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Diagnóstico Ambiental de Garavataí

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RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO AMBIENTAL II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO AMBIENTAL II 
 
Relatório apresentado como requisito para 
avaliação do grau A para a disciplina de 
Diagnóstico Ambiental II . 
 
 
 
 
 
 
3 
 
RESUMO 
 
 
 O presente projeto apresenta uma caracterização temática do município de 
Garavataí (RS), onde foram usadas ferramentas SIG, para a confecção do mapa de 
Uso e Cobertura do Solo para a disciplina de Diagnóstico Ambiental II (2014/2), 
tendo como objetivo capacitar o aluno a lidar, conciliar e interligar estudos prévios de 
uma determinada área , com a manipulação de Softwares se sensoriamento remoto 
(SPRING) e de computação gráfica (ArcGIS). 
. 
4 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 01: Mapa geológico do Estado do RS , fonte:KAUL, 1990, ADAPTADO 
Figura 02: Mapa de Localização da cidade ( Adaptado : metroplam nov/1999) 
Figura 03: Imagem Google Earth, com o marco de referência do município em 
destaque 
Figura 04– Fluxograma dos métodos aplicados 
Figura 05: CenaLandsat 5 TM, retângulo Envolvente da área de estudo 
composição 5(R)4(G)3(B). 
Figura 06: CenaLandsat 5 TM, retângulo Envolvente/Mascara da área de estudo 
composição 5(R)4(G)3(B) 
Figura 07: Similaridade 8 e área 16 
 Figura 08 :Similaridade 10 área 16 
Figura 09 :Similaridade 15 área 16 
Figura 10 :Similaridade 20 área 16 
Figura 11: Aplicação da melhor similaridade na imagem usada pra confecção do 
mapa de Uso e Cobertura do Solo. 
Figura 12: Mapa de Uso e Cobertura do solo 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 01 – Características das bandas do satélite Landsat 5, sensor TM. 
(Fonte: ENGESAT) 
Tabela 02 – Tabela dos experimentos realizados na segmentação. 
Tabela 03: Tabela de confusão 
Tabela 04: Legenda das siglas da tabela 03 
 
 
5 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
LANDSAT - Land Remote Sensing Satellite 
RS – Rio Grande do Sul 
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia Estatistica 
SIG - Sistema de Informações Geográficas 
TM - Tematic Mapper 
ArcGIS - Grupo de programas informáticos ArcReader, ArcView, ArcEditor , 
ArcInfo. 
SPRING - Sistema de Processamento de Informações Georreferenciadas 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=ArcReader&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/ArcView
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=ArcEditor&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=ArcInfo&action=edit&redlink=1
SUMÁRIO 
 
 
1. Introdução..........................................................................................6 
2. CARTOGRAFIA DIGITAL E GEOLOGIA..........................................6 
2.1 GEOPROCESSAMENTO...........................................................6 
2.2 GEOLOGIA REGIONAL..............................................................7 
2.3 LOCALIZAÇÃO...........................................................................7 
3. ANALISE AMBIENTAL.....................................................................8 
3.1 OBJETIVO..................................................................................9 
3.2 ESTUDO PRÉVIO ÁREA............................................................9 
4. GEOPROCESSAMENTO..................................................................10 
4.1 DESCRIÇÃO E LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO..........10 
4.2 MATERIAL..................................................................................10 
4.3 MÉTODOS...................................................................................12 
4.3.1 SELEÇÃO E AQUISIÇÃO DE DADOS REMOTOS..................14 
 4.3.2 CRIAÇÃO DO BANCO DE DADOS GEOGRÁFICOS E DO PROJETO 
 4.3.3 CONFECÇÃO DO MAPA DE USO E COBERTURA DO SOLO 
 4.3.3.1 SEGMENTAÇÃO DA IMAGEM DE SATÉLITE 
 4.3.3.2 CLASSIFICAÇÃO DA IMAGEM DE SATÉLITE 
 4.3.3.3 MAPEAMENTO DOS TEMAS 
 4.3.3.4 ANÁLISE QUALITATIVA 
 5. CONCLUSÃO....................................................................................23 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O presente relatório foi elaborado nas aulas da disciplina de Diagnóstico 
Ambiental II, tendo como finalidade descrever e mostrar como foi feito o tratamento 
das imagens multespectrais TM (Thematic Mapper) do Satélite LANDSAT 5 ,da 
órbita 221e ponto 81 do municipio de Gravataí, e a confecção de mapas de uso e 
cobertura do solo , tendo como finalidade fazer um estudo da cidade onde será 
levado em conta princípios de Cartografia digital, Geologia, Geomorfologia e Análise 
ambiental . 
 
2. CARTOGRAFIA DIGITAL E GEOLOGIA 
A Cartografia é responsável pela representação do espaço físico temporal, 
realizada através da elaboração de documentos cartográficos formados por Bases 
de Dados Espaciais que requer uma seleção prévia e a definição dos objetos que 
irão compor tal representação, assim como a simplificação dos 
dados espaciais e generalizações cartográficas componentes da mesma 
(CORREIA e SÁ, 2010). 
 
2.1 GEOPROCESSAMENTO 
 
A cartografia digital, ferramenta do geoprocessamento, vem se difundindo no meio 
técnico-científico por sua cada vez mais. O Sistema de Informações Geográficas 
(SIG),tem uma grande aplicabilidade, possibilitando análises, testes e avaliações do 
ambiente a ser trabalhado. 
Utilizando uma das técnicas de geoprocessamento pode-se obter o mapa de 
Uso e cobertura do solo , aplicado nesse projeto 
 
2.2 GEOLOGIA REGIONAL 
 
A área estudada está inserida na Província Costeira do Rio Grande do Sul, 
sendo esta formada por três diferentes conjuntos geológicos: embasamento da 
Bacia de Pelotas, Bacia de Pelotas e os sedimentos de posteriores não litificados. 
O Embasamento da Bacia de Pelotas é constituído pelo complexo cristalino pré-
cambriano e sequências sedimentares e vulcânicas, Paleozóicas e Mesozóicas da 
8 
 
Bacia do Paraná, onde passou por vários eventos tectônicos no decorrer do 
Cretáceo, onde ocorreu o separamento do continente e dando origem ao Oceano 
Atlântico. A bacia de Pelotas é receptora dos sedimentos clásticos (cascalho, areia e 
lama) de zonas vizinhas com maior altitude, com espessura de mais de 5 mil metros. 
 
Figura 01: Mapa geológico do Estado do RS , fonte:KAUL, 1990, ADAPTADO 
 
2.3 LOCALIZAÇÃO 
 
A área de estudo pertence à microrregião de Porto Alegre, pertencente ao 
estado do Rio Grande do Sul. Gravataí localiza-se à norte da Capital , distando 
desta, aproximadamente, 23 km. O município. Tem uma área total de 497 km², 
sendo que 121 km² são de área urbana e 376km² de área rural. É subdividido em 
cinco distritos: Barro Vermelho, Ipiranga, Itacolomi, Morungava e a sede (Gravataí). 
Segundo o último Censo Demográfico IBGE (2010), a população total do município 
era de 255,660 habitantes, com densidade demográfica da ordem de 551,58 
habitantes/km². 
9 
 
 A cidade está inserida na bacia hidrográfica do rio Gravataí , onde está, 
representa cerca de 2,6% da área da bacia hidrográfica do Guaíba, estendendo-se 
desde Porto Alegre e delta do Rio Jacuí a oeste, zona de lagunas da costa do 
Atlântico a leste, a norte faz divisa com a bacia hidrográfica do Rio dos Sinos e ao 
sul com os banhados e arroios que escoam para a laguna dos patos (Salomoni, 
2004) 
 
Figura 02: Mapa de Localização da cidade ( Adaptado : metroplam nov/1999) 
 
3 ANÁLISE AMBIENTAL 
 
 A análise ambiental , serve para estudar um ambiente com o intuito de 
impactos no meio natural e identificar possíveis oportunidades de desenvolvimento 
sustentável na região. 
 O trabalho realizado na Cidade de Gravataí, tem como objetivo averiguar 
onde há situações de maior impacto ao meio ambiente, fazendo disso um 
direcionamento para o trabalho. 
 
3.1 OBJETIVO 
Partindo de um estudo prévio sobre o zoneamento, ocupação urbana, agrícola e 
industrial, assim como a geologia, hidrografiae geomorfologia, a fim de identificar 
10 
 
uso e ocupação do solo , manutenção de fauna e vegetação nativa , recursos 
naturais e consumo humano , foi possível criar um banco de dados que serve como 
base para o diagnóstico ambiental do município. 
O levantamento desses dados foram baseados em estudos prévios feitos pela a 
secretária do meio ambiente da prefeitura de Gravataí, que foram usados como 
subsidio para a realização desse trabalho. 
 
3.2 ESTUDO PRÉVIO DA ÁREA 
A cidade apresenta uma vegetação típica de Mata Atlântica, onde ocorre 
formações pioneiras onde predomina espécies arbustivas e arbóreas; Floresta 
Estacional Semidecidual, Vegetação secundária , agricultura onde predomina o 
cultivo de arroz e pomares ; reflorestamento que está sob a forma de plantios 
homogêneos de eucalipto (Eucalyptus sp.) e acácia-negra (Acacia mearnsii) e 
vegetação urbana. Quanto ao tipo e uso do solo , a região possuei terras 
moderadamente boas para cultivo com solos Podzolico Vermelho-Amarelo, solos 
da unidade Terra Roxa Estruturada e alguns solos hidromórficos, como Planossolos 
e Gleis. Segundo o plano ambiental I do município esses tipos de solos ocupam 
uma área de 347,93 km2 do Município de Gravataí, equivalentes a 74,7 % do 
território. 
Gravatai tem duas estações bem definidas, verões quentes e invernos frios, 
segundo a classificação de Köppen a cidade apresenta um clima Subtropical .O 
Município apresenta domínios geomorfológicos diferenciados. São eles : Domínio 
Depósitos Sedimentares, Domínio Bacias e Coberturas Sedimentares e 
Embasamentos em Estilos Complexos, associados às respectivas regiões, domínios 
e unidades geomorfológicas descritos por IBGE (1986) . O Município se localiza 
sobre a planície do Rio Gravataí, avança pela Depressão Central e atinge os 
primeiro patamares da Serra Geral. Sua principal bacia hidrográfica é do rio Gravataí 
e ocupa também, a noroeste, a bacia do Rio dos Sinos, representada pe 
la sub-bacia do alto arroio Sapucaia. 
Possuindo uma área de 2.200km² a sub-bacia hidrográfica do Rio Gravataí conta 
com três diferentes tipos de comportamento hidráulico: Nascente, Banhado Grande 
e o próprio Rio Gravataí. As nascentes estão localizadas em áreas de declividade 
acentuada no divisor de águas na porção norte da bacia, que tem sua vazão 
despejada no Banhado Grande, este último é o controlador da vazão da bacia, onde 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_clim%C3%A1tica_de_K%C3%B6ppen-Geiger
11 
 
a maior porção da área é usada como plantação de arroz. O Rio Gravataí tem 
extensão de 34 km iniciando no Passo dos Negros chegando até o delta do Rio 
Jacuí 
 
4.GEOPROCESSAMENTO 
O sistema de geoprocessamento é um conjunto de tecnologias voltado ao 
processamento de dados georeferênciados, desde sua coleta até o tratamento e 
geração de informações específicas, que serão usados em mapas, relatórios, 
gerenciamento, manipulação e análise. 
As atividade que envolvem esse tipo de sistema são executadas pelo o Sistema 
de Informação Cartográfica(SIG) que processa dados gráficos e não gráficos, com 
ênfase em análises espaciais e modelagens da superfície. 
 
4.1 DESCRIÇÃO E LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 
Gravataí esta situada na Região Metropolitana de Porto Alegre. A cidade possui 
uma área total de 497,82 km². A sede do Município se localiza na porção sudoeste 
e está conurbada com a sede do Município de Cachoeirinha. 
 
Figura 03: Imagem Google Earth, com o marco de referência do município em 
destaque. 
4.2 MATERIAL 
O Sistema de informação geográfica(SIG) utilizado para o desenvolvimento do 
projeto foi o SPRING (Sistema de Processamento 
de Informações Georreferenciadas), esse software utilizado para o processamento 
12 
 
de imagens foi o SPRING (Sistema de Processamento de Imagens 
Georeferenciadas) esse software foi desenvolvido pelo Instituto Nacional de 
Pesquisas Espaciais (INPE)/Divisão de Processamento de Imagens (DPI), com a 
participação da EMBRAPA/CNPTIA, IBM Brasil, TECGRAF, PETROBRAS/CENPES, 
K2 Sistemas, entre outros. O SPRING é classificado como um SIG (Sistema de 
Informação Geográfica), tendo como função o processamento de imagens, análise 
espacial, construção de modelos numéricos de terreno e de construção e consulta 
de banco de dados espaciais. O programa é aplicado em estudos relacionados as 
áreas de agricultura, gestão ambiental, geografia, geologia, planejamento e urbano 
entre outras. 
O satélite utilizado para o desenvolvimento do estudo foi o Landsat 5 da órbita 
221e ponto 81 , sensor TM. As bandas utilizadas para o trabalho foram a 3, 4 e 5. 
Nessas bandas, temos algumas características específicas, como: 
aracteristica das Bandas 3, 4 e 5. 
Banda 
Espectral 
Resol
ução 
Espacial 
Reso
lução 
Tempora
l 
Resol
ução 
Espectral 
(µm) 
Resoluç
ão 
Radiomé
trica 
(B3) 
VERMELHO 
 
 
 
 
30 
metros 
 
 
 
 
16 
dias 
0.63 
– 0.69 
 
 
 
 
8 bits 
(B4) 
INFRAVERME
LHO PRÓXIMO 
0.76 
– 0.90 
(B5) 
INFRAVERMELHO 
MÉDIO 
1.55 
– 1.75 
Tabela 01 – Características das bandas do satélite Landsat 5, sensor TM. 
(Fonte: ENGESAT) 
 
 
 
 
 
13 
 
4.3 MÉTODOS 
 
 
Figura 04– Fluxograma dos métodos aplicados 
O fluxograma representa as etapas da metodologia aplicada nesse trabalho, 
onde primeiramente foi dado ao projeto um Local, Nome e feita a escolha do 
Georreferenciador para o Banco de Dados (SPRING). Após, criamos outro projeto 
dentro do nosso banco geográfico. Na sequencia, foi dado um nome ao Projeto e 
definidas as projeções, resultando no “Projeto Gravatai”, gerado dentro do banco de 
dados. As imagens multespectrais utilizadas nesse trabalho foram obtidas pelo o 
Mapeador Temático – TM (Thematic Mapper) do Satélite LANDSAT 5 ,da órbita 
221e ponto 81 disponibilizadas gratuitamente, através do catálogo de imagens de 
satélites do INPE com data de passagem de 28 de novembro de 2011, adquiridas no 
dia 13 de março de 2014, nas quais foi aplicado o georreferenciamento, gerando as 
Bandas 3, 4 e 5 registradas. Na etapa de segmentação, foi inserida imagens com 
registro, das bandas 3, 4 e 5, e obtido ao final do processo, as segmentações de 
similaridade 20 e área 16,similaridade 15 e área 16, similaridade 10 e área 16. 
14 
 
Depois de uma analise qualitativa, foi utilizada a melhor imagem segmentada para a 
classificação(similaridade 15 e área 16). A partir dessa classificação foi gerado o 
mapa de uso e cobertura do solo e por fim, , feita a análise qualitativa e a análise 
quantitativa do mapa. 
 
4.3.1 SELEÇÃO E AQUISIÇÃO DE DADOS REMOTOS 
Para o processamento de imagens foram utilizadas imagens multiespectrais, do 
satélite LANDSAT – 5 , que tem como principal objetivo o mapeamento 
multiespectral em alta resolução da terra. Os dois principais instrumentos 
imageadores do Landsat 5 são: (MSS) Multispectral Scanner e (TM) Thematic 
Mapper. O sensor TM possuia 7 bandas, cada uma representando uma faixa do 
espectro eletromagnético. As bandas 1,2,3,4,5 e 7 possuem 30 m de resolução 
geométrica e a banda 6, possui resolução de 120 m com resolução espectral 
variando para cada banda, Banda 1 (Azul) 0.45 – 0.52 µm; Banda 2(Verde) 0.50 – 
0.60 µm; Banda 3(Vermelho) 0.63 - 0.69 µm; Banda 4(I. próximo) 0.76 – 0.90 µm; 
Banda 5(I. médio) 1.55 – 1.75 µm; Banda 6(I. termal) 10.4 – 12.5 µm; Banda 7(I. 
médio) 2.08 – 2.35µm.. Todas as possuem resolução temporal de 16 dias, a faixa 
imageada corresponde a uma área de 185 km e uma resolução radiométrica de 8 
bits. 
A escolha das bandas utilizadas para o processamento de imagens foram 
selecionadas levanto em conta os alvos que apresentam maior visibilidade e 
importância na região, levando em conta essas aspectos , as bandas que teriam 
maior aproveitamento para o estudo da área a ser abordada seriam: 
• Banda 3: As áreas de vegetação densa e uniforme representadas pela 
a cor verdeapresentam uma grande absorção, permitindo uma diferenciação 
entre as áreas ocupadas com vegetação rasteira, solo exposto ,áreas 
urbanas e regiões onde a cobertura vegetal é constituída por campo, cerrado 
e floresta. Essa banda permite analisar a variação litológica de acordo com o 
contraste que as diferentes áreas apresentam, sendo mais utilizada para 
delimitar mancha urbana e áreas agrícolas. 
15 
 
• Banda 4: essa banda permite o mapeamento da rede de drenagem e 
delineamento de corpos de água que apresentam uma coloração escura. 
Devido a sensibilidade na diferenciação de cores em relação á morfologia do 
terreno, essa banda permite a obtenção de informações sobre 
Geomorfologia, Solos ,Geologia e mapeamento de feições geológicas e 
estruturais. Serve para separar e mapear áreas ocupadas 
com pinus e eucalipto. 
• Banda 5 : Essa banda apresenta sensibilidade ao teor de umidade das 
plantas onde é possível notar se área passa por algum estresse na vegetação 
causado pelo o desequilíbrio hídrico. 
 
4.3.2 CRIAÇÃO DO BANCO DE DADOS GEOGRÁFICOS E DO PROJETO 
 
Para a criação do banco de dados no SPRING foram utilizadas as imagens das 
bandas 3,4 e 5, foram escolhidas conforme os critérios já mencionados no item 2.2 , 
para a criação do banco de dados, em uma pasta nomeada TarcianaCruz ,que foi 
conectada ao software SPRING, versão 5.2.3, através da criação do banco de 
dados, nomeado RS_TarcianaCruz_2014 ( Arquivo - Banco de Dados- Escolha o 
diretório). Feita a criação do banco de dados , o projeto nomeado com GRAVATAÍ, 
foi ativado (Arquivo / Projeto / Projeto / Projeção escolhida UTM; DATUM WGS-84 
zona 22S;) 
Foi realizado dois recortes da cena LANDSAT 5 TM, a primeira utilizou o 
retângulo envolvente de coordenadas coordenadas 506729,75 E /6692494.36 S- 
canto superior direito e 485226,32 E/ 6684964.74 S- canto inferior esquerdo , ( 
Ferramentas/Recortar Plano de Informação. Escolher: Retângulo Envolvente 
/Retângulo Envolvente, novamente /Cursor: não / Coordenadas planas / Digitar as 
coordenadas / Hemisfério sul / Executar ) ao retornar para a janela anterior, escolhe-
se categoria CAT_Imagem e digita-se REC (na caixa de texto), executa e fecha. 
Outro recorte foi utilizando o shape do limite do município exportado do Arc Gis/ 
ArcMap 10.2.2 como marcará para fazer o recorte. 
16 
 
 
Figura 05: CenaLandsat 5 TM, retângulo Envolvente da área de estudo 
composição 5(R)4(G)3(B) 
 
Figura 06: CenaLandsat 5 TM, retângulo Envolvente/Mascara da área de estudo 
composição 5(R)4(G)3(B) 
 
 
 
 
17 
 
4.3.3 CONFECÇÃO DO MAPA DE USO E COBERTURA DO SOLO 
 
 A confecção do mapa de uso e cobertura do solo tem, viabiliza a interpretação, 
análise e registro de informações da região estudada .A interpretação do mapa, 
possibilita a construção de indicadores ambientais para que se possa fazer 
avaliações e análises de impacto ambiental. 
O mapa confeccionado consistiu no agrupamento de classes temáticas, como 
tipo de vegetação, uso e ocupação de área e distribuição geográfica. 
 O mapa de uso e cobertura do solo confeccionado partiu da segmentação 
com similaridade 15 e área 16 , da classificação das bandas 3, 4 e 5, das imagens 
do satélite Landsat-TM. Primeiro foi realizada a segmentação e a classificação, 
possibilitando o mapeamento da área. Foi gerado um mapa de uso e cobertura do 
solo, onde foi adotada uma legenda que classificoua as áreas em : 
• Área Urbana: regiões com pouca ou nenhuma cobertura vegetal, onde 
é possível identificar o urbanismo. Vias e estradas estão incluídas; 
• Vegetação Densa: regiões com muita cobertura vegetal, 
principalmente indicando delimitações de leitos de rios; 
• Vegetação Rasteira: regiões com moderada cobertura vegetal, 
incluindo áreas de pastagens e plantações; 
• Corpos D’Água: rios, lagos e açudes estão incluídos nesta parte da 
legenda, assim como campos alagados para a plantação de arroz; 
• Solo Exposto: áreas aradas e de atividades de escavação e remoção 
de atributos minerais e rochosos. 
• Nuvem. 
• Sombra. 
• Desconhecido. 
 
4.3.3.1 SEGMENTAÇÃO DA IMAGEM DE SATÉLITE 
 
A segmentação é um processo automático , que faz um agrupamento de dados 
que subdividir numa imagem regiões homogêneas, considerando algumas de suas 
características intrínsecas, que nada mais são que pixels que apresentam 
similaridade . 
18 
 
O segmentador utilizado na confecção do mapa foi “Crescimento de Regiões”, 
que é um processo que rotula cada pixel como uma região distinta e calcula o 
critério de similaridade para cada par de regiões adjacente, depois divide-se a 
imagem em um conjunto de sub-imagens e, realiza-se a união entre elas, segundo 
um limiar de agregação definidos. 
Os parâmetros adotados no segmentador foram o de “Similaridade” e “Área”. 
Onde foram feitos teste para definir qual seria o melhor parâmetro adotado, foram 
eles : 
 
Tabela 02 – Tabela dos experimentos realizados na segmentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEG SIMILARIDADE ÁREA CLASSIFICAÇ
ÃO 
1 30 16 Ruim 
2 20 16 Regular 
3 15 16 Otimo 
4 10 16 Bom 
5 8 16 Bom 
19 
 
 
Figura 07: Similaridade 8 e área 16 
 
 
Figura 08 :Similaridade 10 área 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 09: Similaridade 20 área 16 
20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10: Similaridade 15 área 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11: Aplicação da melhor similaridade na imagem usada pra confecção do 
mapa de Uso e Cobertura do Solo. 
 
 
 
 
 
 
21 
 
4.3.3.2 CLASSIFICAÇÃO DA IMAGEM DE SATÉLITE 
 
A classificação de imagens de satélite é dada pelo processo de atribuição de 
pixels às classes pré-estabelecidas. Com a comparação de um pixel com outro, de 
identidade conhecida, é possível juntar as refletâncias espectrais semelhante em 
classes mais ou menos homogêneas. 
A classificação das imagens de satélite agrupa os pixel semelhantes e os 
apresenta em uma cor, que depois é atribuída para uma das classes da legenda 
adotada. 
O classificador utilizado foi o “Isoseg”, que classifica agrupando dados não 
supervisionados, e aplica sobre as regiões caracterizadas pelos atributos, 
estatísticas de média e matriz de covariância e área. 
A classificação foi gerada com 95%de limiar de aceitação e 5 de iteração, gerou 
classes de acordo com a semelhança entre os pixels. 
 
 
 
 
 
 
Figura 12: Mapa de Uso e Cobertura do solo 
22 
 
 
4.3.3.3 MAPEAMENTO DOS TEMAS 
O mapeamento tem a função de associar as classes temáticas ao real 
significado que ela tem no campo.A geração de classes temáticas pelo classificador 
possibilita o mapeamento temático que permite transformar a imagem classificada 
(categoria Imagem) para um mapa temático raster (categoria Temático). 
Em Arquivo>Modelo de Dados, criamos o mapa de uso e cobertura do solo. 
Damos o nome, escolhendo a categoria Temático>Criar>Executar. Depois de 
criadas as classes (legenda) para o mapa de uso e cobertura do solo, elas se 
tornarão a legenda e a base para a classificação dos temas. 
 Com a classificação selecionada, em Imagem>Mapeamento para Classes, se 
faz a atribuição dos temas para as classes criadas nos mapas de uso e cobertura do 
solo. 
 
4.3.3.4 ANÁLISE QUALITATIVA 
 
Nesta etapa do trabalho é realizada a análise qualitativa e quantitativa, dos 
mapas de uso e cobertura do solo, gerados. Apurado e analisado os possíveis 
acertos e erros na etapa do mapeamento das classes, verificou se ouve confusão no 
apontamento de classes para o seu real. A partir dessa análise , foi verificada a 
qualidade do mapa confeccionado. Para a realização desta análise foram gerados 
30 pontos cadastrais no mapa de composição colorida R(5)G(4)B(3), que depois 
foram sobrepostos esses no mapa de uso e cobertura do solo, e assim possibilitou a 
geração de uma tabela de confusão feita a partir das análises, onde percebe-se quea classificação que apresentou maior confusão foi o solo exposto, que se 
assemelhou com a vegetação rasteira e área urbana, e a classificação que teve 
mais similaridade com o real e o mapa foram os corpos d’água. 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 VD VR SE A AU CA TOTAL 
VD 24 4 0 0 0 2 24 
VR 4 20 6 0 0 0 20 
SE 1 6 16 5 2 0 16 
A 1 1 5 2
1 
2 0 21 
AU 0 0 2 2 26 0 26 
CA 2 0 0 0 0 28 28 
 
Tabela 03: Tabela de confusão 
V
D 
Vegetação densa 
V
R 
Vegetação rasteira 
S
E 
Solo exposto 
A
A 
Agricultura 
A
U 
Área Urbana 
C
A 
Corpos d’água 
Tabela 04: Legenda das siglas da tabela 03 
 
 
 
 
24 
 
5. CONCLUSÃO 
O presente trabalho tratou de analisar o uso e cobertura do solo no município de 
Gravatai, o mapa mostrou as áreas de ocupação onde pode-se verificar 
principalmente nas áreas de agricultura e em parte da área de ocupação humana 
que ocorre um uso indevido da área. Nas áreas na região ao sul próxima do rio, 
sendo áreas de banhado e próxima as nascentes ocorre uso indevido do solo , 
devido a sua baixa declividade sendo considerada áreas de risco e nas nascentes 
APPs. 
Por fim, é importante considerar que este trabalho deve ter continuidade no 
sentido de se obter mais dados bem como trabalhar com diferentes graus de 
similaridade para dar uma maior consistência nos resultados avaliativos da 
classificação, pois quanto maior o número de amostras e os testes de similaridade 
provavelmente melhor a coerência dos dados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIA 
 
DEPARTAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS DA SECRETARIA DE 
ESTADO DO MEIO AMBIENTE – DRH/SEMA - Processo de Planejamento na 
Bacia do Rio Gravataí: Plano de Bacia, 2011. Disponível em: 
<http://www.planogravatai.com.br/RT1.pdf >Acesso em : 15 de outubro 2014.. 
FEPAM- Fundação estadual de proteção ambiental. Cargas Poluidoras 
Lançadas nos Corpos Hídricos do Estado do RS, 1997 . Disponível em:< 
http://www.fepam.rs.gov.br/qualidade/qualidade_gravatai%5Cgravatai.asp > Acesso 
em : 15 de outubro 2014. 
FMMA - Fundação Municipal de Meio Ambiente. Plano ambiental volume I, 
II, III e IV do município de Gravataí, 2005. Disponível em: 
<gravatai.atende.net/#!/tipo/pagina/valor/28.> Acesso em : 16 de outubro 2014. 
 JORGE AMARO & EQUIPE - Recursos Hídricos : Bacias Hidrográficas , 
2009 Disponível em: http://www.jorgeamaro.com.br/recursoshidricos.htm. Acesso em 
: 15 de outubro 2014. 
PICCOLI, Ada Sílvia Beltrã. Et al V-075 - Plano da bacia hidrográfica do rio 
Gravataí – RS, Caxias do Sul: Metroplan, 2000. Disponível 
em:<www.bvsde.paho.org/bvsaidis/caliagua/v-075.pdf > Acesso em : 12 de 
outubro 2014. 
 
 
 
 
 
http://www.planogravatai.com.br/RT1.pdf
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