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Comparação entre doenças é distorcida ao usar gráfico desatualizado

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1 - O gráfico acima, desatualizado compara o número de mortes diárias decorrentes da Covid-19 e de outras doenças e minimiza a letalidade do novo coronavírus.
Publicada pelo site Poder 360 no dia 15 de março, a figura usa dados coletados em 11 de fevereiro, quando a doença havia causado 1.017 mortes na China e uma morte no resto do mundo.
Além de trazer dados antigos, o gráfico ignora que o número de mortes causadas pela pandemia tem crescido rapidamente . A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma que o crescimento ocorre em progressão geométrica, pois os casos multiplicam-se a cada dia.
A comparação com outras doenças mascara a gravidade da situação atual, porque, mesmo que a mortalidade do novo coronavírus ainda não seja das mais altas, ele se alastra muito rápido e sobrecarrega os sistemas de saúde mundo afora, inclusive em países altamente desenvolvidos, como os Estados Unidos.
2- Esse tipo de informação é chamado de distorção, e distorcer ou descontextualizar uma informação é uma forma de manipulação, o que é incorreto, antiético, um crime. Eu não teria coragem de manipular um dado tão importante como este, visto que esta pandemia, mundial assola o mundo.
Com informações de:
Organização Mundial da Saúde – https://www.paho.org/bra/
ONG Aos Fatos – https://bit.ly/3bsQQ8h
G1/Globo.com – https://glo.bo/3aoSgjY
Exame/Abril – https://bit.ly/2Uz6k3S
Folha/Uol – https://bit.ly/33Q6iZF
Gráfico desatualizado distorce informação
(FONTE: aosfatos.org)
Apesar de induzir a erro de interpretação, porém, o gráfico não pode ser considerado “notícia falsa” (ou fake news), pois traz informações verdadeiras, embora muito desatualizadas. 
Até hoje, no mundo todo, foram confirmados 529.614 casos e registradas 23.714 mortes (taxa de letalidade = 4,5%); 121.454 são os casos recuperados. O crescimento diário (dado de hoje, 26/03), ultrapassa 100 mil/dia pelo 2º dia consecutivo.
Pandemia em crescimento exponencial
(FONTE: Rastreador do COVID 19)
No Brasil, até 19 horas desta quinta-feira, 26/03, são 2.915 casos confirmados, com 77 mortes (dessas, cinco pessoas falecidas tinham menos de 50 anos). Só nas últimas 24 horas, foram 20 mortes no País.
Em Guarulhos, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Saúde da cidade, até esta quinta-feira, são 891 pessoas com suspeita de coronavírus (Covid-19) em investigação na cidade (mais 162 casos em um dia), mas os casos confirmados permanecem sendo 12. A cidade registrou até o momento 988 casos suspeitos, sendo que 85 já foram descartados, sem nenhum registro ou comunicação de óbito à Vigilância Epidemiológica Municipal. Os dados estão sendo atualizados diariamente. Há uma morte ocorrida em São Paulo, de uma senhora de 85 anos, que seria residente em Guarulhos; mas a Prefeitura informa não ter sido notificada a respeito.
No mundo ou no Brasil, não é possível computar os casos assintomáticos (pessoas que contraem a doença, mas não apresentam os sintomas e, por isso, são perigosamente transmissores potenciais – ”enrustidos”).
Também não há como computar outras mortes, no mundo ou no Brasil, que foram registradas por causas diversas, mas que podem ter sido agravadas pelo Covid-19 em pessoas que não tenham sido testadas para coronavírus.
Na China, na Itália e, agora, na Espanha e nos Estados Unidos, países com maior incidência, chamados ‘epicentros’ da doença, o pico começou após 30 dias do primeiro caso registrado. No Brasil, o 30º dia é hoje (26/03). Portanto, o período de aceleração no País começará agora. Por isso, o número de pessoas doentes e também o de mortos devem ser bem maiores a partir de agora.
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, em entrevista coletiva nesta 5ª feira, alerta, ainda, que aos efeitos da pandemia sobre a capacidade de atendimento da rede de saúde no Brasil (redes pública e privada), que tendem a sobrecarregar o sistema, serão acrescidos os efeitos de outras duas epidemias já conhecidas, mas que ganham força nessa época do ano (Outono-Inverno): as de gripe (Influenza) e as de dengue/zika.
Em resumo: o quadro é grave e a tendência é de mais agravamento nos próximos 30 dias, com risco bastante grande de sobrecarga alta ao sistema de saúde nacional. Por essa razão, o secretário estadual de saúde de São Paulo, José Henrique Germann, declarou hoje que o governo não descarta a possibilidade de endurecimento das medidas adotadas no Estado e corroboradas por muitas prefeituras, inclusive Guarulhos.
“Existe uma gradação. O que estamos fazendo não é um isolamento. É um distanciamento social. O próximo passo, se houver necessidade, é um isolamento domiciliar ou social. E, se houver necessidade ainda de apertar mais esse cinto, aí seria o lockdown (fechamento total do Estado). E a característica, aí, é o uso da força policial para manter as pessoas em casa”, afirmou o secretário estadual da Saúde.

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