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Antecedentes / Crise do Segundo Reinado: O império não acompanhava a modernização do Brasil, que era provocada pela exportação do café. Portanto, a elite cafeicultora acreditava que a monarquia impedia a expansão econômica do país. Outros grupos econômicos, que passavam por um momento ruim, sentiram falta de apoio governamental. Além disso, o movimento abolicionista ganhou força (com a resistência dos escravizados e ex-escravizados, a pressão da Inglaterra e a adesão de setores das camadas médias urbanas), sendo um fator desgastante para monarquia. ➝ cafeicultores do oeste paulista queriam a abolição da escravidão pois teriam mão de obra assalariada, originando um maior mercado consumidor. Os escravos foram substituídos por imigrantes, que trouxeram ideias. Para eles, a escravidão também representava um atraso para o país. Nesse momento, D. Pedro se mantinha no poder, pois era apoiado por escravocratas, mas, quando a Lei Áurea foi assinada, perdeu seu apoio. Nesse período, a Guerra do Paraguai aconteceu e foi custosa e longa para economia, pois necessitou de tropas, recursos e dívidas externas. Apesar da vitória desgostosa, os militares passaram a reivindicar maior participação política. Esse descontentamento generalizado aproximava os grupos do movimento republicano. “República, volver”: 15 de novembro de 1889, tropas comandadas por marechal Deodoro da Fonseca tiraram D. Pedro II do poder e proclamaram a República no Brasil. No dia seguinte, instalou-se no país um Governo Provisório liderado pelo marechal Deodoro. Como o movimento foi republicano, espera-se que a população tenha participação nisto, mas o povo não sabia o que estava acontecendo, não foi consultado. Ou seja, esse movimento foi liderado apenas por militares. Projetos republicanos: • Militares queriam um governo centralizado e forte (“somente um governo autoritário poderia garantir ordem e progresso”); • Oligarquias estaduais defendiam o federalismo; • Camadas medias urbanas e burguesia industrial queriam maior participação política e aceleração da modernização econômica; • Republicanos radicais queriam a ampla participação popular no regime. Uma nova constituição (1981): Instituição do federalismo: As antigas províncias passaram a se chamar “estado” e ganharam grande autonomia administrativa (Podiam fazer sua própria Constituição, desde que não entrasse em conflito com a Constituição Federal, obter empréstimos no exterior e organizar suas próprias forças militares). 3 poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário, independentes entre si). Ao contrário do período imperial, em que havia o Poder Moderador, o governante não poderia intervir nas decisões do Legislativo e do Judiciário ou desautorizá-las. Sufrágio direto – voto direto e aberto, apenas homens brasileiros alfabetizados com mais de 21 anos podiam votar. ➝ contradição com república. Separação da Igreja e Estado, habeas corpus, reunião sem armas. A república da Espada: Prevaleceram os interesses da burguesia urbana e dos militares do Brasil. Tanto Deodoro da Fonseca quanto Floriano Peixoto incentivaram a industrialização do país, desestimulando as importações e oferecendo crédito à indústria. Com isso, opunham-se aos interesses das oligarquias, que defendiam a manutenção de uma economia agrária no Brasil. A primeira república no Brasil: nem tão “pública” Oligarquia: governo de poucos e para poucos Federalismo: entes federados são dotados de autonomia política, administrativa, tributária e financeira. República: significa “coisa pública”. Regime político em que os governantes eleitos pela população devem governar segundo interesse geral do povo. A república dos cafeicultores: Para assegurar os interesses das oligarquias rurais, os paulistas lançaram seu próprio candidato nas eleições de 1894. Esse período em que Prudente de Morais governou ficou conhecido como “República das oligarquias”, os incentivos eram voltados à agroexportação e o incentivo à indústria foram abandonados, tornando a industrialização mais lenta. O país continuou muito dependente da importação de industrializados e d exportação de produtos agrícolas. Essa orientação econômica durou até 1930, quando as oligarquias foram tiradas do poder federal. Tempos áureos da borracha: A Segunda Revolução Industrial criou uma grande demanda internacional por derivados da borracha, e o Brasil se destacou durante esse período, fazendo com que Belém e Manaus se modernizassem muito. Trabalhadores locais se tornaram seringueiros e muitos migrantes do nordeste do Brasil partiram para a Amazônia, fugindo de secas frequentes na região. Esses trabalhadores eram mal remunerados, mas os donos dos seringais e os comerciantes envolvidos com a borracha ganharam muito dinheiro nessa época. A Política dos Governadores: Criado pelo presidente Campos Sales, garantia a harmonia entre o governo federal e os governos estaduais, assegurando os interesses de ambas as partes. Os governadores apoiavam as iniciativas do presidente da República e pressionavam os deputados de seus estados para que também o fizessem. Em época de eleições para a Câmara Federal e para o Senado, eles atuavam para que, em seus estados, os candidatos leais ao governo federal saíssem vencedores. ➝ voto aberto. Caso um candidato da oposição fosse eleito, o governador o denunciava ao presidente, que podiam impedir a posse do oponente com a Comissão verificadora de poderes. O coronelismo: O coronelismo é a influência que os latifundiários, chamados de coronéis, exerciam diante das votações. Isso acontecia da seguinte forma: Os coronéis bajulavam seus funcionários, fornecendo a eles favores, apadrinhamento e emprego, porém, em troca, estes funcionários deveriam dar ao latifundiário total lealdade, que era garantida com a ajuda do jagunço (assassinavam e perseguiam os desobedientes), e deveriam votar no candidato que o coronel escolhesse. Em meio a estar condições, é de extrema clareza que os votos eram manipulados. A charge representa o controle que os coronéis exerciam sobre os eleitores, pressionados a obedecer suas orientações e eleger os “candidatos oficiais”. Dessa forma, os coronéis perpetuavam seu grande poder regional. O coronelismo formava uma rede de troca de favores, que garantiu aos coronéis, às oligarquias estaduais e às oligarquias federais a manutenção no poder. A Política do Café com leite: Os presidentes da chamada “República das oligarquias” foram indicados e eleitos por influência dos fazendeiros paulistas e mineiros, líderes de uma rede de relações com fazendeiros de outros estados, mantida com a Política dos Governadores. ➝ revezavam na escolha do candidato. Para manter as oligarquias no poder, foram utilizados dois mecanismos políticos: a Política dos Governadores e a Política do Café com Leite. Coronel: latifundiários com grande poder sobre uma vila, município ou região. Naquele momento, o voto não era secreto, portanto, os votos poderiam ser controlados Lembrar: análise: Os eleitores trocavam seus votos por “favores” que os coronéis podiam fazer. Os coronéis, por sua vez, forneciam esses votos a um chefe político estadual e em troca recebiam benefícios que seriam negociados com os eleitores em troca de apoio. Troca de favores: O Convênio de Taubaté: Os cafeicultores viram o preço do café cair. Além disso, a partir de 1904, o país conseguia exportar uma proporção cada vez menor do que era produzido, gerando sobras do produto. Mesmo com o excedente que não foi exportado, os cafeicultores não aceitaram diminuir suas plantações. ➝ acreditavam que o Brasil deveria ser agroexportador. Para solucionar a crise cafeeira, os governadores propuseram aos governos dos principais estados produtores a compra antecipada da safra prevista por um preço fixo e o restante do café seria estocado até que opreço se normalizasse. Depois, os estados venderiam seus estoques. Os governos estaduais estavam comprando os excedentes, mas não tinham recursos para tanto, tendo que recorrer a empréstimos no exterior. Ano a ano, a quantidade de café comprada pelo governo federal aumentava. Afinal, como tinham garantia de compra, os cafeicultores não se preocupavam em ajustar sua produção à nova situação internacional. . Os impostos cobrados da população em valores crescentes, que poderiam ter sido utilizados em investimentos beneficiando diretamente a população, foram direcionados para atender às necessidades da elite cafeeira e evitar que ela tivesse prejuízos. manipulação do poder público em benefício de uma minoria: Muitos benefícios que a população recebia como “favores” do coronel eram direitos que todos os cidadãos têm. Ao negociar com os eleitores em troca de apoio, os coronéis tornavam a população refém de sua vontade. E impedia que as pessoas expressassem livremente suas ideias. Afinal, quem desafiasse o coronel tinha serviços públicos vetados. O modelo republicano deve justamente distinguir o que é público e o que é privado. E assegurar o que é público a todos os cidadãos. Contradição com república:
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