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Governo
Lula e Dilma
Lucas Paiva, 2023
Luiz Inácio Lula da Silva nasceu em Pernambuco em 1945 e mudou-se
para São Paulo em 1956.
Atuou como metalúrgico, sendo eleito presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema em 1975.
Liderou movimentos de greves operárias. 
Em 1980, Lula fundou o PT, juntamente com outros sindicalistas,
intelectuais, políticos e representantes de movimentos sociais.
Ficou preso por 31 dias em 1980 devido a uma interferência do
Governo Federal no sindicato durante greve dos metalúrgicos.
Foi um dos principais líderes das "Diretas Já" em 1984.
Foi candidato à presidência em 1989, 1994, 1998 e ganhou as eleições
de 2002 e 2006.
Quem é Lula?
Governo Lula (2003 - 2011)
Eleições
Governo Lula (2003 - 2011)
Contexto histórico
Quando Lula assumiu a presidência do Brasil em 2003, o
país enfretava diversos desafios, como:
Crise econômica: o país lidava com uma alta taxa de
inflação, desemprego e significativa dívida externa.
Desigualdade social: grande parcela da população
vivia na pobreza, enquanto uma minoria desfrutava
de riqueza e privilégio. 
Educação e saúde: a qualidade dos serviços públicos,
como educação e saúde, estava aquém do desejado,
com acesso limitado a serviços de qualidade para
muitos brasileiros.
Corrupção: a corrupção era endêmica no Brasil, com
grandes escândalos políticos e econômicos.
Governo Lula (2003 - 2011)
Política social
O Governo Lula implementou uma série de políticas sociais destinadas a reduzir a pobreza e a
desigualdade no Brasil. Algumas das principais características da política social do governo Lula
incluíram:
Programa Bolsa Família: O Bolsa Família é um programa de transferência de renda que visa
fornecer auxílio financeiro a famílias em situação de pobreza. Ele unificou vários programas de
assistência social pré-existentes e se tornou um dos maiores programas de transferência de
renda do mundo, beneficiando milhões de famílias.
Fome Zero: O Programa Fome Zero foi uma iniciativa que buscava erradicar a fome no Brasil,
promovendo a segurança alimentar e o acesso a alimentos para os mais necessitados.
Minha Casa, Minha Vida: Este programa tinha como objetivo facilitar o acesso à moradia digna,
oferecendo subsídios para famílias de baixa renda adquirirem suas casas.
Governo Lula (2003 - 2011)
Política social
Expansão do ensino superior: O governo Lula investiu na expansão do ensino superior por
meio do Programa Universidade para Todos (ProUni) e da criação de novas universidades
públicas, tornando o ensino superior mais acessível a estudantes de baixa renda.
Programas de saúde: Houve esforços para melhorar o acesso à saúde, incluindo a expansão da
cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS) e a importação de medicamentos genéricos a
preços mais acessíveis.
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC): Este programa visava investir em
infraestrutura e promover o crescimento econômico, com a criação de empregos e o
desenvolvimento de setores-chave da economia.
Essas políticas sociais contribuíram para a redução significativa da pobreza e da desigualdade no
Brasil durante o governo Lula. No entanto, é importante observar que o período do governo Lula
também foi marcado por desafios e controvérsias, incluindo escândalos de corrupção que
afetaram seu legado.
Governo Lula (2003 - 2011)
Movimentos sociais
A mobilização se fortaleceu no início do novo século, principalmente a partir da ascensão dos
governos do PT, que passaram a valorizar os movimentos sociais como interlocutores e até
parceiros na elaboração de políticas públicas. 
Além de movimentos vinculados a trabalhadores, pode ser identificada a atuação dos
movimentos: estudantil, negro, feminista, ambientalista, LGBTQIA+, coletivos libertários e
sindicatos. Ao defenderem pautas específicas, como o combate ao racismo ou à opressão de
gênero, esses movimentos contribuem para o processo de democratização, por meio de uma
prática política que vai além da simples participação no processo eleitoral. 
Destaca-se também o engajamento do governo Lula na realização de reajustes expressivos no
salário mínimo, com grande impacto na economia.
A ampliação da previdência social aos trabalhadores rurais e do crédito consignado a
servidores públicos, também resultaram em ganhos para os trabalhadores. 
Para os críticos do governo Lula, sua administração tentou promover a cidadania por meio do
consumo, resultando no que classificam como uma “falsa cidadania”.
Governo Lula (2003 - 2011)
Movimentos sociais
Governo Lula (2003 - 2011)
Economia
No início de seu governo, Lula efetivamente manteve a política econômica de seu antecessor,
mantendo altas taxas de juros para combater a inflação e o equilíbrio fiscal, e subordinando os
gastos governamentais à disponibilidade efetiva de recursos, a fim de lidar com uma imensa dívida
externa e interna. 
A nova situação de prosperidade econômica resultou em elevadas taxas de expansão da economia
brasileira e no virtual desaparecimento do problema da dívida externa: em 2008, as reservas
internacionais do país superaram o valor da dívida.
A partir de 2008, iniciou-se uma grave crise na economia mundial. Porém, graças ao clima geral de
otimismo diante do crescimento econômico, com a elevação do consumo das camadas populares,
propiciada pelas medidas socioeconômicas e assistenciais, além da existência de amplas reservas
em moeda estrangeira, a crise pouco afetou o Brasil em um primeiro momento. A retração
econômica daquele ano não apenas foi superada em 2009, como a economia brasileira chegou a
crescer 7,5% em 2010, a maior taxa de expansão anual desde 1986.
Ao longo dos dois governos de Lula, a taxa de desemprego caiu significativamente e houve um
aumento relevante no índice de emprego formal, isto é, com registro em carteira de trabalho e
todos os benefícios da legislação trabalhista.
Governo Lula (2003 - 2011)
Política externa
Ampliou-se o protagonismo do país em ações internacionais, e o exemplo mais notável foi o
envio de uma missão militar brasileira para o Haiti, com o objetivo de auxiliar na reestruturação
econômica e política do país. 
A Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) iniciou-se em 2004, e teve
seu contingente militar comandado por oficiais do Exército brasileiro.
A participação em negociações diplomáticas internacionais, inclusive sobre questões
ambientais, e até mesmo a oferta para a mediação de conflitos delicados, como no Oriente
Médio, passou a caracterizar o novo envolvimento da diplomacia brasileira na arena mundial,
com maior ou menor grau de sucesso.
O engajamento na política regional, principalmente através da União das Nações Sul-
Americanas (Unasul), também foi notável. As boas relações com os regimes de esquerda no
continente acabaram levando a uma ampliação do Mercosul.
Governo Lula (2003 - 2011)
Política externa
Governo Lula (2003 - 2011)
Política externa
Governo Lula (2003 - 2011)
O governo Lula também realizou ações em outras áreas do Brasil, como nas questões sociais,
ampliando os programas de distribuição de renda que haviam sido criados durante o governo
de FHC.
O governo Lula também concentrou ações no campo da política externa almejando, sem
sucesso, por exemplo, a obtenção de uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da
ONU.
Por fim, durante o final de seu governo, Lula, aproveitando-se de sua boa popularidade, lançou
Dilma Rousseff como candidata à sucessão. A candidatura de Dilma, além de contar com o
prestígio do governo Lula, também se fortaleceu quando Lula negociou uma coligação política
com o PMDB, que foi manifestada a partir da nomeação de Michel Temer para a vice-
presidência.
Outras considerações
Governo Lula (2003 - 2011)
Eleições de 2010
Dilma Rousseff foi a primeira mulher a
ocupar a Presidência da República. A
candidata do PT venceu as eleições de
2010 no 2° turno, com 56% dos votos. O
segundo turno eleitoral aconteceu em
31 de outubro, quando Dilma Rousseff
venceu com 55 milhões de votos o
candidato José Serra.Em 1º de janeiro
de 2011, a primeira mulher eleita para a
Presidência da República do Brasil
tomou posse em solenidade no Palácio
do Planalto.
Dilma Vana Rousseff nasceu em Belo Horizonte em 1947.
Aos 16 anos, deu início à vida política, integrando organizações de
combate ao regime militar.
Condenada por “subversão”, ficou presa de 1970 a 1972 em São
Paulo.
Mudou-se para Porto Alegre em 1973 e retomou os estudos na
UFRGS.
Dedicou-se, em 1979, à campanha pela Anistia.
Com Carlos Araújo, seu marido, ajudou a fundar o Partido
Democrático Trabalhista (PDT) no Rio Grande do Sul.
Atuou em diversos cargos de destaque, como presidente da
Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul, ministra
de Minas e Energia, presidente do Conselho de Administração da
Petrobras, diretora do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC), entre outros.
Quem é Dilma?
Ao assumir a presidência, Dilma manteve a política
econômica adotada pelas gestões anteriores, de
Lula e FHC.
A crise econômica internacional, iniciada em 2008,
agravou-se e suas consequências começaram a ser
sentidas no Brasil. O crescimento do PIB passou a
ser bastante limitado e a inflação apresentou ligeira
elevação, apesar de a taxa de desemprego manter-
se baixa.
Em 2013, com a persistência de um crescimento
limitado, Dilma promoveu mudanças na economia,
partindo da ideia de que a recuperação só seria
possível a partir de uma atuação mais forte do
Estado na economia.
Governo Dilma (2011 - 2016)
Política econômica
Medidas econômicas adotadas no governo Dilma:
Diminuição nas taxas de juros para aumentar os investimentos, a fim de fazer surgir novas
iniciativas econômicas e ampliar o nível de emprego.
Diminuição dos impostos, visando manter recursos na economia, ampliando o consumo e
estimulando a produção.
Combate à inflação, incluindo baixas forçadas nos preços administrados pelo governo, como de
combustíveis e energia elétrica.
Investimentos diretos do Estado, principalmente no setor energético (Petrobras) e na
contratação de grandes obras junto a construtoras.
Favorecimento de projetos privados em setores considerados de grande impacto econômico,
por exemplo, na tentativa de privatizar estradas, portos e aeroportos.
Os resultados dessas medidas foram bastante negativos e a inflação chegou a 10,67% em 2015.
Governo Dilma (2011 - 2016)
Política econômica
Governo Dilma (2011 - 2016)
Comissão Nacional da Verdade
Em 2012, foi instituída a CNV, cujo objetivo era
apurar as graves violações de direitos humanos
ocorridas no Brasil entre 18 de setembro de 1946
e 5 de outubro de 1988. 
A lei que estabeleceu a CNV foi sancionada por
Dilma em novembro de 2011 e o foco principal
era investigar casos de desaparecidos políticos. 
De acordo com um documento elaborado pelo
governo federal, há 150 casos de opositores do
regime militar que desapareceram após serem
presos ou sequestrados por agentes do Estado. 
A CNV entregou seu relatório final em 2015,
apresentando resoluções aprovadas por seus
membros e publicadas no Diário Oficial da
União.
Governo Dilma (2011 - 2016)
Retorno ao nacional-desenvolvimentismo
As medidas adotadas por Dilma chamam a atenção
pela semelhança com o antigo modelo nacional-
desenvolvimentista, no qual o Estado atuava como
promotor da expansão, visando à autossuficiência
econômica.
No entanto, ao privilegiar o mercado interno e as
relações econômicas com países afinados
ideologicamente, como os membros da Unasul e
países amigos da África, o Brasil acabou
negligenciando as cadeias globais de valor.
Grandes empresas brasileiras com razoáveis chances
de sucesso na economia globalizada (notadamente
a Petrobras), foram sucateadas, uma vez colocadas
como ferramentas de prosperidade nacional.
Governo Dilma (2011 - 2016)
Últimos julgamentos do caso
Mensalão.
Queda da popularidade do PT.
Crescentes manifestações
populares em 2013.
Tornou-se pública, em 2014, a
Operação Lava Jato, que revelou
o pagamento de propina em
obras realizadas pelo governo e
saque da Petrobras em prol de
interesses privados e partidários.
Crise política
Governo Dilma (2011 - 2016)
Nesse clima de crise política e
degradação econômica, foram realizadas
as eleições presidenciais de 2014. Dilma
concorreu à reeleição enfrentando uma
oposição fortalecida, liderada por Aécio
Neves, do PSDB, que também seria
acusado pela Operação Lava Jato no ano
seguinte.
Eleições de 2014 e o impeachment
Seu segundo mandato foi vivido em crise
permanente.
Foi desmoralizada pelos eleitores e criticada
dentro do próprio partido.
Aprofundamento da crise econômica.
Oposição de grande parte da imprensa.
Grandes manifestações nas ruas em março de
2016.
Início do processo de impeachment votado pela
Câmara dos Deputados em abril de 2016.
No Senado, foram 61 votos por seu afastamento
contra 20 por sua absolvição.
Dilma foi condenada pelo plenário por crime de
responsabilidade e afastada do cargo.
Seu vice, Michel Temer, do PMDB, assumiu a
presidência até 2018.
Governo Dilma (2011 - 2016)
Eleições de 2014 e o impeachment
Obrigado pela atenção!