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Contabilidade Fiscal e Tributária - Módulo I

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Profº. Márcio Marques Gonçalves
M.Sc., Contador, Doutorando em Economia 
pela UNLAM - Argentina
Contabilidade Fiscal e 
Tributária
Sumário Módulo I
– Resumo de Normas Jurídicas
– Conceitos gerais de ICMS e IPI
– Fato Gerador
– Base de Cálculo
– Cálculo dos Impostos
 Módulo II
– Imunidades
– Isenções
– ICMS e IPI na Zona Franca de Manaus
– Suspensão, Interrupção e Diferimento
– Crédito tributário
 Módulo III
– Documentos Fiscais
– Livros Fiscais
– Apuração Contábil
– Notas Fiscais
 Módulo IV
– Industrialização e Transporte na Zona Franca de Manaus
– Substituição Tributária
– Importação e Exportação
– Reflexos do ICMS e IPI no SIMPLES Federal.
 Módulo V
– Tributos Indiretos - ISSQN - Conceitos, cálculo e apuração
– Tributos Indiretos - PIS e COFINS - Conceitos, cálculo e apuração.
 Módulo VI
– Tributos Diretos - IRPF - Conceitos, cálculo e apuração
– Tributos Diretos - IRPJ - Conceitos, cálculo e apuração (Lucro Real, Presumido, Arbitrado e SIMPLES)
– Reflexos dos tributos - Provisões para 13o., Férias
– Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
 Módulo VI
– Tratamento operacional da operação dos tributos
– Planejamento Tributário - ZFM
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 2
MÓDULO I
Resumo de Normas Jurídicas
Conceitos gerais de ICMS e IPI
Fato Gerador
Base de Cálculo
Cálculo dos Impostos
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio 
M. Gonçalves 3
A HIERARQUIA DA LEGISLAÇÃO
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 4
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS 
CONSTITUCIONAIS
 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
– O princípio da legalidade em matéria 
tributária encontra-se expresso no artigo 150, 
I da CRFB/88 da seguinte forma: 
“Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou 
aumentar tributo sem lei que o estabeleça”.
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 5
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS 
CONSTITUCIONAIS
 Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
I. a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II. a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos 
artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
III. a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, 
ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu 
sujeito passivo;
IV. a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado 
o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
V. a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a 
seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
VI. as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos 
tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.
VII. § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base 
de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.
 § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no 
inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva 
base de cálculo. É oportuno destacar que a concessão de benefícios 
fiscais também só pode ser feita através de lei, e esta deve ser 
específica por força do §6º do artigo 150 da CRFB/88.
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 6
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS 
CONSTITUCIONAIS
 PRINCÍPIO DA ISONOMIA
– O princípio da isonomia tributária está previsto no 
art. 150, II da CRFB/88, que assim dispõe: 
“Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: II - instituir tratamento 
desigual entre contribuintes que se encontrem em 
situação equivalente, proibida qualquer distinção em 
razão de ocupação profissional ou função por eles 
exercida, independentemente da denominação jurídica 
dos rendimentos, títulos ou direitos”.
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 7
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS 
CONSTITUCIONAIS
 PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE.
– Este princípio encontra-se disposto no artigo 
150, III, a da CRFB/88, da seguinte forma:
“Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar 
tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos 
antes do início da vigência da lei que os houver 
instituído ou aumentado”.
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 8
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS 
CONSTITUCIONAIS
 PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DO 
EXERCÍCIO.
– Este princípio está previsto no artigo 150, III, b 
da CRFB/88, da seguinte forma:
“sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: b) no 
mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a 
lei que os instituiu ou aumentou”.
– Exceções: II, IE, IPI e IOF. (artigo 150, §1°, da 
CRFB/88 , finalidade extrafiscal ), Impostos 
Extraordinários de Guerra , em virtude da 
própria aplicabilidade de tal imposto, 
Empréstimos compulsórios, INSS, ICMS 
monofásico e CIDE- Combustível.
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 9
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS 
CONSTITUCIONAIS
 PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL OU 
NOVENTENA.
– Este princípio apresenta-se como regra geral, prevista no 
artigo 150, III, c da CRFB/88, da seguinte forma:
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios: III - cobrar tributos: c) antes de decorridos 
noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os 
instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b”.
– Exemplificando, caso um tributo seja majorado até o dia 
02 de outubro de determinado ano, poderá ser cobrado 
no ano seguinte, uma vez que estarão satisfeitas as 
regras da anterioridade e da noventena. 
– Porém, se esta lei for publicada partir do dia 03 de 
outubro, o tributo só poderá ser cobrado em meados de 
janeiro do ano seguinte, devendo ser respeitado o prazo 
de 90 dias da publicação da lei que o instituiu ou 
aumentou.
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 10
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS 
CONSTITUCIONAIS
 PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO AO CONFISCO.
– Encontra-se previsto no artigo 150, IV da CRFB/88, 
que assim dispõe:
“Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, 
é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: IV - utilizar tributo com efeito de confisco”.
– Este princípio determina que a tributação deve ser 
feita de forma coerente com a capacidade 
contributiva do sujeito, não podendo inviabilizar as 
atividades lícitas do contribuinte.
– O problema da aplicação do princípio em tela é que o 
conceito do que seria confisco é subjetivo, cabendo 
ao juiz no avaliar a situação, a fim de saber se a 
tributação configura hipótese de confisco ou não.
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 11
TRIBUTOS
“Art. 3º (CTN) - Tributo é toda prestação 
pecuniária compulsória, em moeda ou cujo 
valor nela se possa exprimir, que não 
constitua sanção de ato ilícito, instituída em 
lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada”.
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 12
DIVISÃO E ESPÉCIE DE 
TRIBUTOS
 Impostos
– Serve para atender as necessidades gerais da Coletividade. 
O benefício não é individual, e sim para a toda a 
comunidade. Exemplo de impostos: ICMS, IPI, II, IE, 
IPVA.
 Taxas
– Utilizadas para retribuir o ônus inerente ao exercício 
regular do poder de polícia e os serviços específicos e 
divisíveis (coleta de lixo, licenciamento de veículos, taxa de 
inspeção sanitária, etc.). 
– Considera-se poder de polícia, a atividade da 
Administração Pública que, disciplinando direito, interesse, 
regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de 
interesse público referente à segurança, à higiene, à 
ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do 
mercado.
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 13
DIVISÃO E ESPÉCIE DE 
TRIBUTOS
 Contribuições deMelhoria
– São aquelas instituídas em razão de valorização do 
particular, em função da realização de uma obra 
pública. (Prefeitura construiu uma Praça próxima de 
um terreno particular e valoriza o local do particular).
 Empréstimos Compulsórios
– São instituídos visando atender as calamidades 
públicas ou guerra externa e investimento público 
relevante para o interesse nacional.
 Contribuições
– Que objetivam a regulamentação da economia, os 
interesses de categorias profissionais e o custeio da 
seguridade social e educacional.
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 14
CLASSIFICAÇÃO DOS 
TRIBUTOS
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 15
Diretos
• são aqueles em que o valor econômico da obrigação 
tributária é suportado exclusivamente pelo contribuinte 
sem que o ônus seja repassado para terceiros. Os 
impostos diretos incidem sobre o patrimônio e a renda, e 
são considerados tributos de responsabilidade pessoal. 
Exemplo: IRPF, IRPJ, IPTU, ITR, IPVA e etc.
Indiretos
• são aqueles em que a carga financeira decorrente da 
obrigação tributária é transferida para terceiros ficando 
sujeito passivo obrigado a recolher o respectivo valor, 
mas o ônus fica transferido para outrem. Os impostos 
indiretos são aqueles que incidem sobre a produção e a 
circulação de bens e serviços e são repassados para o 
preço, pelo produtor, vendedor ou prestador de serviço. 
Exemplos: IPI, ICMS, ISS, COFINS e etc.
OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 16
Obrigação 
Principal
• tem por objetivo entregar determinado montante em dinheiro aos 
cofres públicos. A prestação à qual se obriga o sujeito passivo é 
de natureza patrimonial e decorre necessariamente de lei (art., 
113, § 1º , CTN).
Obrigação 
Acessória
• tem por objeto deveres formais que propiciam ao poder público 
o fiel cumprimento da prestação tributária e sua conseqüência 
fiscalização.
• Exemplo: entrega de declarações eletrônicas, emissão de notas 
fiscais, elaboração de livros fiscais. A obrigação Acessória é 
uma obrigação de fazer ou não fazer. Por exemplo: emitir uma 
nota fiscal (fazer). Não receber a mercadoria desacompanhada 
da documentação legalmente exigida (não fazer).
Elementos da Obrigação Principal
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 17
Percentual aplicado 
sobre a base de 
cálculo, resultando 
assim o tributo para o 
recolhimento.
Alíquota
Conjunto de 
Valores, utilizado 
para cálculo de 
Tributos.
Base de Cálculo
Motivo da 
Incidência do 
Tributo
Fato Gerador
É a pessoa física 
ou jurídica que 
por ter relação 
direta com o fato 
gerador, a lei 
atribui a 
obrigação de 
recolher o 
imposto.
Contribuinte:
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
 Competência Federal
– IPI – Imposto Produtos Industrializados
– PIS/PASEP – Programas de Integração Social e de Formação do 
Patrimônio do Servidor Público
– COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
– Cide Combustíveis - Contribuição de Intervenção no Domínio 
Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de 
gasolina e suas correntes, diesel e suas correntes, querosene de 
aviação e outros querosenes, óleos combustíveis (fuel-oil), gás 
liquefeito de petróleo (GLP), inclusive o derivado de gás natural e de 
nafta, e álcool etílico combustível.
– IR - Imposto de Renda
– II - Imposto sobre Importação
– IOF - Imposto sobre operações Financeiras
– ITR - Imposto Territorial Rural
– INSS - Instituto Nacional do Seguro Social, relativo as Contribuições 
Previdenciárias
– CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 18
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
 Competência Estadual
– ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à 
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações 
de Serviços de Transporte Interestadual e 
Intermunicipal e de Comunicação
– IPVA - Imposto sobre a Propriedade de 
Veículos Automotores
– ITCMD - Imposto sobre Transmissão "Causa 
Mortis" e Doação de Quaisquer Bens ou 
Direitos.
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 19
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
 Competência Municipal
– ISSQN – Imposto Sobre Serviços de 
Qualquer Natureza.
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 20
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
 O Distrito Federal, de acordo com a constituição Federal, possui a 
competência tributária para instituir todos os tributos de 
competência dos estados e municípios.
 No caso do Simples Nacional, trata-se de um Regime Especial 
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas 
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, que abrange o 
recolhimento único dos tributos das três esferas. 
 Conforme artigo 12 e 13 da Lei Complementar 123/06 o Simples 
Nacional abrange os seguintes impostos e contribuições: IRPJ, IPI, 
observado o disposto no inciso XII do § 1º deste artigo, CSLL, 
COFINS e PIS/Pasep observado o disposto no inciso XII do § 1º 
deste artigo, Contribuição Patronal Previdenciária - CPP para a 
Seguridade Social nos termos do inciso VI do artigo 13 dessa LC, e 
o ICMS, ISS. 
 O recolhimento desses tributos que o SN abrange exclui a 
incidências de imposto e contribuições nos termos do § 1º do artigo 
13 da mesma LC. Portanto, o Simples Nacional não é um imposto 
ou contribuição, mas é uma forma simplificada de recolhimento de 
tributos.
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 21
IMPOSTOS E TAXAS SOBRE VENDAS
 Os impostos ou taxas sobre vendas incidem e 
guardam proporcionalidade com preço das 
mesmas. 
 Quanto maior o montante das vendas, maior 
será o montante dos impostos ou taxas. 
 Por isso, esses tributos são considerados 
indiretos, pois em cada etapa econômica da 
produção, circulação ou consumo são 
repassados para o preço do 
produto/mercadoria/serviço.
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 22
IPI – IMPOSTO SOBRE 
OPERAÇÕES DE 
MERCADORIAS
Tributos Indiretos - IPI
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio 
M. Gonçalves 23
IPI – Imposto sobre Produtos 
Industrializados
 A legislação do IPI por ser federal apresenta normas 
válidas em todo o território nacional. 
 A Lei Federal nº. 4.502/1964 apresenta as normas gerais 
do IPI, apesar da CF/88 determinar que estas normas 
gerais devem ser disciplinadas mediante Lei 
Complementar. 
 Contudo esse fato é explicável, porque na época em que 
foi editada estava em vigor a Constituição de 1964 a 
qual não obrigava que as normas tributárias fossem 
disciplinadas por Lei Complementar.
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 24
IPI – Imposto sobre Produtos 
Industrializados
 Fato Gerador
– Em regra geral é fato gerador do IPI a saída de 
mercadoria de estabelecimento industrial ou equiparado a 
industrial (art. 34 do RIPI/2002).
Art. nº. 34 Lei nº. 4.502/64, art. 2º.). É Fato Gerador do IPI:
I. o desembaraço aduaneiro de produto de procedência 
estrangeira; ou
II. a saída de produto do estabelecimento industrial ou 
equiparado à indústria.
– O fator gerador é a saída da mercadoria, não importando 
se é uma venda ou destinada a teste tal como consta no 
Parecer Normativo nº. 448/1970.
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 25
IPI – Imposto sobre Produtos 
Industrializados
 Alíquota
– De competência da União, a alíquota do IPI varia de 
acordo como o produto, ou seja, tratando-se de 
produtos de primeira necessidade, a alíquota é baixa 
ou até mesmo zero (produtos alimentícios, vestuário, 
calçados, matérias-primas básicas, etc.); tratando-se 
de produtos supérfluos, alíquota é elevada (cigarros, 
bebidas alcoólicas, perfumes, automóveis, etc.).
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 26
Tratamento do IPI nas 
empresas comerciais
 Para uma indústria
– que adquire matéria-prima pagando IPI e ICMS, 
nenhum desses impostos representa custo, uma 
vez que, ao vender o produto final, a indústria 
cobra (recupera) do cliente os impostos sobre 
vendas.
 Uma empresa comercial, 
– quandoadquire produtos de uma indústria, paga 
o IPI e o ICMS, no entanto só recupera o ICMS. 
O IPI é custo para a empresa comercial.
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 27
Tratamento do IPI nas 
empresas comerciais
 Exemplo
– Considerando uma aquisição de mercadorias por R$ 
13.000,00, cujo preço é de R$ 10.000,00, mais R$ 
3.000,00 de IPI, há um destaque de R$ 1.700,00 de 
ICMS (17%). Há as seguintes possibilidades de 
valores a serem lançados no estoque.
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 28
INDÚSTRIA COMÉRCIO SERVIÇOS
Que recupera o IPI e 
o ICMS
Que recupera só o 
ICMS
Que não recupera o 
ICMS e nem o IPI
R$ 8.300 R$ 11.300 R$ 13.000
ICMS – IMPOSTO SOBRE 
OPERAÇÕES DE 
MERCADORIAS, ...
Tributos Indiretos - ICMS
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio 
M. Gonçalves 29
ICMS – Imposto sobre operações relativas à 
Circulação de Mercadorias e sobre a prestação de 
Serviços de Transporte Interestadual, 
Intermunicipal e de Comunicações. 
“Art.155. Compete aos Estados e ao Distrito 
Federal instituir imposto sobre:
II – operações relativas à circulação de 
mercadorias e sobre prestações de serviços 
de transporte interestadual e intermunicipal 
e de comunicação, ainda que as operações 
e as prestações se iniciem no exterior;”
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 30
ICMS
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao 
seguinte:
I. será não-cumulativo, compensando-se o que for 
devido em cada operação relativa à circulação de 
mercadorias ou prestação de serviços com o montante 
cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou 
pelo Distrito Federal;
II. a isenção ou não incidência, salvo determinação em 
contrário da legislação:
a) não implicará crédito para a compensação com o montante 
devido nas operações ou prestações seguintes;
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações 
anteriores;
III. poderá ser seletivo, em função da essencialidade das 
mercadorias e dos serviços;
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 31
ICMS
IV.- .....................................................................
V.- ...................................................................... 
VI.- salvo deliberação em contrário e dos Estados e 
do Distrito Federal, nos termos do disposto no 
Inciso XII, g, as alíquotas internas, nas operações 
relativas à circulação de mercadorias e nas 
prestações de serviços, não poderão ser inferiores 
às previstas para as operações interestaduais;
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 32
ICMS
VII - em relação às operações e prestações que 
destinem bens e serviços a consumidor final 
localizado em outro Estado, adotar-se-á:
a) a alíquota interestadual, quando o destinatário 
for contribuinte do imposto;
b) a alíquota interna, quando o destinatário não for 
contribuinte dele;
VIII - ...............................................
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 33
ICMS
IX - incidirá também:
a) sobre a entrada de mercadoria importada do 
exterior, ainda quando se tratar de bem 
destinado a consumo ou ativo fixo doe 
estabelecimento, assim como sobre serviço 
prestado no exterior, cabendo o imposto ao 
Estado onde estiver situado o estabelecimento 
destinatário da mercadoria ou do serviço;
b) sobre o valor total da operação, quando 
mercadorias forem fornecidas com serviços não 
compreendidos na competência tributária dos 
municípios;
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 34
ICMS
X - não incidirá:
a) sobre operações que destinem ao exterior 
produtos industrializados, excluídos os 
semielaborados definidos em lei complementar;
b) sobre operações que destinem a outros Estados 
petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis 
líquidos e gasosos dele derivados, e energia 
elétrica;
c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, 
§ 5º;
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 35
ICMS
XI - não compreenderá, em sua base de 
cálculo, o montante do imposto sobre produtos 
industrializados, quando a operação, realizada 
entre contribuintes e relativa a produto 
destinado à industrialização, configure fato 
gerador dos dois impostos;
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 36
ICMS
XII - cabe à lei complementar:
a) definir seus contribuintes;
b) dispor sobre substituição tributária;
c) disciplinar o regime de compensação do imposto;
d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do 
estabelecimento responsável, o local das operações relativas à 
circulação de mercadorias e das prestações de serviços;
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o 
exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no 
inciso X, a;
f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à 
remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de 
serviços e de mercadorias;
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do 
Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão 
concedidos e revogados”.
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 37
ICMS
 Conforme a previsão constitucional anterior, 
as regras básicas do ICMS, a nível nacional, 
estão reguladas pelas Leis Complementares 
87/96 e 99/99.
 Há ainda a Lei Complementar 65/91 que 
define, na forma da alínea a do inciso X 
anterior, quais os produtos semielaborados 
podem ser tributados pelos Estados e Distrito 
Federal, quando de sua exportação para o 
exterior.
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 38
Fato Gerador
 Ocorre o fato gerador do ICMS (art. 12 da 
L.C. nº. 87/1996) nas operações relativas à 
circulação de mercadorias, prestação de 
serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal ou de comunicação, ainda que 
a operação ou prestação se inicie no exterior.
 O fato gerador do ICMS, em regra geral, se 
dá na saída de mercadorias a qualquer título, 
independente do ato jurídico praticado entre 
os estabelecimentos (venda, doação, troca 
de mercadorias, etc.).
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 39
Fato Gerador
“Art. 12. Considera-se ocorrido o fato gerador 
do imposto no momento:
I. da saída de mercadoria de estabelecimento de 
contribuinte, ainda que para outro 
estabelecimento do mesmo titular;
II. do fornecimento de alimentação, bebidas e 
outras mercadorias por qualquer 
estabelecimento;
III. da transmissão a terceiro de mercadoria 
depositada em armazém geral ou em depósito 
fechado, no Estado do transmitente;
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 40
Fato Gerador
IV. da transmissão de propriedade de mercadoria, ou 
de título que a represente, quando a mercadoria 
não tiver transitado pelo estabelecimento 
transmitente;
V. do início da prestação de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal, de qualquer 
natureza;
VI. do ato final do transporte iniciado no exterior;
VII. das prestações onerosas de serviços de 
comunicação, feita por qualquer meio, inclusive a 
geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a 
retransmissão, a repetição e a ampliação de 
comunicação de qualquer natureza;
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Fato Gerador
VIII.do fornecimento de mercadoria com prestação 
de serviços:
a) não compreendidos na competência tributária dos 
Municípios;
b) compreendidos na competência tributária dos 
Municípios e com indicação expressa de incidência do 
imposto de competência estadual, como definido na 
lei complementar aplicável;
IX. do desembaraço aduaneiro de mercadorias ou 
bens importados do exterior; (Redação dada 
pela Lcp 114, de 16.12.2002)
X. do recebimento, pelo destinatário, de serviço 
prestado no exterior;
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Fato Gerador
XI. da aquisição em licitação pública de 
mercadorias ou bens importados do exterior 
e apreendidos ou abandonados; (Redação 
dada pela Lcp 114, de 16.12.2002)
XII.da entrada no território do Estado de 
lubrificantes e combustíveislíquidos e 
gasosos derivados de petróleo e energia 
elétrica oriundos de outro Estado, quando 
não destinados à comercialização ou à 
industrialização; (Redação dada pela LCP nº 
102, de 11.7.2000)
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Fato Gerador
XIII. da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se 
tenha iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a 
operação ou prestação subsequente.
§ 1º Na hipótese do inciso VII, quando o serviço for prestado mediante 
pagamento em ficha, cartão ou assemelhados, considera-se ocorrido o 
fato gerador do imposto quando do fornecimento desses instrumentos 
ao usuário.
§ 2º Na hipótese do inciso IX, após o desembaraço aduaneiro, a 
entrega, pelo depositário, de mercadoria ou bem importados do exterior 
deverá ser autorizada pelo órgão responsável pelo seu desembaraço, 
que somente se fará mediante a exibição do comprovante de 
pagamento do imposto incidente no ato do despacho aduaneiro, salvo 
disposição em contrário.
§ 3o Na hipótese de entrega de mercadoria ou bem importados do 
exterior antes do desembaraço aduaneiro, considera-se ocorrido o fato 
gerador neste momento, devendo a autoridade responsável, salvo 
disposição em contrário, exigir a comprovação do pagamento do 
imposto. (Incluído pela Lcp 114, de 16.12.2002)
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Fato Gerador
 Tanto para o ICMS quanto para o IPI ocorre o fato 
gerador na saída da mercadoria; assim, se após a 
saída, ocorrer a perda, roubo ou extravio da 
mercadoria não haverá como se estornar o 
imposto destacado no documento fiscal, tal como 
dispõe o Parecer Normativo nº. 25/1970.
 Ao contrário do ICMS, onde a incidência do ISS 
exclui sua tributação, para o IPI podemos ter a 
tributação simultânea do IPI e do ISS, como 
dispõe o Parecer Normativo nº. 421/1970.
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Princípios Gerais do ICMS
 Imposto seletivo
– O ICMS é norteado pelo Princípio da Essencialidade, o 
qual grava os produtos em função de sua 
essencialidade, ou seja, há diferenças nas alíquotas 
do imposto em razão do grau de menor ou maior 
necessidade, por parte da população, em consumir 
cada produto.
 Impostos não cumulativo
– O ICMS está sujeito ao princípio constitucional da não 
cumulatividade. Isto significa que o montante do 
imposto devido resulta da diferença a maior em 
determinado período, entre o imposto devido sob os 
produtos saídos do estabelecimento e o pago 
relativamente aos produtos nele ingressados.
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Princípios Gerais do ICMS
 Princípio da incidência sobre a saída da mercadoria
– O ICMS tem como momento de incidência o instante da saída da 
mercadoria, não interessando a natureza da operação realizada.
– É bem verdade que é exigido do contribuinte que a natureza da 
operação seja claramente indicada na nota fiscal, contudo, a 
obrigação de pagar o imposto não decorre do tipo de operação 
realizada, mas da saída da mercadoria (seja por venda, por 
doação, por transferência ou por qualquer outro motivo), ou 
seja, o fato gerador e o momento de incidência do produto 
independem dos efeitos econômicos da operação.
 Princípio da incidência múltipla
– O ICMS acompanha a mercadoria em todas as fases de sua 
circulação, desde sua origem (importação ou produção) até sua 
entrega ao consumidor final.
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Princípios Gerais do ICMS
 Princípio documental
– Em resposta a: função do sistema orgânico do ICMS, torna-se 
imprescindível para o controle das operações a emissão de documentos 
fiscais, nos quais fiquem consignados os respectivos valores.
– Mesmo para aquelas operações em que, por disposição legal, não 
ocorra o fato gerador ou não se exija o tributo, a emissão de 
documentos (notas fiscais) é indispensável. 
– Como regra geral, pode-se afirmar que não pode haver saída de 
mercadoria sem documento fiscal que a acoberte. Assim como, não 
pode haver entrada de mercadoria sem que fique em poder do seu 
recebedor cópia do documento que suportou a saída.
 Princípio da escrituração
– Em decorrência do princípio da não cumulatividade e da forma como 
são documentadas as operações realizadas com mercadorias, torna-se 
necessária a escrituração fiscal, de modo que, a qualquer tempo, se 
possa conhecer com clareza e precisão a situação do contribuinte, de 
forma não só a se positivarem as operações gravadas, como também o 
débito ou crédito do imposto.
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MOMENTO DE INCIDÊNCIA DO ICMS
 Momento de incidência e fato gerador do imposto 
não raramente se confundem, porém em certas 
situações faz-se importante entender a diferença 
entre um e outro. Um exemplo simples da 
importância da definição das duas coisas está no 
caso da importação.
 O § 1º e seu Inciso I do Art. 2º da LC. 87/96 diz:
“§ 1º. o imposto incide também:
I - sobre a entrada de mercadoria importada do exterior, por 
pessoa física ou jurídica, ainda quando se tratar de bem 
destinado a consumo ou ativo permanente do 
estabelecimento;”
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MOMENTO DE INCIDÊNCIA DO ICMS
 A assertiva acima deixa naturalmente a dúvida de quando, a partir 
de que momento o imposto é devido neste caso, no momento em 
que:
– a mercadoria entra em águas territoriais ou no espaço aéreo 
brasileiros?
– é desembarcada a mercadoria?
– é desembaraçada a mercadoria no entreposto aduaneiro?
– a mercadoria dá entrada no estabelecimento do contribuinte ?
 Veja que dependendo da resposta o imposto por vezes pode vir a 
ser devido em período de apuração diferente, pois, o navio pode 
levar dias para atracar e descarregar a mercadoria; o desembaraço 
aduaneiro também pode levar dias para ocorrer por problemas na 
documentação; o transporte do entreposto aduaneiro até o 
estabelecimento do contribuinte também pode levar dias se ele 
estiver estabelecido longe deste. 
 No caso em questão, a resposta certa é no momento do 
desembaraço aduaneiro.
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CONTRIBUINTE
 Contribuinte é qualquer pessoa, física ou 
jurídica, que realize, com habitualidade ou 
em volume que caracterize intuito 
comercial, operações de circulação de 
mercadoria ou prestações de serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e 
de comunicação, ainda que as operações 
e as prestações se iniciem no exterior.
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CONTRIBUINTE
 É também contribuinte a pessoa física ou jurídica 
que, mesmo sem habitualidade:
A. Importe mercadorias do exterior, ainda que as 
destine a consumo ou ao ativo permanente do 
estabelecimento;
B. Seja destinatária de serviço prestado no exterior ou 
cuja prestação se tenha iniciado no exterior;
C. Adquira em licitação de mercadoria apreendidas ou 
abandonadas;
D. Adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e 
gasosos derivados de petróleo oriundos de outro 
Estado, quando não destinados à comercialização.
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BASE DE CÁLCULO
A) O valor da operação
 Nas saídas de mercadorias;
 Transmissão de propriedades de mercadorias depositadas;
 Transmissão de mercadorias sem trânsito pelo transmitente.
B) O valor da operação, incluindo 
mercadorias e Serviço.
 No fornecimento de alimentação e bebidas
C) O preço de serviço
 Na prestação de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal e de comunicação.
D) O preço corrente
 Nas saídas de mercadorias em prestação de serviços de 
competência do Município.
E) Valor da Mercadoria + IPI + IOF + 
Despesas Aduaneiras
 Na entrada de bens importados.
F) O valor de que decorreu a entrada
 Na entrada no território do Estado de destino, de lubrificantes e 
combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo.
G) O valor, no Estado de origem, do 
serviço prestado.
 Na utilização por contribuinte,de serviço iniciado em outro 
Estado e não esteja vinculado a operação ou prestação 
subsequente.
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INTEGRA A BASE TRIBUTÁVEL
A. Seguros, juros e demais importâncias pagas, 
recebidas ou debitadas, bem como os 
descontos sob condição;
B. Frete, caso o transporte seja efetuado pelo 
próprio remetente ou por sua conta e ordem 
e seja cobrado em separado;
C. O IPI, quando a operação for realizada de 
contribuinte para não contribuinte ou entre 
contribuintes e o produto não se destinar à 
industrialização ou comercialização.
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Base de Cálculo Nas Transferências
 Na saída de mercadoria para estabelecimento 
localizado em outro Estado, pertencente ao 
mesmo titular, a base de cálculo do imposto é:
A. O valor correspondente à entrada mais recente da 
mercadoria;
B. O custo da mercadoria produzida, assim entendida a 
soma do custo da matéria-prima, material 
secundário, mão-de-obra e acondicionamento;
C. Tratando-se de mercadorias não industrializadas, o 
seu preço corrente no mercado atacadista do 
estabelecimento remetente.
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ALÍQUOTAS
 As alíquotas vigentes do ICMS/AM, de acordo com o RICMS do 
Amazonas (DECRETO Nº 20.686, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1999) 
são:
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 56
I - nas operações e prestações internas:
25%
para automóveis de luxo; iates e outras embarcações ou aeronaves de 
esporte, recreação e lazer; armas e munições; joias e outros artigos de 
joalheria; álcool carburante, gasolinas e gás natural em qualquer estado ou 
fase de industrialização; querosene de aviação e energia elétrica;
12%
para as operações com produtos agrícolas comestíveis, se produzidos e/ou 
beneficiados no Estado, e para veículos automotores terrestres novos, exceto 
para os automóveis de luxo mencionados na alínea “a” deste inciso;
17% para as demais mercadorias, inclusive o GLP, e serviços;
7%
para bens de informática, assim definidos na legislação federal de regência, 
exceto para terminais portáteis de telefonia celular;
30%
para fumo e seus derivados; bebidas alcoólicas, inclusive cervejas e chopes, e 
serviços de comunicação;
20%
para as prestações de serviço de comunicação, na modalidade de provimento 
de acesso à internet, realizadas por provedor de acesso.
ALÍQUOTAS
 As alíquotas vigentes do ICMS/AM, de acordo com o RICMS do 
Amazonas (DECRETO Nº 20.686, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1999) 
são:
Curso: ICMS e IPI na ZFM - Prof. Márcio M. Gonçalves 57
II - nas operações e prestações interestaduais:
12% quando o destinatário for contribuinte do imposto;
4% para o transporte aéreo de passageiros, cargas e mala postal.
ALÍQUOTAS
 § 1° Além das hipóteses previstas neste artigo, as alíquotas internas 
são aplicadas quando:
I. da entrada, no território amazonense, de lubrificantes e combustíveis líquidos e 
gasosos derivados de petróleo oriundos de outra unidade da Federação, 
quando não destinados à comercialização ou à industrialização;
II. o remetente ou o prestador e o destinatário da mercadoria, bens ou serviços 
estiverem situados neste Estado;
III. da entrada de mercadoria ou bens importados do exterior;
IV. da prestação de serviço de transporte, iniciado ou contratado no exterior, e de 
comunicação transmitida ou emitida no estrangeiro e recebida no País;
V. o destinatário da mercadoria ou do serviço for consumidor final localizado em 
outra unidade federada e não for contribuinte do imposto;
VI. da arrematação de mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados.
VII. nas operações que destinem mercadorias a sociedades empresárias ou a 
empresários individuais do ramo da construção civil localizados em outra 
unidade da Federação.
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A Tributação do Diferencial de 
Alíquota
 Até o incremento da Lei Complementar 87/96, a aquisição de 
outro Estado, por estabelecimento contribuinte do ICMS, para 
seu consumo próprio ou para o ativo imobilizado constituía 
fato gerador do ICMS.
 De se notar que o frete que acompanha essas mercadorias, e 
que sai tributado de outro estado sofre a incidência de 
diferencial de alíquota por estar elencado nos art. 11, II c e 
12, XIII e art. 13 § 3º da Lei Complementar 87/96.
 Somente será devido em situações de venda para 
contribuinte. Quando a venda interestadual for para não 
contribuinte, o entendimento é de que prevalecerá a alíquota 
original de 17%, inexistindo a figura do diferencial de 
alíquota.
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Alguns aspectos contábeis do ICMS
 Na Compra
– De acordo com a legislação fiscal, deve ser excluído 
do custo de aquisição de mercadorias para revenda e 
de matérias-primas o montante do ICMS recuperável, 
destacado em nota fiscal.
– Tal procedimento implica em registrar em conta 
própria de resultado “ICMS a Recuperar” o montante 
desse imposto, pago (ou a pagar) na aquisição de 
mercadorias e matérias-primas, em correspondência 
com os lançamentos no livro de Registro de Apuração 
do ICMS. Dessa forma, os estoques já ficam líquidos 
(sem) do ICMS.
– A base de cálculo é o valor (preço) da mercadoria 
revendida (no caso comprada).
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Alguns aspectos contábeis do ICMS
 Na Compra
– Assim, se determinada empresa comercial adquire uma 
mercadoria para revenda por R$ 50.000,00, a nota fiscal terá os 
seguintes destaques considerando uma alíquota hipotética de 
17% para essa mercadoria.
Memorial de cálculo
– Valor da Mercadoria ______________________ 50.000,00
– ICMS incluso na compra (17%) _____________ 8.500,00 (-)
– Valor lançado a débito (Compras/Mercadorias) __ 41.500,00
– A contabilização é:
D – Compras/Mercadorias ___________ 41.500,00
D – ICMS a Recuperar ______________ 8.500,00
C – Fornecedores/Caixa _______________________50.000,00
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Compras/Mercadorias ICMS a Recuperar Fornecedores/Caixa
41.500,00 8.500,00 50.000,00
Alguns aspectos contábeis do ICMS
 O ICMS pago (ou a pagar) por ocasião da 
compra caracteriza-se como um 
adiantamento da empresa adquirente 
(compradora) já que os impostos na 
venda são cobrados do consumidor, não 
da empresa. Ela é apenas uma 
depositária, um veículo de 
arrecadação.
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Alguns aspectos contábeis do ICMS
 Na Venda
– Quando a venda se realiza, a empresa comercial deverá também 
cobrar o ICMS do comprador da mercadoria.
– Suponha-se que essa mesma mercadoria seja vendida por R$ 
70.000,00. Na emissão da nota fiscal haveria os seguintes 
destaques:
– Valor da Mercadoria (Venda Bruta) ___________ 70.000,00
– ICMS incluso na venda (17%) ________________11.900,00
D – Caixa/Clientes ____________ 70.000,00
C – Vendas Brutas _______________________ 70.000,00
D – ICMS sobre Vendas _______ 11.900,00
C – ICMS a Recolher ____________________ 11.900,00
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Caixa/Clientes ICMS s/Vendas ICMS a Recolher
70.000,00 11.900,00 11.900,00
Apuração do ICMS a Recolher
 Na Venda da mercadoria foi destacado o ICMS de R$ 
11.900,00, que deve ser recolhido ao Estado. Todavia, 
quando da Compra da mercadoria para revenda foi 
adiantado um pagamento de ICMS de R$ 8.500,00. 
 Evidentemente, será descontada aquela quantia já 
paga (adiantada), uma vez que o ICMS é um imposto 
não cumulativo, isto é, aquele em que se abate, em 
cada operação, o montante de imposto cobrado nas 
anteriores. A contabilização fica assim:
D – ICMS a Recolher _________ 8.500,00
C – ICMS a Recuperar __________________ 8.500,00
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ICMS a Recuperar ICMS a Recolher
8.500,00 8.500,00 8.500,00 11.900,00
3.400,00
Estabelecimento Comercial 
equiparado à Indústria por opção
 Existem estabelecimentos que vendem matérias 
primas destinadasa estabelecimentos industriais e 
outras revendedoras. Tais mercadorias são 
denominadas “bens de produção”.
 Nestas circunstâncias, o comerciante pode tornar-se 
contribuinte do IPI e recuperar esse imposto pago por 
ocasião de suas compras (Ativo Circulante – Direito a 
Receber), registrando o compromisso do mesmo 
(Passivo Circulante – obrigações a pagar), por ocasião 
das vendas.
 Esse caso se aplica também à cooperativas de 
produtores de álcool que vendam seus produtos 
simbolicamente a seus associados.
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MÓDULO I
FIM
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M. Gonçalves 66
Prof. Márcio Marques Gonçalves
Cel.: (92) 8159-1780
E-mail: goncalves.consultoria@hotmail.com
mailto:goncalves.consultoria@hotmail.com

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