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Classicismo Português
“Já vai andando a récua dos homens de Arganil, acompanham-nos até fora da vila as infelizes, que vão aclamando, qual em cabelo, Ó doce e amado esposo, e outra protestando, Ó filho, aquém eu tinha só para refrigério e doce amparo desta cansada já velhice minha, não se acabavam as lamentações, tanto que os montes de mais perto respondiam, quase movidos de alta piedade”.
1. Em muitas passagens do trecho transcrito, o narrador cita textualmente palavras de um episódio de Os Lusíadas, visando a criticar o mesmo aspecto da vida de Portugal que Camões, nesse episódio, já criticava. O episódio camoniano citado e o aspecto criticado são, respectivamente,
a) O Velho do Restelo; a posição subalterna da mulher na sociedade tradicional portuguesa. 
b) Aljubarrota; a sangria populacional provocada pelos empreendimentos coloniais portugueses. 
c) Aljubarrota; o abandono dos idosos decorrente dos empreendimentos bélicos, marítimos e suntuários. 
d) O Velho do Restelo; o sofrimento popular decorrente dos empreendimentos dos nobres. 
e) Inês de Castro; o sofrimento feminino causado pelas perseguições da Inquisição. 
2. (Mackenzie) - O tom pessimista apresentado por Camões no epílogo de "Os Lusíadas" aparece em outro momento do poema.
Isso acontece no episódio:
a) do Gigante Adamastor. 
b) do Velho do Restelo. 
c) de Inês de Castro. 
d) dos Doze de Inglaterra. 
e) do Concílio dos Deuses.
Leia os trechos de Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, e responda.
I. As armas e os barões assinalados,
Que, da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados.
II. No mar tanta tormenta e tanto dano
Tantas vezes a morte apercebida;
Na terra tanta guerra, tanto engano,
Tanta necessidade aborrecida!
3. A narrativa do poema faz referência à
a) ascensão do regime feudal português.
b) expansão marítima portuguesa.
c) independência das colônias de Portugal.
d) submissão dos espanhóis à coroa portuguesa.
e) vinda da corte portuguesa ao Brasil.
4. No episódio “O gigante Adamastor” (canto V, estrofes 37-60), de Os Lusíadas, de Camões,
a) descreve-se, dramaticamente, a chegada de uma tempestade provocada pelos deuses marinhos.
b) descreve-se a batalha em que D. Afonso Henriques derrotou cinco reis mouros, depois de ter tido uma visão de Deus, interpretada por ele como a vitória da fé cristã contra o mouro infiel.
c) registram-se as palavras de um velho, cuja figura, destacando-se da multidão reunida na praia, levanta a voz para condenar a expedição de Vasco da Gama, que está prestes a partir de Lisboa para a grande viagem.
d) narra-se o surgimento de uma monstruosa figura, símbolo dos perigos enfrentados pelos portugueses, que, depois de anunciar em tom profético e ameaçador os castigos reservados aos aventureiros, acaba por contar-lhes suas próprias desventuras de amor.
e) conta-se como Baco, que era desfavorável à viagem dos portugueses, desceu ao fundo do mar para pedir a Netuno que convocasse um concílio dos deuses marinhos. Nesse concílio, Baco conseguiu convencer os deuses da necessidade de afundar a armada portuguesa antes que ela chegasse a seu destino.
Leia as três últimas estrofes do Canto III, de Os Lusíadas.
133
Bem puderas, ó Sol, da vista destes,
Teus raios apartar aquele dia,
Como da seva mesa de Tiestes,
Quando os filhos por mão de Atreu comia!
Vós, ó côncavos vales, que pudestes
A voz extrema ouvir da boca fria,
O nome do seu Pedro, que lhe ouvistes,
Por muito grande espaço repetistes.
134
Assi como a bonina, que cortada
Antes do tempo foi, cândida e bela,
Sendo das mãos lacivas maltratada
Da minina que a trouxe na capela,
O cheiro traz perdido e a cor murchada:
Tal está, morta, a pálida donzela,
Secas do rosto as rosas e perdida
A branca e viva cor, co a doce vida.
135
As filhas do Mondego a morte escura
Longo tempo chorando memoraram,
E, por memória eterna, em fonte pura
As lágrimas choradas transformaram.
O nome lhe puseram, que inda dura,
Dos amores de Inês, que ali passaram.
Vede que fresca fonte rega as flores,
Que lágrimas são a água e o nome Amores.
(CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas. São Paulo:
Círculo do Livro LTDA, 1995, p. 124-125.)
5. Sabendo-se que o episódio de Inês de Castro se caracteriza, dentro da epopeia camoniana, por um intenso lirismo, é correto dizer que, no fim do episódio,
a)	 Inês foi assassinada brutalmente, enquanto a natureza permanecia fria e indiferente à grande tragédia.
b)	na hora da morte de Inês de Castro, o sol desapareceu e um temporal desabou, anunciando a morte da donzela.
c)	 a natureza personificada, testemunha do vil assassinato, silenciou por longo tempo como se rezasse pela alma de Inês.
d)	apesar de não ter conseguido escapar do seu trágico destino, Inês de Castro, mesmo depois de morta, jazendo na capela, conservou em sua pele a cor e a maciez das flores do campo.
e)	depois da morte de Inês, o nome de seu amado, que ela sussurrara ao morrer, ecoou pelos vales, e as lágrimas das ninfas do Mondego deram origem a uma fonte que sempre lembrará sua história.
Texto I
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram,
[...]
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
Luís Vaz de Camões, Os Lusíadas.
Texto II
Cesse de uma vez meu vão desejo
de que o poema sirva a todas as fomes.
[...]
letras eu quero é pra pedir emprego,
agradecer favores,
escrever meu nome completo.
O mais são as mal-traçadas linhas.
Adélia Prado, “O que a musa eterna canta”.
Considere as seguintes afirmações sobre Os Lusíadas:
I.        É um poema épico que tem como núcleo narrativo as origens históricas de Portugal, relatadas pela voz do próprio poeta.
II.       Embora pertença à Épica, incorpora à sua linguagem traços estilísticos do gênero lírico, em episódios antológicos como o da “Inês de Castro” e o da “Ilha dos Amores”, por exemplo.
III.      Obedece a uma regularidade formal, valendo-se de versos decassílabos, traço valorizado no Renascimento.
6. Assinale:
a)       se apenas as afirmações I e II estiverem corretas.
b)      se apenas as afirmações II e III estiverem corretas.
c)       se apenas as afirmações I e III estiverem corretas.
d)      se apenas a afirmação III estiver correta.
e)       se todas as afirmações estiverem corretas.
Leia os textos que seguem.
Texto I - Mar português 
Ó mar salgado, quanto do teu sal 
São lágrimas de Portugal! 
Por te cruzarmos, quantas mães choraram, 
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar 
Para que fosses nosso, ó mar! 
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador 
Tem que passar além da dor. 
Deus ao mar o perigo e o abismo deu, 
Mas nele é que espelhou o céu. 
 Fernando Pessoa 
Texto II
“Em tão longo caminho e duvidoso 
Por perdidos as gentes nos julgavam, 
As mulheres co’um choro piedoso, 
Os homens com suspiros que arrancavam. 
Mães, esposas, irmãs, que o temeroso 
Amor mais desconfia, acrescentavam 
A desesperação e frio medo 
De já nos não tornar a ver tão cedo." 
 Camões 
7. A partir dos trechos e de seus conhecimentos de Os Lusíadas, assinale a alternativa incorreta.
a) O texto II pertence ao episódio “O velho do Restelo”, de Os Lusíadas, em que Camões indica uma crítica às pretensões expansionistas de Portugal, nos séculos XV e XVI.
b) Apesar das diferenças de estilo, tanto o texto de Camões quanto o de Fernando Pessoa indicam uma mesma ideia: a de que o caráter heroico das descobertas marítimas exige e justifica riscos e sofrimentos.
c) O fato de Camões, em Os Lusíadas, lançar dúvidas sobre a adequação das conquistas ultramarinas – o assunto principal do poema – contrapõe-se ao modelo clássico da epopeia.
d) Ainda que abordem uma mesma circunstância histórica e ressaltem as mesmas reações humanas, o texto de Fernando Pessoa e o episódio “O velho do Restelo” chegama conclusões diferentes sobre a validade das navegações portuguesas.
e) Os dois textos referem-se aos sofrimentos que a expansão marítima portuguesa provocou.
8. Dos episódios Inês de Castro e O Velho do Restelo, da obra Os Lusíadas, de Luiz de Camões, NÃO é possível afirmar que:
a)	O Velho do Restelo, numa antevisão profética, previu os desastres futuros que se abateriam sobre a Pátria e que arrastariam a nação portuguesa a um destino de enfraquecimento e marasmo.
b)	Inês de Castro caracteriza, dentro da epopeia camoniana, o gênero lírico porque é um episódio que narra os amores impossíveis entre Inês e seu amado Pedro.
c)	Restelo era o nome da praia em frente ao templo de Belém, de onde partiam as naus portuguesas nas aventuras marítimas.
d)	Tanto Inês de Castro quanto O Velho do Restelo são episódios que ilustram poeticamente diferentes circunstâncias da vida portuguesa.
e)	O Velho, um dos muitos espectadores na praia, elogiava, com sua fala, as façanhas dos navegadores, a nobreza guerreira e a máquina mercantil lusitana.
Na obra Os lusíadas, o canto IX é conhecido como aquele que contém o episódio da Ilha dos Amores. Observe a pintura abaixo de Waterhouse que mostra um lugar idílico, onde as ninfas acolhem sedutoramente Hylas, um jovem grego muito belo, pertencente aos Argonautas, que nunca mais foi visto. O texto camoniano também retrata um ambiente reconhecido como locus amoenus, local ameno e protegido onde há águas límpidas, relvas e árvores frondosas.
A Ilha dos Amores é o momento de recompensa aos navegadores, ofertada por Vênus, que tem a incumbência de proteger a Armada portuguesa.
9. Considerando a quantidade de referências à antiguidade clássica na obra Os lusíadas, observado o quadro, e com base nos conhecimentos da literatura do período, é correto afirmar:
a) Luís de Camões é poeta neoclássico, pois usa do locus amoenus e de figuras mitológicas.
b) A obra de Camões traz em si o conflito entre o conhecimento clássico e a influência da igreja.
c) A obra épica serviu para que seu autor obtivesse em vida o reconhecimento internacional.
d) Camões usa da tradição épica, contrapondo-se o poeta aos mandamentos da igreja cristã.
e) A presença da mitologia grega a auxiliar Vasco da Gama é licença poética usada por Camões.
TEXTO I
“Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo doce fruto,
Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a fortuna não deixa durar muito,
Nos saudosos campos do Mondego*,
De teus fermosos* olhos nunca enxuto,
Aos montes ensinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas. (...)”
(Fragmento do episódio Inês de Castro, em Os Lusíadas, de Camões)
 
* Mondego: nome de um rio de Portugal
   fermosos - formosos
 
TEXTO II
Da triste, bela Inês, inda os clamores
Andas, Eco chorosa, repetindo;
Inda aos piedosos Céus andas pedindo
Justiça contra os ímpios matadores;
 
Ouvem-se inda na Fonte dos Amores
De quando em quando as náiades* carpindo;
E o Mondego*, no caso refletindo,
Rompe irado a barreira, alaga as flores:
 
Inda altos hinos o universo entoa
A Pedro, que da morte formosura
Convosco, Amores, ao sepulcro voa:
 
Milagre da beleza e da ternura!
Abre, desce, olha, geme, abraça e c'roa
A malfadada Inês na sepultura.
(José Manuel Maria Barbosa de Bocage)
* náiades: ninfas dos rios.
   Mondego: nome de um rio de Portugal
 
TEXTO III
– Inês, Inês, quem sobrevive, quem,
nos filhos que fabrica?
ut-re-mi-tílias ao vento soltas sussurrando –
(...)
Hino ouvido entre neves:
ulti... multi ... venturas, aventuras,
vento ululando, vento urrando – vê,
multidões precipitam-se (...)
Ouve, repara, ávida Lídia, os sinos,
os fabricados sinos se partiram, (...) 
os generados filhos se quebraram,
todos falhamos, tudo,
ai todos farfalhamos, sinos, folhas:
As fabulosas naves passam prenhes. (...)
(Mário Faustino,O homem & sua hora e outros poemas. Fragmentos)
 
TEXTO IV
Uma musa matriz de tantas músicas
melindrosa mulher e linda e única
como o lado da lua que se oculta
escondia o mistério e a sedução.
Comovida com a revolução de Guevara,
Camilo e São Dimas,
escutou meu espelho cristalino
viajou nosso sonho libertário.
Bela Inês com seu peito de operário
a burguesa que amava o capitão.
(Romance da Bela Inês, poema-canção de Alceu Valença)
 
A leitura e o conhecimento prévio da significação do episódio de Inês de Castro, em Os Lusíadas, nos permite, ao compará-lo a versos do poema canção de Alceu Valença (texto IV), afirmar que:
I. no poema-canção de Alceu Valença, a mulher de que ali se fala é uma Inês situada claramente num espaço e cor local diferentes da Inês de Camões.
II. a Inês de Alceu Valença, uma mulher de “peito operário”, cheia de sonhos libertadores e revolucionários, leva uma caracterização geral semelhante à Inês de Camões.
III. no fragmento lido, Camões não economiza palavras na descrição dos atributos físicos e encantos pessoais de Inês de Castro; Valença faz um resumo de tudo isso, concentrando-se sobretudo na descrição do sentimento que move a Inês de seu poema-canção.
 
10. O correto está em:
 
a) I, II e III.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) II, apenas.
Com relação ao episódio que trata do velho do Restelo (canto IV), um dos mais importantes de es Lusíadas, considere as afirmações abaixo.
 
I − O episódio mostra que o avanço marítimo, cantado no poema, refere-se à expansão das Coroas portuguesa e espanhola.
II − O velho amaldiçoa o primeiro homem que, no mundo, lançou uma embarcação a vela ao mar.
III − O velho, ao enumerar as possíveis consequências das navegações, manifesta temor pelo despovoamento de Portugal.
 
11. Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
Leia a estrofe 120, do episódio de Inês de Castro (Canto III, estrofes 118-135), de Os Lusíadas: 
120
Estavas, linda Inês, posta em sossego, 
De teus anos colhendo doce fru[i]to, 
Naquele engano da alma, ledo e cego, 
Que a Fortuna não deixa durar muito, 
Nos saudosos campos do Mondego, 
De teus fermosos olhos nunca enxu[i]to, 
Aos montes ensinando e às ervinhas 
O nome que no peito escrito tinhas.
 
(CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973, p. 118.) 
 
Ieda: alegre, risonho, prazenteiro 
Fortuna: na crença dos antigos, deusa que presidia ao bem e ao mal; destino 
12. O "engano da alma" em que se encontrava Inês de Castro, referido na estrofe acima - "engano da alma, ledo e cego, / que a Fortuna não deixa durar muito" -, diz respeito ao (à)
(A) intenso amor que Inês dedicava a D. Pedro.
(B) medo que a jovem sentia quando pensava no destino de seus filhos.
(C) sentimento de culpa nutrido pela donzela por ter-se apaixonado pelo Príncipe.
(D) sua preocupação quanto à situação política de Portugal, no reinado de D. Afonso 
(E) seu pedido de desterro, ao saber da decisão do rei de Portugal e de sua corte de condená-Ia à morte.
Leia a estrofe a seguir para responder à questão.
Ó tu, que tens de humano o gesto e o peito
(Se de humano é matar uma donzela
Fraca e sem força, só por ter sujeito
O coração a quem soube vencê-la),
A estas criancinhas tem respeito,
Pois o não tens à morte escura dela;
Mova-te a piedade sua e minha,
Pois te não move a culpa que não tinha.
(Canto III, Episódio Inês de Castro, Os Lusíadas, de Camões - fragmento)
O drama de Inês de Castro – escultura: Rui Miragaia Jarmelo, Guarda. Portugal, fotografada em 2006, por Leonel Bras, http://olhares.aeiou.pt/o_drama_de_ines_de_castro/foto498134.html
 
Coimbra do choupal
Ainda és capital
Do amor em Portugal, ainda
Coimbra onde uma vez
Com lágrimas se fez
A história desta Inês tão linda (...)
(Coimbra - música Raul Ferrão & José Galhardo, gravada por Roberto Carlos)
Camões não é o único, nem foi o primeiro e nem o último a dar tratamento literário à história de Inês de Castro, mas a sua versão paira sobre todas as outras – anteriores ou posteriores – expressões artísticas relacionadas a essa figura de mulher e à sua história, como se exemplifica anteriormente. Vários fatores concorrem para que o episódio seja dos maisadmirados de Os Lusíadas, impondo-a como um dos grandes símbolos femininos da literatura. Entre esses fatores, estão a (o):
 
I. dolorosa história, devida tanto à piedade que inspiram Inês e seus filhos, quanto ao amor constante, inconformado e revoltado de D. Pedro. 
II. gravidade da questão envolvida, que opõe o interesse pessoal e os interesses coletivos (a “razão de Estado”).
III. encanto lírico de que Camões cercou a figura de Inês, a quem atribui longo e eloquente discurso dentro do episódio.
IV. bravura dos portugueses ao defender sua rainha, narrada neste episódio, um dos mais valorosos da colonização brasileira.
 
13. O correto está em:
a) I, apenas.
b) II e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) I, II, III e IV.
Leia a estrofe a seguir para responder à questão.
Ó tu, que tens de humano o gesto e o peito
(Se de humano é matar uma donzela
Fraca e sem força, só por ter sujeito
O coração a quem soube vencê-la),
A estas criancinhas tem respeito,
Pois o não tens à morte escura dela;
Mova-te a piedade sua e minha,
Pois te não move a culpa que não tinha.
(Canto III, Episódio Inês de Castro, Os Lusíadas, de Camões - fragmento)
14. O texto lido faz parte do episódio Inês de Castro, ponto alto do lirismo camoniano inserido na narrativa épica de Os Lusíadas, e representa o(a):
a) discurso da personagem Inês de Castro, esperando que o rei seja comovido pela piedade dela e dos filhos e, assim, poupe a sua vida.
b) crítica à ambição dos navegantes portugueses, que abandonaram a pátria à mercê dos inimigos, para buscar ouro e glória em terras distantes.
c) lamento do poeta sobre a condição humana ante os perigos, sofrimentos e incertezas que os navegantes sofreram em favor da pátria lusitana.
d) elogio à bravura dos portugueses, feito por Camões através deste episódio exclusivamente épico.