Buscar

primeira_república_no_brasil

Prévia do material em texto

Primeira República no Brasil: aspectos históricos e historiográficos
Parte I: Aspectos Históricos
Periodização clássica
Consolidação (1889-1898): período de instabilidade política e econômica
Institucionalização (1898-1921): estabelecimento de práticas políticas de convívio de poderes republicanos e regras informais de sucessão presidencial
Crise (1921-1930): surgimento de novos atores sociais e políticos críticos à política do “liberalismo oligárquico” e suas práticas políticas.
Primeira República – Características gerais
Federalismo, com predominância do Poder Executivo nacional
Economia agroexportadora com base no café. 
Novas relações políticas entre município / estados e União com base no poder local e seus arranjos regionais (apud CARVALHO, José Murilo)
“mandonismo” (controle da população local com base nos recursos agrários) 
“coronelismo” (prerrogativa de controle dos cargos públicos pelos potentados locais em troca de voto ou apoio tácito-passivo às elites regionais) 
“clientelismo” (relações de proteção e fidelidades pessoais entre cidadãos desiguais)
Liberalismo sem igualdade jurídica efetiva (ex. acesso à lei desigual, controle policial discricionário, etc), exclusão política da maior parte da população e exclusão dos direitos sociais do pacto constitucional
Constituição 1891
Abolição das instituições monárquicas (Senado Vitalício, Poder Moderador, Conselho de Estado);
Sistema de governo presidencialista; O presidente da República passou a ser o chefe do Poder Executivo;
As eleições passaram a ser pelo voto direto, que continuou a ser a descoberto (não-secreto);
Os candidatos a voto efetivo seriam escolhidos por homens maiores de 21 anos, à exceção de analfabetos, mendigos, soldados, mulheres e religiosos sujeitos ao voto de obediência;
As províncias passaram a ser denominadas “estados”, com maior autonomia dentro da Federação;
Os estados ficaram com a renda dos impostos de exportação e a União com a renda dos impostos de importação
Os presidentes das províncias passaram a ser presidentes dos Estados, eleitos pelo voto direto à semelhança do presidente da República;
A Igreja Católica foi desmembrada do Estado Brasileiro, deixando de ser a religião oficial do país.
Pax Oligárquica?
Ausência de instituições tutelares do corpo político e das elites regionais exigiu novas práticas e arranjos político intra-oligárquicos
“Política dos Estados” (ou “Política dos Governadores” – Campos Sales) – ver LESSA, Renato
“Política do café com leite” (Afonso Pena, “Pacto de Ouro Fino, 1913”) – ver VISCARDI, Claudia
“Política das Salvações” (Hermes da Fonseca)
Política dos governadores
(Campos Sales, 1989-1902)
Apoio do governo federal às oligarquias regionais no poder (Estados)
Oligarquias regionais no poder deveriam apoiar as políticas do governo federal na Câmara dos Deputados
Comissão de Verificação dos Poderes e Presidência da Câmara, influenciada pelo Executivo – instrumentos de aplicação da “política dos governadores”
Institucionalização da fraude eleitoral: “voto de cabresto”, eleitores fantasmas, adulteração das atas
“Coronel” (potentado rural local): base do sistema – elo entre as oligarquias e o poder local
Guerras civis intraoligárquicas
Federalista (1893) – Fev/93 a set/95, no RS – Julio de Castilhos (jacobinos e positivistas) contra Gaspar Silveira Martins (maragatos = federalistas e liberais herdeiros da monarquia, chefiados também por Gumercindo Saraiva). 
Julio de Castilhos voltara ao poder em 1892, via golpe, depois de exerce-lo em 1890/1891, quando Gaspar voltou do exílio. 
Revolta da Armada (1894) – reduto de monarquistas, como Custodio de Melo e Saldanha da Gama, pretendiam derrubar Floriano, apoiando os Federalistas gaúchos (sobretudo Saldanha da Gama). – set/93 a mar/95
Conflitos intraoligárquicos: Revolta de Juazeiro (CE, 1914), Revolta da Princesa (PB, 1930), Revolução Libertadora (RS, 1923), Levante Sertanejo (BA, 1919-1920)
Guerras e revoltas sociais
Canudos (BA, 1893-1897)
Revolta da Vacina (RJ, novembro/1904)
Contestado (SC/PR, 1912-1916)
Greves de trabalhadores rurais (imigrantes) – ex. Ribeirão Preto, 1913-1915)
Greves operárias urbanas
Brasil na história internacional
Imigrantismo – 1886/1887 - parceria e assalariamento. – 1891/1900 – cerca de 1,2 milhão de imigrantes. Diferente da imigração de colonização e branqueamento do Império (década de 1870)
Contexto: “imperialismo” e “divisão internacional do trabalho”
Política Externa – imigração (diretor do Serviço de Imigração – José Maria Paranhos – Barão do Rio Branco, ministro de 1902 a 1909); questão dos limites (Missões; Amapá; Acre; Limites amazônicos com Colômbia, Venezuela e Peru; questão acreana – tratado de Petrópolis de 1903, depois das guerrilhas de Plácido de Castro. 
Aproximação com os Estados Unidos da América – pan-americanismo baseado na “Doutrina Monroe” e no “Corolário Roosevelt 
A economia na Primeira República
“Encilhamento” (1890): tentativa de estímulo econômico e criação de indústrias – expansão monetária (“bancos emissores”) e abertura de capitais via Bolsa de Valores
Crise financeira, dívida externa, crise cambial e inflação
Política de estabilização financeira (“Funding Loan”, Campos Sales) – valorização cambial, deflação, controle do déficit orçamentário
Mão de obra – produção de oferta abundante para barateamento (“grande imigração” – 1887-1910), formação de um mercado interno incipiente para consumo de bens não-duráveis (alimentos, vestuário)
Crise Mundial de 1929
Economia do Café
Café: base da economia brasileira (60% das exportações - 1900). Produtos menos importantes: borracha e cacau. Crise estrutural e oscilação de preços internacionais do café
Políticas de valorização de preços (manipulação de taxas cambiais-desvalorização da moeda nacional e compra de excedentes, com políticas de “preço mínimo” (“Convênio de Taubaté”, 1906)
Relação entre café e industrialização (investimentos de capital excedente, entraves estruturais) – ausência de uma política de estímulo industrial e de industrialização de base
Crise da Primeira Répública: “Tenentismo” e dissidências oligárquicas
Tenentismo
Programa: nacionalismo econômico, moralização eleitoral, valorização da política nacional antioligárquica (“centralização”, Estado interventor)
Revolta de 1922 (RJ); Revoltas de 1924 (SP, AM, SE, RS)
Coluna Prestes-Miguel Costa (1924-1927)
Tenentismo e dissidências oligárquicas (1929-1930) 
Ruptura de Luís Carlos Prestes (maio de 1930) – tenentismo de esquerda
“Revolução de 1930”: dissidência oligárquica contra a hegemonia paulista (“Aliança Liberal”, eleições de 1930 e revolta de outubro)
Movimento Operário
Movimento operário
Imigrantismo e movimento operário (debates historiográficos)
Socialismo e Anarcossindicalismo (COB, 1906)
Ciclo de Greves (1917-1920)
Partido Comunista do Brasil (1922)
Anarquistas e Comunistas: táticas e estratégias
Bloco Operário Camponês (1927-1930)
“Revolução de 30”: debate historiográfico
Tese da Revolução Burguesa – oligarquia cafeeira X elite industrial (apoiada pelas classes médias – expressão no tenentismo – conforme Virgilio Santa Rosa)
Tese do Rearranjo político e “vazio de poder” e “Estado de compromisso” (Fausto) – protagonismo do Estado
Tese da “operação ideológica-discursiva” (De Decca) – hegemonia da burguesia industrial, mascarada no “bonapartismo” e no afastamento do operariado da cena política principal, pela repressão. 
Governos da Primeira República
ANEXOS
Consolidação (1889-1898)
Governo provisório Deodoro (nov/89 a fev/91) + governo constitucional (fev a nov/91)
Governo Floriano Peixoto – nov/91 a nov/94)
Prudente de Morais (11/94 a 11/98)– República dos Fazendeiros. Governo de Prudente de Morais enfrentou a conspiração jacobina, apoiado pelo vice Manoel Vitorino (atentado de 4/3/1987, pelo soldado Marcelino Bispo de Melo – morte do Mal Carlos Bittencourt) – Governou com Estado de Sitio e consolidou o poder das elites civis 
Campos Sales (11/98 a 11/1902) – “política dos governadores” – apoiar quem estiver no poder regionale conseguir apoio no Congresso para além dos partidos – institucionalizou a fraude eleitoral, a “degola política” no Congresso e os Estados viraram “feudos eleitorais”. Política econômica do “funding loan” (empréstimo para pagar os juros da dívida anterior). Programa de deflação, elevação de impostos e aumento da taxa cambial. 
Consolidação (1889-1898)
Encilhamento (emissão de dinheiro pelos bancos, sem fundos de reserva, apoiado em bônus governamentais; incentivo à sociedades anônimas e ampliação do crédito - ampliação de capital, sem lastro produtivo, de empresas via bolsa – inflação e especulação de papéis, comparável ao frenesi dos apostadores de cavalo na hora de encilhar o animal antes da largada)
Fechamento do congresso em 1891, reação da Marinha (Custodio de Melo,a bordo do Riachuelo, se rebelou contra o Presidente)
Disputa política entre republicanos – jacobinos, positivistas ortodoxos e liberais federalistas – Floriano, vice de Prudente em 1891, foi eleito vice-presidente da República, tornando-se, depois, “vice-presidente em exercício” por 3 anos.
Institucionalização (1898-1921)
Governo Rodrigues Alves (1902-1906) – modernização do Rio de Janeiro, via “bota-abaixo” de Pereira Passos, 1904/1905, cujo símbolo foi a construção da Avenida Central – ensaio fora feito em SP, quando R.Alves foi eleito presidente do Estado, em 1900) – Revolta da Vacina – 10/11/1904 – apoiada pelos alunos da Escola Militar (jacobinos), que pretendiam empossar Lauro Sodré como “ditador positivista”. 
Afonso Pena (MG) (1906/1909)– ao contrário de Alves, apoiou a política de valorização do café (Convênio de Taubaté, 1906) – desvalorização da moeda nacional para incentivar a exportação. Morreu antes do fim do mandato, em 1909. Hermes da Fonseca se impôs como candidato à sucessão, com o apoio do vice empossado, Nilo Peçanha (1909/1910) e do senador Pinheiro Machado (RS). São Paulo apoiou Rui Barbosa, na derrotada “campanha civilista” 
Institucionalização
Governo Hermes da Fonseca (1910/1914)– “política das salvações” – intervenção nos Estados para derrubar oligarquias anti-governistas. Auge de poder de Pinheiro Machado, baseado no Partido Republicano Conservador. No RS, Pinheiro Machado deixara no poder Borges de Medeiros, que seria o mais importante político do Estado nas primeiras décadas do século XX. Revolta da Chibata (nov/1910 – seguida da revolta da Ilha das Cobras – navio da morte Satélite, 250 revoltosos enviados para o Acre) e Revolta do Contestado ( Pivô – ação da Brazil Railway e Souther Lumber, de P. Farquar contra Posseiros – líder José Maria – Miguel de Lucena Boaventura). Peludos contra Pelados. 20 mil mortos. 
Venceslau Brás (1914/1918)– apoiado por SP e MG no pacto de Ouro Fino, em 1913, para anular as articulações de Pinheiro Machado (PRC). Sucesso Rodrigues Alves (que morreu de gripe espanhola antes de tomar posse) e Delfim Moreira (vice, presidente em exercício até julho 1919)
Epitácio Pessoa – chefe da delegação brasileira em Versalhes, eleito in absentia, com apoio de SP, MG, RS. No seu governo, ao nomear civis para ministérios militares (P. Calógeras – Guerra e Raul Soares – Exército), lançou as bases para a revolta tenentista, que explodiria no governo do sucessor – Artur Bernardes. Primeiras obras contra a seca, criticada por políticos paulistas. 
Crise (1921-1930)
Sucessão de Epitácio Pessoa – novo ataque da aliança MG / SP – lançando Artur Bernardes, com a oposição de Borges de Medeiros que lançou a “Reação Republicana” (RJ, BA, RS, PE), tendo Nilo Peçanha como candidato. Bernardes era crítico dos militares e de Hermes da Fonseca. Cartas atribuídas a sua autoria foram lançadas em out/21. Eleição em março/22, só homologada em jul/22.
Artur Bernardes (nov/1922 a 1926) – governou sob estado de sitio, com congresso fechado e leis draconianas de repressão social e política. Explodem revoltas Tenentistas, contra o fechamento do Clube Militar e a prisão de Hermes da Fonseca (jul/1922, jul/1924) e a Revolução de 1923 – contra a quarta posse consecutiva de Borges de Medeiros, o chimango, organizada pela Aliança Libertadora, sob a liderança de Assis Brasil (estancieiros, federalistas, democratas). Apoiando Medeiros, estavam os “corpos provisórios” de peões, liderados por Flores da Cunha, Osvaldo Aranha e Getúlio Vargas. Bernardes, mesmo inimigo de Medeiros não interveio. 
Washington Luis – após suspender o Estado de Sitio, promulga a Lei Celerada (1927) e uma Lei de Imprensa. Nomeou Vargas como ministro da Fazenda (1926-28), como premio ao apoio passivo do RS à sua candidatura. Sua sucessão (Julio Prestes X Getulio Vargas, pela Aliança Liberal – set/29)
Crise política dos anos 1920
Sucessão de Epitácio Pessoa (1922) – novo ataque da aliança MG / SP – lançando Artur Bernardes, com a oposição de Borges de Medeiros que lançou a “Reação Republicana” (RJ, BA, RS, PE), tendo Nilo Peçanha como candidato (56% a 40% dos votos, respec). 
Artur Bernardes (nov/1922 a 1926) – governou sob “estado de sitio”, com congresso fechado e leis de repressão social e política. Durante seu governo explodiram as revoltas Tenentistas e a Revolução de 1923 – contra a quarta posse consecutiva de Borges de Medeiros, o “chimango”, organizada pela Aliança Libertadora, sob a liderança de Assis Brasil (estancieiros e federalistas). Apoiando Medeiros estavam Flores da Cunha, Osvaldo Aranha e Getúlio Vargas. Bernardes, mesmo inimigo de Medeiros não interveio. 
Crise política dos anos 1920
Reforma constitucional de 1927 – Passa à União a competência para legislar sobre a matéria de trabalho (além da publicação do Código de Menores).
Washington Luis – após suspender o Estado de Sitio, promulga a Lei Anibal de Toledo ou “Lei Celerada” (1927), voltada para os “delitos ideológicos” (fechamento de associações, repressão a greves e censura). Nomeou Vargas como ministro da Fazenda (1926-28), como premio ao apoio passivo do RS à sua candidatura. 
Sucessão: Julio Prestes X Getulio Vargas, pela Aliança Liberal – set/29). Eleição em maio de 1930. Vitória de Julio Prestes (SP) 
“Tenentismo” - Revoltas
Julho de 1922: Contra o fechamento do Clube Militar e a prisão de Hermes da Fonseca, opositor de Artur Bernardes.
Revolta do Forte de Copacabana – “militarismo salvacionista”
Julho de 1924 – Revolta mais planejada e articulada: São Paulo, Nordeste, Amazonas, Rio Grande do Sul.
Coluna Prestes-Miguel Costa (1924-1927) – interiorização da guerrilha e isolamento político. 
Participação no levante de outubro de 1930 que pôs fim à Primeira República
“Tenentismo” – aspectos sócio-políticos
Ruptura de Luis Carlos Prestes (Fonte: “Manifesto de Maio de 1930”)
Tenentismo e Dissidências Oligárquicas – “Revolução de 30”
Tenentismo e projeto reformista-autoritário – “Clube 3 de outubro”
Tenentismo e reação oligárquica (Revolta paulista, 1932). 
Cisão do tenentismo (anos 1930): fascistas e comunistas
Reforma do Exército (anos 1930) – Gois Monteiro e Eurico Dutra – profissionalização, política de promoções, política do Exercito x Política no Exército; busca de maior uniformidade ideológica
Debate historiográfico: base social e projeto ideológico do “tenentismo” (expressão das classes médias? Reformismo democratizante ou salvacionismo militar autoritário? Expressão das crises e demandas corporativas do Exército? 
Movimento Operário
Classe Operária brasileira – base “imigrante” (italiana, espanhola), crescimento no começo do século XX dado o estímulo à industrialização de bens de consumo não duráveis, visando diminuir as importações, para gerar mais superavits e pagar os juros da dívida externa. 
Experiência anarquista - Colônia Cecília no PR (Giovani Rossi, 1890-94)
1904: Primeira comemoração do 1 de maio em SP. 
Jornais: Avanti (1901), O Libertário (1904), Terra Livre (1905), A Voz do Trabalhador (orgão oficial do COB), A Plebe (1917), Germinal, Movimento Comunista (jan 22)
Confederação Operária Brasileira – 1906 (Primeiro Congresso 1908, 1913, 1920)
Greve de 1907 (SP)
Movimento Operário
Greve de junho – 1917 (luta contrao imposto pró-Italia; início fábrica têxteis Ipiranga e Mooca, morte do sapateiro Antonio Martinez) 
Ciclo grevista 1917-1920 (tentativa de insurreição em 1918, RJ)
1923 – Primeira tradução brasileira do Manifesto Comunista (por Otávio Brandão –em “Voz Cosmopolita”)
Anarco-Sindicalismo (Edgar Leuenroth,Everardo Dias, José Oiticica, Neno Vasco) ou Comunismo – embates organizativos e ideológicos. 
1930 – Grupo Comunista Lenin, origem do trotskismo, Liga Comunista – Pedrosa e Livio Xavier. 
Astrogildo Pereira, Paulo de Lacerda,Otavio Brandão – PC do B (PCB)
BOC (1927-1930)
Debates no Movimento Operário
18 de Março de 1922: manifesto assinado por Edgard Leuenroth, Antonio Domingues, Antonio Cordon Filho, Emilio Martins, João Peres, José Rodrigues, João Penteado, Rodolfo Felippe e Ricardo Cippola, onde reconheciam que as atividades libertárias desenvolvidas não apresentavam “um resultado correspondente à enorme soma de esforços e sacrifícios” e que isso era devido a faltas de uma ação metódica, sistemática no trabalho de propaganda e de organização. Mostravam simpatia e solidariedade ao movimento revolucionário russo e se denominavam comunistas-anarquistas revolucionários. 
25 de março de 1922: fundação no Rio de Janeiro o Partido Comunista do Brasil. 
Disputa pela hegemonia dos sindicatos entre anarquistas e comunistas
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
FAUSTO, Boris. Revolução de 30
De Decca, Edgar. 1930. O silêncio dos vencidos. 
FAUSTO, Boris. Trabalho urbano e conflito social [1890-1920]. P. imprenta: Sao Paulo. Difel, 1976
HALL, Michael e PINHEIRO, Paulo S. “Alargando a historia da classe operária no Brasil”. (1983). Disponível em http://www.iel.unicamp.br/revista/index.php/remate/article/viewFile/2932/2416
BORGES, Vavy. Tenentismo e revolução brasileira. 
RAGO, Margareth. “Relações de Gênero e classe operária no Brasil”, disponível em http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/olhares_feministas.pdf#page=219
 WEINSTEIN, Barbara. “Mulheres trabalhadoras em São Paulo” (Cadernos Pagu, 4, 1995, 144-171)
GOMES, Flávio. Negros e política (1889-1937). Jorge Zahar, 2005
Ideologia e propaganda comercial
Tendências historiográficas
História política – estudo das personalidades políticas (viés mais tradicional) e estudo das ideologias conservadoras (sobretudo nos anos 20, tais como o catolicismo social e nacionalismo autoritário); estudo dos movimentos políticos – tenentismo e comunismo
História cultural - modernização, civilização, urbanização, controle social (sanitarismo, eugenia) culto ao progresso, elitismo, cultura popular
História social – revoltas rurais messiânicas; movimento operário (revalorização do anarquismo nos anos 1980); imigração e urbanização
Temas e debates historiográficos
Elites políticas, partidos e ideologia (Edgar Carone, Maria Ligia Prado, Maria Helena Capelato) 
Papel do tenentismo (Boris Fausto)
Fragilidade e insignificância do movimento operário como ator político (Edgar de Decca, Paulo Sérgio Pinheiro)
Cultura popular e conflitos sociais (Nicolau Sevcenko e Sidney Chalhoub)
Eugenia e políticas científicas (Lilia Schwacz)
Nacionalismo (Lucia Lippi de Oliveira)
Imaginário republicano (José Murilo de Carvalho)
Relação entre classes e poder político (Décio Saes)
Revisionismo do pacto republicano intra-elites (Renato Perissinotto, Renato Lessa e Claudia Viscardi, Gunter Axl) – “política dos governadores” e “política do café com leite” 
Aspectos culturais da Primeira República
Cultura de elite: cientificismo, culto ao progresso, cultura literária (ABL)
Cultura popular: nascimento de uma cultura popular urbana e moderna – meios de comunicação, industrialização incipiente, transição entre cultura comunitária e cultura de massa-incipiente)
Perspectiva sobre o “popular”: Exotismo e exclusão
Nacionalismo e ufanismo patriótico
Modernismos (Semana de Arte Moderna, 1922): rupturas estéticas, projetos culturais reformistas, valorização do papel do estado e do intelectual ativista e “tutor” da nação
Bibliografia citada
CARONE, Edgar. União e Estado na vida política da Primeira República, USP, 1971 (República Velha II – Evolução Política
FAUSTO, Boris. A Revolução de 30, USP, 1969
DE DECCA, Edgar. Dimensões históricas do insucesso político, USP, 1979
MICELI, Sergio. Intelectuais e Classe Dirigente no Brasil (1920-1945) , Sociologia/USP, 1979
SEVCENKO, Nicolau. Literatura como Missão: tensões sociais e criação cultural na Primeira República (1981)
PRADO, Maria Ligia. A democracia ilustrada. O Partido Democrático de São Paulo, 1926-1934, USP, 1982
SAES, Decio. A formação do Estado burguês no Brasil ( 1888 - 1891 ), Livre Docência, Ciência Política, Unicamp, 1983
JANOTTI, Maria de Lourdes. Os subversivos da República (L.D., USP, 1984)
CAPELATO, Maria H. Os Intérpretes das Luzes: Liberalismo e Imprensa Paulista (1920-1945), USP, 1986
Bibliografia
CARVALHO, José Murilo. Os bestializados. O RJ e a república que não foi. Cia das letras, 1987
LESSA, Renato. A Política Demiúrgica de Campos Sales (Mestrado em C.P., IUPERJ, 1987)
PERISSINOTTO, Renato. Estado e capital cafeeiro: burocracia e interesse de classe na condução da política econômica (1889-1930), Doutorado em Ciência Política, Unicamp, 1996
LUCA, Tania. A Revista do Brasil: um diagnóstico para a (N)ação. Doutorado, USP, 1996
VISCARDI, Claudia. Teatro do Absurdo: A Nova Ordem do Federalismo Oligárquico, UFRJ,1999
AXL, Gunter. Gênese do Estado burocrático-burguês no Rio Grande do Sul (1889-1929), USP, 2001
DUTRA, Eliana de Freitas. Rebeldes Literários da República: história e identidade nacional no Almanaque Brasileiro Garnier (1903-1914), 2005

Continue navegando