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Prova 4 - Direitos das pessoas LGBT e identidade de gênero - EFDH

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Prévia do material em texto

Iniciado em
	sexta, 9 Ago 2019, 23:00
	Estado
	Finalizada
	Concluída em
	sexta, 9 Ago 2019, 23:14
	Tempo empregado
	14 minutos 17 segundos
	Avaliar
	100,00 de um máximo de 100,00
Parte superior do formulário
Questão 1
Correto
Atingiu 20,00 de 20,00
Texto da questão
Maria Clara é uma menina transexual de 16 anos de idade que estuda em uma escola da rede pública. Embora se relacione muito bem com colegas, professores e funcionários de sua escola, a direção não autorizou que Maria Clara utilizasse este nome em listas de chamada, exames e boletins, bem como usasse o banheiro feminino, o que lhe causa situações de evidentes humilhações públicas.
 
Com base neste caso, marque a alternativa INCORRETA:
Escolha uma:
a. 
Listas de chamada, exames, boletins e uso do banheiro público fazem parte da rotina corriqueira de uma escola e não impõem constrangimentos subjetivos à aluna. 
b. 
Maria Clara ou qualquer pessoa pode denunciar a situação aos órgãos pertinentes da rede de proteção, tais como: Conselho Estadual ou Municipal de Educação, Disque Direitos Humanos (Disque 100), Comissões da Diversidade Sexual da OAB e do Ministério Público e Defensoria Pública. 
c. 
O Brasil não dispõe de uma lei de identidade de gênero, que reconheça formalmente o direito à mudança administrativa e célere desses dados registrais por mero pedido do(a) interessado(a) em Cartório de Pessoas Naturais. Logo, a mudança do registro e dos documentos acaba ficando condicionada a ação judicial em que, com base na Lei de Registros Públicos, submeta o reconhecimento desse direito de mudança de nome e gênero à apreciação de um juiz. 
d. 
O caso trata-se de uma violência institucional, pois ainda que colegas, professores e funcionários a tratem bem, é visível que a escola, como instituição se nega a reconhecer, em seus procedimentos oficiais e em suas práticas cotidianas, o gênero e o nome pelos quais Maria Clara se identifica. 
Feedback
Sua resposta está correta.
FEEDBACK DA QUESTÃO:
Listas de chamada, exames, boletins e uso do banheiro público fazem parte da rotina corriqueira de uma escola e impõem constrangimentos subjetivos à aluna ao lembrá-la constantemente do gênero e do nome de registro que lhe foram impostos no nascimento. Com isso são violados seus direitos à autodeterminação de gênero e a uma vida livre de violência transfóbica.
 
A resposta correta é: 
Listas de chamada, exames, boletins e uso do banheiro público fazem parte da rotina corriqueira de uma escola e não impõem constrangimentos subjetivos à aluna..
Questão 2
Correto
Atingiu 20,00 de 20,00
Texto da questão
A definição e distinção dos conceitos de Identidade de Gênero, Orientação Sexual e Sexo são fundamentais para compreender os direitos da população LGBT. 
  
Fonte: https://caioalves.files.wordpress.com/2012/10/iddegenero-02.png
 Relacione as colunas abaixo, ligando as definições aos conceitos correspondentes:
ATENÇÃO: Cada lacuna corresponde a uma resposta diferente.
 
	É a base biológica em relação à qual construímos nossas noções de gênero. Envolve a genitália, tal como percebida no nascimento, mas não apenas. Recentemente, as ciências biomédicas têm afirmado a diferença entre os sexos em outras características corporais, como nos órgãos internos, nos genes, nos hormônios.
	Resposta 1
Parte inferior do formulário
	
	Abrange o sentimento individual profundo de pertencimento a um dado gênero, que pode ser feminino, masculino ou outro arranjo possível (como é o caso de pessoas não-binárias ou queer). 
	Resposta 2
	
	Engloba os desejos, práticas e afetos que definem a sexualidade de uma pessoa.Indica, portanto, para qual/quais gêneros a sexualidade está “orientada”: para pessoa do mesmo gênero (homossexualidade), para pessoa de outro gênero (heterossexualidade) ou para pessoas de mais de um gênero (bissexualidade).
 
	Resposta 3
	
Feedback
Sua resposta está correta.
 FEEDBACK DA QUESTÃO:
· Identidade de gênero: a identidade de gênero abrange o sentimento individual profundo de pertencimento a um dado gênero, que pode ser feminino, masculino ou outro arranjo possível (como é o caso de pessoas não-binárias ou queer, como veremos adiante). Esse senso remete às concepções de cada gênero existentes em um determinado contexto cultural, pois dialoga com os modelos de feminilidade e masculinidade que são aceitos por um grupo de pessoas e quais valores estão envolvidos nessas concepções. Por exemplo, não raro associa-se a delicadeza e à fragilidade como elementos tipicamente femininos, ou seja, como estereótipos de gênero.
· Orientação sexual: engloba os desejos, práticas e afetos que definem a sexualidade de uma pessoa.Indica, portanto, para qual/quais gêneros a sexualidade está “orientada”: para pessoa do mesmo gênero (homossexualidade), para pessoa de outro gênero (heterossexualidade) ou para pessoas de mais de um gênero (bissexualidade).
· Sexo: o sexo é a base biológica em relação à qual construímos nossas noções de gênero. Envolve a genitália, tal como percebida no nascimento, mas não apenas. Recentemente, as ciências biomédicas têm afirmado a diferença entre os sexos em outras características corporais, como nos órgãos internos, nos genes, nos hormônios. Desse modo, o sexo é visto tradicionalmente como a divisão biológica entre macho e fêmea, ou seja, uma diferenciação binária. Recentemente, outras visões têm sido afirmadas, como a de que o sexo é muito mais complexo do que essas duas possibilidades e de que há inclusive corpos que misturam estruturas consideradas de macho e fêmea, os corpos intersexo.
 
A resposta correta é: 
É a base biológica em relação à qual construímos nossas noções de gênero. Envolve a genitália, tal como percebida no nascimento, mas não apenas. Recentemente, as ciências biomédicas têm afirmado a diferença entre os sexos em outras características corporais, como nos órgãos internos, nos genes, nos hormônios. → Sexo, 
Abrange o sentimento individual profundo de pertencimento a um dado gênero, que pode ser feminino, masculino ou outro arranjo possível (como é o caso de pessoas não-binárias ou queer). → Identidade de Gênero, 
Engloba os desejos, práticas e afetos que definem a sexualidade de uma pessoa.Indica, portanto, para qual/quais gêneros a sexualidade está “orientada”: para pessoa do mesmo gênero (homossexualidade), para pessoa de outro gênero (heterossexualidade) ou para pessoas de mais de um gênero (bissexualidade). → Orientação Sexual.
Questão 3
Correto
Atingiu 20,00 de 20,00
Texto da questão
Relacione as colunas abaixo, ligando as legislações e normas jurídicas às definições correspondentes:
 
ATENÇÃO: Cada lacuna corresponde a uma resposta diferente.
	Normativa editada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que proíbe as autoridades dos cartórios de se recusarem a celebrar o casamento civil ou a converter a união estável entre homossexuais em casamento.
	Resposta 1
	
	Ações julgadas conjuntamente pelo Supremo Tribunal Federal (STF) equiparando as uniões entre casais homossexuais a uniões estáveis, até então reconhecidas principalmente a casais heterossexuais. Com isso, o Estado brasileiro declarou como ilegítima a distinção de tratamento legal dispensada aos casais homossexuais.
 
	Resposta 2
	
	Documento que busca assegurar “condições de acesso e permanência de pessoas travestis e transexuais – e todas aquelas que tenham sua identidade de gênero não reconhecida em diferentes espaços sociais – nos sistemas e instituições de ensino”, através do reconhecimento da adoção do nome social e da possibilidade de uso de banheiro do gênero de identificação por pessoas trans no ambiente escolar.
 
	Resposta 3
	
	Normativa do Conselho Nacional de Justiça que regulamenta o duplo registro de filhos, inclusive gerados por reprodução assistida (fertilização in vitro, por exemplo), de pais homossexuais.
	Resposta 4
	
	Sintetiza recomendações elaboradas por uma comissão internacional de juristas independentes – a Comissão Internacional de Juristas e o Serviço Internacional de Direitos Humanos representando uma coalizãode organizações de direitos humanos – reunidos em Yogyakarta, Indonésia, em novembro de 2006. Esses princípios não foram adotados pelos países em forma de tratados internacionais, mas correspondem a diretrizes a serem observadas para interpretar e avançar as normas de direitos humanos no que diz respeito à sexualidade e ao gênero.
 
	Resposta 5
	
Feedback
Sua resposta está correta.
A resposta correta é: 
Normativa editada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que proíbe as autoridades dos cartórios de se recusarem a celebrar o casamento civil ou a converter a união estável entre homossexuais em casamento. → Resolução n. 175, 
Ações julgadas conjuntamente pelo Supremo Tribunal Federal (STF) equiparando as uniões entre casais homossexuais a uniões estáveis, até então reconhecidas principalmente a casais heterossexuais. Com isso, o Estado brasileiro declarou como ilegítima a distinção de tratamento legal dispensada aos casais homossexuais.
→ ADI 4277/DF e a ADPF 132/RJ, 
Documento que busca assegurar “condições de acesso e permanência de pessoas travestis e transexuais – e todas aquelas que tenham sua identidade de gênero não reconhecida em diferentes espaços sociais – nos sistemas e instituições de ensino”, através do reconhecimento da adoção do nome social e da possibilidade de uso de banheiro do gênero de identificação por pessoas trans no ambiente escolar.
→ Resolução nº 12 do CNCD/LGBT, 
Normativa do Conselho Nacional de Justiça que regulamenta o duplo registro de filhos, inclusive gerados por reprodução assistida (fertilização in vitro, por exemplo), de pais homossexuais. → Provimento nº 52, 
Sintetiza recomendações elaboradas por uma comissão internacional de juristas independentes – a Comissão Internacional de Juristas e o Serviço Internacional de Direitos Humanos representando uma coalizão de organizações de direitos humanos – reunidos em Yogyakarta, Indonésia, em novembro de 2006. Esses princípios não foram adotados pelos países em forma de tratados internacionais, mas correspondem a diretrizes a serem observadas para interpretar e avançar as normas de direitos humanos no que diz respeito à sexualidade e ao gênero. → Declaração de Yogyakarta.
Questão 4
Correto
Atingiu 20,00 de 20,00
Texto da questão
No Brasil, o recente crescimento do fundamentalismo religioso como plataforma político-parlamentar contribuiu para a retomada de propostas LGBTfóbicos de “cura gay” ou “conversão” (FOREQUE; FALCÃO, 2013). Em julho de 2013, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, liderada pelo Pastor evangélico Marco Feliciano, aprovou um projeto de lei que permitiria aos psicólogos tratar homossexuais com o objetivo de curá-los. Em julho do mesmo ano, após intensa pressão social, a Câmara arquivou esse projeto (MELO, 2013).
 
Em relação a esse acontecimento recente da política brasileira relatado no trecho acima, marque a alternativa INCORRETA:
Escolha uma:
a. 
A proposta de “cura gay” resultaria em mais estigmas sociais: reforçaria, por meio da confirmação médica, a visão discriminatória de que a homossexualidade é uma “anormalidade”, algo a ser combatido e eliminado – o que pode inclusive resultar num aumento de outras manifestações da violência homofóbica, lesbofóbica, bifóbica e transfóbica. 
b. Ao longo da história recente do Ocidente, as sexualidades e identidades de gênero que não se adéquam às normas sociais nunca foram consideradas anomalias e sim objeto exótico e privilegiado de estudos científicos. 
c. 
A proposta de “cura gay” sintetiza uma grave violação dos direitos humanos das pessoas LGBT, por ferir garantias jurídicas tão relevantes, como a igualdade e a liberdade na construção de uma sociedade justa em que todos possam ter uma vida digna. 
d. 
A tentativa de repatologizar a homossexualidade retira a autonomia e a dignidade das pessoas não heterossexuais, tornando-as sujeitas à exigência de “cura”, ou seja, de intervenções e procedimentos que objetivem reverter um aspecto da sexualidade humana que, em si, não causa malefícios, sofrimentos e dores – senão resultantes do preconceito e da rejeição social. 
Feedback
Sua resposta está correta.
FEEDBACK DA QUESTÃO:
Ao longo dos últimos séculos no Ocidente, as homossexualidades (e também as transgeneridades) têm sido caracterizadas como “doenças”, “anormalidades”, e “desvios” em relação à norma heterossexual e cisgênero. Apenas na década de 1980, a homossexualidade foi retirada dos manuais de diagnósticos de doenças mentais. A transexualidade, vale lembrar, ainda continua sendo considerada, oficialmente, patologia – disforia de gênero.
 
A resposta correta é: Ao longo da história recente do Ocidente, as sexualidades e identidades de gênero que não se adéquam às normas sociais nunca foram consideradas anomalias e sim objeto exótico e privilegiado de estudos científicos..
Questão 5
Correto
Atingiu 20,00 de 20,00
Texto da questão
Leia o seguinte trecho:
Eu gosto de imaginar, se meu corpo tivesse sido deixado intacto e meu clitóris tivesse crescido na mesma medida que o resto do meu corpo, como meus relacionamentos lésbicos teriam sido? Como seria meu atual relacionamento heterossexual? E se – como uma mulher – eu pudesse assumir um papel penetrativo... tanto com mulheres e homens? Quando os médicos inicialmente asseguraram ao meu pai que eu cresceria para ter “a função sexual normal”, eles não queriam dizer que poderiam garantir que meu clitóris amputado fosse sensível ou que eu seria capaz de atingir o orgasmo. O que estava sendo garantido era que eu não cresceria para confundir a questão de quem (homem) penetra quem (mulher). As possibilidades... foram negadas em uma operação razoavelmente simples de duas horas. Todas as coisas que eu pudesse crescer para realizar foram pelo corredor junto com o meu clitóris para o departamento de patologia. Eu e meus restos fomos para a sala de recuperação e ainda não emergimos de volta (FAUSTO-STERLING, 2000, p. 299).
 
A intersexualidade coloca em questão padrões sociais vigentes, como a cis-heteronormatividade e o binarismo de gênero, que definem que há somente dois tipos de corpos possíveis (macho e fêmea). Em relação à intersexualidade marque a alternativa INCORRETA:
Escolha uma:
a. 
Qualquer intervenção médica (seja preventiva, diagnóstica ou terapêutica) deve ser precedida dos esclarecimentos necessários, aos pacientes ou aos seus familiares, a respeito de todas as informações adequadas, claras e objetivas sobre os riscos, das implicações e das alternativas da intervenção. 
b. 
Os movimentos intersexo tem denunciado o fato de que as cirurgias de designação genital nem sempre atendem à necessidade de bem-estar e saúde dos recém-nascidos intersexo. Muitos pacientes das cirurgias chegaram à fase adulta da vida com problemas de indeterminação identitária e psicológica: foram, por exemplo, designados mulheres após o nascimento e posteriormente passaram a se identificar como homens. 
c. 
Os saberes médicos realizam a “correção genital” dos corpos intersexos por meio de cirurgias de designação sexual e tratamentos hormonais. Essas intervenções médicas não são questionáveis do ponto de vista dos direitos humanos uma vez que visam corrigir a anormalidade/patologia desses corpos que apresentam desenvolvimento incompleto das estruturas genitais. 
d. 
A intersexualidade é a condição de pessoas diagnosticadas pela medicina e pela ciência como dotadas de “genitália ambígua” ou de quaisquer outras características sexuais (gônadas, cromossomos, órgãos reprodutivos internos) que mesclem elementos considerados do sexo masculino e do sexo feminino. 
Feedback
Sua resposta está correta.
FEEDBACK DA QUESTÃO:
Os saberes médicos impõem a “correção genital” por meio de cirurgias de designação sexual e tratamentos hormonais para esses corpos ambíguos. Essas intervenções médicas são bastante questionáveis do ponto de vista dos direitos humanos. Os movimentos intersexo tem denunciado o fato de que as cirurgias de designação genital nem sempre atendem à necessidade de bem-estar e saúde dos recém-nascidos intersexo,pois não haveria razões médicas suficientes para realizá-las para além das noções de que os sexos se resumem a uma vagina ou a um pênis bem delimitados e funcionais. Nesse sentido, as informações necessárias para se decidir ou não por essas intervenções não são devidamente transmitidas aos familiares, menos ainda aos pacientes (recém-nascidos) que serão diretamente afetados pelas cirurgias e sequer têm condições de consentir com sua realização. Ainda, os movimentos intersexo têm denunciado o caráter mutilatório dessas cirurgias, que em grande medida retiram a possibilidade de prazer sexual dos pacientes. Por fim, muitos deles chegaram à fase adulta da vida com problemas de indeterminação identitária e psicológica acarretada por esses procedimentos, que são vistos como necessários também para a definição do gênero nos documentos, no registro civil e nas relações sociais que se seguem ao nascimento. Muitos desses pacientes vieram, ao longo da vida, a se identificar como pertencentes a outro gênero: foram, por exemplo, designados mulheres após o nascimento e posteriormente passaram a se identificar como homens, mas mutilados em suas genitálias.
 
A resposta correta é: 
Os saberes médicos realizam a “correção genital” dos corpos intersexos por meio de cirurgias de designação sexual e tratamentos hormonais. Essas intervenções médicas não são questionáveis do ponto de vista dos direitos humanos uma vez que visam corrigir a anormalidade/patologia desses corpos que apresentam desenvolvimento incompleto das estruturas genitais..

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