desenvolvimento de ductos genitais 
juntamente com influência de hormônios. Nas primeiras semanas de gestação o sistema genital do feto é ainda 
indiferenciado, ou seja, "o feto nem é masculino e nem é feminino". Neste estágio indiferenciado estão presentes no 
feto dois ductos genitais, que são eles: Ductos mesonéfricos ou de Wolf , os quais originarão o sistema genital 
masculino e Ductos paramesonéfricos ou de Müller, que originarão o sistema genital feminino. 
No desenvolvimento do sistema genital masculino, o testículo fetal produz hormônios 
masculinizantes, a exemplo da testosterona, 
produzida pelas células de Leydig. 
A testosterona estimula os ductos 
mesonéfricos a formarem os ductos genitais 
masculinos. As células de sertolli produzem a 
substância inibidora de Müller, essa substância 
impede o desenvolvimento dos ductos genitais 
femininos e consequentemente não existirá 
sistema genital feminino. A partir desse ducto 
genital masculino formado, outras estruturas do 
trato genital masculino se desenvolvem, são elas: 
dúctulos eferentes, ducto do epidídimo, ducto 
deferente, vesícula seminal cuja secreção nutre os 
espermatozoides e ducto ejaculatório. Glândulas 
como próstata e bulburetrais se desenvolvem a 
partir de partes distintas da uretra. 
No desenvolvimento do sistema genital feminino ocorre o oposto, sem quantidade necessária de 
testosterona os ductos mesonéfricos regridem, e como também não há substância inibidora de Müller os ductos 
genitais femininos se desenvolvem, e assim surge o trato genital feminino. O trato genital feminino inclui 
basicamente as tubas uterinas e o primórdio uterovaginal que originará o útero e a vagina. 
 
 
 
 
 
 
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Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
ÓRGÃOS REPRODUTIVOS MASCULINO 
 
O sistema genital masculino compreende os órgãos 
envolvidos no desenvolvimento, no amadurecimento, no transporte 
e no armazenamento dos gametas masculinos (espermatozoides). 
Ele consiste em um par de testículos, o ducto contorcido do 
epidídimo, o ducto deferente, a uretra e as glândulas genitais 
acessórias. Os testículos produzem esperma e hormônios. O 
epidídimo armazena espermatozoides durante seu 
amadurecimento antes de passarem para o ducto deferente e pela 
uretra. As glândulas acessórias também liberam suas secreções na 
uretra e contribuem para o volume do sêmen. 
A parte distal da uretra forma o caminho combinado para a 
passagem tanto da urina como do sêmen. O pênis é o órgão 
copulador masculino e deposita sêmen no trato reprodutor 
feminino. 
 
 
 
TESTÍCULOS 
 
 
Os testículos, ou gônadas masculinas, são órgãos pares. 
As gônadas masculinas migram de sua posição de desenvolvimento dentro da cavidade abdominal para o 
processo vaginal, coberto pelo escroto. Esse processo é denominado descida dos testículos e depende do gubernáculo 
dos testículos, o qual é um cordão 
mesenquimal envolvido em peritônio que se 
prolonga dos testículos pelo canal inguinal até 
o processo vaginal. 
Na primeira fase da descida dos 
testículos, o gubernáculo aumenta de 
comprimento e diâmetro, expandindo-se para 
além do canal inguinal e, dessa forma, 
dilatando-o. Durante a segunda fase, ele 
retrocede, acomodando os testículos dentro 
do processo vaginal. O processo de migração 
dos testículos é o resultado de aumento da 
pressão intra-abdominal e da tração do 
gubernáculo, que conduz os testículos em 
direção à região inguinal. 
A descida testicular é vital para a produção dos gametas masculinos (espermatogênese) nos mamíferos 
domésticos, já que a posição do escroto reduz a temperatura dos testículos em comparação à temperatura corporal. 
A impossibilidade de um ou de ambos os testículos realizarem a descida testicular se chama criptorquidismo e 
 
 
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Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
acredita-se que se trate de uma condição hereditária. Portanto, criptorquídeos não 
devem ser usados para reprodução. 
Os testículos são órgãos elipsoides sólidos cujo volume não tem relação fixa 
com o tamanho corporal. Dentre as espécies domésticas, são evidentemente 
pequenos em gatos e notavelmente grandes em carneiros e bodes. Sua orientação 
também varia. Apresentam seu maior eixo longitudinal na posição vertical nos 
ruminantes (necessitando de profundo e penduloso escroto), na horizontal nos 
equinos e cães, e inclinado em direção ao ânus em suínos e gatos. Essa diferença 
está diretamente relacionada à posição do escroto, que está localizado abaixo da 
parte caudal do abdome nos ruminantes, perineal nos suínos e gatos, e em uma 
posição intermediária nos equinos e cães. Cada testículo está separadamente 
suspenso dentro do escroto pelo cordão espermático, um feixe de estruturas que 
inclui o ducto deferente, vasos e nervos confinados dentro de um duplo 
revestimento do peritônio. 
 
 
 
 
A superfície externa do testículo é lisa devido ao revestimento peritoneal 
direto, com exceção da região dos polos e ao longo da margem pela qual está aderido ao epidídimo, uma estrutura 
formada pela parte convoluta inicial do sistema externo de ductos. O peritônio cobre uma cápsula espessada (túnica 
albugínea) composta principalmente por tecido conjuntivo denso, porém algumas vezes também por musculatura lisa. 
A cápsula emite septos e trabéculas que dividem o parênquima em lóbulos. Os septos não estão sempre 
evidentes; contudo, naquelas espécies nas quais são bem desenvolvidos, podem ser observados convergindo no sentido 
de um espessamento substancial (mediastino 
testicular); isso pode ser axial ou deslocado no 
sentido da margem onde está o epidídimo. 
O parênquima macio, amarelado ou 
acastanhado consiste em túbulos seminíferos 
entremeados e tecido intersticial. Esse último 
consiste em uma massa intersticial de células (Leydig) 
apoiadas em um delicado tecido conjuntivo, no qual 
estão presentes pequenos vasos sanguíneos e 
linfáticos. As células intersticiais são as principais 
produtoras do hormônio esteroide androgênico. A maior parte do parênquima é formada por túbulos onde o processo 
de espermatogênese é conduzido. 
Cada túbulo seminífero é tão tortuoso e espiralado que as duas extremidades se abrem na rede testicular, um 
plexo de espaços no interior do mediastino. No interior dos túbulos seminíferos, dois tipos celulares podem ser 
identificados: as células de Sertoli, que dão suporte e nutrem as células germinativas por meio da produção de 
hormônios e fatores de crescimento, e o epitélio seminífero. A rede é drenada por uma dúzia ou mais de ductos 
eferentes que penetram na cápsula para se unirem na cabeça do epidídimo. 
As funções endócrinas do testículo são realizadas pelas células intersticiais (Leydig), responsáveis pela produção 
de andrógenos, e pelas células de sustentação (Sertoli), responsáveis pela produção de inibina. 
O epidídimo está firmemente anexado ao testículo e consiste em rolos de túbulos contorcidos alongados, cuja 
união é mantida por tecido conectivo. Ele pode ser dividido em três segmentos: cabeça, corpo e cauda. 
Gato 
Cão 
Ruminante 
 
 
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Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
A cabeça do epidídimo está firmemente fixada à cápsula testicular e recebe os ductos eferentes do testículo. 
Imediatamente após penetrar o epidídimo, os ductos eferentes se unem para formar o ducto do epidídimo. Os ductos 
contorcidos formam o corpo do epidídimo, mantido no lugar por uma camada dupla de serosa. O espaço entre o corpo 
do epidídimo e o testículo é denominado bolsa testicular. 
O ducto do epidídimo prossegue até a cauda do epidídimo. Ela 
se fixa à extremidade caudada do testículo pelo ligamento próprio do 
testículo e ao processo vaginal peloligamento da cauda do epidídimo. 
O ducto do epidídimo emerge em sua cauda e prossegue na forma de 
ducto deferente. 
No ducto do epidídimo, os espermatozoides amadurecem, o 
fluido testicular é absorvido, os fragmentos celulares sofrem 
fagocitose e os nutrientes para os espermatozoides são secretados. 
Os espermatozoides são armazenados na cauda do epidídimo até o 
momento da ejaculação. 
O ducto deferente é a continuação direta do ducto do 
epidídimo. Sua origem é a parte ondulante da cauda do epidídimo e 
se torna reto gradualmente à medida que atravessa a margem medial 
do testículo. Ele ascende dentro do cordão ou funículo espermático e 
penetra a cavidade abdominal através do canal inguinal. 
O ducto deferente forma uma alça convexa cranialmente 
dentro de uma prega do peritônio, o mesoducto deferente e passa 
sob o ureter conforme alcança a face dorsal da vesícula urinária, atravessando a próstata até se abrir na parte proximal 
da uretra no colículo seminal. A porção terminal do ducto deferente se torna espessa pela presença de glândulas em 
sua parede para formar a ampola do ducto deferente. 
 
 
ENVOLTÓRIOS DO TESTÍCULO 
 
Os envoltórios do testículo não apenas cobrem o testículo, o epidídimo e partes do cordão espermático, mas 
também se moldam ao redor desses órgãos. As diferentes camadas dos envoltórios do testículo correspondem às 
camadas da parede abdominal. 
A pele externa, a túnica dartos subcutânea e a 
fáscia espermática externa formam o escroto. A fáscia 
espermática interna e a lâmina parietal da túnica 
vaginal formam o processo vaginal, uma expansão da 
cavidade peritoneal no escroto. O processo vaginal se 
prolonga para os compartimentos direito e esquerdo 
do escroto, os quais são divididos por um septo 
formado pela pele e pela camada subcutânea do 
escroto. O septo do escroto envolve os testículos 
separadamente e é marcado externamente com a rafe 
do escroto. 
 
 
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Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
A pele do escroto costuma não apresentar pelos, exceto no gato e em determinadas raças de ovinos, nos quais é 
coberta por pelos. Ela apresenta uma grande quantidade de glândulas sudoríparas e sebáceas e se adere firmemente à 
túnica dartos subjacente. A túnica dartos 
possui várias fibras de músculo liso, as quais 
se contraem para tensionar e retrair o 
escroto e, desse modo, contribuem para a 
regulação de temperatura do testículo. 
A fáscia espermática externa se 
destaca das fáscias superficial e profunda do 
abdome na altura do escroto 
e é dividida em uma camada profunda 
e outra superficial. As duas camadas da fáscia 
espermática externa e da fáscia espermática 
interna e a túnica vaginal estão conectadas 
por tecido conectivo frouxo. 
Essa camada intermediária folgada 
permite o movimento do processo vaginal 
dentro do escroto. Ela possui importância 
clínica, já que facilita a castração por técnica 
fechada, na qual a túnica vaginal é ligada aos 
vasos sanguíneos e ao ducto deferente. 
O músculo cremaster é um destacamento do músculo oblíquo interno do abdome na altura do anel inguinal 
profundo. Ele cobre parte do processo vaginal e é recoberto por uma camada delgada de tecido conectivo frouxo. Durante 
a contração, retrai o escroto e seu conteúdo em direção à região inguinal. 
O processo peritonial (túnica vaginal) que envolve o testículo é uma evaginação do revestimento do abdome 
através do canal inguinal. A estreita parte proximal que circunda o cordão espermático se alarga distalmente para formar 
uma expansão em forma de frasco abaulado no interior do escroto, que envolve o testículo e o epidídimo. As lâminas 
parietal e visceral da túnica estão ligadas por uma prega que se estende do anel vaginal até a cauda do epidídimo. 
A cavidade entre as lâminas parietal e visceral apresenta normalmente apenas uma pequena quantidade de fluido 
seroso e se comunica com a cavidade peritonial do abdome por meio do anel vaginal, uma estreita abertura em forma de 
fenda, localizada na abertura interna do canal inguinal. Às vezes, uma alça do intestino delgado ou outro órgão abdominal 
sofre herniação para dentro do processo peritonial pelo anel vaginal; essa complicação é normalmente encontrada no 
momento da castração. 
 
 
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Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
O cordão espermático varia em comprimento e forma de acordo com a posição e a orientação dos testículos. É 
mais curto e mais compacto naquelas espécies que apresentam os testículos pendentes verticalmente na região inguinal. 
O volume do cordão é conferido pela artéria testicular e pelas veias testiculares, ambas bastante modificadas. A artéria é 
um ramo da aorta abdominal, e inicialmente segue em direção ao anel vaginal, onde os constituintes do cordão 
espermático estão reunidos. 
 
As veias testiculares constituem uma 
elaborada malha, o plexo pampiniforme, dentro 
da qual as espirais da artéria estão entremeadas, 
ao final, o plexo se reduz a uma única veia que 
segue na direção da veia cava caudal. 
Anastomoses arteriovenosas estão presentes 
entre a artéria testicular e seus ramos 
epididimários e as veias do plexo pampiniforme 
 
 
 
 
 
O processo de espermatogênese é influenciado pela temperatura e 
não ocorre normalmente à temperatura corporal. 
Vários fatores auxiliam na manutenção da temperatura 
endotesticular adequada. A posição exposta do escroto, a ausência de 
gordura no interior da fáscia escrotal e a posição intracapsular dos grandes 
vasos testiculares auxiliam a perda de calor por radiação, a grande 
quantidade de glândulas sudoríferas permite a perda adicional de calor 
por evaporação na superfície cutânea. Talvez o mais importante seja o 
extenso contato entre os vasos no interior do cordão que pré-resfria o 
sangue no interior da artéria à medida que ela segue seu tortuoso caminho 
em relação ao plexo venoso. Os mecanismos para a perda de calor são 
tantos que a temperatura testicular pode ser excessivamente reduzida em 
climas mais frios. Mecanismos inversos estão disponíveis. A contração da 
túnica dartos, diretamente sensível à alteração da temperatura, comprime 
e recolhe o escroto, reduzindo, dessa forma, a superfície exposta e 
também trazendo os testículos para o tronco, mais aquecido. 
 
 
 
 
 
 
 
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Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
Uretra Masculina 
 
 
 A uretra masculina se prolonga desde o orifício interno no colo da bexiga até o óstio externo da uretra na 
extremidade livre do pênis. Conforme sua localização, ela 
pode ser dividida em uma parte pélvica e uma parte peniana. 
A parte pélvica pode ser subdividida em uma parte pré-
prostática proximal, a qual conduz urina, e uma parte 
prostática, a qual recebe a companhia do ducto deferente e 
do ducto vesicular ou ejaculatório combinados. Na parte pré-
prostática, há uma crista uretral que se projeta no lúmen e 
termina em um espessamento, o coliculo seminal. 
O colículo seminal apresenta em suas laterais os 
orifícios dos ductos deferentes, em forma de fenda, e 
aberturas menores, por meio das quais muitos ductos 
prostáticos eliminam suas secreções. Aberturas semelhantes, 
porém, mais distais, marcam a entrada dos ductos das outras 
glândulas acessórias. 
Ao deixar a cavidade pélvica, a uretra é envolvida por 
um tecido altamente vascularizado e prossegue como parte 
do pênis. 
 
 
Glândulas Acessórias Reprodutivas 
 
O conjunto de glândulas é formado pelas ampolas, glândulas vesiculares, próstata e glândulas bulbouretrais, 
embora nem todas estejam presentes em todas as espécies. 
A ampola do ducto deferente envolve a parte terminal do ducto deferente. 
As glândulas vesiculares pares estão presentes em todos os mamíferos domésticos, com exceção do cão e do gato. 
Em ruminantes e no equino, seu ducto excretor se une ao ducto deferente logo antes de seu término e essa passagem 
comum curta é denominada ductoejaculatório. No suíno, as glândulas vesiculares se abrem separadamente na uretra, 
próximas ao colículo seminal. A glândula vesicular do equino é um órgão oco relativamente grande com uma parede 
muscular espessa e uma superfície lisa. No touro e no suíno, a superfície é irregular. 
A próstata está presente em todas as espécies domésticas. Em algumas, consiste em duas partes: uma está 
difusamente espalhada no interior da parede da uretra pélvica e a outra é um corpo compacto localizado externamente 
a uretra. As duas partes são drenadas por vários pequenos ductos. Os pequenos ruminantes apresentam apenas a parte 
difusa ou disseminada, e o equino apenas a parte compacta. Nos cães e gatos, a parte disseminada é vestigial, entretanto 
a parte compacta é muito grande e globular, tão desenvolvida que circunda completamente (cão) ou quase 
completamente (gato) a uretra. O touro possui ambos, mas o corpo é pequeno e plano. 
 
 
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Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
As glândulas bulbouretrais são pares, tubulares, apresentam epitélio secretor e repousam sobre a uretra, próximas 
à saída da pelve. São observadas em todas as espécies, menos nos cães (embora sejam vestigiais nos gatos). Nos equinos 
e ruminantes apresentam tamanho moderado, contudo nos suínos são muito grandes e aparecem como cilindros 
irregulares e alongados, localizados em ambos os lados da uretra. Elas podem ser drenadas por um ou vários ductos. 
 
 
PÊNIS E PREPÚCIO 
 
O pênis está suspenso abaixo do tronco e está parcialmente contido entre as coxas, onde é ancorado ao assoalho 
pélvico pelo ligamento suspensório nas grandes espécies. 
O órgão é principalmente formado por três colunas de tecido erétil. Essas colunas são independentes caudalmente, 
onde constituem a raiz do pênis, contudo, suas partes principais estão unidas no corpo do pênis. O par de colunas dorsais 
é conhecido como pilares do pênis. Os pilares convergem para formar a raiz do pênis, a qual prossegue como o corpo do 
pênis até a glande do pênis. As duas colunas dorsais de tecido erétil são conhecidas como os pilares do pênis e consistem 
em um centro de tecido cavernoso envolvido 
por uma camada espessa de tecido conectivo, a 
túnica albugínea. Os corpos cavernosos pares 
preenchidos com sangue convergem e 
prosseguem distalmente no corpo do pênis. O 
corpo cavernoso de cada pilar permanece 
distinto dentro do corpo, onde existe um septo 
entre eles. 
O dorso do pênis é marcado por um 
sulco raso, enquanto a face ventral (uretral) 
apresenta um sulco profundo para acomodar a 
uretra e sua lâmina vascular, o corpo 
esponjoso. 
 
 
 
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Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
O corpo esponjoso ímpar fornece a terceira coluna de tecido erétil e é mais delicado que os corpos cavernosos com 
espaços maiores para o sangue separados por septos mais finos. 
O corpo cavernoso não se estende até a glande do pênis, que é formada por uma expansão do corpo esponjoso. O 
corpo esponjoso tem início na saída da pelve como súbito aumento de tamanho do pequeno tecido esponjoso da uretra 
pélvica. Essa expansão constitui o bulbo do pênis, uma estrutura bilobada que se afina para continuar como um tubo mais 
uniforme. Sua expansão cranial sobre a extremidade distal do corpo cavernoso, normalmente denominada glande, forma 
o ápice do órgão como um todo. Como o corpo 
esponjoso circunda a uretra, o orifício uretral 
localiza-se na extremidade do pênis; de fato, em 
pequenos ruminantes, o processo uretral livre 
prolonga a uretra bem além desse ponto. 
Existem outras diferenças marcantes na 
estrutura do pênis nas diferentes espécies. Nos 
cães e gatos, a parte distal do corpo cavernoso é 
transformada em tecido ósseo, o osso peniano. 
 
A arquitetura do corpo cavernoso 
também exibe diferenças importantes. Em 
algumas espécies, ele apresenta pequenos 
espaços sanguíneos confinados e divididos por 
grande quantidade de tecido fibroelástico firme. 
Relativamente, pequena quantidade de sangue 
deve ser retida para fazer com que esse pênis do 
tipo fibroelástico se torne ereto, essa forma de construção é encontrada no pênis dos suinos e dos ruminantes. No outro 
tipo, os espaços sanguíneos são relativamente maiores, e o revestimento e os septos são mais delicados e mais 
musculares, uma quantidade relativamente 
maior de sangue é necessária para atingir a 
ereção, o que envolve significativo aumento no 
comprimento e na espessura. Esse tipo de pênis, 
musculocavernoso, é encontrado em garanhões 
e, de forma atípica, nos cães. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O prepúcio ou bainha é uma prega tubular que consiste em uma camada externa (lâmina externa), contínua ao 
tegumento comum, e uma camada interna (lâmina interna) que fica em contato direto com a extremidade livre do pênis; 
a camada interna continua como um revestimento da extremidade livre do pênis após sua reflexão no fundo da cavidade 
 
 
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Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
prepucial. A camada interna e o revestimento do pênis não apresentam pelos, 
mas geralmente têm tecido linfoide e glândulas que secretam o esmegma. No 
macho recém-nascido, o pênis e a bainha estão fusionados, e a separação é 
gradualmente realizada durante o período pré-púbere. Os anexos do prepúcio no 
adulto são suficientemente frouxos para permitir que a lâmina interna seja 
refletida sobre o pênis ereto quando ele é exteriorizado pelo orifício prepucial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os músculos do pênis compreendem: 
● Músculo à 
● Músculo bulboesponjoso 
● Músculo retrator do pênis 
 
Os músculos isquiocavernosos pares são fortes, 
emergem do arco isquiático e envolvem os pilares até a altura 
de sua fusão na raiz do pênis. 
O músculo bulboesponjoso é a continuação espessa 
extrapélvica do músculo uretral. Tem início abrupto e se 
estende distalmente até terminar na superfície do corpo 
esponjoso. 
O músculo retrator do pênis também é par e 
emerge das vértebras caudais, descendo através do 
períneo ao redor do ânus para alcançar o pênis. Em 
espécies com uma flexura sigmoide (ruminantes e suíno), 
ele se fixa ao arco caudal dessa flexura; em espécies com 
pênis musculocavernoso, ele segue o músculo 
bulboesponjoso até a extremidade do pênis. O músculo 
retrator compõe-se principalmente de fibras musculares 
lisas. 
 
 
 
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Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
 
 
 
TRANSPORTE ESPERMÁTICO NO TRATO MASCULINO; EREÇÃO DO 
PÊNIS 
 
 
No início da ereção, o fluxo sanguíneo para o pênis aumenta enquanto as paredes das artérias irrigadoras relaxam. 
Ao mesmo tempo, o fluxo venoso se obstrui na raiz do pênis, onde as veias são comprimidas contra o arco isquiático, o 
que causa um efeito maior sobre o corpo cavernoso do que sobre o corpo esponjoso; este último, portanto, é preenchido 
depois do corpo cavernoso. O processo continua e se intensifica após a introdução do pênis e a pressão interna do tecido 
erétil se eleva ainda mais. Após a ejaculação, o corpo cavernoso se esvazia antes do corpo esponjoso, e a pressão cai 
rapidamente. 
A ereção ocorre antes da ejaculação. O sêmen é transportado continuamente em direção à ampola do ducto 
deferente através de movimentos peristálticos do ducto do epidídimo e do ducto deferente, causados por células 
musculares lisas no interior de suas paredes. A atividade secretora do revestimento do ducto do epidídimo é regulada 
por andrógenos, os quais têm efeito positivo sobre a motilidade espermática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ÓRGÃOS REPRODUTIVOS FEMININOS 
 
Os órgãos reprodutivos da fêmea incluem um par de gônadas, ou ovários, que produzem os gametas femininos 
(óvulo) e hormônios; um par de tubas uterinas, que capturam os óvulos após sua liberação dos ovários e os transportam 
até o útero; o útero, ondeos óvulos fertilizados são retidos e nutridos até que o desenvolvimento pré-natal esteja 
completo; a vagina, que funciona tanto como órgão copulatório quanto canal do parto; e vestíbulo, que é contínuo à 
vagina e se abre externamente na vulva, contudo também serve para passagem da urina. 
Geralmente, as fêmeas mamíferas aceitam o macho apenas no momento próximo à ovulação, um período 
caracterizado por várias alterações estruturais e excitabilidade geral, assim como aspectos comportamentais específicos; 
o período é conhecido como “cio”, em uma linguagem leiga e na linguagem técnica como estro. O estro ocorre com 
frequência variada de acordo com o programa característico de cada espécie. 
O ciclo estral é dividido em várias fases. Estro, o clímax, é precedido pelo proestro, um período de 
desenvolvimento folicular; esse é seguido por um período de atividade luteal dividido entre metaestro e diestro. O 
proestro e o estro juntos representam a fase folicular, quando as condições reprodutivas são predominantemente 
determinadas pelos crescentes níveis de estrógenos produzidos pelo grupo de folículos, que rapidamente se 
desenvolvem até a maturidade e a ovulação. O metaestro e o diestro representam a fase luteal, quando a dominância 
hormonal é exercida pela progesterona, o hormônio produzido pelos corpos lúteos, glândulas endócrinas transitórias 
que substituem os folículos ovulados. 
 
 
 
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OVÁRIOS 
 
Os ovários apresentam funções gametogênicas e endócrinas. Cada ovário é uma estrutura sólida, basicamente 
elipsoide, embora comumente seja irregular em função das projeções das superfícies dos grandes folículos e corpos 
lúteos. 
Os ovários são muito menores do que os 
testículos dos machos da mesma espécie; 
contudo, assim como os testículos, não 
apresentam uma proporção constante com o 
tamanho corporal. Os ovários das éguas são 
relativamente grandes e também peculiares, pois 
apresentam um formato semelhante ao rim. Os 
ovários são geralmente encontrados na parte 
dorsal do abdome, próximo às pontas dos cornos 
uterinos. 
Cada ovário fica suspenso no interior da 
parte cranial (mesovário) do ligamento largo, a 
sustentação comum do trato reprodutivo 
feminino. 
Um corte no ovário de um animal adulto 
revela que o órgão consiste em uma porção 
central frouxa e mais vascularizada contida no interior de um arcabouço mais denso. A zona parenquimatosa (córtex) é 
limitada pela túnica albugínea diretamente abaixo do peritônio e apresenta folículos espalhados em várias fases de 
desenvolvimento e regressão. 
Cada folículo apresenta um único óvulo. 
O grande aumento sofrido por esses 
folículos, selecionados para se tornarem 
maduros no corrente ciclo, é principalmente 
devido ao acúmulo de fluido pelo qual o óvulo é 
colocado para fora no momento da ovulação. 
Esse processo origina uma estrutura sólida, 
conhecida como corpo lúteo (corpo amarelo), 
devido à sua coloração. Os corpos lúteos são 
estruturas transitórias que crescem e regridem 
entre um período de estro e o subsequente 
(assumindo que não ocorra gestação). Embora 
transitórios, são importantes como fontes de 
progesterona, assim como os folículos em 
crescimento são fontes de estrógenos. 
Os corpos lúteos por fim regridem e são 
substituídos por tecido conjuntivo cicatricial, o 
corpo albicans (corpo branco). 
 
 
 
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TUBAS UTERINAS 
 
As tubas uterinas são estreitas e geralmente muito convolutas. Elas captam os óvulos liberados pelos ovários e os 
transportam para o útero, como também transportam os espermatozoides durante sua ascensão, a fertilização 
normalmente ocorre nas tubas. A extremidade cranial livre assume a forma de um funil de parede delgada (infundíbulo) 
localizado próximo ao polo cranial do ovário. A margem livre do funil é irregular, e as projeções (fímbrias) entram em 
contato e, às vezes, aderem à 
superfície do ovário. Um pequeno 
orifício (óstio abdominal) no final do 
funil leva a uma longa parte tubular 
que se divide em dois segmentos mais 
ou menos equivalentes. O mais 
proximal, conhecido como ampola, é 
seguido por um mais convoluto e 
estreito, istmo, contudo a distinção 
desses dois segmentos não é 
igualmente evidente em todas as 
espécies ou em todas as fases do 
ciclo. O istmo se une ao ápice do 
corno uterino na junção 
uterotubárica (salpingouterina), uma região de aparência variada. Essa junção representa uma verdadeira barreira, 
impedindo tanto a ascensão dos espermatozoides quanto a descida do óvulo. A tuba é suspensa por uma prega lateral 
(mesossalpinge), uma parte do ligamento largo que sustenta o ovário. 
 
 
ÚTERO 
 
O útero é a parte distensível do trato onde os embriões se alojam e estabelecem meios para as trocas fisiológicas 
com a corrente sanguínea materna, e onde são protegidos e nutridos até 
o momento em que estejam prontos para serem liberados ao mundo 
exterior. 
Na variedade intermediária (útero bicórnio) encontrada em todas 
as principais espécies domésticas, o útero compreende uma parte cranial 
mediana de onde os cornos uterinos divergem cranialmente até se 
continuarem com as tubas uterinas. 
Em todos os mamíferos domésticos, a parte mediana do útero 
apresenta dois segmentos. O caudal, um segmento de parede muito 
espessa, a cérvix, representa um esfíncter para o controle do acesso para 
e da vagina. Uma parte da cérvix (porção vaginal) normalmente se projeta 
para dentro do lume vaginal com o 1qual se comunica pelo óstio (uterino) 
 
 
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externo. O lume da cérvix (canal cervical) é constrito e quase sempre ocluído por pregas mucosas; se abrindo dentro do 
corpo do útero no óstio (uterino) interno. 
O corpo, de forma geral, é um segmento menor nas espécies domésticas, embora as proporções variem; é maior 
nas éguas. A divisão do interior não é sempre óbvia externamente, pois um septo interno pode parcialmente dividir um 
espaço aparentemente único. Embora a inspeção visual geralmente não revele a extensão da cérvix, isso é facilmente 
descoberto durante a palpação retal, uma vez que é muito mais firme do que as estruturas adjacentes. 
Os cornos variam muito em comprimento. 
Sua disposição também varia; são 
caracteristicamente curvados nos ruminantes, 
retilíneos e divergentes em éguas e cadelas, e 
modelados como alças intestinais em porcas. 
O útero apresenta uma cobertura serosa, 
uma muscular e uma mucosa que são 
denominadas perimétrio, miométrio e 
endométrio, respectivamente. A cobertura serosa 
chega até o útero por uma extensão do ligamento 
largo (mesométrio). A musculatura está arranjada 
em camadas: uma externa, longitudinal e mais 
delgada, e outra interna, circular e mais espessa, 
que estão separadas por um estrato de tecido 
conjuntivo muito vascularizado. O endométrio é 
espesso. Seu relevo superficial varia entre as 
espécies e é mais marcante nos ruminantes, nos 
quais várias elevações permanentes (carúnculas) 
marcam os locais onde as membranas embrionárias se fixam firmemente durante a gestação. 
A mucosa no interior da cérvix está proeminentemente moldada por pregas longitudinais e circulares, cujas 
interdigitações auxiliam no fechamento da passagem. O muco secretado pelas glândulas cervicais bloqueia o canal na 
maioria das vezes e, dessa forma, auxilia a selar a comunicação entre o útero e a vagina. A passagem se abre apenas 
durante o estro e imediatamente antes, durante e por um curto período após o parto. 
 
 
VAGINA 
 
O restante do trato feminino, por vezes denominado apenas de vagina, consiste em duas partes. A 
parte cranial, a vagina em seu sentido próprio, é simplesmente uma passagem reprodutiva que parte da 
cérvix até a entrada da uretra. A parte caudal, o vestíbulo, se estende do óstio uretral (externo) até a vulva, 
externa,e combina funções reprodutivas e urinárias. Essas duas partes juntas constituem o órgão 
copulatório da fêmea e o canal do parto. 
A intrusão da cérvix para o interior da parte cranial da vagina reduz o lume dessa região (geralmente) 
para um espaço como um anel, conhecido como fórnix. 
 
 
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A junção da vagina com o vestíbulo está 
supostamente demarcada nos animais virgens por 
meio de uma prega mucosa transversa (hímen). 
 
 
A vagina é um tubo relativamente longo e de 
parede fina, distensível em comprimento e largura. 
Ocupa uma posição mediana na cavidade pélvica e 
se relaciona dorsalmente com o reto e 
ventralmente com a bexiga urinária e a uretra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
VESTÍBULO E VULVA 
 
O vestíbulo, muito mais curto do que a vagina, situa-se principalmente, se não inteiramente, caudal ao arco 
isquiático, circunstância que lhe permite inclinar-se ventralmente à sua abertura na vulva. O grau de inclinação é variável, 
tanto entre as espécies quanto entre os indivíduos. 
As paredes do vestíbulo são menos elásticas do que as paredes da vagina e se juntam no momento de repouso, 
reduzindo o lume a uma fenda vertical. A uretra se abre no assoalho, caudal a qualquer indicação do hímen que possa 
estar presente. 
Em alguns animais, por exemplo, a 
cadela, a abertura uretral eleva-se acima 
do nível do assoalho vestibular; em 
outros, como a vaca, está associada ao 
divertículo suburetral. Mais 
caudalmente, as paredes vestibulares 
são marcadas pela desembocadura dos 
ductos das glândulas vestibulares. Em 
certas espécies (p. ex., 
 
 
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cadela), as glândulas são pequenas, contudo numerosas, e os orifícios dos ductos formam séries lineares; em 
outras (p. ex., vaca), uma grande massa glandular de cada lado é drenada por um ducto único. Essas glândulas 
produzem uma secreção mucosa que 
lubrifica a passagem durante o coito e o 
parto. No estro, o odor da secreção tem 
um efeito sexualmente estimulante 
sobre o macho. 
O vestíbulo se abre para o 
exterior pela vulva. A abertura vertical 
da vulva é delimitada pelos lábios que se 
encontram nas comissuras dorsal e 
ventral. 
O clitóris, o homólogo feminino 
do pênis, situa-se dentro da comissura 
ventral. É formado por dois pilares, um 
corpo e uma glande, da mesma forma 
que seu muito maior homólogo 
masculino. 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
Os ligamentos largos, as principais fixações do trato reprodutivo da fêmea, são folhetos bilaterais que têm sua 
origem no teto do abdome e nas paredes pélvicas. 
A parte cranial de cada folheto pende verticalmente e sustenta o ovário, a tuba uterina e o corno uterino. A parte 
caudal passa mais horizontalmente para se fixar ao lado do corpo do útero, da cérvix e da parte cranial da vagina. 
Diferentes partes dos ligamentos largos apresentam designações específicas. Quando acompanhado distalmente 
de sua fixação até o teto abdominal, 
o mesovário, que sustenta o ovário, 
emite uma prega lateral 
(mesossalpinge) que passa sobre a 
tuba uterina. O mesovário e a 
mesossalpinge formam uma bolsa, a 
bolsa ovárica, para dentro da qual o 
ovário se projeta. 
Um cordão de tecido fibroso e 
musculatura lisa, o ligamento 
redondo do útero, passa do ápice do 
corno uterino em direção (na cadela, 
 
 
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através) ao canal inguinal, sustentado por uma dobra especial do peritônio, destacada da superfície lateral 
do ligamento largo.

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