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~Esboços do Apocalipse

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1
2
Apocalipse – Esboços de Estudos
APOCALIPSE – ESBOÇOS DE ESTUDOS
[Clique na palavra ÍNDICE]
Edwin R. Thiele
EMMANUEL MISSIONARY COLLEGE 
Berrien Springs, Michigan
1951
Tradução: Henrique Berg
Preparo: César Augusto da Costa
Agradecemos às Profas. Ruth Nelson 
e Albertina Simon 
pelo auxílio prestado na revisão desta apostila.
COLÉGIO ADVENTISTA BRASILEIRO 
 1960
ÍNDICE
Prefácio...................................................................................3 
1. Vista geral do Livro do Apocalipse.....................................6 
2. O Estudo do Apocalipse.....................................................8 
3. A Revelação de Jesus Cristo (cap. 1)..............................23 
4. As Cartas às Sete Igrejas (caps. 2,3)...............................45 
5. Os Selos e a Obra do Selamento (caps. 4,5,6,7,8:1).....109 
6. As Sete Trombetas (caps. 8,9,10:7,11:15-19)................201 
7. O Anjo Com o Livro Aberto (cap. 10)..............................229 
8. O Templo e as Duas Testemunhas (cap. 11).................232 
9. A Mulher e o Dragão (cap. 12).......................................242 
10. O Leopardo e a Besta de Dois Chifres (cap. 13)............253 
11. As Últimas Mensagens de Deus e a Ceifa (cap. 14)......272 
12. As Sete Últimas Pragas (caps. 15,16)............................290 
13. A Mulher e a Besta Cor de Escarlata (cap. 17)..............308 
14. A Queda da Grande Babilônia (cap. 18 – 19:4).............321 
15. As Bodas do Cordeiro e o Conflito Final (cap. 19:5-21) 338 
16. O Milênio (cap. 20).........................................................346 
17. A Nova Terra (caps. 21,22)............................................355 
PREFÁCIO
Cada livro da Bíblia tem a sua mensagem especial ou específica. Se existe algum livro da Bíblia superior aos demais e que deve ser estudado e entendido por aqueles sobre os quais virá o fim do mundo, este é o livro remate da Palavra de Deus.
Neste livro se encontram revelações importantes dos acontecimentos do passado e circunstâncias do futuro, de coisas vistas e não vistas, das forças do bem e dos poderes do mal. Aqui se descerram as cortinas para o filho de Deus poder ter um vislumbre das imensas forças que desde os primeiros dias da história têm lutado para obter o domínio do mundo, de movimentos instituídos por Deus para realizar o Seu objetivo na terra, e dos esforços do diabo para reunir a humanidade toda sob o deu governo maligno. 
Neste volume estão delineadas cenas de todas as cores e matizes, de todos os climas e eras, Aqui se acham descritas as atividades da prostituta e do dragão, da virgem e do Cordeiro; aqui estão pintados os horrores do lago de fogo e às glórias do mar de vidro; aqui se refletem as desolações do abismo e as incomparáveis belezas da cidade eterna de Deus.
A linguagem do Apocalipse é bem colorida e pitoresca. O livro trata de igrejas e trombetas, de selos e trovões, reis, montes e tronos, de cavalos brancos, vermelhos e pretos, de arco-íris e esmeraldas, de estrelas da manhã, ruas de ouro e portões de pérolas; de Babilônia e Apoliom, Abadom e Armagedom, Gog e Magog, Éfeso e Laodicéia, da chave de Davi e da sinagoga de Satanás, dos frutos da árvore da vida e do vinho da ira de Deus, do Alfa e do Ômega, de anjos que seguram os quatro ventos da terra e da vinda dos exércitos celestiais com Aquele que governaria com vara de ferro e reinará como Rei dos reis e Senhor dos senhores.
O Apocalipse não é um livro fácil de entender. Ele é uma revelação de Deus, mas é uma revelação dada em grande parte na forma de símbolos. Nenhum outro livro da Bíblia tem sido interpretado tão variada e confusamente. A reação do estudante, à primeira vista, é de que o livro em grande parte está além da razão e da compreensão, e que deve permanecer fechado ao entendimento do homem. Todavia, este livro é de Deus e é da Sua divina vontade que ele transmita ao homem uma revelação do céu clara e oportuna.
Para ser corretamente entendido, o livro do Apocalipse requer elucidação divina e um estudo muito cuidadoso, Para aquele que procura fervorosamente a luz, para aquele que deseja procurar esmerada e perseverantemente a verdade com muita oração, para aquele que deseja comparar cuidadosamente Escritura com Escritura e estudar os caminhos de Deus no manual da história, um diligente estudo do livro do Apocalipse oferece incontáveis possibilidades; Muitas são as jóias sob a superfície que se encontram aguardando os esforços daquele que procura tesouros nesta mina de verdade. 
Não se deve supor que já se entenda tudo o que esta profecia contém, nem que as explicações mais aceitas sejam as que mais se aproximam do correto. O desdobramento de toda a verdade sempre têm sido progressivo e não há razão alguma para crer que seja diferente quanto ao Apocalipse de João. Nenhuma tentativa se fará nesta apostila para fazer uma exposição verso por verso, mas somente as bases essenciais em forma de esboço. 
Ao entregar-se o estudante a um estudo sistemático, cuidadoso e cheio de oração da maravilhosa profecia de João, possa ele receber aquela bênção prometida àquele que lê e aos "que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo."
Edwin R. Thiele
ABREVIATURAS:
AA. - Atos dos Apóstolos 
CBV. - Ciência do Bom Viver 
CE. - Colportor Evangelista 
CS. – Conselhos Sobre Saúde 
CC. - Caminho a Cristo 
CSES - Conselhos Sobre a Escola Sabatina 
GC. - Grande Conflito, O 
CPPE - Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes 
DTN. - Desejado de Todas as Nações, O 
Ed. - Educação
Ev. - Evangelismo 
HR. - História da Redenção 
PE. - Primeiros Escritos 
LS - Life Sketches 
MDC. - Maior Discurso de Cristo, O 
MS. - Manuscripts 
MJ. - Mensagens aos Jovens 
OE. - Obreiros Evangélicos 
PJ. - Parábolas de Jesus 
PP. - Patriarcas e Profetas 
PR. - Profetas e Reis 
R&H. - Review and Herald 
SG. - Spiritual Gifts 
SP. - Spirit of Prophecy 
SpT. - Special Testimonies 
SpTM. - Special Testimonies to Ministers 
ST. - Signs of the Times 
T. - Testimonies 
TM. - Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos 
TS. - Testemunhos Seletos 
VE. - Vida e Ensinos
VISTA GERAL DO LIVRO DO APOCALIPSE
I. INTRODUÇÃO 
Capítulo 1. A revelação dada a João; Cristo entre os castiçais. 
II. CARTAS ÀS SETE IGREJAS
III. OS SETE SELOS 
Capítulo 4. O lugar do trono celeste.
Capítulo 5. O Cordeiro digno de abrir os selos.
Capítulo 6. A abertura dos primeiros seis selos.
Capítulo 7. A retenção dos ventos e a obra do selamento.
Capítulo 8:1. A abertura do sétimo selo.
IV. AS SETE TROMBETAS
Capítulo 8. As primeiras quatro trombetas.
Capítulo 9. A quinta e a sexta trombeta.
Capítulo 10:7; 11:15-19. A sétima trombeta.
V. A APROXIMAÇÃO DO TEMPO DO FIM
Capítulo 10. O poderoso anjo com o livro aberto.
Capítulo 11. O templo e as duas testemunhas.
VI. POTÊNCIAS ORDENADAS CONTRA O CÉU 
Capítulo 12. O grande dragão vermelho.
Capítulo 13. A besta semelhante ao leopardo; a besta de dois chifres.
VII. AS MENSAGENS FINAIS DE DEUS E A CEIA
Capítulo 14. A tríplice mensagem angélica; a vinda de Cristo e a ceia.
VIII. AS SETE ÚLTIMAS PRAGAS
Capítulo 15. Os sete anjos com as sete últimas pragas.
Capítulo 16. O derramamento das sete taças da ira de Deus.
IX. A S ENTENÇA CONTRA OS PODERES DAS TREVAS
Capítulo 17. A mulher e a besta cor de escarlata.
Capítulo 18. A queda final de Babilônia.
Capítulo 19. A vitória dos exércitos do céu sobre a besta.
Capítulo 20. Satanás preso no abismo e seu lançamento no lago de fogo.
X. A GLORIOSA HERANÇA DOS JUSTOS 
Capítulo 21. A Nova Jerusalém.
Capítulo 22. O rio e a árvore da vida; as recompensas finais.
XI. BIBLIOGRAFIA
Barnes, Albert, Notes on the Book of Revelation, xxxviii-xlvi. 
Dunch, Taylor G., Studies in the Revelation, 1-4. 
Elliott, E. B., Horae Apoclypticae, I, xxv-xxviii.
Garratt, Samuel, A Commentary on the Revelation of St. John, 16-25.
Geissinger, James Allen, Heart Problems and World Issues, 13-25.
Hendriksen,W., More than Conquerors, 22-64.
Polhamus, William Robert, The Unveiling of Jesus Christ, 13-22.
Reid, William J., Lectures on the Revelation, 10-12.
Scott, C. Anderson, Revelation, 75, 76. 
Smith, Justin A., Commentary on the Revelation, 21-25. 
Swete, Henry Barclay, The Apocalypse of St. John, xxxii-xli.
O ESTUDO DO APOCALIPSE
I. A IMPORTÂNCIA DO LIVRO DO APOCALIPSE
A. Uma bênção aos que lêem
"O Senhor abençoa a todo aquele que com humildade e mansidão, procura compreender o que está revelado no Apocalipse. Este livro fala tanto acerca da imortalidade e da glória, que todos os que o lêem e pesquisam fervorosamente recebem as bênçãos prometidas àqueles 'que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas'. Apoc. 1:3." – TM, 114.
"Diz o profeta: "Bem-aventurado aquele que lê" - há os que não querem ler; a bênção não é para estes. "E os que ouvem" - há alguns, também, que se recusam a ouvir qualquer coisa relativa às profecias; a bênção não é para esta classe. "E guardam as coisas que nela estão escritas" - muitos se recusam a atender às advertências e instruções contidas no Apocalipse; nenhum desses pode pretender a bênção prometida. Todos os que ridicularizam os assuntos da profecia, zombando dos símbolos ali solenemente dados, todos os que se recusam a reformar a vida e preparar-se para a vinda do Filho do homem, não serão abençoados." – GC., 341.
B. O compreender o livro trará um reavivamento
"Quando nós, como um povo, compreendermos o que este livro para nós significa, ver-se-á entre nós grande reavivamento. ... Quando os livros de Daniel e Apocalipse forem bem compreendidos, terão os crentes uma experiência religiosa inteiramente diferente. Ser-lhes-ão dados tais vislumbres das portas abertas do Céu que o coração e a mente se impressionarão com o caráter que todos devem desenvolver a fim de alcançar a bem-aventurança que deve ser a recompensa dos puros de coração. ... Se nosso povo estivesse meio desperto, se reconhecesse a proximidade dos acontecimentos descritos no Apocalipse, realizar-se-ia uma reforma em nossas igrejas, e muitos mais creriam na mensagem." – TM., 113, 114, 118.
C. O testemunho das verdadeiras testemunhas redundará numa sacudidura.
"Perguntei a significação da sacudidura que eu vira, e foi-me mostrado que era determinada pelo testemunho direto contido no conselho da Testemunha Verdadeira à igreja de Laodicéia. Isso produzirá efeito no coração daquele que o receber, e o levará a empunhar o estandarte e propagar a verdade direta. Alguns não suportarão esse testemunho direto, e se levantarão contra ele, e isso é o que determinará a sacudidura entre o povo de Deus." – VE., 176.
D. Esforços do inimigo para cegar os homens às verdades do Apocalipse
"À medida que nos aproximamos do final da história deste mundo, as profecias referentes aos últimos dias exigem nosso estudo especial. O último dos escritos do Novo Testamento está cheio de verdades cuja compreensão nos é necessária. Satanás cegou as mentes, de modo que se satisfazem com qualquer desculpa para não estudarem o Apocalipse." – PJ., 133.
"Por que, pois, esta dilatada ignorância com respeito a uma parte importante das Sagradas Escrituras? Por que esta relutância geral em pesquisar-lhes os ensinos? É o resultado de um esforço estudado do príncipe das trevas para esconder dos homens o que revela os seus enganos. Por esta razão, Cristo, o Revelador, prevendo a luta que seria ferida contra o estudo do Apocalipse, pronunciou uma bênção sobre os que lessem, ouvissem e observassem as palavras da profecia." – GC., 342.
E. Para servir de guia à igreja através da dispensação cristã.
"Em figuras e símbolos, assuntos de vasta importância foram apresentados a João para que os relatasse, a fim de que o povo de Deus do seu século e dos séculos futuros tivesse inteligente compreensão dos perigos e conflitos diante deles.
"Esta revelação foi dada para guia e conforto da igreja através da dispensação cristã." – AA. , 583.
F. Especialmente para os últimos dias.
"Pregadores e o povo têm considerado o livro do Apocalipse como sendo misterioso, e de menos importância que outras porções das Escrituras Sagradas. Vi, porém, que este livro é na verdade uma revelação dada para o benefício especial daqueles que vivessem nos últimos dias, a fim de os guiar no descobrir sua verdadeira posição e seus deveres. Deus encaminhou a mente de Guilherme Miller para as profecias, e deu-lhe grande luz quanto ao livro do Apocalipse." – PE., 231.
"Foram reveladas a João cenas de profundo e palpitante interesse na experiência da igreja. Viu ele a posição, os perigos, os conflitos e o livramento final do povo de Deus. Ele registra as mensagens finais que devem amadurecer a seara da Terra, sejam os molhos para o celeiro celeste, ou os feixes para os fogos da destruição. Assuntos de vasta importância lhe foram desvendados, especialmente para a última igreja, a fim de que os que volvessem do erro para a verdade pudessem ser instruídos em relação aos perigos e conflitos que diante deles estariam. Ninguém necessita estar em trevas no que respeita àquilo que está para vir sobre a Terra." – GC., 341, 324.
"A João, o Senhor revelou os assuntos que viu serem necessários para o Seu povo nos últimos dias. As instruções que deu, encontram-se no livro de Apocalipse. Os que querem ser coobreiros de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, mostrarão profundo interesse nas verdades que se encontram nesse livro. Pela pena e pela voz procurarão tornar claras as coisas maravilhosas para cuja revelação Cristo veio do Céu. ...
"As solenes mensagens que foram dadas, em sua ordem, no Apocalipse, devem ocupar o primeiro lugar no espírito do povo de Deus. Não devemos deixar que qualquer outra coisa nos domine a atenção.
"O precioso tempo está passando rapidamente, e há perigo de que muitos serão roubados do tempo que deveria ser dado à proclamação das mensagens que Deus enviou a um mundo caído. A Satanás agrada ver a distração das mentes que deveriam estar empenhadas no estudo das verdades que têm que ver com realidades eternas." – 3 TS., 278, 279.
"O testemunho de Cristo, testemunho do mais solene caráter, deve ser apresentado ao mundo. Através de todo o livro do Apocalipse se encontram as mais preciosas e enobrecedoras promessas, assim como advertências da mais tremenda e solene importância. Não quererão os que professam possuir conhecimento da verdade ler o testemunho dado por Cristo a João? Não há aí meras conjeturas, nem enganos científicos. Há, sim, as verdades que dizem respeito a nosso bem-estar presente e futuro. – 3 TS., 279.
G. Deve ser mais prezado pelos educadores.
"Os que aceitam o lugar de educadores, devem prezar mais e mais a vontade revelada de Deus, tão clara e impressivamente apresentada em Daniel e Apocalipse." – 2 TS., 412.
"No livro de Apocalipse, lemos acerca de uma obra especial que Deus deseja que Seu povo faça nestes últimos dias. ... O tempo é breve. Acham-se sobre nós os perigos dos derradeiros dias, e cumpre-nos vigiar e orar, e estudar e dar ouvidos às lições que nos são dadas nos livros de Daniel e de Apocalipse." – 2 TS., 410, 411.
"Esta é a educação que deve ser dada pacientemente. Sejam as nossas lições apropriadas piara os dias em que vivemos e sejam dadas as nossas instruções religiosas de conformidade com as mensagens que Deus envia." – 6 T., 128.
H. Mensagem que se deve proclamar a todo o mundo.
"Fui instruída de que as profecias de Daniel e Apocalipse devem ser impressas em livros pequenos, com as necessárias explicações, e devem ser enviados por todo o mundo. Nosso próprio povo necessita de que a luz seja colocada diante dele em linhas mais claras.
"A visão que Cristo apresentou a João, apresentando os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, deve ser definidamente proclamada a todas as nações, povos e línguas. As igrejas que são representadas por Babilônia, são apresentadas como tendo caído de seu estado espiritual para se tornarem um poder perseguidor contra os que guardam os mandamentos deDeus e têm o testemunho de Jesus Cristo. Esse poder perseguidor é representado a João como tendo chifres de cordeiro mas falando como dragão. ...
"Ao nos aproximarmos do fim do tempo, haverá maiores e sempre maiores demonstrações externas do poder pagão; deuses pagãos revelarão seu assinalado poder e se exibirão diante das cidades do mundo. E este plano já começa a cumprir-se. Por uma variedade de imagens representou o Senhor Jesus a João o caráter ímpio e a influência sedutora dos que se têm distinguido por sua perseguição ao povo de Deus. Todos carecem de sabedoria para pesquisar cuidadosamente o mistério da iniqüidade que aparece tanto na finalização da história da Terra. ... No próprio tempo em que vivemos, o Senhor chamou Seu povo e encarregou-o de proclamar uma mensagem. ... 
"Os perigos dos últimos dias estão sobre nós, e por nosso trabalho devemos advertir o povo do perigo em que está. Não deixeis que as cenas solenes que a profecia tem revelado sejam deixadas por tocar. ... Deixemos que Daniel fale, que fale o Apocalipse e digam a verdade." – TM., 117, 118.
DANIEL E APOCALIPSE, LIVROS COMPLEMENTARES 
"No Apocalipse todos os livros da Bíblia se encontram e se cumprem. Ali está o complemento do livro de Daniel. Um é uma profecia; o outro uma revelação. O livro que foi selado não é o Apocalipse, mas a porção da profecia de Daniel relativa aos últimos dias." – AA., 585.
"As coisas reveladas a Daniel foram mais tarde completadas pela revelação feita a João na ilha de Patmos. Esses dois livros devem ser cuidadosamente estudados. ... 
"O livro de Daniel é descerrado na revelação a João, e nos transporta para as últimas cenas da história da Terra. ... 
"Estudai o Apocalipse em ligação com Daniel; pois a história se repetirá. ... 
"Era minha idéia ter os dois livros encadernados juntos, Apocalipse seguindo a Daniel, oferecendo mais ampla luz sobre os assuntos apresentados em Daniel. O alvo é unir esses livros, mostrando que ambos se relacionam com os mesmos assuntos." – TM., 114-117,
III. APOCALIPSE, UM LIVRO DE CONTRASTES:
A obra de Cristo e Sua igreja Obra de Satanás e sua coorte
O fruto da árvore da vida O vinho da ira de Deus
A vitória gloriosa para os justos Derrota completa para os ímpios
Regozijo dos redimidos Terror dos sentenciados
O mar de vidro O lago de fogo
A ressurreição da vida A ressurreição da morte
Promessas aos vencedores Maldições aos impenitentes
Cristo em Seu trono para sempre O diabo no lago de fogo
Deus limpará todas as lágrimas As sete últimas pragas
Jesus e os exércitos do céu A besta e os exércitos da terra
A vinda da N. Jerusalém em glória Babilônia caída em vergonha
Cantando o cântico de Moisés e do Cordeiro Clamando às rochas e às montanhas
O cavalo branco da vitória O cavalo escuro da morte
Salvos pelo Cordeiro que foi morto Destruído pelo Leão de Judá
O banquete das bodas do Cordeiro O b. das aves, dos capitães da terra
As sete igrejas As sete cabeças do dragão
Os que guardam os mandamentos Os feiticeiros, assassinos e idólatras
A testemunha fiel e verdadeira A serpente que engana a terra
O selo de Deus O sinal da besta
Vestidos de branco por serem preciosos Púrpura e escarlata, cheio de abominações
A virgem sem mancha A meretriz, cheia de blasfêmia
Ora vem, Senhor Jesus Escondei-nos da ira do Cordeiro
"A Bíblia se sobressai em contrastes vivos e evidentes. O pecado e a santidade são postos lado a lado, para que, considerando-os, possamos fugir de um e aceitar o outro. ... Nós mesmos devemos decidir se queremos sofrer as conseqüências de um ou desfrutar o prêmio do outro." – PR., 676.
IV. SIMBOLISMO
A. O uso de simbolismo
1. Nas nações do Oriente Médio
Antiga Mesopotâmia
Egito 
Assíria
Babilônia
Pérsia
Grécia
Roma
2. Na Bíblia
a. O Velho Testamento
Sistema do Santuário
Profecia
Instrução e reprovação divinas
b. O Novo Testamento 
As parábolas de Jesus
3. No mundo moderno
B. As razões para uso do simbolismo
1. Apresentação efetiva da verdade
"Os homens podiam aprender do desconhecido pelo conhecido; coisas celestiais foram reveladas pelas terrenas; Deus Se revelou na semelhança do homem. Assim era nos ensinos de Cristo: o desconhecido era ilustrado pelo conhecido; verdades divinas por coisas terrenas, com as quais o povo estava mais familiarizado. ... 
"O ensino por parábolas era popular e atraía o respeito e a atenção, não só dos judeus mas também dos de outras nações. Ele não poderia haver usado método de ensino mais eficaz. ... 
"Jesus procurava um caminho para cada coração. Usando ilustrações várias, não só expunha a verdade em Seus diversos aspectos, mas apelava também para os diferentes ouvintes. Despertava-lhes o interesse pelos quadros tirados do ambiente de sua vida diária. Ninguém que escutasse o Salvador podia sentir-se negligenciado nem esquecido. " – PJ., 17, 20, 21.
2. Apresentação impressiva da verdade
"Jesus desejava despertar a indagação. Procurou despertar os indiferentes e impressionar-lhes o coração com a verdade. ... 
"Cristo também tinha verdades para apresentar, as quais o povo não estava preparado para aceitar, nem mesmo compreender. Este é outro motivo, por que Ele lhes ensinava por parábolas. Relacionando Seu ensino com cenas da vida, da experiência ou da natureza, assegurava a atenção e impressionava os corações. Mais tarde, ao olharem os objetos que Lhe haviam ilustrado os ensinos, lhes viriam à lembrança as palavras do divino Mestre. Às mentes que estavam abertas para o Espírito Santo foi, cada vez mais, desdobrada a significação dos ensinos do Salvador. Mistérios eram esclarecidos, e aquilo que fora difícil de compreender se tornava evidente." – PJ., 20, 21.
3. Apresentação específica da verdade
a. Revelação de determinados aspectos da verdade.
b. Nem toda a verdade é entendida em qualquer época.
4. Reprovação
a. Para o mensageiro da verdade.
"Havia ainda outro motivo para os ensinar por parábolas. Entre as multidões que O rodeavam, havia sacerdotes e rabinos, escribas e anciãos, herodianos e maiorais, amantes do mundo, beatos, ambiciosos que desejavam, antes de tudo, achar alguma acusação contra Ele. Espias seguiam-Lhe os passos, dia a dia, para apanhá-Lo nalguma palavra que Lhe causasse a condenação, e fizesse silenciar para sempre Aquele que parecia atrair a Si o mundo todo. O Salvador compreendia o caráter desses homens e apresentava a verdade de maneira tal, que nada podiam achar que lhes desse oportunidade de levar Seu caso perante o Sinédrio. Em parábolas, Ele censurava a hipocrisia e o procedimento ímpio daqueles que ocupavam altas posições, e, em linguagem figurada, vestia a verdade de tão penetrante caráter que, se as mesmas fossem apresentadas como acusações diretas, não dariam ouvidos a Suas palavras e teriam dado fim rápido a Seu ministério. Mas enquanto repelia os espias, expunha a palavra tão claramente, que o erro era reconhecido e os sinceros lucravam com Suas lições." – PJ., 22.
b. Para o povo de Deus
c. Para a Palavra de Deus
5. Para despertar o estudo e a meditação
C. A compreensão dos símbolos bíblicos
1. Verdades importantes que devem ser entendidas, reveladas a João.
"Em figuras e símbolos, assuntos de vasta importância foram apresentados a João para que os relatasse, a fim de que o povo de Deus do seu século e dos séculos futuros tivesse inteligente compreensão dos perigos e conflitos diante deles." – AA., 583.
2. As dificuldades não devem trazer desânimo.
"Ninguém deve desanimar no estudo do Apocalipse por causa de seus símbolos aparentemente místicos. "Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lançaem rosto." – Tia. 1:5." – Ed., 191.
3. Não deve ser interpretada do ponto de vista pessoal.
"A discórdia e divisão que há entre as igrejas da cristandade são em grande parte devidas ao costume que prevalece de torcer as Escrituras, a fim de apoiar uma teoria favorita. Em vez de estudar cuidadosamente a Palavra de Deus com humildade de coração, a fim de obter conhecimento de Sua vontade, muitos procuram apenas descobrir algo singular ou original. ... 
"Outros, possuindo ativa imaginação, lançam mão das figuras e símbolos das Escrituras Sagradas, interpretam-nos de acordo com sua vontade, tendo em pouca conta o testemunho das Escrituras como seu próprio intérprete, e então apresentam suas fantasias como ensinos da Bíblia." – GC., 520, 521.
4. Comparação de Escritura com Escritura.
5. Os símbolos do Oriente Médio
6. Costumes e práticas do Oriente Médio 
V. COMPREENSÃO MAIS CLARA E COMPLETA DA VERDADE
A. Nem toda a verdade está revelada
"Ao que está em viva comunhão com o Sol da Justiça, sempre se revelará nova luz sobre a Palavra de Deus. Ninguém deve chegar à conclusão de que não há mais verdades a serem reveladas. O que busca a verdade com diligência e oração encontrará preciosos raios de luz que ainda hão de brilhar da Palavra de Deus. Ainda se acham dispersas muitas gemas que devem ser reunidas para tornar-se propriedade do povo remanescente de Deus." – CSES., 34.
"Maior luz brilhará sobre todas as grandes verdades da profecia, e serão compreendidas com vivacidade e brilho, porque os radiantes raios do Sol da Justiça iluminarão todo o conjunto." – Ev., 198.
"O Senhor deseja conceder-nos luz abundante" – MS. 18, 1880.
"Sempre que o povo de Deus estiver crescendo em graça, obterá constantemente uma compreensão mais clara de Sua Palavra. Há de distinguir mais luz e beleza em suas sagradas verdades. Isto se tem verificado na história da igreja em todos os séculos, e assim continuará até ao fim. Mas, à medida que a verdadeira vida espiritual declina, tem sido sempre a tendência cessar o crente de avançar no conhecimento da verdade. Os homens ficam satisfeitos com a luz já recebida da Palavra de Deus, e desistem de qualquer posterior investigação das Escrituras. Tornam-se conservadores, e procuram evitar novo exame. 
"O fato de não haver controvérsias ou agitações entre o povo de Deus, não devia ser olhado como prova conclusiva de que eles estão mantendo com firmeza a sã doutrina. Há razão para temer que não estejam discernindo claramente entre a verdade e o erro. Quando não surgem novas questões em resultado de investigação das Escrituras, quando não aparecem divergências de opinião que instiguem os homens a examinar a Bíblia por si mesmos, para se certificarem de que possuem a verdade, haverá muitos agora, como antigamente, que se apegarão às tradições, cultuando nem sabem o quê." – 2 TS., 311, 312.
"Seja qual for o grande adiantamento intelectual do homem, não pense ele, nem por um momento, que não há necessidade de inteira e contínua indagação das Escrituras em busca de maior luz. Como um povo, somos convidados individualmente ao estudo da profecia. Devemos observar atentamente, a fim de distinguir qualquer raio de luz que Deus nos apresente. Devemos apanhar os primeiros clarões da verdade; e, mediante estudo apoiado pela oração, poder-se-á obter mais intensa luz, a qual poderá ser apresentada aos outros.
"Quando o povo de Deus está à vontade, satisfeito com a luz que já possui, podemos estar certos de que Ele os não favorecerá. É Sua vontade que eles marchem sempre avante, recebendo a avultada e sempre crescente luz que para eles brilha. A atitude atual da igreja não agrada a Deus. Tem-se introduzido uma confiança em si mesmos que os tem levado a não sentir nenhuma necessidade de mais verdade e maior luz. ... Deus deseja que se faça ouvir uma voz despertando Seu povo para a ação." – 2 TS., 313, 314. 
B. Possibilidade de erros nas apresentações do passado. 
"Não há desculpas para alguém tomar a posição de que não há mais verdades a serem reveladas, seja ele quem for, nem a de que todas as nossas explicações da Escritura estejam sem erro. O fato de serem certas doutrinas mantidas como verdades por muitos anos pelo nosso povo, não é prova de que nossas idéias são infalíveis. Tempo não pode tornar erro em verdade, e a verdade tem recursos para ser exata. Nenhuma doutrina verdadeira perderá qualquer coisa ao ser submetida à investigação rigorosa." – E.G.W., R&H, 20-12-1892.
"Em alguns dos nossos importantes livros que durante anos têm sido publicados, e que têm trazido muitos ao conhecimento da verdade, podem-se encontrar questões de menor importância que precisam ser estudadas cuidadosamente e corrigidas. Sejam estes assuntos considerados por aqueles que se acham regularmente à testa das nossas publicações. Não permitais que estes irmãos, nem nossos colportores, nem nossos ministros, exagerem estas questões destes livros salvadores de almas a ponto de perderem a sua influência." – E.G.W., MS. 11, 1910 (Publicado em Preach the Word, p. 7)
"Opiniões prezadas há tempo não devem ser consideradas infalíveis. Foi a má vontade dos judeus em abandonar as suas tradições estabelecidas no passado que lhes causaram a ruína. Eles não permitiam que se visse falha alguma em suas opiniões ou em suas explicações das Escrituras. Mesmo que certos pontos de vista tenham sido mantidos por homens de experiência, se não tiverem uma base clara na palavra escrita, devem ser abandonadas.
"Temos muitas lições a aprender, e muitas, muitas a desaprender. Somente Deus e o céu são infalíveis. Aqueles que acham que não devem desistir de uma idéia acalentada, que nunca têm ocasião para mudar uma opinião, serão desapontados." – E.G.W., R&H, 26-7-1892.
"Opiniões acalentadas, costumes e hábitos praticados há tempo, devem ser provados pelas Escrituras; e se a Palavra de Deus se opõe às vossas idéias, então, para o bem de vossas almas, não forceis as Escrituras, como o fazem muitos para destruição da sua alma ao procurar torcê-las para ter um testemunho a favor dos seus erros. Seja a vossa indagação, que é a verdade? E não, como tenho eu crido até aqui ser verdade? Não interpreteis as Escrituras à luz de vossas crenças já formadas, nem declareis verdade qualquer doutrina de homem finito. Seja a vossa indagação: que dizem as Escrituras?" " – E.G.W., R&H, 23-3-1902.
"Não devemos pensar: bem, nós temos toda a verdade, nós compreendemos os pilares básicos de nossa fé, e podemos descansar neste conhecimento. A verdade é uma verdade progressiva, e devemos andar na luz crescente. ...
"Não devemos pretender que nas doutrinas vistas por aqueles que estudaram a Palavra da verdade, não exista algum erro, pois homem vivente algum é infalível." – E.G.W., R&H, 23-3-1890.
"Temem alguns que se reconhecerem estar em erro, ainda que seja num simples ponto, outros espíritos serão levados a duvidar de toda a teoria da verdade. Têm, portanto, achado que não se deve permitir a pesquisa; que ela tenderia para a dissensão e a desunião. Mas se tal é o resultado da pesquisa, quanto mais depressa vier, melhor. Se há aqueles cuja fé na Palavra de Deus não suportará a prova de uma pesquisa das Escrituras, quanto mais depressa forem revelados melhor; pois então estará aberto o caminho para lhes mostrar seu erro. Não podemos manter a opinião de que uma posição uma vez assumida, uma vez advogada a idéia, não deve, sob qualquer circunstância ser abandonada. Há apenas Um que é infalível: Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida." – TM., 105.
C. A Bíblia deve ser estudada com um espírito suscetível ao ensino.
"Ao examinar as Escrituras não vos esforceis por interpretar-lhe as declarações de acordo com vossas idéias preconcebidas, mas por compreender os princípios fundamentais da fé cristã." – CSES., 25.
"Devemos estudar a Palavra de Deus com coração contrito, um espírito suscetível de ser ensinado e pleno de oração. Não devemos pensar, como os judeus, que nossas próprias idéias e opiniões são infalíveis, nem como os católicos, que certos indivíduossão os únicos guardiões da verdade e do conhecimento, que os homens não têm o direito de examinar as Escrituras por si mesmos, mas devem aceitar as explanações dadas pelos Pais da igreja. Não devemos estudar a Bíblia com o propósito de manter nossas opiniões preconcebidas, mas com o único objetivo de aprender o que Deus disse." – TM., 105.
"Não estamos seguros quando tomamos a posição de não querer aceitar qualquer coisa além daquilo que fixamos como sendo verdade. Devemos tomar a Bíblia, e investigá-la minuciosamente por nós mesmos. Devemos cavar fundo na mina da Palavra de Deus à procura da verdade." – E.G.W., R&H, 18-6-1889.
D. Um exame cuidadoso e diligente trará compreensão mais clara da verdade. 
"Quanto mais minuciosa e estudiosamente procuramos pela verdade como por um tesouro escondido – pois há verdades brilhantes e de importância das quais discernimos agora apenas as sombras – tanto mais seguros avançaremos na luz como Ele na luz está. Discerniremos o esplendor e o valor da verdade como jóias preciosas. .. Há para nós uma magnificente glória à medida que avançamos, mas que nunca veremos a menos que avancemos." – E.G.W., carta 16, 1900.
"Este livro (Apocalipse) exige minucioso estudo cheio de oração, temendo que seja interpretado conforme idéias de homens, e que se dê uma falsa configuração à sagrada palavra do Senhor. ...
"No Apocalipse são pintadas as coisas profundas de Deus. Aqueles cujos corações estão inteiramente santificados a Deus serão aproximados para ver as gemas inestimáveis através do telescópio da fé. E ao aplicarem a verdade à prática, ainda mais profundos mistérios serão inculcados na alma. Aqueles, assim honrados, deverão comunicar a outros aquilo que receberam. ." – E.G.W., carta 16, 1900.
"Que ninguém pense que por não poder explicar o significado de cada símbolo do Apocalipse, é-lhe inútil pesquisar este livro numa tentativa de conhecer o significado da verdade que ele contém. Aquele que revelou estes mistérios a João dará ao diligente pesquisador da verdade um antegozo das coisas celestiais." – AA., 584.
E. Os tempos à nossa frente exigem compreensão clara da verdade.
"Tem-se atribuído a nosso povo uma insignificância demasiada, para ser ele digno de nota, mas virá uma mudança. Os movimentos já estão sendo feitos. O mundo cristão está agora executando movimentos que necessariamente levarão o povo guardador dos mandamentos de Deus a ser notados. ...
"Cada posição de nossa fé será examinada e se não formos estudantes consumados da Bíblia, fundamentados, fortificados, estáveis, a sabedoria dos grandes homens do mundo ser-nos-á demasiada." – E.G.W., carta 6, 1886.
"Não nos aprofundamos suficientemente em nossa busca da verdade. Toda alma que crê na verdade presente será levada onde dela se requererá que dê a razão da esperança que nela há. Exigir-se-á do povo de Deus que se levante diante de reis, príncipes, legisladores e grandes homens da Terra, e estes devem saber que eles sabem o que é a verdade." – TM., 119.
"Homens que agora pregam a outros, ao examinarem, quando chegar o tempo de angústia, a posição em que se encontram, verificarão que há muitas coisas para as quais não podem dar uma razão satisfatória. Até que fossem assim provados, desconheciam sua grande ignorância. E há na igreja muitos que contam por certo que compreendem aquilo em que crêem, mas que, até surgir uma discussão, ignoram sua fraqueza. Quando separados dos da mesma fé, e forçados a estar sozinhos e expor por si mesmos sua crença, ficarão surpreendidos de ver quão confusas são suas idéias do que têm aceito como verdade. ... 
"É vontade de Deus que todos os fundamentos e posições da verdade sejam profunda e perseverantemente investigados, com oração e jejum. Os crentes não devem ficar em suposições e mal definidas idéias do que constitui a verdade. Sua fé deve estar firmemente estabelecida sobre a Palavra de Deus, de maneira que, quando o tempo de prova chegar, e eles forem levados perante os concílios para responder por sua fé, sejam capazes de dar uma razão para a esperança que neles há, com mansidão e temor. ... 
"É importante que, ao defender as doutrinas que consideramos artigos fundamentais da fé, nunca nos permitamos o emprego de argumentos que não sejam inteiramente retos. Eles podem fazer calar um adversário, mas não honram a verdade. Devemos apresentar argumentos legítimos, que não somente façam silenciar os oponentes, mas que suportem a mais profunda e perscrutadora investigação." – 2 TS, 312, 313. 
F. Satanás determinado a impedir a luz de brilhar.
"Há ainda muita verdade preciosa a ser revelada ao povo neste tempo de trevas e perigo, mas é o determinado propósito de Satanás impedir que a luz da verdade brilhe no coração dos homens. Se queremos possuir a luz que nos foi provida, devemos mostrar que a desejamos por meio de diligente estudo da Palavra. Preciosas verdades, que há muito têm estado em obscuridade, hão de ser reveladas numa luz que lhes manifestará o sagrado valor; pois Deus glorificará Sua Palavra, fazendo-a aparecer numa luz em que nunca dantes a contemplamos. Mas os que professam amar a verdade devem exercitar as faculdades para compreender as coisas profundas da Palavra, a fim de que Deus seja glorificado, e Seu povo, abençoado e iluminado." – CSES., 25.
VI. BIBLIOGRAFIA
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White, Ellen G., "What the Revelation Means to Us", Review and Herald, 31-8-1897.
Wordsworth, Chr., The New Testament, 147-156.
A REVELAÇÃO DE JESUS CRISTO
I. TEXTO BÁSICO: Apocalipse 1
II. INTRODUÇÃO: Versos 1-3
A. Título: Verso 1
1. Apokalupsis Iesou Christou
Tradução de Moffat: "Uma revelação por Jesus Cristo, que Deus Lhe deu para Seus servos, para mostrar-lhes o que se passará em breve. Ele a descerrou por enviá-la através do Seu anjo ao Seu servo João."
Tradução Americana: "Uma revelação feita por Jesus Cristo a qual Deus Lhe deu para descerrar aos Seus escravos o que acontecerá em breve. Ele a anunciou e a comunicou por Seu anjo ao Seu escravo João."
Tradução de Weymouth: "A revelação dada por Jesus Cristo, que Deus Lhe concedeu, para que pudesse fazer conhecido aos Seus servos certos acontecimentos que dentro em pouco se passarão. Ele enviou o Seu anjo e a comunicou ao Seu servo João."
Tradução de Lloyd: "A revelação de Jesus Cristo, que Deus Lhe deu, para mostrar aos Seus servos coisas que se passarão dentro em breve; e Ele as enviou e as declarou por Seu anjo ao Seu servo João."
Tradução de Knox: "Esta é a revelação de Jesus Cristo, que Deus Lhe permitiu fazer conhecida a Seus servos coisas que logo deverão encontrar seu cumprimento. E Ele enviou Seu anjo para descerrar o modelo delas ao Seu servo João."
Revised Standard Version: "A revelação de Jesus Cristo, que Deus Lhe deu para mostrar aos Seus servos o que logo terá lugar; e Ele a fez conhecidapor enviar Seu anjo ao Seu servo João."
Twentieth Century New Testament: "Esta é a revelação de Jesus Cristo, que Deus Lhe deu para fazer conhecida aos Seus servos uma revelação daquilo que logo terá lugar. Ele a enviou por Seu anjo a João, Seu servo."
a. Significação: Um desdobramento, uma revelação, um descerrar da verdade. 
b. Usos de "apokalupsis" no Novo Testamento. 
O termo "apokalupsis" é usado dezoito vezes e é traduzido como segue:
revelação 14 vezes Rom. 2:5; 16:25; I Cor. 14:6, 26; 
 II Cor. 12:1, 7; Gál. 1:12; 2:2; 
 Efés. 1:17; 3:3; II Tess. 1:7; 
 I Ped. 1:13; 4:13; Apoc. 1:1.
iluminar 1 vez Luc. 2:52.
manifestação 1 vez Rom. 8:19.
vinda 1 vez I Cor. 1:7.
aparição 1 vez I Ped. 1:7.
B. Objetivo do Livro Apoc. 1:1
C. O anjo de Deus – Apoc. 1:1; DTN., 68.
D. O escritor
1. Sua identidade
a. Testemunho do Apocalipse – João. Apoc. 1:1, 4, 9; 21:2; 22:8.
O livro do Apocalipse declara ser ele o produto de João. Não existe nenhuma identificação que identifique este João, nenhuma pretensão de ser João o apóstolo, mas não pode ser nenhum outro a não ser ele. Ninguém teria assinado assim tão simplesmente sem qualquer outra explicação. João era, em seu tempo, o único sobrevivente dos apóstolos de Jesus, e a simples assinatura "João", aposta ao livro, indicaria imediatamente, a não ser que grossa fraude estivesse envolvida de que João o apóstolo fosse o escritor. É muito provável que uma revelação tão importante como a que este livro contém fosse ou tivesse sido confiada a um indivíduo insignificante e desconhecido também, trazendo o nome João.
b. Testemunho dos pais da igreja 
Papias (c. 120 A.D.) André de Capadócia (6º século) num comentário sobre o Apocalipse declarou que Papias, Irineu, Metódio e Hipólito se constituem testemunhas dignas do seu crédito, e cita um comentário sobre Apoc. 12:7-9. Irineu (c. 180 A.D.) declarou ter sido Papias um ouvinte de João, e um companheiro de Policarpo (Adv. Haer. V. 33). Dificilmente se pode crer que teríamos um testemunho tal a respeito de Papias se não fosse geral e completamente aceito que para ele Apocalipse era uma produção de João o apóstolo.
Justino Mártir (140 A.D.) Referiu-se ao Apocalipse como obra de João, um dos apóstolos de Cristo. (Dialogue 81:4)
Melito (c. 170 A.D.) Melito de Sardes, uma das sete igrejas do Apocalipse, escreveu um comentário sobre este livro e ao que tudo indica, considerava-o como produto do apóstolo João.
Irineu (c. 180 A.D.) Declarou positiva e repetidamente que o Apocalipse foi escrito por João um discípulo de Cristo. (Adver. Haer. II.22.5; III.3.4; IV.20.11; 30.4; V.26.1;35.2; Euzébio, História Eclesiástica. III.23.3; IV.14.6; V.8.4; V.25.16)
Clemente (c. 200 A.D.) Clemente de Alexandria, do qual existem ainda muitos escritos, cita diversas vezes o livro do Apocalipse e numa referência a Apoc. 21:21, fala destas palavras como as do apóstolo João (Paed. B. II). 
Tertuliano (c. 200 A. D.). Tertuliano, um dos mais eruditos pais da igreja latina, dá testemunho amplo do Apocalipse e expressamente declara ser ele obra do apóstolo João (Adv. Marc., III.14.24).
Hipólito (c. 220 A. D.) Escreveu um comentário sobre o Apocalipse, de tal peso e autoridade que é tido por muitos como o grande responsável pela aceitação geral do Apocalipse na igreja cristã, de sua época em diante. Sobre uma estátua de mármore de Hipólito, escavada perto de Roma, em 1551 e agora no Vaticano, está uma lista de seus escritos, encontrando-se numa delas o que segue: "Sobre o Evangelho e o Apocalipse de S. João."
Orígenes (c. 230 A.D.) Incluiu o Apocalipse em seu cânon das Escrituras inspiradas. De João escreveu como sendo o que "se reclinou no peito de Jesus, que nos deixou um evangelho, e que escreveu o Apocalipse, embora recebesse ordem para selar aquelas coisas que os sete trovões pronunciaram." Citado por Euzébio, H.E. VI.25.
Embora a atitude da primitiva igreja fosse quase universal a favor da autoria do Apocalipse como sendo de João, o apóstolo, pontos de vista discordantes começaram a se introduzir quase no fim do segundo século. Naquele tempo a obscura seita dos "Aloji', com Caio, um presbítero romano (c. 200 A.D.) atribuíram-na a Cristo. Dionísio (c. 250 A.C.) interpretando mal uma declaração de Papias, insistiu em dois Joãos, um 'o apóstolo' e outro 'o presbítero' sendo este último considerado por ele como o escritor do Apocalipse. Nesta idéia foi seguido por Euzébio (c. 300). Daquele tempo em diante a rejeição da autoria apostólica de Apocalipse desenvolveu-se ampla e freqüentemente no Oriente. Embora aceito quase unanimemente desde o princípio da igreja ocidental, foi reconhecido com considerável cepticismo entre as igrejas da Grécia e da Síria durante algum tempo. É por isto que não encontramos o Apocalipse na "Peshita" nem nas primitivas formas das versões egípcias e armênias do Novo Testamento. Cirilo de Jerusalém (c. 380) não o inclui em sua lista e é omitido por escritores de Antioquia como Crisóstomo, Teodoro de Mopsueste e Teodoreto. 
Vê-se desta maneira que o testemunho digno de confiança dos pais da igreja a favor da autoria Joanina do Apocalipse é na realidade muito forte. Quando a igreja entrou num período de declínio, porém, é que se introduziram dúvidas a respeito de sua canonicidade e validade.
c. O testemunho do estilo e da linguagem. 
d. O testemunho do Espírito de Profecia.
"João alcançou avançada idade. Testemunhou a destruição de Jerusalém e a ruína do majestoso templo. Último sobrevivente dos discípulos que haviam privado intimamente com o Salvador, sua mensagem teve grande influência em estabelecer o fato de que Jesus é o Messias, o Redentor do mundo. ...
" Por decreto do imperador foi João banido para a ilha de Patmos, condenado 'por causa da Palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo'. Apoc. 1:9. ... 
"Aqui, afastado das cansativas cenas da vida, e dos ativos labores dos primeiros anos, ele teve a companhia de Deus, de Cristo e dos anjos celestiais, e deles recebeu instrução para a igreja por todo o tempo futuro. Os eventos que teriam lugar nas cenas finais da história deste mundo foram esboçados perante ele; e ali escreveu as visões recebidas de Deus. " – AA., 569-571.
2. O testemunho de João – Apoc. 1:2; AA., 539-592.
Tradução de Knox: "Um que foi levantado testemunha pela Palavra de Deus, e pela verdade a respeito de Jesus Cristo, como os seus próprios olhos a viram."
Tradução Americana: "Aquele que testifica o que viu – da mensagem de Deus e do testemunho de Jesus Cristo."
Tradução de Young: "Aquele que testificou a Palavra de Deus, e o testemunho de Jesus Cristo, como também muitas coisas conforme as viu."
Tradução de Douay: "Aquele que deu testemunho da Palavra de Deus, e o testemunho de Jesus Cristo, das coisas que assim viu."
Novo Testamento Sírio: "Aquele que foi levantado para testemunhar a Palavra de Deus e o testemunho de Jesus, o Messias, como tudo o que viu."
"... João podia falar do amor do Pai como nenhum outro discípulo poderia fazê-lo. Ele revelou a seus semelhantes o que sentia em sua própria alma, representando em seu caráter os atributos de Deus. A glória do Senhor se revelava em sua face. A beleza da santidade que o havia transformado irradiava de seu semblante com a glória de Cristo. Com adoração e amor contemplou ele o Salvador até que assemelhar-se a Ele e com Ele familiarizar-se, tornou-se-lhe o único desejo, e em seu caráter se refletia o caráter de seu Mestre.... 
"Era um pregador de poder, fervente e profundamente sincero. Em bela linguagem e voz musical, falou das palavras e obras de Cristo, expressando-se de maneira a impressionar o coração dos que o ouviam. ...
"Como testemunha de Cristo, João não se empenhou em controvérsia ou em fastidiosos debates. Declarou o que sabia, o que tinha visto e ouvido. Havia estado intimamente relacionado com Cristo, tinha-Lheouvido os ensinos, testemunhado Seus poderosos milagres. Poucos puderam, como João, ver as belezas do caráter de Cristo. Para ele as trevas tinham passado; brilhava a verdadeira luz. Seu testemunho com respeito à vida e morte do Salvador era claro e penetrante. Da abundância que havia no coração brotava o amor pelo Salvador enquanto ele falava; e poder algum lhe podia impedir as palavras." – AA., 545, 546, 555.
E. O tempo em que foi escrito
1. Imperadores de Roma durante o período do Novo Testamento
Augusto morreu em 19-8-14 A.D.
Tibério morreu em 16-3-37.
Calígula 16-3-57 a 24-1-41.
Cláudio 24-1-41 a 13-10-54.
Nero 16-10-54 a 30-4-68.
Galba morreu em 15-1-69.
Oto morreu em 16-4-69.
Vitélio morreu em 21-12-69.
Vespasiano Proclamado imperador em Alexandria em 1-7-69.
Tito 23-6-79 a 13-9-81.
Domiciano 13-9-81 a 18-9-96.
2. Teorias paradoxais quanto ao tempo do Apocalipse.
a. Durante o reinado de Cláudio.
b. Durante o reinado de Nero. 
c. Durante o reinado de Domiciano. 
d. Hipóteses compostas.
3. Evidências favoráveis ao reinado de Domiciano (81-96 A.D.)
a. Os pais da igreja
Os primitivos pais da igreja criam definidamente que o livro do Apocalipse fora escrito durante o reinado do imperador Domiciano. Euzébio utilizou a tradição da igreja primitiva neste assunto, e fixou o exílio de João em Patmos na última parte do reinado de Domiciano. Entre os pais da igreja que se podem citar a este respeito estão os seguintes:
Irineu (c. 180 AD.) – "No fim do reinado de Domiciano".
Clemente de Alexandria (c. 200 AD.)
Orígenes (c. 230 AD.) 
Vitorino (c. 290) 
Jerônimo (c. 380) 
b. O Espírito de Profecia 
"O imperador Domiciano estava cheio de ira. Não podia contrafazer as razões do fiel advogado de Cristo, nem disputar o poder que lhe acompanhava a exposição da verdade; determinou, contudo, fazer silenciar sua voz. ... 
"Por decreto do imperador foi João banido para a ilha de Patmos, condenado 'por causa da Palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo'. Apoc. 1:9." – AA., 569, 570. 
c. Opiniões de autoridades modernas 
"As variadas evidências históricas que se tem investigado concorrem todas para confirmar a data original que Irineu expressamente indicou para o Apocalipse, como tendo sido visto e escrito no final do reinado de Domiciano; isto é, perto do fim do ano 95, ou no começo de 96. Concordemente, até aqui a grande maioria dos mais abalizados historiadores eclesiásticos e críticos da Bíblia, tanto católicos como protestantes, franceses, alemães e ingleses – escritores que não tiveram inclinações sobre o ponto em questão, de uma ou de outra maneira, de qualquer acalentada teoria particular de interpretação profética, – por exemplo, Tillemont, Dupin, Boussuet, Le Clerc, Turretin, Spanheim, Basnage, Lampe, Mosheim, Mill, Whity, Lardner, etc. – todos igualmente a adotaram. ... Podemos, estou convicto, depender desta verdade, com confiança implícita e sem hesitação, como sobre a verdade de quase qualquer fato relatado na história." – E. B. Elliott, Horae Apocalypticae, I, 47, 48.
4. O reino de Domiciano
Domiciano era o segundo filho do imperador Vespasiano (69-79 A.D.) e irmão de Tito (79-81). Possuía uma disposição taciturna e rude, cheio de opinião própria e ambicioso de poder. Esteve enciumado de seu irmão, e quando o trono repentinamente lhe foi confiado, tornou-se um déspota franco, tomando o título de senhor e deus. Apesar de sua habilidade industriosa, administrativa e militar, e são juízo, ele era odiado por causa de seu espírito despótico e entrou na história como um tirano cruel. Ele deliberadamente contrariava o senado e raramente o convocava, exceto para declarar-lhe suas próprias decisões. Vastas somas de dinheiro foram necessárias às guerras na Bretanha, Alemanha e no Danúbio, que foram desembolsadas da nobreza romana, o que o fez incorrer em intenso desagrado. 
Domiciano era muito ativo em suprir os interesses da religião nacional. Ele se opôs à divulgação dos cultos orientais mas construiu um templo aos deuses Ísis e Serápis. Os judeus tiveram permissão para adorar em suas próprias sinagogas mas tinham que pagar o tributo destinado ao templo de Júpiter. A revolta dos judeus ocorreu em 85-86 A.D., e a perseguição aos cristãos em 95 A.D.. Do reinado de Domiciano em diante o culto ao imperador era imposto mais severamente aos cristãos como prova de lealdade. 
Os últimos anos do imperador foram amargurados por sedições e desconfianças. As execuções resultavam apenas em novas sedições ainda mais tiranicamente reprimidas. Domiciano finalmente encontrou a morte nas mãos de um escravo de sua mulher. A nobreza aclamou a sua morte com festejos públicos enquanto o senado respondia com uma condenação à sua memória, fazendo raspar seu nome de todos os monumentos. 
5. A época em que o Apocalipse foi escrito.
a. Os judeus
(1) Jerusalém destruída
(2) O templo destruído 
(3) A nação desolada 
b. A igreja 
(1) Divulgava rápido o cristianismo
(2) Perseguição 
(3) Apostasia e declínio espiritual
c. O império 
(1) Ofensas e defesas 
(2) O culto imperial 
(3) Intolerância e perseguição
F. As bênçãos de Deus sobre o leitor – Apoc. 1:3.
Revised Standard Version: "Bem-aventurado é aquele que lê alto as palavras desta profecia, e bem-aventurados são aqueles que ouvem, e guardam o que nela está escrito; pois o tempo está próximo."
Tradução de Moffat: "Bem-aventurado é aquele que lê alto e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia e que põem no coração o que nela está escrito; pois o tempo está próximo."
Tradução de Knox: "Uma bênção sobre todo o que esta lê, e sobre todos os que dão ouvidos a estas palavras da profecia, e se conservam fiéis à sua mensagem; pois o tempo está bem à mão."
SAUDAÇÃO: Apoc. 1:4-8 
A. Às sete igrejas: verso 4.
1. O uso do número sete na Bíblia
Gên. 2:2 Semana de sete dias 
Gên. 7:2 Animais limpos tomados para a arca de sete em sete
Êxo. 25:37 Sete lâmpadas para o candeeiro 
Lev. 4:6 Sangue espargido sete vezes 
Lev. 14:16 Óleo espargido sete vezes 
Lev. 23:15 Sete sábados 
Lev. 23:39 Festa de sete dias 
Núm. 12:15 Levariam sete dias fora do acampamento 
Deut. 15:1 Livres dos credores depois de sete anos 
Jos. 6:4 Sete sacerdotes diante da arca 
Jos. 6:15 Jericó rodeada sete vezes 
Rute 4:15 Sete filhos 
Jó 42:8 Sete bezerros e sete carneiros 
Sal. 119:164 Louvor a Deus sete vezes ao dia 
Atos 6:3 Sete diáconos 
2. O número sete no Apocalipse 
Apoc. 1:4 Sete igrejas 
Apoc. 1:4 Sete espíritos 
Apoc. 1:12 Sete candeeiros 
Apoc. 1:16 Sete estrelas 
Apoc. 5:1 Sete selos 
Apoc. 5:6 Sete chifres e sete selos 
Apoc. 8:2 Sete anjos com sete trombetas 
Apoc. 10:3 Sete trovões 
Apoc. 12:3 Sete cabeças com sete coroas 
Apoc. 15:1 Sete anjos com as sete últimas pragas 
Apoc. 17:9 Sete montes 
Apoc. 17:10 Sete reis 
3. A significação do número sete 
"O número sete indica plenitude." – AA., 585.
4. A significação das sete igrejas 
a. Sete igrejas locais na Ásia Menor 
b. Sete períodos da igreja 
c. Sete condições da igreja 
d. A igreja universal 
B. A saudação cristã 
1. Uso bíblico 
a. Jesus João 20:19, 21, 26; 14:27; 16 
b. Pedro I Ped. 1:1,2; 5:14; II Ped. 1:2 
c. João II João 3; III João 14 
d. Judas Jud. 2 
e. Paulo Rom. 1:7; 16:20; I Cor. 1:3; II Cor. 1:2; 13:11; 
 Gál. 1:3; 6:16, 18; Ef. 1:2; 6:23, 24; Filip. 1:2; 
 Col. 1:2; I Tess. 1:1; II Tess. 1:2; 3:16, 18; 
 I Tim. 1:2; II Tim. 1:2; Tito 1:4; Fil. 3
2. O espírito de paz e o espírito de Deus e a atmosfera do céu 
I Tess. 5:23; Heb. 13:20; II Cor. 13:11; Rom. 14:17; 15:33 
3. A fonte de paz Gál. 5:22; Isa. 26:3; 32:17,18; 57:19; 
 Rom. 5:1; Efés. 2:14
4. Nenhuma paz para os pecadores Isa. 57:20, 21; Gál. 5:19-21
C. A Trindade 
1. Deus o Pai – Verso 4 
a. Eterno, por Existente por Si mesmo: Isa. 44:6;57:15; Jer. 10:10; Sal. 90:2; Deut. 33:27; João 5:26; I Tim. 1:17; Apoc. 4:8 
2. O Espírito Santo – Verso 4 
a. Os sete Espíritos de Deus. Apoc. 3:1; 4:5; 5:6 
b. Os olhos de Deus. Apoc. 5:6; Zac. 3:9; 4:10; Prov. 15:3; Heb. 4:13; II Crôn. 16:9; Sal. 139:1-10 
"Os olhos do Senhor "passam por toda a Terra, para mostrar-Se forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com Ele". II Crôn. 16:9. Dentre todas as nações, tribo e língua, Ele vê homens e mulheres que estão orando por luz e conhecimento. ... 
"O Espírito Santo está implantando a graça de Cristo no coração de muito nobre pesquisador da verdade, ativando suas simpatias contrariamente a sua natureza e à sua anterior educação. A 'luz verdadeira, que alumia a todo o homem que vem ao mundo' (João 1:9), está brilhando em sua alma; e esta luz, se aceita, guiará seus passos para o reino de Deus." – PR., 376, 377. 
"O Espírito Santo é o representante de Cristo, mas despojado da personalidade humana, e dela independente. Limitado pela humanidade, Cristo não poderia estar em toda parte em pessoa. Era, portanto, do interesse deles que fosse para o Pai, e enviasse o Espírito como Seu sucessor na Terra. Ninguém poderia ter então vantagem devido a sua situação ou seu contato pessoal com Cristo. Pelo Espírito, o Salvador seria acessível a todos." – DTN., 669. 
3. Jesus Cristo – Versos 5-8
a. A Testemunha fiel. Apoc. 1:5; 3:14; João 18:37; Isa. 55:4
b. As primícias dos ressuscitados: Apoc. 1:5; Col. 1:15-18; Sal. 89:27; I Cor. 15:20; Rom. 8:29
Tradução Americana: "O primogênito dos mortos." 
Tradução de Knox: "O primogênito dos mortos ressuscitados." 
Twentieth Century New Testament: "O primeiro dos mortos a nascer de novo."
c. Príncipe dos reis da terra. Apoc. 1:5; Sal. 89:27; Isa. 55:4; Efés. 1:20-22; Filip. 2:7-11 
d. Aquele que nos ama. Apoc. 1:5; João 10:11; 13:34; 15:13, 14; Gál. 2:20 
e. Nos lavou dos pecados em Seu sangue. Apoc. 1:5; I Ped. 1:18, 19; I João 1:7, 9 
f. Fez-nos reis e sacerdotes de Deus. Apoc. 1:6; 5:10; II Tim. 2:12; I Ped. 2:5 
g. Glória e domínio para sempre. Apoc. 1:6; Heb. 1:8, 9; I Tim. 6:14-16; Isa. 9:6, 7 
h. Sua segunda vinda. Apoc. 1:7 
(1) Com nuvens. Mat. 26:64; 24:30, 31; Atos 1:9-11; Luc. 21:27; João 1:51 
(2) Todos os olhos O verão. Mat. 24:30 
(3) Mesmo os que O traspassaram. Zac. 12:9, 10; Mat. 23:39; G.C., 637; DTN, 739; PE, 53
(4) Todas as tribos se lamentarão por Sua causa. Zac. 12:11; Apoc. 6:15-17; Isa. 2:19-21 
i. O Alfa e Ômega. Apoc. 1:8; Miq. 5:2; Prov. 8:22-30; João 1:1; Col. 1:16, 17 
INÍCIO DA VISÃO: Apoc. 1:9, 10 
1. O profeta – João: Verso 9 
a. Sua situação – em tribulação e exílio por testemunhar de Cristo.
"Os príncipes dos judeus encheram-se de ódio atroz contra João por sua inamovível fidelidade à causa de Cristo. ... Para que os milagres e ensinos de Cristo fossem esquecidos, a voz da ousada testemunha teria de ser silenciada.
João foi por conseguinte convocado a Roma para ser julgado por sua fé. ... 
"O imperador Domiciano estava cheio de ira. Não podia contrafazer as razões do fiel advogado de Cristo, nem disputar o poder que lhe acompanhava a exposição da verdade; determinou, contudo, fazer silenciar sua voz.
"João foi lançado dentro de um caldeirão de óleo fervente; mas o Senhor preservou a vida de Seu fiel servo, da mesma maneira como preservara a dos três hebreus na fornalha ardente." – AA., 569, 570
2. O local – a ilha de Patmos: Verso 9 
Patmos é pequena; uma ilha rochosa no arquipélago grego conhecido hoje por "Patino'. Está em frente à costa sudoeste da Ásia Menor, aproximadamente a quarenta e seis milhas de Mileto. A ilha mede cerca de dez milhas de comprimento e seis milhas de largura. Quase não tem árvores. Possui uma montanha com oitocentos pés de altura. A população atual consta de uns três mil habitantes. Patmos era usada pelos romanos como lugar de exílio dos criminosos das mais baixas classes. Nela se encontram muitas ruínas bem antigas.
" Por decreto do imperador foi João banido para a ilha de Patmos, ... 
"Patmos, uma ilha árida e rochosa no mar Egeu, havia sido escolhida pelo governo romano para banimento de criminosos; mas para o servo de Deus sua solitária habitação tornou-se a porta do Céu. ... 
"Agora estava circundado por cenas que poderiam parecer a muitos melancólicas e desinteressantes; mas para João representavam outra coisa. Embora o cenário que o rodeava fosse desolado e árido, o céu azul que o cobria era tão luminoso e belo como o céu de sua amada Jerusalém. Nas rochas rudes, e ermos, nos mistérios dos abismos, nas glórias do firmamento lia ele importantes lições. Tudo trazia mensagem do poder e glória de Deus.
"Em tudo ao seu redor via o apóstolo testemunhas do dilúvio que inundara a Terra porque seus habitantes se aventuraram a transgredir a lei de Deus. As rochas que irromperam da Terra e do grande abismo pelo irromper das águas, traziam-lhe vividamente ao espírito os terrores daquele terrível derramamento da ira de Deus. Na voz de muitas águas - abismo chamando abismo - o profeta ouvia a voz do Criador. O mar, açoitado pela fúria de impiedosos ventos, representava para ele a ira de um Deus ofendido. As poderosas ondas, em sua terrível comoção, mantidas em seus limites por mão invisível, falavam do controle de um poder infinito. E em contraste considerava a fraqueza e futilidade dos mortais que, embora vermes do pó, gloriam-se em sua suposta sabedoria e força, e colocam o coração contra o Governador do Universo, como se Deus fosse igual a eles. As rochas lhe lembravam Cristo, a Rocha de sua fortaleza, em cujo abrigo podia ele refugiar-se sem temor. ... 
"Embora banido das cenas de seus primeiros labores, ele não cessou de dar testemunho da verdade. Mesmo em Patmos fez amigos e conversos." – AA., 570-573.
3. A época – no dia do Senhor: Verso 10; Êxo. 20:8-11; Isa. 58:13; Mat. 12:8; Mar. 2:27, 28 
A palavra traduzida "do Senhor" neste texto não é um substantivo mas um adjetivo "kuriakee", no caso dativo. Como não há nenhuma forma adjetiva adequada do substantivo "Senhor" em inglês, a forma possessiva "do Senhor" é usada. Ela significa "pertencendo ao Senhor". Nos tempos do Novo Testamento o imperador começou a ser chamado "Senhor" e "Filho de Deus". O termo "kuriakos", era comum no Egito e na Ásia Menor durante o período imperial, e significava "imperial". Havia, assim, um tesouro imperial, e um serviço especial. Inscrições mostram certos dias do mês com nomes especiais que lhes foram dados em honra do imperador. A significação era, ao que tudo indica, algo semelhante ao "Dia do Imperador". O uso de João deste título "Dia do Senhor" para distinguir o sábado de Deus era sem dúvida um pretexto consciente contra o crescente culto imperial, com o seu "Dia do Imperador".
"Foi no sábado que o Senhor da glória apareceu ao exilado apóstolo. O sábado era tão religiosamente observado por João em Patmos como quando estava pregando ao povo nas cidades e vilas da Judéia." – AA., 581.
4. A voz – como de trombeta: Verso 10
5. O que falava – o Alfa e o Ômega, Cristo: Versos 8, 11
Instrução a João: Verso 11
1. Escrever a visão num livro 
2. Enviá-lo às sete igrejas da Ásia
"Foi Cristo quem ordenou ao apóstolo relatar o que lhe deveria ser revelado. 'O que vês, escreve-o num livro', ordenou Ele, 'e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia'. ... 
"Os nomes das sete igrejas são símbolos da igreja em diferentes períodos da era cristã. O número sete indica plenitude, e simboliza o fato de que as mensagens se estendem até o fim do tempo, enquanto os símbolos usados revelam o estado da igreja nos diversos períodos da história do mundo." – AA., 585.
A visão
1. Sete castiçais de ouro. Apoc. 1:12 
2. Um no meio dos castiçais: 
a. Semelhante ao Filho do homem. Verso 13 
b. Sua aparência: 
(1) Vestido até os pés 
(2) Um cinto de ouro 
(3) Cabeça e cabelos brancos semelhantes à lã e à neve 
(4) Olhos como uma chama de fogo 
(5) Pés semelhantes a latão reluzente 
(6) Voz como a voz de muitas águas 
(7) Sete estrelas à Sua mão direita(8) Uma espada afiada de dois gumes que saía da Sua boca 
(9) Seu semblante brilhava como o Sol 
c. Efeitos sobre João. Versos 17-19 
(1) Pôs a mão direita sobre João
(2) Suas palavras a João: 
(a) Não temas 
(b) Eu sou o primeiro e o último 
(c) Eu sou aquele que vive, e estava morto 
(d) Estou vivo para todo o sempre 
(e) Tenho as chaves do inferno e da morte 
(f) Escreve as coisas que viste 
1) As coisas que são 
2) As coisas que serão daqui em diante 
e. Semelhanças notáveis com outras aparições de Jesus
(1) A Daniel. Dan. 10:5-12; C.S., 509 
 Daniel João
Um certo homem Um semelhante ao Filho do homem 
Vestido de linho Vestido até os pés 
Lombos cingidos com ouro fino Um cinto de ouro
Face como relâmpago Semelhante ao Sol 
Olhos como lâmpada de fogo Olhos como chama de fogo 
Pés semelhantes a latão reluzente Pés semelhantes a latão reluzente 
Voz semelhante a de uma multidão Voz como o som de muitas águas 
Nenhuma força – rosto em terra Caiu aos Seus pés como morto 
Uma mão lhe tocou Pôs sobre ele a mão direita 
Não temas Não temas 
(2) Paulo. Atos 9:6-7; 26:12-16 
(3) Aos discípulos, Jesus transfigurado. Mat. 17:2; Mar. 9:3 
(4) A Ellen White. PE, 15, 16; VE, 107, 58, 59 
 Ellen G. White João 
Cabelos brancos e cacheados Cabelos brancos como lã e neve 
Pés semelhantes ao fogo Pés semelhantes a latão refinado no fogo 
Olhos como chama de fogo Olhos como chama de fogo
Vestido do branco mais alvo Vestido até os pés 
Face mais brilhante que o Sol Face como o Sol brilhando em toda a 
 de meio dia sua força
f. A aparência de Deus o Pai. Dan. 7:9; Heb. 1:3 
D. O significado da visão. Apoc. 1:20 
1. Sete castiçais – as sete igrejas. Verso 20 
a. Jesus, a fonte de luz. João 1:4, 5, 9; 8:12 
b. A igreja, a luz do mundo. Mat. 5:14-16; Isa. 60:1-3; Zac. 4:2-6
2. Sete estrelas – os anjos das sete igrejas. Verso 20; Mal. 2:7; Ageu 1:13; II Cor. 8:23; Gál. 4:14; Heb. 1:7, 14
a. Significação da palavra grega 'anjo', angelos; segundo Liddel e Scott: Um mensageiro, enviado, o que anuncia ou fala, anjo.
"Os ministros de Deus são simbolizados pelas sete estrelas que Aquele que é o primeiro e o último tem sob Seu especial cuidado e proteção. As suaves influências que devem ser freqüentes na igreja, acham-se ligadas a esses ministros de Deus, aos quais cabe representar o amor de Cristo. As estrelas do céu acham-se sob a direção de Deus. Ele as enche de luz. Guia e dirige-lhes os movimentos. Se o não fizesse, essas estrelas viriam a ser estrelas caídas. O mesmo quanto a Seus ministros. Eles não são senão instrumentos em Suas mãos, e todo o bem que realizam é feito mediante o Seu poder." – OE., 13, 14.
3. Jesus no meio dos castiçais – Sua presença com Seu povo. Mat. 28:20 
"É dito de Cristo que anda no meio dos castiçais de ouro. Assim é simbolizada a Sua relação para com as igrejas. Ele está em constante comunicação com Seu povo. Conhece seu verdadeiro estado. Observa-lhe a ordem, piedade e devoção. Conquanto seja Sumo Sacerdote e Mediador no santuário celestial, é apresentado andando de um para outro lado entre as Suas igrejas terrestres. Com infatigável desvelo e ininterrupta vigilância, observa para ver se a luz de qualquer de Suas sentinelas está bruxuleando ou se extinguindo. Se os castiçais fossem deixados ao cuidado meramente humano, sua trêmula chama enlanguesceria e morreria; mas Ele é o verdadeiro vigia da casa do Senhor, o verdadeiro guarda dos átrios do templo. Seu assíduo cuidado e graça mantenedora são a fonte de vida e luz." – AA., 586.
4. O traje de Jesus – Seu vestido de justiça. Apoc. 3:4, 5, 18 
"A justiça de Cristo e Seu caráter imaculado, é, pela fé, comunicada a todos os que O aceitam como Salvador pessoal.
"A veste branca de inocência foi usada por nossos primeiros pais, quando foram postos por Deus no santo Éden. Viviam eles em perfeita conformidade com a vontade de Deus. Todas as suas afeições eram devotadas ao Pai celeste. Luz bela e suave, a luz de Deus, envolvia o santo par. Esse vestido de luz era um símbolo de suas vestes espirituais de celeste inocência. Se permanecessem leais a Deus, continuaria sempre a envolvê-los. 
"Somente as vestes que Cristo proveu, podem habilitar-nos a aparecer na presença de Deus. Estas vestes de Sua própria justiça, Cristo dará a todos os que se arrependerem e crerem." – PJ., 310, 311.
5. A espada da boca de Jesus – Sua palavra. Heb. 4:12; Efés. 6:17; João 12:48 
"...de Sua boca sai uma espada aguda de dois gumes, emblema do poder de Sua Palavra." – AA., 582. 
"A espada do Espírito, que é a palavra de Deus, penetra no coração do pecador, e corta-o em pedaços. Quando a teoria da verdade é recitada sem que sua influência sagrada esteja sendo sentida na alma do que fala, ela não exerce poder sobre os ouvintes, mas é rejeitada como erro, e o orador faz-se responsável pela perda de almas." 4T., 441.
6. Olhos como uma chama de fogo – Seu olhar penetrante. 
II Crôn. 16:9; Heb. 4:13; Ezeq. 7:4, 9; Amós 9:8; Apoc. 5:6 
"Seus olhos eram como chamas de fogo, que profundamente penetravam Seus filhos." – PE., 16.
"É impossível escapar à observação dAquele que diz 'Eu sei as tuas obras', por menor que seja o detalhe de nossa conduta. As profundezas de cada coração estão abertas à inspeção de Deus. Cada ação, cada intento, cada palavra, é como que distintamente anotada como se houvesse somente um indivíduo em todo o universo, como se toda a vigilância e escrutínio de Deus fossem aplicados ao seu procedimento." – 4T., 627.
7. Pés semelhantes a latão reluzente – esmaga os ímpios na Sua ira. Miq. 1:3-5; Hab. 3:5; Jó 40:12 
Tradução de Knox: "Seus pés semelhantes ao latão fundido no cadinho." 
Twentieth Century New Testament: "Seu pés eram semelhantes ao latão, tão brilhantes como quando o metal é fundido numa fornalha."
Tradução de Wymouth: "Seus pés eram semelhantes ao bronze prateado quando está branco, de quente numa fornalha."
Tradução Síria: "Seus pés eram semelhantes ao latão refinado, chamejando numa fornalha."
E. A significação do simbolismo apresentado a João 
1. João freqüentemente via mais símbolos do que realidades 
2. A grande e a glória das realidades apresentadas pelos símbolos 
"Do templo celestial, morada do Rei dos reis, onde milhares de milhares O servem, e milhões de milhões estão diante dEle (Dan. 7:10), templo repleto da glória do trono eterno, onde serafins, seus guardas resplandecentes, velam o rosto em adoração; ... nenhuma estrutura terrestre poderia representar a vastidão e glória." – PP., 357.
"Em cada extremidade do propiciatório havia um querubim fixo de ouro puro e maciço. Suas faces estavam voltadas um para o outro e olhavam reverentemente para baixo para o propiciatório, o que representa estarem todos os anjos celestiais olhando com interesse e reverência para a lei de Deus." – SP., vol. 1, 272. 
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Wordsworth, Chr., The New Testament, 156-171.
AS CARTAS ÀS SETE IGREJAS 
I. TEXTO BÁSICO: Apocalipse 2 e 3 
II. O MODELO DAS CARTAS 
A. O Destinatário
1. Sempre o “anjo” ou guia da igreja 
Angelos – que envia, um mensageiro, um anjo 
Angelo – dizer, anunciar 
Angélia – uma mensagem, doutrina ou preceito 
2. Deus fala ao Seu povo por meio de mensageiros 
Moisés
 Êx. 4:12-16 
Isaias
 Isa. 6:8, 9 
Jeremias
 Jer. 1:7-9 
Ezequiel
 Ezeq. 1:3; 2:1-7 
Ageu
 Ageu 1:1
B. O Autor Divino
1. Alguns característicos apropriados 
2. A dupla obra de Cristo como Sumo Sacerdote
 a. Representar o povo diante de Deus 
 b. Representar Deus diante do povo 
3. O contínuo serviço de Cristo
C. Mensagem de Louvor e Reconhecimento
1. Deus reconhece e considera os méritos do Seu povo Sal. 1:6; 7:18; Atos 13:22 
"Nada neste mundo é tão caro ao coração de Deus como Sua igreja." – PR., 590 
"Fraca e defeituosa como possa parecer, a igreja é o único objeto sobre que Deus concede em sentido especial Sua suprema atenção. É o cenário de Sua graça, na qual Se deleita em revelar Seu poder de transformar corações." – AA., 12. 
"A igreja é muito preciosa aos olhos de Deus. Ele não a avalia por suas prerrogativas exteriores, mas pela sincera piedade que a distingue do mundo. Estima-a segundo o crescimento de Cristo, segundo o progresso na experiência espiritual." – PJ., 298. 
D. Mensagem de Reprovação e Condenação 
1. Deus reconhece completamente e como simpatia a debilidade do Seu povo Sal. 103:8-14
“É impossível escapar à observação d’Aquele que diz ‘Eu sei as tuas obras’, por menor que seja o detalhe de nossa conduta. As profundezas se cada coração estão abertas à inspeção de Deus. Cada ação, cada intento, cada palavra, é como que distintivamente anotada como se houvesse somente um indivíduo em todo o universo, como se toda a vigilância e escrutínio de Deus fossem aplicados ao seu procedimento.” – 5 T. 627.
2. A razão das reprovações e correções de Deus Prov. 3:11, 12
"Com infatigável desvelo e ininterrupta vigilância, observa para ver se a luz de qualquer de Suas sentinelas está bruxuleando ou se extinguindo. Se os castiçais fossem deixados ao cuidado meramente humano, sua tremula chama enlanguesceria e morreria; mas Ele é o verdadeiro vigia da Casa do Senhor, o verdadeiro guarda dos átrios do templo. Seu assíduo cuidado e graça mantenedora são a fonte de vida e luz." – AA., 585, 586.
3. As mensagens de reprovação de Deus sempre são acompanhadas com mensagens de amor
"Ao tempo em que foi dada esta revelação a João, muitos haviam perdido seu primeiro amor da verdade evangélica. Mas em Sua misericórdia Deus não permitiu que a igreja continuasse em estado de apostasia. Numa mensagem de infinita ternura Ele revelou Seu amor por eles. 
“A igreja era defeituosa, e necessitava de severa reprovação e advertência; e João foi inspirado a registrar mensagens de advertência e reprovação e a apelar aos que, tendo perdido de vista os princípios fundamentais do evangelho, estavam pondo em perigo sua esperança de salvação. Mas as palavras de repreensão que Deus acha necessário enviar são ditas sempre em cativante amor, e com a promessa de paz a cada crente contrito.” – AA., 587.
E. Mensagens de Conselho e Exortação
1. O supremo valor do conselho de Deus Prov. 3:1, 2; 4:10-13, 20-22 
2.
As bênçãos de Deus ao homem por permanecer em Suas promessas 
3.
As promessas restringem-se ao vencedor
III. A NECESSIDADE DA IGREJA DAS SETE CARTAS
A. Vida e vigor espirituais 
B. Declínio espiritual 
C. Período de atividade missionária 
D. Frieza e satisfação própria 
E. Período de crescente apostasia 
F. Confusão e desânimo 
"Ao tempo em que foi dada esta revelação a João, muitos haviam perdido seu primeiro amor da verdade evangélica. Mas em Sua misericórdia Deus não permitiu que a igreja continuasse em estado de apostasia. Numa mensagem de infinita ternura Ele revelou Seu amor por eles, e Seu desejo de que fizessem segura obra para a eternidade. ...
"A igreja era defeituosa, e necessitava de severa reprovação e advertência; e João foi inspirado a registrar mensagens de advertência e reprovação e a apelar aos que, tendo perdido de vista os princípios fundamentais do evangelho, estavam pondo em perigo sua esperança de salvação. Mas as palavras de repreensão que Deus acha necessário enviar são ditas sempre em cativante amor, e com a promessa de paz a cada crente contrito. ... 
"E aos que em meio ao conflito mantivessem sua fé em Deus, foram dadas ao profeta as palavras de louvor e promessa: "Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a Minha palavra, e não negaste o Meu nome'." – AA., 587-588.
IV. A APLICAÇÃO DAS SETE MENSAGENS
“A natureza da visão em que João recebeu estas epístolas torna claro que elas não se limitam somente a estas sete igrejas, mas que nelas devemos contemplar a igreja toda. ...
“Estas sete igrejas, então, além de serem literais e históricas, representam todo o corpo da cristandade, em todos os períodos de sua história. ...
“Em primeiro lugar, as sete igrejas representam sete fases ou períodos na história da Igreja, que se estendem dos tempos apostólicos à Segunda vinda de Cristo, e cujos característicos são apresentados parcialmente nos nomes destas igrejas, mas mais completamente nas cartas que lhes são enviadas. Houve o período de Éfeso – um período de calor, amor e trabalho por Jesus, aplicado diretamente ao tempo dos apóstolos, em que começou a queda do dever pelo esfriamento gradual do amor de alguns, as falsas profissões de outros, e a renda de exaltações indevidas do clero e oficiais da igreja. Veio, então, o período de Esmirna – a era do martírio e do cheiro suave a Deus, da fidelidade até à morte, marcado, entretanto, com o desenvolvimento de outros desvios no estabelecimento de normas e regulamentos, liberdade às propensões judaizantes e os conseqüentes afastamentos da verdadeira simplicidade do Evangelho. Seguiu, então, o período de Pérgamo, no qual a verdadeira fé desaparecia cada vez mais do cenário; o clericalismo gradualmente se organizava num sistema; a igreja se unia ao mundo e Babilônia começava a assomar às alturas. Veio, então, o período de Tiatira – a era da púrpura, da glória do sacerdócio corrompido, e escuridão da verdade; a era efeminada e do domínio clerical, ao usurpar a igreja o lugar de Cristo, e em que as testemunhas de Jesus foram entregues

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