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avaliação DIP

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIs – TRABALHO EM SUBSTITUIÇÃO À AVALIAÇÃO GLOBAL - DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO- 10º período – Profª Marilene Gomes Durães
Nome: Bruno Bernardes Carvalho
Nome: Jéssica Batista Barbosa
Nome: Luiza Laia
Questões:
1) Qual o objeto de estudo do Direito Internacional Privado? Como o DIP realiza esse objeto? (2,0 pts)
Segundo Dolinger (2018), existem várias concepções acerca do objeto do DIP, mas a mais ampla é a francesa, que distingue em 4 matérias, as quais são: “a nacionalidade; a condição jurídica do estrangeiro; o conflito das leis e o conflito de jurisdições, havendo ainda uma corrente, liderada por Antoine Pillet, que adiciona, como quinto tópico, os direitos adquiridos na sua dimensão internacional”
2) Quais as principais alterações da nova lei de migração em relação ao ordenamento jurídico anterior? (: (4,0 pts)
Uma diferença notável é a escolha do termo “imigrante” em vez de “estrangeiro”, em que se tratava no Estatuto anterior, que preocupava-se mais com a segurança nacional. Dessa forma, a Lei de Migração já demonstra um aspecto mais acolhedor ao imigrante, o qual não deveria ser tratado como “estranho”.
Esse aspecto acolhedor é, ainda, exibido nos seguintes artigos:
Art. 3º A política migratória brasileira rege-se pelos seguintes princípios e diretrizes:
[…]
III - não criminalização da migração;
O Estatuto do Estrangeiro, por sua vez, dispõe que:
Art. 57. Nos casos de entrada ou estada irregular de estrangeiro, se este não se retirar voluntariamente do território nacional no prazo fixado em Regulamento, será promovida sua deportação. 
 § 1º Será igualmente deportado o estrangeiro que infringir o disposto nos artigos 21, § 2º, 24, 37, § 2º, 98 a 101, §§ 1º ou 2º do artigo 104 ou artigo 105.
Nesse sentido, é possível entender que a nova Lei compreende que o imigrante não será deportado meramente por ser imigrante, mesmo que sua entrada no território brasileiro tenha sido de forma irregular, pelo que ele será primeiramente notificado para que regularize sua situação.
Passo adiante, a nova Lei estendeu aos migrantes direitos sociais e fundamentais, também dispostos na Constituição Federal, garantindo acesso à saúde pública, assistência social, previdência, educação pública, moradia, direito de associação – inclusive sindical, para fins lícitos –, direito à vida, liberdade, segurança, propriedade, entre outros.
Art. 30. A residência poderá ser autorizada, mediante registro, ao imigrante, ao residente fronteiriço ou ao visitante que se enquadre em uma das seguintes hipóteses:
[…]
§ 4º O solicitante de refúgio, de asilo ou de proteção ao apátrida fará jus a autorização provisória de residência até a obtenção de resposta ao seu pedido.
§ 5º Poderá ser concedida autorização de residência independentemente da situação migratória.
Conforme se vê, a nova Lei também concede ao refugiado, o que está em asilo ou ao apátrida o direito à residência, a não ser que a pessoa tenha sido condenada criminalmente no Brasil ou no exterior por sentença transitada em julgado, desde que a conduta esteja tipificada na legislação penal brasileira, ressalvados os casos em que a conduta caracterize infração de menor potencial ofensivo, ou; a pessoa se enquadre nas hipóteses previstas nas alíneas “b”, “c” e “i” do inciso I e na alínea “a” do inciso II do caput do artigo 30.
Destaca-se, ainda, a concessão da acolhida humanitária
Art. 14, § 3º O visto temporário para acolhida humanitária poderá ser concedido ao apátrida ou ao nacional de qualquer país em situação de grave ou iminente instabilidade institucional, de conflito armado, de calamidade de grande proporção, de desastre ambiental ou de grave violação de direitos humanos ou de direito internacional humanitário, ou em outras hipóteses, na forma de regulamento.
No mesmo artigo, vê-se também que a nova Lei concede a permissão ao trabalho ao imigrante com visto temporário, ocasião em que o Estatuto do Estrangeiro proibia.
Por fim, a Lei da Migração prevê duas hipóteses para extradição, quais sejam, a) ter sido o crime cometido no território do Estado requerente ou serem aplicáveis ao extraditando as leis penais desse Estado; e b) estar o extraditando respondendo a processo investigatório ou a processo penal ou ter sido condenado pelas autoridades judiciárias do Estado requerente a pena privativa de liberdade.
No caso do Estatuto do Estrangeiro, este dispunha de mais situações possíveis de extradição:
Art. 65. É passível de expulsão o estrangeiro que, de qualquer forma, atentar contra a segurança nacional, a ordem política ou social, a tranqüilidade ou moralidade pública e a economia popular, ou cujo procedimento o torne nocivo à conveniência e aos interesses nacionais.
Parágrafo único. É passível, também, de expulsão o estrangeiro que:
a) praticar fraude a fim de obter a sua entrada ou permanência no Brasil;
b) havendo entrado no território nacional com infração à lei, dele não se retirar no prazo que lhe for determinado para fazê-lo, não sendo aconselhável a deportação;
c) entregar-se à vadiagem ou à mendicância; ou
d) desrespeitar proibição especialmente prevista em lei para estrangeiro.
3) Na opinião do grupo como a ONU pode atuar para combater a apatridia? (4,0 pts)
Em que pese a dificuldade de mudança no âmbito interno dos países, acreditamos que estimular aos Estados Membros a criarem legislações mais favoráveis aos apátridas seria uma forma de combatê-la, mediante a realização de tratados internacionais. Mesmo que os países não estejam dispostos a conceder a nacionalidade facilmente ao apátrida, que, ao menos, concedam vistos temporários para que os apátridas tenham, no mínimo, os direitos fundamentais e sociais para que eles não vivam uma vida “invisível”.
4) Considere que uma demanda foi proposta no Brasil versando sobre a sucessão de um brasileiro domiciliado Espanha que deixou bens no Brasil e na Alemanha e cônjuge brasileiro. Determinem: (4,0 pts)
a) A lei competente para reger a sucessão:
b) A competência Jurisdicional:
5) Um contrato de compra e venda entre uma empresa brasileira e uma empresa norte-americana contém cláusula indicando como foro competente o Rio de Janeiro, e outra cláusula indicando as leis das Ilhas Cayman como aplicáveis ao mesmo. O contrato foi assinado nos Estados Unidos, em um estado onde há plena autonomia da vontade para escolha da lei aplicável. Caso o contrato seja objeto de uma disputa judicial no foro escolhido, a cláusula de lei aplicável será considerada válida no Brasil? Justifiquem a resposta. (4,0 pts)
6) Carlos e Luana, brasileiros natos. Ele domiciliado na Inglaterra e ela no Brasil, resolveram se casar em Roma (Itália); tendo porém, estabelecido o domicílio conjugal em Astracã (Rússia). De volta ao Brasil, ela resolveu invocar a invalidade do matrimônio. Determine a lei aplicável ao caso. (3,0 pts)
7) De acordo com a LINDB determine a lei aplicável ao: (2,0 pts)
a) Contrato entre ausentes: _______________________________
b) Contrato entre presentes: ______________________________
8) O consulado da Índia em Belo Horizonte, encontra-se em pleno funcionamento na Rua Paraíba, 523 – Funcionários e atende no telefone de número (31) 3264-5444. A localidade é de fácil acesso e a sede atende perfeitamente às exigências daquele país que formulou ao proprietário uma excelente proposta para a aquisição do imóvel. Pergunta-se: a venda poderá ser efetivada com êxito? Justifiquem a resposta. (3,0 pts)
9) Robson Souza Silva e Marie Clair Janôt, ele brasileiro e ela francesa, se casaram na França onde eram domiciliados. Depois de 05 anos de uma conturbada relação o casal, de comum acordo, resolveu divorciar-se. A sentença estrangeira de divórcio necessita de homologação perante os tribunais brasileiros? Justifiquem a resposta. (4,0 pts).

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