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Histologia animal avançada 
2020.1 
Marina Morena 
mmorenacg@gmail.com 
 
 
Sumário 
Sistema tegumentar __________ 2 
EPIDERME ______________________________ 2 
DERME ________________________________ 3 
HIPODERME _____________________________ 4 
ANEXOS CUTÂNEOS ________________________ 4 
ESTRUTURAS ESPECIAIS _____________________ 6 
TEGUMENTO DAS AVES _____________________ 6 
Sistema cardiovascular (circulatório) _ 7 
VASOS SANGUÍNEOS _______________________ 8 
MICROVASCULATURA ______________________ 8 
CORAÇÃO ______________________________ 9 
Sistema nervoso central ________ 9 
ENCÉFALO _____________________________ 10 
MEDULA ESPINHAL _______________________ 10 
MENINGES _____________________________ 11 
FLUIDO CEREBROESPINHAL __________________ 12 
Sistema nervoso periférico _______ 12 
FIBRAS NERVOSAS ________________________ 12 
NERVOS _______________________________ 14 
GÂNGLIOS _____________________________ 15 
Sistema linfático ____________ 16 
ÓRGÃOS LINFOIDES PRIMÁRIOS _______________ 16 
ÓRGÃOS LINFOIDES SECUNDÁRIOS _____________ 17 
Sistema respiratório __________ 21 
PORÇÃO CONDUTORA _____________________ 21 
PORÇÃO RESPIRATÓRIA ____________________ 24 
AVES _________________________________ 25 
Sistema digestivo ____________ 25 
ESÔFAGO ______________________________ 25 
PRÓ-VENTRÍCULO ________________________ 26 
ESTÔMAGO ____________________________ 26 
INTESTINO DELGADO ______________________ 27 
INTESTINO GROSSO _______________________ 28 
AVES _________________________________ 28 
Glândulas anexas ao sistema digestivo _29 
GLÂNDULAS SALIVARES ____________________ 29 
PÂNCREAS _____________________________ 30 
FÍGADO _______________________________ 31 
Sistema endócrino __________ 32 
HIPÓFISE ______________________________ 33 
GLÂNDULA PINEAL ________________________ 35 
TIREOIDE ______________________________ 35 
PARATIREOIDE ___________________________ 35 
ADRENAIS ______________________________ 35 
OUTROS TECIDOS ENDÓCRINOS _______________ 36 
Sistema urinário ____________ 36 
RIM __________________________________ 36 
VIAS URINÁRIAS __________________________ 39 
Sistema reprodutor masculino _____ 40 
TESTÍCULO _____________________________ 40 
EPIDÍDIMO _____________________________ 42 
DUCTO DEFERENTE ________________________ 42 
GLÂNDULAS ACESSÓRIAS ____________________ 42 
PÊNIS _________________________________ 43 
Sistema reprodutor feminino _____ 44 
OVÁRIO _______________________________ 44 
TUBAS UTERINAS _________________________ 47 
ÚTERO ________________________________ 47 
VAGINA _______________________________ 48 
GLÂNDULAS MAMÁRIAS ____________________ 48 
Marina Morena 
 
2 
Sistema 
tegumentar 
Caracterizado pela pele e seus anexos 
cutâneos (garra, corno, cascos, pelos etc), 
o sistema tegumentar possui a função de 
revestir o corpo. A pele é composta por 
três camadas: a epiderme, derme e a 
hipoderme. 
Epiderme 
Superfície externa da pele, possui uma 
origem embrionária ectodérmica e é 
composta por tecido epitelial 
queratinizado. Desse modo, protege os 
tecidos adjacentes do atrito e da 
desidratação. 
A principal célula é o queratinócito que 
se divide em 5 camadas ao longo da 
epiderme, variando em seu estado de 
maturação. 
A camada próxima da membrana basal 
que divide a derme da epiderme é 
chamada de camada germinativa ou basal. 
Essa primeira camada possui a função de 
estoque e fornecimento de células para a 
constante regeneração tecidual. Nesse 
estágio as células possuem um formato 
cúbico e estão em constante divisão 
celular, onde uma das resultantes se 
mantém na camada e a outra vai para a 
camada superior, chamada de camada 
espinhosa. 
Na camada espinhosa as células passam 
de um formato cúbico para um esticado 
com projeções do citoplasma. Ainda 
possuem a capacidade de se dividir, porém 
em menor taxa. Além disso o reticulo 
endoplasmático já começa a produzir uma 
substância que posteriormente se tornará 
a queratina. 
A terceira camada é a granulosa, que é 
assim chamada pela característica celular, 
composta de grânulos de querato-hialina, 
que se tornam translúcidos na coloração 
do tecido. Nesse estágio as células 
possuem um formato mais 
alongado/plano. 
A camada lúcida é composta por células 
ainda mais finas/alongadas, anucleadas ou 
apenas com resquícios do seu núcleo e 
com grânulos de querato-hialina maduros 
(queratina). Algumas células começam a 
entrar em apoptose. 
Por fim, a última camada, chamada de 
camada córnea (ou estrato córneo), é 
apenas o esqueleto das células, repleto de 
queratina. 
 
Outra célula presente na epiderme são 
os melanócitos, responsáveis pela 
produção de melanina, que serve de 
proteção contra os raios UV. É localizada 
na camada basal, porém possui projeções 
citoplasmáticas que se expandem para as 
camadas mais externas (aspecto de mão 
de luva). 
 
Essas células possuem a capacidade de 
armazenar tirosina, além de produzir a 
Marina Morena 
 
3 
tirosinase. Desse modo, esta enzima 
quebra a tirosina em DOPA, que sobe em 
direção as projeções citoplasmáticas. Nas 
extremidades a DOPA é convertida em 
melanina, que é exocitada e injetada nas 
células das diversas camadas de 
queratinócitos. A melanina se deposita 
sempre acima do núcleo, para que esta 
proteja o mesmo dos raios UV. 
Patologias associadas aos melanócitos: 
vitiligo é uma doença autoimune, onde o 
S.I. ataca os melanócitos. A neoplasia dos 
melanócitos é chamada de melanoma. 
As células de Merkel são as 
responsáveis pela transdução sensorial 
(tato). São células pequenas e cúbicas de 
difícil visualização na coloração de H&E, 
que estão conectadas à uma terminação 
nervosa. Desse modo, são encontradas na 
camada basal da epiderme, sendo 
especialmente abundante em algumas 
partes do corpo, como os coxins. 
Por fim, as células de Langerhans são as 
responsáveis pela fagocitose e 
apresentação de antígeno na epiderme. 
São as únicas que não possuem origem 
embrionária na ectoderme e sim na 
medula óssea. 
Derme 
Composta por tecido conjuntivo, 
contendo vasos sanguíneos, terminações 
nervosas e fibra elástica. A espessura pode 
variar de acordo com o local. 
Conferem um aspecto de casca de ovo 
na porção adjacente à camada basal da 
epiderme. Sua composição é de tecido 
conjuntivo frouxo, além de células 
sentinelas (histiócitos) que possuem a 
função de proteger o tecido. Por possuir 
vasos sanguíneos (arteríolas e vênulas), é 
responsável por nutrir as células da 
epiderme, além de atuar na 
termorregulação do animal. 
As áreas do corpo com menos pelos 
possuem maior quantidade de papilas 
dérmicas, o que consequentemente 
significa uma maior quantidade de sangue 
passando e uma maior troca de calor com 
o meio externo, configurando uma melhor 
termorregulação. Essa característica torna-
se importante especialmente em espécies, 
como nos suínos, que não possuem 
glândulas sudoríparas. Geralmente são 
porções de pele mais grossas. 
 
Animais com muito pelo, ou nas porções 
do corpo que possuem muito pelo, não 
possuem papilas dérmicas. Desse modo, a 
camada papilar não existe, tendo apenas 
uma camada se derme superficial, também 
composta de tecido conjuntivo frouxo e 
fibra elástica. 
Adjacente à camada papilar, está a 
camada reticular, que é formada por tecido 
conjuntivo denso não modelado e fibras 
reticulares, especialmente em partes de 
pele grossa. Além disso, possui fibras 
elásticas e é a camada em que estão 
inseridos os anexos cutâneos, como 
glândulas e folículos pilosos. 
Marina Morena 
 
4 
As principais células são os fibrocitos, 
porém há alguns melanócitos, que dão cor 
aos pelos e garras. 
Hipoderme 
Composta por tecido conjuntivo frouxo, 
está adjacente à camada reticular da 
derme. Tem como característica a 
presença de panículos adiposos, cuja 
função é de modelar, bem como auxiliar na 
termorregulação/termoproteção e de 
reserva. 
Anexos cutâneos 
Vasos e receptores sensoriais são 
exemplos de anexos cutâneos.Os 
receptores podem ser mecanorreceptores, 
encapsulados ou terminações livres 
(tato/dor - Merkel). Dentre os exemplos de 
receptores sensoriais podemos destacar os 
corpúsculos de Paccini (propriocepção), 
corpúsculos de Meissner (tato e pressão), 
corpúsculos de Krause (frio) e corpúsculos 
de Ruffini (calor). Vale lembrar que os 
corpúsculos de Paccini e Meissner também 
são encontrados nas vísceras. 
 
Pelos 
Obs: as áreas sem pelo são denominadas de 
glabras. 
Os pelos são encontrados na superfície 
corporal dos mamíferos domésticos. Sua 
função é de isolante, tanto hídrico como 
térmico. A proteção térmica acontece a 
partir do momento em que o músculo 
eretor do pelo se contrai (no frio) e forma 
uma camada de ar, que funciona como um 
cobertor. 
Os pelos podem ser classificados como 
primários, que são os maiores, ou 
secundários, visto em algumas espécies 
específicas e filhotes. 
O folículo piloso é envolto por uma 
lâmina basal/membrana vítrea, que o 
separa da derme. É composto por tecido 
epitelial e se forma a partir da papila 
dérmica. Possui a porção da medula, mais 
macia que pode alojar estruturas 
parasitárias/fungos, córtex e cutícula, que 
é extremamente compacta e formada por 
queratinócitos, esta é a porção que se 
projeta para fora da pele. 
 
Além disso, possui uma bainha externa, 
sem queratina, e uma interna, que possui 
queratina, além de melanócitos na parte 
basal do pelo. 
Os folículos pilosos podem ser simples, 
ou seja, conter apenas um pelo, ou 
compostos, com mais de um pelo. Os 
Marina Morena 
 
5 
folículos compostos são os predominantes 
na maioria das espécies. 
Além disso, existem os pelos sensoriais, 
que são as vibrissas. Estes são de extrema 
importância para o tato e localização do 
animal, especialmente gatos. São pelos 
mais grossos, com menor taxa de 
renovação e repletos de células de Merkel. 
Garras e cascos 
Ambos são oriundos do processo 
ungueal, embora possuam diferentes 
histologias. As garras são importantes para 
a proteção e caça dos animais. Sua 
composição é similar à da pele (tecido 
epitelial), entretanto a espessura da 
camada córnea é muito maior, 
especialmente na crista dorsal, além de ser 
extremamente compactada. 
 
Em contrapartida, o casco é composto 
por uma camada de derme mais interna e 
epiderme mais externa. É repleto de 
lâminas que alternam entre derme e 
epiderme (primárias e secundárias), sendo 
conhecido como estrato lamelar. Essa 
estrutura entrelaçada é crucial para 
sustentar o peso do animal. Em animais 
obesos a lâmina epidérmica comprime a 
dérmica e pode acarretar necrose ou 
inflamação (laminite). 
 
Adjacente ao estrato lamelar encontra-
se o estrato médio, composto por duas 
camadas: granulosa e lúcida. 
Os cascos de filhotes ainda não estão 
completamente compactados, por isso há 
um tecido epitelial chamado períoplo, que 
protege o casco ainda não queratinizado 
de possíveis infecções. 
A sola é a porção do casco de apoio da 
terceira falange, assim, não possui 
queratina. Enquanto a ranilha é a que 
apoia o coxim, que é composto por tecido 
conjuntivo fibroelástico e participa na 
sustentação do peso do equino. 
Cornos e chifres 
Corno é uma continuação da epiderme 
envolta por queratina. Por sua vez, os 
chifres são estruturas ósseas revestidas 
externamente por epitélio. É considerado 
um osso longo ramificado. 
Glândulas 
Encontram-se inseridas na derme 
(especialmente na profunda), são 
compostas de tecido epitelial glandular, 
que também é separado da derme pela 
lâmina basal. 
As glândulas podem ser classificadas 
como endócrinas, que liberam seu produto 
no meio interno, ou exócrinas, 
responsáveis por liberar secreções para o 
meio externo do corpo. As glândulas 
exócrinas são divididas em duas porções: 
secretora e o ducto. Por sua vez, a porção 
secretora de uma glândula determina se 
esta é classificada como simples ou 
ramificada, bem como tubular ou acinosa. 
A porção do ducto excretor determina se é 
composta ou não. 
Além disso, vale relembrar que as 
glândulas podem ser classificadas como 
merócrinas, que simplesmente liberam sua 
secreção; holócrinas, onde a célula é 
destruída para que haja a liberação do 
produto; ou apócrina, onde parte do 
Marina Morena 
 
6 
citoplasma da célula é liberada com a 
secreção. 
Glândula sebácea 
Presente em todos os mamíferos, é uma 
glândula alveolar simples/composta 
holócrina que sempre desemboca em um 
folículo piloso (exceto no lábio, mamilo, 
glande e pequenos lábios da vagina). Todo 
folículo piloso possui pelo menos uma 
glândula sebácea. O canal que conecta a 
glândula no folículo é denominado de 
pilossebáceo. 
Além disso, por ser uma glândula 
holócrina, possui uma alta taxa de 
renovação celular. As células presentes são 
chamadas de sebácito, que é uma célula 
grande e repleta de vesículas que 
armazenam o sebo (gordura). Essas 
vesículas apresentam-se incolores ou 
levemente basofílicas em coloração H&E. 
O sebo é um importante lubrificante, 
além de servir como proteção hídrica e 
física e possuir em sua composição 
imunoglobulinas e ácidos graxos. 
Algumas glândulas sebáceas são 
especializadas, como por exemplo, a 
membrana nictante, ou terceira pálpebra, 
responsável por liberar um sebo menos 
oleoso e mais líquido, que protege física e 
imunologicamente o olho, além de 
lubrificá-lo. 
Obs: a conjuntivite seca é uma doença imuno 
mediada onde ocorre a destruição da glândula 
nictante. 
Outro exemplo de glândula sebácea 
especializada é a perianal, que produz 
feromônios. Essa glândula possui 
importância clínica, pois costuma entupir 
ou apresentar tumores. Em ambos os casos 
a remoção cirúrgica é a solução. Além 
disso, em casos de inflamação pode-se 
tratar com antibióticos também. 
Glândula sudorípara 
É uma glândula tubulosa simples 
enovelada predominantemente apócrina, 
podendo também ser merócrina. As 
glândulas sudoríparas apócrinas liberam 
suas secreções no folículo piloso, enquanto 
as merócrinas liberam diretamente na 
pele, sem contato com o folículo. 
Assim como as glândulas sebáceas, 
algumas glândulas sudoríparas são 
especializadas, como por exemplo, as da 
região carpal dos suínos. Essas produzem 
feromônios importantes para a detecção 
do ciclo estral. 
Estruturas especiais 
O ouvido externo (orelha ou pina) 
possui uma estrutura tegumentar especial, 
composta por cartilagem elástica entre 
duas camadas de pele. A camada externa 
de pele é uma superfície convexa que 
apresenta mais pelo, além de glândulas 
sebáceas e sudoríparas. Por sua vez, a 
superfície interna é côncava e apresenta 
uma menor quantidade de pelo e 
glândulas sebáceas especializadas na 
produção de cera. 
Tegumento das aves 
O sistema tegumentar das aves é 
diferenciado dos mamíferos. As aves 
apresentam uma epiderme muito fina, 
enquanto a camada dérmica é mais grossa 
e mais gordurosa. Além disso, não 
possuem glândula sebácea ou glândula 
sudoríparas. Em contrapartida, possuem 
uma célula especializada, os 
seboqueratinócitos, que além de acumular 
queratina, acumula também sebo. 
A epiderme das aves apresenta menos 
camadas e uma maturação celular mais 
rápida, ainda que ocorra de modo 
semelhante à vista nos mamíferos. A 
primeira é a camada basal, seguida da 
intermediária e, por fim, o estrato córneo. 
A derme das aves precisa ser mais 
grossa, pois é de lá que saem as penas, que 
são muito maiores e pesadas que os pelos, 
portanto, precisam de mais sustentação. 
As patas das aves apresentam uma 
composição tecidual distinta do resto do 
corpo, onde a camada da derme é mais fina 
e a epiderme é mais grossa. 
Marina Morena 
 
7 
A pena das aves é separada por partes, 
onde a porção que se insere na derme é 
chamada de cálamo (base), repleta de 
vasos sanguíneos e terminações nervosas. 
A haste principal é chamada de ráque, que 
parte do cálamo até quase a parte final da 
pena. A parte colorida e brilhosa é 
chamada de pluma. Na maior parte das 
espécies, a pluma é formada de umaconjunção de barbas e bárbulas/barbelas. 
As barbas saem da ráque e de cada barba 
saem bárbulas ou barbelas que se 
orientam distalmente ou proximalmente a 
ave. Essas bárbulas se conectam através de 
ganchos para manter uma superfície única 
e lisa. Além disso, na porção da ráque que 
se insere na derme, existe o umbigo 
inferior e na parte mais acima, onde 
começa a pluma, há o umbigo superior. No 
umbigo inferior entram os vasos 
sanguíneos, que nutrem a pena. 
Na estrutura histológica da pena 
podemos ver que ao redor há um tecido 
adiposo, mas a estrutura geral é 
semelhante ao folículo piloso, logo, as aves 
não possuem papilas dérmicas penetrando 
em sua epiderme. 
A lubrificação da pena é feita a partir da 
liberação de sebo pela glândula uropigia 
(acima da cloaca), uma glândula 
semelhante à sebácea, portanto, acinar 
composta holócrina. A ave passa o bico 
sobre a glândula e depois na pena, para 
que distribuir a secreção. 
Sistema 
cardiovascular 
(circulatório) 
O sistema cardiovascular é responsável 
pela circulação sanguínea e linfática e 
realiza essa tarefa com o auxílio do 
coração, dos músculos e da gravidade. 
Quando o animal se movimenta, a 
contração muscular pressiona os vasos 
sanguíneos, auxiliando o fluxo do sangue. 
Como parte do sistema temos as 
artérias, que são quaisquer vasos que 
levam sangue para fora do coração, e as 
veias, que são quaisquer vasos que levam 
sangue para dentro do coração. Além 
disso, temos também aos vasos de 
menores calibres, que são as arteríolas e 
vênulas, além dos capilares. 
Podemos dividir a circulação em duas, a 
grande circulação, que leva sangue para 
todo o corpo, e a pequena, que leva o 
sangue para realizar a troca gasosa no 
pulmão. 
 
O sangue arterial sai do ventrículo 
esquerdo do coração por uma artéria de 
grande calibre (A. aorta), que se ramifica 
em artérias de médio calibre e depois em 
arteríolas. Das arteríolas é formada uma 
rede de vasos sanguíneos extremamente 
pequenos que são os capilares, onde 
ocorre a troca gasosa com os tecidos. 
Agora com sangue venoso, os capilares se 
fundem em vênulas, veias de médio calibre 
e depois veias de grande calibre, até que se 
unem na veia cava (superior ou inferior) e 
Marina Morena 
 
8 
entram no coração pelo átrio direito e 
finalizando a grande circulação. 
A pressão arterial é controlada pelas 
artérias de médio calibre, que por isso são 
também chamadas de artérias musculares. 
As artérias de grande calibre são chamadas 
de artérias elásticas, pois o sangue passa 
por elas com muita pressão, assim elas 
precisam de uma capacidade elástica 
maior. 
Dentro das veias e vênulas existem 
válvulas que são responsáveis por evitar o 
refluxo sanguíneo para a extremidades. 
Vasos sanguíneos 
Os vasos sanguíneos possuem uma 
constituição histológica geral formada por 
três túnicas: 
1. Túnica íntima - composta por 
endotélio (epitelio), lâmina basal (rica 
em colágeno, fibra elástica, fibrócitos 
e miócitos) e lâmina elástica interna. O 
endotélio é responsável pelo 
monitoramento de moléculas, 
permitindo a passagem de pequenas e 
restringindo as grandes, além de 
participar da conversão de algumas 
substâncias como a angiotensina, 
bradicinina, serotonina, 
noradrenalina, trombina etc. A lâmina 
elástica interna está ausentas veias de 
menores calibres. 
2. Túnica média - formada por músculo 
liso com fibras em direção 
concêntrica. Essa é a camada mais 
abundante nas artérias musculares, 
característica que diferencia das 
artérias elásticas. 
3. Túnica adventícia - envolve mais 
externamente o vaso com um tecido 
conjuntivo, que une o vaso a 
estruturas adjacentes. Como todo TC, 
essa camada possui pequenos vasos, 
responsáveis pela nutrição dela e, por 
difusão, das túnicas adjacentes (vaso 
vasorum). Além disso, possui também 
pequenos nervos que controlam as 
funções daquela área (nervi vasorum). 
Na histologia, diferencia-se uma artéria 
de uma veia pela espessura da túnica 
média, onde nas artérias é muito maior do 
que nas veias, seja ela repleta de fibras 
elásticas (artéria elástica) ou músculo liso 
(artéria muscular). 
Ao observar uma lâmina corada por 
H&E, nota-se que a artéria elástica possui 
uma túnica média repleta de ondulações, 
gerada pelas fibras elásticas. Outros tipos 
de colorações permitem a visualização da 
própria fibra. 
Obs: ruminantes possuem uma camada extra de 
fibra elástica na túnica adventícia. 
Microvasculatura 
Os vasos da microvasculatura 
(arteríolas, capilares e vênulas) são 
invisíveis a olho nu. A arteríolas e a vênula 
são diferenciadas do mesmo modo que as 
artérias e vasos, pela espessura da túnica 
média. 
Os capilares são tão pequenos e finos 
que apenas uma hemácia passa bem 
espremida por vez. É esse atrito entre a 
hemácia e a parede do vaso que permite a 
troca gasosa. Os capilares são compostos 
apenas pelo endotélio e a lâmina basal, 
portanto não possuem lâmina elástica, 
túnica média e nem adventícia. 
Obs: pericito é uma célula mesenquimal que fica 
periférica ao capilar e é responsável por indicar o 
caminho que este deve seguir para formar um novo 
vaso. 
Os capilares podem ser de três tipos: 
1. Capilar contínuo – é o mais abundante 
no corpo, não apresenta orifícios e, 
portanto, apenas passa o essencial 
pelo seu endotélio. As junções são 
estreitas (zonas de oculsão). É visto 
em todo o organismo, especialmente 
em músculos, tecido nervoso e 
glândulas exócrinas. 
2. Capilar frenestrado – Possui pequenos 
poros/janelas que se abrem para a 
passagem de algumas moléculas um 
Marina Morena 
 
9 
pouco maiores. Ainda é recoberto de 
lâmina basal, que é seletiva. 
Encontrado especialmente no TGI. 
3. Capilar sinusoide – segue um caminho 
tortuoso, com maior diâmetro (mais 
de uma hemácia por vez) e possui 
aberturas ainda maiores do endotélio 
e na lâmina basal, que pode até estar 
ausente. Permite a passagem de 
estruturas grandes como células. 
Encontrado no fígado, medula óssea e 
glândulas endócrinas. 
Obs: no fígado os macrófagos entram nos 
capilares sinusoides para detectar toxinas ou 
microrganismo e fagocita-los antes que sigam para 
o coração. 
Os esfíncteres pré-capilares abrem e 
fecham de acordo com a necessidade de 
oxigenação do tecido. Quando fechado, o 
sangue passa direto para as anastomoses 
arteriovenosas, ou seja, passa para a veia 
sem realizar a troca. 
Os vasos linfáticos são responsáveis por 
transportar a linfa, que consiste no líquido 
drenado dos tecidos (líquido intersticial), 
para os linfonodos e depois de volta para o 
sangue. 
Coração 
É um órgão muscular composto por três 
camadas: endocárdio, miocárdio e 
pericárdio. O endocárdio é a porção mais 
interna, responsável por revestir as 
cavidades e as válvulas cardíacas. É 
composto por uma camada de epitélio 
plano simples, uma lâmina basal e uma 
lâmina elástica interna. 
 
Por sua vez, o miocárdio é composto 
por miócitos e células da musculatura 
estriada cardíaca. Nos átrios há um miócito 
especial que produz como secreção o 
peptídeo natriurético atrial, que age no 
controle da pressão arterial. As fibras de 
Purkinje também estão presentes no 
miocárdio. São fibras musculares 
esqueléticas modificadas com formato 
arredondado, com citoplasma claro, 
repleta de glicogênio, com menos 
miofibrilas e com disposição não paralela. 
São as fibras de condução cardíaca do 
impulso elétrico e mantém a sincronia e 
frequência de contração. 
Além disso, no miocárdio encontramos 
também uma rede capilar específica para 
nutrir o tecido e um esqueleto cardíaco, 
como base de sustentação das válvulas. 
Esse esqueleto possui uma conformação 
variável de acordo com a espécie. Em cães 
é composto de fibrocartilagem, em cavalos 
de cartilagem hialina, em grandes 
ruminantes é ósseo e em porcos, gatos e 
coelhos de tecido conjuntivo denso não 
modelado. 
Por fim, o pericárdio é um tecido 
conjuntivo denso não modelado dividido 
em duas porções: pericárdio visceral 
(epicardio) e pericárdioparietal. Entre 
essas porções há um espaço, o saco 
pericárdico, que é possui um líquido com 
função de proteger e lubrificar (impede o 
atrito). 
Sistema nervoso 
central 
O SNC está localizado no interior do 
crânio (encéfalo) e no canal vertebral 
(medula espinal). Nele podemos perceber 
duas regiões bem definidas: a substância 
cinzenta e a substância branca. A 
substância branca é formada por acúmulos 
densos de axônios mielinizados (mielina é 
Marina Morena 
 
10 
rica em lipídios e tem aspecto 
esbranquiçado) e alguns axônios 
amielinizados (axônios curtos não 
necessitam de mielina). A substância 
branca se compõe de coleções de tratos 
(chamados fascículos ou lemniscos em 
certos casos). Um trato é formado de fibras 
nervosas funcionalmente correlatas com 
origem e destinação similares. 
A ausência ou escassez de mielina 
resulta numa coloração cinzenta do tecido 
do SNC. A substância cinzenta é rica em 
corpos celulares neuronais (pericárdio), 
células gliais e neurópilos. Neurópilo 
refere-se aos axônios, ramos terminais, 
dendritos e processos gliais que, 
coletivamente, formam uma matriz de 
fundo para os corpos celulares observados 
ao microscópio óptico. A maioria das 
sinapses ocorre no neurópilo. 
Encéfalo 
A substância cinzenta na superfície do 
cérebro e do cerebelo é chamada de 
córtex. O cérebro é composto por 
hemisférios cerebrais pareados. A 
superfície de cada hemisfério possui giros 
(cristas) demarcados por sulcos. O 
neurônio característico do córtex cerebral 
tem o corpo celular em forma de pirâmide, 
com seu ápice direcionado para a 
superfície. 
A substância cinzenta do cérebro é 
dividida em seis camadas, que 
histologicamente não são bem 
diferenciadas. São elas, da mais superficial 
à mais profunda: camada molecular, 
granular externa, piramidal externa, 
granular interna, piramidal interna e 
fusiforme. 
Cerebelo 
A superfície cerebelar exibe fólios 
(cristas estreitas) separadas por sulcos. 
Assim como no cérebro, a superfície é 
revestida por substância cinzenta, 
chamada de córtex cerebelar. Outra 
semelhança com o cérebro é o fato de ser 
dividido em dois hemistérios, que nesse 
caso é separado pelo vermis. 
 
O córtex cerebelar é dividido em três 
camadas bem distintas. A camada mais 
externa é a molecular, composta por 
poucas células, tanto neurônios como 
células da glia. Os neurônios 
predominantes nessa camada são os que 
possuem formado te cesto. 
A segunda camada é chamada de 
camada de Purkinje e recebe esse nome 
pelas células predominantes serem as 
células de Purkinje. Esses neurônios 
possuem formato piriforme e muitos 
dendritos, que se projetam para a camada 
molecular, deixando pouco espaço para as 
células típicas daquela camada. 
Por fim, a terceira camada é chamada 
de granulosa. Seus neurônios possuem 
formato de cesto com os axônios voltados 
para baixo (invertido) e estão presentes 
em grandes quantidades, sendo 
compactados. 
Medula espinhal 
A medula espinhal pode ser dividida em 
segmentos que são demarcados pelo 
surgimento bilateral de raízes dorsais e 
ventrais de nervos espinhais. Uma secção 
transversal da medula espinhal apresenta 
um canal central (ou canal ependimário) 
circundado por um perfil em forma de H de 
substância cinzenta, que, por sua vez, está 
circundado por substância branca. 
É pelo canal ependimário que circula o 
líquido cefalorraquidiano (LCR) ou líquor. O 
canal é revestido por células cilíndricas, 
com uma conformação semelhante ao 
Marina Morena 
 
11 
epitélio, que direcionam o LCR para a 
região caudal. 
Meninges 
O encéfalo, a medula espinhal e as 
raízes dos nervos periféricos estão 
envoltas por uma série de bainhas de 
tecido conjuntivo chamada meninges. Elas 
constituem uma barreira protetora e 
contêm o líquido/fluído cerebroespinhal. 
São descritas três camadas meníngeas, 
desde o plano mais superficial até o mais 
profundo estão: dura-máter, aracnoide e 
pia-máter. A dura-máter é chamada 
também de paquimeninge, por ser espessa 
e forte. 
A dura-máter contém feixes 
colagenosos espessos e fibras elásticas 
orientadas longitudinalmente na dura-
máter espinhal, porém mais 
irregularmente na dura-máter craniana. A 
superfície interna da dura-máter é 
revestida por numerosas camadas de 
fibrócitos achatados, os quais aderem as 
células externas da membrana aracnoide. 
A dura-máter espinal é circundada por 
um espaço epidural que separa a dura-
máter do periósteo que reveste o canal 
vertebral. Fibras colagenosas e elásticas na 
dura-máter espinhal estão orientadas 
paralelamente ao eixo longitudinal da 
coluna vertebral, proporcionando à dura 
resistência à tração longitudinal, rigidez e a 
propriedade do relaxamento. 
A dura-máter craniana é composta de 
duas lâminas. A lâmina interna é 
comparável à dura-máter espinal; a 
lâmina externa funciona como periósteo 
para a cavidade craniana. As duas lâminas 
ficam distintas apenas onde a lâmina 
interna se separa da lâmina externa para 
formar partições entre partes do cérebro. 
Espaços revestidos de endotélio, 
chamados seios venosos durais, estão 
presentes nos locais de separação entre as 
lâminas interna e externa. O sangue 
venoso drena para os seios, que resistem 
ao colapso por causa de suas paredes 
rígidas. 
A aracnoide (i. e., membrana aracnoide) 
consiste em uma camada externa 
membranosa, outra camada com fibrócitos 
achatados e, em sua parte interna, de 
fibrócitos achatados e frouxamente 
dispostos, associados com pequenos feixes 
de fibras colagenosas. Trabéculas 
aracnoides são delgados cordões da 
aracnoide interna que atravessam o 
espaço subaracnoide e estabelecem uma 
continuidade com a pia-máter. 
A meninge mais interna, colada no 
sistema nervoso, é a chamada pia-máter. É 
uma camada fina e delgada, repleta de 
vasos sanguíneos, fibras colagenosas e 
macrófagos. 
 
Juntamente com a aracnoide, a pia-
máter limita o espaço subaracnoide, que 
contém líquor. O espaço sub-aracnoide 
como um todo, inclusive as superfícies de 
nervos e vasos que atravessam o espaço, é 
revestido por fibrócitos achatados unidos 
por zônulas de aderência. Os fibrócitos são 
capazes de fagocitose, e macrófagos são 
esporadicamente encontrados no 
revestimento do espaço subaracnoide. 
Visto que a camada fibrocítica que reveste 
Marina Morena 
 
12 
o espaço subaracnoide não possui uma 
lâmina basal, é possível uma troca limitada 
de líquido, pequenas moléculas e células 
imunocompetentes entre o líquido 
cerebrospinal e os compartimentos da 
aracnoide e da pia-máter. 
Quando um vaso penetra o SNC, fica 
circundado por um espaço perivascular. 
Em contraste com a maioria das células 
endoteliais do corpo, as células endoteliais 
dos capilares no SNC geralmente não são 
fenestradas, e são interligadas por junções 
estreitas. Essas características endoteliais 
são responsáveis pela barreira 
hematoencefálica, que impede a difusão 
de moléculas hidrofílicas provenientes da 
corrente sanguínea para o SNC. A 
influência trófica das projeções podálicas 
terminais dos astrócitos em contato com a 
lâmina basal que circunda os capilares do 
SNC induz as células endoteliais a se 
tornarem não fenestradas e a se 
interligarem por junções estreitas. 
Fluido cerebroespinhal 
O líquido cefalorraquidiano (LCR) ou 
líquor é formado dentro das cavidades 
ventriculares do SNC nos plexos coróides. 
Essas estruturas são formadas por dobras 
e invaginações da pia-máter altamente 
vascularizada, formada por tecido 
conjuntivo frouxo revestido por um 
epitélio cúbico simples. 
O LCR é definido como um fluído 
corporal estéril, incolor, encontrado no 
espaço subaracnóideo no encéfalo e 
medula espinhal. Caracteriza-se por ser 
uma solução salina pura, com baixo teor de 
proteínas e células. Possui diversas 
funções vitais, entre elas: proteção 
mecânica e biológica do SNC, troca de 
metabólitos, controle da pressão 
intracraniana e sustentação. 
A reabsorção/drenagem deste líquido é 
realizada pelas vilosidades aracnoidesque 
se projetam formando o seio sagital. 
 
Sistema nervoso 
periférico 
Todas as informações produzidas ou 
processadas no SNC necessitam transitar 
da periferia para o encéfalo e vice-versa. As 
sensações são trazidas para o SNC através 
de nervos e gânglios, que compõe o 
sistema nervoso periférico. 
A bainha de mielina no sistema nervoso 
periférico é feita a partir das células de 
Schwann (neurolemócitos). A união da 
bainha de mielina com os axônios compõe 
as chamadas fibras nervosas. Cada célula 
de Schwann se enrola em uma parte do 
axônio para formar uma porção da bainha 
de mielina. 
Fibras nervosas 
As fibras nervosas podem ser de dois 
tipos, as mielínicas e amielínicas. A fibra 
Marina Morena 
 
13 
mielínica é quando há um axônio de 
diâmetro grande e comprimento longo 
com uma célula de Schwann dando 
diversas voltas em um mesmo local, ou 
seja, com bainha de mielina completa. 
Essas fibras mielínicas têm a capacidade de 
enviar o impulso nervoso mais rápido e em 
uma distância maior. 
 
São chamadas fibras amielínicas 
aquelas compostas por uma célula de 
Schwann envolvendo diversos axônios 
finos, ou seja, não completando diversas 
voltas em um único axônio como nas 
mielínicas. Ocasionalmente podem até 
existir axônios expostos. Fibras curtas e 
próximas ao SNC não precisam de mielina 
e, justamente por serem curtas, 
conseguem passar impulsos nervosos de 
modo rápido e eficaz até o SNC. 
Todas as células de Schwann 
apresentam uma lâmina basal formada por 
tecido conjuntivo (colágeno), agindo como 
uma barreira seletiva. 
Mesaxônio é o nome dado há a região 
em que a membrana da célula de Schawnn 
se dobra para envolver um axônio em uma 
fibra amielínica. Alguns axônios não se 
apresentam envolvidas completamente 
pela célula de Schwann. Outros axônios até 
são envolvidos completamente, mas ainda 
assim a célula de Schwann não chega a se 
enovelar como nas fibras mielínicas. 
 
Na fibra mielínica, a lâmina basal mais 
uma vez está presente na parte externa, o 
núcleo da célula de Schwann está 
lateralizado e o axônio centralizado. O 
citoplasma da célula de Schwann se enrola 
diversas vezes em volta desse axônio. 
Assim, em fibras mielínicas são vistas duas 
dobras, uma externa (mesaxônio externo) 
formada quando o citoplasma começa a se 
enovelar, e uma interna (mesaxônio 
interno). 
As fibras mielínicas são diferenciadas 
em fibras A e B. As fibras A são as que 
possuem a maior espessura (5-10µm) e 
uma alta velocidade de transmissão do 
impulso nervoso. São exemplos de fibras A 
os neurônios motores e alguns sensitivos 
(dor, calor, pressão etc.). As fibras 
mielínicas do tipo B possuem uma 
espessura (2-3 µm) e velocidade de 
transmissão médias. Alguns exemplos de 
fibra B são os neurônios sensitivos e alguns 
motores, especialmente associado com o 
sistema nervoso autônomo. 
As fibras amielínicas são sempre 
classificadas como tipo C, tendo um calibre 
pequeno (0,5-1,5µm) com uma baixa 
velocidade de transmissão. Como 
Marina Morena 
 
14 
exemplos temos os neurônios sensitivos da 
pele e os impulsos dolorosos das vísceras. 
Nervos 
 No sistema nervoso periférico as fibras 
nervosas agrupam-se em feixes, dando 
origem aos nervos. Devido ao seu 
conteúdo em mielina e colágeno, os nervos 
são esbranquiçados, exceto os raros 
nervos muito finos formados somente por 
fibras amielínicas. 
O tecido de sustentação dos nervos é 
constituído por uma camada fibrosa mais 
externa de tecido conjuntivo denso, o 
epineuro, que reveste o nervo e preenche 
os espaços entre os feixes de fibras 
nervosas. Cada um desses feixes é 
revestido por uma bainha de várias 
camadas de células achatadas, justapostas, 
o perineuro. As células de bainha 
perineural unem-se por junções oclusivas, 
constituindo uma barreira à passagem de 
muitas macromoléculas e importante 
mecanismo de defesa contra agentes 
agressivos. 
 
Dentro da bainha perineural 
encontram-se os axônios, cada um 
envolvido pela bainha de células de 
Schwann, com sua lâmina basal e um 
envoltório conjuntivo constituído 
principalmente por fibras reticulares 
sintetizadas pelas células de Schwann, 
chamado endoneuro. 
A bainha de mielina se interrompe em 
intervalos regulares, formando os nódulos 
de Ranvier, que são recobertos por 
expansões laterais das células de Schwann. 
O intervalo entre dois nódulos é 
denominado internódulo e é recoberto por 
uma única célula de Schwann. O nódulo de 
Ranvier é crucial para o impulso nervoso 
ocorra de modo saltatório, apenas 
despolarizando porções do axônio, 
tornando o impulso mais rápido. 
Em um corte histológico clássico é difícil 
visualizar onde termina uma célula de 
Schwann e começa outra (região do nódulo 
de Ranvier). Desse modo, o que se 
consegue identificar é uma área com 
poucos núcleos de células de Schwann 
entre duas áreas com abundância de 
núcleos. 
 
Os nervos do SNP podem ser 
classificados em sensoriais e motores. O 
nervo sensorial, também chamado de 
aferente, leva para o SNC as informações 
obtidas no interior do corpo e no meio 
ambiente. Por sua vez, o neurônio motor, 
ou eferente, leva impulso dos centros 
nervosos para os órgãos efetores 
comandados por esses centros (p. ex. 
músculo). A maioria dos nervos tem fibras 
dos dois tipos, sendo, portanto, nervos 
mistos. 
 
Feixe 
nervoso 
Marina Morena 
 
15 
Gânglios 
Os acúmulos de neurônios (pericários) 
localizados fora do sistema nervoso central 
são chamados de gânglios nervosos. Em 
sua maior parte, os gânglios são órgãos 
esféricos, protegidos por cápsulas 
conjuntivas e associados à nervos. Alguns 
gânglios reduzem-se a pequenos grupos de 
células nervosas situadas no interior de 
determinados órgãos. 
A informação vinda pelo nervo aferente 
passa pelo gânglio antes de entrar na 
medula espinhal. Depois de passar pela 
medula, a informação pode seguir dois 
caminhos: ir para o SNC para que a 
informação seja processada e para o 
interneurônio na medula espinhal, que irá 
imediatamente gerar uma resposta para o 
neurônio motor (eferente). 
De forma geral, todos os gânglios são 
envolvidos externamente por uma cápsula 
de tecido conjuntivo. Os corpos celulares 
tendem a se concentrar na periferia do 
gânglio, enquanto o interior é mais 
abundante em fibras/axônios. 
Conforme a direção do impulso 
nervoso, os gânglios podem ser: sensoriais 
(aferentes) ou gânglios do sistema nervoso 
autônomo (eferentes). 
Os gânglios sensoriais recebem fibras 
aferentes, que levam impulsos para o 
sistema nervoso central. Os neurônios dos 
gânglios sensoriais são pseudounipolares. 
Histologicamente, os gânglios do 
sistema nervoso autônomo são idênticos 
aos gânglios sensoriais. A diferença é que 
nos gânglios do sistema nervoso autônomo 
os neurônios geralmente são multipolares, 
para que haja uma intensa comunicação 
entre os neurônios. 
Sistema nervoso autônomo 
O sistema nervoso autônomo relaciona-
se com o controle da musculatura lisa, com 
a modulação do ritmo cardíaco e com a 
secreção de algumas glândulas. Sua função 
é ajustar algumas atividades do organismo, 
a fim de manter a constância do meio 
interno (homeostase). Embora seja, por 
definição, um sistema motor, fibras que 
recebem sensações originadas no interior 
do organismo acompanham as fibras 
motoras do sistema autônomo. 
Anatomicamente, ele é formado por 
aglomerados de células nervosas 
localizadas no sistema nervoso central, por 
fibras que saem do sistema nervoso central 
através de nervos cranianos e espinais, e 
pelos gânglios nervosos situados no curso 
dessas fibras. 
O sistema nervoso autônomo é 
formado por duas partes, distintas por sua 
anatomia e por suas funções: o sistema 
simpático e o parassimpático. 
Os núcleos nervosos do simpático se 
localizam nas porções torácica e lombar da 
medula espinal. Axônios desses neurônios 
saem pelas raízes anteriores dos nervos 
espinais dessas regiões; por isso, o sistema 
simpático é chamado também de divisão 
toracolombar do sistema nervosoautônomo. 
Os gânglios do sistema simpático 
formam a cadeia vertebral e plexos 
situados próximo às vísceras. O mediador 
químico das fibras do simpático é a 
norepinefrina (fibras adrenérgicas). 
Os núcleos nervosos do parassimpático 
situam-se no encéfalo e na porção sacral 
da medula espinal. O parassimpático é 
denominado também divisão craniossacral 
do sistema autônomo. O mediador 
químico liberado pelas terminações 
nervosas do parassimpático é a 
acetilcolina. Essa substância é 
rapidamente destruída pela 
acetilcolinesterase, uma das razões pelas 
quais os estímulos parassimpáticos são de 
ação mais breve e mais localizada do que 
os estímulos do simpático. 
A maioria dos órgãos inervados pelo 
sistema nervoso autônomo recebe fibras 
do simpático e do parassimpático. Em 
geral, nos órgãos em que o simpático é 
Marina Morena 
 
16 
estimulador, o parassimpático tem ação 
inibidora, e vice-versa. Por exemplo, a 
estimulação do simpático acelera o ritmo 
cardíaco, enquanto a estimulação das 
fibras parassimpáticas diminui esse ritmo. 
Sistema linfático 
A principal função do sistema linfoide é 
proteger o corpo de patógenos, como 
bactérias, vírus e parasitas, e células 
infectadas ou alteradas, como em células 
infectadas com vírus ou neoplásicas. 
O sistema imune é organizado em 
órgãos e tecidos que são funcionalmente 
unificados por via sanguínea e linfática. Os 
órgãos linfáticos são divididos em 
primários, que fabricam e amadurecem as 
células do sistema imune (linfócitos), e 
secundários, que armazenam as células. 
As células-tronco mieloides são 
precursoras das células mieloides 
(eritrócitos, granulócitos, monócitos e 
plaquetas), enquanto as células-tronco 
linfoides são predecessoras das células 
linfoides (linfócitos T, B e NK). A maturação 
em linfócitos T funcionais ocorre no timo 
antes da migração para regiões específicas 
dos tecidos linfoides periféricos. Elas são 
responsáveis por eliminar células 
danificadas/infectadas. 
A maturação dos linfócitos B ocorre na 
medula óssea, enquanto a diferenciação 
em células plasmáticas produtoras de 
anticorpos ocorre nos tecidos linfoides 
periféricos (por exemplo, linfonodos, baço 
e tecido linfoide difuso). 
Órgãos linfoides primários 
Os órgãos linfoides primários consistem 
na medula óssea, onde ocorre a maturação 
dos linfócitos B, e timo, onde ocorre a 
maturação dos linfócitos T. 
Medula óssea 
A medula óssea é encontrada no canal 
medular dos ossos longos e nas cavidades 
dos ossos esponjosos. Distinguem-se a 
medula óssea vermelha, hematógena, que 
deve sua cor a numerosos eritrócitos em 
diversos estágios de maturação, e a 
medula óssea amarela, rica em células 
adiposas e que não produz células 
sanguíneas. No recém-nascido, toda a 
medula óssea é vermelha e, portanto, ativa 
na produção de células do sangue. Com o 
avançar da idade, porém, a maior parte da 
medula óssea transforma-se na variedade 
amarela. 
Em mamíferos a medula óssea é o 
principal órgão linfoide, responsável por 
fabricar todas as células de defesa do 
sistema imune. 
Timo 
O timo é um órgão linfoepitelial 
situado no mediastino, atrás do esterno 
e na altura dos grandes vasos do 
coração. Envolto por uma capa de 
gordura e uma cápsula fina/delgada de 
tecido conjuntivo frouxo. A cápsula 
origina septos, que dividem o parênquima 
em lóbulos/folículos contínuos uns com os 
outros. É um órgão muito desenvolvido em 
fetos e filhotes e regride conforme a idade 
do animal, sendo substituído por gordura 
(atrofia tímica). 
Cada lóbulo é formado de uma parte 
periférica, denominada zona cortical, que 
envolve a parte central, mais clara, a zona 
medular. A zona cortical cora-se mais 
fortemente pela hematoxilina, por ter 
maior concentração de linfócitos. Na 
medula encontram-se os corpúsculos de 
Hassall. 
 
Medula 
córtex 
Cápsula 
Marina Morena 
 
17 
A cortical e a medular têm os mesmos 
tipos celulares, porém em proporções 
diferentes. É o único órgão linfoide em 
mamíferos que não possui somente células 
de defesa. As células mais abundantes no 
timo são os linfócitos T, em diversos 
estágios de maturação, e as células 
reticulares epiteliais. Além dos linfócitos T 
e das células reticulares epiteliais, o timo 
contém macrófagos, principalmente na 
cortical. 
 
As células reticulares epiteliais formam 
uma camada por dentro do tecido 
conjuntivo da cápsula e septos; formam o 
retículo da cortical e da medular, onde se 
multiplicam e diferenciam os linfócitos T; 
formam uma camada em torno dos vasos 
sanguíneos do parênquima tímico; e 
constituem os corpúsculos de Hassall, que 
são encontrados exclusivamente na 
medular do timo. 
 
Bursa de Fabricius 
Em aves, ambos são maturados na 
Bursa de Fabricius (ou bolsa cloacal), uma 
vez que o osso é oco e não possui medula. 
A Bursa de Fabricius é circundada por 
tecido conjuntivo e possui as chamadas 
pregas brusais. Essas pregas possuem 
folículos linfáticos que são divididos em 
medula, onde os linfócitos são produzidos, 
e córtex, onde são armazenados. 
Órgãos linfoides 
secundários 
Levados pelo sangue e pela linfa, os 
linfócitos migram dos órgãos linfáticos 
centrais para os órgãos linfáticos 
periféricos (baço, linfonodos, nódulos 
linfáticos isolados, tonsilas, apêndice, 
placas de Peyer do íleo), onde proliferam e 
completam a diferenciação. 
Tonsilas 
As tonsilas são órgãos constituídos por 
aglomerados de tecido linfático, 
incompletamente encapsulados, também 
distribuído de forma difusa. De acordo com 
sua localização na boca e na faringe, 
distinguem-se a tonsila faringiana, as 
tonsilas palatinas e as linguais. As tonsilas 
estão localizadas em posição estratégica, 
ainda mais em animais que acabam 
pegando tudo com a boca, para defender o 
organismo contra antígenos transportados 
pelo ar e pelos alimentos, iniciando uma 
resposta imunitária. 
A porção voltada para a cavidade oral é 
revestida por epitélio plano estratificado 
não queratinizado, enquanto na porção 
voltada para a mucosa do trato 
respiratório é revestida por epitélio 
respiratório. 
Os lóbulos possuem uma região central 
chamada de centro germinativo, que é 
onde ocorre a multiplicação dos linfócitos. 
Na periferia dos centros germinativos 
temos a região chamada de córtex ou 
Células reticuloendoteliais 
Corpúsculos de Hassall 
Marina Morena 
 
18 
coroa, onde os linfócitos são armazenados 
por pouco tempo antes de migrarem para 
o lado de fora, passando da coroa para a 
cripta e, por fim, para o lúmen, onde 
encontram os agentes infecciosos. 
 
Em processos infecciosos intensos é 
comum que a cripta se feche, formando os 
corpúsculos salivares, que consiste no 
acúmulo de plasmócitos (linfócitos), 
neutrófilos, macrófagos e microrganismo 
(pus). 
 
Linfonodos 
Os linfonodos ou gânglios linfáticos são 
órgãos encapsulados (tecido conjuntivo) 
constituídos por tecido linfoide e que 
aparecem espalhados pelo corpo, sempre 
no trajeto de vasos linfáticos. 
São encontrados na axila, virilha, ao 
longo dos grandes vasos do pescoço e, em 
grande quantidade, no tórax e no abdome, 
especialmente no mesentério. Os 
linfonodos em geral têm a forma de rim e 
apresentam um lado convexo e o outro 
com reentrância, o hilo, pelo qual 
penetram as artérias nutridoras e saem as 
veias. 
A circulação da linfa nos linfonodos é 
unidirecional (exceto em suínos). Ela 
atravessa os linfonodos, penetrando pelos 
vasos linfáticos que desembocam na borda 
convexa do órgão (vasos aferentes) e 
saindo pelos linfáticos do hilo (vasos 
eferentes). 
 
A cápsula de tecido conjuntivo denso 
que envolve os linfonodos envia trabéculas 
para o seu interior, dividindo o parênquima 
em compartimentos incompletos. 
 
O parênquima do linfonodo apresenta a 
região cortical, que se localiza abaixo da 
cápsula, ausente apenas no hilo, e a região 
medular, que ocupa o centro do órgão e o 
seu hilo. Entre essas duas regiões 
encontra-se a cortical profunda ou região 
paracortical. 
A regiãocortical superficial é 
constituída por tecido linfoide frouxo, que 
Nódulos linfáticos; Centro germinativo 
Corpos salivares 
Seio subcapsular 
Cápsula 
Trabécula 
Marina Morena 
 
19 
forma os seios subcapsulares e 
peritrabeculares, e por nódulos ou 
folículos linfáticos (condensações esféricas 
de linfócitos). Os nódulos linfáticos podem 
apresentar áreas centrais claras, os centros 
germinativos. 
As células predominantes na cortical 
superficial são os linfócitos B, ocorrendo 
também alguns plasmócitos, macrófagos, 
células reticulares e células foliculares 
dendríticas. As células foliculares 
dendríticas não são células apresentadoras 
de antígenos (não processam antígenos), 
mas retêm antígenos em sua superfície, 
onde eles podem ser "examinados" pelos 
linfócitos B. 
Os seios dos linfonodos são espaços 
irregulares delimitados de modo 
incompleto por células endoteliais, células 
reticulares com fibras reticulares, e 
macrófagos. Os seios têm um aspecto de 
esponja e recebem a linfa trazida pelos 
vasos aferentes, encaminhando-a na 
direção da medular. O espaço irregular dos 
seios dos linfonodos é penetrado por 
prolongamentos das células reticulares e 
dos macrófagos. A região cortical profunda 
ou paracortical não apresenta nódulos 
linfáticos e nela predominam os linfócitos 
T, ao lado de células reticulares, e alguns 
plasmócitos e macrófagos. 
A região medular é constituída pelos 
cordões medulares, formados 
principalmente por linfócitos B, mas 
contendo também fibras, células 
reticulares e macrófagos. Os plasmócitos, 
geralmente, são mais numerosos na 
medular do que na cortical. Separando os 
cordões medulares, encontram-se os seios 
medulares, histologicamente semelhantes 
aos outros seios dos linfonodos. Os seios 
medulares recebem a linfa que vem da 
cortical e comunicam-se com os vasos 
linfáticos eferentes, pelos quais a linfa sai 
do linfonodo. 
 
Os linfócitos deixam os linfonodos pelos 
vasos linfáticos eferentes, que confluem 
com outros vasos linfáticos até se 
formarem os grandes vasos linfáticos que 
desembocam em veias. Pelo sangue, os 
linfócitos retornam aos linfonodos através 
das vênulas, encontradas na região 
paracortical. Os linfócitos contêm em suas 
membranas glicoproteínas para as quais há 
receptores nas células endoteliais 
presentes nas vênulas. Eles são retidos por 
ligações fracas com esses receptores e 
migram, por diapedese, passando entre as 
células da parede do vaso. Após 
atravessarem as vênulas, os linfócitos 
entram no tecido linfático e finalmente 
saem do linfonodo pelo vaso linfático 
eferente. Graças a esse processo, os 
linfócitos recirculam numerosas vezes pelo 
linfonodo. 
 
Cápsula 
Córtex 
Zona paracortical 
Medula 
Folículo 
Centro 
germinativo 
Marina Morena 
 
20 
Tecido linfoide associado a 
mucosa 
Os tratos digestivo, respiratório e 
geniturinário estão sujeitos a invasões 
microbianas frequentes, porque são 
expostos ao meio externo. Para proteger o 
organismo, existem acúmulos de linfócitos 
(nódulos linfáticos) associados a tecido 
linfático difuso localizados na mucosa e na 
submucosa desses tratos que, em alguns 
locais, formam órgãos bem estruturados, 
como as tonsilas na cavidade oral e as 
placas de Peyer no intestino delgado (íleo). 
O tecido linfático das mucosas é 
denominado de MALT (mucosa associated 
lymphatic tissue), podendo ter as variações 
BALT (bronchi), GALT (gut), NALT (nose), 
SALT (skin) etc. 
Baço 
 
O baço é o único órgão linfoide 
interposto na circulação sanguínea. Em 
virtude de sua riqueza em células 
fagocitárias e do contato íntimo entre o 
sangue e essas células, o baço representa 
um importante órgão de defesa contra 
microrganismos que penetram o sangue 
circulante e é também o principal órgão 
destruidor de eritrócitos desgastados pelo 
uso (hemocaterese). 
Por sua localização na corrente 
sanguínea, o baço responde com rapidez 
aos antígenos que invadem o sangue, 
sendo um importante filtro fagocitário e 
imunológico para o sangue e grande 
produtor de anticorpos. 
O baço contém uma cápsula de tecido 
conjuntivo denso não modelado, a qual 
emite trabéculas que dividem o 
parênquima ou polpa esplênica em 
compartimentos incompletos. A superfície 
medial do baço apresenta um hilo, onde a 
cápsula mostra maior número de 
trabéculas, pelas quais penetram nervos e 
artérias. 
O tecido linfoide é disseminado, não 
sendo dividido em córtex/medula. Em 
contrapartida, o parênquima do baço 
possui folículos linfáticos que fazem parte 
da polpa branca, que é descontínua. Entre 
os nódulos há um tecido vermelho-escuro, 
rico em sangue, a polpa vermelha. 
 
A polpa branca é constituída de uma 
maior concentração de glóbulos brancos. 
Composta por folículos linfáticos, com 
predominância de linfócitos do tipo B, é 
dividido em coroa e centro germinativo. Os 
linfócitos T se concentram próximos as 
arteríolas, formando uma bainha linfática 
periarterial (PALS). 
 
A polpa vermelha é formada por 
cordões esplênicos, separados por 
sinusoides. Os cordões esplênicos são 
capilares contínuos e de espessura 
variável, conforme o estado local de 
PALS 
PALS 
Marina Morena 
 
21 
distensão dos sinusoides. É a principal 
região de hemocaterese. 
Os sinusoides esplênicos são revestidos 
por células endoteliais alongadas, com seu 
eixo maior paralelo ao sinusoide. Essa 
parede delgada e incompleta é envolvida 
por lâmina basal descontínua e por fibras 
reticulares que se dispõem principalmente 
em sentido transversal, como os aros de 
um barril. Ao redor dos sinusoides há um 
predomínio de linfócitos do tipo B. 
A polpa branca do baço produz 
linfócitos, que migram para a polpa 
vermelha e alcançam o lúmen dos 
sinusoides, incorporando-se ao sangue já 
contido. 
 
Sistema 
respiratório 
É o sistema responsável por trazer o ar 
rico em O2, realizar a troca gasosa com o 
CO2 e eliminá-lo. O aparelho respiratório é 
constituído pelos pulmões e um sistema de 
tubos que comunicam o parênquima 
pulmonar com o meio exterior. É costume 
distinguir no sistema respiratório uma 
porção condutora, que compreende a 
cavidade nasal, nasofaringe, laringe, 
traqueia, brônquios e bronquíolos; e uma 
porção respiratória, que é onde 
efetivamente ocorre a troca gasosa 
(bronquíolos respiratórios, ductos 
alveolares e alvéolos). 
 
O sistema respiratório também pode 
ser dividido em trato respiratório superior, 
que abrange as estruturas da região do 
crânio (cavidade nasal, nasofaringe e 
laringe), e trato respiratório inferior, 
composto pelas estruturas da cavidade 
torácica. 
Porção condutora 
Além de possibilitar a entrada e a saída 
de ar, a porção condutora exerce outras 
funções, como limpar, umedecer e 
aquecer o ar inspirado. 
A maior parte da porção condutora é 
revestida por epitélio ciliado 
pseudoestratificado colunar com muitas 
células caliciformes, denominado de 
epitélio respiratório. 
 
Muco; Epitélio respiratório; 
Glândula serosa 
Marina Morena 
 
22 
 
A célula caliciforme é responsável por 
produzir o muco, que se aloja acima dos 
cílios. Esse muco retém partículas e 
conforme os cílios fazem a movimentação 
em direção a cavidade nasal, o muco é 
conduzido até lá, onde sofre desidratação 
e é eliminado como algo sólido ou 
semissólido. 
Cavidade nasal 
 
É a região de entrada do ar, distinguida 
por três porções: vestíbulo, área 
respiratória e área olfatória. 
O vestíbulo é a porção mais rostral e 
possui uma mucosa que é a continuação da 
pele do nariz, portanto um epitélio plano 
estratificado queratinizado. Conforme 
penetra na direção caudal, torna-se não 
queratinizado e, depois passa para um 
epitélio cúbico. Por fim, torna-se um 
epitélio cilíndrico, característico do epitélio 
respiratório que acompanha basicamente 
todo o trato respiratório que vem em 
seguida. 
A partir da porção de epitélio 
respiratório, está a região respiratória, que 
tem como função não só a limpeza através 
do muco, mas também de umedecer e 
aquecero ar que passa. Além disso, 
contém um tecido linfoide associado a 
mucosa (NALT). 
A porção olfatória da cavidade nasal 
também é composta de epitélio 
respiratório, porém, na submucosa 
existem muitas glândulas com formato 
tubular. Essas glândulas produzem uma 
secreção serosa que umedece a região, 
que serve como um método de difusão 
para as partículas do ar, que conduzem a 
informação de odor para o sistema 
nervoso. 
Órgão vômeronasal 
Também chamado de órgão de 
Jacobson, está presente entre a cavidade 
nasal e a cavidade oral. É um órgão que 
possui inúmeras terminações nervosas que 
se conectam direto com o SNC. O epitélio 
lateral é mais espesso, enquanto o medial 
é mais delgado. 
 
O reflexo de flemming ou sinal de 
flemming é quando o animal abre a boca 
para captar mais partículas diretamente 
para este órgão e, desse modo, obter mais 
informações sobre o que há ao redor. 
Répteis, como cobras, possuem um 
órgão vomeronasal bem desenvolvido e 
crucial para suprir sua baixa visibilidade e 
audição. 
Seios paranasais 
São cavidades que incluem os ossos 
frontal, maxilar, etmode e esfenoite 
revestidas por epitélio respiratório. É a 
porção responsável por aquecer o ar. 
Marina Morena 
 
23 
Nasofaringe 
É a parte rostral da faringe, continuando 
caudalmente com a orofaringe, porção oral 
do órgão. A nasofaringe, que é separada da 
orofaringe pelo palato mole, é revestida 
por epitélio respiratório com glândulas 
serosas e mucosas na região da 
submucosa. 
Laringe 
Tubo irregular que une a nasofaringe e 
a traqueia. É revestido por epitélio 
respiratório e glândulas mistas, que 
secretam tanto substância mucosa quanto 
serosa, em sua submucosa. Além disso, 
possui NALT associado. 
Taqueia 
Dando início ao trato 
respiratório inferior, a 
traqueia possui em sua 
região mais externa uma 
mucosa composta por 
epitélio respiratório e 
lâmina própria. Assim como na laringe, sua 
submucosa contém glândulas mistas e, 
abaixo, uma camada de cartilagem hialina 
que forma um anel incompleto em formato 
de “C”. A camada mais interna do tecido é 
a adventícia, que mantém a traqueia unida 
de forma imóvel aos órgãos adjacentes. 
 
Os anéis de cartilagem hialina impedem 
que a traqueia colabe quando o diafragma 
gera uma pressão negativa na inspiração. 
Há uma porção de músculo liso preso nas 
pontas do anel cartilaginoso. Esse músculo 
liso tem a função de se contrair em 
momento que o animal precisa de um 
maior espaço para passar mais ar, como 
em momentos de estresse. 
Taqueia de aves 
 
As aves possuem uma região chamada 
siringe, que é o órgão vocalizador. Entre a 
traqueia e os brônquios há uma membrana 
timpaniforme, que é controlada por 
músculos contratores da traqueia. Quando 
o ar passa, essa membrana vibra e há 
vocalização. 
Nas aves a traqueia possui os anéis de 
cartilagem completos, além de 
membranas elásticas e músculos estriados. 
Brônquios 
A traqueia se divide em dois brônquios 
extrapulmonares, ou primários, 
compostos por epitélio respiratório, 
lâmina própria e glândulas seromucosas, 
igual a traqueia. Entretanto, nos brônquios 
as cartilagens hialinas não possuem um 
formato de anel incompleto, está apenas 
distribuída de forma aleatória em formatos 
de placas. Ainda assim, a função da 
cartilagem é a mesma. Por fora também há 
uma camada de adventícia. 
 
Cartilagem hialina 
Adventícia 
Músculo liso 
Glândula mista 
Mucosa 
Marina Morena 
 
24 
Pulmão 
O pulmão é composto por brônquios, 
bronquíolos, parênquima e pleura, que é a 
porção mais externa composta por um 
tecido conjuntivo frouxo com uma fina 
membrana de mesotélio por fora, 
constituindo a serosa do pulmão. 
A porção condutora do pulmão é 
composta apenas pelos brônquios e os 
bronquíolos. Os brônquios 
intrapulmonares também possuem uma 
camada de musculatura que permite a 
expansão para uma maior passagem de ar. 
A diferença efetiva entre os brônquios 
intra e extrapulmonares é que os 
intrapulmonares estão envoltos pelo 
parênquima pulmonar. 
Conforme os brônquios vão se 
ramificando, o epitélio passa pela transição 
de cilíndrico para cúbico. Uma vez que 
ocorre a transição total para epitélio 
cúbico, torna-se um bronquíolo. 
Os bronquíolos são classificados em 
terminais ou respiratórios. Os bronquíolos 
terminais fazem parte da porção 
condutora, enquanto os bronquíolos 
respiratórios da porção respiratória. 
Os bronquíolos terminais são 
compostos por epitélio cúbico e lâmina 
própria, formando a mucosa, e uma 
submucosa com glândulas, tecido 
conjuntivo frouxo e a camada muscular. 
Porção respiratória 
Os bronquíolos respiratórios são a zona 
de transição entre a porção condutora e a 
respiratória. Possui um tecido linfoide 
associado a mucosa (BALT), uma vez que já 
não possui mais a capacidade de produzir 
muco por não haver mais glândulas. O 
epitélio tem porções descontínuas que se 
conectam com os alvéolos. 
 Os carnívoros possuem mais 
bronquíolos respiratórios que os 
herbívoros, para que tenham uma maior 
capacidade respiratória para caçá-los. 
Ductos alveolares e alvéolo 
À medida que a árvore respiratória se 
prolonga no parênquima pulmonar, 
aumenta o número de alvéolos que se 
abrem no bronquíolo respiratório, até que 
a parede passa a ser constituída apenas de 
alvéolos, e o tubo passa a ser chamado de 
ducto alveolar. Tanto os ductos alveolares 
como os alvéolos são revestidos por um 
epitélio simples plano, onde as células são 
extremamente delgadas. 
 
O alvéolo é a unidade básica funcional 
de troca gasosa. A parede alveolar é 
comum a dois alvéolos adjacentes, 
constituindo uma parede ou septo 
interalveolar. Esse septo consiste em duas 
camadas de pneumócitos, especialmente 
do tipo I, e uma rede de capilares 
sanguíneos. Os pneumócitos do tipo I são 
responsáveis por realizar a troca gasosa 
entre o capilar e o alvéolo. 
Um segundo tipo celular presente é o 
pneumócito II, que possui um formato 
cuboide. São menos frequentes e possuem 
a função de produção da substância 
surfactante. Essa substância reveste o 
alvéolo internamente, impedindo que as 
paredes colabem no momento da 
expiração. 
Além dos pneumócitos I e II, os alvéolos 
também apresentam células de defesa, 
macrófagos, que migram dos capilares e 
monitoram o tecido afim de fagocitar 
Marina Morena 
 
25 
partículas patogênicas. O macrófago pode 
percorrer os alvéolos pelos ductos, o que 
seria mais lento, ou por poros alveolares 
presentes nos septos, que é mais rápido. 
Esses poros são justamente para otimizar a 
ação do macrófago. 
 
Aves 
As aves possuem, ao longo do seu trato 
respiratório, sacos aéreos revestidos por 
membranas. A função desses sacos é 
apenas armazenar ar durante o voo, para 
mantê-la leve; portanto, não possuem 
função respiratória. 
 
Os sacos interclaviculares são os que se 
enchem permitindo a vibração da 
membrana timpaniforme, realizando a 
vocalização. 
Sistema digestivo 
Consiste em uma série de órgãos 
tubulares e glândulas associadas, cuja 
função principal é fracionar o alimento 
ingerido em pequenas unidades que 
possam ser absorvidas até a circulação e 
utilizadas para manutenção do organismo. 
Os componentes do trato digestivo 
apresentam certas características 
estruturais em comum. Trata-se de um 
tubo oco composto por um lúmen, ou luz, 
cujo diâmetro é variável, circundado por 
uma parede formada por quatro camadas 
distintas: mucosa, submucosa, muscular e 
a túnica (serosa ou adventícia). 
A camada mucosa é composta por: 
revestimento epitelial, lâmina própria de 
tecido conjuntivo frouxo, rico em vasos 
sanguíneos e linfáticos, e células 
musculares lisas (muscular da mucosa - 
presente em apenas algumas porções do 
sistema). 
A submucosa é composta por tecido 
conjuntivo denso, glândulas e vasos 
sanguíneos e linfáticos. A camada 
muscular é responsável por auxiliar no 
peristaltismo, uma vez que é composta por 
músculo liso dividido em dois feixes. A 
camada interna possui feixes em direção 
circunferencial,enquanto na camada 
externa os feixes são em direção 
longitudinal. 
Esôfago 
O esôfago é um tubo muscular cuja 
função é transportar o alimento da boca 
para o estômago. De modo geral, o 
esôfago contém as mesmas camadas que o 
resto do trato digestivo. A mucosa 
esofágica é revestida por um epitélio plano 
estratificado não queratinizado em 
carnívoros, enquanto em herbívoros e 
suínos há uma camada de queratina para 
proteger, pois o alimento é áspero/fibroso. 
Marina Morena 
 
26 
 
A submucosa é composta de tecido 
conjuntivo frouxo com grupos de glândulas 
secretoras de muco, as glândulas 
esofágicas (tubulosa enovelada), cuja 
secreção facilita o transporte de alimento 
(lubrificação) e protege a mucosa. 
 
A camada muscular é diferente entre as 
espécies. Em ruminantes e cães, a túnica 
muscular é composta inteiramente de 
músculo esquelético. Em cavalos, o 
músculo esquelético abrange os dois 
terços craniais da túnica muscular, mas 
gradualmente vai mudando para músculo 
liso no terço caudal. A túnica muscular de 
porcos é parecida com a de cavalos, exceto 
que o terço médio exibe uma mescla de 
músculo liso e músculo esquelético. Em 
gatos, o músculo esquelético pode se 
estender ao longo de 4/5 do comprimento 
do esôfago antes de mudar para músculo 
liso. A porção final de músculo liso é a 
responsável por formar o esfíncter 
cardíaco. Em equinos esse esfíncter é 
especialmente forte, o que o impede de 
eructar e regurgitar. 
Na parte cervical e torácica do esôfago, 
a túnica muscular está circundada por uma 
adventícia, um tecido conjuntivo frouxo 
que contém vasos sanguíneos, vasos 
linfáticos e nervos. A parte abdominal do 
esôfago é revestida por uma serosa na 
maioria das espécies. 
Pró-ventrículo 
Consiste no pré-estômago dos 
ruminantes, é o local em que ocorre a 
fermentação dos alimentos. Não possui 
glândulas, camada muscular ou GALT. O 
epitélio varia de acordo com a câmera, 
onde no rúmen há papilas, no retículo são 
cristas (retém impurezas) e no omaso são 
lâminas, responsáveis pela fricção final do 
alimento. 
Estômago 
A partir desse estágio, o bolo alimentar 
passa a ser chamado de quimio (bolo + 
HCl). O estômago é dividido em porção 
glandular e aglandular. A região aglandular 
é a porção que o epitélio esofágico passa 
de plano estratificado queratinizado (ou 
não) para um epitélio cilíndrico simples, 
enquanto a região glandular é composta 
por uma mucosa pregueada com epitélio 
cilíndrico simples e fossetas gástricas 
(início das glândulas). Quando o animal se 
alimenta, o estômago dilata e as cristas 
diminuem, expondo as glândulas 
responsáveis por liberar as secreções. 
Na região da cárdia, as fossetas e as 
glândulas são curtas, responsáveis por 
secretar muco e lisozima (bactericida). 
Tanto no fundo (saco cego que retém gás) 
como no corpo as fossetas e as glândulas 
(tubulares) são longas. Essa região possui 
quatro tipos celulares: as células mucosas, 
que produzem muco e estão localizadas 
até o início da fosseta/glândula; as células 
principais, são as mais numerosas e estão 
na porção do colo, que são responsáveis 
Lúmen 
Mucosa 
Submucosa 
Muscular 
Glândula 
esofágica 
Marina Morena 
 
27 
por secretar o pepsinogênio; células 
parietais, que formam o HCl; as células 
enteroendócrinas, presentes na base, 
responsáveis por secretar hormônios 
como gastrina, secretina e colecistocinina 
para fora do estômago. Na região do piloro 
as fossetas são profundas e as glândulas 
curtas (células G que secretam gastrina). 
 
Intestino delgado 
O intestino delgado se divide 
anatomicamente em três partes: duodeno, 
jejuno e íleo, ainda que histologicamente 
sejam muito semelhantes. 
A camada mucosa apresenta várias 
estruturas que ampliam sua superfície, 
aumentando assim a área disponível para 
absorção de nutrientes, as pregas 
permanentes/circulares, compostas por 
tecido conjuntivo com artérias, veias e 
vasos linfáticos. 
Além disso, também há na mucosa 
vilosidades intestinais macroscópicas, 
caracterizadas por projeções alongadas 
formadas pelo epitélio cilíndrico simples 
com microvilosidades (borda em escova). 
Estão presentes células caliciformes, que 
liberam muco para lubrificar e proteger o 
trato digestório. 
As glândulas intestinais (criptas de 
Lieberkühn com células de Paneth) estão 
mais concentradas na porção do duodeno 
e são responsáveis pela secreção de 
lisozima, que controla a microbiota 
intestinal. 
A submucosa contém, apenas na porção 
do duodeno em cães e estende-se até o 
jejuno em cavalos, grupos de glândulas 
(glândulas de Brunner). Estas glândulas 
liberam uma secreção mucoglicoproteica 
alcalina que protege contra a acidez do 
quimo. 
 
Criptas de 
Lieberkühn 
Células de 
Paneth 
Marina Morena 
 
28 
 
Na submucosa também contém 
agregados de nódulos linfoides (GALT), que 
nos animais adultos estão 
majoritariamente no íleo (animal jovem 
possui no jejuno e no íleo), neste órgão são 
chamadas de placas de Peyer. Em 
associação com as placas de Peyer estão 
células M, que são células apresentadoras 
de antígeno. 
As camadas musculares são bem 
desenvolvidas nos intestinos, compostas 
de uma túnica circular interna e outra 
túnica longitudinal externa. 
Uma serosa reveste todo o intestino 
delgado. A serosa consiste em uma 
camada fina de tecido conjuntivo frouxo 
revestida por mesotélio. 
Intestino grosso 
O intestino grosso é constituído por: 
ceco, cólon ascendente, cólon transverso, 
cólon descendente, reto e ânus. Ainda que 
as porções sejam macroscopicamente 
diferentes, são microscopicamente bem 
semelhantes. 
Em algumas espécies o ceco possui 
função fermentativa, mas em geral a 
principal função do intestino grosso é a de 
reabsorção de água. Desse modo, a 
mucosa não apresenta vilosidades e é 
composta por um epitélio cilíndrico 
simples com microvilosidades e 
abundantes células caliciformes, que 
possuem o papel de secretar muco para 
ajudar a passagem do bolo fecal. 
A submucosa é composta de tecido 
conjuntivo denso. Em porcos e cavalos, a 
camada longitudinal externa das túnicas 
musculares do ceco e cólon forma grandes 
feixes musculares que contém numerosas 
fibras elásticas, chamados de tênias ou 
haustros (modelam as fezes). 
A mucosa do reto é composta por um 
epitélio simples com bastantes células 
caliciformes. Conforme chega próximo ao 
ânus, há uma transição para epitélio plano 
estratificado não queratinizado. No final 
do ânus esse epitélio torna-se 
queratinizado, ou seja, basicamente pele. 
Na porção final há um esfíncter anal 
composto de musculatura esquelética. 
Aves 
As aves apresentam algumas estruturas 
específicas em seu trato digestório, como 
o inglúvio (papo), o pró-ventrículo e o 
ventrículo (moela). O Inglúvio é apenas 
uma dilatação do esôfago para o 
armazenamento de alimentos, enquanto o 
pró-ventrículo consiste no estômago 
químico e o ventrículo é o estômago 
mecânico (maceração do alimento). 
Inglúvio 
Consiste em um divertículo saculiforme 
do esôfago. Trata-se de um órgão de 
armazenamento onde o alimento ingerido 
é umedecido pelas secreções mucosas das 
glândulas esofágicas. A mucosa é 
composta por um epitélio plano 
estratificado queratinizado (exceto aves 
carnívoras), com a lâmina própria, camada 
muscular da mucosa, submucosa 
(aglandular – apenas tecido conjuntivo) e, 
por fim, a túnica muscular. 
Algumas regiões do inglúvio podem ter 
glândulas na submucosa, que crescem 
quando a ave tem filhotes. Essas regiões 
específicas ficam com o epitélio espesso 
que passa por uma degeneração gordurosa 
e se desfaz, servindo de alimento para 
filhotes (“leite” – não é lácteo, apenas faz 
referência ao leite). Fêmeas e machos 
podem produzir essa secreção gordurosa. 
Glândulas 
de Brunner 
Vilosidades 
Marina Morena 
 
29 
 
Pró-ventrículo 
Considerado o estômago glandular da 
ave, semelhante ao estômago químico dos 
mamíferos, com a superfície pregueada 
(fossetas) e epitélio cilíndrico simples. Uma 
das diferençasé que, na região da 
submucosa, as glândulas são chamadas de 
proventriculares e possuem um tipo de 
célula que produz o pepsinogênio e o ácido 
clorídrico (como uma mistura das células 
parietais e as células principais), chamadas 
de células oxínticas. 
Ventrículo 
Caracterizado pela camada de músculo 
liso extremamente espessa (túnica 
muscular), por isso é chamado de 
estômago muscular. Na submucosa há um 
tipo de glândula tubular que produz uma 
secreção proteica (coilina) responsável por 
formar uma película espessa que protege a 
mucosa. Essa proteção rígida é necessária, 
pois a ave ingere pedras para auxiliar na 
maceração do alimento no ventrículo, o 
que seria agressivo e danoso para a 
mucosa. 
 
Glândulas anexas 
ao sistema digestivo 
 
 
Glândulas salivares 
As glândulas salivares maiores são: 
parótida, mandibular (ou submandibular) e 
sublingual. As glândulas salivares menores 
são denominadas conforme sua 
localização, por exemplo, labial, lingual, 
bucal, palatina, molar (gatos) e zigomática 
(carnívoros). As glândulas sublingual e 
submandibular produzem secreções 
seromucosas, enquanto a parótida produz 
uma secreção predominantemente serosa. 
A saliva é uma secreção seromucosa 
importante no umedecimento e a 
lubrificação do alimento ingerido. Além 
disso, é responsável por dissolver 
componentes hidrossolúveis do alimento, 
facilitando o acesso às papilas gustativas. 
Em alguns animais, como nos herbívoros, a 
saliva tem o papel de iniciar a digestão a 
partir da enzima amilase salivar. 
De modo geral, as glândulas 
apresentam um revestimento externo de 
uma cápsula de tecido conjuntivo denso 
não modelado que insere septos (ou 
trabéculas) que subdivide a glândula em 
lóbulos. No interior dos lóbulos estão os 
ácinos salivares, que são as unidades 
funcionais da glândula, responsáveis por 
produzir a secreção salivar. Cada ácino 
possui um ducto de epitélio cúbico simples 
(ducto intercalar). Os ductos intercalares 
1. epitélio plano estratificado queratinizado 
espesso com degeneração gordurosa 
1. coilina; 2. T. mucosa; 3. T. submucosa; 4. T. muscular 
2- Glândulas salivares; 6- Fígado; 8- Pâncreas. 
Marina Morena 
 
30 
se encontram e formam o ducto estriado, 
composto de epitélio cilíndrico simples, 
que leva a secreção até a boca. 
Desse modo, são glândulas do tipo 
tubuloacinar composta, onde a porção 
acinar libera a secreção serosa e a tubular 
é composta por ácinos mais longos que 
produzem o componente mucoso da 
saliva. 
 
Ao redor dos ductos e ácino são 
encontradas as células mioepiteliais, que 
possuem um arranjo epitelial e capacidade 
contrátil, importante para ajudar na 
liberação das secreções produzidas. 
Pâncreas 
 
É uma glândula que possui tanto porção 
endócrina quanto exócrina. A função da 
parte exócrina é produzir uma série de 
enzimas, como amilase, lipase e tripsina, 
que atuam nos produtos da digestão 
gástrica ao chegarem ao duodeno. A parte 
endócrina produz principalmente insulina 
(hipoglicemiante), glucagon 
(hiperglicemiante) e somatostatina. 
Anatomicamente acompanha a 
curvatura do estômago e intestino 
delgado. O ducto pancreático desemboca 
no intestino delgado no mesmo ponto da 
liberação da bile. 
É composto externamente por uma 
cápsula de tecido conjuntivo que emite 
trabéculas que divide o órgão tanto em 
lobos quanto em lóbulos. 
Porção exócrina 
Glândula acinosa ou tubuloacinosa 
composta, onde o ácino pancreático é a 
unidade funcional. As células acinares 
possuem receptores para colecistocinina, 
que é produzida por células endócrinas no 
intestino delgado e estimula a liberação de 
secreções pancreáticas e a contração da 
túnica muscular da vesícula biliar. A partir 
desse estímulo, os grânulos com pré-
enzimas são liberados. É importante que 
essas secreções sejam armazenadas na 
forma inativa para elas não passem a agir e 
digerir o próprio órgão. 
Ainda assim, o ácino pancreático tem 
uma camada protetora por uma inserção 
do ducto intercalar, que possui um epitélio 
mais resistente. Essa camada extra de 
epitélio impede que a secreção das pré-
enzimas não extravase. 
 
Porção endócrina 
As células endócrinas do pâncreas 
formam ilhotas no interior do tecido 
pancreático exócrino, chamadas de ilhotas 
pancreáticas ou ilhotas de Langerhans. Por 
ser uma porção endócrina, não apresenta 
ductos, apenas muitos capilares. As células 
Ducto intercalar (seta) com ácinos em volta 
Marina Morena 
 
31 
formam um cordão ao redor dos capilares 
e liberam suas secreções nele (formação 
cordonal). 
 
As células principais que compõe as 
ilhotas são células alfa (α), beta (β) e delta 
(δ), que só podem ser diferenciadas a 
partir de uma coloração especial. 
As células α são responsáveis por 
produzir o glucagon, as células β a insulina 
e as células δ a somatostatina. Desse 
modo, são células exclusivas que só 
produzem um tipo de secreção. As ilhotas 
são compostas de um tipo predominante 
de célula, caracterizando em uma ilhota de 
células α, β ou δ. 
 
Fígado 
É a maior glândula do organismo, 
responsável por diversas funções 
complexas. Seu suprimento sanguíneo é 
proveniente majoritariamente da veia 
porta (≈70% - sangue não oxigenado), com 
a participação em menor escala da artéria 
hepática (≈30% - sangue oxigenado). A veia 
porta traz o sangue vindo do intestino, ∴ 
rico em nutrientes, para que seja 
processado/metabolizado toxinas, 
microrganismos e outras substâncias, 
evitando que sigam para o coração. Além 
disso, é o fígado também exerce a função 
de produzir proteínas plasmáticas, como a 
albumina, importante no transporte de 
substâncias pelo sangue e na regulação da 
pressão osmótica sanguínea. 
 
 
O fígado é revestido por uma cápsula 
delgada de tecido conjuntivo que divide o 
órgão em lobos e lóbulos. Os lóbulos 
hepáticos possuem um formato poligonal, 
com diversos ângulos. A porção funcional, 
o parênquima, é composto por 
hepatócitos, também em formato 
poligonal, com cordões de capilares 
sinusoides. O sangue circula em um fluxo 
centrípeto da ponta de cada lóbulo até o 
Ilhota com células β na coloração de Fucsina aldeída (insulina) 
Marina Morena 
 
32 
centro, onde há a veia central (ou 
centrolobular). 
Cada vértice dos lóbulos estão 
presentes três componentes básicos: um 
ramo da veia porta, um ramo da artéria 
hepática e um ducto biliar (ou mais de um). 
Esses componentes são conhecidos como 
a tríade portal ou espaço porta, que são 
compartilhados pelos lóbulos anexos. 
 
Os ramos da veia porta e da artéria 
hepática passam por dentro dos cordões 
hepáticos por capilares sinusoides até a 
veia central. Entre os hepatócitos e os 
capilares há um espaço, chamado de 
DISSE, que possui um papel importante na 
movimentação das células de defesa 
(células de kupffer e células dendríticas) e 
é onde o plasma fica disponível para que os 
hepatócitos processem os componentes. 
Os canalículos biliares não possuem 
uma membrana própria, sendo delimitado 
apenas pela membrana do hepatócito. 
Próximo ao vértice (fluxo centrífugo) eles 
se unem e passam a ter um revestimento 
de epitélio cúbico, formando os dúctulos 
biliares, que se unem e formam os ductos 
biliares. Os canalículos são tão pequenos 
que não podem ser vistos em coloração 
normal, são utilizadas colorações especiais 
para identificá-los. 
 
 
Vesícula biliar 
Obs: Ausente nos cavalos. 
Caracterizada por ser uma bolsa com 
mucosa pregueada, que permite a 
expansão quando cheia, de epitélio 
cilíndrico simples, lâmina própria e 
submucosa. É um órgão oco e aglandular. 
Sistema endócrino 
 
Composto por uma série de glândulas, 
que tem como função a produção de 
hormônios, reguladores de atividades 
metabólicas. O sistema endócrino é o 
sistema glandular desprovido de dutos, ou 
seja, glândulas de secreção interna. As 
secreções endócrinas são liberadas no 
compartimento intercelular, e não em uma 
superfície ou no interior de um duto 
conducente a uma superfície (como ocorre 
comas glândulas exócrinas). 
As glândulas podem ser organizadas em 
formas de cordões, uma célula ao lado da 
outra ao redor de capilares (glândula 
cordonal); ou pode ter uma conformação 
folicular, ou seja, com uma bolsa, onde a 
secreção fica armazenada até precisar ser 
utilizada (glândula folicular). 
Marina Morena 
 
33 
Hipófise 
A hipófise, ou glândula pituitária, está 
localizada abaixo do encéfalo, na base do 
crânio na cavidade chamada de cela 
túrcica, caudal ao quiasma óptico (origem 
nos nervos ópticos). O tecido possui 
origem embrionária dupla, formando duas 
porções, uma de origem ectodérmica 
(adeno-hipófise – porção glandular) e 
outra neuroectodérmica (neuro-hipófise). 
A porção anterior da hipófise, que é a 
mais distante do cérebro, é chamada de 
pars distalis. Por sua vez, o lobo posterior 
(mais caudal) é composto por duas 
porções, uma chamada de pars intermedia 
(divisão central) e outra de pars nervosa 
(neuro-hipófie). A pars nervosa está 
conectada ao tecido nervoso, uma 
continuação da hipófise, e presa a ele 
através do infundíbulo. Envolvendo o 
infundíbulo há um tubo chamado de ars 
tuberalis. Em resumo, a adeno-hipófise 
compreende as porções da pars distalis, 
pars intermedia e pars tuberalis, enquanto 
a neuro-hipófise é composta apenas pela 
pars nervosa. 
De modo geral, a hipófise é revestida 
externamente por uma cápsula de tecido 
conjuntivo denso que penetra o tecido 
hipofisário e separa a adeno-hipófise (lobo 
anterior) da neuro-hipófise (lobo 
posterior). A pars nervosa é invadida por 
prolongamentos de neurônios 
hipotalâmicos, que encontram os 
neurônios da própria neuro-hipófise. Por 
sua vez, os prolongamentos hipotalâmicos 
não penetram na adeno-hipófise. 
Adeno-hipófise 
Pars distalis 
É uma glândula endócrina cordonal com 
células cúbicas ao redor de capilares 
sinusoides. Quando corada com H&E, são 
observados três tipos celulares; porém, 
quando corado com anticorpos (imuno-
histoquímico), são visualizados mais de 5 
tipos celulares. 
Assim, segundo a histologia clássica, os 
três tipos celulares presentes na pars 
distalis são as basófilas (corante básico), 
acidófilas (mais vermelhas – corante ácido) 
e cromófoba (não se conectam aos 
corantes histológicos), que estão dispostas 
ao redor dos capilares. 
Cromófaba: 
 
Acidófila: 
 
Basófilas: 
 
O conjunto de células acidófilas é 
composto por dois tipos de células, os 
somatótrofos (produz hormônio do 
crescimento – GH) e os lactóforos 
(prolactina – PRL). Em relação ao conjunto 
de células basófilas, temos os tireótrofos 
(hormônio estimulante da tireoide – TSH), 
os gonadótrofos (hormônio 
folículoestimulante – FSH; hormônio 
Marina Morena 
 
34 
luteinizante – LH) e os corticótrofos 
(hormônio adrenocorticotrófico – ACTH). 
Por fim, as células cromótofas são apenas 
resquícios das células basófilas e acidófilas 
formados depois que os hormônios foram 
secretados. 
 
Para otimizar o diagnóstico, primeiro é 
realizada a coloração de H&E para definir o 
tipo celular envolvido na patologia, depois 
o teste imuno-histoquímico é direcionado 
para os tipos de células dentro desses 
grupos. 
Pars intermedia 
Glândula endócrina cordonal com 
células cilíndrincas simples ou 
pseudoestratificadas. É uma porção muito 
desenvolvida em equinos, peixes e 
anfíbios. Estão presentes nesta porção os 
corticótrofos e os melanótrofos (hormônio 
melanotrófico – estimula melanócitos). 
 
Pars tuberalis 
Possui um formato similar a um funil, 
envolvendo o infundíbulo. É uma região 
muito vascularizada, porém, sua função 
específica é pouco esclarecida. Há a 
hipótese de que atue sobre o ciclo estral. 
Neuro-hipófise 
Embora seja composto por tecido 
nervoso, há apenas um tipo de célula da 
glia, o pituícito, que possui uma função 
semelhante ao do astrócito – sustentação. 
Estão presentes também os axônios 
provenientes de neurônios hipotalâmicos 
e neurônios grandes da própria neuro-
hipófise, que secretam tanto 
neurossecreção, como potencial de ação. 
Na histologia pode ser observado um 
acúmulo de secreção em alguns neurônios, 
denominados de corpos de Herring. Os 
hormônios no interior desses corpos são 
produzidos no hipotálamo e direcionados 
até os neurônios da neuro-hipófise, que 
irão armazenar até serem liberados. 
 
Os neuro-hormônios que são 
produzidos no hipotálamo e liberados pela 
neuro-hipófise são: hormônio 
antidiurético (ADH) e a ocitocina (OT). 
 
Hormônios da pars distalis: 
GH – desenvolvimento do sistema imune; 
metabolismo de lipídeos e crescimento. 
PRL – produção de leite. 
TSH – regula a atividade da tireoide. 
FSH – amadurecimento do folículo 
ovariano na fêmea; induz as células de 
sertoli no macho. 
LH – estimula a ovulação e formação do 
corpo lúteo na fêmea; estimula as células 
de leydig no macho. 
ACTH – atua no córtex da adrenal. 
Pars distalis 
Pars intermedia 
Pars nervosa 
Hormônios da neuro-hipófise: 
ADH – estimula o rim a reabsorver mais 
água; controle da pressão (através da 
água). 
OT – ação no sistema reprodutor e 
comportamento da fêmea (contração do 
mioepitélio mamário; contração do útero 
no parto; maternidade) – 
produção/secreção a partir de estímulos 
externos. 
Marina Morena 
 
35 
Glândula pineal 
Localizada no diencéfalo, é revestida 
pela piamater, composta por pinealócitos 
(células grandes, com citoplasma claro 
repleto de vesículas e núcleo esférico) e 
gliócitos centrais (astrócitos – sustentação 
do tecido). É a glândula responsável por 
produzir os hormônios serotonina (5HT) e 
melatonina (MEL). 
 
Tireoide 
Glândulas pares localizadas abaixo da 
traqueia com característica histológica 
folicular. O folículo tireoidiano é composto 
por um epitélio cúbico e simples (células 
foliculares) com o interior repleto de 
coloide (armazenamento de hormônios da 
tireoide – tireoglobulina – associada a 
iodo). Os folículos são separados entre si 
por um septo de tecido conjuntivo com 
capilares. 
Os hormônios tireoidianos possuem 
diversas atividades associadas ao 
catabolismo e anabolismo, portanto, 
atuam no crescimento e desenvolvimento 
corporal; no envelhecimento; na 
capacidade das mitocôndrias de 
produzirem ATP; transcrição genética; 
metabolismo corporal. 
Entre os folículos, são vistas as células 
parafoliculares, responsáveis pela 
produção de calcitonina, que atua no 
controle do cálcio sanguíneo (inibe a 
atividade dos osteoclastos; aumenta a 
fixação de cálcio nos ossos; interfere na 
reabsorção renal/intestinal do cálcio) 
 
Paratireoide 
Pequenas glândulas localizadas 
cranialmente à tireoide, com arranjo 
cordonal ao redor de um extenso plexo 
capilar. É composta por dois tipos 
celulares: as células principais (hormônio 
paratireóideo – PTH; aumento dos níveis 
sanguíneos de cálcio pela ativação do 
osteoclasto) e as células oxifílicas (função 
desconhecida). 
 
Adrenais 
Órgãos localizados cranial ao rim, são 
glândulas que apresentam uma camada 
mais interna (medula) e outra mais externa 
(córtex). 
Na porção mais externa há uma capsula 
de tecido conjuntivo denso não modela, 
sem se inserir no parênquima. A região do 
córtex é dividida em três zonas bem 
distintas, a mais externa é a glomerulosa 
Hormônios: 
5-HT – regula sono, apetite, temperatura 
corporal; inibidora de agressividade; 
controla o centro do vômito. 
MEL – atua no centro do sono, atividades 
reprodutivas e na regulação do sistema 
imunológico. 
Cél. oxifílicas 
Cél. principais 
Marina Morena 
 
36 
(córtex externo), seguida pela fasciculada 
e, por fim, a zona reticular (córtex interno). 
Embora a zona glomerulosa receba esse 
nome para todas as espécies, em cavalos, 
suínos e carnívoros, pode também ser 
chamada de zona arciforme. O nome 
glomerulosa, usado especialmente em 
ruminantes, é dado pela conformação das 
células em emaranhado, semelhante ao 
glomérulo renal. Nas outras espécies, é 
chamada de zona arciforme, pois a 
disposição é em formato de arco. 
A região da zona glomerulosa é 
responsávelpela produção dos 
mineralocorticoides (aldosterona e 
corticosterona). Esses hormônios atuam 
na reabsorção de sódio nos rins, portanto, 
controlando a indiretamente a reabsorção 
de água. A aldosterona participa de um 
sistema endócrino que envolve a adrenal, 
o rim e os vasos sanguíneos (sistema 
renina-angiotensina-aldosterona; gera a 
angiotensina II que atua contraindo a 
túnica média das artérias). 
Na zona fasciculada é formada por 
cordões de células 
Na zona fasciculada é formada por 
cordões de células com citoplasma grande 
e repleto de vesículas que pouco se coram 
no H&E. Essa porção é responsável por 
produzir os glicocorticoides (cortisol e 
cortisona), que atuam na 
quebra/metabolização de glicose, 
proteínas e gorduras. Além disso, possui a 
capacidade de inibir a migração do 
neutrófilo para o meio extracelular e inibir 
a liberação de linfócitos, agindo como 
antiinflamatórios e supressão do sistema 
imune. 
A última zona da porção cortical, a zona 
reticular, é a responsável pela produção de 
hormônios andrógenos (características 
masculinas no macho e convertido em 
estrógenos para conceder características 
femininas). 
A medular da adrenal é composta pelas 
células cromafins, coradas em azul, que 
são produtoras dos hormônios adrenalina 
e noradrenalina (precursor da adrenalina). 
Ambos hormônios atuam no sistema 
nervoso simpático, ativando a taquicardia, 
dilatação de pupila etc. 
Desse modo, conclui-se que a adrenal 
está envolvida em diversos processos 
relativos ao estresse. Qualquer 
procedimento que envolva a adrenal 
precisa ser realizado em centro cirúrgico e 
anestesia, para evitar uma descarga 
adrenérgica. 
Outros tecidos endócrinos 
 
Sistema urinário 
Sistema responsável pela manutenção 
da homeostase, produzindo a urina, por 
meio da qual são eliminados diversos 
resíduos do metabolismo e água, 
eletrólitos e não eletrólitos em excesso no 
meio interno. O trato urinário é separado 
em porção superior (dois rins) e porção de 
vias urinarias (dois ureteres, bexiga e 
uretra). 
Rim 
 
O formato do rim varia de acordo com a 
espécie, sendo classificados como 
multilobulados ou unilobulados. De modo 
Adipócitos – Leptina 
Miócitos cardíacos – peptídio natriurético atrial 
Células justaglomerulares dos rins – renina 
Células endócrinas do ovário – corpo lúteo 
Células endócrinas da placenta – gonadotrofina 
coriônica (HCG) 
Células endócrinas do testículo - andrógeno 
Marina Morena 
 
37 
geral, independentemente do número de 
lobos, é dividido na porção cortical e 
medular. A medula renal possui uma 
estrutura com formato piramidal (pirâmide 
de malpighi), onde, no caso dos animais 
com rins multilobulados, há diversas 
pirâmides (multipiramidais). 
A córtex renal é o local onde são 
encontradas as estruturas responsáveis 
por fabricar a urina (unidades funcionais). 
As estruturas contidas na medula têm 
menor participação na formação da urina, 
tendo a função principal de direcionar a 
urina para a porção extra-renal. 
A diferença entre os rins unipiramidais e 
multipiramidais consiste em uma questão 
anatômica, histologicamente são bem 
semelhantes. 
Na porção côncava do rim está o hilo 
renal, composto pela artéria renal, veia 
renal, vasos linfáticos e nervos e o ureter. 
O rim é envolto por uma cápsula de 
tecido conjuntivo denso não modelado, 
que confere o formato/resistência ao 
órgão. 
 
Na medula, ou seja, nas pirâmides de 
malpighi, são vistos diversos ductos que 
vão do córtex em direção a pelve renal em 
disposição radial (raios medulares). Os 
raios medulares não estão restritos a 
medula, vindo desde a córtex. 
 
O córtex possui uma estrutura 
composta não só pelos raios medulares, 
mas também um labirinto cortical, além 
dos corpúsculos renais. Todas essas 
estruturas, em conjunto, formam a 
unidade funcional do rim (néfron), região 
que a urina é formada. 
É no corpúsculo renal que inicia o 
processo de formação de urina, portanto, 
é a primeira parte do néfron. O sangue 
entra no rim através da artéria renal, que 
se ramifica em artérias de menor calibre 
até que uma arteríola, aferente, chega no 
corpúsculo renal. 
O corpúsculo renal é composto uma 
cápsula, chamada de cápsula de Bowman, 
que mantém parte do plasma 
extravasado/filtrado da arteríola retido no 
corpúsculo renal. O resto do sangue, agora 
filtrado, sai através da arteríola eferente e 
segue o caminho pelo corpo. 
 
Córtex 
Medula 
Marina Morena 
 
38 
O conteúdo filtrado sai do corpúsculo 
renal no pólo urinário por um sistema 
tubular, onde a primeira porção é 
chamada de túbulo contorcido proximal, 
pela sua característica tortuosa (um dos 
componentes do labirinto cortical). O 
túbulo contorcido proximal forma uma 
alça em formato de U que vai até a região 
da medula, chamada de alça de Henle, que 
é a única porção do néfron que vai até a 
medula renal. Quando a alça de Henle 
sobe voltando para o córtex renal, torna-
se novamente um túbulo tortuoso, 
chamado de túbulo contorcido distal, 
última parte do néfron. 
Diversos túbulos contorcidos distais 
desembocam em um ducto, o ducto 
coletor, que tem início no córtex e seguem 
até o final da medula e desembocam na 
pelve renal. 
 
O corpúsculo renal é delimitado pela 
cápsula de Bowman, que compreende um 
epitélio plano simples (folheto parietal). O 
polo vascular do corpúsculo renal é a 
região onde são observadas as arteríolas 
aferente e eferente. 
Quando a arteríola entra no corpúsculo 
renal, ela se divide em uma rede de 
capilares repleta de ramificações e 
anastomoses (glomérulo renal). 
A cápsula de Bowman também possui 
uma porção interna (folheto visceral) que 
recobre os capilares do glomérulo 
composta por células chamadas de 
podócitos. A função do folheto visceral é 
controlar a filtração, assim, quanto mais 
afastados os podócitos estiverem entre si, 
maior a capacidade de filtração. Quando o 
animal necessita de uma taxa de filtração 
maior os podócitos se afastam, quando o 
animal precisa reter líquido, eles se unem. 
 
O túbulo contorcido proximal, que se 
inicia no polo urinário, é a maior porção do 
sistema tubular renal. Internamente é 
revestido por um epitélio cúbico simples 
com microvilosidades (borda em escova) 
com muitas mitocôndrias na base das 
células, que confere as células uma 
coloração acidófila (vermelha). São células 
metabolicamente muito ativas, pois o 
túbulo contorcido proximal é onde ocorre 
uma série de reabsorções. O corpúsculo 
renal é pouco seletivo, portanto, são 
filtrados elementos importantes que 
precisam ser reabsorvidos no sistema 
tubular. 
 
Quando chega na porção da alça de 
Henle, o túbulo torna-se mais fino, 
voltando para o calibre normal apenas na 
Marina Morena 
 
39 
parte ascendente. Na porção descendente 
delgada a alça é revestida por um epitélio 
plano simples, enquanto na porção 
ascendente espessa o epitélio é cúbico 
simples. A principal função dessa porção 
tubular é a retenção hídrica, para tornar a 
urina hipertônica. A alça de Henle cria um 
gradiente de hipertonicidade no interstício 
medular que influencia a concentração da 
urina, à medida que ela passa pelos duetos 
coletores. 
O epitélio presente no início do túbulo 
contorcido distal é o mesmo que a porção 
espessa ascendente da alça de Henle, 
portanto, é um epitélio cúbico simples, 
sem borda em escova e com células 
menores e menos acidófilas que no túbulo 
contorcido proximal. Ainda há um grau de 
reabsorção hídrica, mas menos acentuada 
que na alça de Henle. Dentre as funções do 
túbulo contorcido distal temos: 
encaminhar a urina formada para o ducto 
coletor. 
Além disso, o túbulo contorcido distal 
encosta no corpúsculo renal do próprio 
néfron, estando em contato íntimo com o 
polo vascular. Nessa região ocorre uma 
modificação da parede do túbulo, as 
células ficam menores e mais 
condensadas, área chamada de mácula 
densa. A mácula densa associada com a 
arteríola aferente, também modificada, é o 
que compõe o aparelho justaglomerular.As células modificadas da parede da 
arteríola aferente são células sensoriais, 
que detectam alterações de pressão 
sanguínea e sinalizam para a mácula densa. 
As células da mácula densa liberam um 
hormônio, a renina, que age no sistema 
renina-angiotensina-aldosterona, 
responsável pelo controle da pressão 
arterial. 
O rim possui uma segunda função 
endócrina, que é a liberação do hormônio 
chamado eritropoietina, responsável por 
estimular a produção de hemácia quando 
é detectada uma baixa de oxigenação 
sanguínea. 
O ducto coletor é um túbulo com 
epitélio cúbico simples em que as células 
possuem poucas mitocôndrias (pouco 
ativa metabolicamente), atua de forma 
pouco significativa na retenção hídrica. 
Conforme vai chegando no final, passa 
para um epitélio cilíndrico simples, indo 
até a porção final da pirâmide de malpighi. 
Vias urinárias 
Os ductos coletores desembocam na 
região chamada de papila renal, para 
dentro das vias urinárias (cálices renais, 
pelve renal, ureteres, bexiga e uretra). 
Embora as estruturas das vias urinarias 
sejam anatomicamente bem distintas, 
histologicamente são semelhantes, com 
diferenças apenas entre as espessuras de 
suas estruturas. 
Todas as vias urinárias são formadas por 
uma túnica mucosa de epitélio de 
transição seguida de uma zona estreita 
chamada de própria-submucosa (TCF), 
devido a diferença muito sutil entre a 
lâmina própria e a submucosa – tecido 
conjuntivo frouxo. A camada seguinte é a 
túnica muscular, formada por três 
camadas de músculo liso, onde duas são 
longitudinais (interna e externa) e uma 
circunferencial (intermediária). Por fim, a 
última camada é uma túnica adventícia 
(cálices, pelve e uretra) ou túnica serosa 
(ureteres e bexiga). 
Obs: gatos não possuem túnica muscular, a 
contração da bexiga é realizada pela musculatura 
abdominal. 
O epitélio de transição é estratificado, 
com células que variam de formato 
globoso (bexiga vazia) a achatado (bexiga 
cheia – células em formato de guarda-
chuva). 
Características especiais 
Os equinos possuem glândulas mucosas 
na pelve renal e nos ureteres, portanto a 
urina contém um aspecto mais mucoso. 
Marina Morena 
 
40 
A uretra da fêmea é mais curta que a do 
macho e passa de um epitélio de transição 
para um epitélio plano estratificado, que é 
o mesmo visto na vagina. 
Por sua vez, os machos apresentam 
uma uretra longa e subdivida em três 
porções: uretra prostática, epitélio de 
transição – passa por dentro da próstata e 
une com os ductos ejaculatórios; uretra 
pélvica – tem início no bulbo peniano e faz 
uma volta por trás dos ossos pélvicos, 
região que costuma obstruir com cálculos 
urinários; e uretra peniana – circundada 
pelo tecido erétil do pênis. Em machos 
ruminantes e equinos há também um 
processo uretral, que consiste em uma 
saída da uretra para o meio externo com o 
objetivo de levar o conteúdo da ejaculação 
ainda mais próximo ao útero. 
Assim, as fêmeas têm uma maior 
propensão de infecções urinárias por via 
ascendentes, enquanto os machos têm 
maior propensão de sofrer com obstruções 
da via urinária. 
Sistema reprodutor 
masculino 
O sistema reprodutor é dividido em 
gônadas (testículos/ovários), vias 
reprodutoras e órgãos reprodutores. 
 
Testículo 
Os testículos são órgãos pares e 
possuem a função de gônada do macho, 
presente dentro da bolsa escrotal. É 
revestida externamente por uma serosa 
(mesma conformação histológica que o 
peritônio) chamado de túnica vaginal, que 
possui duas camadas, uma camada interna 
(visceral) e uma externa (parietal). 
Quando o testículo é removido do 
escroto, a camada parietal da túnica 
vaginal permanece inserida na superfície 
interna do escroto, ao passo que a camada 
visceral, o peritônio que cobre o testículo 
(e epidídimo), permanece intimamente 
associada à cápsula subjacente (túnica 
albugínea) do testículo. Um espaço, a 
cavidade vaginal, separa as camadas 
visceral e parietal. 
A túnica albugínea é uma membrana 
fibrosa de tecido conjuntivo denso não 
modelado que envolve o testículo inteiro. 
A partir da porção mais externa do 
testículo, a face voltada para longe do 
corpo do animal, a túnica albugínea emite 
diversos septos para dentro do testículo, 
dividindo-o em lóbulos. 
Na porção mais proximal do testículo 
ocorre um espessamento da túnica 
albugínea exatamente no meio, chamada 
de mediastino do testículo. Aderida a parte 
da túnica que forma o mediastino há um 
emaranhado de vasos e tubos (epidídimo) 
chamado de rete testis. 
Os lóbulos formados pelos septos da 
túnica albugínea são compostos diversos 
tubos, chamados de túbulos seminíferos, 
que é onde ocorre a fabricação dos 
esmepermatozóides (SPTZ). 
Entre os túbulos seminíferos estão 
presentes as células intersticiais, 
responsáveis pela produção hormonal, 
especialmente da testosterona. 
Marina Morena 
 
41 
 
A cada lóbulo testicular, são observados 
de 1-4 túbulos seminíferos bem 
emaranhados. As células presentes dentro 
dos túbulos seminíferos são: Células 
espermatogênicas – células redondas em 
diversos tamanhos (diferentes fases de 
amadurecimento), com núcleo bem 
escuro; células de Sertoli, responsáveis por 
fornecer nutrientes para as células 
espermatogênicas para formação dos 
SPTZ. – Células grandes, com formato mais 
ou menos cilíndrico e que se projetam para 
o interior do túbulo desde a parte mais 
distal. 
 
Do lado de fora do túbulo seminífero, 
ou seja, no interstício/estroma estão 
presentes as células endócrinas (células 
intersticiais ou células de Leydig), que 
liberam as suas secreções nos capilares 
sanguíneos próximos. 
As células de Leydig são vistas em 
aglomerados ou em formatos de cordões 
entre um túbulo seminífero e outro. São 
células grandes e sem formato bem 
definido. Além de produzir testosterona, 
essas células também são responsáveis por 
controlar a produção de hormônios 
esteroides (produzidos na adrenal – 
feedback) e hormônios estrógenos (menor 
quantidade). 
 
O SPTZ sai dos túbulos seminíferos 
ainda imaturo e segue para fora do 
testículo para continuar o seu processo de 
amadurecimento. Antes de sair do 
testículo, o espermatozóide passa por um 
grupo de túbulos chamados de túbulos 
retos, que consiste em uma transição dos 
túbulos seminíferos que perdem a sua 
conformação enovelada e tornam-se retos. 
Cada lóbulo testicular dá origem a um 
túbulo reto, que se 
misturam/anastomosam com a rete testis 
do mediastino testicular. Da rede testicular 
saem pequenos ductos, chamados de 
dúctulos eferentes, que retiram os SPTZ 
dos testículos. 
O epitélio dos túbulos retos, da rete 
testis e dos dúctulos eferentes possuem 
uma estrutura de epitélio plano ou 
cilíndrico, formado por células de sertoli 
modificadas (não há mais formação de 
espermatozoides). São responsáveis por 
produzir o líquido testicular, que facilita o 
transporte dos SPTZ pelo sistema de 
túbulos. 
Marina Morena 
 
42 
Epidídimo 
O epidídimo é um conjunto de dúctulos 
que está posicionado caudal ou dorsal ao 
testículo, dependendo da espécie animal. 
É dividido em três porções: cabeça, corpo 
e cauda. É formado a partir da união dos 
dúctulos eferentes, compondo uma 
estrutura tubular e enovelada 
extremamente comprida, também 
circundado pela túnica albugínea e túnica 
vaginal. 
Na passagem pelo epidídimo, os SPTZ 
continuam o seu processo de maturação, 
onde desenvolve a capacidade de se 
movimentar. 
O epitélio do epidídimo é formado por 
epitélio cilíndrico pseudoestratificado com 
estericílios (prolongamento da membrana 
que aumenta a superfície de contato). Os 
estericílios dá ao epitélio epididimal uma 
grande capacidade absortiva, que serve 
para absorver o líquido testicular 
(concentrar o material – menos líquido = 
mais SPTZ) e fagocitar/absorver 
fragmentos da espermatogênese. 
Ducto deferente 
Quando os SPTZ saem do epidídimo, 
eles são direcionados para o ducto 
deferente. Consiste em um tubo reto com 
epitélio cilíndrico pseudoestratificado 
responsávelpor transportar o SPTZ até a 
região das glândulas anexas, onde se une 
ao ducto excretório da vesícula seminal. 
Revestindo externamente o ducto 
deferente, há uma túnica muscular 
composta por camadas oblíquas de 
músculo liso (direções diagonais 
intercaladas). A contração muscular 
resulta em um movimento semelhante ao 
peristáltico, que faz com que o SPTZ 
consiga percorrer o caminho vertical 
contra a gravidade. 
Glândulas acessórias 
O ejaculado é constituído de 
espermatozoides e de plasma seminal, o 
qual se compõe de secreções provenientes 
do epidídimo e das glândulas acessórias do 
macho. Essas glândulas são: vesícula 
seminal; próstata; e a glândula 
bulbouretral. 
O ducto deferente passa por dentro da 
vesícula seminal, onde se torna o ducto 
ejaculatório; posteriormente passa por 
dentro da próstata, onde se funde a uretra. 
Vesícula seminal 
Não está presente em carnívoros 
estritos (gato). É uma glândula 
tubuloalveolar ou tubular composta, ou 
seja, com mais de um ducto secretor. O 
revestimento dessa glândula é formado 
por um epitélio cilíndrico 
pseudoestratificado. 
É um órgão revestido por uma cápsula 
de tecido conjuntivo denso não modelado 
que emite septos para o interior da 
glândula, subdividindo-a em lóbulos. 
A secreção produzida possui a função 
de nutrição do SPTZ para que ele possua 
energia suficiente para chegar até o óvulo 
e fecundá-lo. Essa secreção é formada por 
lipídeos (colesterol, triglicerídeos 
fosfolipídios) e frutose. 
 
Próstata 
Assim como a vesícula seminal, a 
próstata também é uma glândula 
tubuloalveolar composta encapsulada com 
epitélio que varia de cúbico a cilíndrico. 
Possui um esfíncter de músculo estriado 
que age como uma estrutura anti-refluxo, 
Marina Morena 
 
43 
impedindo que o SPTZ vindo. da vesícula 
seminal vá para a bexiga. Desse modo, o 
único caminho possível para o SPTZ é 
seguir pela uretra. 
A próstata é responsável por produzir 
duas secreções: a fosfatase ácida 
prostática, que induz o SPTZ a iniciar os 
movimentos ativos de mobilidade; e 
espermidina e espermina, que são 
substâncias bacteriostáticas. 
Glândula bulbouretral 
A glândula bulbouretral está no início do 
bulbo peniano. A única espécie que não 
possui essa glândula é o cachorro. 
Assim como as descritas anteriormente, 
é uma glândula tubular ou tubuloalveolar 
composta revestida por um epitélio 
cilíndrico simples. 
A função e o momento de liberação da 
secreção produzida por essa glândula 
variam de acordo com as espécies 
domésticas. De modo geral, é um produto 
mucoso e proteico. 
Em ruminantes é um material pré-
ejaculatório, responsável por neutralizar o 
pH vaginal e participa da lubrificação da 
vagina. 
Nos suínos (varrão) é um produto que 
compõe o ejaculado, que quando se 
mistura com as secreções presentes na 
fêmea forma um tampão proteico que 
oclui a cérvix (barreira física). Desse modo, 
impede a entrada de microrganismos e a 
saída do ejaculado. 
Nos gatos a glândula bulbouretral 
produz as substâncias produzidas pela 
vesícula seminal nas outras espécies, já 
que eles não a possuem. Assim, a secreção 
participa do ejaculado e é rico em 
glicogênio e frutose. 
Pênis 
A estrutura anatômica do pênis varia 
muito de espécie para espécie. Independe 
das variações anatômicas, 
histologicamente todo pênis é composto 
por corpos cavernosos (estruturas eréteis), 
corpo esponjoso (ao redor da uretra – 
também é tecido erétil) e a glande. 
Os corpos cavernosos são estruturas 
pareadas que estão localizadas na região 
dorsal do pênis. Eles se fundem/conectam 
ao corpo esponjoso e ambos são 
circundados por uma camada de tecido 
conjuntivo denso não modelado rico em 
fibras elásticas (túnica albugínea). A túnica 
albugínea emite projeções para o interior 
do pênis, que também é composta por 
uma grande quantidade de músculo liso. 
Tanto os corpos cavernosos como os 
esponjosos, consistem em grandes leitos 
vasculares compostos pelas chamadas 
artérias helicinas (dispostas em arranjo 
helicoidal), de onde partem diversos 
capilares do tipo sinusoide, que se 
comunicam e enchem de sangue as 
cavernas presentes nos corpos no 
momento da ereção. Essa irrigação é 
controlada pelo músculo liso, que quando 
relaxa permite que os corpos sejam 
preenchidos por sangue. 
Diferenças entre as espécies 
Os pênis das diferentes espécies podem 
ser classificados de acordo com as 
variações dos corpos cavernosos, podendo 
ser do tipo fibroelástico, vascular 
(musculocarvenoso) e intermediário. 
No pênis fibroelástico (ruminantes e 
suínos) o espaço vascular do corpo 
cavernoso é reduzindo, predominando os 
corpos cavernosos fibroelástico compostos 
por TCDNM e fibra elástica. Assim, é um 
tipo de pênis que não possui a capacidade 
de entrar em um estágio de flacidez 
(constantemente ereto), dependendo do 
músculo retrator do pênis para mantê-lo 
interiorizado quando não está no 
momento da cópula (pênis em formato de 
S). 
Por sua vez, no pênis vascular (equinos) 
os corpos cavernosos são ricos em 
cavernas e possuem pouco tecido 
Marina Morena 
 
44 
fibroelástico, apenas o suficiente para 
manter o pênis ereto. Permite que o pênis 
transite entre estados de ereção e flacidez. 
Os cães e os gatos possuem pênis com 
características intermediárias entre os dois 
tipos, portanto, com uma capacidade 
intermediária de fazer ereção e de estar 
em estado de flacidez. 
Glande peniana 
A glande peniana é uma região de 
tecido erétil, portanto, revestida por túnica 
albugínea e rica em fibras elásticas. É bem 
desenvolvida apenas em cães e em 
garanhões, onde no cão é formada por 
corpo cavernoso e no garanhão por corpo 
esponjoso. 
No momento da cópula, nessas espécies 
a glande também aumenta de volume e 
possui uma importante participação no 
processo de ovulação da fêmea (estímulo). 
Sistema reprodutor 
feminino 
Assim como o sistema reprodutor do 
macho, o sistema reprodutor da fêmea é 
dividido em gônadas (ovários), vias 
reprodutivas e genitália (vulva). Portanto, 
o sistema é composto por dois ovários, 
duas tubas, um útero, uma vagina e uma 
vulva. 
 
Suas funções são: (1) produzir gametas 
femininos (ovócitos); (2) manter um 
ovócito fertilizado durante seu 
desenvolvimento completo ao longo das 
fases embrionária e fetal até o nascimento; 
(3) produção de hormônios sexuais que 
controlam órgãos do aparelho reprodutor 
e têm influência sobre outros órgãos do 
corpo. 
Ovário 
São órgãos pares, localizados dentro da 
cavidade abdominal e possuem a mesma 
origem embriológica que os testículos. É 
dividido em região cortical e região 
medular. 
Revestindo o ovário na porção mais 
externa encontramos um epitélio 
germinativo (cúbico e simples) e, em 
seguida, a túnica albugínea, que consiste 
em uma cápsula de tecido conjuntivo 
denso. O parênquima ovariano, onde são 
encontradas as estruturas específicas do 
ovário, está situado abaixo da túnica 
albugínea. 
 
A córtex ovariana é composta por um 
tecido conjuntivo fibroso (estroma) com 
células conhecidas como células da teca ou 
teca ovariana. É um tecido de sustentação 
para as estruturas que vão nutrir o tecido 
ovariano, formado pelos folículos 
ovarianos - partes do ovário pelo 
Marina Morena 
 
45 
amadurecimento do ovócito. No córtex 
contém diversos folículos ovarianos em 
diferentes estados de maturação, sendo 
predominantemente folículos primordiais. 
A região da medular é composta por 
uma rede de vasos sanguíneos e linfáticos 
inseridos em um tecido conjuntivo frouxo, 
que fornece a nutrição ao ovário. 
Essa estrutura de córtex e medular é 
comum a todas as espécies de mamíferos 
domésticos, exceto na égua, onde há uma 
inversão do córtex e da medula. Desse 
modo, nas éguas os folículos ovarianos 
estão presentes na medula e os vasos 
sanguíneos encontram-se no córtex. 
 
Folículos 
 
Os folículos primordiais são formados 
durante a vida fetal e só irão sofrer 
transformação quando a fêmea atingir a 
maturidade sexual. Eles são compostos porum ovócito primário (célula grande e 
redonda com núcleo grande, redondo e 
claro e com um nucléolo bem evidente) 
envolvido por uma única camada de 
células foliculares (epitélio plano e 
simples). 
 
Quando a fêmea atinge a idade 
reprodutiva e o estímulo hormonal a 
prepara para uma gestação, um ou alguns 
folículos primordiais são selecionados para 
amadurecer, transformando-se em folículo 
primário. A primeira mudança ocorre nas 
células foliculares, que aumentam de 
tamanho, tornando-se cilíndricas ou 
cúbicas, e passam a ser chamadas de 
células da granulosa. 
Essas células passam a secretar uma 
substância nutritiva glicoproteica, para que 
o ovócito inicie a sua evolução e preparo 
para a gestação, formando um envoltório 
eosinofilico (vermelho) ao redor do 
ovócito, conhecida como zona pelúcida. 
O folículo primário continua a 
proliferação das células da granulosa e 
quando atinge mais de uma camada dessas 
células, o folículo passa a ser classificado 
como secundário ou multilaminar. Nessa 
etapa inicia-se uma evolução, ainda que 
sutil, das células da teca. As células mais 
próximas ao folículo ovariano começam a 
aumentar de tamanho e o estroma passa a 
ser dividido em teca interna (próxima ao 
folículo) e teca externa (sem modificação). 
A seguir, as células da camada granulosa 
iniciam a produção de um líquido (líquido 
folicular) que se acumula entre elas, 
ocasionando um afastamento que é 
chamado de antro. Nesse estágio o folículo 
passa a ser classificado como folículo 
antral. 
Marina Morena 
 
46 
O líquido folicular é rico em hormônios 
esteroides sexuais e glicoproteicos, 
proteínas plasmáticas, enzimas e outros, 
sendo muito importante tanto para o 
amadurecimento do ovócito como atrativo 
químico após o ovócito ser expelido. 
Folículo antral: 
 
Quando o folículo se encontra repleto 
de líquido folicular, inicia-se a última etapa 
de amadurecimento, onde os folículos 
passam a ser chamados de pré-ovulatórios, 
folículo maduro ou folículo de Graaf. Esse 
folículo é composto pelo ovócito envolvido 
pela zona pelúcida e uma camada de célula 
da granulosa com formato de coroa 
(corona radiata ou coroa radiada). O 
ovócito está preso a parede do folículo 
ovariano através de uma “ponte” de 
células da granulosa chamada de Cumulus 
Oophorus. Externamente há a camada de 
células da granulosa, teca interna bem 
diferenciada e a teca externa. 
Ovulação 
Conforme o folículo amadurece e 
aumenta de tamanho, ele comprime a 
parede do ovário (túnica albugínea e 
epitélio germinativo), que sofrem um 
processo degenerativo e se rompem. 
Quando há a ruptura da parede do ovário, 
o ovócito se desprende do Cumulus 
Oophorus e é liberado para fora do ovário 
junto com o líquido folicular e a corona 
radiata. 
Logo em seguida, o espaço que antes 
era composto pelo ovócito e pelo líquido 
folicular é preenchido por hemácias 
(sangue), passando a ser chamado de 
corpo hemorrágico. As estruturas 
restantes (células da granulosa e da teca) 
irão passar por um processo chamado de 
atresia folicular, onde ocorre a 
degeneração dos folículos para a formação 
do corpo lúteo e, posteriormente, no 
corpo albicans. 
Corpo lúteo 
Consiste em uma glândula endócrina 
temporária formada a partir da atresia 
folicular, que irá se manter no corpo da 
fêmea somente durante a gestação. 
As células da granulosa sofrem uma 
modificação funcional e passam a produzir 
grande quantidade de estrogênio e 
progesterona, passando a ser chamadas de 
células granulo-luteínicas. As células da 
teca também irão sofrer modificações, 
transformando-se em células da teca-
luteínicas. A partir dessas modificações é 
formado o corpo lúteo gravídico que irá 
durar durante toda a gravidez. Caso a 
fêmea não engravide, é chamado de corpo 
lúteo não gravídico e irá durar apenas 
alguns dias. 
 
Para que o corpo lúteo se mantenha 
ativo é necessário o estímulo do hormônio 
gonadotrofina coriônica (CG), que é 
produzido pela placenta. Por sua vez, o 
corpo lúteo se mantém produzindo 
progesterona e o estrogênio. 
Marina Morena 
 
47 
Caso não haja gravidez, não haverá o 
estímulo para a manutenção do corpo 
lúteo, que irá se transformar em uma 
cicatriz branca chamada de corpo albicans. 
Corpo albicans: 
 
Tubas uterinas 
São estruturas afuniladas que se abrem 
na cavidade peritoneal próximo ao ovário 
com a função de captar o ovócito. As tubas 
uterinas são divididas em três ou quatro 
partes, dependendo da espécie. A porção 
próxima ao ovário é chamada de 
infundíbulo e é a responsável por capturar 
o ovócito após a ovulação. Essa região 
possui uma estrutura com um formato de 
funil com uma série de prolongamentos 
(fímbrias) com capacidade móvel ao 
entorno do ovário, o que permite a 
realização da sua função. 
Após ser capturado pelo infundíbulo, o 
ovócito segue para segunda porção da 
tuba, chamada de ampola, que é onde 
ocorre a fecundação. A última porção da 
tuba uterina é chamada de istmo. 
Dependendo da espécie, ainda há uma 
quarta porção, chamada de intra-mural, 
que é onde a tuba uterina se insere na 
parede do útero. 
As tubas uterinas são órgãos ocos, 
portanto possui um lúmen, seguido de 
uma mucosa de epitélio cilíndrico simples 
ciliado com células produtoras de muco, 
uma camada de músculo liso e, por último, 
uma serosa de tecido conjuntivo fibroso. 
Útero 
O útero das fêmeas domésticas é 
subdividido em dois cornos, um corpo e 
uma cérvix. É onde o feto é se desenvolve 
durante a gestação. Como todo órgão oco, 
é revestido por uma mucosa (endométrio), 
uma muscular (miométrio) e uma camada 
mais externa (perimétrio). 
 
O endométrio é um epitélio cilíndrico 
pseudoestratificado ou simples e 
composto por duas camadas, onde a 
camada basal é a responsável por manter 
o endométrio em constante renovação. A 
segunda camada, chamada de funcional, 
só está presente durante o período 
reprodutivo. 
A camada funcional é revestida pelo 
epitélio cilíndrico e na submucosa 
apresenta grande quantidade de glândulas 
e tecido linfático. Por sua vez, a camada 
basal é formada apenas pelo epitélio 
cilíndrico, lâmina própria, sem glândulas e 
com pouco tecido linfático. 
 
Marina Morena 
 
48 
 
A evolução do folículo ovariano está 
diretamente relacionada com a 
proliferação da camada funcional do 
endométrio por estímulos hormonais. 
Abaixo do endométrio, encontra-se a 
camada muscular chamada de miométrio. 
É a camada mais espessa do útero, 
formada por feixes de músculo liso 
separados por tecido conjuntivo frouxo e 
muito rico em vasos sanguíneos. O 
miométrio é a porção responsável pelas 
contrações tanto para a expulsão do feto 
durante o parto, quanto para a expulsão 
dos resquícios da ovulação, caso não 
ocorra a fecundação. 
A camada mais externa, o perimétrio, 
varia de acordo com a porção do útero. 
Assim, nos cornos e no corpo, que são 
regiões que precisam de movimentação 
maior na cavidade abdominal, o perimétrio 
é composto por uma túnica serosa 
(camada de tecido conjuntivo frouxo e 
mesotélio). Na região da cérvix o 
perimétrio é formado por túnica adventícia 
composta de tecido conjuntivo associado a 
tecido adiposo, que prende o útero às 
estruturas adjacentes. Além disso, na 
cérvix o miométrio é mais escasso, porção 
menos muscular do útero, e na região de 
mucosa e lâmina própria há um grupo de 
glândulas (glândulas cervicais). 
Inicialmente, a glândula produz uma 
secreção serosa que irá facilitar a 
passagem dos espermatozóides. Em 
seguida, produz uma secreção mucosa que 
irá ocluir/fechar a cérvix uterina, 
impedindo que o espermatozóide saia e 
bactérias entrem. 
Vagina 
A vagina também é um órgão tubular, 
revestido internamente por um epitélio 
plano estratificado (queratinizado ou não – 
dependendo da fase reprodutiva) apoiado 
em uma lâmina própria rica em fibras 
elásticas. Abaixo da mucosa há uma túnica 
de músculo liso, responsável por auxiliar 
no momento do parto e estimular o pênis 
durante a cópula. Por fim, externamente a 
vaginaé revestida por uma túnica 
adventícia de tecido conjuntivo denso rico 
em fibras elásticas. 
A vulva é formada por basicamente por 
pele, ou seja, epitélio plano estratificado 
queratinizado com folículos pilosos e 
muitas glândulas sebáceas (proteção 
imunológica e lubrificação). 
Glândulas mamárias 
Ainda que não seja considerado 
efetivamente pertencente ao trato 
reprodutor da fêmea, as glândulas 
mamárias também passam por 
transformações expressivas durante o 
desenvolvimento maturacional do corpo 
da fêmea. 
São glândulas exócrinas tubualveolares 
compostas. Os túbulos e alvéolos são 
formadas por um epitélio cúbico a 
cilíndrico simples. Por sua vez, os ductos 
são incialmente de epitélio cúbico simples, 
posteriormente tornam-se um epitélio 
Ciclo estral: 
Regulado pelo eixo hipotálamo-hipofisário-
ovariano que é modulado por fatores 
neuroendócrinos ambientais e internos. 
1. Proestro - fase de maturação folicular e de 
proliferação endometrial em seguida à regressão do 
corpo lúteo do ciclo precedente. Durante essa fase, o 
nível de progesterona cai, o que permite a liberação de 
FSH. A elevação dos níveis de estrógenos leva ao cio. 
2. Estro (ou cio) - fase de receptividade sexual, durante 
a qual ocorre ovulação na maioria das espécies. A 
ovulação é precedida por um pico de LH. Ao final do 
cio, ocorre declínio dos níveis de estrogênio. 
3. Metaestro - fase do desenvolvimento do corpo lúteo 
e de secreção inicial de progesterona. 
4. Diestro - fase do corpo lúteo ativo em que há 
predomínio da influência da progesterona lútea nas 
estruturas sexuais acessórias. A hiperplasia e a 
secreção das glândulas endometriais são máximas 
durante o diestro. Entretanto, mais para o final do 
diestro o corpo lúteo regride e a involução 
endometrial inicia-se, inclusive com regressão 
glandular. O diestro pode ser prolongado em casos de 
pseudociese ou de diestro gestacional e lactacional. 
5. Anestro - período prolongado de inatividade sexual. 
Marina Morena 
 
49 
cúbico a cilíndrico estratificado. Quanto 
mais próximo a saída do mamilo, o epitélio 
dos ductos se transforma em um epitélio 
plano estratificado. 
Na histologia de uma glândula mamária 
ativa, pode-se observar os túbulos e 
alvéolos produzindo uma secreção 
proteica (leite) com células mioepiteliais 
ao redor das glândulas. As células 
mioepiteliais são músculo liso com um 
formato semelhante a uma célula epitelial, 
que contraem a partir do estímulo da 
ocitocina para a liberação do leite. 
 
Marina Morena 
 
2 
Segunda avaliação – 17/06/20 
Parte teórica 
1.Pesquisadores preocupados com a extinção de algumas espécies de 
primatas não humanos fazem coleta de oócitos para testes de fertilização in 
vitro a fim de garantir a conservação das espécies. A grosso modo, a técnica 
de colheita consiste na extração dos oócitos de dentro de folículos ovarianos 
para avaliar a viabilidade do oócito. Os folículos ovarianos são classificados 
como: 
(40 Pontos) 
Folículo primário/ folículo secundário/ folículo terciário 
Folículo primordial/ folículo primário/ folículo secundário/ folículo de Graaf 
Folículo primordial/ folículo secundário/ folículo terciário/ folículo de Graaf 
Folículo primordial/ folículo primário/ folículo de Graaf 
Folículo secundário/ folículo terciário/ folículo quaternário/ folículo de Graaf 
 
2.O epitélio da pele é formado por várias camadas celulares sobrepostas, 
denominadas, em conjunto, de epiderme. A cor da pele dos animais é 
determinada pela quantidade de uma substância, a melanina, sintetizada a 
partir do aminoácido tirosina. A produção da melanina é realizada pelos 
melanócitos na camada mais interna da epiderme, sendo esta denominada de: 
(40 Pontos) 
Estrato espinhoso 
Estrato lúcido 
Estrato basal 
Estrato granuloso 
Estrato córneo 
 
3.A traqueia é uma continuação da laringe e termina ramificando-se nos dois 
brônquios extrapulmonares. É um tubo formado por anéis, os quais, na 
maioria das espécies animais em possuem formato de C, cuja abertura é 
ligada por músculo liso. A traqueia é constituída, histologicamente, por várias 
camadas, tais como: 
(40 Pontos) 
Camada de epitélio pseudoestratificado cilíndrico contendo cílios e células caliciformes; 
lâmina própria; glândulas sebáceas; pericôndrio; cartilagem fibrosa; serosa. 
Camada de epitélio pseudoestratificado cilíndrico não ciliado; lâmina própria, glândulas 
serosas; pericôndrio; cartilagem fibrosa; adventícia. 
Marina Morena 
 
3 
Camada de epitélio pseudoestratificado cilíndrico contendo cílios e células caliciformes; 
lâmina própria; glândulas serosas; pericôndrio; cartilagem hialina; adventícia. 
Camada de epitélio pavimentoso simples, contendo cílios e células caliciformes; lâmina 
própria; glândulas serosas; pericôndrio; cartilagem elástica; serosa. 
Camada de epitélio de transição não ciliado; lâmina própria; glândulas sudoríparas; 
cartilagem hialina; adventícia. 
 
4.Os bronquíolos têm origem em brônquios, ramificam-se por diversas 
gerações e finalmente assumem a forma de bronquíolos terminais. Várias 
gerações de bronquíolos terminais estão presentes em cavalos, bovinos e 
ovinos, enquanto em carnívoros geralmente são observadas apenas uma ou 
duas gerações. Os bronquíolos terminais exibem perfis aproximadamente 
circulares na secção transversal e são revestidos com epitélio: 
(40 Pontos) 
Colunar ou cuboide simples. 
Estratificado pavimentoso queratinizado. 
Pseudoestratificado colunar com células caliciformes. 
Pavimentoso simples. 
Pseudoestratificado colunar ciliado com células caliciformes. 
 
5.A espessura e a estrutura da epiderme variam com o local estudado, sendo 
mais espessa e complexa na palma das mãos, na planta dos pés e em algumas 
articulações. Nessas regiões, a espessura chega até a 1,5 mm e apresenta, vista 
da derme para a superfície, cinco camadas – basal, espinhosa, granulosa, 
lúcida e córnea. São características da camada córnea: 
(40 Pontos) 
constituída de células prismáticas ou cuboides, basófilas, que repousam sobre a membrana 
basal. As células apresentam intensa atividade mitótica. 
é formada por células cuboides ou ligeiramente achatadas, de núcleo central com curtas 
expansões que contêm feixes de filamentos de queratina (tonofilamentos). 
tem espessura muito variável e é constituída por células achatadas, mortas e sem núcleo. 
mais evidente na pele espessa, é constituída por uma delgada camada de células achatadas, 
eosinófilas e translúcidas, cujos núcleos e organelas citoplasmáticas foram digeridos por enzimas 
dos lisossomos e desapareceram. 
tem apenas 3 a 5 fileiras de células poligonais achatadas, núcleo central e citoplasma 
carregado de grânulos de querato-hialina. 
 
6.Distalmente à laringe, o sistema respiratório consiste em uma serie de tubos 
ramificantes, as vias aéreas traqueobrônquicas, que se abrem para grande área 
de trocas gasosas alveolares (cerca de 25 vezes a superfície do corpo). A 
traqueia, o maior (tanto em diâmetro como em comprimento) desses tubos, 
Marina Morena 
 
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proporciona a via de passagem do ar entre a laringe e os brônquios. Trata-se 
de um tubo semiflexível e semicolapsivo que se estende desde a laringe até a 
cavidade torácica. Na histologia da traqueia a cartilagem hialina tem a função 
de: 
(40 Pontos) 
Manter a traqueia como um tubo rígido para permitir a passagem do ar. 
Permitir absorção de nutrientes. 
Proteger a traqueia contra agentes patogênicos. 
Produzir muco que será útil na defesa e lubrificação. 
Permitir a contração do tubo, regulando sua abertura. 
 
7.O sistema fagocitário mononuclear (SFM) envolve a participação de células 
mononucleares com capacidade fagocítica pronunciada, distribuídas 
extensivamente em órgãos linfoides e outros. Precursores desse tipo celular 
incluem as células de Kupffer no fígado, células dendríticas nos órgãos 
linfoides, células de Langerhans na pele e microglia no sistema nervoso, 
dentre outras.A qual tipo celular o trecho se refere? 
(40 Pontos) 
Macrófagos 
Fibroblastos 
Plasmócitos 
Mastócitos 
Linfócitos 
 
8.No fígado as células X são encontradas na superfície luminal das células 
endoteliais, e suas principais funções são: metabolizar hemácias velhas, digerir 
hemoglobina, secretar proteínas relacionadas com processos imunológicos e 
destruir bactérias que eventualmente penetrem o sangue portal a partir do 
intestino grosso. A célula X descrita no texto é chamada de: 
(40 Pontos) 
Célula de Kupffer. 
Microglia. 
Célula de Langerhans. 
Hepatócito. 
Osteoclasto. 
 
9.Na maioria dos mamíferos, os túbulos seminíferos contornados são alças 
biterminais tortuosas com diâmetro entre 150 e 300 µm. Esses túbulos são 
revestidos pelo epitélio espermatogênico estratificado (epitélio germinativo), 
circundado por uma lâmina própria e conectado em ambas as extremidades a 
Marina Morena 
 
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túbulos testiculares retos por um segmento terminal especial. O comprimento 
de todos os túbulos seminíferos no testículo do bovino adulto chega a cerca 
de 5000m. Do ponto de vista histológico, os túbulos seminíferos possuem três 
componentes: 
(40 Pontos) 
Lâmina própria, célula basal e células caliciformes. 
Lâmina basal, células reticulares e espermatogênicas. 
Lâmina própria, células caliciformes e espermatogênicas. 
Lâmina basal, células de Sertoli e células absortivas. 
Lâmina própria, células sustentaculares (somáticas, de sustentação, ou de Sertoli) e células 
espermatogênicas. 
 
10.“Cada testículo é envolvido por uma grossa cápsula de tecido conjuntivo 
denso, ________________. Ela é espessada na superfície dorsal dos testículos para 
formar o ________________, do qual partem septos fibrosos. Esses septos 
penetram o testículo, dividindo-o em compartimentos piramidais chamados 
___________________, cada um, ocupado por túbulos seminíferos que se alojam 
como novelos envolvidos por um tecido conjuntivo frouxo rico em vasos 
sanguíneos e linfáticos, nervos e células intersticiais (células de Leydig). Por 
causa da migração, cada testículo arrasta consigo um folheto do peritônio, a 
_______________. A _______________ tem um papel importante na manutenção dos 
testículos a uma temperatura abaixo da intra-abdominal. Carneiro, L. C. & 
Junqueira, J. Histologia Básica - 12ª Ed. 2013 Assinale a alternativa que 
corresponde à ordem correta das estruturas histológicas das lacunas em 
branco. 
(40 Pontos) 
Túnica peniana/ mesentério/ lóbulos mamários/ túnica vaginal/ bolsa escrotal 
Túnica albugínea/ mediastino/ lóbulos testiculares/ túnica vaginal/ bolsa escrotal 
Túnica vaginal/ mediastino/ lóbulos testiculares/ túnica albugínea/ bolsa escrotal 
Túnica albugínea/ mediastino/ lóbulos testiculares/ túnica peniana/ bolsa escrotal 
Túnica albugínea/ mesentério/ lóbulos testiculares/ túnica peniana/ bolsa escrotal/ folículo 
secundário/ folículo terciário/ folículo de Graaf 
 
11.A medula espinal de forma cilíndrica pode ser dividida em segmentos que 
são demarcados pelo surgimento bilateral de raízes dorsais e ventrais de 
nervos espinhais. Uma secção transversal da medula espinal apresenta um 
canal central circundado por um perfil em forma de H, que, por sua vez, está 
circundado por substância branca. Na medula espinal, a estrutura em forma 
de H é chamada de: 
(40 Pontos) 
Marina Morena 
 
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Substância cinzenta. 
Substância branca. 
Polpa vermelha. 
Polpa branca. 
Córtex. 
 
13.A maior parte das espécies de animais domésticos possui pelos. Os pelos e 
seus folículos pilosos formam unidades estruturais complexas. Nessas 
unidades, os pelos são filamentos longos e os folículos pilosos são 
invaginações tubulares da epiderme a partir das quais o pelo cresce. Assinale 
V nas afirmativas verdadeiras e F nas falsas. QUESTÃO SEM GABARITO 
(V) Os folículos pilosos estendem-se da superfície epidérmica até a derme. 
( ) Glândulas sudoríparas são as glândulas anexas que envolvem o folículo 
piloso. 
( ) Em fase de crescimento do pelo, a extremidade profunda do folículo dilata-
se, formando um bulbo piloso. 
( ) A parede do folículo piloso possui um componente dérmico (bainha de 
tecido conjuntivo) e um componente epidérmico (bainhas epiteliais). 
(F) A cor do pelo depende dos melanócitos localizados na extremidade 
superficial do folículo piloso, entre o córtex e a medula do pelo. 
Assinale a sequência correta de V e F. 
 
14.Os capilares são vasos que comunicam as artérias com as veias. Podem ter 
um calibre muito pequeno, medindo entre 7 e 10 µm de diâmetro, embora 
alguns alcancem um diâmetro de 70 µm. Devido ao fato de que, de cada 
arteríola, partem vários capilares que se ramificam, se intercomunicam e 
convergem para uma veia de drenagem, são formadas redes tridimensionais 
que recebem o nome de leitos capilares. Os capilares sanguíneos podem ser 
reunidos em quatro grupos, dependendo da continuidade da camada 
endotelial e de sua lâmina basal: o capilar contínuo ou somático, o capilar 
fenestrado (ou visceral), o capilar fenestrado e destituído de diafragma e o 
capilar sinusoide. Marque a alternativa correta do capilar sinusoide: 
(40 Pontos) 
é caracterizado por grandes orifícios nas paredes das células endoteliais, as quais são 
obstruídas por um diafragma que é mais delgado do que a membrana plasmática da própria 
célula. 
são os mais comuns e são caracterizados pela ausência de fenestras em suas paredes. 
é característico do glomérulo renal. Neste tipo de capilar, na altura das fenestras, o sangue 
está separado dos tecidos por uma lâmina basal muito espessa e contínua. 
Marina Morena 
 
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tem um caminho tortuoso e diâmetro maior que o dos demais capilares (30 a 40 µm) são 
encontrados principalmente no fígado e em órgãos hemocitopoéticos. 
são revestidos por uma túnica intima fina, a qual é formada por células endoteliais poligonais 
e por uma camada de tecido conjuntivo subendotelial muito pequena. 
 
15.A mucosa nas regiões do fundo e corpo está preenchida por glândulas 
tubulares, das quais três a sete abrem-se em cada fosseta gástrica. As 
glândulas contêm três regiões distintas: istmo, colo e base. A distribuição dos 
diferentes tipos de celulares epiteliais nas glândulas gástricas não é uniforme. 
O istmo tem células mucosas em diferenciação que substituirão as células da 
fosseta e as superficiais, as células-tronco e células parietais (oxínticas). O colo 
contém células-tronco, mucosas do colo (diferentes das mucosas do istmo e 
da superfície) e parietais (oxínticas); a base das glândulas contem 
principalmente células parietais e zimogênicas (principais). Células 
enteroendócrinas estão distribuídas pelo colo e pela base das glândulas. 
Dados os diferentes tipos celulares, encontrado na mucosa do estômago, qual 
a função da célula zimogênica do estômago? 
(40 Pontos) 
secretam diversos hormônios, como serotonina, ghrelina e gastrina. 
secretam enzimas como pepsina e lípase. 
sintetizam e secretam mucina. 
repõem as células da mucosa, a cada 4 a 7 dias. comuns e são caracterizados pela ausência 
de fenestras em suas paredes. 
produzem H+ e Cl-. 
 
16.Uma das lesões causadas pelo vírus da raiva em herbívoros inclui a 
ganglioneurite no gânglio trigeminal. Sabe-se que existem inúmeros gânglios 
distribuídos pelo corpo dos animais e fazem parte do sistema nervoso 
periférico. Sobre a constituição histológica dos gânglios, avalie os itens abaixo. 
I. É a única estrutura do sistema nervoso periférico que apresenta corpo 
celular do neurônio. 
II. São compostos por células de Schwann e oligodendrócitos, que são as 
células da glia produtoras de bainha de mielina. 
III. Possuem células satélites. 
IV. Possuem muitas fibras nervosas. 
Assinale a assertiva que indique os itens corretos. 
(40 Pontos) 
Os itens III e IV estão corretos. 
Os itens I, II e III estão corretos. 
Os itens I, III e IV estão corretos. 
Marina Morena 
 
8Os itens I e II estão corretos. 
Os itens I, II, III e IV estão corretos. 
 
17.Os órgãos linfoides são um conjunto de órgãos em que as células 
predominantes são os linfócitos. Estão, portanto, relacionados com a defesa 
do organismo contra moléculas e contra organismos cujas moléculas são 
consideradas pelo organismo como estranhas. Portanto, eles são vitais para a 
manutenção da saúde do animal. Os linfócitos estão presentes em quase 
todos os locais do organismo, sejam concentrados em estruturas 
anatomicamente distintas – os chamados órgãos linfoides – seja difusos no 
tecido conjuntivo. Há dois tipos de órgãos linfoides de acordo com sua 
capacidade de produzir ou não linfócitos: órgãos linfoides primários e 
secundários. Assinale a alternativa que contenha apenas exemplos de órgãos 
linfoides secundários: 
(40 Pontos) 
medula óssea e baço. 
medula óssea, baço e linfonodos. 
tecido linfático associado à mucosa, baço, linfonodos. 
medula óssea e timo. 
gânglios linfáticos, baço e timo. 
 
18.O ovário é uma glândula exócrina e endócrina combinada, ou seja, produz 
tanto ovos (“secreção exócrina”) como hormônios ovarianos, principalmente 
estrógenos e progesterona (secreção endócrina). A estrutura do ovário normal 
varia muito dependendo da espécie, da idade e da fase do ciclo sexual. Trata-
se de uma estrutura ovoide dividida em um córtex externo e em uma medula 
interna. Na égua madura, essas áreas sofrem inversão e o tecido cortical 
permanece na superfície apenas na fossa de ovulação, que é o local onde 
ocorrem todas as ovulações. O ovário é revestido por um epitélio: 
(40 Pontos) 
Estratificado pavimentoso. 
Colunar estratificado. 
Colunar simples. 
Cuboide simples. 
Pavimentoso simples. 
 
19.(UFPB-2000) A pele, formada pela derme e a epiderme, constitui o maior 
órgão do corpo humano. Além de proteger o corpo e evitar a dessecação, 
apresenta estruturas relacionadas com outras funções, tais como: a percepção 
da dor e da temperatura, a secreção de substâncias e a manutenção da 
Marina Morena 
 
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temperatura corporal. Na realização de todas essas funções participam 
diferentes tipos de tecidos, com EXCEÇÃO do tecido: 
(40 Pontos) 
Nervoso. 
Conjuntivo cartilaginoso 
Conjuntivo sanguíneo 
Epitelial estratificado pavimentoso 
Epitelial glandular 
 
20.O parênquima da tireoide (do grego thyreos, que significa “escudo 
oblongo”; e eidos, “forma”) é derivado do endoderma faríngeo, como uma 
extensão tubular ventral em sentido caudal, ao longo da linha média, que 
começa na raiz da língua. Inicialmente, a tireoide se desenvolve como 
glândulas exócrinas; mas o duto desaparece e o parênquima é desenvolvido 
na forma de muitos folículos sustentados por um delicado estroma intersticial 
(mesodérmico) de tecido conjuntivo colágeno reticular ou frouxo. Marque a 
opção correta da histologia do folículo tireoidiano: 
(40 Pontos) 
É delimitado por um epitélio simples, cujas as células ficam unidas por microvilosidades. 
É delimitado por um epitélio pseudoestratificado, cujas as células ficam unidas por 
complexos juncionais. 
É delimitado por um epitélio simples, cujas as células ficam unidas por complexos juncionais 
nas proximidades do lúmen. 
É delimitado por um epitélio estratificado pavimentoso, cujas as células ficam unidas por 
desmossomos. 
É delimitado por um epitélio estratificado, cujas as células ficam unidas por 
hemidesmossomos. 
 
22.O sistema vascular é uma complexa rede interligada de vasos, cuja função é 
promover a distribuição sanguínea para todas as regiões do organismo. Assim 
como os demais órgãos tubulares, os vasos sanguíneos apresentam uma 
estrutura histológica básica, formada por uma camada interna, uma 
intermediária e uma externa, que são denominadas, respectivamente de: 
(40 Pontos) 
Túnica íntima, túnica média e túnica adventícia. 
Túnica adventícia, túnica média e túnica íntima. 
Túnica albugínea, túnica íntima e túnica média. 
Túnica íntima, túnica adventícia e túnica média. 
Túnica média, túnica adventícia e túnica íntima.

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