ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO (1)

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COMPREENDENDO A EUROPA NA IDADE MODERNA: ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO 
 Talvez a coisa mais difícil para você, estudante do ensino fundamental, seja conseguir entender conceitos muito abstratos, tais como feudalismo, absolutismo, capitalismo, socialismo, etc.
Para que tanto ismo, não é mesmo? 
Bem, primeiro temos que identificar esse ISMO.
-ismo é um sufixo, ou seja, um elemento que posto ao fim uma palavra, cria uma nova palavra, um substantivo que tem base no radical daquela palavra inicial de que foi formado.
Assim, temos: feudalismo de feudo; absolutismo de absoluto; capitalismo de capital; socialismo de social; etc.
Tendo entendido isto, vamos ao ABSOLUTISMO.
Como já falamos, Absolutismo vem de Absoluto...
Mas o que, enfim, é absoluto. Vamos ao conceito:
CONCEITO: O ABSOLUTISMO MONÁRQUICO
Entende-se por Absolutismo, o processo de centralização política nas mãos dos reis ocorrido na Europa ocidental entre os séculos XI e XV. É resultado da evolução política das Monarquias Nacionais, surgidas na Baixa Idade Média, e fruto da aliança entre o rei e a burguesia.
Um pouco sobre...
___________________________________________________________________________________________CRONOLOGIA política EUROPEIA
sec. V: Fim da Antiguidade (Fim do Império Romano do Ocidente)
secs. V a X : Formação dos reinos bárbaros cristianizados (Aliança dos reis com a Igreja Católica ) 
secs. XI a XIII : - Fortalecimento do poder dos reis( sécs XIV a XVI : - Enfraquecimento do poder da Igreja (Reforma Protestante): Igreja perde sua força política
 - Renascimento comercial na Europa ( surgimento da burguesia) 
 - Formação das Monarquias nacionais (surgem os Estados modernos): Aliança entre rei e burguesia 
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FATORES DO ABSOLUTISMO
1. Aliança entre rei e burguesia:
A burguesia possuía um interesse econômico na centralização do poder político: a padronização monetária, dos pesos e medidas, a adoção de mecanismos protecionistas, garantindo a expansão das atividades comerciais; Há o enfraquecimento da nobreza feudal que passa a viver de de títulos de honra e cargos administrativos fatos que garantem a supremacia política do rei.
2.Reformas Religiosas:
As reformas religiosas minaram o poder papal levando a uma decadência do poder político da Igreja Católica, fato que colaborou para a consolidação do poder real.
O processo de aliança rei -burguesia e formação de um tipo de organização política, as monarquias nacionais, auxiliou no enfraquecimento do poder local da nobreza.
Características do ABSOLUTISMO MONÁRQUICO
A) Burocracia Estatal: corpo de funcionários que auxilia na administração do reino, fortalece o controle do Rei e, conseqüentemente, seu poder.
B) Criação de um Exército Nacional: instrumento principal do processo de centralização política. É formado por mercenários.
C) Controle da Justiça: o rei possuía o direito de criar as leis e, também, tribunais e cargos de justiça.
D) Controle sobre as Finanças: intervenção na economia, mediante o monopólio da cunhagem de moedas, da cobrança de impostos, da criação de Companhias de Comércio, entre outros.
TEÓRICOS DO ABSOLUTISMO MONÁRQUICO
Nicolau Maquiavel ( 1469/1525 ) - Responsável pela secularização da política, ou seja, ele supera a relação entre ética cristã e a política. 
Esta superação fica clara na tese de sua principal obra, ‘O Príncipe’, segundo a qual "os fins justificam os meios". O objetivo do príncipe é permanecer no poder.
Maquiavel subordina o indivíduo ao Estado, tornando-se assim no primeiro defensor do absolutismo.
Thomas Hobbes ( 1588/1679 ) -Seu pensamento está centrado em explicar as origens das organizações políticas entre os homens. De acordo com Hobbes, o homem em seu estado de natureza é egoísta. Este egoísmo gera prejuízos para todos.
Procurando a sociabilidade, os homens estabelecem um pacto: abdicam de seus direitos em favor de um soberano, que passa a ter o poder absoluto. Assim, o estado surge de um contrato. Esse pacto busca garantir e manter os interesses dos indivíduos.
Jacques Bossuet ( 1627/1704 ) e Jean Bodin ( 1530/1596 ) - Defensores da idéia de que a autoridade real era concedia por Deus. Desenvolvimento da doutrina do absolutismo de direito divino - o rei seria um representante de Deus e os súditos lhe devem total obediência. 
Ok, entendemos como funcionava a política durante A Idade Moderna na Europa.
Agora vamos entender como funcionava a ECONOMIA EUROPEIA nesse período:
CRONOLOGIA ECONÔMICA DA EUROPA
Secs V a X: FEUDALISMO: Formação dos reinos bárbaros e crescente volume de comércio levam ao crescimento do poder dos reis e ao surgimento da burguesia enquanto classe social comprometida com os negócios comerciais, as trocas de moedas, os empréstimos de dinheiro, enfim, atividades bancárias simples >
O desenvolvimento comercial e tecnológico europeu leva as monarquias à implementação de um sistema econômico mais sofisticado, O MERCANTILISMO.
CONCEITO de MERCANTILISMO: Política econômica do Estado Moderno baseada no comércio e no acúmulo de metais preciosos. É caracterizado pela intervenção do Estado nos assuntos econômicos. Visava o fortalecimento do Estado e o enriquecimento da burguesia.
PRÁTICAS MERCANTILISTAS
Para conseguir o acúmulo de capitais, a política mercantilista baseava-se nas seguintes práticas:
- Balança comercial favorável: A exportação maior que a importação auxiliava a manter as reservas de ouro e os investimentos.
- Metalismo (bulionismo): necessidade de acumular metais preciosos (ouro e prata), por isso quem encontrasse reservas de ouro e prata tinha riqueza. Por exemplo, Espanha e Portugal, por terem conseguido ser pioneiros nas grandes navegações, tinham um acesso mais fácil a esses recursos na América.
- Intervencionismo estatal: forte intervenção do Estado na economia, com o intuito de desenvolver a produção agrícola, comercial e industrial. O Estado passa a adotar medidas de caráter protecionista para estimular a exportação e inibir a importação, impondo pesadas tarifas alfandegárias aos produtos estrangeiros. 
- Monopólios: elemento essencial do protecionismo econômico. O Estado garante a exclusividade comercial sobre um determinado produto e/ou uma determinada área.
O MERCANTILISMO EM CADA NAÇÃO
Cada Estado Moderno buscará a acumulação de capitais obedecendo suas próprias especificidades.
PORTUGAL - Mercantilismo agrário, o acúmulo de capitais virá do extrativismo mineral (ouro) e da atividade agrícola nas colônias, principalmente no Brasil.
ESPANHA: Metalismo, em razão da grande quantidade de ouro e prata da América. 
FRANÇA: Produção de artigos de luxo para a exportação, ataques marítimos a cargas de outras nações, tentativa de domínio de territórios na América.
INGLATERRA: Num primeiro momento, a Inglaterra consegue acúmulo de capitais através do comércio, principalmente após o Ato de Navegação de 1651. O grande desenvolvimento comercial vai impulsionar a indústria. Esta última se tornará a atividade principal para a Inglaterra conseguir o acúmulo de capitais.
HOLANDA: desenvolve o mercantilismo misto, ou seja, comercial e industrial.
MERCANTILISMO E FORMAÇÃO DO SISTEMA COLONIAL
A principal dificuldade do mercantilismo residia na necessidade que todos os países tinham de manter uma balança comercial favorável, ou seja, todos queriam exportar, porém nenhum gostava de importar.
Para solucionar este problema e que será montado o Sistema Colonial. Este se baseava no monopólio comercial. Existia um conjunto de regras entre a Metrópole e suas Colônias, chamado de PACTOCOLONIAL. As áreas coloniais, mediante esse pacto, garantiam a prosperidade de suas metrópoles ao vender - a preços muito baixos - matéria-prima e comprar - a preços elevados, os produtos manufaturados.
EXERCÍCIOS
1) No processo de formação dos Estados Nacionais na Europa, podem ser identificados os seguintes aspectos:
a) Fortalecimento do poder da nobreza e retardamento da formação do Estado Moderno
b) Ampliação da dependência do rei em relação aos senhores feudais e à Igreja
c) Desagregação do feudalismo, centralização política e fortalecimento da burguesia.
d) Diminuição do poder real e crise do capitalismo comercial.
e) Enfraquecimento da burguesia e equilíbrio entre Estado e Igreja.
2) O sistema de colonização objetivado pela política mercantilista tinha em mira:
a) criar condições para a implantação de novos reinos nas colônias.
b) evitar os conflitos internos, resultantes dos choques entre feudalismo e capitalismo, que entravavam o desenvolvimento dos países europeus.
c) ganhar prestígio internacional e financiar pesquisas.
d) obter a garantia de acessos às fontes de matérias-primas e aos mercados consumidores no ultra-mar.
3) Na obra O Príncipe , Maquiavel defendia o absolutismo como forma de consolidar e fortalecer o Estado. Entre seus argumentos destaca-se:
a) a necessidade de o governante cercar-se de bons conselheiros, com os quais dividiria o poder; b) a idéia de que somente a lei moral e religiosa limitaria os poderes do rei
c) o reconhecimento de que todos os meios utilizados para defender os interesses do governante e do Estado seriam justificados;
d) o princípio da constante mudança das instituições , para que elas se adequassem sempre às novas situações.
4) O Estado Moderno absolutista atingiu seu maior poder de atuação no século XVII. Na economia sua expressão foi:
a) o liberalismo
b) o capitalismo
c) o mercantilismo
e) o economicismo.
5) São características do mercantilismo:
a) livre cambismo, fomento às indústrias, balança comercial favorável.
b) fomento às indústrias, tarifas protecionistas, metalismo, leis de mercado.
c) livre cambismo, pacto colonial, intervencionismo estatal.
d) monopólio, livre cambismo, tarifas protecionistas, metalismo.
e) balança comercial favorável, metalismo, tarifas protecionistas, intervencionismo estatal.