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Surdez e deficiência auditiva

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INTRODUÇÃO
Realizamos a entrevista na Escola Municipal CAIC, que é uma das principais escolas inclusiva de, sabendo disso visamos nossa pesquisa na parte da educação inclusiva para surdos.
Conhecendo melhor as estruturas da escola vimos que lá possui 90 funcionários sendo 9 intérpretes, 25 salas de aula, 5 para alunos surdos durante o período de aprendizagem (educação infantil), sala de recursos multifuncional para atendimento educacional especializado (AEE), dependências e vias adequadas a alunos com deficiência ou mobilidade reduzida. 
Lá ficamos sabendo também que a escola oferece vários projetos que possibilitam que os alunos com deficiência auditiva convivam normalmente em sala com os alunos ouvintes. Uma escola aonde os intérpretes se preocupam com os alunos surdos, e que está preparada para muitos alunos de inclusão, não apenas com deficiência auditiva, mas também como outras deficiências físicas.
DESENVOLVIMENTO:
Surdez e deficiência auditiva
Surdo é o indivíduo que tem a perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da capacidade de compreender a fala através dom ouvido. A surdez tem origem congênita, ou seja, quando a pessoa nasce surda não tendo a capacidade de ouvir nenhum som. Tais consequências acarretam para o ser humano surdo dificuldades da linguagem e desenvolvimento na comunicação. A deficiência auditiva é uma deficiência adquirida pela pessoa ouvinte através de certas doenças ou até mesmo lesões, perdendo assim a audição. Na maioria das vezes, a pessoa já se comunica oralmente e ao adquirir esta deficiência precisa aprender a comunicar-se através da Língua de Sinais (Libras). Dependendo do grau de deficiência auditiva, pode-se recorrer ao uso de próteses auditivas ou intervenções cirúrgicas.
Surdez e causas
São várias e diferenciadas as causas que originam a surdez, embora os conhecimentos científicos não sejam determinantes. Vejamos algumas causas:
Surdez congênita: é uma surdez adquirida na fase gestacional.
Pré-gestacional: são casos que pais podem apresentar suscetibilidade em gerar um filho surdo.
Pré-natal: ocorre no útero materno, da fecundação ao nascimento, quando a criança suscetível adquire a surdez através da mãe.
Peri natal: ocorre no momento do parto ou nas primeiras horas após o nascimento.
Surdez Adquirida: A pessoa fica surda em decorrência de problemas após o seu nascimento e dependendo da época da lesão, poderá desenvolver a oralidade com maior facilidade.
O surdo e a sociedade
Antigamente os surdos eram castigados, suas mãos eram amarradas para trás para que evitassem os gestos com as mãos. A ausência da fala fazia com que fossem vistos como seres incapazes e deficientes. Hoje em dia os surdos não são mais proibidos de utilizarem a língua de sinais e não são obrigados a ter uma oralidade como forma de comunicação. Muitos deles desenvolvem junto com o uso da libra, a oralidade, outros não. 
Para tanto, a educação e inclusão dos surdos vem sendo conquistada por meio de muitas lutas, desde a idade antiga até os dias atuais. A inclusão não pode ser definida apenas como escolar, ela acontece em vários ambientes por onde passamos.
Nota-se que atualmente há um grande interesse e procura de cursos para área, a população começa a se conscientizar que a comunicação entre surdos e ouvintes se faz necessário.
Como surgiu o interprete de libras
Segundo pesquisadores, o Interprete de Libras surgiu na década de 80 nas igrejas protestantes, através da consciência, vendo a importância da comunicação com os surdos por meios de sinais e a grande necessidade de se comunicarem, promoveram a formação de interpretes de libras. A partir das igrejas protestantes, começaram a surgir os primeiros intérpretes e intelectuais dispostos a estudarem a língua de sinais, que ocupam uma posição de grande importância na relação dos surdos e ouvintes, nos movimentos sociais tais como contexto educacional, na área jurídica, no meio religioso, no mercado de trabalho.
Perfil do instrutor de libras
O Instrutor/professor de LIBRAS, é aquele que ocupa a função pública estadual de Instrutor de libras, tendo como função primordial o ensino da Língua Brasileira de SINAIS, no contexto escolar tanto para alunos surdos, quanto para alunos ouvintes. Os Instrutores de Libras foram capacitados para exercer a função, diferentemente dos professores de libras que têm formação superior ou habilitação em nível superior, fornecida pelos órgãos competentes, para o ensino da Libras. Além de ser um profissional surdo, com bom nível cultural, ter domínio da Libras, conhecimento da língua portuguesa e, preparado em curso de capacitação, promovidos por órgãos competentes para o evento da língua de sinais a:
- Ouvintes que querem ser interpretes da língua de sinais,
- Crianças ouvintes e surdas,
- Jovens e adultos surdos que não tiveram acesso á língua de sinais em tempo hábil,
- Professores e profissionais das escolas,
- Famílias surdas, sociedade em geral
O instrutor de libras
O instrutor de libras é o protagonista, deve reconhecer que é responsável por organizar e administrar a sala se aula, durante sua atuação, segundo os padrões determinados pela instituição e mais do que nunca precisa criar um ambiente de sala de aula agradável, criando condições materiais, na qual ambos, aluno e instrutor troquem experiências em busca de aprendizagem. Nunca deve emitir publicamente considerações acerca de atitudes dos demais professores e intérpretes, ainda que sob seu ponto de vista, esses não dominem a Libras ou não tenham compromisso com o processo de ensino-aprendizagem. Cabe a ele construir uma relação de cooperação com os demais profissionais do contexto escolar, principalmente com os interpretes.
O processo de inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular exige uma reforma geral na organização dos sistemas de ensino, em especial para o atendimento dos alunos surdos emerge a necessidade dos professores dominarem minimamente a Libras. 
Para o aluno surdo a presença de um instrutor surdo em sala de aula é uma referência positiva, uma grande conquista, visto que ele é um profissional com a mesma diferença.
As instrutoras surdas são responsáveis pelo ensino de libras em salas de aula para aprendizagem e interação dos alunos ouvintes e surdos inseridos na escola.
Foi possível perceber que os alunos em geral são bastante interessados em aprender libras, além de um carinho especial pelas instrutoras surdas.
No entanto a escola tornou-se um lugar de comunicação para surdos e ouvintes, onde alunos comunicam, sinalizam, convivem e aprendem um com os outros trocando experiências e saberes. Nota-se que os obstáculos de inclusão da escola, já foram superados através de formação de consciência do alunado.
Responsabilidade profissional do instrutor
O instrutor de libras deve ser o responsável por esclarecer, previamente ao professor e demais participantes do contexto escolar quais as exigências de sua função, garantindo, assim que as condições de trabalho estejam apropriadas
á atuação ao ensino de qualidade. Ele deve limitar-se ás suas fontes específicas, não podendo, sob nenhum pretexto, assumir outras responsabilidades no contexto escolar que não são de sua competência. Deve esclarecer aos alunos somente as questões pertinentes à língua de sinais, cultura e identidade dos surdos, não cabendo a ele nenhuma explicação sobre conteúdo específico de outras disciplinas, ainda que os domine. Mostrar e informar aos professores e interpretes as particularidades dos surdos e, sempre que necessário, sugerir a adequação de forma de exposição dos conteúdos e tais especificidades, com o intuito de garantir a qualidade do acesso dos surdos aos conteúdos escolares. Ter consciência de que é um referencial para os surdos, devendo, portanto, manter um comportamento exemplar e idôneo.
O instrutor/professor de libras deve preparar previamente suas aulas, buscando recursos adequados e estratégias para o ensino de Libras, zelando por imparcialidade e neutralidade, evitando interferir ou impor aos alunos surdos suas própriasopiniões pessoais, respeitando a diversidade dos alunos, considerando assim os diversos níveis da Língua de Sinais dos alunos surdos e ouvinte, além de se dedicar ao desenvolvimento da fluência e ao aperfeiçoamento de todos os seus alunos no uso da Libras.
Formação profissional
É recomendável que o instrutor de Libras busque uma formação continuada, aspirando por mais conhecimentos e habilidades, por meio da participação em cursos, congressos, palestras, encontros profissionais e interação com demais profissionais da área.
A aquisição de conhecimentos por parte do professor é um processo complexo, adaptativo e experiência quanto maior sua capacidade de adaptação mais facilmente ela será posta em prática em sala de aula ou na escola e será incorporada às práticas profissionais habituais. 
A Educação Inclusiva
A educação inclusiva é um desafio, faz-se necessário lutar por esta conquista. A lei 10.436/02, reconhece a Língua brasileira de sinais como meio legal de comunicação e expressão, determinando que sejam garantidas formas institucionalizadas de apoiar seu uso e difusão, bem como a inclusão da disciplina de libras como parte integrante do currículo nos cursos de formação de professores.
Nota-se que através de instrutores surdos é possível criar oportunidades para ouvintes aprenderem libras e interagir com os surdos dentro da sociedade.
A inclusão no contexto escolar é um marco pela diversidade, seja ela social, política, econômica, cultural ou étnica. Nós seres humanos, devemos buscar a aprendermos e a convivermos com as diferenças e nos modificarmos diante dos grandes desafios que o novo traz.
Cabe a escola, aos educadores e demais profissionais uma nova postura, um novo olhar consciente de que a verdadeira inclusão é o respeito e a valorização do outro.
Entretanto precisamos estar conscientes da realidade de cada indivíduo, de cada aluno que está inserido no processo educacional. Através da inclusão nas escolas, a escola passa a ser desafiada a repensar no sistema educacional.
Diante de uma proposta inclusivista, a escola precisa transforma-se como cidadãos conscientes e comprometidos com a sociedade, através de aprofundamentos, discussões, reflexões, promovendo ações que quebra paradigmas.

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