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FUNDAÇÕES I

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FUNDAÇÕES
São elementos estruturais que tem como objetivo suportar e distribuir a carga gerada pelo preso próprio da estrutura + sobrecarga (esforços do uso da estrutura) no terreno. 
FUNDAÇÕES SUPREFICIAIS 
Fundações diretas são também conhecidas como fundações rasas ou su-perficiais. Nesse tipo de fundação, a carga é transmitida diretamente ao terreno pela base da fundação. São fundações em que a profundidade não está inferior a 3 m de acordo com a ABNT NBR 6122:1996. São exemplos de fundações diretas as sapatas, os blocos, as sapatas associadas, os radiers e as vigas de fundação. 
· São rasas 
· Feitas com pequenas escavações 
· Possuem base maior 
· Não necessitam de muitos equipamentos 
SAPATAS 
· São de concreto armado 
· Dimensionadas para que as tensões da tração que são exercidas pela fundação sejam sustentadas pela armadura e não pelo concreto 
· Capacidade baixa e média 
· Indicada para solos argilosos ou materiais semelhantes 
· Sapatas isoladas: Mais simples, mais comum. Suportam a carga de um único pilar. Podem ter formato quadrado, retangular, dentre outros. 
· Sapatas corridas: Suportam carga de elementos contínuos como paredes, muros, que possuem a estrutura mais alongada. 
· Sapatas associadas: Sapatas comum a dois pilares. De uma sapata saem dois pilares. Ocorre quando as sapatas estão muito próximas entre si e acabam virando uma só. 
BLOCOS 
· Não possuem armaduras 
· Dimensionadas para que as tensões da tração que são exercidas pela fundação sejam sustentadas pelo concreto. 
· Possuem dimensões maiores 
· Recomendado para obras de pequeno porte que o solo tem uma boa capacidade de suporte. 
RADIER 
Esse elemento é indicado quando um pré-dimensionamento de sapatas, considerando-se a capacidade de suporte do solo, resulta em dimensões tais que os elementos ficam muito próximos uns dos outros; quando se deseja uniformizar os recalques e quando a área total de fundação ultrapassa metade da área de construção, visualiza-se um radier. 
Quando se dimensiona um radier, deve-se observar as cargas; pode-se utilizar radiers sem armação, mas as tensões de tração devem ser suportadas pelo concreto.
de acordo com o porte da estrutura, de forma que os esforços solicitantes no elemento possam ser suportados.
· São semelhantes a uma laje que abrange toda a construção 
· Ficam em contato direto com o terreno 
· Distribuem as cargas em uma grande área do terreno 
· Custo baixo, mais rápido, mão de obra reduzida 
PROFUNDAS 
As cargas exercidas sobre elas são transmitidas pela fundação pela resistência lateral (resistência de fuste) e resistência de ponta ou ambas. 
ESTACAS 
· Estacas de concreto pré moldado: Podem ser feito de concreto armado ou protendido. É cravada por prensagem ou vibração. As vibrações produzidas podem prejudicar as obras do entorno. Possuem boa capacidade de carga e resistência à flexão e cisalhamento, além de terem uma boa qualidade do concreto já que são produzidas em usina. Desvantagens: Vibrações, não ultrapassam camadas de solos mais resistentes, o seu peso próprio é mais elevado o que limita as seções e comprimento devido a necessidade do transporte e os cortes e emendas são muito difíceis para executar. 
· Estacas metálicas: São cravadas por prensagem ou vibração, o diferencial é que são cravadas com maior profundidade pois as emendas são executadas com maior facilidade e segurança, além de causarem menos vibrações. São protegidas com pinturas especiais ou encamisamento de concreto. 
· Estacas de madeiras: São cravadas por bate estaca. Comuns para obras provisórias. Cuidados: ataque de fungos. Vantagem: possui duração alongada quando mantidas permanentemente acima do nível da água e podem ser emendadas com facilidade. Causam grandes vibrações e devem ser tomado cuidados quando a estaca está sujeita a flutuações dos níveis de água (fungos bactérias), e o comprimento é limitado em 12m. 
· Estacas Franki: Grande capacidade de carga e profundidades. Perfuração através da cravação de um tubo de ponta fechada com o auxílio de um bate estaca, e o tubo vai sendo inserido no terreno deixando um buraco. Em seguida o tubo é retirado e a medida que ele é retirado a aradura e o concreto vão sendo inseridos na estaca. Este tipo de estaca provoca grandes vibrações, alto custo e execução demorada devido a necessidade de equipamentos e mão de obra. 
· Estaca do tipo Strauss: São escavadas pois precisam de remoção prévia do solo para que possam ser inseridas. São feitas in loco. Enche-se o concreto após a escavação. Sua execução é simples, mas possui baixa resistência em comparação com a pré moldada e difícil execução em solo resistentes e abaixo do nível da água. 
· Estaca hélice contínua: Usa-se aste tubular do tipo hélice que faz a furação e preenche com concreto, onde depois é inserida a armadura. Não provoca vibração e permite monitoramento preciso das etapas de execução. Porém, devido a tecnologia é um método com custo elevado. 
TUBULÃO 
Estaca com diâmetro de 50 cm no mínimo e podem possuir uma base alargada, necessitando de um profissional descer para alarga-lo. 
Tubulão a céu aberto: Base alargada e necessita de um profissional para descer. Usado em solos coesivos, ou seja, que resiste bem cisalhamento, pois os grãos estão aglutinados e acima do nível de água. 
Tubulões de ar comprimido: São utilizados quando o tubulão está abaixo do nível de água. Faz-se o bombeamento da água e é necessário um profissional para descer e alargar a base. Sua execução é muito perigosa com altíssimo nível de risco. Usado muito em execução de pontes. 
 
RUPTURA EXTERNA E INTERNA EM FUNDAÇÕES DIRETAS
As fundações diretas apresentam rupturas de diferentes tipos: externas e internas. As rupturas externas ocorrem por ruptura do solo, quando a carga na fundação excede a capacidade resistiva do solo; e a ruptura interna, quando se criam internamente diferentes esforços que podem levar ao colapso.
As sapatas são dimensionadas para que as tensões de tração sejam resistidas pela armadura. Os blocos são dimensionados para que as tensões de tração sejam absorvidas pelo próprio bloco. Já os radiers são um tipo de fundação que abrange todos os pilares da edificação, dividindo-se em radier parcial, que também é conhecido como sapata isolada. A viga contínua é um tipo de fundação em que se tem vários pilares interconectados. Finalmente, a sapata corrida é um elemento que está sujeito à ação de uma carga distribuída line-armente (MARANGON, 2009a). As cargas que um elemento estrutural recebe, como uma viga ou um
pilar, criam internamente diferentes esforços que podem levar ao colapso, se excedida a capacidade de carga do elemento. Essas cargas também percorrem um trajeto até a ligação da supraestrutura com as fundações, posteriormente descarregando nas fundações. O rompimento nessas regiões da estrutura é caracterizado como ruptura interna.
Contudo, por excesso de carga, a ruptura pode ocorrer no solo, quando
sua resistência ao cisalhamento é superada, provocando um desequilíbrio de tensões que podem ocasionar recalques substanciais. Se continuar a exceder a capacidade resistiva, pode ocorrer a ruptura. Nessas situações, é preciso levar em consideração diversos fatores, pois cada solo tem um comporta-mento diferente: solos arenosos se comportam diferente de solos argilosos, por exemplo (MIRANDA, 2010?)
RUPTURA INTERNA
quando os movimentos de uma estrutura superam a capa-cidade física dos seus vínculos, ou quando a deformação de algum elemento da supraestrutura é superior à deformação máxima que ele pode suportar, pode ocorrer colapso do sistema. Essas deformações e deflexões podem ser causadas por diversas formas, como ventos, vibrações, excesso de carga e também recalques diferenciais nas fundações. Assim, uma movimentação externa pode colapsar a estrutura.
Uma das patologias mais significativas é o recalque diferencial. O recalque ou assentamento é o termo utilizado em engenharia civil para caracterizar o fenômeno que ocorre quando uma edificação sofre um rebaixamento devido ao adensamento do solo sob sua fundação(MILITITSKY, 2005).
Um recalque pode causar instabilidade interna, levando ao colapso, e a escolha do tipo de fundação pode causar esse problema. Uma fundação superficial com grandes cargas, por exemplo, pode ter grandes recalques em razão de o solo não suportar a carga excessiva. Contudo, fundações profundas concentram mais cargas e isso também pode gerar situações desfavoráveis. 
RUPTURA EXTERNA
O processo de ruptura externa acontece por ruptura do solo, a carga na funda-ção excede a capacidade resistiva do solo, levando ao colapso. Para entender como é o comportamento dos solos, se deve fazer investigações geotécnicas, que contribuirão para se entender os tipos de solos.
Na fase I, tem-se um comportamento elástico, no qual o recalque w, que pode ser visto no canto da fundação, é proporcional à carga Q empregada na fundação. Na fase II, na qual já se encontra a fase plástica, o deslocamento w (recalque)
é irreversível e se tem deslocamento mesmo sem variar a carga Q (MIRANDA, 2010?). A fase III é a continuação da fase II, sendo que a velocidade do recalque cresce continuamente até a ruptura.
Cada fundação solicita uma carga no solo, e quando o solo chega no seu limite, ocorre ruptura do terreno, que desliza sensivelmente; isso é definido como ruptura frágil. A ruptura também pode ocorrer quando o solo se desloca excessivamente, causando ruptura plástica ou localizada (MARANGON, 2009a).
Quando se tem um carregamento não uniforme em uma fundação rasa, pode-se ter recalques diferentes, que podem se tornar mais problemáticos em uma fundação do que recalques uniformes que não são tão problemáticos. Quando se tem um recalque diferente na estrutura, as deflexões são diferentes e, assim, a estrutura pode não suportar essas diferenças de movimentação (MIRANDA, 2010?). 
Em relação à segurança, existem diferentes coeficientes de ruptura de acordo com os diferentes tipos de solo. Veja no Quadro 1, a seguir, alguns fatores que devem ser seguidos. Para se calcular as tensões verticais, deve-se avaliar a profundidade do terreno, o peso específico do material e a poropressão existente no local.
Teoria de Rankine
Esta teoria é muito utilizada para solos não coesivos, preconizando que pressões ativas são quando o solo se expande, enquanto pressões passivas são quando o solo se contrai.
Esta teoria baseia-se nas seguintes hipóteses de comportamento do solo: o solo isotrópico, solo homogêneo, supõe que a superfície do terreno é plana e a ruptura do solo ocorre em todos os pontos do maciço ao mesmo tempo.
Teoria de Terzaghi
A teoria de Terzaghi é muito apropriada para o estudo de fundações rasas ou diretas. Esta teoria utiliza preceitos como o atrito e a coesão de solos. Sabe-se que há os solos não coesivos (granulares c = 0) e os solos puramente coesi-vos (φ = 0), assim, pode-se utilizar a abordagem de ruptura frágil e ruptura localizada (CRAIG, 2007). Há diferentes tipos de solos que não se deformam muito. À medida
que aumenta o carregamento, pode ocorrer ruptura brusca. Neste caso, a pressão de ruptura é bem definida. Quando se chega neste valor, os recalques se tornam incessantes e a ruptura é denominada generalizada (MARANGON, 2009a). Existem solos que apresentam grandes deformações; nestes casos, a
ruptura não é definida e vai ocorrendo aos poucos. Assim, é difícil precisar o valor da pressão de ruptura (pr’), que, segundo Terzaghi, é quando ocorre mudança (Figura 6) de uma curva para uma reta; é uma ruptura muito par-ticular de solos compressíveis ou moles. É também conhecida como ruptura localizada (MARANGON, 2009a).

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