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MODULO DE CONTABILIDADE PUBLICA 2017 FINAL

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ADMINISTRAÇÃO PUBLICA
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2º ANO
01 DE JULHO À 01 DE SETEMBRO DE 2017
MÓDULO: CONTABILIDADE PUBLICA
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ISSUFO DA SILVA,MCA
ISSUFO DA SILVA,MCA
Objectivos Geral:
No final deste módulo, o estudante deverá ser capaz de: 
Descrever e caracterizar as principais normas de gestão financeira do Estado em Moçambique; 
Analisar as demonstrações financeiras do sector público; 
Conhecer as normas internacionais aplicáveis à contabilidade públicas; Aplicar os conceitos básicos da contabilidade pública no registro e apresentação das demonstrações financeiras 
Preparar as demonstrações financeiras do sector público à luz das normas internacionais .
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OBJECTIVOS DO MÓDULO
Objectivos Específicos:
Definir Contabilidade Publica e suas aplicações;
Fazer um breve percurso histórico da disciplina; 
Compreender e aplicar os procedimentos contabilísticos como instrumento de planeamento, execução, controlo, avaliação e decisão na esfera governamental; 
Aplicar os conceitos básicos da contabilidade pública no registro e apresentação das demonstrações financeiras.
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OBJECTIVOS DO MÓDULO
PALESTRA 1
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 TEMA I: O SECTOR PÚBLICO EM MOÇAMBIQUE, CARACTERIZAÇÃO DA CONTABILIDADE PÚBLICA 
MÓDULO: CONTABILIDADE DE GESTÃO II
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ISSUFO DA SILVA,MCA
ISSUFO DA SILVA,MCA
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Ao completar esta unidade, o estudante deverá ser capaz de: 
	Dominar o conceito de contabilidade Publica; 
	Conhecer o seu objecto identificar os objectivos; 
	Dominar as suas finalidades, e ser capaz de estabelecer os regimes contabilísticos 
Sector Público em Moçambique, Caracterização da Contabilidade Pública 
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Breves noções sobre Contabilidade Publica 
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Breves noções sobre Contabilidade Publica 
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Breves noções sobre Contabilidade Publica 
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Breves noções sobre Contabilidade Publica 
É o ramo da contabilidade que se aplica na administração pública as técnicas de registo dos actos e factos administrativos, apurando resultados e elaborando relatórios periódicos, levando em conta as normas de Direito Financeiro publico, os princípios gerais de finanças públicas e os princípios de contabilidade. 
Ou a contabilidade Publica e uma ciência que estuda e controla o patrimônio, evidenciando, as suas variações e seus resultados.
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Breves noções sobre Contabilidade Publica 
A Contabilidade Pública regista a previsão da receita e a fixação da despesa estabelecida no orçamento público aprovado para o exercício, escritura a execução orçamentária, faz a comparação entre a previsão e a realização das receitas e despesas, revela as variações patrimoniais, demonstra o valor do patrimônio e controla: 
– as operações de crédito; 
– a dívida activa; 
– os créditos; e 
– as obrigações. 
 
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Breves noções sobre Contabilidade Publica 
Sendo o patrimônio publico, pertecentes as entidades ( ou pesssoas jurídicas) de direito publico, entao , objecto de estudo da contabilidade publica são essas pesssoas jurídicas de direito publico: Estado, Municípios ou Autarquias, Fundos e Fundações .
O campo de aplicação toma em conta as relações que se estabelecem com os outros ramos da contabilidade e também com varias disciplinas jurídicas, essencialmente o direito Adminisrativo, direito Financeiro,direito Constitucional,entre outros. 
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Breves noções sobre Contabilidade Publica 
Actos admistrativos são acontecimentos que ocorrem nas entidades publicas e que não provocam variações no patrimônio; 
 
Factos admistranistrativos são acontecimentos que ocorrem nas entidades publicas e que provocam variações da estrutura ou do valor do patrimônio.
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Breves noções sobre Contabilidade Publica 
a) possibilitar a escrituração do patrimônio e de suas variações; 
b) ensejar o controle sobre os agentes administrativos, com vistas à apuração de suas responsabilidades patrimoniais; 
c) mostrar os resultados da gestão através dos balanços e das prestações de contas; 
d) facilitar as tarefas relacionadas com as previsões da receita e despesa e, depois, a organização dos orçamentos; 
e) facilitar o controle dos limites autorizados no orçamento; 
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Breves noções sobre Contabilidade Publica 
f) tornar possível o registo sistemático da receita e despesa nas suas diferentes fases, possibilitando o confronto entre as operações previstas e realizadas; 
g) possibilitar a avaliação e interpretação dos resultados e da situação econômico-financeira; 
h) fornecer dados para a organização do orçamentos; 
i) evidenciar as obrigações, os direitos e os bens da entidade; 
j) exercer o controle interno. 
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Breves noções sobre Contabilidade Publica 
É a unidade de tempo em que se divide a vida da entidade para apuração parcelada da gestão. Em Moçambique, o período administrativo corresponde a 12 meses, coincidindo com o ano civil. 
O exercício financeiro corresponde ao conjunto de operações financeiro que ocorrem em cada período administrativo. 
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Breves noções sobre Contabilidade Publica 
A Contabilidade Pública respeita, de entre outros, os seguintes princípios geralmente aceites: 
a) Consistência, na base do qual os procedimentos contabilísticos de um exercício para o outro não devem ser alterados; 
b) Materialidade, a informação produzida apresenta todos os elementos relevantes que permitem o acompanhamento de utilização dos recursos públicos,
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Breves noções sobre Contabilidade Publica 
c) Comparabilidade, em conformidade com o qual o registo das operações as normas determinadas ao longo da vida dos respectivos órgãos ou instituições, por forma a que possam ser comparados ao longo do tempo e do espaço os dados produzidos. 
d) Oportunidade, pelo qual a informação deve ser produzida em tempo oportuno e útil de forma a apoiar a tomada de decisões e análise da gestão 
e) Do registo do valor original, que obriga ao registo das componentes do patrimônio pelo valor original com o mundo exterior e expressos em moeda nacional. 
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Breves noções sobre Contabilidade Publica 
O registo contabilistico adoptado e o regime misto, aplicando-se para receitas de caixa e para as despesas o regime da competência . 
Regime de Caixa – destaca como receitas e despesas todas as entrada e saídas de recursos financeiros ou não, recebidos e pagos, arrecadas ou recolhidos, efectivamente durante o exercício financeiro, independente de referir-se a créditos ou a débitos de outros exercícios. 
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Breves noções sobre Contabilidade Publica 
Regime de Competência – destaca-se com as movimentações orçamentárias pertencentes a factos geradores efectivamente realizados dentro de um exercício, com o reconhecimento e a apropriação nesse exercício, repercutindo financeiramente no exercício seguintes. 
Regime Misto - O regime contábilistico em Moçambique é o misto, isto é adota-se ao mesmo tempo o regime de caixa e o regime de competência. 
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Breves noções sobre Contabilidade Publica 
PALESTRA 2
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 TEMA II: SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO 
MÓDULO: CONTABILIDADE PUBLICA
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ISSUFO DA SILVA,MCA
ISSUFO DA SILVA,MCA
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Ao completar esta unidade, o estudante deverá ser capaz de: 
 
	Dominar a importância dos sistemas Contabilísticos e ser capaz de distingui-los 
	Dominar o conceito de Patrimônio e seus elementos 
	Conhecer a estrutura do patrimônio
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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A contabilidade pública é estruturada em quatro sistemas contabilísticos que interagem entre eles, com o objectivo de fazer o acompanhamento do orçamento, da composição financeira e patrimonial, bem como evidenciar os compromissos assumidos pela administração pública.
	Sistema Orçamentário 
	Sistema Financeiro 
	Sistema Patrimonial 
	 Sistema de compensação 
	
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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Neste sistema, os registos contabílisticos, estão em função da lei orçamentária e devem evidenciar o montante dos créditos orçamentários vigentes, a despesa orçamentária programada e a despesa orçamentária realizada, a conta de créditos orçamentários e ainda as dotaçõesorçamentárias disponíveis.
Assim este sistema, no fina do período (exercício) apresenta resultados comparativos entre; 
	A previsão e a execução da receita orçamentária;
	A fixação e a execução da despesa orçamentária;
	Evidenciam assim o resultado orçamentário ocorrido no exercício financeiro, que pode ser nulo, superativo ou deficitário. 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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	Este sistema baseia-se nos fluxos de caixa, onde todos os recebimentos pertencentes a entidade são classificados como receita orçamentária e todos os recebimentos de terceiros que passam pela entidade são classificados com receitas extra-orçamentárias.
	E para fins do balanço financeiro são consideradas receitas do período as recitas orçamentárias e as extra-orçamentárias, que são somadas aos saldos das contas caixa e bancos do exercício anterior que passam para o exercício seguinte
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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Este sistema regista todos os bens de carácter permanente com a indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis por sua guarda na Administração Pública.
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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Neste sistema são registados nas contas de compensação os bens, valores e obrigações e situações não representados nos que compõem o activo e o passivo e que indirecta ou directamente possam vir afectar o patrimônio. 
Representam valores em poder de terceiros, ou recebidos de terceiros, valores nominais emitidos, contabilizados em contas de compensação apenas para efeitos de registo e controle, não alterando o patrimônio a 
quando do seu registo, mas que possam alterar no futuras.
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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O patrimônio é conceituado como sendo um conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma pessoa física ou jurídica. 
O patrimônio do Estado constitui o conjunto de bens, valores créditos e obrigações de conteúdo econômico e avaliáveis em moeda que a Fazenda Pública possui e utiliza na consecução dos seus objectivos.
Património do Estado - conjunto de bens de domínio público e privado, e dos direitos e obrigações de que o Estado é titular, independentemente da sua forma de aquisição, nomeadamente:
	bens móveis, animais e imóveis sujeitos ou não a registo;
	bens adquiridos por conta de projectos, com financiamento externo, quando não haja reserva de titularidade a favor de terceiros
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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O patrimônio público (Estatal) deve ser analisado sob dois aspectos: 
	Qualitativo;
	Quantitativo
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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O aspecto qualitativo do patrimônio não indica o valor dos elementos patrimoniais, mas sim, a sua qualidade funcional, isto é, as formas e composição que melhor concorra para alcançar seus fins com a máxima economicidade e produtividade. 
Sob este prisma, o patrimônio é visto como o conjunto de elementos ou espécies de que é constituído (Bens, valores, Direitos e obrigações).
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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O aspecto qualitativo do patrimônio não indica o valor dos elementos patrimoniais, mas sim, a sua qualidade funcional, isto é, as formas e composição que melhor concorra para alcançar seus fins com a máxima economicidade e produtividade. 
Sob este prisma, o patrimônio é visto como o conjunto de elementos ou espécies de que é constituído (Bens, valores, Direitos e obrigações).
Bens, o conjunto de meios pelos quais o Estado desenvolve suas actividades de prestação de serviços á comunidade. São subdivididos em: bens de uso comum, bens de uso especial, bens dominais ou dominicais.
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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Bens de uso comum – São imóveis de domínio público e não são apropriados contabilisticamente ao Patrimônio Estatal, constituindo assim, o Patrimônio comunitário ou social e podem ser: 
	Naturais – praias, quedas de água, rios e lagos, etc 
	 Construídos pela acção do homem – ruas, estradas, pontes, praças, etc. 
Os bens de uso comum, apresentam as seguintes características: 
	Não permanecem contabilizados após a entrega ao domínio público 
	Não são inventariados ou avaliáveis 
	Não podem ser alienados 
	O uso pode ser oneroso ou gratuito e estão excluídos do patrimônio da instituição
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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Bens de uso especial - são destinados ao uso das repartições públicas, como instrumentos do Estado para a prestação de serviços á comunidade – hospitais, museus, bibliotecas, instalações militares, residências oficiais, prédios escolares, prédios administrativos, com seus mobiliários e/ou equipamentos, etc. 
São bens de uso duradouro e apropriáveis ao patrimônio, dividindo-se em: 
	Bens Móveis - Mobiliários, utensílios, equipamentos, veículos, aeronaves, etc. 
	Bens se moventes – Animais destinados á produção, ao trabalho, á reprodução, etc. 
	Bens imóveis- terrenos urbanos, propriedades rurais, prédios, salas, etc. 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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Os bens de uso especial tem as seguintes características: 
	São contabilizados 
	São inventariados e avaliados 
	Podem ser alienados nos casos e na forma que a lei estabelecer 
	Estão incluídos no patrimônio da instituição 
	Dão e podem produzir renda.
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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Os bens de uso especial tem as seguintes características: 
	São contabilizados 
	São inventariados e avaliados 
	Podem ser alienados nos casos e na forma que a lei estabelecer 
	Estão incluídos no patrimônio da instituição 
	Dão e podem produzir renda.
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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Valores - são estoques de materiais não permanentes (com menos de dois anos 
de vida útil) destinados ao consumo, transformação, venda ou revenda: acções, títulos de créditos, documentos representado, valores, apólices, jóias, etc,. 
Créditos - são créditos, como em qualquer outra entidade administráveis, o que o estado tem a dever para com terceiros e das mais diversas origens. 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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	Resíduos Financeiros (Crédito financeiro) – são créditos de origens diferentes das descritas nos itens anteriores. São considerados “Despesa extra – orçamentária”, na inscrição e “Receita Extra orçamentária”, no recebimento e/ou apropriação.
Estes podem ser:
	Realizáveis- neste grupo, enquadram-se os resíduos da receita orçamentária (recursos a receber), débitos de agentes arrecadadores, depósitos bancários não creditados, pagamentos efectuados indevidamente e outros que deverão ser convertidos em numerários. 
	No patrimônio e a despesa a Regularizar. 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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b) Dívida Activa (Crédito Não-Financeiro) – é um crédito oriundo basicamente de tributos lançados e não arrecadados dentro de exercício, inclusive aqueles relativos a autos de infracção não - contestados pelo actuado até 31 de Dezembro. No entanto, podem também ter origem não tributária ou tributária, que apresentam outras características: 
	Está sujeita á cobrança judicial, acrescida de encargos financeiros e honorários para os advogados 
	Sua arrecadação constitui receita orçamentária do exercício em que se efectivar “Receita por Mutuações”. 
	No patrimônio, integra o Activo permanente e sua inscrição é considerada uma superveniência activa. 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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A dívida activa com natureza tributária – representa créditos provenientes de obrigação legal relativa aos tributos mais os respectivo adicionais e multas. 
A Dívida activa de natureza não tributária – representa os créditos provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multas de qualquer origem, excepto as tributárias, vendas de mercadorias, indeminizações, reposições, etc. 
Empréstimo Concedido (Crédito não Financeiro), embora não sendo comum, o Estado eventualmente, pode conceder empréstimos a terceiros,como por exemplo, o crédito educativo.
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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Características do Empréstimo Concedido (Crédito não Financeiro):
	Origina-se da execução da despesa orçamentária – “despesa por mutuações’. 
	Sua restrição aos cofres públicos constitui receita orçamentária (receita por mutuações), geralmente acrescida de juros e actualizações monetárias (Receita efectiva); 
	No patrimônio, integra, o activo permanente 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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Obrigações 
As obrigações representam o conjunto das dívidas do estado para com terceiros, dividas em: Dívida flutuante (extra-orçamentária) e Dívida Fundada (Orçamentária) 
a) Dívida Flutuante – que resulta de dívida extra – orçamentária – “restos a pagar” empréstimos por antecipação de receita orçamentária (débito de tesouraria) e depósitos recebidos ou consignados. Integra o passivo financeiro. 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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Características da Dívida Flutuante:
	Não está sujeita a encargos financeiros, á excepção dos empréstimos por antecipação de receita orçamentária e neste caso, estes encargos constituirão despesas orçamentárias. 
	Sua inscrição constitui receita “extra-orçamentária” e seu resgate, despesa “extra-orçamentária”. 
	O prazo de resgate, geralmente, não é um patrimônio muito bem definido, pois, no caso de restos a pagar processados, e suas derivações, é uma dívida vencida, já que o Estado compra através de “contra-apresentação de contas” e no depósito, seu vencimento será á época de sua desobrigação que pode ser curto, médio ou longo prazo. 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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b) Dívida Pública Fundada ou consolidada, respeita o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do estado, assumidas em virtude de leis, contractos, convênios ou tratados e da realização de operações de créditos, para amortização a prazo, normalmente superior a doze meses. E pode ser: 
	Dívida interna - Quando assumidos com instituições que operaram no território nacional 
	Dívida externa – Quando assumidas com instituições que operam fora dos limites do território nacional.
	Dívida Judicial – Assumidas por conta de sentenças judiciais transitadas em julgado. 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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Características da Dívida Judicial
	Normalmente originada da receita orçamentária (operações de Credito) receita por mutuações. 
	Sua amortização ou registo constitui despesa orçamentária – despesa por mutuações; e está sujeita a encargos financeiros (Despesa efectiva), facto este que a distingue da dívida flutuante, que é amortizada via despesa extra-orçamentária. 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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Características da Dívida Judicial
c) o prazo de resgate não é um parâmetro muito bem definido para caracterizar a dívida fundada, pois, em 31/12/XI, uma parcela a vencer no dia seguinte, 01/01/X2, continua sendo dívida fundada, o que difere da empresa, já que, por ocasião da elaboração do balanço, essa fracção deixa de ser exigível a longo prazo, para constituir passivo circulante. 
d) No patrimônio, integra o passivo permanente. 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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O aspecto quantitativo do patrimônio, em vez de indicar a funcionalidade do patrimônio, ele indica o valor dos elementos patrimoniais. 
Sob este prisma, o patrimônio é avaliado pelo seu saldo orçamental que é a diferença entre os respectivos activos e passivos, mas também este aspecto privilegia as variações do patrimônio, que somados ao saldo orçamental inicial, vão dar o resultado patrimonial do exercício. 
Assim, no aspecto quantitativo serão objectos de análise, o activo, o passivo, o saldo patrimonial, variações patrimoniais e resultado patrimonial do exercício. 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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Assim, no aspecto quantitativo serão objectos de análise, o activo, o passivo, o saldo patrimonial, variações patrimoniais e resultado patrimonial do exercício.
Sob o ponto de vista de variação e saldo patrimonial, o patrimônio é visto como um fundo de valores, ou seja, o agrupamento de vários componentes nos 3 elementos básicos da equação patrimonial (Activo – Passivo = Saldo Patrimonial), avaliados monetariamente. 
 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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ACTIVO - representa o conjunto de elementos representativos das aplicações de recursos orçamentários e extra-orçamentários, ou seja, constitui os bens e direitos da entidade que representa a parte positiva do patrimônio, como afirmam alguns autores.
Características do Activo:
	Ser da propriedade da entidade 
	 Ter mensuração monetária, e 
	Representar benefícios presentes e futuros para a entidade
 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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Divisão do Activo nas Entidades da Administração Pública
Activo financeiro – que é constituído do numerário, em caixa ou depositado em conta corrente bancária, das aplicações financeiras de curto e médio prazos, fundos de acções ou excedente de poupança, dos depósitos bancários vinculados a programas especiais ou importações (disponibilidades), dos créditos a serem convertidos em numerário e dos desembolsos financeiros a serem apropriados á despesa (realiável – créditos financeiros). 
Activo permanente ou Activo não Financeiro – que é constituído de bens (Móveis, Imóveis e Semoventes), dos valores (Almoxifarado, acções, títulos, etc) e dos créditos não financeiros (Dívida activa, Empréstimos não concedidos), etc. 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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PASSIVO - Representa o conjunto de elementos patrimoniais, representativos das obrigações estatais para com terceiros.
Passivo financeiro – que é constituído pela Dívida Flutuante Restos a pagar: despesas empenhadas e não pagar Serviços da dívida a pagar: restos a pagar da dívida e encargos Depósitos: Consignações, retenção e cauções, etc. 
Depósito de tesouraria: Operação de crédito por antecipação da receita. Passivo Permanente – que é constituído pela Dívida Fundada: interna, externa e judicial (operação de crédito, dívida judicial (precatório), dívida mobiliária) 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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SALDO PATRIMONIAL 
O Saldo patrimonial representa a situação patrimonial líquida, ou seja, a diferença entre o Activo e o Passivo (SP= A-P), que pode ser:
	Activo Real líquido – quando o activo for maior que o passivo (A≥P) 
	Passivo real ou passivo a descoberta – quando o passivo for maior que o activo (A≥P)
	Nulo – quando o activo for igual ao passivo (A=P). Esta situação é muito rara. 
 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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As variações patrimoniais representam o conjunto das modificações sofridas pelo patrimônio, ou seja, as ocorrências que proporcionam o aumento ou diminuição nos elementos componentes do activo ou passivo. 
As variações Patrimoniais podem:
	Resultar da execução orçamental – que são os acréscimos ou decréscimos ocasionados pela execução orçamentária, subdivididos em: 
	Variações patrimoniais activas
	 Variações patrimoniais passivas, 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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a) Variações patrimoniais activas, são as qur proporcionam aumento patrimonial : 
	Receita orçamentária 
	Mutuações de despesa – aquisição de bens (materiais de consumo para stock e material permanente) e/ou valores, amortização, dívida fundada e concessão de empréstimos. 
b) Variações patrimoniais passivas, são aquelas que acarretam diminuição patrimonial: 
	Despesa orçamentária 
	Mutuações de receita – alienação de bens e ou valores, recebimentos de créditos e realizações de operações de crédito. 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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2. Ser independentes da execução orçamentária, que são os acréscimos ou decréscimos verificados nos elementos activos e passivos, de forma fortuitas e ocasional, não relacionados as operações orçamentárias, subdividem-seem:
	Variações Patrimoniais Activas (VPA)
	Variação patrimonial passiva (VPP
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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a) Variações Patrimoniais Activas (VPA), são aquelas que proporcionam aumento patrimonial: 
	Superveniências Activas – nascimento de somoventes, incorporação e ou valores, inscrição, encampação monetária de crédito. 
	Insubsistência passiva- cancelamento da dívida em geral 
b) Variação patrimonial passiva (VPP), são aquelas que ocasionam diminuição patrimonial, 
	Insubsistências Activa – morte de somoventes, desincorporação e/ou baixa residual de bens/valores, cancelamento de créditos. 
	Superveniências Passivas – enampação e ou actualização Monetária da dívida em geral. 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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Em face das variações patrimoniais, no fim do exercício temos o resultado patrimonial do exercício, também chamado de resultado econômico, representa as diferenças entre as Variações Patrimoniais activas (VPA) e as Variações Patrimoniais Passivas (VPP) podendo ser superavitário, deficitário ou nulo. 
Resultado Patrimonial (Sp) 
	Superavitario (VPA-VPP) 
	Nulo (VPA=VPP) 
	Deficitario (VPA≤VPP 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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O sucesso de uma escrituração depende da existência de: 
	Símbolos que representam as diversas componentes patrimoniais; 
	Livros adequados a técnica contabilística 
	Linguagem e métodos próprios 
	Observância dos princípios e convenções usualmente aceites, e 
	Documentação legal aprove a ocorrência do facto. 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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A contabilidade pública, também usa o método de partidas dobradas, que se fundamenta no princípio de que não há origem sem aplicação correspondente, ou não há aplicação sem origem correspondente. 
Este princípio lógico é explicado pela relação: se A deve a B 10.000,00 Mt, na contabilidade de B será registada a dívida de A e na contabilidade de A será registado um crédito de B, e a equação fundamental de contabilidade é: 
Activo = Passivo + Patrimônio líquido 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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Para que esta equação fundamental de Contabilidade seja permanentemente em equilíbrio, a todo o aumento do activo, corresponderá um aumento igual do passivo ou patrimônio líquido. 
Assim teremos: 
	A soma dos débitos é igual a soma dos créditos 
	A soma dos saldos devedores é igual soma dos saldos credores 
	O patrimônio líquido é igual a diferença entre a soma dos bens e direitos com a soma das obrigações 
	As receitas são sempre creditadas, pois aumentam o patrimônio líquido, e 
	As despesas são sempre debitadas pois reduzem o patrimônio líquido 
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
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SISTEMAS CONTABILÍSTICOS E O PATRIMÓNIO PÚBLICO
PALESTRA 3
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 TEMA III: INTRODUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO PLANO OFICIAL DE 
CONTABILIDADE PÚBLICA (POCP) 
MÓDULO: CONTABILIDADE PUBLICA
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ISSUFO DA SILVA,MCA
ISSUFO DA SILVA,MCA
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Ao completar esta unidade, o estudante deverá ser capaz de: 
 
	Dominar e caracteriza o Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP), 
	Conhecer a estrutura do POCP 
Introdução e caracterização do Plano Oficial de 
Contabilidade Pública (POCP) 
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O Plano de contas é o objecto responsável pela transparência dos lançamentos contabilísticos, demonstra as contas de forma escriturada, obedecendo os princípios contabilísticos geralmente aceites, e consegue com isso agrupar informações diversas, de acordo com a forma em que cada conta está sendo utilizada.
O Plano de contas constitui a estrutura ordenada e sistematizada das contas utilizadas numa entidade e deve conter as directrizes gerais e especiais que orientam os registos dos factos ocorridos e dos actos praticados na entidade
Introdução e caracterização do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) 
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Na contabilidade pública, o plano de contas, objectiva, evidencia e ordena os seguintes factos: 
	Estágios de receitas e despesa 
	Entradas e saídas financeiras 
	Factos contigentes e aleatórios que afectam o patrimônio; e 
	Registos de factos e operações que não produzem alterações patrimoniais
O plano de contas nas instituições públicas é criado de acordo com as reais necessidades dessas entidades, como por exemplo, para o sistema financeiro, patrimonial e compensação, temos o respectivo plano de contas e para o sistema orçamental, temos outro plano de contas
Introdução e caracterização do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) 
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Os objectivos da contabilidade pública são o de fornecer a informação econômica relevante para que cada usuário possa tomar as suas decisões e realizar os seus julgamentos com segurança. 
Todas as instituições ou seja, pessoas jurídicas de direito público, tais como as uniões, estados, federações, províncias, distritos, autarquias, municípios, fundos e fundações, que arrecadam receitas e efectuam despesas ou administrem ou guardam bens a ele pertencentes ou confiados, são obrigados a usar o plano oficial de contabilidade pública (POCP), no registo dos factos e actos administrativos
Introdução e caracterização do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) 
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Para o caso de Moçambique, o POCP, é designado por Plano Básico de Contabilidade Pública (PBCP) tem por objectivo a uniformização e sistematização do registo contabilístico dos actos e factos relacionados com execução orçamental, financeira e patrimonial do estado. 
O PBCP deve ser adoptado por todas as unidades do SISTAFE, sendo ele composto por lista de contas, Plano de objectos e Tabela de operações Contabilísticas.
Introdução e caracterização do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) 
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É da responsabilidade da unidade de segurança (US) do sistema de contabilidade pública (SCP) a normalização do PBCP, competindo-lhe: 
a) Criar, especificar, desdobrar, codificar e extinguir contas; 
b) Criar e adequar o Plano de Objectos e a tabela de operações contabilística de modo a atender as necessidades de registo pelas unidades executoras dos actos e factos relacionados com execução do orçamento de estado;
c) emitir instruções sobre a utilização do plano básico de contabilidade pública, contendo os procedimentos contabilísticos pertinentes 
d) proceder os ajustes no PBCP, sempre que julgado necessário, observada a sua estrutura básica determinada pela legislação em vigor. 
Introdução e caracterização do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) 
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O governo elabora, no fim de cada exercício econômico, o Balanço, Mapas de controlo orçamental, demonstração de resultados e o inventário contabilístico. 
	Depósitos - constituídos por contas de cauções e fianças. 
	Consignações - constituídos por contas de impostos de renda retidos na fonte, fundos municipais de previdência e assistência (fundo municipal de previdência e fundo municipal de assistência). 
	Débitos de Tesouraria - representada pela conta de operações de crédito por antecipação da receita orçamentária. 
Introdução e caracterização do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) 
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O passivo permanente desdobra-se em: 
	Dívida fundada interna - constituída pelas contas de dívida fundada interna em título e dívida fundada interna por contractos. 
	Dívida fundada externa 
Saldo Patrimonial, que comporta: Activo Real Líquido e Passivo real a 
descoberto 
Introdução e caracterização do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) 
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O plano de contas nas instituições públicas é criado com as reais necessidades dessas entidades, assim, temos um plano de contas para o sistema financeiro, patrimonial e compensação e outro para o sistema orçamental.
Este plano de contas, como o nome diz, é composto por activos financeiros e permanentes passivo financeiros e permanentes, saldo patrimonial, e activo e passivo compensado.
Introdução e caracterização do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) 
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Activo comporta: Activo Financeiro e ActivoPermanente.
	O activo financeiro desdobra-se em: 
	Disponível, constituído pelas contas caixa e bancos 
	Realizável, constituído pelas contas de responsabilidade de adiantamentos e devedores por empréstimos. 
Introdução e caracterização do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) 
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O Activo Permanente desdobra-se em: 
	Bens móveis - constituídos pelas contas de veículos e sua depreciação, máquinas e equipamentos e sua depreciação, móveis e utensílios e sua depreciação. 
	Bens imóveis - constituídos pelas contas de terras, terrenos, edificações e suas amortizações e obras em andamento. 
	Bens de natureza industrial - constituídos pelas contas de bens móveis (máquinas e equipamentos e suas depreciações), bens imóveis (terrenos, edificações e suas amortizações) 
	Créditos - constituídos pelas de dívida activa (dívida activa tributária inscrita no ano, e dívida activa não tributária inscrita no ano); e dívida activa não tributária. 
	Valores - representada pela conta de acções de empresas. 
Introdução e caracterização do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) 
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Passivo comporta o Passivo financeiro desdobra-se em: 
	Restos a pagar, constituídos pelas contas restos a pagar processados de e restos a pagar não processados de Serviços de dívida a pagar; Despesa orçamentária empenhada a pagar, Restituições a pagar. 
Introdução e caracterização do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) 
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Passivo comporta o Passivo financeiro desdobra-se em: 
	Restos a pagar, constituídos pelas contas restos a pagar processados de e restos a pagar não processados de Serviços de dívida a pagar; Despesa orçamentária empenhada a pagar, Restituições a pagar. 
Introdução e caracterização do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) 
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Variações activas resultantes da execução orçamentária, representada pela conta de receitas orçamentárias. 
Variações activas independentes da execução orçamentária, constituídas pelas contas de superveniências activas (inscrição da dívida activa tributária, inscrição da dívida activa não tributária, doações recebidas, heranças vacantes e valorização de bens), e insubsistência passiva (cancelamento de dívidas passivas, diminuição de dívida por baixa de taxa cambial, e baixa de depreciação acumulada). 
Mutações patrimoniais activas, constituídas pelas contas de aquisições de bens móveis (aquisição de veículos), aquisição de bens imóveis, construção de bens imóveis, aquisição de bens para almoxifarado e amortização da dívida fundada interna. 
Introdução e caracterização do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) 
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Variações patrimoniais passivas resultantes da execução orçamentária, representada pela conta de despesas orçamentárias. 
Variações patrimoniais passivas independentes da execução orçamentária, constituída pelas contas de insubsistências activas (baixa de créditos fiscais inscritos, baixa de bens imóveis por doação ou sinistro, baixa de bens imóveis por consumo, morte, inservibilidade, permuta, doação, furto, roubo e exaustão, depreciação de bens imóveis, depreciação de bens móveis), superveniências passivas (inscrição de dívidas passivas, correção monetária por variação cambial e depreciação acumulada baixada no exercício).
Introdução e caracterização do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) 
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Alterações patrimoniais passivas, constituída pelas contas de cobrança de dívida activa, alienação de bens móveis, alienação de bens imóveis, incorporação da dívida fundada interna e amortização de empréstimos concedidos. 
Resultado patrimonial do exercício, representada pela conta de resultados de exercício
Introdução e caracterização do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) 
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ACTIVO COMPENSADO, que comporta: Receita orçamentária prevista a realizar; Receita orçamentária realizada; Valores em poder de terceiros (devedores por título de caução);Contrapartida de valores de terceiros; Responsabilidade de terceiros e, Contrapartida de despesa orçamentária fixada e realizada. 
PASSIVO COMPENSADO, que comporta: Despesa orçamentária fixada a realizar; Despesa orçamentária realizada; Despesa orçamentária fixada e realizada; Despesa orçamentária realizada; Despesa orçamentária empenhada a liquidar; Contrapartida de valores em poder de terceiros; Valores de terceiros; Contrapartida de responsabilidade de terceiros e, Contrapartida de receita orçamentária a realizar.
Introdução e caracterização do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) 
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O plano de contas do sistema orçamentário é elaborado, com base na lei do orçamento vigente neste exercício financeiro e estado e representa as recitas orçamentárias previstas e as despesas orçamentárias fixadas neste exercício 
Introdução e caracterização do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) 
PALESTRA 4
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 TEMA IV: O Plano de Contabilidade Publica em Moçambique 
Regras e funcionamento 
MÓDULO: CONTABILIDADE PUBLICA
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ISSUFO DA SILVA,MCA
ISSUFO DA SILVA,MCA
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Ao completar esta unidade, o estudante deverá ser capaz de: 
 
	Dominar e saber identificar os códigos das contas quer da despesa e a receita publica; 
2. Conhecer as fases de execução da despesa versus Receita 
O Plano de Contabilidade Publica em Moçambique Regras e funcionamento 
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A Estrutura do plano básico de contabilidade pública representa a organização das contas utilizadas na contabilidade pública. 
Para Moçambique, esta estrutura deve ser seguida na contabilização de todas as operações das instituições públicas conforme ilustra
O Plano de Contabilidade Publica em Moçambique - Regras e Funcionamento 
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A Estrutura do plano básico de contabilidade pública representa a organização das contas utilizadas na contabilidade pública. 
Para Moçambique, esta estrutura deve ser seguida na contabilização de todas as operações das instituições públicas conforme ilustra
O Plano de Contabilidade Publica em Moçambique - Regras e Funcionamento 
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O Plano de Contabilidade Publica em Moçambique - Regras e Funcionamento 
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A lista de conta do PBCP representa a relação de contas contabilísticas adoptadas pela contabilidade pública organizada de maneira uniforme e sistematizada, afim de atender aos registos contabilísitcos dos actos e factos relacionados a administração dos recursos de estado pelos seus órgãos e instituições. 
	Conta
A conta corresponde ao título representattivo da formação, composição, variação, situação de um patrimônio, bem como dos bens, direitos e obrigações e situações nele não compreendidas, que directa ou indirectamente possam vir afecta-lo, exigindo, por isso, controlo específico.
O Plano de Contabilidade Publica em Moçambique - Regras e Funcionamento 
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	Conta
As contas são agrupadas segundo a sua função, possibilitando: 
	Identificar, classificar e efectuar a escrituração contabilística,pelo método das partidas obradas, dos actos e factos de gestão, de maneira uniforme e sistematizada.;
	Conhecer a situação dos responsáveis que, de algum modo, arrecadam receitas, efectuam despesas e administram ou guardam bens pertencentes ou confiados aos estados;
	Acompanhar e controlar a execução orçamental, evidenciando a receita prevista, cobrada e recolhida, bem como a despesa autorizada, cabimentada e realizada e também as dotações disponíveis;
	Elaborar os balanços, mapa de controlo orçamental e as demonstrações de resultados 
O Plano de Contabilidade Publica em Moçambique - Regras e Funcionamento 
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	Conta (cont.)
	 Conhecer a composição e situações de patrimônio analisando;
	 Analisar e interpretar os resultados econômicos e financeiros;
	Individualizar os credores e devedores, com a especificação necessária ao controlo contabilística do direito ou obrigações;
	Controlar contabilisticamente os direitos e obrigações provenientes de ajuste ou contractos de interesse de gestão. 
O Plano de Contabilidade Publica em Moçambique - Regras e Funcionamento 
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	 Estrutura das contas, tipos e natureza 
Ascontas contabilísticas são estruturadas por níveis de desdobramento, classificadas e codificadas, de modo a facilitar o conhecimento e análise da situação orçamental, financeira e patrimonial, compreendendo seis níveis de desdobramento, da seguinte forma: . 
O Plano de Contabilidade Publica em Moçambique - Regras e Funcionamento 
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	 Exemplo: 2.1.1.1.1.1.06 – Assistência Médica e Medicamentosa 
 
O Plano de Contabilidade Publica em Moçambique - Regras e Funcionamento 
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	 Estrutura das contas, tipos e natureza 
Além dos 6 níveis acima mencionados, as contas podem sofre desdobramento de acordo com o Planto de Objecto, o qual não faz parte da estrutura da conta contabilística, e o que objectiva individualizar os actos e factos a serem registados, afim de permitir a qualificação do registo contabilístico. 
As contas são, ainda, separadas em escrituradas aquelas que admitem registos e não escrituradas, aquelas que não admitem registos e compreendem o somatório dos valores escriturados nos seus desdobramnetos. 
O Plano de Contabilidade Publica em Moçambique - Regras e Funcionamento 
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	 Estrutura das contas, tipos e natureza 
As contas contabilísticas são também classificadas segundo a sua natureza: 
	Devedores – cujos lançamentos devedores são aqueles que aumentam os seus saldos, em regras, são iniciadas por números pares. 
	Credores – cujos lançamentos são aqueles que aumentam seus saldos, em regra, são iniciadas por números pares 
	De redução – são aquelas que deduzam o grupo aqui pertencem, sendo a sua natureza contrárias as dos demais grupos. 
O Plano de Contabilidade Publica em Moçambique - Regras e Funcionamento 
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	 Nível de desdobramento de contas
O primeiro nível representa a classificação máxima na agregação das contas e está desdobrado nas seguintes classes: 
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	 Nível de desdobramento de contas
4.2. Activo - São contas do activo, as de classe 1 que inclui as contas correspondentes aos bens e direitos, demonstrando as aplicações de recursos e compreendem os seguintes grupos de contas, dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez 
a) Activo circulante – As disponibilidades de numerário, os recursos a receber bem como outros bens e direitos pendentes ou em circulação, realizáveis até ao término do exercício seguinte, 
O Plano de Contabilidade Publica em Moçambique - Regras e Funcionamento 
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	 Nível de desdobramento de contas
b) Activo realizável a médio e longo prazos – os bens e direitos, normalmente realizáveis após término do exercício seguinte.
c) Activo imobilizado – os activos de carácter permanente representados pelas imobilizações corpóreas, bem como as amortizações e reintegrações acumuladas. 
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	 Nível de desdobramento de contas
4.3. Passivo - São contas do passivo, as de classe 2, que inclui as contas relativas as obrigações evidenciando as origens dos recursos aplicados as quais 
estão dispostas no PBCP em ordem decrescente de grau de exigibilidade e compreende os seguintes grupos: 
a) Passivo circulante – As retenções de curto prazo, as coberturas de défices de tesourarias, as obrigações a pagar e os valores pendentes exigíveis até o término do exercício seguinte. 
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	 Nível de desdobramento de contas
4.3. Passivo 
b) Passivo exigível a médio e longo prazos – As obrigações exigíveis normalmente após o término do exercício seguinte.
c) Resultados exercícios futuros – São as contas representativas de receita de exercícios futuros, bem como das despesas a elas correspondentes 
d) Fundos Próprios – O patrimônio da gestão, reservas de capital e outras que forem definidas, assim como o resultado acumulado. 
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	 Nível de desdobramento de contas
4.4. DESPESA - São contas das despesas, as da classe 3 que inclui as contas representativas dos recursos dispendidos na gestão, a serem considerados no apuramento do resultado do exercício, tendo características de contas de resultados, estando desdobradas nas seguintes categorias:
a) Despesas correntes – compreendem as contas desdobradas em transferências e aplicações directas, dispesas com pessoal, bens e serviços, encargos de dívida, subsídio, outras despesas correntes e exercícios findos. 
b) Despesas de Capital – Compreendem as contas desdobradas em transferências e aplicações directas, de despesas de capital, operações financeiras e outras despesas de capital
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	 Nível de desdobramento de contas
4.4.1. Códigos das contas de despesas 
Os códigos das contas de despesas iniciam-se com o número 3, sendo que os demais dígitos correspondem a classificação econômica de Despesa.
O Plano de Contabilidade Publica em Moçambique - Regras e Funcionamento 
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	 Fase da despesa 
Constitui despesa pública todo o dispêndio de recursos monetários, seja qual for a sua proveniência ou natureza, gastos pelo estado, com ressalva daquele em que o benefício se encontra obrigado a reposição dos mesmos. 
Em nenhuma despesa pode ser assumida, ordenada ou realizada sem que, sendo legal, se encontra escrita devidamente no orçamento do estado aprovado, tenha cabimento na correspondente verba orçamental e seja justificada quanto a economicidade, eficiência e eficácia.
As dotações orçamentais constituem o limite máximo a utilizar na realização das despesas públicas no correspondente exercício econômico
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	 Realização de despesas 
A realização de despesas dado o estado, traduz-se na execução ordenada, e por etapas, de determinados princípios no correspondente exercício econômico. 
a) Nenhuma despesa se pode efectuar sem que haja lei que a autorize, ou seja, para se realizar uma despesa é imperioso que exista uma lei que a autorize. Normalmente trata-se das leis que criaram e organizam os serviços, envolvendo assim a permissão implícita para se efectuarem as despesas necessárias ao seu funcionamento. 
O Plano de Contabilidade Publica em Moçambique - Regras e Funcionamento 
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	 Realização de despesas 
b) É proibido realizar as despesas que não tenham sido inscritas no orçamento – a inscrição orçamental implica a existência da descrição adequada em que a despesa possa ser classificada e compreendida, não podendo os serviços utilizar importâncias inscritas em rubricas diferentes daquela que respeitam os encargos. 
c) Não se deve exceder as dotações orçamentais – os créditos orçamentais são limites a que os serviços devem sujeitar a realização das suas despesas. 
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	 Realização de despesas 
A realização da despesa obedece as seguintes fases: Cabimento, liquidação e pagamento 
1. Cabimento orçamental: é o acto administrativo de verificação, registo e cativo do valor do encargo a assumir pelo estado. 
Este acto só pode ser efectuado pelo gestor público se a unidade gestora possuir 
saldo suficiente nas contas denominadas Dotação disponível e quota de limite orçamental a utilizar, onde os registos contabilísiticos, quando da emissão de um cabimento, são os seguinte: 
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	 Exemplo da emissão de cabimento
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	 Realização de despesas 
A realização da despesa obedece as seguintes fases: Cabimento, liquidação e pagamento 
2. Liquidaçao, apuramneto do valor que efectivamente há a pagar para emissão da competente ordem de pagamento cujos registos contabilísticos são:
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	 Realização de despesas (Liquidação)Exemplo da emissão liquidação – OC – 240 XX + Apropriação da obrigação – OC – 430XX 
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	 Realização de despesas 
3. Pagamento ou entrega de uma importância em dinheiro ao titular do documento de despesa, cujos registos contabilisticos são; 
Exemplo da liquidação da obrigação – OC – 440XX + pagamento – OC – 42004 
As despesas que sejam reconhecidas judicialmente no exercício em curso, pertencentes a exercícios anteriores, mas nele não liquidadas, são pagas em rubricas orçamentárias adequadas do orçamento do estado desse exercício em curso.
O Plano de Contabilidade Publica em Moçambique - Regras e Funcionamento 
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	A dotação orçamental, em linguagem técnica conhecida por créditos orçamentais, ordinários ou autorizações orçamentais, são as importâncias inscritas no orçamento de cada serviço ou Direcção da autarquia e representam os limites máximos até aos quais se podem contrair encargos para satisfazer as necessidades durante um determinado ano econômico.
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	A dotação utilizável significa a dotação total inscrita no orçamento ou a percentagem de que se pode dispor. Assim, a título de exemplo, se uma dotação orçamental no montante de 1.000.000,00 Mt estiver sujeita, de acordo com a lei orçamental a dedução de 10%, isto é, de 100.000,00 Mt, a dotação utilizável é de 900.000,00 Mt (1.000.000,00 Mt – 100.000,00 Mt). .
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	Os reforços de determinadas dotações provocam naturalmente a diminuição em outras, visto que é necessário garantir o equilíbrio orçamental. São as chamadas Anulações em despesas. 
	Nestes casos, porém há que calcular os duodécimos da dotação que restar. Os duodécimos, a contar do mês (inclusive) em que a alteração for autorizada, serão representados pelo quociente que se obtiver das seguintes divisões: 
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	Dotação reforçada – Dividendo: soma da dotação (após abatimento dos duodécimos dos meses anteriores) com a importância do reforço; Divisor: número de meses qua faltarem para o fim de ano, incluindo o mês de autorização; 
	Dotação reduzida – Dividendo: diferença entre a dotação (após o abatimento dos duodécimos dos meses anteriores) e a importância da anulação; divisor: número de meses que faltarem para o fim de ano, contados a partir do mês inclusive em que foi autorizada a alteração orçamental. Cada duodécimo vence no primeiro dia de cada mês.
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	O fundo de maneio destina-se a cobrir despesas de pequena monta, pagas em numerário, para atender a situações previstas e devidamente identificadas, designadamente: 
	Aquisições directas no mercado local ou despesas urgentes em outra praça cuja natureza obrique o pagamento em numerário;
	Adiantamentos por motivo de deslocação e 
	Outros caos, prévia e devidamente fundamentados. 
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	Constituem despesas por pagar, as despesas liquidadas e não pagas até 31 de Dezembro do exercício econômico em curso, sendo que as despesas por pagar devem ser anuladas, caso não sejam pagas, decorridos um ano. 
	Anulação da despesa 
Em função da adopção do regime de compromissos para o registo da despesa pública, os valores das despesas anuladas no exercício revertem a respectiva dotação enquanto a anulação ocorrer após o encerramento do respectivo exercício econômico, o valor anulado deverá ser considerado receita d o ano em que a anulação se efectivar. 
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	São contas de receita, as de classe 4, que inclui as contas representativas dos recursos auferidos na gestão, a serem consideradas no apuramento do resultado do exercício, tendo características de contas de resultados desdobradas nas categorias econômicas de receitas correntes e de receitas de capital. 
	Receitas correntes – receitas fiscais, não fiscais, as consignadas e as de donativos 
	Receitas de capital – receita de alimentação de bens, receitas de donativos e receitas de fundos de empréstimos. 
O Plano de Contabilidade Publica em Moçambique - Regras e Funcionamento 
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	Constituem receita pública todos os recursos monetários, seja qual for a sua fonte ou natureza, postos a disposição do estado com ressalva daquelas em que o estado seja mero depositário temporário e nenhuma receita pode ser estabelecida, escrita no orçamento do estado ou cobrada sem não em virtude da lei e, ainda que por lei, as receitas só podem ser cobradas se estiverem previstas no orçamento do Estado aprovado. 
	Os momentos de receita escrito no orçamento de estado constituem limites mínimos a serem cobrados no correspondente exercício. Os códigos das contas de receita iniciam-se como número 4, sendo que os demais dígitos correspondem a classificação econômica da receita. 
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	Classificação Economica da Receita Pública
	Os momentos de receita escrito no orçamento de estado constituem limites mínimos a serem cobrados no correspondente exercício. Os códigos das contas de receita iniciam-se como número 4, sendo que os demais dígitos correspondem a classificação econômica da receita. 
O Plano de Contabilidade Publica em Moçambique - Regras e Funcionamento 
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A Execução da receita compreende 3 fases: 
	Lançamento – Consiste no procedimento administrativo de verificação da ocorrência do facto gerador da obrigação correspondente. 
	Liquidação – Consiste no cálculo do montante da receita devida e identificação do respectivo sujeito passivo. 
	Cobrança – Consiste na acção de cobrar, receber ou tomar posse de receita e subsequente entrega ao tesouro público, em função da adopção do regime de caixa para lançamentos da receita pública, somente esta fase ocasiona registos contabilísticos, que asseguir apresentamos; 
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A Execução da receita compreende 3 fases: 
	Lançamento – Consiste no procedimento administrativo de verificação da ocorrência do facto gerador da obrigação correspondente. 
	Liquidação – Consiste no cálculo do montante da receita devida e identificação do respectivo sujeito passivo. 
	Cobrança – Consiste na acção de cobrar, receber ou tomar posse de receita e subsequente entrega ao tesouro público, em função da adopção do regime de caixa para lançamentos da receita pública, somente esta fase ocasiona registos contabilísticos, que asseguir apresentamos; 
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Recolha da receita classificada – OC – 12001 
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Em função da adopção do regimo de caixa utilizado para o registo da receita pública, a restituição da receita arrecadada indevidamente, quando ocorra no respectivo exercício da sua arrecadação, deve ser efectuda neste exercício, mediante anulação do valor da rubrica orçamental respectiva e quando a restituição da receita arrecadada indevidamente ocorra em exercícios posteriores, esta deverá ser realizada em rubrica orçamental da despesa adequada, do exercício em que ela ocorra.
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Constitui dívida activa os valores relativas a contribuição e impostos e demais créditos fiscais do Estado liquidados e não cobrados dentro do exercício financeiro de origem, sendo incorporados pela contabilidade pública, em contas próprias findo exercício.
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São contas de resultados de variações patrimoniais negativas, as de classe 5, que inclui as contas representativas dasvariações negativas da situação líquida, sendo consideradas no apuramento de resultados respectivo, tendo características de contas de resultados, desdobradas nos grupos de variações ordinárias e variações extraordinárias. 
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	Variações ordinárias – Correspondem a diminuições de situação líquida resultante da execução das despesas orçamentais, transferências passivas e mutações passivas. 
b) Variações extraordinárias, correspondem a diminuição da situação líquida, ocorrida de forma independente da execução orçamental e inclui as contas de despesas não orçamentais, transferências passivas e decréscimos patrimoniais. 
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São contas de resultados de variações patrimoniais positivas, as de classe 6, que inclui as contas representativas das variações positivas da situação líquida, sendo consideradas no apuramento de resultado respectivo, tendo características de contas de resultados, desdobradas nos grupos de variações ordinárias, extraordinárias e resultado patrimonial. 
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	Variações ordinárias – correspondem aos aumentos da situação líquida e inclui as contas de receita orçamentárias, transferências activas e mutações activas 
b) Variações extraordinárias – correspondem aos aumentos da situação líquida do patrimônio, ocorrida de forma independente da execução orçamental e incluem as contas representativas das receitas não orçamentais, transferências activas e acréscimos patrimoniais 
c
O Plano de Contabilidade Publica em Moçambique - Regras e Funcionamento 
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c) Resultado patrimonial – conta transitória utilizada no encerramento do exercício, para demosntrar o apuramento do resultado patrimonial do exercício, obtido pelo confronto das variações activas e passivas (classe 3+5x classe 4+6) ocorridas no período, podendo ser positivo (quando apurado um superativo), ou negativo (quando apurado um déficit
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As contas de ordem são as da classe 7 e 8 compostas por contas de ordem activas e passivas, respectivamente, que tem a função primária de controle da execução orçamental, financeiras e de outros não compreendidos no patrimônio, mas que directa ou indirectamente possa vir efectua-lo, tais como: 
O Plano de Contabilidade Publica em Moçambique - Regras e Funcionamento 
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O Plano de Contabilidade Publica em Moçambique - Regras e Funcionamento 
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A estrutura do PBCP em classes e grupos tem como objectivos a escrituração contabilísticas e a preparação das demonstrações contabilísticas, com a finalidade de visualizar o patrimônio e suas variações, padronizar o nível de entrada e saídas de dados das unidades integrantes do SISTAF, bem como possibilitar o uso de um sistema único de dados para proceder ao processamento da execução orçamental, financeira e patrimonial do Estado. 
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O governo elabora, no fim de cada exercício econômico as seguintes demonstrações contabilísticas: 
	O balanço 
	Mapas de controle orçamental 
	Demosntração de resultados 
	O inventário contabilístico 
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A execução da receita obedece as seguintes fases: lançamento, liquidação e cobrança. 
O Plano de Contabilidade Publica em Moçambique - Regras e Funcionamento 
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ACTIVOPASSIVO
ACTIVO FINANCEIROPASSIVO FINANCEIRO
DisponívelRestos a pagar
 …………………………… ……………………………
 ……………………………Servíços da Dívida a Pagar
 …………………………… ……………………………
RealizávelDepósitos
 …………………………… ……………………………
 ……………………………Débitos de Tesouraria
 …………………………… ……………………………
ACTIVO PERMANENTEPASSIVO PERMANNTE
BensDívida Interna
 …………………………… ……………………………
Valores ……………………………
 ……………………………Divida Extena
Créditos ……………………………
 …………………………… ……………………………
SALDO PATRIMONIAL
Passivo Real Líquido
 ……………………………
ACTIVOVARIACOESPASSIVO
Total de VPATotal VPP
Insubsistências Passivas
Insubsistências Activas
Superveniências Passivas
Independentes da Execução 
Orçamentária
Resultado PatrimonialSuperavitarioDeficitária
Resultante Da Execução
RealizávelDespesas Orçamentária
Mutação da Despesa 
Orçamentaria
Mutação da Despesa 
Orçamentaria
Superveniências Activas
Tipo de ContaA DebitoA Crédito
AumentosDiminuições
Do ActivoDiminuições
Do PassivoAumentos
Património Liquido
Aumentos
Diminuições
Tipo de ContaA DebitoA Crédito
Receitas e variações 
patrimoniais activas 
Sempre Creditada
Despesas e Variações 
Patrimoniais passivas 
Só no caso de estorno ou 
aumento
Só no caso de estorno 
ou encerramento de 
Sempre debitadas 
1. Activo2. Passivo
1.1. Circulante2.1. Circulante
1.2. Realizável a Médio e Longo Prazo2.2. Exígivel a Médio e Longo Prazo
1.3. Imobilizado2.3. Resultados de Exercícios Futuros
2.4. Fundos Próprios
3. Despesa4. Receita
3.1. Despesas Correntes4.1. Receitas Correntes
3.2. Despesas de Capital4.2. Receitas de Capital
5. Resultado de Variação 
Patrimonial Negativa
6. Resultados de Variação 
Patrimonial Positiva
5.1. Resultado Ordinário6.1. Resultados Ordinario
5.2. Resultado Extraordinário6.2. Resultado Extraordinário
5.2. Resultado Extraordinário6.3. Resultado Patrimonial
7. Contas de ordem Activas8. Contas de Ordem Passivas
7.1. Execução Orçamental da Receita8.1. Previsão Orçamental da Receita
7.2. Fixação Orçamental da Despesas7.2. Execução Orçamental da Despesas
7.3. Execução de Programação Financeira8.3. Execução de Programação Financeira
7.4. Execução das Despesas por pagar8.4. Execução das Despesas por pagar
7.5. Execução de Acordos e contratos8.5. Direitos e Obrigações acordadas
7.9. Outras contas de ordem activas8.6.. Outras contas de ordem passivas
xx x x xx
Conta Contabilîstica
1º Nivel: Classe
2º Nivel: Grupos
3º Nivel: Sub - grupo
4º Nivel: Elementos
5º Nivel: Sub-elemento
6º Nivel: Item
Classificação Económica das Despesas
211116
Conta Contabilîstica
1º Nivel: Classe
2º Nivel: Grupos
3º Nivel: Sub - grupo
4º Nivel: Elementos
5º Nivel: Sub-elemento
6º Nivel: Item
Retenções de Curto Prazo
Consignações
Previdência Social 
Assistencia médica e medicamentosa
Classificação Económica das Despesas
Passivo
Passivo Circulante
300001
Conta Contabilîstica
1º Nivel: Classe
2º Nivel: Grupos
3º Nivel: Sub - grupo
4º Nivel: Elementos
5º Nivel: Sub-elemento
6º Nivel: Item
Despesas com Pessoal
Salários e Remunerações
Vencimeento base do quadro Pessoal
Classificação Económica das Despesas
Despesa
Despesas Correntes
Código e Título da ContaRegistoCódigo e Título da ContaRegisto
8.2.1.1.0.00 – Dotação Disponível D - 
8.2.1.3.1.00 – Dotação 
cabimentada a liquidar 
C
8.3.1.4.1.00 – Quota de limite orçamental a 
utilizar 
D - 
8.3.1.4..12.00 – Quota de limite 
orçamental a utilizada 
C
7.2.4.1.00 – Emissão de nota 
de cabimento 
D - 8.2.4.1.01 – Cabimento a liquidar C
Código e Título da ContaRegistoCódigo e Título da ContaRegisto
3.X.X.X.XX – Despesa D - 2.1.X.X.X.X.X- obrigação C
8.2.1.3.1.00 – Dotação cabimentada a liquidar D - 8.2.4.1.2.01- cabimentos liquidados C
8.2.4.1.1.01 – Cabimentos a Liquidar D - 8.2.4.1.2.01 – Cabimentos Liquidados C
8.3.2.0.0.00 - Disponibilidades financeiras D - 7.3.2.1.0.00- Disponibilidasdes por FR C
7.3.2.1.0.00 - Disponibilidasdes por FR D - 8.3.2.0.0.00 - Disponibilidades financeiras C
Código e Título da ContaRegistoCódigo e Título da ContaRegisto
2..1.X.X.X.XX- Obrigação D - 3.X.X.X.XX – Despesa C
8.2.4.1.1.01 – Cabimentos a Liquidados D - 8.2.4.1.3.01 – Cabimentos pagoC
8.3.2.0.0.00 Disponibilidades financeiras D - 7.3.2.1.0.00- disponibilidades por FR C
411302
Imposto Sobre Veículos
1º Nivel: Classe
2º Nivel: Grupos
3º Nivel: Sub - grupo
4º Nivel: Elementos5º Nivel: Sub-elemento
6º Nivel: Item
Receitas Correntes
Receita Fiscal
Outros Impostos
Imposto sobre veiculos
Classificação Económica da Receita
Receita
Código e Título da ContaRegistoCódigo e Título da ContaRegisto
1.1.1.2.2.00- Banco CUT D - 4.X.X.X.X.XX- receita C
7.1.1.2.1.0.00- Receita realizada D - 7.1.1.1.1.0.00- Receita realizada C
7.3.2.1.0.00- Disponibiliddades por FR D - 7.1.1.1.1.0.00- Receita realizada C
ContaTipo de ControloContaTipo de Controlo
7.1.1.1.1.00- Receita a realizar classificada 
Execução 
Orçamental da 
Receita 
8.1.1.1.0.00 - Previsão inicial da receita 
Previsão do 
Orçamental da 
Receita
7.2.1.1.1.00 – Dotação inicial 7.1.1.2.1.0.00- 
Receita realizada 
Fixação 
Orçamental da 
despesa 
8.2.1.1.0.00 - Dotação disponível 
Execução 
Orçamental da 
despesa 
7.3.1.1.1.00 - Execução de programação 
financeira 
Programação 
financeira 
8.3.1.1.0.00- Execução da Programação 
financeira
Programação 
financeira
7.4.1.1.1.00 - Execução das despesas por 
pagar 
Execução das 
despesas por 
pagar 
8.4.0.0.0.00- Execução das despesas por 
pagar 
Execução das 
despesas por 
pagar 
7.5.1.0.0.00- Valor acordado 
Execução de 
acordos e 
Contratos 
8.5.1.0.0.00 - Celebração de 
acordos e Contratos 
Execução de 
acordos e 
Contratos
7.5.1.0.0.00 - Valor acordado 
Demais 
Controlos 
Necessários 
8.9.0.0.0.00 - Contas de ordem passivas 
diversas 
Demais 
Controlos 
Necessários

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