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Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 1 Geopolí tica – estudo dirigido Material de disciplina TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017 Vídeoaulas 1 a 6 Rotas de Aprendizagem 1 a 6 Neste breve resumo, destacamos a importa ncia para seus estudos de alguns temas diretamente relacionados ao contexto trabalhado nesta disciplina. Os temas sugeridos abrangem o conteu do programa tico da sua disciplina nesta fase e lhe proporcionara o maior fixaça o de tais assuntos, consequentemente, melhor preparo para o sistema avaliativo adotado pelo Grupo Úninter. Esse e apenas um material complementar, que juntamente com a Rota de Aprendizagem completa (livro-base, videoaulas e material vinculado) das aulas compo em o referencial teo rico que ira embasar o seu aprendizado. Útilize-os da melhor maneira possí vel. Bons estudos! Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 2 Atença o! Esse material e para uso exclusivo dos estudantes da Úninter, e na o deve ser publicado ou compartilhado em redes sociais, reposito rios de textos acade micos ou grupos de mensagens. O seu compartilhamento infringe as polí ticas do Centro Úniversita rio ÚNINTER e poderá implicar em sanções disciplinares, com possibilidade de desligamento do quadro de alunos do Centro Úniversita rio, bem como responder ações judiciais no âmbito cível e criminal. Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 3 Sumário Tema: Introduça o a Geopolí tica ........................................................................................................................................................................... 4 Tema: Teorias cla ssicas da Geopolí tica ............................................................................................................................................................ 7 Tema: Geopolí tica e Relaço es Internacionais ............................................................................................................................................. 10 Tema: A perspectiva marxista em Geografia Econo mica ...................................................................................................................... 12 Tema: Geopolí tica da Guerra Fria e Geoestrate gia .................................................................................................................................. 14 Tema: Geopolí tica no po s-Guerra Fria ........................................................................................................................................................... 17 Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 4 Tema: Introdução à Geopolítica “Para entender a geopolí tica, precisamos ter um ponto de partida. A princí pio, devemos perguntar: de onde essa forma de conhecimento veio? Ao que podemos responder: da cie ncia geogra fica”. Sabe-se que a Geopolí tica e resultado da interaça o de diferentes disciplinas como a geografia, a histo ria, a cie ncia polí tica, e a geografia humana. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 1, pa gina 24. --- “O pensamento geogra fico germa nico desenvolveu-se concomitante a tumultuada histo ria da unificaça o alema . De um conjunto de principiados, reinos e ducados, a Alemanha emergiu unida sob a liderança prussiana. A conquista da nova condiça o de Estado nacional alema o ocorreu em paralelo ao processo de unia o de distintas unidades polí ticas germa nicas sob uma u nica bandeira (Deutsch, 1957). Esse processo de amalgamaça o – ou seja, de unia o – em que a expansa o territorial de um Estado incorporou outros Estados, resultando no nascimento de uma unidade polí tica nova, influenciou fortemente a geografia e a geopolí tica do novo paí s”. Sabe-se que Friedrich Ratzel, importante geo grafo alema o, superou a geografia humana convencional, buscando apoio em cie ncias auxiliares. As dimenso es que para Ratzel, deveriam ser incorporadas aos saberes geogra ficos sa o: i) dimensa o humana, ii) interaça o da dimensa o humana com o ambiente, iii) interaça o da dimensa o humana com o territo rio, iv) pra ticas sociais, v) polí tica, vi) lutas por recursos, vii) fusa o representada por conceitos como Estado, territo rio e povo. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 1, pa gina 29. --- “Na perspectiva da geografia polí tica, a ideia de territo rio ganhou força apo s a assinatura do Tratado de Westphalia (1648), que encerrou a Guerra dos Trinta Anos. Na e poca, o entendimento vigente era que um territo rio se constituí a em uma porça o de terra reclamada por um Estado ou outra entidade polí tica (Dahlman, 2009). Úma de suas funço es centrais era demarcar o espaço do poder soberano, estabelecendo, dessa forma, fronteiras e limites”. Pode- se falar em soberania interna ou em soberania externa. Soberania interna refere-se a autoridade polí tica ma xima, que tem o direito de governar a populaça o dentro de seu territo rio; Soberania externa/soberania internacional legal reporta-se ao direito de uma autoridade soberana governar seu territo rio e povo sem a interfere ncia externa. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 1, pa ginas 29 e 30. --- “Segundo Castro (1999) e Mattos (2002), estudiosos como Vidal de la Blache, Isaiah Bowman e Lucien Febvre podem ser considerados representantes da Escola Possibilista”. Ao caracterizar Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 5 os fundamentos da Escola Possibilista podemos mencionar os seguintes to picos: i) se opo e ao determinismo geogra fico, ii) liberdade impacta na forma e no alcance em que o meio geogra fico na influencia a aça o dos indiví duos, iii) elemento humano racional manifesta-se por meio da polí tica, iv) fator polí tico e mediador da relaça o entre homem e geografia, v) pilar e o pressuposto do progresso, vi) pilar e a crença na cie ncia e na te cnica, vii) pilares fazem a balança entre raza o e geografia ser a favor do homem, viii) fator racional, instrumental e humano deve ser imperativo, ix) se fator racional instrumental e humano na o for imperativo na o, havera relaço es de determinaça o entre sociedade e meio, apenas de reciprocidade. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 1, pa ginas 35 e 36. --- “(...) Costa (2008) afirma que a geografia polí tica se desenvolve sob os auspí cios do rigor cientifico, tí pico da atividade acade mica, tendo assim, status cientifico. Por outro lado, a geopolí tica repousa em um manto de desconfiança, o qual a relaciona diretamente a sua utilizaça o na primeira metade do se culo XX e nas polí ticas de expansa o, guerra e colonialismo. De acordo com essa perspectiva crí tica, a geopolí tica consiste em um saber engajado, comprometido com o poder”. A Geopolí tica como disciplina se desenvolveu no determinismo germa nico/ escola geogra fica alema . Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 1, pa gina 36. --- “Friedrich Ratzel (1844-1904) foi um pensador alema o, considerado como um dos principais teo ricos cla ssicos da Geografia e o precursor da Geopolí tica e do Determinismo Geogra fico. Vale lembrar que a expressa o ‘determinismo’ na o era empregada pelo pro prioRatzel, tratando-se de uma atribuiça o conceitual que foi dada a partir das leituras sobre o seu pensamento. Sua principal obra publicada foi a Antropogeografia” (Fonte: ALVES, Rodolfo Pena. Brasil Escola. Friedrich Ratzel. Brasil Escola. Disponí vel em http://brasilescola.uol.com.br/geografia/friedrich-ratzel.htm). Sabe-se que no campo do determinismo germa nico, ou determinismo geogra fico, Friedrich Ratzel e um dos autores mais representativos dessa escola. A concepça o que Ratzel, em seu determinismo geogra fico, tem acerca do Estado orienta-se pelos seguintes aspectos: o Estado e naturalmente polí tico; o Estado e orga nico; o Estado e uma entidade viva; o Estado e um organismo dina mico; o Estado e composto por corpo polí tico e institucional, territo rio e povo; o Estado possui tende ncia natural a expansa o; o Estado possui tarefa de conquistar espaço vital; a expansa o do Estado repousa na consecuça o do espaço vital; os Estados nascem, expandem-se e morrem, em sua luta pela sobrevive ncia e segurança. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 1, pa gina 37. --- “Friedrich Ratzel propo s uma Antropogeografia, como um ramo da geografia humana, que estudaria o espaço de vida dos agrupamentos humanos. Ao sistematizar os conhecimentos http://brasilescola.uol.com.br/geografia/friedrich-ratzel.htm Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 6 polí ticos aplicados pela geografia, Ratzel contribuiu decisivamente para o surgimento da geografia polí tica, que no iní cio do se culo XX foi acrescida do termo geopolí tica (este cunhado por Rudolf Kjelle n)” (Fonte: Wikipe dia. Lebensraum. Disponí vel em https://pt.wikipedia.org/wiki/Lebensraum). Sabe-se que Ratzel, utilizando do determinismo geogra fico, concebeu o termo espaço vital, uma contribuiça o crucial para o vocabula rio polí tico e estrate gico usado por estadistas na primeira metade do se culo XX. Para caracterizar a ideia de Espaço vital precisamos estar atentos aos seguintes aspectos: i) sí ntese do crescimento orga nico do Estado, ii) culturas superiores mereciam mais territo rios, iii) culturas superiores deveriam expandir e conquistar territo rios onde pessoas sa o menos desenvolvidas, iv) Ratzel via que a cultura “avançada” alema deveria ter como objetivo expandir para o leste e criar um grande Estado a s expensas dos eslavos, v) territo rios extensos e esparsamente povoados eram grandes Estados, portanto Estados deveriam expandir, vi) quanto mais desenvolvida a cultura, maior a possibilidade de expandir-se para territo rios de outros paí ses, dotados de culturas menos adiantadas. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 1, pa ginas 37 e 41. --- “Esses sete pontos [sete leis do expansionismo de Ratzel] nos da o uma visa o clara sobre as motivaço es, causas e os mecanismos por tra s de um comportamento expansionista do Estado. Nos marcos de uma compreensa o de mundo calcada em um evolucionismo darwinista, o progresso da raza o e da cultura humanas ocorre concomitantemente a luta entre povos, Estados e culturas por recursos escassos”. As sete leis do expansionismo de Ratzel sa o: espaço dos Estados deve crescer com sua cultura, crescimento do Estado-naça o segue a outras manifestaço es de crescimento do povo e deve preceder o crescimento do pro prio Estado, o crescimento do Estado manifesta-se pela adiça o de outros Estados dentro do processo de amalgamaça o, a fronteira e o o rga o perife rico do Estado, em seu crescimento, o Estado luta pela absorça o de seço es politicamente importantes, o primeiro impulso para o crescimento territorial vem de outra civilizaça o superior, a tende ncia geral para a anexaça o territorial/amalgamaça o transmite o movimento de Estado para Estado. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 1, pa gina 38. https://pt.wikipedia.org/wiki/Lebensraum Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 7 Tema: Teorias clássicas da Geopolítica “Independentemente da perspectiva, o surgimento da geopolí tica remonta a formaça o dos Estados nacionais e de suas instituiço es polí ticas. O se culo XIX foi o momento central do aparecimento dessa cie ncia. A competiça o interestatal que se desenrolou entre 1871 e 1945 foi o pano de fundo sobre o qual se desenvolveu a chamada geopolí tica cla ssica (Flint, 2006) ”. Para as teorias cla ssicas da geopolí tica o poder e : um feno meno complexo; um feno meno multidimensional; ele na o consiste apenas no somato rio de recursos materiais; e tambe m na o consiste no somato rio de recursos materiais de forma absoluta ou relativa. Dessa forma, a manifestaça o do poder e mediada por fatores imateriais/de difí cil mensuraça o. A manifestaça o do poder e tambe m mediada por fatores como cultura/coesa o/vontade/prestí gio. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 2, pa gina 51. --- “A geopolí tica, como resultado de uma continuaça o (ou de uma separaça o, como preferem alguns) da geografia polí tica, teria ainda, no final do se culo XIX, um importante lampejo de sua força e releva ncia, em particular com a obra The influence of Seapower upon History, 1660-1783 (1890), do almirante estadunidense Alfred Tayer Mahan (1840-1914)”. A contribuiça o de Mahan e de sua Teoria do Poder Marí timo para a geopolí tica passa pela importa ncia do mar, que pode ser resumida nos seguintes to picos: i) ela importa para arranjos estrate gicos e polí ticos, ii) essencial para todos os tempos, iii) (no passado), em para a construça o das bases atuais de poder, iv) (no presente), para o avanço do poder nacional, v) fundamental para o futuro das pote ncias marí timas, vi) fundamental para os antagonismos internacionais, vii) poder marí timo fornece explicaço es para maior parte de acontecimentos histo ricos. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 2, pa gina 53. --- “A geopolí tica, como resultado de uma continuaça o (ou de uma separaça o, como preferem alguns) da geografia polí tica, teria ainda, no final do se culo XIX, um importante lampejo de sua força e releva ncia, em particular com a obra The influence of Seapower upon History, 1660-1783 (1890), do almirante estadunidense Alfred Tayer Mahan (1840-1914)”. Teo ricos da geopolí tica apontam que existem cinco fatores decisivos para a constituiça o do poder marí timo, como parte da Teoria do Poder Marí timo de Mahan. Os cinco fatores para a constituiça o do poder marí timo sa o: 1) posicionamento, 2) extensa o territorial, 3) populaça o, 4) cara ter nacional, 5) polí tica de governo. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 2, pa gina 55. --- Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 8 “A partir destas interpretaço es [teorias cla ssicas da geopolí tica] e que se desenvolveram concepço es de estrate gia geopolí tica que nortearam a aça o das grandes pote ncias ao longo de parte significativa do se culo XX. (...) As recomendaço es de Mackinder levaram a Inglaterra (pote ncia naval) a se aliar a Ru ssia na I Guerra Mundial e a Únia o Sovie tica na II Guerra Mundial para impedir que a Alemanha dominasse os recursos do Heartland” (Fonte: Wikipe dia. Geopolí tica. Disponí vel em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Geopol%C3%ADtica). Sabe-se que Halford Mackinder, teorico que concebeu a Teoria do Poder Terrestre (ou do Heartland), desenvolveu uma sofisticada concepça o histo rico-geogra fica, onde a polí tica e o poder reinam como fatores explicativos. Os princí pios ordenadores da concepça o histo rico-geogra fica na Teoria do Poder Terrestre de Mackinder sa o: i) o mundo como sistema polí tico fechado, ii) histo ria universal baseada na causalidade geogra fica, iii) luta pela supremacia entre poder marí timo e poder terrestre. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 2, pa gina 64. --- “O pai da teoria da geoestrate gia e o geo grafo ingle s Halford J. Mackinder, que desenvolveu a teoria do Heartland. Heartland significa, literalmente, Coraça o da Terra. (...) A partir da teoria do Heartland, Mackinder pronunciou, em 1904, uma confere ncia na Real Sociedade Geogra fica de Londres, quando defendeu a tese de que o controle dos mares na o mais representava a chave do poderio das naço es marí timas” (Fonte: CANCIAN, Renato. Geopolí tica: Teorias do Heartland e Do Rimland. ÚOL Educaça o. Disponí vel em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/sociologia/geopolitica-teorias-do-heartland-e-do-rimland.htm). Na Teoria do Poder Terrestre, de Mackinder, a ideia de Heartland considera seguintes aspectos: i) Refere ncia a Eura sia, ii) zona territorial que abrange continentes europeu e asia tico, iii) fronteiras russas do iní cio do se culo XX, iv) a rea pivo , v) ideia estrate gica, vi) parte do globo cujo controle daria a quem o possuí sse excedente de poder, vii) quem controlasse o Heartland se tornaria uma supremacia global, viii) constitui espaço no globo privilegiado, ix) espaço privilegiado do ponto de vista dos recursos naturais e demogra ficos, x) Heartland possui vantagens defensivas estrate gicas e de posicionamento, xi) Heartland, com suas caracterí sticas fí sicas, faziam da regia o mediterra nea e enclausurada um baluarte natural. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 2, pa ginas 74 e 75. --- “Em dia logo com o pensamento de Halford Mackinder, o geopolí tico americano-holande s Nicholas Spykman trouxe novos elementos para o pensamento geopolí tico. Sua teorizaça o sobre o Rimland contribuiu para a estrate gia de contença o, amplamente utilizada pelos Estados Únidos contra a Únia o Sovie tica e, atualmente, contra a China”. O contexto histo rico em que Spykman desenvolveu suas ideias para sua Teoria do Rimland pode ser caracterizado resumidamente a partir dos seguintes aspectos: ii) principal preocupaça o dos Estados Únidos (establishment) era preservar a paz, iii) e poca marcada pelo idealismo wilsoniano (de Woodrow Wilson), iv) e poca marcada por instituiço es inspiradas pelo idealismo wilsoniano, como a Liga das Naço es, v) segurança coletiva respaldada por um arcabouço jurí dico internacional, vi) o direito e na o a força era garantidor da paz internacional, vii) proposiça o do sistema de https://pt.wikipedia.org/wiki/Geopol%C3%ADtica https://educacao.uol.com.br/disciplinas/sociologia/geopolitica-teorias-do-heartland-e-do-rimland.htm Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 9 segurança coletiva, viii) Estados Únidos na o seguem a Liga das Naço es, ix) Estados Únidos era guiado pelo senso de isolamento estrate gico, x) Estados Únidos acreditava que sua posiça o insular lhe garantia segurança. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 2, pa gina 79. --- “As teorias de Mackinder tambe m influenciaram geraço es de estrategistas e estudiosos da geopolí tica moderna e contempora nea. Foi com base na teoria do Heartland que o estrategista americano Nicholas J. Spykman (1893-1943) desenvolveu a teoria do Rimland, tambe m denominada de Estrate gia da Contença o, que serviu de base para o desenvolvimento da doutrina de segurança dos Estados Únidos apo s a Segunda Guerra Mundial” (Fonte: CANCIAN, Renato. Geopolí tica: Teorias do Heartland e Do Rimland. ÚOL Educaça o. Disponí vel em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/sociologia/geopolitica-teorias-do-heartland-e-do-rimland.htm) Sabe- se que Mackinder (Teoria do Poder Terrestre), dividiu sua leitura das massas terrestres com foco no eixo eurasia tico e nas demais ilhas-continente que flutuam em sua o rbita. Spykman, por outro lado, lança ma o de uma abordagem diferente da de Mackinde. Para compreender a distribuiça o terrestre-espacial do globo, Spykman utiliza da leitura das massas terrestre, em sua Teoria do Rimland. Para tal compreensa o, Spykman utiliza do corte em hemisfe rios. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 2, pa gina 81. https://educacao.uol.com.br/disciplinas/sociologia/geopolitica-teorias-do-heartland-e-do-rimland.htm Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 10 Tema: Geopolítica e Relações Internacionais “Apesar da prolí fica literatura nas relaço es internacionais sobre desigualdades internacionais e a dimensa o vertical dos conflitos, nem todas as abordagens buscaram criar um saber geopolí tico crí tico. Essa perspectiva ganhou força com o marxismo. Embora na o seja um geopolí tico stricto sensu, Vladimir Le nin, com sua crí tica ao imperialismo, deu importante fundamento a geopolí tica”. Para caracterizar brevemente a visa o de Le nin acerca do imperialismo e importante estar atento aos seguintes aspectos: i) imperialismo como fase final do capitalismo, ii) mal a ser combatido, iii) esta gio superior do capitalismo, iv) marca de que o capitalismo apresentava suas rupturas, v) fase final do capitalismo como sistema de dominaça o, vi) momento que abre espaço para a luta de classes/revoluça o do proletariado, vii) Primeira Guerra Mundial como guerra imperialista e fase superior do capitalismo. Refere ncia: Rota de TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos, Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 4, pa ginas 141 a 146. --- “A geopolí tica crí tica reconhece seu ponto de partida espacial e visa pensar com base nele. Segundo autores desse campo, o saber e influenciado pelo meio e pelo tempo em que e produzido. Semelhante a Cox (1981), quando este afirma que toda a teoria e para algo e para algue m, a geopolí tica crí tica se distingue, por exemplo, dos estudos da a rea”. Sabe-se que com o objetivo de produzir uma interpretaça o na o convencional da Geopolí tica, os (geopolí ticos) crí ticos concebem uma divisa o interna dessa disciplina em tre s Geopolí ticas: i) Geopolí tica Pra tica, ii) Geopolí tica Formal, iii) Geopolí tica Popular. Refere ncia: Rota de TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos, Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 4, pa gina 148. --- “Como representante da vertente crí tica da geopolí tica, Cairo (2008) argumenta contra o que considera reducionismo, ou seja, um enfoque que prioriza a reflexa o sobre o espaço e poder apenas atento ao Estado como agente. Úma quarta inovaça o geopolí tica da vertente crí tica e a antigeopolí tica (...)”. Para caracterizar a vertente crí tica da geopolí tica conhecida como antigeopolí tica precisamos saber que ela incorpora atores infranacionais (organizaço es sociais e populares, movimentos e indiví duos), e subverte tradicionais escalas de ana lise priorizadas na geopolí tica convencional, pra tica e formal. Ale m disso, e uma abordagem da geopolí tica utilizada por pesquisadores mais recentes, visa analisar realidades de um mundo em que oEstado na o e o u nico ator preponderante da geopolí tica/relaço es internacionais, e vai contra abordagens tradicionais estadoce ntricas, ja que faz crí tica a s escalas da geopolí tica tradicional, na o prioriza apenas o Estado e o internacional, e faz crí tica ao reducionismo da geopolí tica tradicional. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 4, pa ginas 148 e 149. --- Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 11 “A geopolí tica, o marxismo e as relaço es internacionais se encontrariam na frutí fera construça o de um saber crí tico sobre os processos como a globalizaça o, a mundializaça o e o regionalismo. Mais uma vez, o problema da desigualdade e distribuiça o assime trica de recursos socialmente valorizados permeava as relaço es de poder entre os atores internacionais. A geopolí tica dialogava cada vez mais com perspectivas teo ricas, como a teoria da depende ncia e a teoria do sistema-mundo”. Sabe-se que teo ricos pioneiros da teoria da depende ncia pensaram a divisa o do mundo sob o corte geoecono mico norte-sul ou centro-periferia. Immanuel Wallerstein, teo rico do sistema-mundo, por sua vez, adota essa concepça o e adiciona a ela mais um conceito em sua teoria do sistema-mundo. O conceito adicionado e o de semiperiferia. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 4, pa gina 154. --- “Se falarmos em estratificaça o internacional, poderemos afirmar que esta tem sido historicamente desigual. Os recursos socialmente valorizados em cada tempo histo rico sa o, em geral, apropriados por paí ses, Estados ou unidades polí ticas que exerce, certa forma de predomina ncia, domí nio ou hegemonia sobre os demais”. Sabe-se que as relaço es internacionais vislumbram formas diferentes de estratificaça o. Entre as estratificaço es mais conhecidas nas Relaço es Internacionais pode-se mencionar a multipolaridade, a bipolaridade, e a unipolaridade. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 4, pa gina 152. --- “(...) Autores como Peter Taylor incorporam aspectos da teoria da depende ncia e, particularmente, da teoria do sistema-mundo no campo da geopolí tica crí tica”. Sabe-se que aos tre s ní veis hiera rquicos de economia-pote ncia de Wallerstein (teoria sistema-mundo), Peter Taylor soma outras tre s escalas de ana lise. Entre as escalas de ana lise adicionadas por Taylor a ana lise de Wallerstein pode-se mencionar a economia-mundo, a localidade, e o Estado-naça o. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 4, pa gina 155. Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 12 Tema: A perspectiva marxista em Geografia Econômica “Geo grafo france s de linhagem intelectual marxista na o ortodoxa, [Yves] Lacoste direciona a disciplina geogra fica e a geopolí tica uma das mais relevantes crí ticas e contribuiço es na redefiniçao do campo”. Entre as contribuiço es de Yves Lacoste no campo da geografia e geopolí tica pode-se mencionar os seguintes to picos: i) travar batalha com o status quo da geografia da e poca (geografia tradicional), ii) geografia serve para fazer a guerra, iii) geografia serve tambe m para transgredir e superar o status quo, iv) geografia deve contribuir para a resiste ncia a dominaça o, v) geografia pode servir para lutar contra a opressa o, vi) geografia tem apreço pelo espaço, sensibilidade para a estrate gia e a compreensa o do poder. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 5, pa ginas 150 e 151. --- “David Harvey e um geo grafo brita nico nascido em 1935, formado pela Úniversidade de Cambridge e professor da Úniversidade da Cidade de Nova York. De orientaça o marxista, Harvey e um dos principais nomes da Geografia Humana contempora nea, tendo sido agraciado em 1995 com o Pre mio Vautrin Lud, o Nobel da Geografia. Entre as obras de David Harvey mais famosas e difundidas, destacam-se: A Justiça Social e a Cidade, Condiça o Po s-Moderna, Espaços de Esperança e A Produça o Capitalista do Espaço. Atualmente, o autor vem trabalhando em uma se rie de livros voltados para a ana lise e compreensa o de O Capital, de Karl Marx” (Fonte: PENA, Rodolfo. David Harvey. Brasil Escola. Disponí vel em http://brasilescola.uol.com.br/geografia/david-harvey.htm). Entre as contribuiço es de David Harvey para a Geografia Econo mica esta o conceito de capital, que, segundo Harvey, na o e dinheiro, e um processo, algo que esta em constante desenvolvimento, e dinheiro utilizado de uma determinada maneira que possa produzir outros bens e serviços. Refere ncia: Videoaula 3. --- “Milton Santos foi um geo grafo brasileiro, considerado por muitos como o maior pensador da histo ria da Geografia no Brasil e um dos maiores do mundo. Destacou-se por escrever e abordar sobre inu meros temas, como a epistemologia da Geografia, a globalizaça o, o espaço urbano, entre outros” (Fonte: PENA, Rodolfo. Milton Santos. Brasil Escola. Disponí vel em http://brasilescola.uol.com.br/geografia/milton-santos.htm). Sabe-se que Santos, em sua abordagem marxista da geografia, procura fazer uma revisa o crí tica a Teoria dos Lugares Centrais de Walter Christaller. Para caracterizar resumidamente a crí tica de Santos a teoria de Christaller ha que se ter em mente os seguintes to picos: i) a teoria de Christaller foi desenvolvida a luz da realidade do contexto europeu e de paí ses desenvolvidos, ii) formulada por autores em contexto muito diferente de contexto de paí ses em desenvolvimento, iii) realidade dos paí ses em desenvolvimento na o se adequa a essa teoria, iv) problemas que existem na periferia tambe m existem no centro, em paí ses em desenvolvimento, v) teoria de Christaller feita para paí ses desenvolvidos e na o em desenvolvimento. Refere ncia: Videoaula 3. --- http://brasilescola.uol.com.br/geografia/david-harvey.htm http://brasilescola.uol.com.br/geografia/milton-santos.htm Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 13 “Proposta por Milton Santos, a teoria dos dois circuitos da economia urbana busca explicar como as cidades dos paí ses perife ricos como o Brasil funcionam a partir de dois subsistemas urbanos (...)” (Fonte: DA SILVA, Silvana Cristina. Circuito superior e inferior: sino nimos para a economia formal e informal?. Coluna Territorium. Disponí vel em http://colunaterritorium.blogspot.com.br/2012/08/circuito-superior-e-inferior- sinonimos_10.html). Sabe-se que Santos, em sua abordagem marxista da geografia e em sua teoria dos circuitos da economia urbana, procura fazer uma revisa o crí tica a Teoria dos Lugares Centrais de Walter Christaller. Para apontar resumidamente aspectos da teoria dos circuitos urbanos da economia pode-se mencionar: i) e uma revisa o crí tica da teoria dos lugares centrais, ii) composta pelo circuito superior da economia e inferior da economia, iii) teoria assume que periferia tambe m esta no centro, iv) teoria u til para analisar a realidade dos paí ses em desenvolvimento, v) o velho e o novo coexistem nos centros urbanos, vi) os problemas que existem na periferia existem no centro urbano, vii) existe o acesso a s tecnologias da modernidade, no entanto as condiço es econo micas/histo ricas forçam a sociedade a continuar utilizando do velho, viii) a estrutura velha deve permanecer pois as condiço es econo micas na o permitem que a modernidade seja difundida por todas as esferas de atuaça o, ix)difusa o da modernidade e tecnologia na o se difunde por toda a sociedade, mesmo nos centros urbanos, x) A Teoria dos circuitos da economia urbana composta por: circuito inferior e circuito superior. Caracterí stica dos circuitos: xi) capital: no circuito inferior e escasso e no circuito superior e importante, xii) depende ncia direta de paí ses estrangeiros: no circuito superior e grande (orientaça o para o exterior) e no circuito inferior e pequena (ou quase nenhuma). Refere ncia: Videoaula 3. http://colunaterritorium.blogspot.com.br/2012/08/circuito-superior-e-inferior-sinonimos_10.html http://colunaterritorium.blogspot.com.br/2012/08/circuito-superior-e-inferior-sinonimos_10.html Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 14 Tema: Geopolítica da Guerra Fria e Geoestratégia “A geopolí tica influenciava a geoestrate gias dos Estados Únidos na o apenas com a teoria da contença o, mas tambe m com concepço es estrate gicas de Estado nascidas no processo de formulaça o da polí tica externa estadunidense”. Sabe-se que as teorias cla ssicas da geopolí tica influenciaram a formulaça o de polí tica externa dos Estados Únidos durante a Guerra Fria e, um exemplo disso e a teoria do efeito domino , que pode ser caracterizada resumidamente a partir dos seguintes to picos: i) criada no a mbito da National Security Council, ii) se apoiava na teoria da contença o (Spykman), iii) usada para justificar aça o intervencionista e ofensiva dos Estados Únidos em qualquer paí s do Rimland que estivesse ameaçado de cair na o rbita de influe ncia do bloco sovie tico, iv) operacionalizaça o de tal estrate gia esta contida na doutrina militar dos Estados Únidos durante a Guerra Fria, v) Guerras da Coreia e Vietna podem ser entendidas pelo prisma da teoria da contença o, vi) teoria serviu de justificativa americana sobre a Guerra do Vietna e no Sudeste Asia tico. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 2, pa gina 89. --- “Das cidades-Estado gregas ao Estado nacional, os objetivos das unidades polí ticas que se valem da geopolí tica normalmente as colocam em choque com outras unidades, levando-as a antagonismos e resultando, por vezes, no uso da força e na guerra. Sendo assim, o controle polí tico do espaço, promovido pelo saber geopolí tico, coloca-o em interaça o com outra vertente de conhecimento: estrate gia”. Entre as disciplinas que influenciam/constituem a geoestrate gia podemos mencionar: i) Geografia, ii) Estrate gia, iii) Geopolí tica, iv) teoria da guerra, v) teorias da estrate gia. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 3, pa gina 101 e 102. --- “Carl Von Clausewitz (1790 – 1831) foi um militar prussiano especialista em estrate gias de batalhas e autor do mais famoso tratado sobre o tema da guerra no Ocidente: “Da Guerra”, ou “Sobre a Guerra” (do alema o Vom Kriege), publicado em 1832. Clausewitz ficou conhecido por uma definiça o de guerra que foi largamente difundida, mas pouco compreendida” (Fonte: FERNANDES, Cla udio. O Conceito da guerra de Clausewitz. Brasil Escola. Disponí vel em http://guerras.brasilescola.uol.com.br/seculo-xvi-xix/o-conceito-guerra-clausewitz.htm). Sabe-se que Clausewitz foi um dos responsa veis por sistematizar uma compreensa o racional sobre guerra e estrate gia. De acordo com as concepço es do pensamento de Clausewitz, a guerra deve ter tre s caracterí sticas: i) racional, ii) nacional, iii) instrumental. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 3, pa gina 103. --- http://guerras.brasilescola.uol.com.br/seculo-xvi-xix/o-conceito-guerra-clausewitz.htm Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 15 “(...) as contribuiço es orientais sa o de fundamental importa ncia nesse campo do pensamento militar. De Sun Tzu a Mao Tse -Tung, e desenvolvido um primoroso pensamento militar caracterizado na tradiça o oriental de estrate gia de aproximaça o indireta (...)”. Sabe-se que a expressa o do poderio militar e diretamente ligada a geografia, essa expressa o podendo dar-se em diferentes cena rios: terra, ar e mar. O desdobramento das forças terrestres (terra) durante a guerra busca a vito ria por meio de atrito ou manobra. Para apontar resumidamente que visa o o pensamento militar na tradiça o oriental possui sobre a guerra, ha que se ter em mente os seguintes aspectos: i) sucesso da guerra na o ocorre ao atacar inimigo em si, ii) sucesso da guerra ocorre ao atacar a vontade de lutar do inimigo, iii) manobra e mais importante que atrito, iv) atacar a estrate gia do adversa rio apoiado em intelige ncia e mobilidade e o caminho para a vito ria militar e polí tica, v) vito ria militar e polí tica se da pela estrate gia de aproximaça o indireta, vi) nutre pensamento sobre guerrilha, vii) para guerrilha o tempo e ela stico, viii) geografia e essencial para o transcurso da aça o defensiva, ofensiva e de apoio insurgente, ix) Mao desenvolve teoria da guerrilha com tre s fases. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 3, 107 e 108. --- “Apesar de toda a transformaça o pela qual passou o poder marí timo, a guerra no mar continua sendo um assunto importante para a geopolí tica e a estrate gia. Apesar de os Estados Únidos serem atualmente o u nico paí s cuja Marinha tem alcance ocea nico (Moran, 2010), grandes pote ncias (Reino Únido, França Ru ssia) e paí ses emergentes (China), visam incrementar seus maios navais de guerra em a guas regionais”. Sabe-se que na geoestrate gia, a expressa o do poderio militar e diretamente ligada a geografia, essa expressa o podendo dar-se em diferentes cena rios: terra, ar e mar. Ao se pensar na geoestrate gia e na ta tica da guerra no mar, fazer refere ncia a Mahan e sua Teoria do Poder Marí timo e essencial. Para explicar em poucas palavras qual era a visa o geoestrate gica que Mahan possuí a dos Estados Únidos devemos saber que: i) Estados Únidos apresentava condiça o insular e estrate gica í mpar, ii) dista ncia dos grandes centros de tensa o mundial (Europa) na o justificaria sua expansa o para ale m do continente, iii) sua condiça o biocea nica na o justificaria sua expansa o para ale m do continente, iv) seu relativo controle de suas fronteiras ao norte e sul na o justificaria sua expansa o para ale m do continente, v) Ame rica Latina, Caribe e porça o oriental do Pací fico seriam teatro de operaço es da fortaleza americana, vi) Estados Únidos deveria lutar pela hegemonia regional, vii) para garantir sua segurança, Estados Únidos deveria projetar seu pode por todo continente americano, viii) Estados Únidos deveria impedir ameaças de pote ncias regionais ou extraregionais por meio do controle/proteça o do continente americano, ix) poder marí timo era fundamental no a mbito da projeça o de poder dos Estados Únidos, x) fuzileiros navais eram fundamentais no a mbito da projeça o de poder dos Estados. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 3, pa ginas 115 e 117. --- “A terceira dimensa o do conflito – a guerra no ar – evidenciou a importa ncia de um novo poder ascendente, que na o podia mais ser ignorado pelos generais e almirantes: o poder ae reo. A rigor, a necessidade de organizaça o de um poder ae reo estrate gico e independente ja havia sido Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 16 teorizada, no perí odo entreguerras, pelo brigadeiroGiulio Douhet e, no começo da Segunda Guerra, pelo major russo-americano Alexander Seversky”. Sabe-se que em seu livro Comando do Ar, Douhet postula uma primeira reflexa o sistema tica sobre a aviaça o militar. Em uma interpretaça o clausewitziana, a guerra ae rea de Douhet era uma guerra total. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 3, pa gina 124. --- “Para Seversky (1894-1974), russo naturalizado estadunidense, a forma como as cartografias de poder de sua e poca interpretavam os desafios da geoestrate gia devia ser alterada radicalmente. Em um esforço sincronizado com a inciativa de Spykman, que privilegiou a projeça o centrada do A rtico, Seversky desenvolveu uma importante inovaça o analí tica sobre a guerra no ar e sua decorrente geoestrate gia”. Resumindo em forma de to picos a inovaça o analí tica de Seversky para a expressa o ae rea do poder militar pode-se apontar: i) oposiça o a Spykman, ii) propunha posicionamento estrate gico mais defensivo, iii) se baseava na leitura do Cí rculo Polar A rtico, iv) essa inovaça o analí tica demonstrava que os Estados Únidos e Únia o Sovie tica esta o mais pro ximos do que a perspectiva cartogra fica tradicional, v) perspectiva traz novo foco para a geoestrate gia baseada no poder ae reo, vi) divisa o do mundo em duas grandes a reas com domí nio do poder ae reo, vii) existe ncia de uma “zona de decisa o”, viii) conflitos transbordariam entre as zonas das superpote ncias. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 3, pa ginas 29 e 31. Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 17 Tema: Geopolítica no pós-Guerra Fria “Huntington começou a articular suas ideias ao examinar as diversas teorias sobre a natureza da polí tica global no perí odo po s-Guerra Fria. Alguns teo ricos e autores argumentavam que os direitos humanos, a democracia liberal e a economia capitalista de livre mercado se haviam tornado a u nica alternativa ideolo gica apo s o fim da Guerra Fria. Especificamente, Francis Fukuyama afirmava que o mundo havia atingido o ‘fim da histo ria’ num sentido hegeliano” (Fonte: Wikipe dia. Choque de Civilizaço es. Disponí vel em https://pt.wikipedia.org/wiki/Choque_de_civiliza%C3%A7%C3%B5es). Sabe-se que o pensamento de Huntington em o Choque de Civilizaço es diferia do pensamento de Fukuyama (O Fim da Histo ria), que via a chegada da Nova Ordem Mundial com euforia e harmonia. Para apontar resumidamente qual e a principal visa o que Huntington possui do contexto internacional, e que vai contra a leitura proposta por Fukuyama, e importante ficar atento aos seguintes aspectos: Huntington baseava sua ana lise na ideia de que o poder nas relaço es internacionais estava passando do Ocidente para as civilizaço es na o ocidentais; liberalismo e Ocidente na o haviam triunfado segundo Huntington; a fonte de conflitos na Nova Ordem Mundial era cultural e civilizacional; outras civilizaço es na o ocidentais emergiam no po s-Guerra Fria e seriam fonte de risco para o Ocidente. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 5, pa gina 173. --- “Em sintonia com os principais desafios do po s-Guerra Fria, o prestigiado cientista americano Samuel P. Huntington publicou a obra The Clash of Civilizations and the Remaking of the World Order (1996), em que propunha um dia logo com a comunidade acade mica de seu tempo, avançando a compreensa o da e poca sobre a realidade internacional com base em uma perspectiva inovadora nas relaço es internacionais”. Entre a fonte fundamental de conflitos no po s-Guerra Fria segundo Huntington podemos relacionar os seguintes to picos: i) cultura, ii) civilizaça o, iii) identidade, iv) conflitos ocorrera o entre naço es/grupos de diferentes civilizaço es. Os fatores que levam aos conflitos no po s-Guerra Fria, de acordo com as ideias elaboradas por Huntington em O Choque de Civilizaço es podem ser caracterizados brevemente a partir das noço es de polí tica local ou de polí tica global, sendo que polí tica local e regida pelo fator e tnico, ao passo que a polí tica global e civilizacional. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 5, pa ginas 171 e 172. --- “Huntington foi autor de inu meras obras relacionadas a polí tica e economia, mas foi com a sua teoria ‘Choque de Civilizaço es’ que o cientista ganhou maior destaque, sendo este um pensamento debatido, analisado e avaliado ate hoje, principalmente com os confrontos po s- Guerra Fria da atualidade” (Fonte: Portal da Educaça o. Geografia: A “teoria Choque de Civlizaçoes”. Disponí vel em https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/geografia-a- teoria-choque-de-civilizacoes/51293). Sabe-se que ao longo de seu livro, Huntington desenvolveu cinco pontos centrais para sua visa o geopolí tica. Os cinco pontos centrais de Huntington podem https://pt.wikipedia.org/wiki/Choque_de_civiliza%C3%A7%C3%B5es https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/geografia-a-teoria-choque-de-civilizacoes/51293 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/geografia-a-teoria-choque-de-civilizacoes/51293 Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 18 ser resumidos nos seguintes aspectos: i) afirma que o mundo po s-Guerra Fria era multicivilizacional, ii) a balança de poder impactaria tambe m a cultura, iii) emerge ncia de um mundo baseado em civilizaço es, iv) pretensa o universalista de certas civilizaço es resultaria em conflitos entre civilizaço es, v) superioridade do Ocidente esta em risco nesse contexto de mu ltiplas civilizaço es. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 5, pa ginas 172 e 173. --- “Diante desse quadro, em que os Estados Únidos, sob a liderança do Presidente Bush, declaram a Guerra Global Contra o Terror, uma nova leva de estudos e propostas na geopolí tica e na estrate gia veio ao encontro de formuladores de polí tica e dos debates acade micos. Úma das teses mais influentes no campo da geoestrate gia e Functioning Core and Non-Integrated Gap, de Thomas Barnett (2003). Estudioso de assuntos militares, Barnett foi assessor do secreta rio de Defesa dos Estados Únidos e um importante formulador de geoestrate gia por tra s da resposta estadunidense contra o Iraque em 2003”. Sabe-se que para Barnett, diferentemente de Huntington, o foco explicativo das dina micas geopolí ticas do conflito no po s-Guerra Fria, como a Guerra do Iraque, na o estava no fator cultural. Para explicar em poucas palavras qual e a preocupaça o central para Barnett nas dina micas geopolí ticas ha que se ter em mente os seguintes to picos: i) globalizaça o, ii) ní vel de participaça o dos paí ses na globalizaça o, iii) principais problemas para paí ses do centro funcional teriam origem em paí ses da parte na o integrada, iv) conflitos surgiriam na linha de fronteira entre centro funcional e lacuna na o integrada, v) problema teria origem em paí ses resistentes a globalizaça o, vi) problema esta na questa o da (des)conexa o em relaça o a globalizaça o, vii) a resposta e expandir e aprofundar o processo de globalizaça o e sua dimensa o civilizacional, viii) paí ses na o globalizados teriam caracterí sticas de regimes opressivos e teriam doenças, pobreza e altas taxa de criminalidade, ix) desconexa o em relaça o a globalizaça o apresenta um perigo para paí ses que participam do processo de globalizaçao, x) Guerra no Iraque foi por conta da desconexa o ao processo de globalizaça o ao qual o regime de Saddam Hussein estava levando o paí s. Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 5, pa ginas 179 a 181. --- “O conjunto de transformaço es do po s-Guerra Fria analisado trouxe importantes desafios a geopolí tica no final do se culo XX e iní cio do XXI. Úm dos temas centrais que permeiam os debates nesse perí odo indaga sobre o fim da geopolí tica, na o apenas como sistema de explicaça o da realidade, mas como pra tica e comportamento dos Estados”. Sabe-se que ao fim do se culo XX e iní cio do XXI, o sistema internacional insere-se em um contexto de novas ameaças e reconfiguraço es dos espaços, pela emerge ncia de pote ncias consideradas revisionistas, como e o caso da China, Ru ssia e Ira . Refere ncia: TEIXEIRA JÚ NIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 5, pa ginas 184 a 208. Tema: Introdução à Geopolítica Tema: Teorias clássicas da Geopolítica Tema: Geopolítica e Relações Internacionais Tema: A perspectiva marxista em Geografia Econômica Tema: Geopolítica da Guerra Fria e Geoestratégia Tema: Geopolítica no pós-Guerra Fria
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