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CURSO DE QUÍMICA – LINHA DE FORMAÇÃO QUÍMICA INDUSTRIAL Edivan Bellini Taetti DESENVOLVIMENTO DE BIOPOLÍMERO À BASE DE AMIDO PARA ACONDICIONAMENTO DE MAÇÃ Santa Cruz do Sul 2019 Edivan Bellini Taetti DESENVOLVIMENTO DE BIOFILME DE POLÍMERO À BASE DE AMIDO PARA ACONDICIONAMENTO DE MAÇÃ Trabalho de conclusão apresentado ao Curso de Química Industrial da Universidade de Santa Cruz do Sul para a obtenção do título de Bacharel em Química – Linha de Formação em Química Industrial. Orientadora: Profa. Dra. Cláudia Mendes Mälhmann Santa Cruz do Sul 2019 2 LISTA DE ILUSTRAÇÃO Figura 1- Estrutura química da amilose (a) e da amilopectina (b).............................13 Figura 2 - Esquema representativo da técnica de produção de filmes por casting...15 Quadro 1 - Descrição das atividades programadas do projeto..................................21 3 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Formulação dos filmes com diferentes concentrações ............................ 17 Tabela 2 – Descrição orçamentária dos itens solicitados ao Colegiado do Curso de Química da UNISC .................................................................................................... 22 4 SUMÁRIO 1 OBJETIVOS ..................................................................................................... 6 1.1 Objetivo geral .................................................................................................. 6 1.2 Objetivos específicos ..................................................................................... 6 2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 7 3 FUDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................... 8 3.1 Polímeros ........................................................................................................ 8 3.1.1 Biopolímeros ................................................................................................... 9 3.1.2 Propriedades e Aplicação dos Biopolímeros ............................................. 10 3.1.3 Filmes Biodegradáveis ................................................................................. 10 3.1.4 Filmes Comestíveis ...................................................................................... 11 3.2 Biofilmes de Amido ...................................................................................... 13 3.2.1 Formulação ................................................................................................... 15 4 METODOLOGIA ............................................................................................. 17 4.1 Matéria-prima e equipamentos .................................................................... 17 4.2 Formulação e processamento dos biofilmes ............................................. 17 4.3 Caracterização da matéria-prima e dos filmes ........................................... 18 4.3.1 Espectrofotometria de infravermelho ......................................................... 18 4.3.2 Microscopia óptica ....................................................................................... 18 4.3.3 Espessura do filme ....................................................................................... 19 4.3.4 Absorção de água ......................................................................................... 19 4.3.5 Ensaio de tração ........................................................................................... 19 4.4 Testagem da aplicação do biofilme ............................................................ 19 5 CRONOGRAMA ............................................................................................. 21 6 ORÇAMENTO ................................................................................................ 22 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 23 ANEXO A – Orçamento realizado com a empresa PRA VIDA ................... 27 ANEXO B – Orçamento realizado com a empresa LOJA NETLAB ........... 28 ANEXO C – Orçamento realizado com a empresa MERCOLAB................ 29 5 ANEXO D – Orçamento realizado com a empresa APROQUIMICA .......... 30 ANEXO E – Orçamento realizado com a empresa MILLER SUPERMERCADOS ....................................................................................... 31 6 1 OBJETIVOS 1.1 Objetivo geral O presente trabalho tem como objetivo geral desenvolver um filme polimérico baseado em amido de mandioca, visando o recobrimento e proteção de maçã in natura. 1.2 Objetivos específicos Os objetivos específicos estabelecidos para esse trabalho são: Obter o filme de amido termoplástico (biofilme) baseado em amido de mandioca; Testar metodologias de síntese e de aplicação do biofilme; Caracterizar as propriedades do material obtido; Avaliar a utilização do biofilme em maçãs. 7 2 JUSTIFICATIVA Em virtude do grande consumo de produtos plásticos, a maior parte descartável, formaram-se grandes acúmulos de resíduos, os quais geram consideráveis problemas ambientais. Pelo simples fato de possuírem resistência a degradação, os plásticos ou polímeros na sua maioria não são biodegradáveis, colaborando consideravelmente para tais problemas e levando anos para se decompor. Com isso pesquisadores de todos os cantos do mundo veem estudando maneiras de amenizar os impactos ambientais provocado pelo descarte improprio desses resíduos, dentre as alternativas, estão a reutilização e a reciclagem, além da conscientização de um descarte adequado (BRITO et al., 2011). Com o crescente aumento da preocupação mundial em cuidar dos recursos naturais e principalmente com a hipótese de escassez dos recursos fósseis em algumas décadas, inúmeros estudos veem sendo apresentados afim de elaborar novas metodologias industrias mais sustentáveis (COSTA et al., 2015). Dentre as novas metodologias que estão sendo propostas, destaca-se a substituição de polímeros sintéticos não degradáveis por polímeros biodegradáveis ou biopolímeros, que são os advindos de matérias-primas de fontes renováveis, como as proteínas e os polissacarídeos (FUJINO, 2016). Com isso, justifico que os ganhos de escala de produção, novas rotas tecnológicas otimizadas e a intensificação do uso de fontes renováveis de matérias primas e energia de baixo custo tem atraído a atenção dos atuais desenvolvimentos dos bioplásticos, visto que, os processos de produção estão em sua grande maioria voltados a sustentabilidade. Neste contexto, o presente trabalho visa desenvolver e colaborar com essa linha de pesquisa, o objetivo desse trabalho será o desenvolvimento de polímeros biodegradáveis, a base de amido, que é uma fonte renovável, de baixo custo e ampla produção, incorporando-os no processo de beneficiamento de um novo material, podendo ser utilizado na indústria química de alimentos. E ainda, tornando-se aliado na redução de plástico e futuros problemas ambientais, pois o tempo de vida de materiais biodegradáveis é bem menor. 8 3 FUDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1 Polímeros Há várias descobertas na história da humanidade que mudaram o rumo do seu desenvolvimento, uma delas deu-se com o aparecimento do polímero, que foi formado de forma acidental, foi ocupando seu espaço, expandindo-se e favorecendo a vida das pessoas, devido a sua vasta aplicação (SANTOS; MÓL, 2010). Canevarolo (2006), nos diz que a palavra polímero surgiu do grego poli (muitos) e mero (unidade de repetição). Sendo assim, um polímero é umamacromolécula constituída por muitas (dezenas de milhares) de unidades de repetição chamadas meros, ligadas por ligação covalente. Como característica principal, conforme Ianino (2016), os polímeros apresentam a capacidade de substituir metais, cerâmicas, e matérias naturais em diversas aplicações, como em alimentos. Eles são constituídos por várias macromoléculas compostas por unidades de repetição (monômeros), ligadas por ligações intramoleculares fortes e atraídas por forças intermoleculares fracas. Como as moléculas são compostas de vários elementos individuais, chamadas de monômeros (mono= um, meros = partes), a junção de muitos “meros” recebe o nome de polímeros (muitas partes). Entretanto Piatti e Rodrigues (2005) nos relatam que as características dos polímeros são definidas por algumas propriedades, principalmente pela grande massa molecular que eles apresentam. Por serem longas cadeias, elas se entrelaçam formando um emaranhamento, adquirindo uma grande resistência mecânica o que viabiliza sua utilização na fabricação de diversos objetos, como móveis, peças automotivas, peças para construção civil entre outras. As propriedades que irão definir a forma de utilização dos polímeros são: resistência térmica, mecânica, elétrica, química, entre outras. Conforme Brown et al (2005), os polímeros podem ser classificados em polímeros naturais e sintéticos, durante um prolongado tempo os humanos utilizaram polímeros naturais, como lã, couro e borracha natural para construção de materiais úteis ao cotidiano. Os polímeros formados durante o ciclo de crescimento de organismos vivos, segundo Franchetti e Marconato (2006), são denominados polímeros naturais e sua 9 síntese envolve geralmente reações catalisadas por enzimas e reações de crescimento, de cadeia a partir de monômeros ativados, que são formados dentro das células por processos metabólicos complexos. Zaia (2003), cita como exemplo a formação de biopolímeros na água superaquecida que ocorre nas fontes geotérmicas no fundo do mar. Pitt et al (2011), relatam que os polímeros sintéticos se apresentam inicialmente baseados no uso de insumos químicos oriundos do petróleo, através de reações em escala laboratorial. Os polímeros sintéticos deram origem aos plásticos e com o passar do tempo mostraram os agravantes implicados nessa produção, por isso cada vez mais se torna atrativo a busca por produtos naturais como alternativa para diminuição dos impactos gerados. A degradação de plásticos sintéticos é muito lenta e pode levar até 500 anos. A “degradação” destes plásticos gera plásticos menores, que apesar de não ser evidentes, se acumulam nos ecossistemas em grandes quantidades. Os polímeros biodegradáveis são materiais plásticos com semelhantes propriedades, mas com um tempo de degradação menor, o que poderia ser utilizada para compensar esse problema (TORRES et al., 2015). O grande diferencial dos polímeros naturais é sua baixa toxicidade, biodegradabilidade, características filmogênicas, facilidade de derivatização, disponibilidade e baixo custo. Essas propriedades se apresentam como estímulo para a busca e produção de novos materiais poliméricos. (VANDAME et al., 2002). 3.1.1 Biopolímeros Os biopolímeros são materiais poliméricos classificados estruturalmente como polissacarídeos, poliésteres ou poliamidas. A matéria-prima principal para sua fabricação é uma fonte de carbono renovável, geralmente um carboidrato derivado de plantios comerciais de larga escala como cana-de-açúcar, milho, batata, trigo e beterraba; ou um óleo vegetal extraído de soja, girassol, palma ou outra planta oleaginosa (PRADELLA, 2006). Nos últimos tempos os estudos têm sido cada vez mais intensos para substituir o uso de polímeros por materiais biodegradáveis. Os biopolímeros são uma alternativa para esses materiais, pois são materiais naturais vindos de fontes alternativas, que 10 agrupados a plastificantes geram produtos com a devida eficiência e ecologicamente corretos (VIEIRA et al., 2011). Estes polímeros são denominados de diferentes formas, biopolímeros, bioplásticos, polímeros biodegradáveis e polímeros naturais. Estes que estão sujeitos à degradação por microrganismo, ou por decomposição química no ambiente, como a hidrólise, por exemplo (JOHNSON et al., 2003). De acordo com Johnson et al (2003), biopolímeros na sua grande maioria, são gerados na natureza, no transcorrer do ciclo da vida de plantas verdes, animais, bactérias e fungos. Os biopolímeros tem como matéria-prima: cana-de-açúcar, mandioca, milho, trigo, soja e girassol, entre outros (PRADELLA, 2006). Por conter um ciclo de vida mais curto em relação à os polímeros derivados do petróleo, os biopolímeros, são desenvolvidos a partir de fontes renováveis, que se decompõem em semanas ou até meses, quando estão sob condições propícias para a sua biodegradação (BRITO, 2011). 3.1.2 Propriedades e Aplicação dos Biopolímeros O uso principal dos biopolímeros é na fabricação de sacos de lixo, material de preenchimento de embalagens e, também, na fabricação de filmes comestíveis para embalagem e proteção de alimentos. Esses materiais agem, por exemplo, contra o escurecimento que ocorre em frutos, e podem apresentar ações bactericidas e fungicidas, diminuindo o desenvolvimento de organismos patogênicos. Conforme Zanatta et al. (2008), uma grande vantagem do uso dos biopolímeros é sua degradação no ambiente. A degradação dessas macromoléculas resulta da ação de microrganismos de ocorrência natural, como bactérias, fungos e algas. Ou seja, a biodegradação é um processo de decomposição de materiais pela atividade biológica, transformando o material em moléculas menores e causando um menor impacto ambiental. Por isso, os biopolímeros ganham cada vez mais espaço devido a propriedades que, ao mesmo tempo, aumentam a vida útil e tornam mais fácil o descarte desses materiais. 3.1.3 Filmes Biodegradáveis 11 Com a crescente procura de alimentos com alta qualidade, aliado a preservação do meio ambiente, o desenvolvimento de filmes biodegradáveis ou biofilmes, está em constante crescimento. Os filmes agem formando uma fina camada protetora, impedindo que o alimento seja afetado pela umidade, óleo, gases e outros elementos externos (PALMU et al., 2003). Os filmes biodegradáveis são desenvolvidos a partir de biopolímeros, onde os principais componentes são a macromolécula e o plastificante. Porém podem ser adicionados outros aditivos, como reticulantes, aromas, ácidos e bases, entre outros (SARMENTO, 1999). Ao contrário dos polímeros sintéticos, os biodegradáveis possuem em sua composição substâncias de fácil degradação fazendo com que os microrganismos presentes no meio ambiente sejam capazes de convertê-las em substâncias mais simples, as quais existem naturalmente em nosso meio, possibilitando uma biodegradação facilitada e se integrando totalmente a natureza (FILHO et al., 2014). 3.1.4 Filmes Comestíveis Nos últimos anos, uma atenção crescente tem sido dedicada ao papel da dieta na saúde humana. Vários estudos epidemiológicos indicaram que a alta ingestão de produtos vegetais está associada com uma redução no risco de uma variedade de doenças crônicas como aterosclerose e câncer. Este efeito tem sido particularmente causado por compostos que possuem antioxidante. Os principais antioxidantes nos vegetais são as vitaminas C e E, os carotenoides e os compostos fenólicos, especialmente os flavonoides. Esses antioxidantes absorvem radicais livres e inibem a cadeia de iniciação ou interrompem a cadeia de propagação das reações oxidativas promovidas pelos radicais (PODSEDEK, 2007). Revestimento comestível consiste em uma fina camada de material comestível formada como um revestimento em um produto alimentício, enquanto que filme comestívelé uma fina camada, pré-formada, feita de material comestível, e uma vez formada pode ser colocada sobre ou entre alimentos (MCHUGH, 2000). A principal diferença entre essas coberturas é que o revestimento comestível é aplicado na forma líquida, geralmente por imersão do produto em uma solução formada por uma matriz estrutural (carboidratos, proteínas, lipídios ou mistura de multicomponentes), e o filme 12 comestível é primeiramente moldado como uma folha sólida, a qual é então aplicada como um envoltório no produto (FALGUERA et al., 2011). Os filmes comestíveis são películas de variadas espessuras constituídas por diferentes substancias naturais e/ou sintéticas que se polimerizam e isolam o alimento, sem riscos à saúde do consumidor, uma vez que não são metabolizados pelo organismo e sua passagem pelo trato gastrointestinal se faz de maneira inócua (MAIA; PORTE; SOUZA, 2000). A industrialização da maçã minimamente processada com embalagem comestível aumenta o tempo de prateleira da fruta, e pode ser uma alternativa de agregar valor ao produto, diminuir perdas na lavoura e um aumento de geração de empregos para a região onde é manipulado. Produtos agrícolas perecíveis, a exemplo das frutas tropicais, têm suas vidas uteis reduzidas, por apresentarem elevado teor de umidade, altas taxas respiratórias e de produção de calor (WOLF, 2007). Várias técnicas para o prolongamento da vida útil pós-colheita das frutas tropicais têm sido estudadas por pesquisadores. As coberturas/recobrimentos comestíveis podem melhorar o marketing alimentício com relação a qualidade nutricional, segurança, e aumento no tempo de conservação (FAKHOURI et al., 2007; BATISTA; TANADA-PALMU; GROSSO, 2005). De acordo com Maftoonazad et al., (2007) as perdas pós colheita de frutas e hortaliças e um dos principais problemas durante o armazenamento e prejudicam significativamente o custo de produção e a comercialização. As frutas no formato minimamente processados proporcionam ao consumidor um produto prático e conveniente, com características semelhantes ao produto in natura (KLUGE e VITTI, 2004). O processamento mínimo de frutas e hortaliças provoca mudanças na sua fisiologia, segundo Kluge e Vitti (2014), e pode diminuir sua vida útil, se estas alterações não forem controladas através de cuidados eficazes, porque as frutas e hortaliças minimamente processadas são facilmente perecíveis porque os tecidos são injuriados na etapa de descascamento ou corte, acelerando o metabolismo e taxa respiratória e reduzindo a vida útil do produto. Uma das formas de diminuir os efeitos causados pelo processamento mínimo é o revestimento comestível. Estes formam uma fina camada de material comestível, sendo aplicado direto ao fruto. Esta técnica é aplicada para diminuir a perda de 13 umidade, oxigênio, dióxido de carbono, aromas e lipídios, introduzir aditivos como antioxidantes e antimicrobianos. Além do uso de fécula de mandioca na elaboração de filmes para recobrimento de frutas e hortaliças pode-se citar a possibilidade de seu uso na elaboração de bandejas biodegradáveis para acondicionamento de produtos, tal como avaliado por Castro e Cereda (1999) que testaram a conservação de tomate em bandeja de fécula de mandioca envolvida com filme de cloreto de vinila. Nesta linha de recobrimento de vegetais com película de fécula de mandioca vem sendo desenvolvidos teses e artigos avaliando a conservação de inúmeros produtos, tais como maça, goiaba, mamão, laranja, tomate, pepino, limão, couve-flor e pimentão. A partir do exposto, observa-se que o uso de filmes e revestimentos comestíveis provoca a redução de perda de agua e da síntese de etileno, diminuindo a atividade respiratória, e retardando a senescência, demonstrando ser uma técnica eficaz de preservação de frutas e hortaliças para manter boa aparência e firmeza, mantendo assim, seu valor comercial. 3.2 Biofilmes de Amido Amido é um polissacarídeo, sintetizado pelos vegetais para ser utilizado como reserva energética. O grânulo de amido é constituído por uma mistura de dois polissacarídeos: a amilose e a amilopectina, que são polímeros formados pela α- glicose com eliminação de água (LEHNINGER, 1976). A proporção de amilose e amilopectina no amido está associada à sua fonte botânica, sendo que para o amido de mandioca são relatados na literatura teores de amilose que variam de 16 a 24% e de amilopectina que variam de 76 a 84%, como mostra na Figura 1. (TORAL et al., 2002; HOOVER, 2001; DEFLOOR et al 1998). Figura 1- Estrutura química da amilose (a) e da amilopectina (b) 14 Fonte: CORRADINI et al, 2005. O amido de mandioca também é conhecido como fécula, polvilho doce ou goma e pode ser definido como um carboidrato que é extraído da raiz da mandioca. Apresenta-se como um pó branco, inodoro e sem sabor, utilizado como ingrediente gerador de uma série de produtos em diversas áreas de atividade industrial (ARIENTE et al., 2005). Biofilme é um filme fino preparado a partir de materiais biológicos como: proteínas, polissacarídeos, lipídios ou da combinação destes compostos, que pode atuar como barreira a elementos externos e, consequentemente, proteger o produto embalado de danos físicos e biológicos e aumentar a sua vida útil (HENRIQUE et al., 2008). Apesar do interesse nestes materiais ter crescido muito nos últimos tempos, o alto custo de sua produção ainda é uma grande desvantagem em relação aos polímeros convencionais (FRANCHETTI; MARCONATO, 2006). Inúmeros estudos têm sido realizados sobre caracterização das propriedades funcionais de filmes de amido, pois, conforme Mali et al. (2010), o amido é uma matéria-prima abundante em todo o mundo, apresenta muitas possibilidades de modificação química, física ou genética e origina filmes e revestimentos resistentes. Além disso, os biofilmes de amido apresentam potencial de aplicação nos setores 15 alimentício, agrícola, farmacêutico e em diversos setores onde a biodegradabilidade é requerida (BATISTA et al., 2005). Filmes constituídos por proteínas e polissacarídeos normalmente apresentam alta resistência mecânica, óptica e sensorial e permeabilidade seletiva a gases, como oxigênio e gás carbônico, mas são sensíveis à umidade e apresentam alta permeabilidade ao vapor d’água (BATISTA et al., 2005; FAKHOURI et al., 2007). 3.2.1 Formulação A microestrutura e as propriedades dos filmes de amido dependem do tipo de material utilizado para a sua produção (CUQ et al., 1995). Quando produzidos em escala laboratorial, se formam depois de solubilização do amido em um solvente, com formação de uma solução filmogênica; (FENNEMA et al., 1994) que, em seguida, é aplicada sobre uma superfície e é seca para a evaporação do solvente, técnica está chamada de casting, como podemos observar na Figura 2. Figura 2 - Esquema representativo da técnica de produção de filmes por casting Fonte: Adaptado de LAROTONDA, 2002. Na técnica do tipo casting, após a gelatinização térmica dos grânulos em excesso de agua, amilose e amilopectina se dispersam na solução aquosa e, durante a secagem, se reorganizam, formando uma matriz contínua que dá origem aos filmes. De acordo com Bader e Goritz (1994), a estrutura cristalina dos filmes de amido, e consequentemente, as propriedades mecânicas e de barreira, são fortemente influenciadas pelas condições de secagem destes. Em filmes secos sob temperaturas superioras a 60ºC, o processo de secagem é mais rápido que a retrogradação ou recristalização (processo que leva ao envelhecimento dos filmes), gerando materiais 16 mais estáveis ao armazenamento que filmes secos sob menores temperaturas. A umidade relativa durante a secagem dos filmes também é um fator importante, filmes secos sob maiores umidades relativasapresentaram estruturas com maior grau de cristalinidade e maior teor de umidade residual, parâmetro este que tornam os filmes mais susceptíveis a alterações durante o seu armazenamento e utilização (RINDLAV- WESTLING et al., 1998). Como os filmes confeccionados exclusivamente por amido são pouco flexíveis e quebradiços e apresentam baixa dificuldade de adequação aos processamentos convencionais para a produção de embalagens, sendo necessária a introdução de aditivos às matrizes poliméricas. A questão da rigidez pode ser resolvida através da adição de plastificantes, que melhoram as propriedades mecânicas dos filmes (GONTARD et al.,1993). Garcia et al (2000), Souza e Andrade (2000) associam que muitas pesquisas lidam com a adição de plastificantes em materiais à base de amido puro para superar a fragilidade provocada pelas altas forças intermoleculares. Segundo Cuq et al (1998), a adição de plastificante aos biopolímeros modifica a organização tridimensional da rede polimérica, diminuindo as forças de atração intermolecular, aumentando o volume livre do sistema e deixando menos densa a matriz dos filmes, com isto ocorre um aumento da sua flexibilidade e extensibilidade. No entanto, Coupland et al (2000), relatam que seu aumento pode resultar na redução das propriedades mecânicas de tração dos filmes e em alguns casos, também na redução da barreira ao vapor de água. Água também é considerada um plastificante em filmes hidrofílicos, resultando em produtos com alto brilho (KUUTTI et al., 1998; COUPLAND et al., 2000). 17 4 METODOLOGIA 4.1 Matéria-prima e equipamentos Os biofilmes poliméricos serão obtidos a partir da utilização de amido de mandioca adquirido no comercio local (PRA VIDA PRODUTOS NATURAIS), Glicerina P.A., Pectina Cítrica, Sorbitol 70% e Lecitina de soja. Para a obtenção dos filmes e testagem dos mesmos serão utilizados, além da maçã gala, os equipamentos que seguem: placa de aquecimento/agitação magnética; agitador mecânico; micrômetro digital marca Mitutoyo; estufa; termômetro; balança analítica; espectrômetro de infravermelho tipo FT-IR/FT-NIR, marca Perkin Elmer modelo Spectrum 400 series; microscópio de marca Nikon modelo Eclipse E-200; máquina Universal de Ensaios Mecânicos EMIC DL 10000. 4.2 Formulação e processamento dos biofilmes Os biofilmes serão elaborados aplicando processo convencional de casting, conhecido também como método de evaporação. Serão testadas diferentes formulações para o acondicionamento da maçã gala, envolvendo amido de mandioca adquirido no comércio local (PRA VIDA PRODUTOS NATURAIS), Glicerina P.A. (NEON), Pectina Cítrica (EXODO), Sorbitol 70%(EXODO) e Lecitina de soja (EXODO). Considerando tempo de reação, tempo de secagem do filme e características visuais para aplicação dos biofilmes, destas serão escolhidas 2 ou 3 formulações para aplicação e avaliação sobre as maçãs. A formulação de partida pode ser observada na Tabela 1. Tabela 1 – Formulação dos filmes com diferentes concentrações Formulação Amido de mandioca (%m) Glicerol (%m) Lecitina (%m) Sorbitol (%m) Filme Controle (FC)* 91 9 0 0 Filme 01 70 12 6 12 Filme 02 55 20 10 15 Filme 03 41,5 27 13,5 18 *Fonte: Adaptado de AMARAL, 2014. 18 A mistura dos componentes será realizada sob agitação constante e aquecimento até atingir 65-70°C, temperatura na qual o amido gelatiniza. Para os testes o material obtido após gelatinização será acondicionado em placa de petri ou placa de teflon, e seco em estufa a temperatura de 60°C até massa constante. Todas as formulações, bem como os testes e ensaios de caracterização serão realizados em triplicata, ou com mais repetições, dependendo da exigência de norma técnica específica. A forma de mistura dos componentes também será avaliada, podendo ser realizada por agitação magnética ou por agitação mecânica. 4.3 Caracterização da matéria-prima e dos filmes As matérias primas utilizadas e os filmes obtidos serão caracterizados e avaliados através das análises e ensaios de: Espectroscopia de Infravermelho com transformada de Fourier (FT-IR), microscopia óptica, espessura de filme, absorção de água e resistência à tração. 4.3.1 Espectrofotometria de infravermelho Para a caracterização da matéria-prima e dos biofilmes obtidos será utilizada a FT-IR aplicando a técnica de Refletância Total Atenuada (ATR). Os espectros serão obtidos em um espectrômetro de infravermelho tipo FT-IR/FT-NIR, marca Perkin Elmer modelo Spectrum 400 series, na região do infravermelho médio (4000 – 650 cm- 1), com média de 32 varreduras e resolução de 4 cm-1. 4.3.2 Microscopia óptica A microscopia óptica será realizada com o objetivo de observação da superfície dos filmes, utilizando o microscópio de marca Nikon modelo Eclipse E-200, com câmera de vídeo de marca Kodo, modelo KC - 512NTX e com o auxílio do software de captura de imagens ENCORE ENLTV-FM3, do Motic China Group Co. Ltda. 19 4.3.3 Espessura do filme A espessura dos filmes será determinada utilizando-se um micrômetro manual com resolução 0,001 mm, marca Mitutoyo. Para a espessura final será determinada a média de 3 medidas realizadas sobre a área de cada filme. 4.3.4 Absorção de água Os testes para a determinação da absorção de água e inchamento dos biofilmes serão realizados com base na norma ASTM-D570-95. Com a finalidade de avaliar a absorção de água (Swelling), massas “secas” e “úmidas”, serão observadas ( aM sec e úmidaM , respectivamente). Os filmes serão imersos em água deionizada a temperatura ambiente, por um período de 24 horas, podendo ter a necessidade de adaptação desta metodologia quanto ao tempo considerando a característica hidrofílica dos biofilmes. Após a retirada do excesso de água usando papel absorvente, serão pesados e mantidos na estufa a 80°C por um período de 12 horas, e então pesados novamente. A quantidade de água absorvida pelos compósitos será determinada pela diferença de massa entre a membrana úmida e a membrana seca. A média de absorção de água é expressa em porcentagem (Equação 1). %100 sec sec x M MM águadeAbsorção a aúmida (Equação 1) 4.3.5 Ensaio de tração O ensaio de tração será realizado conforme procedimento descrito na norma técnica, ASTM-D882, com velocidade do ensaio de 5 mm/min, na Máquina Universal de Ensaios Mecânicos EMIC DL 10000. 4.4 Testagem da aplicação do biofilme Para a aplicação será utilizada a maçã gala que será utilizada de duas formas, inteira e descascada e cortada em proporção de ¼ da fruta. Cada formulação será 20 aplicada em pelo menos, 3 amostras de cada tipo, além de se manter o branco para cada caso. A fruta ou suas partes serão mergulhadas na solução filmogênica e secas a temperatura ambiente durante 24 horas. Após serão colocadas em local adequado para acompanhamento das alterações que ocorrerão com o tempo. Se entende por local adequado, lugar arejado e fresco, simulando a disposição da referida fruta quando da sua comercialização. As alterações observadas serão registradas por fotos diárias das amostras, bem como por pesagem das mesmas. 21 5 CRONOGRAMA Para a efetivação do presente trabalho está prevista a seguinte ordem cronológica para a realização das atividades descritas no Quadro 1. Quadro 1 – Descrição das atividades programadas do projeto Atividades Meses Março Abril Maio Junho Julho Revisão Bibliográfica X X X X X Planejamento Experimental X X Recebimento do Material X X Desenvolvimento dos Biopolímeros X X X X X Análise dos Biopolímeros X X X Tratamento dos Dados X X X Relatório X X Apresentação dos Resultados X Publicação em periódicos X Fonte: Autor, 2019. 22 6 ORÇAMENTO Para a aplicaçãoexperimental deste projeto alguns materiais e reagentes serão necessário, sendo os mesmos especificados na Tabela 2. Tabela 1 – Descrição orçamentária dos itens solicitados ao Colegiado do Curso de Química da UNISC Identificação Quantidade Marca Fornecedor Valor (R$) Unitário Totsl Lecitina de Soja 200 g Exodo Mercolab 65,90 131,80 Pectina 500 L Exodo Mercolab 234,00 234,00 Glicerina P.A. 1 L Neon Mercolab 42,00 42,00 Sorbitol 70% 1 kg Exodo Mercolab 26,50 53,00 Amido de Mandioca 3 kg - Pra vida produtos naturais 7,15 21,45 Maça Gala 8 kg - Miller supermercado 7,98 63,84 TOTAL = 546,09 Fonte: Autor, 2019. Total solicitado ao Curso de Química: R$ 546,09. 23 REFERÊNCIAS ARIENTE, M. et al. Competitividade na indústria de fécula de mandioca: estudo exploratório. Revista FAE, Curitiba, v. 8, n. 2, p. 53-60, jul/dez. 2005. AZEREDO (2003), H.M.C. de. Películas comestíveis em frutas conservadas por métodos combinados: potencial da aplicação. Boletim do CEPPA. Curitiba, v.21, n.2, 2003. BADER, H. G.; GÖRITZ, D. Investigations on high amylose corn starch films. 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