Buscar

02-Sociedades

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 106 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 106 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 106 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 2 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
Sumário 
1- Introdução ............................................................................................ 4 
2- Conceito de sociedade ........................................................................... 5 
2.1- Sociedade empresária X Sociedade simples ...................................................................... 6 
2.2- Empresário Individual x Sociedade empresária ................................................................. 9 
3- Classificação das sociedades ............................................................... 11 
4- Tipos societários ................................................................................. 13 
4.1- Sociedades dependentes de autorização ......................................................................... 13 
5- Sociedades NÃO personificadas ........................................................... 15 
5.1- Sociedade em comum (art. 986 a 990, CC) ...................................................................... 18 
5.1.1- Responsabilidade dos sócios da Sociedade em comum .......................................... 19 
5.2- Sociedade em Conta de Participação ............................................................................... 21 
6- Sociedades personificadas................................................................... 24 
6.1- Sociedade simples pura (Art. 997 a 1.038, CC) ................................................................ 24 
6.1.1- O contrato social e sua natureza .............................................................................. 24 
6.1.2- Requisitos de validade do contrato social ................................................................ 25 
6.1.3- Cláusulas do contrato social ..................................................................................... 27 
6.1.4- Forma do contrato social ......................................................................................... 29 
6.1.5- Alteração do contrato social .................................................................................... 29 
6.1.6- Direitos e obrigações dos sócios .............................................................................. 30 
6.1.7- Deliberações dos sócios ........................................................................................... 33 
6.1.8- Administração .......................................................................................................... 34 
6.1.9- Nomeação dos administradores .............................................................................. 36 
6.1.10- Responsabilidade dos administradores ................................................................... 37 
6.1.11- Responsabilidade dos sócios .................................................................................... 40 
6.1.12- Resolução da sociedade em relação a um sócio ...................................................... 41 
6.2- Sociedade em nome coletivo ........................................................................................... 44 
6.3- Sociedade em comandita simples .................................................................................... 46 
7- Questões Propostas ............................................................................. 48 
Direito Societário: conceito, tipos de sociedades, constituição e 
contrato social. Classificação das sociedades. Sociedades 
personificadas e não personificadas. Sociedade empresária e 
sociedade simples. Sociedade em nome coletivo. Sociedade em 
comandita simples. 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 3 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
8- Gabarito .............................................................................................. 65 
9- Questões Comentadas ......................................................................... 66 
 
Olá pessoal! Tudo bem? 
Estão estudando bastante? Conseguindo acompanhar direitinho o curso? Sei que 
a nossa disciplina para muitos aqui é um “pé no saco”. Eu mesmo, no início dos 
meus estudos achava também isso, heheheh! Verdade mesmo. Os dois 
primeiros concursos para o ICMS-RJ fiquei exatamente em Direito Empresarial. 
Pois é! Coisas do destino! Querem saber como fiz para virar a mesa e me tornar 
professor? Simples: muito estudo. Vou contar. 
 No primeiro ICMS-RJ (janeiro/2008), deixei empresarial para estudar por 
último. Estudei pelo livro do Prof.º Carlos Pimentel. Bom livro. Só que estudei 
pouco e muito rapidamente. Também peguei uma apostila só com questões. 
Lógico que nossa disciplina requer bem mais que isso, ehehehe. Não deu certo, 
óbvio!!! Alguns meses depois resolvi fazer um curso presencial com o Prof.º Adir 
Gonçalves (excelente professor, embora eu não seja muito adepto a cursos 
presenciais ou em vídeo). No entanto, neste período estava em um momento 
muito disperso, com a cabeça longe, relacionamentos um pouco conturbados, e 
não dei a devida atenção ao curso. Resultado: no segundo ICMS-RJ 
(outubro/2008), mais uma vez mandei mal em empresarial. Após a prova, fiquei 
uns dois meses sem pegar em nada de material (jamais façam isso...erro grave 
ficar muito tempo sem estudar). Então, recomecei os estudos! Mas agora havia 
colocado na cabeça que eu tinha uma barreira que estava me impedindo de 
vencer. Eu precisava transpor essa barreira. Eu deveria fazer de tudo para 
transpor essa barreira chamada empresarial. Então, lembrei de uma época da 
minha vida em que eu não conseguia assimilar Química. Isso mesmo, Química. 
Também, nessa época, eu estava meio disperso, adolescência e etc. Mas, 
coloquei na cabeça que iria aprender Química de qualquer maneira. Meu método 
era “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”: dia e noite 
estudava somente Química, com resumos, esquematizações, livros, questões. 
Foi a primeira vez em minha vida que estudei tanto e pela madrugada. Isso aos 
quinze, dezesseis anos. Resultado, passei a ter uma facilidade muito grande em 
Química, ao ponto de ter uma das melhores médias no Colégio Naval, onde o 
ensino nessa matéria era bem pesado! Então, resolvi adotar essa mesma técnica 
para empresarial. Peguei as apostilas fornecidas no curso do Prof.º Adir, comprei 
outros livros e fiz um resumo bastante detalhado de toda a matéria de 
empresarial. No Word mesmo! Estudava apenas empresarial! Dei uma 
incrementada nesse resumo com questões das últimas provas da FGV. Fazia 
esquematizações, como as do nosso curso, e colava nas paredes do meu quarto. 
Resultado da técnica “água mole em pedra dura tanto bate até que fura” 
no terceiro ICMS-RJ (agosto/2009): das 20 questões de empresarial errei 
apenas uma e fui aprovado!!! (fogos!!!!heheheh). Passei a olhar empresarial 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Cursode Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 4 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
com outros olhos e meu resumo passou a correr a internet. Então, um amigo, 
percebendo a facilidade que passei a ter em nossa disciplina, me convidou para 
ajudá-lo num curso em PDF, ainda em 2009. Foi um sucesso e, desde então, 
me encontro deste lado, me esforçando ao máximo para ajudar aqueles que 
estão na mesma situação que eu estava há alguns anos. E, quando encontro 
algum colega que me diz ter estudado pelo meu material, e que o mesmo foi 
importante para a sua aprovação, bate aquele sentimento de dever cumprido!!! 
Muito bom! 
 Enfim, ao aluno que possui dificuldades em empresarial, sugiro que 
coloque na cabeça que esta é uma barreira que precisa ser vencida para ter o 
seu nome entre os aprovados no Diário Oficial. É preciso dizer para si mesmo 
que Direito Empresarial é uma matéria agradável e que é possível aprendê-la, 
assim como este que vos fala aprendeu!!! Beleza? Então, esta foi uma pequena 
parte de minha trajetória até o cargo que ocupo hoje! 
 Abraços e boa aula! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1- Introdução 
Pois bem, pessoal! Até aqui, neste ponto do curso, já estudamos a 
chamada Teoria da Empresa, definimos o empresário, a empresa e os auxiliares 
do empresário. Constatamos que: 
"Grandes realizações não são feitas por impulso, 
mas por uma soma de pequenas realizações". 
Vincent Van Gogh 
 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 5 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
A atividade econômica é considerada típica de empresa quando 
exercida profissionalmente, de forma organizada para a produção 
ou circulação de bens ou de serviços. 
Em seguida, tratamos do registro da atividade empresarial, da 
escrituração, do nome empresarial e do estabelecimento empresarial. 
É importante recordarmos esses conceitos, pois serão utilizados nesta 
aula de hoje. Partiu? 
 
2- Conceito de sociedade 
 Bem, o art. 44 do Código Civil relaciona as pessoas jurídicas de direito 
privado da seguinte forma: 
 
*As pessoas jurídicas em destaque são o nosso objeto de estudo. 
 Portanto, a SOCIEDADE é uma pessoa jurídica de direito privado 
constituída por pessoas. 
Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se 
obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade 
econômica e a partilha, entre si, dos resultados. 
 
Destaca-se que as sociedades podem possuir um ou mais negócios 
determinados, ou seja, não estão obrigadas a exercer exclusivamente somente 
uma atividade. Exemplo: Determinada loja de roupas pode ser atacadista, mas 
também varejista. 
Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais 
negócios determinados. 
 
De sua definição podemos observar que há um elemento abstrato e 
subjetivo nas sociedades que é a intenção das pessoas de se unirem em 
sociedade, aceitando os riscos e os lucros inerentes à atividade econômica. A 
Pessoas Jurídicas de Direito Privado 
 Associações 
 Fundações 
 Organizações Religiosas 
 Partidos Políticos 
 SOCIEDADES 
 EMPRESAS INDIVIDUAIS DE RESPONSABILIDADE 
LIMITADA (EIRELI) 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Seta
artur
Sublinhar
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 6 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
expressão que representa esta intenção, esta vontade, é a chamada “Affectio 
Societatis” (ou animus contrahendi). Ressalta-se que a finalidade econômica 
e a distribuição dos lucros é o que difere a sociedade (e a EIRELI) das demais 
pessoas jurídicas de direito privado. Vejamos um esquema gráfico para 
assimilarmos melhor: 
 
Obs.: A EIRELI será estudada mais adiante neste curso de forma detalhada e 
isolada, por ser um tipo empresarial novo e peculiar, ok? No momento, basta 
sabermos que a EIRELI também possui fins econômicos. 
 
2.1- Sociedade empresária X Sociedade simples 
 Já com o conceito de sociedade “fresquinho” na mente, temos que 
diferenciar a sociedade que exerce a atividade empresarial (teoria da empresa) 
daquela que simplesmente possui uma atividade econômica qualquer, ok? 
Assim, as sociedades dividem-se em dois grandes grupos: sociedade 
empresária e sociedade simples. A distinção entre elas, em regra, deve-se à 
Teoria da Empresa, nos mesmos moldes apresentados em nossa aula 
demonstrativa quando caracterizamos a atividade empresarial. Vejamos: 
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que 
tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro 
(art. 967); e, simples, as demais. 
 
 
SOCIEDADE
Fins 
econômicos
Partilha dos 
resultados 
(lucros)
Pluralidade 
de sócios 
Affectio 
Societatis
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Sublinhar
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 7 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
 Portanto, as sociedades empresárias possuem as mesmas 
características que tornam o indivíduo empresário individual, enquanto 
que as sociedades simples, de forma excludente, são as demais sociedades 
que não exercem a atividade empresarial. Essa distinção está prevista no art. 
982 e é a regra geral para diferenciar a sociedade empresária da sociedade 
simples, porém temos as seguintes exceções: 
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a 
sociedade por ações; e, simples, a cooperativa. 
 
 
 Além destes, devemos nos recordar do caso da ATIVIDADE RURAL, 
onde a sujeição ao regime empresarial é uma faculdade do 
indivíduo/sociedade. Assim, a sociedade que tenha por objeto a atividade 
rural ao requerer o seu registro no RPEM se sujeitará às regras da sociedade 
empresária. 
SOCIEDADE
Sociedade
empresária
Atividade própria 
de empresário
Sociedade
simples
Aquela que não é 
empresária
Independente do objeto social
Sociedade Anônima e 
Sociedade em 
Comandita por ações
SEMPRE Sociedade 
empresária
Sociedade Cooperativa
SEMPRE Sociedade 
Simples
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 8 de106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
1. (FCC / JUIZ SUBSTITUTO-TJ-MS / 2010) A sociedade 
empresária, no direito brasileiro, 
a) é um ente despersonalizado, como regra confundindo-se o patrimônio de 
seus sócios com o dela. 
b) não tem atributos do direito da personalidade, não podendo por isso sofrer 
dano moral. 
c) independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por 
quotas de responsabilidade limitada. 
d) tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a 
registro, salvo as exceções expressas em lei. 
e) adquire personalidade jurídica tão logo comecem suas atividades, servindo 
a inscrição no registro próprio apenas para sua formalização. 
Comentários 
d) Esta é a nossa resposta. Ela está praticamente literal ao caput do art. 982, 
CC. 
a) Incorreta. A sociedade é uma pessoa jurídica (art. 44 do CC), cujo 
“nascimento” inicia-se com a inscrição dos seus atos constitutivos no registro 
próprio, certo? No caso da sociedade empresária o registro próprio é o RPEM 
(Junta Comercial). Assim, a sociedade empresária, sendo uma espécie de 
sociedade, possui personalidade jurídica e como consequência o seu patrimônio 
não se confunde com o dos seus sócios, em razão do princípio da separação 
patrimonial. É um ente personalizado. 
b) Incorreta. Em termos gerais, a sociedade empresária, assim como o 
empresário individual, é sujeito de direito, portanto assume as obrigações 
próprias e adquire direitos no exercício da atividade empresária. Isso é devido 
à sua personalidade jurídica. Logo, possui alguns atributos do direito da 
personalidade como, por exemplo, o direito ao nome. Isso já é suficiente para 
tornar a alternativa incorreta, já que a mesma firma que a sociedade empresária 
não possui atributos da personalidade, ok? Porém, complementando, devemos 
saber que o CC confere às pessoas jurídicas a proteção dos direitos da 
personalidade, no que couber. Os direitos da personalidade são próprios das 
pessoas naturais, ok? Exemplo: direito ao nome, à vida, à imagem, à honra, à 
privacidade, etc. Assim, quando um indivíduo tem a sua honra ofendida, por 
exemplo, teremos o chamado dano moral. Então, a alternativa versa sobre a 
possibilidade de a pessoa jurídica sofrer dano moral. “Pode isso Arnaldo”? Em 
que pese às discussões doutrinárias, serei objetivo: A súmula 227 do STJ afirma 
que “A pessoa jurídica pode sofrer dano moral”. Resumindo: A pessoa 
jurídica tem a proteção dos direitos da personalidade (art. 52, CC), no que 
couber, e poderá sofrer dano moral. 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 9 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
c) Incorreta. Veremos mais adiante que o tipo societário por quotas de 
responsabilidade limitada (sociedade limitada) poderá ser simples ou 
empresária. O examinador quis confundir o candidato, pois vimos que essa 
disposição refere-se à sociedade por ações (art. 982, §único). 
e) Incorreta. A inscrição da sociedade empresária se dá no RPEM (Junta 
Comercial). Assim, nos termos do art. 985 do CC, a sociedade adquire 
personalidade jurídica com a inscrição dos seus atos constitutivos no registro 
próprio. 
Gabarito1: D 
 
 
2.2- Empresário Individual x Sociedade empresária 
 Após a devida comparação entre sociedade empresária e sociedade 
simples, devemos cuidar agora do confronto entre empresário individual e 
sociedade empresária. Notemos, antes de mais nada, que tanto o empresário 
individual quanto a sociedade empresária exercem a atividade empresarial, 
conforme os pressupostos da Teoria da Empresa. Porém, para o exercício 
eficiente de uma atividade mais complexa, muitas vezes é necessária a união 
de mais de uma pessoa em sociedade – aí temos a sociedade empresária!!! 
 
Obs.: Apesar de não possuir personalidade jurídica, o empresário individual é 
obrigado a se registrar no Registro Publico das Empresas Mercantis (RPEM) e ao 
uso de CNPJ. 
EMPRESÁRIO
INDIVIDUAL
Não possui personalidade
jurídica - sem autonomia 
patrimonial
Confusão entre os bens 
particulares do empresário e 
da empresa;
Pelas obrigações da empresa, 
o empresário responde 
com seus próprios bens 
(exceto os de família). 
SOCIEDADE 
EMPRESÁRIA
Possui personalidade
jurídica - proteção do 
Princípio da Autonomia 
Patrimonial;
Os bens particulares dos 
sócios não se confundem 
com os bens da sociedade;
A princípio, a sociedade 
responde com seus 
próprios bens por suas 
dívidas (art. 1024, CC).
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Retângulo
artur
Retângulo
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 10 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Portanto, a responsabilidade do empresário individual é 
ILIMITADA e DIRETA, enquanto que a sociedade empresária responde por 
suas próprias obrigações. Logo, a responsabilidade dos sócios da sociedade 
empresária é, em regra, SUBSIDIÁRIA (art. 1.024), pois os sócios só serão 
chamados a responder pelas dívidas sociais após executados os bens da 
sociedade. 
No mais, o indivíduo que faz parte da sociedade empresária é chamado de 
SÓCIO, mas não é empresário, visto que o empresário é a sociedade. O sócio 
é aquele que investe na sociedade e é um empreendedor. Portanto, não 
podemos confundir o sócio com o empresário individual: SÓCIO É DIFERENTE 
DE EMPRESÁRIO. 
2. (FCC / PROMOTOR DE JUSTIÇA-MPE-CE / 2009) A 
sociedade empresária, como pessoa jurídica, é sujeito de direito personalizado. 
Posta a premissa, é FALSA a conseqüência seguinte: 
a) a responsabilização patrimonial, solidária e direta dos sócios, em relação aos 
credores, pelo eventual prejuízo causado pela sociedade. 
b) sua titularidade negocial, ou seja, é ela quem assume um dos pólos na 
relação negocial. 
c) sua titularidade processual, isto é, pode demandar e ser demandada em 
juízo. 
d) sua responsabilidade patrimonial, ou seja, tem patrimônio próprio, 
inconfundível e incomunicável com o patrimônio individual de seus sócios. 
e) extingue-se por um processo próprio, que compreende as fases de 
dissolução, liquidação e partilha de seu acervo. 
Comentários 
A letra a) é a nossa resposta logo de cara. Como regra, a responsabilidade dos 
sócios é subsidiária em relação à sociedade, ou seja, eles serão chamados a 
responder pelas dívidas sociais depois de esgotados os bens patrimoniais da 
sociedade. Logo, a sua responsabilidade não é direta. Em relação às demais 
alternativas, elas estão todas corretas e refletem as conseqüências da obtenção 
da personalidade jurídica pela sociedade. Ressalta-se que a extinção das 
sociedades veremos com mais detalhes mais adiante neste curso. Por enquanto 
devemos saber apenas que assim como ocorre com a pessoa natural, as pessoas 
jurídicas também “nascem” e “morrem”. E o processo compreende a dissolução, 
liquidação e partilha. Ok? 
Gabarito2: A 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
Cursode Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 11 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
3- Classificação das sociedades 
 Já com o conceito de sociedade na cabeça, bem como a classificação em 
empresária e simples, vamos ver as demais classificações doutrinárias das 
sociedades, beleza?! Então, as sociedades classificam-se: 
 
 
 
Quanto à personificação/personalização: regularidade de constituição 
da sociedade.
Personificadas
-Possui personalidade jurídica
-Atos constitutivos inscritos no 
registro próprio.
Não personificadas
-Não possui personalidade jurídica
-Atos constitutivos não inscritos
-Sociedade em comum
-Sociedade em conta de 
participação.
Quanto à estrutura econômica ou composição ou natureza: refere-se à 
alienação da participação societária e entrada de novos sócios na sociedade.
Sociedades de pessoa
-As qualidades do sócio são mais 
importantes que a sua participação 
em capital.
-Novos sócios - consentimento dos 
demais.
-Ex: Sociedade simples pura.
Sociedades de capital
-A participação em capital do sócio 
é mais importante que suas 
características.
- Novos sócios - depende só da sua 
contribuição em capital.
- Ex: Sociedade Anônima.
Quanto à responsabilidade dos sócios
ILIMITADA
-Responde
pessoalmente pelas 
obrigações sociais
-Subsidiária
-Ex: sociedade em 
nome coletivo
LIMITADA
-Responsabilidade 
limitada a sua 
contribuição
-Ex: sociedade limitada
MISTA
-Combinação de sócios 
com responsabilidade 
limitada e ilimitada
-Ex: Sociedades em 
comandita simples e em 
comandita por ações.
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 12 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
 Por fim, as sociedades podem ser PLURIPESSOAIS ou UNIPESSOAIS, 
conforme o número de sócios. Porém, como regra, a sociedade deve possuir 
mais de um sócio conforme a sua própria definição. Só que em alguns casos 
admite-se a sociedade com apenas um sócio. Vejamos uma questão da ESAF 
apenas como exemplo dessa classificação. Beleza? 
3. (ESAF / Procurador da Fazenda Nacional / 2006) 
Julgue os itens de acordo com o Código Civil Brasileiro e assinale a opção que 
contém a resposta correta. 
Admite-se a sociedade unipessoal sem limitações. 
Comentários 
O item está errado. O Código Civil adota como regra a pluralidade de sócios 
na constituição de uma sociedade (Art. 981, CC). Porém, admitem-se as 
SOCIEDADES unipessoais, em casos excepcionais. Este é o tema cobrado 
na questão. Uma das exceções é o caso da UNIPESSOALIDADE 
TEMPORÁRIA, onde a sociedade deve reconstituir a PLURALIDADE DOS 
SÓCIOS no prazo de 180 dias, sob a pena de sua dissolução. Assim, teríamos 
uma sociedade unipessoal temporária (art. 1.033, IV). No entanto, o sócio 
remanescente ainda possui a possibilidade de transformar o registro da 
sociedade em empresário individual ou empresa individual de responsabilidade 
limitada (EIRELI), evitando que a sociedade seja dissolvida. É esta a faculdade 
apresentada pelo parágrafo único do art. 1033 do CC. No caso das sociedades 
por ações, a Lei 6.404/76 (LSA) prevê a possibilidade de constituição de uma 
sociedade com um único sócio chamada de Subsidiária Integral, prevista no 
Art. 251 da LSA. No entanto, também este é um caso específico e sujeito ao 
cumprimento de alguns requisitos previsto naquele artigo. Portanto, a questão 
está INCORRETA, visto que há certas limitações no caso de sociedade 
unipessoal. Jamais poderíamos dizer que não há limitação para a admissão de 
sociedade unipessoal, já que sabemos que a regra é a pluralidade dos 
sócios. 
Gabarito3: Errado 
 
Quanto à forma de constituição
Contratualista
-Constituída por Contrato Social
Institucionalista
-Constituída por Estatuto Social
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 13 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
4- Tipos societários 
 Eis os tipos societários previstos no Código Civil, segundo a classificação 
em empresária e simples: 
Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos 
regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de 
conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas que 
lhe são próprias. 
 
SOCIEDADE SIMPLES SOCIEDADE EMPRESÁRIA 
Sociedade Simples Pura Sociedade Anônima (SA) 
Sociedade Cooperativa Sociedade em Comandita por Ações 
Sociedade em Nome Coletivo 
Sociedade em Comandita Simples 
Sociedade Limitada 
Regra geral➔ exceto o tipo sociedade simples pura e cooperativa, os demais 
são tipos próprios de sociedade empresária. 
Obs.: Ainda temos as SOCIEDADES EM COMUM e as SOCIEDADES EM CONTA 
DE PARTICIPAÇÃO, que são os tipos de sociedades não personificadas. 
Obs.: Também temos a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada 
(EIRELI), que é uma nova pessoa jurídica com personalidade jurídica e 
características próprias. 
Obviamente, estudaremos cada tipo societário acima. Fiquem tranquilos! 
Agora, vamos ver outros tipos de sociedades presentes no CC que normalmente 
não vêm expressas nos editais, de forma a preenchermos qualquer possível 
lacuna a ser explorada pelas bancas, ok? 
 
4.1- Sociedades dependentes de autorização 
 Algumas sociedades necessitam de AUTORIZAÇÃO do Poder Executivo 
Federal para funcionar, pois algumas atividades econômicas caracterizam-se 
pelo interesse público, como os serviços de saúde e educação. São as chamadas 
sociedades dependentes de autorização. 
Art. 1.123. A sociedade que dependa de autorização do Poder Executivo para 
funcionar reger-se-á por este título, sem prejuízo do disposto em lei especial. 
Parágrafo único. A competência para a autorização será sempre do Poder 
Executivo federal. 
 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 14 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 No entanto, a qualquer momento o poder público poderá cassar a 
autorização. A sociedade autorizada deverá entrar em funcionamento nos 
12 meses seguintes à data da publicação do ato, caso contrário a autorização 
caduca. 
Art. 1.124. Na falta de prazo estipulado em lei ou em ato do poder público, será 
considerada caduca a autorização se a sociedade não entrar em funcionamento 
nos doze meses seguintes à respectiva publicação. 
Art. 1.125. Ao Poder Executivo é facultado, a qualquer tempo, cassar a autorização 
concedidaa sociedade nacional ou estrangeira que infringir disposição de ordem 
pública ou praticar atos contrários aos fins declarados no seu estatuto. 
 
Este tipo de societário pode ser dividido em sociedade nacional e sociedade 
estrangeira. 
Sociedade Nacional. 
Art. 1.126. É nacional a sociedade organizada de conformidade com a lei brasileira 
e que tenha no País a sede de sua administração. 
 
Sociedade Estrangeira. 
Art. 1.134. A sociedade estrangeira, qualquer que seja o seu objeto, não pode, 
sem autorização do Poder Executivo, funcionar no País, ainda que por 
estabelecimentos subordinados, podendo, todavia, ressalvados os casos 
expressos em lei, ser acionista de sociedade anônima brasileira. 
Art. 1.137. A sociedade estrangeira autorizada a funcionar ficará sujeita às leis e 
aos tribunais brasileiros, quanto aos atos ou operações praticados no Brasil. 
 
 
 
 
4. (FGV / ICMS-RJ / 2010) Com relação às sociedades 
nacionais e sociedades estrangeiras, analise as afirmativas a seguir. 
Sociedade 
dependente de 
AUTORIZAÇÃO
Sociedade 
NACIONAL
Constituída conforme leis 
brasileiras
Sede no Brasil
Sociedade 
ESTRANGEIRA
Pode ser acionista de SA
Se sujeita às leis 
brasileiras
do Executivo 
federal
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Sublinhar
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 15 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
I. A sociedade constituída segundo a lei estrangeira poderá exercer atividade 
no Brasil, desde que autorizada pelo Poder Executivo, submetendo-se, quanto 
aos atos praticados no Brasil, às leis e aos tribunais do país em que se constituiu. 
II. A sociedade é nacional quando é organizada em conformidade com a lei 
brasileira, tem a sede de sua administração no território brasileiro e com a 
maioria de seu capital controlado por brasileiros natos. 
III. O estrangeiro está proibido de exercer qualquer atividade empresarial no 
Brasil. 
Assinale: 
a) se nenhuma afirmativa estiver correta. 
b) se somente a afirmativa I estiver correta. 
c) se somente a afirmativa II estiver correta. 
d) se somente a afirmativa III estiver correta. 
e) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
Comentários 
Letra “a”. 
I. Está incorreta. O erro desta afirmativa está em dizer que a sociedade 
estrangeira estará sujeita às leis e atos dos tribunais do país em que se 
constituiu. Como os atos praticados foram no Brasil se sujeitam às leis e 
tribunais brasileiros conforme art. 1.137. 
II. Está incorreta. O CC não faz diferenciação alguma quanto à nacionalidade 
dos controladores de uma sociedade, conforme vimos no conceito sobre a 
sociedade nacional (art. 1.126, CC). Basta apenas que a sociedade seja 
constituída sob a lei brasileira e tenha a sede de sua administração no país. 
III. Está incorreta. Na parte do Código Civil que trata das sociedades 
estrangeiras não há vedação alguma para que o estrangeiro ou sociedade 
estrangeira exerça atividade empresarial no Brasil. O que temos é uma série de 
restrições e exigências. 
Desta forma, como todas as afirmativas estão incorretas, nosso gabarito é a 
letra A. 
Gabarito4: A 
5- Sociedades NÃO personificadas 
 Meus caros amigos e amigas, ressalto a importância desta parte do 
programa, pois é objeto de diversas questões, ok? Então, primeiramente vamos 
começar pelas sociedades não personificadas. 
SÓ PARA RELEMBRAR: a sociedade adquire a personalidade jurídica com a 
inscrição dos seus atos constitutivos no registro próprio. Na Junta Comercial 
ocorre o registro das sociedades empresárias; no Registro Civil das Pessoas 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 16 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Jurídicas, as simples. Desta forma, sem o registro dos seus atos constitutivos, 
a sociedade não possui personalidade jurídica e o contrato ou acordo só 
tem validade entre os sócios, não tendo força contra terceiros. Então, 
passamos a ter a chamada sociedade não personificada ou não personalizada 
ou despersonalizada. 
 A falta de personalidade jurídica traz uma série de consequências, ou 
melhor, restrições para a sociedade no exercício de suas atividades, como não 
poder se valer do benefício da recuperação judicial, não poder participar de 
licitações públicas, não há a autonomia patrimonial, etc. 
 Ressalta-se, contudo, que nos termos do art. 12, inciso VII do Código de 
Processo Civil – CPC, as sociedades sem personalidade jurídica serão 
representadas em juízo, ativa ou passivamente, pela pessoa a quem 
couber a administração dos seus bens. Além disso, as sociedades sem 
personalidade jurídica, quando demandadas, não poderão opor a irregularidade 
de sua constituição (não pode dar uma de “bobinho”, ok?).. 
Assim, temos dois tipos previstos de sociedades não personificadas: 
 
 
 
 
*LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ÀS SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS” 
Sociedades não
personificadas
Sociedade em comum
Possui instrumento
constitutivo, porém não
foi registrado
Sociedade em conta de 
participação
Mero contrato. Caso 
registrado, não confere 
personalidade jurídica
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 17 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
5. (FCC / PROCURADOR DO MUNICÍPIO-SP / 2008) 
Classificam-se como sociedades não personificadas a sociedade: 
a) limitada e a em comandita por ações. 
b) cooperativa e a anônima. 
c) em nome coletivo e a em comandita simples. 
d) em comum e a em conta de participação. 
e) simples e a limitada. 
Comentários 
A única alternativa que apresenta sociedades não personificadas ou 
despersonalizadas é a letra d): sociedades em comum e em conta de 
participação (arts. 986 a 996 do CC). 
Gabarito5: D 
6. (FCC / PROCURADOR-BA / 2006) Independentemente 
de seu objeto consideram-se personificadas e: 
a) empresárias, as sociedades por ações, e simples as cooperativas. 
b) empresárias, as cooperativas, e simples as que tenham por objeto o exercício 
de atividade própria de empresário rural. 
c) simples, todas as sociedades limitadas, e empresárias todas as sociedades 
em nome coletivo. 
d) empresárias, as sociedades por ações, e simples a sociedade em conta de 
participação. 
e) simples, as sociedades em comum, e empresárias as sociedades limitadas. 
Comentários 
Letra “a”. A questão relaciona a classificação conforme a personificação com a 
classificação em empresária e simples, considerando os tipos societários. De 
cara, a letra a)é a nossa resposta, com fundamento no art. 982, §único. Afinal, 
1º - Regras próprias de cada 
uma delas
2º - Regras das sociedades
simples (subsidiariamente)
*LIQUIDAÇÃO - sujeita-se a 
prestação de contas da lei 
processual .
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 18 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
as sociedades por ações são personificadas e sempre empresárias, enquanto 
que as cooperativas são sempre simples, independente do objeto social. As 
demais alternativas estão incorretas. Ao observar o nosso quadro de tipos 
sociais mais acima verificaremos com tranquilidade quais os erros, ok? 
Gabarito6: A 
 
5.1- Sociedade em comum (art. 986 a 990, CC) 
Em relação à sociedade em comum, o Código estipula: 
Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, 
exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, 
subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade 
simples. 
 
 
Portanto, a sociedade em comum é uma SOCIEDADE SEM REGISTRO. 
Nestes termos, a sociedade em comum diz respeito a uma situação eventual 
de irregularidade pela qual a sociedade passa na realização de sua atividade 
econômica, como resultado da falta de inscrição. 
De outra forma, é importante sabermos para a nossa prova que as regras 
da sociedade em comum são aplicadas às chamadas sociedades irregulares ou 
“de fato” (são outras denominações da sociedade em comum). 
• Sociedade de fato➔ sem qualquer documento escrito. 
• Sociedade irregular➔ tem documento escrito, mas não registrado. 
 
A distinção acima somente é relevante por conta da necessidade de 
documento ou contrato social escrito (embora não registrado na junta 
comercial) para que os sócios provem a existência da sociedade e sua qualidade 
de sócio. Deste modo, somente os sócios da SOCIEDADE IRREGULAR podem 
pleitear ação de reconhecimento da sociedade; os da sociedade de fato não. 
Porém, os terceiros podem provar a sua existência de qualquer modo. 
Art. 987. Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito 
podem provar a existência da sociedade, mas os terceiros podem prová-la de 
qualquer modo. 
 
Enquanto NÃO
registrar seus 
atos 
constitutivos
Regras da 
Sociedade em 
comum
Subsidiariamente, 
regras da 
Sociedade 
Simples
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 19 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Bem, como a sociedade em comum não possui personalidade jurídica, 
qual a situação dos seus bens e dívidas? A sociedade possui patrimônio próprio? 
Como não tem personalidade jurídica nem autonomia patrimonial, seguimos a 
seguinte regra: 
Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os 
sócios são titulares em comum. 
 
 
 
 
 
Este patrimônio especial representa o resultado das relações jurídicas 
praticadas pelos sócios na execução da atividade econômica, em razão da 
problemática em identificar os bens sociais, por isso, todos os sócios são 
titulares desse patrimônio, que é garantia de terceiros. 
 
5.1.1- Responsabilidade dos sócios da Sociedade em comum 
Esta é uma parte um pouco mais complexa, por isso irei apresentar 
detalhadamente e com calma. Neste curso ainda falaremos muito acerca da 
responsabilidade nas diversas sociedades, ok? 
Bem, a REGRA GERAL para as sociedades com personalidade jurídica 
quanto à responsabilidade pelas dívidas sociais é aquela prevista no art. 1.024, 
pela qual os bens dos sócios são atingidos depois de exauridos os bens da 
sociedade – SUBSIDIARIEDADE. 
 Então como fazer para aplicar esta regra geral às sociedades em comum, 
já que elas não possuem personalidade jurídica? A solução está no patrimônio 
especial, do qual os sócios são os titulares. Assim, 
Art. 989. Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por 
qualquer dos sócios, salvo pacto expresso limitativo de poderes, que somente 
terá eficácia contra o terceiro que o conheça ou deva conhecer. 
 
Afinal, a administração numa sociedade em comum presume-se 
DISJUNTIVA, ou seja, os atos de gestão da sociedade cabem a cada um 
dos sócios, pelo fato de não possuir contrato social registrado e personalidade 
jurídica. 
Na sociedade em comum, ressalta-se, ainda, que os sócios são solidários 
entre si, ou seja, qualquer um deles poderá ser instado a responder com seus 
bens pelas dívidas da sociedade. 
Sociedade em comum 
BENS + DÍVIDAS = PATRIMÔNIO ESPECIAL 
Os sócios são os titulares 
 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 20 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações 
sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que 
contratou pela sociedade. 
 
Agora, o que mais nos interessa para a prova é que o sócio que praticou 
ato pela sociedade NÃO gozará do BENEFÍCIO DE ORDEM (responsabilidade 
subsidiária – art. 1.024), ficando sujeito a responder com seu patrimônio 
particular pelas dívidas sociais, ANTES mesmo de executados os bens da 
sociedade, ainda mais se ele agiu além dos interesses da sociedade. Então, a 
responsabilidade dos sócios da sociedade em comum seria: 
 
 
Então, observando o esquema, pelos atos de gestão da sociedade 
praticados pelos sócios, esgota-se primeiro os bens sociais, depois os sócios 
respondem solidária e ilimitadamente, podendo o credor acionar qualquer sócio. 
No entanto, aquele sócio que contratou (praticou o ato negocial gerador da 
dívida social) está excluído do benefício de ordem e poderá responder 
diretamente com seu patrimônio pelos débitos sociais, principalmente se agiu 
além dos interesses sociais. OK? Veja que não há contrato algum registrado 
esclarecendo as responsabilidades dos sócios, então o Código Civil vem para 
proteger aquele sócio alheio a atos praticados por outro sócio. Pode ocorrer, por 
exemplo, que exista determinada dívida da sociedade assumida por um sócio 
que possui patrimônio bem inferior à dívida e ao patrimônio dos demais. 
O credor, sabendo da condição daquele sócio, não o executará 
diretamente pois não terá resultado. Então, para satisfazer a sua dívida, deverá 
primeiro esgotar os bens da sociedade e depois dos sócios, que respondem 
solidariamente e ilimitadamente. O credor, obviamente, tentará executar o 
sócio que tem mais condições de saldar o seu crédito. Por fim, nestecaso, 
pelos DÉBITOS 
sociais
Subsidiária - Bens 
sóciais respondem
Sócio que contratou
- Excluído do 
benefício de ordem
Todos os sócios -
SOLIDÁRIA e 
ILIMITADAMENTE
Pode responder 
qualquer sócio 
Pode responder 
diretamente 
No caso de atos de gestão 
praticados, esgota-se os bens 
da sociedade. 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 21 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
conforme o Enunciado 212 da Jornada de Direito Civil, o sócio que não 
contratou poderá indicar os bens que deverão ser afetados pelas atividades 
sociais quando houver a constrição de seus bens (perda da faculdade de dispor 
dos bens-penhora, arresto). 
7. (FCC/Juiz do Trabalho-TRT-6ªR/2015) No que diz 
respeito as sociedades, 
e) a personificação é característica intrínseca a todos os tipos societários, 
inexistindo sociedades sem personalidade jurídica. 
Comentários 
O item está errado. Afirmativa completamente equivocada. Acabamos de ver a 
sociedade em comum e veremos a seguir a sociedade em conta de participação, 
que são as duas sociedades sem personalidade jurídica. 
Gabarito7: Errado 
 
5.2- Sociedade em Conta de Participação 
Bem pessoal, vamos prosseguir? Bem, a sociedade em conta de 
participação é a outra sociedade despersonalizada. Vejamos: 
Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual 
inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade 
jurídica à sociedade. 
 
Assim, como o contrato da sociedade em conta de participação só produz 
efeitos entre os sócios, os terceiros podem provar a sua existência por todos os 
meios admitidos em direito. 
Art. 992. A constituição da sociedade em conta de participação independe de 
qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito. 
 
E tal como ocorre na sociedade em comum, a sociedade em conta de 
participação constitui patrimônio especial relativo aos negócios sociais, mas 
produzindo efeitos somente entre os sócios. 
Art. 994. A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio ostensivo, 
patrimônio especial, objeto da conta de participação relativa aos negócios sociais. 
§ 1o A especialização patrimonial somente produz efeitos em relação aos sócios. 
 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 22 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
 
Com relação aos sócios, temos duas espécies na sociedade em conta de 
participação: SÓCIO OSTENSIVO e SÓCIO OCULTO (ou participante). 
Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto 
social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob 
sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados 
correspondentes. 
 
• Sócio ostensivo: EMPRESÁRIO INDIVIDUAL ou SOCIEDADE 
EMPRESÁRIA. Aparece nos negócios com os terceiros. Utiliza os fundos de 
todos os sócios como se seus fossem. Respondem de forma ilimitada e 
pessoal. NÃO há subsidiariedade ou limitação. Não pode admitir a entrada 
de novo sócio sem o consentimento dos demais sócios, exceto se o contrato 
disser o contrário. 
Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e, 
exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social. 
 
• Oculto ou participante: NÃO aparece externamente nas relações da 
sociedade. Responde somente perante o sócio ostensivo, e de acordo com o 
contrato entre eles. Seus fundos são entregues fiduciariamante ao 
sócio ostensivo. O sócio oculto ao aparecer nas relações comerciais com 
terceiros, responderá solidariamente com o ostensivo e ilimitadamente 
com os seus bens pelas obrigações que assumiu. 
Parágrafo único. Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, 
o sócio participante não pode tomar parte nas relações do sócio ostensivo com 
terceiros, sob pena de responder solidariamente com este pelas obrigações em 
que intervier. 
 
Sociedade em conta 
de participação
SEM personalidade 
jurídica 
Mesmo levando o 
contrato a registro
SEM: capital, 
patrimônio, nome 
empresarial e 
estabelecimento
Contribuição dos 
sócios - patrimônio 
especial 
Trata-se de mero
contrato
Não depende de 
qualquer formalidade 
e produz efeito 
somente entre os 
sócios
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 23 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Podemos observar, então, que a responsabilidade a princípio é do sócio 
ostensivo e, por isso, há uma grande diferença quanto à falência e liquidação 
da sociedade em conta de participação relativamente aos sócios. Vejamos! 
Art. 994 - § 2o A falência do sócio ostensivo acarreta a dissolução da sociedade e 
a liquidação da respectiva conta, cujo saldo constituirá crédito quirografário. 
§ 3o Falindo o sócio participante, o contrato social fica sujeito às normas que 
regulam os efeitos da falência nos contratos bilaterais do falido. 
 
 
 Agora já vistos os dois tipos de sociedades despersonalizadas, vejamos 
alguns pontos que as distinguem para nos ajudas nas questões: 
 Sociedade em comum Sociedade em conta 
de participação 
Formas de provar a 
existência da 
sociedade 
Entre sócios – só por escrito Por qualquer meio 
admitido em direito. 
Terceiros – por qualquer 
meio admitido em direito 
 
 
Responsabilidade 
perante terceiros 
Regra: bens sociais – 
patrimônio especial – atos de 
gestão. 
Sócios: solidária e 
ilimitadamente, após 
esgotados os bens sociais. 
Obs.: sócio que contratou 
pode responder diretamente, 
excluído do benefício de 
ordem. 
Somente o sócio 
ostensivo se 
responsabiliza perante 
terceiros (o sócio 
participante responde ao 
ostensivo, conforme 
contrato). 
SE o participante se 
relacionar com terceiros, 
responderá solidariamente 
com o ostensivo. 
Inscrição dos atos 
constitutivos 
Tem um contrato social que 
ainda não foi levado ao 
registro competente. 
É um mero contrato que 
se levado ao registro, não 
confere personalidade 
jurídica à sociedade. 
 
Falência do 
Sócio 
ostensivo
Dissolução da sociedade
LIquidação de sua conta e o 
saldo constitui crédito quirografário
Sócio 
oculto
A sociedade pode continuar e será 
regida pelas normas de contrato 
bilateral da falencia.
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
auto
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
artur
Máquina de escrever
Importante
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 24 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
6- Sociedades personificadas 
 Bem, agora estudaremos cada tipo de sociedade personificada: 
Sociedade simples pura Art. 997 a 1.038 
Sociedade em nome coletivo 
(SNC) 
Art. 1.039 a 1.044 
Sociedade em comandita simples 
(SCS) 
Art. 1.045 a 1.051 
Sociedade cooperativa Art. 1.093 a 1.096 
ME e EPP LC 123/2006 
Sociedade limitada (Ltda) Art. 1.052 a 1.087 
Sociedade anônima (SA) Art. 1.088 e 1.089, Lei nº 6.404/76 
Sociedade em comandita por 
ações (SCA) 
Art. 1.090 a 1.092 e Lei nº 6.404/76 
Pois bem, vimos que as sociedades se dividem em dois grandes grupos 
conforme exerçam a atividade empresarial ou não: SOCIEDADES 
EMPRESÁRIAS e SOCIEDADES SIMPLES. Assim sendo, as sociedades devem 
ser organizar segundo um dos tipos sociais acima. Beleza? Todavia, ressalta-
se: 
• Sociedade simples ➔PODE adotar qualquer tipo social, mas ao 
adotar o tipo SA ou SCA será considerada sociedade empresária; 
• SA e SCA ➔ sempre sociedade empresária 
• Sociedade cooperativa ➔ sempre sociedade simples; 
 
6.1- Sociedade simples pura (Art. 997 a 1.038, CC) 
 O tipo sociedade simples pura ou sociedade simples refere-se ao modelo 
básico de organização social, que serve de regra subsidiária para os 
demais tipos societários. Isso quer dizer que diversos aspectos que veremos a 
seguir sobre a sociedade simples aplicam-se às demais sociedades. 
 
6.1.1- O contrato social e sua natureza 
A sociedade simples possui natureza contratual, ou seja, o seu ato 
constitutivo é o CONTRATO SOCIAL. 
Então, o ato constitutivo da sociedade contratual é o contrato social, 
por meio do qual a sociedade passa a existir e se organizar. Este contrato social 
vai além do simples interesse de cada um dos sócios, representando, na 
verdade, o princípio da preservação da empresa. Ou seja, mesmo que uma 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 25 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
das partes (um sócio) decida se retirar da sociedade contratual, os demais 
sócios poderão dar prosseguimento às atividades. Aliás, mesmo os sócios 
minoritários possuem o direito de manter a sociedade. 
Portanto, a conjugação de duas ou mais vontades, que assumem direitos 
e obrigações, podem celebrar contrato de sociedade, visando o lucro por meio 
do exercício de atividades econômicas. Observa-se que há uma pluralidade de 
partes envolvidas numa sociedade, onde cada uma representa um sócio, uma 
vontade, um interesse. Cada sócio, na constituição de uma sociedade, assume 
obrigações para com todos os demais sócios, e não perante apenas um ou 
alguns. No mais, o contrato de sociedade é considerado aberto, pois permite a 
entrada de outras partes (sócios) 
Assim, o nosso Código Civil de 2002 consagra a teoria do contrato 
PLURILATERAL para reger as sociedades contratuais. 
 
8. (FCC/Defensor Público-DPE-MA/2015) Sobre direito 
societário, é correto afirmar: 
e) Como a constituição da sociedade dá-se por meio de contrato, aplica-se o 
princípio da atipicidade contratual, pelo qual a sociedade empresária não se 
limita a um dos tipos regulados na lei, sendo as regras previstas na legislação 
meramente supletivas em relação ao contrato social. 
Comentários 
O item está errado. Relembrando a aula de Direito Civil sobre contratos: 
• Contrato típico (ou nominados): encontram previsão legal e são 
tomados por base para estipular modelos, esquemas e cláusulas dos 
contratos. Ex.: compra e venda (art. 481, CC). 
• Contrato atípico (ou inominados): não são regulados expressamente 
por lei, mas juridicamente são permitidos desde que não sejam contrários 
à lei e aos bons costumes. Ex.: Contrato de mudança. 
Portanto, o contrato de sociedade é típico, pois a sua base está prevista em lei, 
qual seja: art. 997 do Código Civil. Por aí, já notamos que esta assertiva está 
incorreta. Mas há um outro erro, até em consequência do primeiro: as 
sociedades empresárias devem ser reguladas pelos tipos expressamente 
previstos no Código Civil, conforme a primeira parte do caput do art. 983 do 
CC: “A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regulados 
nos arts. 1.039 a 1.092...”. Assim, esta afirmativa está incorreta. 
Gabarito8: Errado 
6.1.2- Requisitos de validade do contrato social 
 Para possuir validade, o contrato social necessita cumprir alguns 
requisitos: 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Sublinhar
artur
Retângulo
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 26 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
Os requisitos comuns caracterizam os contratos de forma geral. Já os 
elementos específicos caracterizam a sociedade. Analisemos cada requisito 
acima: 
1) Agente capaz: refere-se à capacidade civil das pessoas que constituem 
sociedade, que já estudamos quando tratamos do empresário no início deste 
curso. 
2) Objeto lícito e possível: o ramo da atividade econômica a ser exercida 
pela sociedade não pode ser ilegal; também, esta atividade deve ser possível 
de ser exercida, ou seja, deve ser bem detalhada de tal maneira a não deixar 
dúvidas acerca do objeto-fim da sociedade e estar conforme os bons costumes. 
O art. 35 da Lei 8.934/94 (Lei de Registro Público de Empresas Mercantis) 
dispõe sobre isso: 
 Art. 35. Não podem ser arquivados: 
I - os documentos que não obedecerem às prescrições legais ou 
regulamentares ou que contiverem matéria contrária aos bons 
costumes ou à ordem pública, bem como os que colidirem com o 
respectivo estatuto ou contrato não modificado anteriormente; 
III - os atos constitutivos de empresas mercantis que, além das cláusulas 
exigidas em lei, não designarem o respectivo capital, bem como a 
declaração precisa de seu objeto, cuja indicação no nome empresarial 
é facultativa; 
3) Forma prescrita ou não defesa em lei: o contrato deve ser escrito, 
particular ou público. Ex.: cláusulas obrigatórias do art. 997, CC. 
4) Affectio Societatis: desejo de se manter em sociedade, cooperando para 
atingir o objeto social. 
5) Pluralidade de sócios: como regra geral, no mínimo duas pessoas, física 
ou jurídica, se unem para constituir sociedade. Exceção: subsidiária integral, 
Requisitos
do 
Contrato Social
Comuns ou 
Genéricos
- Agente capaz;
- Objeto lícito e possível;
- Forma prescrita ou não defesa 
em lei (art. 104, CC)
Específricos
- Affectio Societatis;
- Pluralidade dos sócios;
- Capital Social;
- Participação lucros e perdas
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
610/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Círculo Oval
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 27 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
sociedade anônima e limitada momentaneamente com um sócio apenas. 
6) Capital social: deve vir especificado no contrato como deve ser a 
contribuição dos sócios para a formação do capital social. Pode ser na forma de 
bens, créditos, dinheiro e serviços. Exceção: sociedade limitada – não pode a 
contribuição em serviços; e sociedade cooperativa – pode dispensar o capital 
social. 
7) Co-participação nos lucros e nas perdas: representa a vedação à 
chamada sociedade leonina – não pode a distribuição dos lucros em favor de 
um único sócio. 
Por fim, ressalta-se que são considerados pressupostos de existência da 
sociedade o affectio sociedades e a pluralidade dos sócios. Os demais requisitos 
são considerados de validade da sociedade. 
 
9. (FCC/ Defensor Público – DPE-MA /2015) Sobre direito 
societário, é correto afirmar: 
b) A affectio societatis é imprescindível na constituição e manutenção de 
qualquer sociedade empresária. 
Comentários 
O item está errado. A regra geral diz que a affectio societatis esteja presente 
na sociedade, não só no momento da sua constituição, mas também durante a 
sua existência. Afinal de contas é um contrato onde pressupõe-se por sua 
própria natureza a pluralidade de partes, ok? No entanto, e este é o erro da 
afirmativa, há exceções: casos das sociedades unipessoais. Permite-se que uma 
sociedade atue com apenas um sócio pelo prazo de cento oitenta dias (art. 
1.033, IV, CC). Também temos o caso da subsidiária integral prevista no art. 
251 da Lei nº 6.404/76, onde a sociedade anônima é constituída por uma única 
sociedade brasileira. Logo, a palavra “qualquer” torna a afirmativa incorreta. 
Gabarito9: Errado 
 
6.1.3- Cláusulas do contrato social 
 As cláusulas contratuais das sociedades dividem-se em obrigatórias (ou 
essenciais) e acidentais. 
 As obrigatórias estão previstas no art. 997 do CC; as acidentais, embora 
importantes, não são indispensáveis para que seja realizado o registro do 
contrato na Junta Comercial ou no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. Portanto, 
essas cláusulas acidentais são de livre estipulação por parte dos sócios da 
sociedade. Vejamos as cláusulas obrigatórias: 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Retângulo
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 28 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, 
que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará: 
I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas 
naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se 
jurídicas; 
II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade; 
III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender 
qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária; 
IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la; 
V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços; 
VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus 
poderes e atribuições; 
VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas; 
VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais. 
 
 Portanto, o contrato social deve tratar dos assuntos acima. Lembrando 
que estas disposições se referem às sociedades simples, em nome coletivo, em 
comandita simples e limitada (esta, com algumas ressalvas). Assim sendo, para 
dar segurança jurídica ao contrato, qualquer disposição lançada em ato 
separado e que seja contrária ao contrato social não terá eficácia perante 
terceiros. Mais uma vez: PACTO EM SEPARADO E CONTRÁRIO – INEFICAZ 
Cláusulas
OBRIGATÓRIAS
Dados dos sócios (PF ou PJ): nome, nacionalidade, 
estado civil, profissão, residência ou sede.
Nome empresarial, sede, objeto social e prazo da 
sociedade
Capital social: moeda corrente, qualquer espécie de 
bens suscetíveis de avaliação pecuniária
Participação dos sócios (quotas) e a forma de 
integralização
As prestações do sócio que contribua com serviços (na 
LTDA é vedado sócio de serviços)
Participação nos lucros e perdas (na LTDA quando o 
capital está todo integralizado é ela própria que suporta 
as perdas)
Responsabilidade subsidiária, ou não, dos sócios 
pelas obrigações sociais (Não se aplica às LTDA)
Administradores -poderes e atribuições (na LTDA 
não há vedação para administrador pessoa jurídica)
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 29 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
PERANTE TERCEIROS. 
Parágrafo único. É ineficaz em relação a terceiros qualquer pacto separado, 
contrário ao disposto no instrumento do contrato. 
 
6.1.4- Forma do contrato social 
Conforme o caput do art. 997 do CC, o contrato social deve ser escrito, 
por meio de ato particular ou público, é solene. 
O contrato tem a forma escrita, pois deve ser levado ao registro 
competente para conferir regularidade à constituição da sociedade, obtendo, 
assim, personalidade jurídica. Caso não seja levado a registro, a sociedade se 
enquadrará nos casos de sociedade despersonalizada. 
Art. 998. Nos trinta dias subseqüentes à sua constituição, a sociedade deverá 
requerer a inscrição do contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do 
local de sua sede. 
 
Também é solene, tendo em vista que a lei lhe prescreve uma forma 
especial para ter validade jurídica, se distinguindo da forma prevista para 
outros tipos de contratos. 
Então, presentes os requisitos comuns, específicos e as cláusulas 
obrigatórias, o contrato social assinado pelos sócios deve ser levado à registro 
no órgão competente: Junta Comercial ou RCPJ. Relembra-se que há um rito 
formal que dever ser seguido para efetivar o registro do contrato: 
 
 
6.1.5- Alteração do contrato social 
As regras sobre modificações no contrato social estão previstas no art. 
999 do CC. Assim, para alterar qualquer disposição do contrato social exige-se 
o consentimento e assinatura dos sócios, sendo que para alterar as cláusulas 
obrigatórias do art. 997 necessita-se do consentimento unânime dos sócios; 
para as demais cláusulas, apenas o voto da maioria absoluta do capital social. 
Art. 999. As modificações do contrato social, que tenham por objeto matéria 
indicada no art. 997, dependem do consentimento de todos os sócios; as demais 
Lavratura (assinatura) 
dos atos constitutivos 
30 dias 
Prazo final para levar 
os atos ao registro 
Registro dos atos 
constitutivos 
Averbação pelo 
registro 
Regularidade 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
are
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Círculo Oval
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 30 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
podem ser decididas por maioria absoluta de votos, se o contrato não determinar 
a necessidade de deliberação unânime. 
Parágrafo único. Qualquer modificação do contrato social será averbada, 
cumprindo-se as formalidades previstas no artigo antecedente. 
 
 
Obs.: No caso das sociedades limitadas, para modificar o contrato social é 
exigida a aprovação de três quartos do capital social (art. 1.071, V c/c art. 
1.076, I, CC). No mais, as alterações no contrato social devem ser averbadas 
no registro depois de aprovadas pelos sócios. 
 
6.1.6- Direitos e obrigações dos sócios 
Pessoal, as obrigações dos sócios têm início com a assinatura do contrato 
social, se outra data não for fixada, e término com a liquidação da 
sociedade, ok? 
Art. 1.001. As obrigações dos sócios começam imediatamente com o contrato, se 
este não fixar outra data, e terminam quando, liquidada a sociedade, se 
extinguirem as responsabilidades sociais. 
 
Assim, talvez a principal obrigação dos sócios seja contribuir para o 
capital social e integralizar as quotas subscritas (prometidas). 
Porém, caso o sócio não cumpra essa obrigação na forma e prazos 
previstos no contrato social, será caracterizado como SÓCIO REMISSO e 
passará a ser regulado da seguinte forma (art. 1.004): 
Art. 1.004. Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições 
estabelecidas no contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos trinta dias 
seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá perante esta pelo dano 
emergente da mora. 
Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios preferir, 
à indenização, a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante já 
realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no § 1o do art. 1.031. 
Contrato Social
ALTERAÇÃO
Cláusulas 
Obrigatórias 
(art.997)
UNANIMIDADE dos 
sócios
Demais 
cláusulas 
Maioria Absoluta 
(SE o contrato se omitir)
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 31 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
 
 
 Desta forma, no caso de exclusão ou redução da quota ao montante já 
realizado pelo sócio remisso, poderá haver a correspondente REDUÇÃO DO 
CAPITAL SOCIAL se os demais sócios NÃO suprirem o valor das quotas. 
 Vejamos em contrapartida alguns DIREITOS DOS SÓCIOS (garantias) 
na sociedade simples pura: 
Art. 1.002. O sócio não pode ser substituído no exercício das suas funções, sem o 
consentimento dos demais sócios, expresso em modificação do contrato social. 
 
Participação dos sócios no resultado. 
Art. 1.007. Salvo estipulação em contrário, o sócio participa dos lucros e das 
perdas, na proporção das respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuição 
consiste em serviços, somente participa dos lucros na proporção da média do valor 
das quotas. 
 
Distribuição de lucros ilícitos ou fictícios. 
Art. 1.009. A distribuição de lucros ilícitos ou fictícios acarreta responsabilidade 
solidária dos administradores que a realizarem e dos sócios que os receberem, 
conhecendo ou devendo conhecer-lhes a ilegitimidade. 
 
Direito do sócio de examinar os livros. 
Art. 1.021. Salvo estipulação que determine época própria, o sócio pode, a 
qualquer tempo, examinar os livros e documentos, e o estado da caixa e da 
carteira da sociedade. 
SÓCIO REMISSO
Notificação da sociedade: 30 dias para cumprir a 
obrigação de integralizar o capital
Não cumpriu => MORA
MAIORIA DOS DEMAIS 
SÓCIOS decidem pela
Ou Exclusão do 
sócio remisso 
Ou Redução da 
quota dele ao 
montante 
realizado 
Ou Indenização: 
quota + danos 
emergentes da 
mora 
 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 32 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
 Segue esquematização: 
 
 
Agora, vejamos outras OBRIGAÇÕES DOS SÓCIOS: 
Cessão de cotas 
Art. 1.003. A cessão total ou parcial de quota, sem a correspondente modificação 
do contrato social com o consentimento dos demais sócios, não terá eficácia 
quanto a estes e à sociedade. 
Parágrafo único. Até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, 
responde o cedente solidariamente com o cessionário, perante a sociedade e 
terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio. 
Art. 1.025. O sócio, admitido em sociedade já constituída, não se exime das 
dívidas sociais anteriores à admissão. 
Transferência de cota social. 
Art. 1.005. O sócio que, a título de quota social, transmitir domínio, posse ou uso, 
responde pela evicção; e pela solvência do devedor, aquele que transferir crédito. 
 
Contribuição da cota em serviço. 
Art. 1.006. O sócio, cuja contribuição consista em serviços, não pode, salvo 
convenção em contrário, empregar-se em atividade estranha à sociedade, sob 
pena de ser privado de seus lucros e dela excluído. 
 
• Cessão total ou parcial de quota 
 
 DEPENDE 
 
• A substituição do sócio 
 
• Participação nos lucros: 
o Na proporção das quotas; 
o Aquele que contribui com serviços – na proporção da média do 
valor das quotas. 
o Lucros ilícito/fictício – responsabilidade solidária e ilimitada dos 
administradores que distribuírem os lucros e dos sócios que 
receberem. 
• Exame de livros e documentos a qualquer tempo, salvo se 
determinação de época própria para o exame. 
Consentimento dos 
demais sócios 
+ 
Modificação do 
contrato social 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 A
rt
ur
 g
ui
lh
er
m
e 
(C
P
F
: 0
77
.2
11
.5
54
-0
1)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
artur
Sublinhar
artur
Retângulo
artur
Retângulo
artur
Sublinhar
Curso de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 
Profs. Wangney Ilco e Cadu Carrilho 33 de 106 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
Obs.: é NULA a disposição que exclua qualquer sócio de participar dos lucros 
e das perdas. Vale ainda dizer que é permitida a distribuição

Continue navegando