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Fundamentos do Processo Educativo no Contexto Histórico-Filosófico 1 e 2

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Fundamentos do Processo Educativo no Contexto Histórico-Filosófico
Celio Luiz Cardoso
Tutor de Sala
Pedagogia VIII
2020
Homem e Conhecimento, Ciência e Educação
AULA 01
Tipos de conhecimento
Mítico
Lendas e mitos
Religioso
Religiosidade e verdade revelada
Pensamento
Científico
Filosófico
Razão e método
Construção do Conhecimento Crítico
Ato social
Busca pelo conhecimento
Conhecimento histórico e social
Todo conhecimento é histórico e social
Construção do Conhecimento Crítico
Envolve:
Capacidade de interpretar a realidade.
Análise da relação causal entre os fenômenos.
Demanda por respostas que não estão prontas.
Ressignificação da realidade observada.
Escolhas mais racionais
Construção do Conhecimento Crítico
SUJEITO: Ser Humano
CONHECIMENTO
OBJETO: Realidade 
Pensadores do Conhecimento
Sofistas: Crítica a existência da verdade – cidade em cidade.
Sócrates: Método – Maiêutica (parto das ideias; perguntas).
Platão: Reflexão idealista – Alegoria da Caverna (mundo ideal x mundo imperfeito).
Aristóteles: Reflexão realista. 
Aristóteles
Grécia: 384 -322 a.C..
Marcou o Período Sistemático da filosofia grega.
Criador da lógica como instrumento do conhecimento (e da ciência).
Na obra “A Metafísica”, apontou que “Todos os homens desejam por natureza saber”. 
Em “Ética a Nicômaco”, afirma que trabalhar as virtudes que conduzem à ética e ao desenvolvimento humano pautado em atitudes boas, o que aproxima os seres humanos da felicidade. 
A Felicidade é o Bem Supremo.
Mediania: equilíbrio entre o excesso e a deficiência. 
Epistemologia
Parte da filosofia que investiga o conhecimento. Nesse sentido identifica-se à teoria do o conhecimento científico do ponto conhecimento (ver).
Quando investiga o ponto de vista crítico, é também chamada filosofia das ciências ou teoria do conhecimento científico.
Pensadores da Educação Moderna
Desenvolveram teorias e métodos que influenciaram a educação no contexto cultural, científico...
Representantes do pensamento Filosófico: Descartes, Francis Bacon, Thomas Hobbes, John Locke, David Hume. 
Representantes do pensamento Científico: Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Giordano Bruno. 
Empirismo e Racionalismo
		Racionalismo	Empirismo
	Definição	Teoria filosófica que se baseia na afirmação de que a razão é a fonte do conhecimento humano.	Teoria filosófica baseada na ideia de que a experiência é a fonte do conhecimento.
	Ideias inatas	Indivíduos tem conhecimentos inatos.	Indivíduos não possuem conhecimentos inatos.
	De onde vem o conhecimento	O conhecimento é baseado no uso da razão e da lógica.	O conhecimento é baseado na experiência e experimentação.
	Princípios-chave	Dedução, conhecimento inato e razão.	Indução e experiências sensoriais.
	Teóricos	Platão, Descartes, Leibniz e Noam Chomsky.	Locke, Berkeley e Hume.
Racionalismo: Descartes
França: 1596 – 1650.
Não é possível conhecer as coisas por elas mesmas.
Somente por meio da razão é que se compreende a realidade. 
“Penso, logo existo”. 
É por meio do pensamento que compreendo o mundo.
“A origem de todo conhecimento está na razão”.
Um método tão seguro que o conduzisse à verdade indubitável : dúvida metódica.
Somente as ideias verdadeiras devem ser analisadas.
Empirismo: Locke
Inglaterra: 1632 – 1704.
Empirista (do grego empeiria que significa experiência).
Só a experiência, a observação dos fenômenos é capaz de levar o homem ao conhecimento.
Aprendemos por meio dos órgão sensoriais: visão, audição, olfato, paladar e tato.
Consciência
PASSIVA
Não tem condições de atuar no mundo, pois tem uma percepção incompleta da realidade.
VIVIDA
É relacionada a uma percepção da realidade que é mais afetiva, deixando de lado os elementos objetivos.
Situa o individuo no mundo, reconhecendo um espaço entre as coisas e os outros indivíduos. 
ATIVA
Esse grau de consciência permite ao homem conhecer o mundo, em sua individualidade e em meio a outros com os quais partilha um mesmo ambiente. 
Exemplo: uma criança ou uma pessoa cujos sentimentos de amor ou ódio estejam aflorados.
Exemplo: situação de devaneio.
Ciência e Educação
Ciência Moderna: começa com o fim Idade Média.
Na Idade Média, a Igreja católica era o poder supranacional.
A verdade e o conhecimento, assim, eram inteiramente revelados por Deus. 
Interferência do clero para atingir seus interesses.
Bíblia: escrita apenas em latim ou língua morta.
Berço: Renascimento Europeu (retorno à Antiguidade Clássica de Grécia e Roma).
São retomados os princípios filosóficos e o uso do pensamento e da razão.
Iluminismo (Luz/Razão) e Antropocentrismo (Humanismo/Homem).
BACON
Inglaterra: 1561- 1626.
Método: a ciência busca conhecer a realidade que ocorre por meio dos fenômenos. 
Na observação dos fenômenos, ela busca reconhecer os elementos que se repetem.
Une-se empirismo (experiência) e Racionalismo (razão).
Kant: Esclarecimento e Autonomia.
Conhecimento Científico
Ciência registra a regularidade no modo como o mundo ocorre. 
Regularidade leva o cientista a estabelecer leis gerais sobre o funcionamento do mundo.
As teorias científicas são constituídas pelo conjunto de leis sobre determinado âmbito da realidade.
Conhecimento e Escola
Função Social da Escola: Transmissão dos conhecimentos científicos historicamente produzidos pelos homens.
Ciência produz conhecimento; o cientista pesquisa e registra os resultados colhidos. 
A educação, por sua vez, lida com o que a ciência produz; professor ensina, pesquisando o conteúdo disponibilizado pela ciência. 
Conhecimento e Escola
A educação (entendida como possibilidade de libertação e emancipação do homem) deve levar o aluno à criticidade. 
Conhecimento como forma de sair do senso comum. Olhar sobre a tecnologia e Fake News.
Processo formativo deve envolver o pensamento e a crítica, para refutar aquilo que passivamente é aceito
Essencialismo e Naturalismo
AULA 02
Construção do Conhecimento Crítico
ESSENCIALISMO
Doutrina filosófica que sustenta a primazia da essência sobre a existência.
NATURALISMO
Doutrina filosófica que relaciona o método científico afirmando que todos os seres do nosso universo são naturais e que todo o conhecimento que se tem sobre o universo só é possível com investigações científicas.
A educação, segundo essa tendência, consiste em realizar o que o homem deve vir a ser.
Na educação, deve-se buscar o conhecimento por meio de métodos científicos e análise de seus resultados.
Essencialismo: Platão
Grécia: 428 – 347 a.C..
Conhecimento sensível X Conhecimento inteligível .
A iniciação à filosofia é progressiva conquista da liberdade do espírito do corpo, é fazer-nos donos de nós mesmos.
Essencialismo: São Tomás de Aquino
Itália: 1225 – 1274.
Devemos distinguir entre “Verdades da razão” e “Verdades da fé”. 
Buscamos auxílio em Deus.
Naturalismo: Bacon
Inglaterra: 1561- 1626.
Problematizar as questões relacionadas ao conhecimento.
Dúvida como caminho para a verdade.
Traz a ideia de que “saber é poder”. 
Filosofia deixa de ser contemplativa com base em questões morais.
Passa a articular o pensamento com questões práticas.
Leva o pensamento filosófico em direção à Ciência.
Naturalismo: Descartes
França: 1596 – 1650.
Pai da “filosofia moderna” porque reuniu em sua concepção filosófica a preocupação com a matemática e a importância do método.
A dúvida era um pressuposto para se chegar ao conhecimento verdadeiro e este, por sua vez, não se relacionava às emoções ou aos sentidos.
Descartes sugere modificações educacionais que apontam para um saber mais racional, marcado por etapas metódicas e uma conclusão científica.
Naturalismo: Descartes
Conhecimento verdadeiro = Utilização da lógica matemática
Separar o sujeito do objeto de conhecimento, buscando um olhar exterior.
Inicialmente dúvida = colocar à prova qualquer conceito,eliminando valores e preconceitos. 
Dividir as dificuldades encontradas para análise. 
Organizar o pensamento e as ideias das mais simples para as mais complexas. 
Naturalismo: Descartes
1
A observação da natureza. 
2
A organização racional do dados observados. 
3
A formulação de hipóteses sobres esses dados.
4
A comprovação das hipóteses por experimentação repetidas.
Essencialismo: Rousseau
França: 1712 – 1778. 
Obra: “Emílio, ou da Educação”. 
Civilização e o progresso, bem como o domínio da razão, não conseguiram aumentar a moralização e a felicidade do homem.
O homem nasce naturalmente bom e a sociedade o corrompe. 
A discórdia e a corrupção tem origem na imensa desigualdade de riqueza e na excessiva complexidade da sociedade.
A moral do coração é um caminho que conduz o homem à liberdade.
Essencialismo: Rousseau
O homem aparece como fenômeno natural, mas perde a naturalidade a partir do contato com as instituições sociais. 
Sugeria um processo formativo sem a imposição das instituições, iniciada pelos pais e preceptores. 
Permitia que a vida social fosse constituída com simplicidade e respeito. 
Poder, governo e instituições: Contrato Social como um pacto para o bem comum.
Essencialismo: hegel
Alemanha: 1770 – 1831.
Hegel se destacou por trazer para a filosofia o aspecto histórico, promovendo uma aproximação entre o idealismo e a história.
Trouxe contribuições para se pensar uma concepção de educação com base na busca pela autonomia de cada sujeito, distante da transmissão ou recepção de conteúdo.
Utilizava-se do método dialético.
Essencialismo: hegel
1º momento: tese,um momento abstrato, no qual o conceito encontra-se determinado, finito. 
2º momento: antítese, negação racional, que remove a rigidez do pensamento finito e contrastá-lo.
3º momento: síntese, momento racionalmente positivo, pois dele surge uma síntese desses opostos. 
Essencialismo: Sarte
França: 1905 – 1980.
Não há uma existência pronta: cada homem constrói sua existência com as escolhas que faz, sem um padrão determinado que deva ser seguido.
A liberdade é a escolha incondicional que o próprio homem faz de seu ser e de seu mundo.
A liberdade será ética apenas quando o exercício da vontade estiver em consonância com a direção que a razão aponta.
Estamos condenados à nossa liberdade: somos definidos por nossas escolhas.
Mesmo quando estamos sob o poder de forças externas, isso resultou de uma decisão livre.

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