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Fortaleza ● Ceará Edmar Freitas Ilustrações Eduardo Azevedo Copyright © 2018 Edmar Freitas Copyright © 2018 Eduardo Azevedo Coordenação Editorial, Preparação de Originais e Revisão Kelsen Bravos Projeto e Coordenação Gráfi ca Daniel Dias Design Gráfi co Emanuel Oliveira Eduardo Azevedo Revisão Final Marta Maria Braide Lima Sammya Santos Araújo Conselho Editorial Maria Fabiana Skeff de Paula Miranda Sammya Santos Araújo Antônio Élder Monteiro de Sales Sandra Maria Silva Leite Antônia Varele da Silva Gama Catalogação e Normalização Gabriela Alves Gomes Governador Camilo Sobreira de Santana Vice-Governadora Maria Izolda Cela de Arruda Coelho Secretário da Educação Rogers Vasconcelos Mendes Secretária-Executiva da Educação Rita de Cássia Tavares Colares Coordenador de Cooperação com os Municípios (COPEM) Márcio Pereira de Brito Orientadora da Célula de Apoio à Gestão Municipal Gilgleane Silva do Carmo Orientador da Célula de Fortalecimento da Aprendizagem Idelson de Almeida Paiva Júnior Orientadora da Célula do Ensino Fundamental II Ana Gardennya Linard Sírio Oliveira SEDUC - Secretaria da Educação do Estado do Ceará Av. Gen. Afonso Albuquerque Lima, s/n - Cambeba Fortaleza - Ceará | CEP: 60.822-325 (Todos os Direitos Reservados) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) F853j Freitas, Edmar. Que jovem sou eu? / Edmar Freitas; ilustrações de Eduardo Azeve- do. - Fortaleza: SEDUC, 2018 20p. il. ISBN 978-85-8171-237-6 1. Literatura infantojuvenil. I. Azevedo, Eduardo. II. Título. CDU 028.5 Para os meus fi lhos: Felipe Neto, Edmara, Edmar Filho e Fabrício 5 Que jovem sou eu Nesse mundo louco, Onde o tempo é pouco E os problemas muitos? Serei eu, na vida, Um espaço em branco, Um cavalo manco Que perdeu seu dom? 6 Que jovem sou eu Nessa estrada turva, Serei eu a curva Pra lugar nenhum? Ou serei uma vírgula Depois da oração, Serei eu um peão No jogo da vida? 9 Que jovem sou eu, Um herdeiro da fome Ou apenas um nome Num papel carbono? Serei eu um palhaço De cara pintada, Que dobra a risada, Mas por dentro chora? 10 Que jovem sou eu Que sonha e almeja E tanto peleja Pra ser alguém bom? Terei eu o destino De um mero espantalho, Serei eu retalho De um tecido estranho? 11 Que jovem sou eu, Um móvel esquecido, Um prego batido No leilão do mundo? Ou serei um vaqueiro Num cavalo alado, Mantendo guardado Os sonhos da infância? 12 Que jovem sou eu, Uma alma completa, Serei eu um poeta Nas noites de insônia? Como serei eu Quando for adulto? Serei eu o fruto Do qual fui gerado? Ou serei alguém Tal como um soldado, Fundido e forjado Às grandes batalhas? 14 Que jovem sou eu Que não gosta de ler, Pouco sabe escrever E vive sem graça? Serei eu um jovem Sem obra e sem uso, Serei eu o fuso Que torce a mordaça? Ou serei um jovem Que olha as estrelas, Sentado nas telhas De antigas casas? 17 Que jovem sou eu, Um mero instrumento Que serve de intento Aos que têm poder? Ou serei um jovem Pronto pra viver E com o tempo aprender As lições da vida? 19 Que jovem sou eu, Um ser digitado E talvez deletado Ao entardecer? Ou serei a chama Que acende as manhãs? Serei eu as maçãs Que alimentam o mundo? Que jovem sou eu? Que sonha e que sente. Serei eu a semente De um novo amanhã? Eduardo Azevedo Nasci e moro em Fortaleza. Sou graduado em Geografi a pela Universidade Estadual do Ceará. Sou professor da rede municipal de ensino de Fortaleza, como também sou ilustrador de livros por vocação. Comecei minha carreira artística no início dos anos 2000, desenhando capas de folhetos de literatura de cordel para a editora Tupynanquim, onde ilustrei meus primeiros livros. Mas foi em 2006 que decidi me tornar ilustrador profi ssional quando ilustrei os livros de literatura infantil “A Branca de Neve em Cordel” e o “Sapo com medo d’água”. Fui vencedor do Prêmio Luís Sá na categoria Quadrinhos do Edital da SECULT de 2011, com a obra “A Batalha de Oliveiros com Ferrabrás”, também pela Tupynanquim editora. Coordenei o 3º Festival de Ilustração de Fortaleza que ocorreu durante a XII edição da Bienal Internacional do Livro do Ceará. Participo, ainda, das coleções do Paic, Prosa e Poesia desde o começo. Edmar Freitas Oi. Sou o poeta Edmar Freitas. Nasci em Limoeiro do Norte - Ceará. Aos quinze anos, vim morar em Messejana, Terra mãe de José de Alencar. Como escritor já publiquei várias obras, incluindo livros de poemas, infantojuvenis e sobre a história de Messejana. Sou um escritor e por isso afi rmo: ler é também uma forma de se conectar.
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