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O Avivamento de Azusa_ Dando Li - Dr Gwyneth Williams

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O	Avivamento	de	Azusa
Dando	liberdade	ao	Espírito	Santo,	Sinais,	Maravilhas,
&	Milagres
Bispo	Otis	G.	Clark	&	Dra.	Gwyneth	Williams
O	Avivamento	de	Azusa
Dando	liberdade	ao	Espírito	Santo,	Sinais,	Maravilhas,	&	Milagres
©2018	Bispo	Otis	G.	Clark	&	Dra.	Gwyneth	Williams.	Todos	os	direitos
reservados.
	Nenhuma	parte	deste	livro	deve	ser	reproduzida,	armazenada,	ou	distribuída	por
quaisquer	meios	sem	a	permissão	por	escrito	do	autor.
Contato:
Life	Enrichment	Ministries	P.O.	Box	2717
Tulsa,	OK	74101	USA
Email:	admin@lemglobal.org	Website:	www.lemglobal.org	Ligue	para:	+	1-918-
288-0400	WhatsApp:	+	1-918-409-7700
ISBN:	978-1-949594-03-4
	Primeira	publicação	em	1993	como	“The	Azusa	Mission	by	Life	Enrichment
with	Holiness	Mission.”	Autores:	Bispo	Otis	Clark	and	Dra.	Gwyneth	Williams
Índice
Apresentação.............................................................................................7
	Prefácio......................................................................................................9
	Introdução....................................................................................................13
	Capítulo	1:	O	Movimento	Santidade...........................................................15
	Capítulo	2:	O	Avivamento	Pentecostal....................................................21
	Capítulo	3:	William	J.	Seymour...............................................................27
	Capítulo	4:	Testemunhos	de	Azusa..........................................................47
	Capítulo	5:	Reportagens	nos	Jornais.........................................................61
	Capítulo	6:	Adoradores	de	Azusa.............................................................67
	Capítulo	7:	Panorama	sobre	o	Dom	de	Línguas	e	o	Espírito	Santo..........75
	Capítulo	8:	A	Igreja	Carismática	e	Pentecostal	nos	dias	de	Hoje.............99
	Sobre	os	autores........................................................................................107
	Bibliografia...............................................................................................113
Considerações	Finais.................................................................................117
Apresentação
O	Reino	de	Deus	tem	sido	um	assunto	global	desde	quando	João	Batista	entrou
em	cena	para	preparar	o	caminho	do	Messias.	Após	o	seu	batismo,	Jesus
continuou	a	mensagem	de	João:	“Arrependam-se,	porque	o	Reino	dos	céus	está
próximo”.	Manifestações	de	Deus	ao	longo	da	história	iniciaram-se	a	partir	desta
mensagem.
Jesus	ensinou	seus	discípulos	a	orar,	“Venha	o	Teu	Reino,	seja	feita	a	Tua
vontade,	assim	na	terra	como	no	céu”.	Tudo	quanto	é	feito	na	terra,	acontece
como	resultado	de	oração	e	se	concretiza	no	céu	primeiro.	O	céu	quer
avivamento,	o	céu	deseja	milagres,	e	nós	somos	os	veículos	através	dos	quais	o
Espírito	de	Deus	trabalha.	É	preciso	que	haja	pessoas	que	possuam	grande	visão
e	paixão	para	que	possamos	estabelecer	o	poder	e	autoridade	do	Reino	em	nossa
geração.
O	poder	e	o	propósito	de	Deus	nunca	mudaram,	nem	mesmo	enfraqueceu	a	sua
força.	As	gerações	têm	contado	com	homens	e	mulheres	de	Deus	para	tornar
visível	a	presença	invisível	do	Senhor	através	de	sinais,	maravilhas	e	milagres.	O
mesmo	Espírito	que	ressuscitou	Cristo	da	morte	está	aguardando	por	vasos
(pessoas)	que	irão	representar	a	sua	causa	a	um	mundo	que	está	em	busca	de
algo	mais.	Não	precisamos	ir	muito	além	de	nossos	quintais	para	encontrar	um
campo	aguardando	a	colheita.	O	mundo	lá	fora	está	clamando	pelo	sucesso	com
significado	–	significado	eterno.	Nossas	vizinhanças	estão	florescendo	com
mentes	jovens	buscando	por	liderança.	E	as	nações	anseiam	por	uma	mensagem
de	esperança.	Esta	é	a	nossa	geração	e	o	mandamento	“ide”	continua	o	mesmo.
Vamos	em	nome	daquele	que	é	sobre	todo	nome,	Jesus.
A	base	de	tudo	o	que	fazemos	deve	ser	o	amor.	O	apóstolo	Paulo	nos	adverte	ao
dizer:	“Porque	em	Cristo	Jesus	nem	circuncisão	nem	incircuncisão	têm	efeito
algum,	mas	sim	a	fé	que	atua	pelo	amor”	(Gálatas	5:6	NVI).	Deixemos	nossa
expressão	e	nossa	mensagem	ser	rica	em	amor.	“o	amor	cobre	uma	multidão	de
pecados”	(1	Pedro	4:8b).	“O	amor	nunca	falha”	(1	Coríntios	13:8a).
Não	há	obstáculos	que	sejam	maiores	que	o	nosso	Deus.	Não	há	nada	impossível
aos	que	creem.	Como	Patrick	Snow	um	dia	afirmou:	“Apenas	aqueles	que
podem	ver	o	invisível	podem	realizar	o	impossível!”.	Então,	vejamos!	Conforme
você	lê	o	livro	de	Dra.	Williams	e	Bispo	Clark,	minha	oração	é	que	você	ouça
sons	de	avivamento	em	sua	vida	e	sua	terra.	Comece	a	envolver-se	e	abrace	seu
papel	na	manifestação	de	Deus	em	nossa	geração.
Dra.	Williams	e	o	Bispo	Clark	têm	viajado	globalmente	e	adquirido	uma
variedade	de	experiências	-	assim	como	formações	–	para	unir	o	trabalho	do
Espírito	Santo,	a	história	do	avivamento	e	o	Reino	de	Deus.	Eles	amam	o
Senhor,	a	igreja	local	e	as	nações	da	terra.	Suas	percepções	nos	ajudam	a	olhar
para	as	manifestações	de	Deus	a	partir	de	diferentes	períodos	da	história.	O
avivamento	não	precisa	ser	um	sonho	–	pode	ser	realidade.	Deixe	o	desejo	pelo
fogo	do	Espírito	Santo	entrar	em	você	ao	longo	de	sua	leitura.
Prefácio
O	bispo	Otis	Clark	é	grato	pela	oportunidade	que	teve	de	entrar	no	prédio	da	Rua
Azusa	onde	aconteceu	o	maior	avivamento	da	idade	moderna.	Ele	teve	uma
experiência	sobrenatural	com	Deus	enquanto	esteve	em	Los	Angeles,	uma	visão
que	o	levou	ao	céu.	Mais	tarde	ele	foi	aconselhado	pelos	crentes	locais,	mais
especificamente	por	Mother	Emma	Cotton,	e,	ao	envolver-se	com	a	Azusa	Street
Mission	(Missão	da	Rua	Azusa),	foi	lhe	dado	poder	de	procurador	da	Missão,
pelo	bispo	Driscoll,	William	J.,	o	sucessor	de	Seymour.	Clark	agradece	a	Deus
por	Jesus	Cristo,	seu	filho,	nosso	Senhor	e	Salvador.	Ele	é	grato	ao	Senhor	por
lhe	permitir	a	vida	neste	grande	e	maravilhoso	mundo	por	109	anos,	sendo
extremamente	abençoado	por	Deus.
Procuração	da	Azusa	Mission	dada	ao	Bispo	Otis	Clark.
Clark	quer	ver	a	igreja	mundial	seguindo	os	ensinos	do	apóstolo	Paulo.	Ele
acredita	que	estes	ensinamentos	levarão	as	igrejas	atuais	a	serem	vitoriosas	e	não
derrotadas.	A	igreja	do	Senhor	é	a	única	esperança.	Como	o	apóstolo	Paulo
disse:	"Desperta,	ó	tu	que	dormes,	levanta-te	dentre	os	mortos	e	Cristo
resplandecerá	sobre	ti".
Durante	este	tempo,	devemos	lembrar	a	bênção	que	Deus	deu	ao	povo	de	Azusa.
Este	avivamento	Pentecostal	afetou	o	mundo	inteiro,	com	mais	de	um	bilhão	de
pessoas	se	proclamando	Pentecostais.	Aproximadamente	um	bilhão	de	pessoas
foram	afetadas	de	alguma	forma	pelo	avivamento	da	Azusa	Street	Mission.	Deus
definitivamente	fez	uma	afirmação,	através	do	movimento,	sobre	a	aceitação	da
igreja	para	com	os	dons	do	Espírito	Santo.
A	Igreja	de	hoje	deve	seguir	nos	ensinamentos	de	Jesus,	dando	liberdade	ao
Espírito	Santo	para	guiar-nos	a	todas	as	verdades	espirituais.	Quando	a	Igreja
está	totalmente	quebrantada	e	aberta	a	receber	-	como	Seymour	fez	quando	orou
atrás	de	duas	caixas	de	sapatos	-	então	Deus	pode	derramar	um	despertar	sobre
ela,	como	o	mundo	nunca	conheceu.	Se	nos	humilharmos,	orarmos,	e	buscarmos
a	Sua	face,	o	Senhor	nos	promete	que	ouvirá	nossas	orações	e	sarará	a	nossa
terra.
Foi	a	humildade	e	a	oração	que	causaram	o	grande	avivamento	de	1906.	Aqueles
que	primeiro	buscaram	o	Espírito	Santo	estavam	em	oração	quando	o	receberam
e	foram	usados	como	instrumentos	para	mudar	o	mundo.	O	Espírito	manifestou-
se	sobre	Asuza	de	forma	tão	poderosa	que	pessoas	vieram	de	vários	lugares	do
mundo	para	ver	este	grande	fenômeno	do	qual	ouviram	falar.	Pessoas	de	todas	as
raças	vieram	de	diferentes	meios	de	vida	e	de	cada	continente.	Foi	como	no	dia
de	Pentecostes,	na	Bíblia.	Deus	quer	e	fará	acontecer	novamente,	através	de	nós!
O	propósito	deste	livro	é	proporcionar	ao	leitor	um	pouco	de	conhecimento
histórico,	teológico	e	prático	sobre	o	que	aconteceu	em	Azusa.	O	conteúdo
também	reflete	o	grande	e	contínuo	efeito	que	este	movimento	gerou	sobre	o
mundo	cristão.	Tem-se	celebrado	enquanto	esta	onda	continua	a	crescer	e	o
poder	de	Deus	continua	a	operar	através	da	igreja	nos	dias	de	hoje.
PeloTerceiro	Grande	Despertar	da	Igreja,	Bispo	Otis	G.	Clark	and	Dra.
Gwyneth	Williams
Introdução
As	raízes	das	manifestações	do	Espírito	Santo	nos	dias	da	idade	moderna	podem
ser	atribuídas	aos	eventos	que	ocorreram	em	um	prédio	de	madeira,	durante	a
virada	do	século,	em	Los	Angeles,	Califórnia.	O	bispo	Otis	Clark	morou	na	casa
de	Emma	(considerada	mãe	de	Azusa)	e	Henry	Cotton,	tornando-se	como	parte
da	família.	Clark	chegou	em	Los	Angeles	em	1921	após	a	rebelião	racial	de
Tulsa,	Oklahoma.	Mãe	Emma	Cotton	foi	a	conselheira	de	Clark.	Ele	era	seu
motorista	particular,	enquanto	Henry,	marido	de	Emma,	trabalhava	como
carregador	de	malas	no	trem,	indo	de	cidade	em	cidade.	Eles	tentaram	manter	as
Igrejas	de	Azusa	abertas.	Em	1922	Seymour	adoeceu	e	partiu	ao	céu.	O
avivamento	que	ocorreu	na	Rua	Azusa,	de	1906	a	1919,	desencadeou	o	notável
crescimento	global	do	movimento	Pentecostal	e	de	sua	irmã,	a	Renovação
Carismática.
Embora	este	avivamento	seja	significante	por	muitos	motivos,	acredito	que	a
maior	lição	da	Rua	Azusa	para	a	geração	atual	seja	o	poder	da	unidade	espiritual.
Em	Azusa,	os	longos	cultos	eram	marcados	pelas	pregações	de	fogo,	cantos
espontâneos	e	orações	fervorosas.	Pessoas	eram	batizadas	pelo	Espírito	Santo,
falavam	em	línguas	e	caíam	sob	o	poder	de	Deus.
Liderado	por	William	J.	Seymour,	um	pregador	negro,	do	Movimento	Santidade
(Movimento	da	Santidade),	Azusa	atraiu	pessoas	de	todas	as	cores	e	estilos	de
vida.	Brancos,	Negros,	Hispânicos	e	Asiáticos	juntos	experimentaram	a	presença
manifesta	do	Espírito	de	Deus.	Seymour,	que	havia	recebido	dos	ensinos	do
Espírito	Santo	enquanto	escutava	através	da	porta	de	uma	sala	de	aula	toda
branca,	sabia	que	esta	experiência	era	para	todas	as	pessoas.
É	fato,	que	algumas	das	26	maiores	denominações,	incluindo	Assembléia	de
Deus,	Igreja	de	Deus	em	Cristo,	Igreja	de	Deus,	Cleveland	Tennessee,	Fé
Apostólica,	Igreja	Pentecostal	Unida,	e	Assembléias	Pentecostais	do	Mundo	tem
raízes	do	avivamento	da	Rua	Azusa;	além	de	700	outras	denominações,
incluindo	igrejas	independentes.
Somos	gratos	em	ter	o	Bispo	Otis	G.	Clark	entre	nós.	Quando	uma	crônica	é
escrita,	raramente	os	leitores	tem	o	privilégio	de	receber	informações	de	primeira
mão.	O	bispo	Clark	conheceu	muitos	dos	crentes	da	época	e	agora	relembra	os
acontecimentos	nas	páginas	deste	livro.
Junte-se	a	mim	ao	recontar	os	eventos	da	Missão	de	Azusa.	Sinto-me
entusiasmado	com	o	privilégio	de	traçar	novamente	as	raízes	deste	mover
conforme	nos	esforçamos	a	completar	o	que	Deus	começou	em	1906.	Deixemo-
nos,	através	destas	páginas,	encontrar	o	verdadeiro	espírito	de	Azusa,	o	espírito
da	unidade.
1
________________________________
Movimento	da	Santidade
Contribuições	do	Movimento
A	principal	preocupação	da	igreja	não	deveria	ser	sobre	adesão	de	membros,	mas
sim	sobre	a	salvação.	Os	avivamentos	que	ocorreram	durante	os	séculos	XIX	e
XX	foram	responsáveis	pela	salvação	e	restauração	de	muitos.
Durante	os	últimos	duzentos	anos	aconteceram	várias	renovações,	reformas	e
avivamentos.1	No	século	XVI,	a	Igreja	Luterana	foi	forte	em	sua	persuasão.
Depois	disso,	a	Igreja	Católica	na	Europa	começou	a	perder	um	pouco	de	sua
credibilidade.2	Os	puritanos	experimentaram	um	avivamento	sob	a	liderança	de
Oliver	Cromwell,	John	Bunyan	e	John	Newton;	e	a	Igreja	Wesleyana	trabalhou
junto	a	eles,	além	de	ajudar	a	Inglaterra	no	período	em	que	a	França	estava
lutando	na	revolução.3
Durante	o	século	XIX,	pessoas	tiveram	maravilhosas	experiências	sob	a
influência	de	Charles	G.	Finney	e	Dwight	L.	Moody.	Em	1860,	23%	da
população	americana	participava	de	algum	tipo	de	reunião	de	igreja.4	Dentro	da
Igreja	Metodista	no	Norte	e	no	Sul	havia	um	interesse	em	retornar	ao	movimento
de	santidade,	o	qual	prevalecia	nos	Estados	Unidos	em	1858.5
O	movimento	gerou	grandes	contribuições,	que	prepararam	a	terra	para	a
ascensão	pentecostal.	A	primeira	delas	foi	a	experiência	que	veio	na	seqüência,
da	crise	à	experiência	de	salvação,	e	a	segunda	foi	a	produção	de	outra	onda	de
manifestações	de	Deus	notável	da	história,	o	que	incluiu	o	batismo	pelo	Espírito
Santo.
Em	1870,	os	bispos	do	Sul	pediram	pela	restauração	da	santificação.	Eles
enfatizaram	que	não	havia	nada	mais	necessário	naquele	período.	O	retorno	da
santificação	traria	foco	às	verdades	bíblicas	e	possivelmente	produziria	uma
renovação.6	Eles	chamavam	esta	doutrina	de	“as	três	obras	da	graça,”	porém
muitos	cristãos	a	ignoraram	devido	ao	seu	interesse	no	“Evangelho	social.”
O	movimento	de	santidade	se	tornou	sólido	e	convicto	em	suas	crenças.7	Era
bastante	independente	e	não	era	facilmente	aceito	por	outras	denominações.	Este
movimento	foi	marcado	por	seu	início	em	Vineland,	Nova	Jersey,	em	uma
reunião	ao	ar	livre	em	17	de	Julho	de	1867.8	O	foco	do	evento	era	“exercer
influência	sobre	o	Cristianismo,”	sobre	a	santidade	e	“trazer	uma	nova	era	ao
Metodismo.”	9
Os	Efeitos	do	Movimento	Santidade	nas	Denominações
O	movimento	teve	também	um	efeito	sobre	outras	denominações	do	século	XX.
Vinson	Synan,	um	estudioso	escritor	afirmou:	“estes	homens	em	muito	pouco	se
deram	conta	de	que	esta	reunião	eventualmente	resultaria	na	formação	de	mais
de	14.000	denominações	ao	redor	do	mundo,	e	nasceria	a	“terceira	força”	do
Cristianismo,	o	Movimento	Pentecostal.”10	Elmer	T.	Clark,	autor	de	“The	Small
Sects	in	America”	–	Os	pequenos	grupos	religiosos	na	America,”	lista	60	grupos
Pentecostais	e	Santidade	que	vieram	à	existência	entre	os	anos	de	1880	e	1930.
11
A	Igreja	Santidade	e	sua	Teologia
O	movimento	Santidade,	em	sua	teologia,	era	convicto	na	fé	de	que	se	deve
haver	santidade,	a	qual	vem	do	interior;	e	que	os	padrões	de	moral	devem	ser
exemplificados.12	As	intenções	não	eram	diretamente	de	criar	uma	nova
denominação,	mas	de	sustentar	os	padrões	Bíblicos.	O	movimento	começou	a
refletir	mudanças	na	Igreja	a	partir	da	virada	do	século.
Ao	mesmo	tempo	que	se	iniciavam	os	cultos	na	Rua	Azusa,	dava-se	início	a	uma
nova	onda	de	renovação.	O	Movimento	Pentecostal	surgiu	a	partir	das	Igrejas	do
movimento	de	Santidade.
Os	focos	teológicos	eram	a	conversão,	a	santificação	e	habilidade	dada	por	Deus
de	viver	uma	vida	moral	e	pura.	Outro	foco	era	o	batismo	no	Espírito	Santo,
onde	uma	pessoa	era	cheia	pelo	Espírito	e	agregava-se	valor	à	sua	vida.	Os
cristãos	que	desejavam	ser	completos	em	sua	caminhada	espiritual	buscavam	por
todas	estas	três	bênçãos.13
A	Teologia	de	W.H.	Durham
A	comoção	Teológica	que	levou	o	movimento	Pentecostal	a	separar-se	do
movimento	Santidade	continuou	durante	as	duas	primeiras	décadas	do	século
XX.	O	polêmico	movimento	“Só	Jesus”	foi	uma	fonte	de	conflito.14	O	outro	foi
a	“Doutrina	da	Obra	Consumada”,	de	W.H	Durham,15	o	qual	havia	também
visitado	a	Rua	Azusa	e	retornado	como	convertido	à	nova	doutrina	Pentecostal.
Foi	pastor	de	uma	missão	em	Chicago,	Illinois.	Era	originalmente	um	pregador
Batista	que,	mais	tarde,	se	tornou	pastor	de	uma	pequena	Igreja	Santidade
próximo	a	Houston,	Texas.	Ele	apresentou	uma	nova	visão	que	atribuía	a
santificação	ao	ato	de	conversão	baseado	na	obra	consumada	de	Cristo	no
calvário.	Durham	rejeitava	a	visão	de	Wesley	sobre	o	pecado	habitar	no	crente.16
Ele	era	pastor	da	missão	em	Chicago	e	originalmente	Batista,	mas	apesar	disso
pregou	sobre	a	visão	Wesleyana	de	santificação.	No	entanto,	em	1910,	ele
chegou	a	uma	nova	posição	teológica,	dando	à	sua	nova	doutrina	o	nome	de	“a
Obra	consumada.”17	Durham	acreditava	que	fora	santificado	em	sua	conversão	e
não	precisou	de	uma	segunda	mudança	mais	tarde.	Deve-se	notar	que	esta
doutrina	focava-se	na	posição	tomada	pela	Igreja	Metodista	do	Sul	em	1894.	A
afirmação	Metodista	disputou	o	monopólio	da	verdade,	reivindicado	pelo	povo
da	santidade	(movimento	Santidade).	Os	ensinos	de	Durham,	por	outro	lado,
atacaram	a	base	doutrinal	do	movimento	Pentecostal	e	rejeitaram	sua
reivindicação	a	qualquer	verdade.
Em	fevereiro	de	1911,	Durham	chegou	a	Los	Angeles,	Califórnia,	para
apresentar	sua	nova	doutrina.18	William	J.	Seymour	fundou	a	Azusa	Mission	em
Los	Angeles.	Em	sua	ausência,	Durham	ensinava.Grandes	multidões
participavam	e	controvérsias	ensinamentos.	Após	retornar,	Seymour	surgiram
devido	aos	seus
solicitou	a	Durham	que	reconsiderasse	em	ensinar	sua	nova	doutrina	na
congregação.	Ele	se	recusou	e,	como	resultado,	uma	grande	divisão	causou
inquietação	na	Azusa	e	dentro	do	movimento	Pentecostal.19
Em	Julho	de	1912,	com	39	anos,	Durham	morreu	repentinamente	–	alguns
afirmam	que	ele	profetizou	sobre	sua	própria	morte.	Ele	afirmou:	“Se	um	dia	eu
abandonar	a	vontade	divina,	morrerei	inesperadamente.”20	Após	sua	morte,	em
abril	de	1913,	seus	seguidores	realizaram	um	grande	evento	ao	ar	livre,	no	local
da	Missão	Azusa.	Quase	mil	pessoas	estiveram	presentes	na	reunião,	incluindo
Seymour,	o	qual	participou	como	espectador.	Devido	a	este	evento,	iniciou-se	o
movimento	da	“unidade”	ou	“Só	Jesus.”
2
________________________________
O	Avivamento	Pentecostal
Charles	Parham
Charles	Parham	nasceu	em	Muscatine,	Iowa	em	04	de	Junho	de	1873	e	se	tornou
um	ministro	Metodista	quando	ainda	jovem.21	Mais	tarde	ele	retirou-se	do	meio
Metodista	e	associou-se	ao	círculo	Santidade.	Em	Outubro	de	1900,	Parham
abriu	uma	pequena	escola	bíblica	em	Topeka,	Kansas,	chamada	Escola	Bíblica
Betel.22	Em	relação	a	este	desafio	um	escritor	afirmou,	“Pouco	sabia	Parham	que
esta	escola	seria	o	berço	do	Movimento	Pentecostal	Moderno.”
Parham	iniciou	sua	escola	em	189823	e	por	volta	de	1901	tinha	mais	de	quarenta
alunos.24	Muitos	acreditam	que	Parham	foi	o	primeiro	a	ensinar	sobre	o
movimento	“glossolalia”	(falar	em	línguas).25	Ele	foi	considerado	o	primeiro
líder	do	avivamento	e	continuou	a	ocupar	esta	importante	posição	até	sua	morte,
em	1929.26	Muitas	pessoas	o	chamaram	de	“o	pai	do	Movimento	Pentecostal.”
Quando	se	iniciaram	os	eventos	de	Azusa,	Parham	era	considerado	o	pai
teológico	do	movimento	devido	aos	seus	ensinos	sobre	o	Espírito	Santo.	Após
retornar	de	uma	viagem,	ele	notou	uma	mudança	nos	alunos.	Parham	afirmou,
“Para	minha	surpresa,	eles	todos	contavam	a	mesma	história	de	que,	enquanto
várias	coisas	aconteciam	quando	a	bênção	Pentecostal	foi	derramada,	a	prova	era
de	que	as	pessoas	falaram	em	línguas	estranhas.”27
Parham	retornou	de	sua	viagem	em	31	de	dezembro	de	1900.	Ele	solicitou	aos
estudantes	que	individualmente	estudassem	a	Bíblia,	enquanto	estava	fora.	Eles
leram	e	refletiram	sobre	o	livro	de	Atos.	Parham	questionou	aos	alunos	em	um
culto	na	capela	sobre	as	conclusões	que	chegaram.28
Este	acontecimento	deu	sequência	aos	maiores	avivamentos	Pentecostais	da
idade	moderna,	ainda	que	estes	quarenta	estudantes	naquele	momento	não
pudessem	imaginar	isso.	Os	alunos	interpretaram,	a	partir	das	Escrituras,	que	o
recebimento	do	dom	de	línguas	marcava	a	recepção	do	Espírito	Santo;	as	línguas
seriam	a	primeira	evidência	de	que	o	Espírito	Santo	habita	no	interior	daquele
que	o	recebe.	Esta	percepção	fez	com	que	os	alunos	da	escola	bíblica	ansiassem
por	vivenciar	esta	mesma	experiência	que	os	crentes	de	Atos	vivenciaram.	Esta
foi	a	“primeira	vez”,	que	falar	em	línguas	estranhas	foi	considerado	a	evidência
física	inicial	de	uma	pessoa	ter	recebido	o	batismo	no	Espírito	Santo.29
Parham	e	o	Movimento	Pentecostal
Quando	Parham	visitou	Azusa	em	1906,	ele	não	aprovou	o	que	viu.	Ele
testemunhou	lutas	teológicas,	inter-raciais	e	de	poder	dentro	da	missão	Azusa.30
E	quando	ele	tentou	redirecionar	as	pessoas,	acabou	causando	o	início	de	outras
reuniões	da	igreja.31	No	entanto,	apesar	das	discórdias	que	Parham	percebeu,
nada	poderia	parar	o	agir	do	Espírito	Santo.	O	Movimento	Pentecostal	moderno
havia	nascido.
O	Movimento	Pentecostal	foi	uma	ocorrência	do	século	XX	que	acompanhou	e
enfatizou	o	crescimento	de	uma	nova	denominação	–	a	Igreja	Pentecostal	–
particularmente	durante	a	década	de	1940.	(Um	novo	tipo	de	Pentecostalismo,
promulgado	desde	1950).32
Muitas	pessoas	tiveram	um	papel	importante	no	avivamento	Pentecostal,	porém
Parham,	Seymour	e	Agnes	Ozman	–	a	primeira	pessoa	conhecida	por	falar	em
línguas	–	foram	instrumentos	de	Deus	para	causar	o	surgimento	de	uma	segunda
obra	da	Graça,	a	qual	não	foi	bem	recebida.	Havia	certa	confusão	sobre	a
discussão	das	denominações	Santidade	(de	santidade)	e	outras.	Alguns	destes
indivíduos	mais	tarde	se	tornaram	Pentecostais.
Santificação,	o	princípio	que	definia	a	presente	visão	Pentecostal,	foi	aprimorada
na	escola	de	Parham.	A	santificação	não	era	para	ser	confundida	com	o	batismo
do	Espírito	Santo;	esta	era	uma	terceira	experiência,	separada	em	tempo	e
natureza,	da	segunda	bênção.	A	santificação	limpava	e	purificava	o	crente,
enquanto	que	o	batismo	no	Espírito	Santo	trazia	grande	poder	para	servir.	A
única	evidência	Bíblica	de	que	uma	pessoa	havia	recebido	o	batismo	era	o	ato	de
falar	em	línguas	estranhas,	como	aconteceu	com	os	12	discípulos	no	dia	de
Pentecostes.	Os	Pentecostais	não	estavam	satisfeitos	até	o	momento	em	que
falaram	em	línguas	como	prova	de	que	eles	haviam	recebido	o	Espírito	de
Deus.33	A	Bíblia	foi	o	único	livro	usado	pelos	quarenta	alunos	da	Escola	Bíblica
Betel.	Eles	estudaram	o	batismo	do	Espírito	Santo,	pois	Parham	estava	convicto
de	que	um	grande	derramamento	de	poder	ainda	estava	reservado	para	os
cristãos	após	a	santificação.	Parham	deu	aos	estudantes	uma	tarefa
–	um	estudo	incessante	da	Bíblia	para	explicar	a	evidência	bíblica	do	batismo	no
Espírito	Santo.	Após	seus	estudos,	eles	eram	unânimes	em	suas	afirmações	de
que	“falar	em	línguas	conforme	o	Espírito	dá	expressão	era	a	evidência	de	seu
batismo.”
Falando	em	Línguas	(Glossolalia)
Devido	a	muita	oração,	jejum	e	busca,	uma	jovem	mulher,	Agnes	N.	Ozman,
recebeu	a	experiência	de	falar	em	glossolalia,	ou	línguas,	em	01	de	Janeiro	de
1901,	na	Escola	Betel.34	Seus	colegas	oraram	por	ela	com	suas	mãos	postas
sobre	sua	cabeça.	Ela	testificou:
O	Espírito	Santo	veio	sobre	mim	e	eu	comecei	a	falar	em	línguas,	glorificando	a
Deus.	Falei	em	várias	linguagens.	Alguns	dias	mais	tarde	outros	estudantes
oraram,	e	um	após	o	outro,	começaram	a	falar	em	línguas,	e	a	alguns	foi	dada	a
interpretação.
Alguns	estudiosos	da	Igreja	consideram	este	o	nascimento	do	movimento
Pentecostal	moderno.35
Os	estudantes	de	Parham	receberam	da	Palavra	de	Deus	que	durante	os	tempos
apostólicos,	falar	em	línguas	era	a	evidência	física	inicial	de	que	uma	pessoa
havia	recebido	o	batismo	no	Espírito	Santo.	O	grupo	começou	a	fazer	cultos	em
vigília	noturna,	em	31	de	Dezembro	de	1900,	buscando	pelo	batismo	no	Espírito,
com	evidência	através	de	“expressões	extasiadas	em	línguas.”	Ozman	nos	dá	a
seguinte	consideração:
Na	vigília	da	noite	tivemos	um	culto	abençoado,	oramos	para	que	as	bênçãos	do
Senhor	viessem	sobre	nós	conforme	o	novo	ano	chegava.	Durante	o	primeiro	dia
de	1901,	um	dia	marcante,	a	presença	do	Senhor	estava	conosco,	acalmando
nossos	corações	para	aguardar	n	Ele	por	coisas	ainda	maiores.	Um	espírito	de
oração	estava	sobre	nós	naquela	noite.	Era	aproximadamente	23h00m.	Foi	neste
primeiro	dia	de	janeiro	que	senti	em	meu	coração	de	pedir	que	mãos	fossem
postas	sobre	mim	e	eu	então	poderia	receber	do	batismo	no	Espírito	Santo.
Conforme	as	mãos	(de	Parham)	foram	postas	sobre	minha	cabeça,	o	Espírito
veio	sobre	mim	e	comecei	a	falar	em	línguas,	glorificando	a	Deus.	Falei	em
várias	linguagens.	Foi	como	se	rios	de	águas	vivas	fluíssem	do	mais	profundo	do
meu	ser.36
Os	cultos	continuaram	adentro	do	novo	ano.	A	aprovação	de	Deus	estava	lá.	Os
estudantes	oravam	e	clamavam	por	Suas	bênçãos.	A	partir	deste	dia	(01	de
Janeiro	de	1901),	os	crentes	Pentecostais	ensinavam	que	o	batismo	do	Espírito
Santo	deveria	ser	buscado	e	que	este	viera	com	evidência	de	línguas.	Foi	esta
decisão	que	tornou	o	Movimento	Pentecostal	do	século	XX	uma	grande	bênção
para	o	bem	estar	da	Igreja.37
Ocorrências	de	Glossolalia	no	Século	XX
No	tocante	das	experiências	de	Ozman,	J.	Roswell	Flower,	um	líder	Pentecostal,
acredita	que	podem	ter	havido	outras	ocorrências	de	pessoas	falando	em
glossolalia.38	De	acordo	com	Flower,	houve	várias	instâncias	onde	pessoas
falaram	em	línguas	antes	de	1900,	porém	em	cada	caso,	este	ato	era	visto	como
umaocorrência	espiritual	estranha	ou	um	dom	do	Espírito	Santo.	A	este
acontecimento	não	era	dada	ênfase	especial	que	causasse	a	outros	que	buscavam
a	plenitude	do	Espírito	a	esperar	que	devessem	passar	pela	mesma	experiência.39
Stanley	H.	Frodsham,	autor	de	With	Signs	Following	(Seguidos	por	Sinais),
acredita	que	antes	da	virada	do	século	pessoas	tenham	“falado	em	línguas
estranhas.”	Ele	afirma:	“Registros	sugerem	que	pessoas	tenham	recebido	o
Espírito	Santo	e	falado	em	línguas	antes	do	Pentecostes	em	Los	Angeles.
3
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William	J.	Seymour
A	Vida	de	Seymour
	
Retratado:	William	J.	Seymour	175
William	Joseph	Seymour	nasceu	em	1870,	em	Centerville,	Louisiana.40	Alguns
de	seus	amigos	mais	próximos	acreditavam	que	ele	havia	nascido	durante	a
escravidão.41	Os	nomes	dos	pais	de	Seymour	são	desconhecidos	devido	a	ele	ter
sido	separado	deles	ainda	cedo	em	sua	infância,	porém	o	sobrenome	Seymour
estava	correto.	Este	nome	foi	dado	durante	a	escravidão	entre	os	anos	de	1800	e
1860.42	Seymour	não	possuía	muito	estudo.	Ele	amava	o	grande	“Negro
spiritual,”	teve	visões	de	Deus	e	veio	a	ser	um	apóstolo	do	Senhor.
Em	1895,	Seymour	foi	à	Indianápolis,	Indiana.	Lá,	juntou-se	à	Igreja	Episcopal
Metodista.	Esta	igreja	possuía	um	programa	de	evangelização	aos	negros.
Seymour,	durante	este	período,	tentou	causar	a	reconciliação	inter-racial.
Em	1900,	Seymour	mudou-se	para	Cincinnati,	Ohio.	Lá	ele	fez	parte	do
Movimento	Reformador	da	Igreja	de	Deus	(Evening	Light	Saints	–	Santos	das
Luzes	da	Noite).	Esta	igreja	era	a	mais	progressiva	inter-racial	da	America
naquela	época.	Durante	este	período,	Seymour	adoeceu	com	varíola.	Ele	pensava
que	isto	teria	acontecido	devido	a	ele	ter	desobedecido	ao	seu	chamado	para	o
ministério.	Alguns	dizem	que	suas	cicatrizes	faciais	e	a	perda	da	visão	de	um
olho	teria	sido	resultado	de	sua	enfermidade,	porém	outras	fontes	afirmam	que
ele	não	era	cego	deste	olho.	Durante	este	período,	ele	recebeu	credenciais	para	o
ministério	por	parte	dos	“Santos	das	Luzes	da	Noite”	e	tornou-se	um	evangelista.
Em	1903,	mudou-se	para	Houston,	em	busca	de	familiares	que	foram	separados
durante	os	dias	de	escravidão.	Pouco	tempo	depois,	retomou	suas	atividades	na
propagação	da	Palavra	de	Deus	e	evangelização.43
Seymour	e	Parham
Em	1905,	Parham	mantinha	reuniões	da	igreja	no	centro	de	Houston,	Texas.	A
pastora,	negra,	e	do	movimento	de	Santidade,	Lucy	Farrow	foi	governanta	de
Parham.	Ela	foi	a	uma	viagem	com	Parham	e	convidou	Seymour	para	pregar	em
sua	igreja.	Quando	retornou,	falou	a	Seymour	sobre	glossolalia.44
Seymour	e	Parham,	entre	os	anos	de	1901	e	1905,	propagaram	a	doutrina
Pentecostal	ao	redor	de	Kansas,	Missouri,	Oklahoma,	e	Texas.	Devido	aos
avivamentos	bem	sucedidos	mantidos	na	cidade	e	ao	redor	de	Houston,	Parham
abriu	uma	escola	Bíblica	em	Dezembro	de	1905.	Seymour	era	o	único	pregador
negro	do	movimento	de	Santidade	que	frequentou	a	Escola	Bíblica	recém-criada
em	Houston,	Texas.	Seymour	e	Parham	pregavam	juntos	na	seção	dos	negros	no
centro	de	Houston	à	tarde.	À	noite,	Seymour	e	outros	negros	tinham	de	sentar	ao
fundo,	nas	reuniões	que	mantinham	no	centro.	Devido	às	políticas	de
segregação,	eles	não	eram	permitidos	a	ajudar	no	altar	ou	sentar-se	à	frente.
Seymour	foi	a	Los	Angeles,	Califórnia,	na	primavera	de	1906.45	Ele	veio	a	ser
um	dos	mais	importantes	líderes	do	avivamento	de	Azusa.	O	período	mais	forte
de	cultos	do	avivamento	de	Los	Angeles	aconteceu	por	três	anos	e	meio,	porém
o	movimento	continuou	até	1919.	Havia	sempre	algum	tipo	de	reunião
acontecendo.	Os	eventos	ocorriam	em	uma	antiga	Igreja	Metodista	que	mais
tarde	ficou	conhecida	como	Azusa	Mission	(Missão	Azusa).	A	partir	da
Califórnia,	o	avivamento	Pentecostal	se	propagou	ao	redor	do	mundo.	“A	partir
deste	interesse	generalizado	no	Pentecostalismo,	vários	grupos	surgiram	em
forma	de	corpos	religiosos	organizados.”46
Donald	Metz,	um	escritor	moderno,	descreve	o	movimento	Pentecostal	como	um
evento	significante	e	o	compara	a	“outro	Pentecostes.”	Ele	acredita	que	o	corpo
Cristão	reconhecerá	a	manifestação	que	ocorreu	neste	século.47	Alguns
replicariam	que	há	razões	para	aversão	e	não	se	identificam	com	o	movimento
Azusa.
Era	vontade	plena	de	Deus	que	Seymour	se	matriculasse	na	escola	de	Parham.
Eles	ministravam	juntos	nas	reuniões	diurnas,	ainda	que	nas	reuniões	noturnas,
quando	ministravam	no	centro,	Parham	não	permitisse	que	os	negros
ministrassem	devido	às	políticas	de	segregação.	Deus	ainda	assim	agiu,	para	sua
Glória.48	Apesar	dos	conflitos	e	confrontos,	muitas	vidas	foram	transformadas.
Seymour	e	Julia	Hutchison
Em	1906,	Seymour	foi	convidado	a	pregar	em	uma	Igreja	Nazarena,	em	Los
Angeles	onde	Julia	Hutchison	era	a	pastora.49	Quando	Seymour	deu	seu
primeiro	sermão,	proclamando	a	teoria	da	“evidência	inicial”	do	batismo	no
Espírito	Santo,	ele	foi	excluído	da	Igreja.
Em	1906,	Hutchinson,	membra	da	Igreja	Batista	Negra,	começou	a	ensinar	sobre
a	santidade	e	a	santificação	como	duas	obras	da	graça	separadas,	além	da
experiência	do	nascer	de	novo.	Outros	membros	também	acreditavam	nesta
doutrina.	A	pastora	expulsou	oito	famílias	da	igreja.
Os	seguidores	de	Hutchinson,	nos	quais	estavam	inclusos	Ruth	e	Richard
Asberry,	abriram	uma	missão	na	Rua	Santa	Fe,	em	Los	Angeles.	Lá,	eles	podiam
adorar	a	Deus	conforme	sentiam	a	direção	do	Espírito	Santo.
Hutchinson	sentiu	que	a	congregação	deveria	ter	um	homem	como	pastor
assistente.	Neely	Terry	foi	a	Houston,	Texas	e	havia	recém	retornado	de	sua
visita.	Lá	ela	havia	conhecido	Seymour,	o	qual	veio	à	Missão.	Sua	passagem	foi
paga	e	enviada	a	ele,	para	que	este	pudesse	viajar	à	Los	Angeles.	Sua	primeira
pregação	foi	sobre	o	batismo	no	Espírito	Santo,	assunto	sobre	o	qual	ele	havia
escutado	um	sermão,	em	uma	reunião	que	ocorreu	em	uma	tenda	em	Houston.	A
pequena	congregação	aceitou	os	dois,	o	homem	e	sua	mensagem,	porém
Hutchinson	imediatamente	colocou	um	cadeado	na	missão	Nazarena,	porque	não
era	receptiva	à	doutrina	de	Seymour.
Retratado:	William	J.	Seymour	176
	Seymour	e	Edward	S.	Lee
Depois	de	Seymour	ter	deixado	a	reunião	da	missão	Nazarena,	Edward	Lee,	um
membro	da	Missão	Peniel,	convidou	Seymour	para	um	jantar	em	sua	casa.	Lee,
em	respeito,	levou-o	para	dentro	de	seu	lar.	Ainda	que	ele	não	acreditasse	em	sua
doutrina,	não	quisera	deixar	Seymour	na	rua,	sem	dinheiro	algum.
Após	permanecer	na	casa	de	Lee	por	algumas	noites,	Seymour	pediu	a	eles	que
orassem	com	ele.	Logo,	Lee	e	sua	esposa	se	sentiram	melhor	em	relação	ao	novo
pregador.51	Deus	tratou	os	corações	de	outros	crentes	também	e	de	igual	forma
eles	começaram	a	se	aproximar	e	orar	com	Seymour,	ainda	que	não
concordassem	com	seus	ensinamentos.	Ruth	Asberry	veio	às	reuniões	e	ela	e	sua
família	pediram	a	Seymour	que	realizasse	as	reuniões	em	sua	casa.52
Neste	momento,	Lee	encontrava-se	em	constante	oração.53	Um	dia,	dois	homens
apareceram	a	ele	enquanto	orava	no	trabalho,	no	porão	de	um	banco.	Os	dois
homens	eram	Pedro	e	João.	Eles	pararam	e	olharam	para	ele,	então	elevaram
suas	mãos	aos	céus	e	começaram	a	estremecer	sob	o	poder	de	Deus	e	a	falar	em
línguas.54
Lee	disse:	“Eu	pulei	e	comecei	a	chacoalhar	sob	o	poder	de	Deus,	e	não	sabia	o
que	estava	acontecendo”.	Naquela	noite,	Seymour	explicou	ao	grupo	de	pessoas
que	escutava	o	testemunho	de	Lee,	que	esta	havia	sido	uma	manifestação	do
Espírito	Santo.
Após	ouvir	o	testemunho	da	visão	de	Lee,	as	pessoas	tiveram	um	desejo	próprio
de	receber	uma	experiência	com	o	Espírito	Santo.	Logo	após,	Lee	pediu	a
Seymour	que	orasse	com	suas	mãos	sobre	ele	para	que	pudesse	receber	o
batismo	no	Espírito	Santo.	Seymour	disse:	“O	Senhor	não	quer	que	eu	ore	com
minhas	mãos	postas	sobre	ninguém	precipitadamente”.	Porém	mais	tarde
naquela	noite,	Seymour	orou	por	Lee,	ele	foi	tomado	pelo	poder	do	Espírito
Santo.	A	esposa	de	Lee	ficou	assustada	e	não	entendeu	o	que	estava
acontecendo.	Lee	levantou-se	após	alguns	minutos.	Ele	havia	recebido	um	toque
do	céu.
Seymour	conheceu	Lucy	Farrow	no	Texas.	Ela	ensinou	sobre	Atos	2:4.	Quando
Seymour	falou	aogrupo	sobre	ela,	eles	juntaram	um	dinheiro	e	enviaram	a	Lucy.
Uma	noite	após	Farrow	ter	chegado,	ela	orou	por	Lee	com	mãos	postas	e	ele	caiu
de	sua	cadeira	quando	recebeu	do	Espírito	Santo.56	Ele	parecia	ter	desmaiado.
Após	levantar-se,	falou	em	línguas.57
Retratado:	A	casa	de	Bonnie	Brae,	onde	iniciou-se	o	avivamento	de	Azuza.177	A
Rua	Bonnie	Brae
O	pequeno	grupo	de	negros	que	buscava	a	verdade,	o	qual	havia	sido	expulso	de
um	estabelecimento	e	excluído	de	outro,	continuava	se	encontrando	na	casa	de
Ruth	e	Richard	Asberry.
Após	Lee	ter	recebido	do	batismo	no	Espírito	Santo	naquela	noite,	eles	foram	na
reunião	de	oração	na	Rua	Bonnie	Brae.	Quando	Lee	entrou	na	casa,	outras
pessoas	estavam	orando,	de	joelhos.	O	poder	de	Deus	veio	sobre	Lee	e	ele
começou	a	falar	em	línguas.
Este	evento	ocorreu	em	09	de	Abril	de	1906.	Outras	pessoas	estavam	sentadas	na
sala,	em	espírito	de	oração,	aguardando	no	Senhor.	De	repente,	como	se
acertados	por	um	relâmpago	vindo	do	céu,	todos	foram	atirados	de	suas	cadeiras
para	o	chão;	muitos	começaram	a	falar	em	outras	línguas.	Entre	estes	estavam
Jennie	Moore,	irmão	Hughes,	irmã	Traynor	e	seu	filho	Bud	e	a	filha	da	irmã
Crawford.	Willella	Asberry	correu	da	cozinha	para	a	sala	para	ver	o	que	estava
acontecendo.	O	jovem	Bud	Traynor	estava	na	varanda	da	frente,	profetizando	e
pregando.	Moore	levantou-se	e	profetizou	em	língua	que	outros	diziam	ser
Hebraico.	Então	ela	foi	até	o	piano	e	pela	primeira	vez	em	sua	vida,	começou	a
tocar	e	cantar	uma	música	em	linda	linguagem	e	voz.	Ela	nunca	perdeu	estes
dons	e	o	piano	ficou	no	chalé	na	Rua	Bonnie	Brae,	216	por	anos,	porém	foi
então	levado	à	Pisgah.	Atualmente	a	mesa	original	e	o	púlpito	de	Kathryn
Kuhlman	estão	no	local	da	missão.	Clark,	durante	uma	visita	em	2010,	relatou
que	havia	estado	naquela	casa	e	comido	sobre	aquela	mesa.
Na	manhã	seguinte,	pessoas	vieram	de	todo	lugar.	Não	havia	jeito	de	chegar
próximo	à	casa.	Aqueles	que	entravam	na	casa	caiam	no	poder	do	Espírito
Santo,	conforme	iam	entrando	ou	se	aproximando.	As	pessoas	gritaram	por	três
dias	e	noites	e	toda	a	cidade	de	Los	Angeles	ficou	agitada.	Durante	estes	três
dias	pessoas	foram	salvas	e	muitos	receberam	o	batismo	do	Espírito	Santo.58
Ruth	Asberry	e	Jennie	Moore	foram	ao	salão	de	Peniel,	em	Los	Angeles	–	no
mesmo	local	que	ele	está	até	hoje.	Moore	proclamou	em	línguas	e	Ruth
explicou:	“Isto	é	o	que	foi	profetizado	por	Joel”.	A	multidão	as	seguiram	até	a
Rua	Azusa	e	o	grande	avanço	havia	começado.	Pouco	tempo	depois,	um
avivamento	maravilhoso	aconteceu.59
Retratado:	O	local	da	Missão	da	Rua	Azusa,	onde	muitos	se	reuniram	para
experimentar	do	poder	do	Espírito	Santo.178
	A	Restauração	de	Azusa
O	Segundo	piso	da	Azusa	Mission	era	uma	sala	de	oração,	porém	muitos
recebiam	o	batismo	simplesmente	sentados	nos	cultos	do	andar	abaixo.	Centenas
de	pessoas	entusiasmadas	e	ansiosas	estavam	lá	para	receberem	o	que	Seymour
pregava.	Em	09	de	Abril	de	1906,	um	avivamento	Pentecostal	iniciou	com
manifestações	que	o	caracterizava	no	CentroOeste.	Rapidamente	o	fenômeno	de
Los	Angeles	se	espalhou	por	todo	o	país.
Arthur	G.	Osterberg,	um	ministro	que	trabalhou	para	a	empresa	J.V.	McNeil,	em
Los	Angeles,	frequentava	uma	Igreja	do	Evangelho	Pleno.60	Osterberg	estava
impressionado	com	Seymour	e	o	ajudou	a	renovar	a	Azusa	Mission.	Ele	era	um
mestre	de	obras	e	usou	sua	equipe	para	preparar	o	velho	prédio	para	os	cultos.	A
empresa	J.V.	McNeil	é	atualmente	a	Construtora	McNeil	e	uma	das	maiores	da
costa	do	Pacífico.	Duas	pessoas	ajudaram	Seymour	financeiramente	a	tornar	o
prédio	apropriado	para	as	reuniões	da	Igreja.61
As	pessoas	descartaram	um	considerável	volume	de	lixo	no	local	da	Missão.
Eles	colocaram	serragem	no	chão,	compraram	barris	de	pregos	e	fizeram	bancos
de	madeira.	Puseram	duas	caixas	de	sapatos	de	madeira	uma	sobre	a	outra	e	as
usaram	como	púlpito.	J.V.	McNeill,	um	Católico	devoto,	também	doou	madeira
para	um	altar.62
Os	cultos	então	foram	movidos	da	Rua	Bonnie	Brae	para	a	Rua	Azusa.	Eram
reuniões	de	fogo,	mas	havia	liberdade	para	adorar	a	Deus.	Aos	ministros	que
visitavam	era	dada	liberdade	de	expressar	Deus.	Pessoas	oravam	e	gritavam,
enquanto	outras	caíam	sob	o	poder	do	Espírito	Santo;	havia	longos	períodos	de
silêncio	e	de	cantos	em	línguas.
As	áreas	do	piso	superior	da	Missão	Azusa	foram	utilizadas	como	escritório	para
vários	residentes,	incluindo	Seymour	e,	mais	tarde,	sua	esposa.	Era	difícil	de
controlar	o	excesso	no	altar,	então	eles	utilizavam	o	andar	de	cima	para	isso.	No
topo	da	agenda	de	muitos	dos	que	permaneceram	estava	o	batismo	Pentecostal
no	Espírito	e	a	habilidade	de	falar	em	línguas.
As	Reuniões	na	Califórnia
Seymour	residiu	na	Califórnia	durante	o	resto	de	sua	vida.	Seu	ensino	era	novo	e
ofensivo	para	alguns.	Em	geral,	todos	os	cristãos	declaravam-se	cheios	do
Espírito	Santo	sem	a	evidência	inicial	de	falar	em	línguas.	O	ensinamento	sobre
a	glossolalia	veio	a	se	tornar	a	peça	principal	do	ensino	Pentecostal,	com
Seymour	sendo	o	“apóstolo”	do	movimento.	As	reuniões	de	tendas,	missões	e
igrejas	estavam	tão	vazias	que	algumas	fecharam	e	juntaram-se	ao	movimento.
As	reuniões	de	oração	em	casa	logo	cederam	lugar	e	a	varanda	da	frente
transformou-se	em	um	púlpito.	A	rua	veio	a	ser	os	bancos	que	atraíram	centenas
de	ouvintes	ansiosos	que	vinham	ouvir	Seymour	e	seus	seguidores	que	falavam
em	línguas.	Em	pouco	tempo	as	multidões	tornaram-se	tão	numerosas	que
estabelecimentos	maiores	eram	necessários	para	o	grupo	que	tão	rapidamente
crescia.
Eles	fizeram	uma	grande	busca	no	centro	de	Los	Angeles	e	encontraram	uma
construção	antiga	e	abandonada	na	Rua	Azusa,	312.	O	prédio	havia	sido
previamente	usado	como	uma	Igreja	Metodista,	um	estábulo	e	um	depósito.
Estava	em	ruínas.	As	janelas	e	portas	estavam	caídas	e	havia	detritos	espalhados
por	todo	lugar.	O	grupo	de	Pentecostais	que	iniciou	com	os	cultos	lá	em	Abril	de
1906	sentiu	que	o	lugar	era	apropriado.	Os	convertidos,	brancos	e	negros,
encheram	o	prédio.	A	construção	deserta	de	dois	andares	localizava-se	em	uma
rua	sem	saída	de	apenas	meia	quadra	de	comprimento,	na	região	industrial	do
centro	de	Los	Angeles.
Seymour	Solicita	Credenciais
Seymour	acreditava	fortemente	no	que	estava	acontecendo	na	missão.	Ele	sabia
que	era	algo	importante	e	novo,	mas	primeiramente	procurou	reconhecer	sua
relação	com	o	trabalho	de	Parham.	Em	Julho	de	1906,	ele	escreveu	à	W.	F.
Carruthers,	secretário	de	campo,	pedindo	por	credenciais	ministeriais	prometidas
por	Parham.	Carruthers	enviou	a	notificação	a	Parham,	ressaltando	que	havia
atendido	a	solicitação.
Seymour	Fala	em	Glossolalia
Tão	estranho	quanto	possa	parecer,	alguns	afirmam	que	Seymour	não	falou	em
línguas	até	um	determinado	período	após	o	início	de	Azusa.	Entretanto,	Seymour
e	sua	missão	ganharam	crescente	respeito	e	fama.	A	Missão	Azusa	espalhou-se
em	partes	através	de	testemunhos	de	primeira	mão	e	através	do	Jornal	“The
Apostolic	Faith	–	A	Fé	Apostólica,”	o	qual	foi	publicado	entre	Setembro	de	1906
e	Maio	de	1908	por	membros	da	equipe	da	Missão	Azusa.
O	Estilo	de	Pregações	e	Ordem	de	Serviço	de	Seymour
Seymour	geralmente	assentava-se	atrás	das	duas	caixas	de	sapatos	vazias.	Ele
normalmente	mantinha	sua	cabeça	dentro	da	caixa	da	parte	superior	durante	a
reunião,	enquanto	orava.	Seymour	era	um	homem	humilde	e	não	queria	revelar
nenhum	orgulho.	Os	cultos	aconteciam	quase	em	toda	hora,	dia	e	noite.	A	Azusa
Mission	nunca	estava	fechada	ou	vazia.	Pessoas	vinham	para	se	encontrar	com
Deus.	Ele	estava	sempre	lá.	Por	este	motivo,	reuniões	contínuas	aconteciam
conforme	as	pessoas	eram	transbordadas	com	a	Presença	do	Senhor.	As	reuniões
nem	sempre	dependiam	de	um	líder	humano.	A	presença	de	Deus	se	tornou
ainda	mais	gloriosa	naquela	velha	construção,	com	suas	vigas	baixas	e	assoalhos
desencapados.	O	Senhor	encontrava-se	com	as	pessoas	naquele	local.
Seymour	se	tornou	como	um	certo	moderador.	Ele	era	um	maravilhoso	professor
dos	assuntos	profundos	de	Deus	e	geralmente	se	assentava	com	sua	cabeça
curvada	dentro	do	púlpito	de	caixa	de	sapatos	enquanto	Deusprosseguia	em
guiar	a	reunião.	Apenas	os	ungidos	pregavam.	Tanto	quanto	nove	cultos	eram
realizados	em	um	dia.	As	reuniões	continuavam	dia	e	noite.	Pessoas	entravam,
ajoelhavam-se	e	oravam,	e	então	se	assentavam	com	seus	olhos	fechados	e,	no
silêncio,	esperavam	pelo	agir	de	Deus.	Duas	canções	favoritas	eram	“Under	the
blood”	e	“The	Comforter	is	come”.	Cantar	no	Espírito	era	glorioso,	soava	como
um	perfeito	coral	celestial.	Os	novos	participantes	enchiam-se	de	reverência	pelo
fluir	do	Espírito.	Profecias,	mensagens	e	interpretações	eram	dadas	com	poder
convincente,	como	se	Deus	estivesse	falando	diretamente	às	pessoas.
Conversões,	o	batismo	no	Espírito	Santo,	curas	milagrosas,	busca	por	perdidos	e
expulsão	de	demônios	vieram	a	ser	atividades	regulares.	O	poder	podia	ser
sentido	até	mesmo	em	cinco	quadras	de	distância.
Assuntos	ou	sermões	não	eram	anunciados	e	não	havia	pregador	especial.
Ninguém	sabia	o	que	poderia	acontecer	ou	o	que	o	Senhor	faria.	Tudo	era
espontâneo,	ordenado	pelo	Espírito	Santo.63	Eles	queriam	ouvir	da	parte	de
Deus,	através	de	quem	Ele	quisesse	usar,	e	experimentar	o	que	Ele	iria	fazer.	Os
ricos	e	estudados	eram	iguais	aos	pobres	e	sem	conhecimento.	Todos	eram	da
mesma	forma;	eles	podiam	apenas	reconhecer	a	Deus.	Nenhum	poder	da	carne
podia	ter	glória	na	Sua	presença.	Deus	não	poderia	usar	os	arrogantes.	Eram
reuniões	do	Espírito	Santo,	guiadas	pelo	Senhor.	Elas	realmente	precisavam	ter
início	em	região	pobre,	para	deixar	longe	o	egoísmo,	os	elementos	humanos.
Todos	juntos,	em	humildade,	vieram	aos	pés	de	Deus.	Todos	se	pareciam	e
tinham	tudo	em	comum,	pelo	menos	neste	sentido.	Ao	chegar	em	Azusa,	as
pessoas	tornavam-se	humildes,	prontas	para	a	bênção.	O	Espírito	vindo	do	trono
de	Deus	controlava	as	reuniões.	Aqueles	foram	dias	realmente	maravilhosos.
Seymour	frequentemente	dizia:	“Eu	prefiro	viver	seis	meses	servindo	a	Deus	em
plenitude	do	que	cinquenta	anos	de	uma	vida	comum.”
Retratado:	William	J.	Seymour	e	sua	esposa	Jennie	Moore.179
	Seymour	Casa	&	Surgem	Conflitos
Seymour	mais	tarde	casou-se	com	Jennie	Evan	Moore.64	Ela	era	uma	membra
original	da	Missão	Azusa.	Jennie	viajou	algumas	vezes	com	Seymour	após	seu
casamento,	porém	ela	era	também	uma	evangelista	antes	de	casar-se.	Era
conhecida	por	suas	pregações	únicas	e	cheias	de	poder.	Ela	possuía	uma	linda
voz	para	cantar	e	era	conhecida	também	por	ser	uma	ótima	cozinheira.
Trabalhou	muito	e	perdeu	alguns	cultos	de	Domingo	para	que	pudesse	ir	em
busca	de	provisão	para	ajudar	nas	despesas	das	igrejas.	Normalmente	ela
escrevia	cartas	de	encorajamento	à	congregação	as	quais	eram	lidas	nos	cultos
em	que	ela	não	podia	comparecer.
Clara	Lum,	a	principal	administradora	do	jornal	“Apostolic	Faith,”	não
acreditava	que	havia	tempo	para	casar	e	dar	em	casamento.	Devido	à	decisão	de
Seymour	de	casar-se,	ela	desconsiderou	as	advertências	do	administrador	e	foi
embora,	levando	consigo	as	importantes	listas	de	envios	nacionais	e
internacionais.	A	lista	local	de	Los	Angeles	foi	a	única	deixada	para	trás.
Seymour	recusou-se	a	tomar	qualquer	ação	judicial	para	retomar	as	listas.	Ele
tentou	continuar	a	publicar	o	jornal	sem	elas,	mas	não	teve	sucesso.	Sem	o	efeito
do	jornal,	Seymour	e	a	Missão	Azusa	gradualmente	perderam	as	forças.
Retratado:	Revivalista,	William
J.	Seymour
	Seymour,	a	Figura	Central
O	início	oficial	do	movimento	Pentecostal	é	geralmente	atribuído	a	uma	das	duas
fontes:	o	avivamento	da	Rua	Azusa	em	Los	Angeles	em	1906,	no	qual	Seymour
era	a	figura	principal,	ou	a	Escola	Bíblica	administrada	por	Charles	Parham	em
Topeka,	Kansas,	de	1900	a	1901.
A	escola	e	ensinos	de	Parham	alcançaram	uma	grande	popularidade,	porém	o
famoso	avivamento	da	Rua	Azusa	fez	com	que	seus	ensinamentos	alcançassem	o
mundo.	As	práticas	relatadas	no	avivamento	que	ele	deu	início	não	pareciam	ser
diferentes	do	avivamento	Santidade,	embora	o	ato	de	falar	em	línguas	estivesse
diretamente	associado	com	o	batismo	no	Espírito	Santo	como	um	princípio	de
doutrina.	As	pessoas	gritavam,	choravam,	dançavam,	caíam	no	Espírito,	falavam
e	cantavam	em	línguas	estranhas	e	interpretavam	as	mensagens	em	Inglês.65	O
avivamento	continuou	na	Rua	Azusa	por	três	anos	e	notícias	se	espalharam
através	da	cidade	e	do	país.	No	Sul,	muitos	ficaram	familiarizados	com	o
movimento	através	dos	relatos	regulares	de	Frank	Bartleman	no	jornal	“Way	of
Faith.”	E	o	jornal	“Apostolic	Faith”	circulou	em	mais	de	50.000	casas.
Deus	usou	Seymour,	o	qual	se	tornaria	o	líder	do	movimento	em	Los	Angeles.
Ele	era	um	bom	pastor	e	manteve-se	comprometido	com	seu	chamado	até	sua
morte,	em	1922.	Seymour	acreditava	na	união	das	raças	e	possuía	muitos
seguidores	brancos	e	negros.	Foi	relatado	que	no	início	de	Azusa,	os	negros
eram	a	maioria.	Quando	o	ministério	cresceu,	foi	reportado	ter	mais	brancos.
Mais	tarde,	os	brancos	iniciaram	suas	próprias	organizações	em	Los	Angeles	e
registros	indicavam	que	os	negros	eram	predominantes	na	Missão.66
4
________________________________
Testemunhos	de	Azusa
Retratado:	William	J.	Seymour	e	os	principais	líderes	da	Azusa	Mission.180
	J.	Roswell	Flower
A	avaliação	do	importante	líder	Pentecostal	J.	Roswell	Flower	dizia:	“Nunca
esquecerei	o	dia	em	que	os	primeiros	mensageiros	da	Rua	Azusa	em	Los
Angeles	vieram	na	comunidade	onde	eu	vivia.”67	Flower	compartilhava	a	sua
experiência	Pentecostal.	Suas	vivências	eram	baseadas	na	Escritura,	em	Atos
2:4.	Ele	falou	em	línguas	e	recebeu	do	batismo	no	Espírito	Santo.	Proclamava	a
bondade	de	Deus	fervorosamente	e	com	entusiasmo	e	era	sedento	por	água	viva,
por	receber	do	Senhor	através	de	Sua	Palavra	e	por	viver	experiências
espirituais.
Os	cristãos	queriam	algo	mais	do	que	ensinos.	Eles	queriam	uma	experiência
com	o	Deus	vivo	e	verdadeiro.	O	Senhor	encontrou-se	com	as	pessoas	conforme
sua	fé.	Este	evento	aconteceu	em	Indianópolis,	Indiana	e	centenas	de	outras
pessoas	receberam	um	bênção	similar.68
T.B.	Barrett
T.B.	Barrett	(1862-1940),	um	pastor	Metodista	Norueguês,	ouviu	sobre	o
avivamento	Pentecostal	que	acontecia	em	Los	Angeles	equanto	estava	na	cidade
de	Nova	York.	Barret	escreveu	à	Missão	Azusa,	recebeu	aconselhamento	e
obteve	um	claro	entendimento	sobre	o	batismo	no	Espírito	Santo.	Ele	mais	tarde
foi	à	Inglaterra,	Noruega,	Alemanha	e	Suécia	para	iniciar	igrejas	Pentecostais,69
ficando	conhecido	como	o	pai	Europeu	do	movimento.
Pessoas	vieram	de	todos	os	cantos	da	terra	para	Los	Angeles.	Em	menos	de	uma
geração,	o	Pentecostalismo	era	“uma	força	reconhecida	ao	redor	do	mundo.”70
Barret	também	expôs	testemunhos	dos	primeiros	líderes	Pentecostais	em	um
livro	com	a	ajuda	de	um	homem	que	teve	contato	com	o	crescente
Pentecostalismo	que	ocorreu	a	partir	de	1909.	Ele	não	assumiu	a	posição	de
Barret.	Ele	afirmou:	“falar	em	línguas	é	certamente	Pentecostal	e	não	questiono
que	o	Espírito	de	Deus	possa	conceder	este	poder	hoje.”71	Barret	não	aprovava	a
idéia	de	que	os	dons	não	fossem	para	os	dias	atuais.	Ele	acreditava	em	milagres	e
na	manifestação	dos	dons	e	não	foi	tendencioso	sobre	o	assunto	de
Pentecostes.72
Algumas	palavras	proféticas	não	encontraram	a	aprovação	de	Barret.	Ele
baseou-se	em	suas	próprias	experiências	e	obteve	informações	escritas	sobre
Azusa	em	artigos	e	revistas.	“Barret	pinta	uma	imagem	certamente	inquietante,
especialmente	por	muitas	evidências	serem	de	Pentecostais.”73
Antes	de	Barret	receber	seu	batismo,	ele	se	consagrou	diante	de	Deus	e	buscou
pelo	dom.	Há	registros	de	que	logo	depois,	ele	recebeu	uma	manifestação
especial	em	sua	mandíbula	e	língua.74	Ele	declarou	que	quando	esta
manifestação	aconteceu,	outra	pessoa	viu	uma	coroa	de	fogo	sobre	sua	cabeça	e
uma	língua	de	fogo	dividida	em	frente	à	coroa,	e	logo	ele	estava	deitado	sobre	o
chão	com	seus	olhos	fechados,	falando	em	muitas	linguagens.	Ele	afirma	que
falou	em	aproximadamente	sete	ou	oito	diferentes	línguas,	até	que	sentiu	dor	em
suas	cordas	vocais.75	O	ambiente	altamente	carregado	e	os	eventos	sem	dúvida
notáveis	não	ocultam	o	simples	fato	de	que	todo	tipo	de	ocorrências	estranhas
aconteceram.	Estes	eventos	eramtotalmente	diferentes	do	Pentecostes,
simplesmente	pelo	fato	de	que	eles	não	eram,	em	nenhum	modo,	a	repetição	do
evento	Pentecostal.	Por	exemplo:	apesar	de	haverem	somente	quinze	pessoas	em
uma	sala,	Barret	era	levado	a	gritar,	falar	em	tom	muito	alto:	“Sei	que	pela	força
de	minha	voz	10.000	pessoas	poderiam	facilmente	ouvir	tudo	o	que	eu	disse.”76
Além	disso,	sobre	sua	afirmação	de	que	era	divinamente	inspirado,	palavras
saiam	de	sua	boca	como	uma	cachoeira	e	era	como	se	uma	mão	de	ferro
estivesse	posta	sobre	suas	mandíbulas.
Houveram	relatos	de	que	as	mandíbulas	e	a	língua	de	Barret	soavam	mais	como
uma	possessão	demoníaca	do	que	o	agir	do	Espírito.77	Ele	foi	um	exemplo	de
equilíbrio	dos	primeiros	dias	do	movimento.	Em	Os	Carismáticos	e	a	Palavra	de
Deus,	de	Victor	Budgen,	relatos	descrevem	pessoas	caminhando	pelo	saguão	e
tocando	piano	com	seus	olhos	fechados.78	Outros	eventos	incluem	pessoas
chorando	em	público,	gritando	dançando,	pulando	e	deitando-se	amontoados	no
púlpito,	em	frente	à	congregação.	Havia	pessoas	caindo	para	trás	sobre	as
escadas	e	ninguém	podia	explicar	o	porquê.
Emma	Cotton
Emma	Cotton	retratou	as	reuniões	de	Azusa	como	algo	de	certa	forma	estranho.
Cotton	recebeu	do	batismo	no	Espírito	Santo	na	Azusa	Mission	e	relatou	a	Otis
G.	Clark	e	outros	sobre	os	eventos.	Ela	tinha	como	princípio	doutrinal	que	o	ato
de	falar	em	línguas	estava	associado	ao	batismo	espiritual.	Ela	cantava,	pregava
e	se	alegrava	com	liberdade	no	Espírito.	Cotton	foi	uma	respeitada	pastora	negra
que	implantou	várias	Igrejas	na	Califórnia.	Muitas	pessoas	foram	salvas	e
batizadas	no	Espírito	Santo	sob	o	seu	ministério.
Ela	contava	que	Seymour	parecia	um	líder	simbólico,	que	geralmente	mantinha
sua	cabeça	dentro	da	caixa	de	sapatos	sobreposta	durante	as	reuniões,	enquanto
orava.	Cotton	afirmava:	“Ás	vezes	o	inimigo	entrava	e	limitava	os	cultos.
Algumas	mulheres	mantinham-se	em	oração	e	intercessão	até	que	o	ambiente
fosse	livre	de	interferência.”	Cotton	contava	testemunhos	dos	eventos	a	Otis	G.
Clark	e	outros	e	afirmava:	“As	reuniões	do	avivamento	que	Seymour	deu	início
em	Los	Angeles	eram	diferentes.”
A	Azusa	Falhou?
A	Azusa	começou	a	esfriar	quando	o	ministério	começou	a	abalar	as	estruturas.79
Budgen	afirmou:	“quando	o	movimento	se	desenvolveu,	palcos	eram	construídos
mais	altos,	casacos	de	cauda	eram	usados	mais	longos,	corais	eram	organizados
e	bandas	de	instrumentos	de	cordas	vieram	à	existência	para	agitar	o	povo.	Os
reis	retornaram.”	Então	iniciaram-se	as	divisões	na	igreja;	discussões	exegéticas
e	hermenêuticas	prevaleciam.
Seymour	era	humilde	e,	enquanto	ele	manteve	sua	cabeça	dentro	da	velha	caixa
vazia	na	Missão	Azusa,	tudo	estava	bem.	“Agora	sabemos	qual	é	o	remédio	para
preservar	um	Éden	Espiritual.	Manter	o	pregador	com	sua	cabeça	dentro	de	uma
caixa	de	sapatos.”80	Eles	sabiam	que	Deus	deve	ser	o	centro	das	atenções	e	o
foco	principal.	É	a	humildade	que	ajudará	a	Igreja	a	elevar-se,	como	uma	ilha	no
mar.	“Após	a	doutrina	do	pregador	com	a	cabeça	na	caixa,	a	próxima,	em
importância,	é	a	doutrina	de	deitar-se	no	chão!”81
Azusa	Alcançando	o	Exterior:	Ministros	e	Servos	de	Nações	Distantes
Cotton	também	contava	sobre	um	Inglês	que	veio	de	Londres,	Inglaterra,	ainda
que	ela	nunca	soube	seu	nome.	Ele	atravessou	o	oceano	para	participar	das
reuniões	da	Rua	Azusa.	Deus	o	batizou	com	o	Espírito	Santo	e	ele	contribuiu	em
uma	grande	quantia	em	dinheiro	para	pagar	os	débitos	da	Igreja.	O	homem	então
retornou	à	Inglaterra	com	sua	maravilhosa	experiência	do	batismo	espiritual.
Este	avivamento	se	espalhou	em	muitas	partes	do	mundo.
O	trabalho	tornava-se	claro	e	forte	na	Missão	Azusa.	Deus	operava
poderosamente	e	parecia	que	todos	que	viajavam	a	Los	Angeles	tinham	de
conhecer	Azusa.	Missionários	da	África,	Índia	e	Ilhas	do	Oceano	reuniram-se	lá.
Pregadores	e	trabalhadores	atravessaram	o	continente	e	alguns	vieram	de	ilhas
distantes.82	Era	como	se	Deus	estivesse	dizendo:	“Ajuntai-me	os	meus	santos”
(Sl	50:1-7).	Eles	vieram	para	o	Pentecostes,	ainda	que	talvez	não	tenham	se	dado
conta	disto.	Era	o	chamado	e	a	vontade	de	Deus	que	eles	estivessem	lá.
Reuniões	do	movimento	Santidade,	tendas	e	missões	começaram	a	fechar	as
portas	por	falta	de	membros	devido	às	pessoas	estarem	na	Missão	Azusa.	A
família	Garrs	fechou	o	“Salão	da	Sarça	Ardente”	para	participar.	Lá	eles
receberam	do	batismo	no	Espírito	Santo	e	logo	estavam	viajando	à	Índia	para
espalhar	este	fogo.	O	pastor	Smale	teve	que	ir	à	Azusa	para	procurar	por	seus
membros.	Ele	os	convidou	de	volta	e	prometeu	a	eles	liberdade	no	Espírito.
Então	Deus	por	um	período	operou	poderosamente	também	na	Igreja	do	Novo
Testamento.
Um	missionário	de	Los	Angeles	foi	à	Libéria,	África	e	falou	ao	povo	em
linguagem	Cru.	Outra	pessoa	escreveu	em	uma	linguagem	desconhecida	sob	o
poder	do	Espírito	e	sua	escrita	foi	lida	e	entendida	pelos	reis	na	África.83
Crentes	de	todo	o	mundo	foram	beneficiados	pelo	que	aconteceu	em	Azusa.	O
povo	da	Missão	Azusa	alegremente	recebeu	mensagens	de	que	pessoas	de
Calcutá	e	Índia	haviam	recebido	o	batismo	no	Espírito	Santo.	Pessoas
escreveram	também	da	China,	Alemanha,	Suíça,	Noruega,	Suécia,	Inglaterra,
Irlanda,	Austrália	e	outros	países.	Algumas	destas	cartas	eram	escritas	em
línguas	estrangeiras.	Missionários	escreveram	declarando	estar	famintos	por	este
derramar	do	Espírito,	o	qual	eles	acreditavam	ser	o	real	Pentecostes.84	O	mundo
estava	pronto	a	receber	o	avivamento	que	Deus	enviou.	Pessoas	do	mundo
inteiro	estavam	receptivas	aos	planos	do	Senhor.
A	Compra	da	Missão	Azusa
A	Apostolic	Faith	Mission	(Missão	da	Fé	Apostólica)	comprou	o	lote	e	prédio	da
Rua	Azusa,	312.	Cinco	homens	crentes	foram	eleitos	administradores	da
propriedade.	Eles	acreditavam	que	o	Senhor	escolhera	aquele	lugar	para	o
serviço	do	Reino,	porque	Ele	derramou	seu	Espírito	sobre	a	Missão	de	forma
maravilhosa.85
Eles	compraram	a	propriedade	por	$15.000.	Por	volta	de	1907,	$4.000	já	havia
sido	pago.	A	Missão	estava	localizada	em	uma	região	central	e	em	seus	arredores
não	havia	ninguém	que	poderia	se	sentir	incomodado	por	orações	ou	gritos	–	os
quais	muitas	vezes	duravam	a	noite	toda.	Durante	1906,	o	Jornal	Fé	Apostólica
registrou	que	centenas	de	pessoas	foram	salvas,	santificadas,	curadas	e	batizadas
pelo	Espírito	Santo.86
Pentecostes	em	São	Francisco
Em	São	Francisco,	Deus	tocou	em	Havaianos	e	Filipinos.	Houve	casos
impressionantes	de	conversão	e	de	santificação,	e	alguns	casos	notavelmente
claros	do	batismo	divino.87	Certa	noite,	cinco	pessoas	se	converteram,	e,	entre
eles,	de	forma	gloriosa,	um	Havaiano	e	um	Filipino.	O	estrangeiro	declarou:	“Eu
não	falar	Inglês	bem,	mas	mim	conhecer	Deus.	Jesus,	Ele	tomou	meu	coração.”
Já	o	havaiano	não	conseguia	falar	por	um	período,	após	levantar-se,	porque	o
poder	de	Deus	era	muito	forte	sobre	ele.
A	Carta	de	A.H.	Argues	à	Azusa
A.H.	Argue	escreveu	de	Winnipeg,	Canadá	à	Azusa	Mission.	Ele	havia
retornado	de	uma	viagem	a	qual	nomeou	viagem	Pentecostal.	O	primeiro	lugar
que	Argue	visitou	foi	Toronto,	no	Canadá,	onde	ele	se	alegrou	em	comunhão
com	os	crentes.
O	Pentecostes	veio	sobre	pelo	menos	cinco	Missões	em	São	Francisco.	A	partir
de	lá,	relatos	se	espalharam	nas	regiões	de	Ottawa,	Canadá	e	Atenas,	Grécia,	que
mantinham	reuniões	onde	aconteceram	casos	excepcionais	de	conversão,
santificação	e	batismo	Pentecostal.	Deus	realmente	estava	com	Argue,	e	todos	se
alegraram	com	a	maneira	maravilhosa	em	que	Deus	derramou	seu	Espírito	em
suas	viagens.
Após	dezesseis	dias	em	Atenas,	o	Senhor	permitiu	que	Argue	retornasse	à	sua
casa,	via	cidade	de	Nova	York.88	Equanto	Argue	estava	lá,	vinte	e	cinco	pessoas
receberam	do	batismo	no	Espírito	Santo	em	uma	semana	e	cinco	pessoas
jejuaram	por	dez	dias.	O	Pentecostes	veio	também	sobre	outras	missões	em
Nova	York	e	nas	cidades	próximas	como	Filadélfia,	Baltimore	e	Washington
DC.89	Deus	trouxe	salvação	a	muitos	durante	a	viagem	de	Argue.90
Retratado:	Charles	Harrison	Mason,	fundador	da	Igreja	de	Deus	em	Cristo
(Church	of	God	in	Christ),	o	qual	recebeu	o	Batismo	no	Espírito	Santona	Azusa
Mission.181
Charles	H.	Mason	Recebe	o	Batismo	na	Missão	Azusa
Charles	Mason	recebeu	o	batismo	no	Espírito	Santo	na	Missão	Azusa.	Mais
tarde	ele	veio	a	ser	o	fundador	da	Igreja	de	Deus	em	Cristo	(Church	of	God	in
Christ).	Charles	Harrison	Mason	nasceu	em	8	de	Setembro	de	1866,	na	Fazenda
Prior,	próximo	à	Menphis,	Tennessee.	O	nome	de	seu	pai	era	Jerry	Mason	e	de
sua	mãe	Eliza	Mason.91	Eles	eram	membros	de	uma	Igreja	Missionária	Batista.
Pessoas	ouviram	sobre	Azusa	no	Sul	e	no	Mississippi.	Mason	foi	até	lá	junto	a
outros	-	C.P.	Jones,	J.A.	Jeter,	D.	J.	Young.	Alguns	destes	estavam	entre	os
primeiros	membros	da	Missão	da	Rua	Azusa.
No	primeiro	dia	em	que	Mason	participou	da	reunião	na	Azusa,	ele	viu	e	ouviu
coisas	que	a	ele	não	pareciam	estar	de	acordo	com	as	Escrituras.	Ele	agradecia	a
Deus	em	seu	coração	por	todas	as	coisas	quando	ouviu	falas	em	línguas
estranhas.	Ele	sabia	que	estavam	corretas,	porém	não	conseguia	entendê-las.
Mason	testemunhou,	agradecendo	a	Seymour,	o	qual	havia	pregado	um
belíssimo	sermão,	com	palavras	suaves,	porém	poderosas.	Na	reunião,	Seymour
disse:	“Todos	aqueles	que	desejam	ser	santificados	ou	batizados	pelo	Espírito
Santo	devem	ir	à	sala	superior.	Todos	os	que	buscam	a	cura	devem	ir	à	sala	de
oração	e	aqueles	que	querem	ser	justificados,	venham	ao	altar.”	Então	Mason
disse:	“Este	é	o	lugar	pra	mim,	pois	talvez	eu	não	esteja	realmente	convertido,	e
se	não	estiver,	Deus	sabe	e	converterá	meu	coração.”92
O	diabo	falou	a	Mason,	dizendo:	se	você	se	converter,	me	dirá?	Mason	então
respondeu:	“Sim,”	pois	sabia	que	se	não	estivesse	convencido,	e	Deus	o
convertesse,	isso	falaria	por	si	mesmo.	“Fiquei	de	pé	enquanto	aguardava	no
altar,	com	medo	que	alguém	me	incomodasse,	porém	disse	a	mim	mesmo,	que	se
eu	chegasse	ao	altar,	e	me	pusesse	de	costas	para	as	pessoas,	eu	receberia	o	que
Deus	havia	reservado	para	mim.”93	Quando	Mason	ajoelhou-se	diante	do	altar,
alguém	o	chamou	e	disse:	“Irmãos,	Seymour	quer	vocês	três	em	seu	escritório.”
J.A.	Jeter	de	Little	Rock,	Arkansas	e	D.	J.	Young	de	Pine	Bluff,	Arkansas
acompanharam	Mason.	Os	três	subiram	ao	segundo	piso	onde	Seymour	os
recebeu	e	alegrou-se	por	estarem	ali.	O	pregador	então	disse:	“Irmãos,	o	Senhor
fará	grandes	coisas	por	nós	e	nos	abençoará.”	Ele	os	advertiu	a	não	correrem
pela	cidade	em	busca	de	prazeres	mundanos,	mas	a	buscarem	o	desejo	e	a
vontade	do	Senhor.
Naquela	noite,	Deus	falou	a	Mason	que	Jesus	viu	todas	as	coisas	ruins	no
mundo,	mas	não	tentou	corrigi-las	até	que	Deus	o	envolvesse	com	seu	Santo
Espírito.	Mason	repetiu	as	palavras	do	Senhor,	“Eu	não	sou	melhor	do	que	meu
Senhor	e	se	eu	quisesse	que	Ele	me	batizasse	tinha	de	deixar	de	lado	o	que	era
certo	e	errado	nas	pessoas	e	olhar	para	Ele,	não	para	outros	e	então	Ele	me
batizaria.”
Mason	disse	sim	para	Deus,	pois	era	o	Senhor	que	queria	batizá-lo	e	não	as
pessoas.	Deus	falou	com	ele	também	na	próxima	noite.
Na	segunda	noite	em	Azusa,	Mason	teve	uma	visão	onde	ele	estava	sentado
sozinho	com	um	rolo	de	papel	seco,	o	qual	ele	comia.	Quando	todo	o	papel
estava	em	sua	boca,	ele	tentou	engoli-lo.	Quando	Mason	olhou	para	o	céu,	havia
um	homem	ao	seu	lado.	Então	ele	virou	seus	olhos	e	acordou.
A	interpretação	veio	a	ele,	que	então	declarou:	“Deus	me	fez	engolir	o	livro
inteiro.	E	se	eu	não	olhasse	pra	ninguém	além	do	Senhor,	somente	o	Senhor,	Ele
me	batizaria.	Eu	disse	sim	a	Ele	e,	pela	manhã,	quando	levantei,	escutei	uma	voz
dizendo	“Eu	vejo.”94	Mais	tarde	Mason	se	tornou	o	Apóstolo	Chefe	e	fundador
da	Igreja	de	Deus	em	Cristo.
5
________________________________
Reportagens	nos	Jornais
O	Jornal	Fé	Apostólica
Em	Setembro	de	1906,	Seymour	publicou	uma	carta	no	Jornal	da	Missão	Azusa
A	Fé	Apostólica.	Em	um	artigo	específico,	Charles	Parham	mencionava	sobre
seus	planos	de	visitar	a	Missão.	A	carta	de	Parham	veio	de	Tonganoxio,	Kansas.
Ele	informou	a	Missão	que	havia	ouvido	falar	do	derramamento	Pentecostal	em
Los	Angeles	e	que	chegaria	em	15	de	Setembro.	Ele	afirmou:
Alegro-me	em	Deus	por	vocês	todos,	meus	filhos,	ainda	que	eu	nunca	os	tenha
visto:	porém,	se	vocês	conhecem	do	poder	do	Espírito	Santo,	somos	batizados
em	um	só	corpo.	Mantenham-se	unidos	até	que	eu	venha.	Então,	em	um	grande
encontro,	vamos	todos	nos	preparar	para	as	missões	de	campo.	Eu	desejo,	a
menos	que	o	Senhor	me	direcione	ao	contrário,	conhecer	a	todos	que	receberam
do	completo	Evangelho.96
No	próximo	mês,	Seymour	soube	que	a	mensagem	do	Pentecostes	já	havia	sido
pregada	desde	as	experiências	vividas	por	Agnes	Ozman	na	Escola	Bíblica	de
Parham	em	1901,	em	Topeka,	Kansas.	Porém	foi	no	período	presente	que	este
ficou	conhecido	com	grande	poder	e	se	espalhou	como	notícia	no	mundo,	desde
a	Costa	do	Pacífico.
Reportagens	do	Jornal	L.A.	Times
As	reuniões	iniciaram	na	Rua	Bonnie	Brae	e	em	seguida	passaram	a	acontecer
na	Rua	Azusa.	O	Jornal	Los	Angeles	Times	publicou	a	primeira	reportagem
sobre	Azusa	em	Abril	de	1906.	Chamando	o	dom	de	línguas	de	“murmúrio
estranho”	e	os	seguidores	de	Seymour	de	“um	grupo	de	fanáticos.”	A	primeira
página	do	artigo	despertou	curiosidade,	aumentando	a	multidão	nas	reuniões.97
“A	imprensa	escreveu	sobre	nós	de	maneira	vergonhosa,”	declarou	Bartleman,
“mas	isto	somente	aproximou	mais	pessoas.”98	A	seguir,	parte	do	artigo	do	L.A.
Times:
Suspirando	declarações	estranhas	e	declamando	um	credo	que	parece	não	ser
compreensível	a	nenhuma	pessoa	sana,	nasceu	a	mais	nova	seita	religiosa	em
Los	Angeles.	As	reuniões	acontecem	em	um	barraco	em	ruínas	na	Rua	Azusa,
próximo	à	Rua	São	Pedro	onde	devotos	desta	doutrina	bizarra	praticam	o	mais
fanático	ritual,	pregam	as	mais	selvagens	teorias	e	colocam-se	em	um	estado	de
entusiasmo	mental	de	sua	paixão	peculiar.	Negros	e	alguns	poucos	brancos
compõem	a	congregação	e	a	noite	se	torna	hedionda	em	meio	à	vizinhança,	pelos
uivos	dos	adoradores,	que	passam	horas	balançando-se	para	frente	e	para	trás	em
uma	demasiada	atitude	nervosa	de	oração	e	súplica.	Eles	dizem	ter	“o	dom	de
línguas”	e	conseguir	compreender	o	murmúrio.99
Relatos	de	Seymour	e	Parham
Parham	chegou	em	Los	Angeles	em	15	de	Setembro	de	1906.	Ele	foi	à	Azusa
para	saudar	as	pessoas	e	para	pregar	a	Palavra.	Seymour	e	seus	seguidores	o
consideravam	um	pai	do	Evangelho.	Porém,	a	amizade	de	Seymour	e	Parham
rompeu-se	em	Outubro	de	1906.100
As	pregações	de	Parham	não	eram	de	fácil	aceitação	para	a	congregação	de
Azusa.	Ele	sentia	que	algumas	coisas	não	estavam	sendo	corretamente
administradas	e,101	devido	à	suas	tentativas	de	corrigir	alguns	aspectos	da
Missão,	ele	foi	convidado	a	retirar-se	da	igreja.	Este	acontecimento	causou
interferência	no	relacionamento	de	Seymour	e	Parham.	De	acordo	com	Vinson
Synan,	a	amizade	nunca	foi	restaurada.102
O	avivamento	continuou	por	mais	três	anos	e	meio	na	Azusa,	com	três	reuniões
diárias	–	pela	manhã,	à	tarde	e	à	noite.	A	maioria	vinha	para	receber	o	dom	de
línguas,	porém	outros	vinham	em	busca	de	cura.	Frequentemente,	interpretações
acompanhavam	as	declarações	em	línguas.	Passado	um	tempo,	Seymour	e	seus
seguidores	afirmaram	que	Deus	havia	restaurado	todos	os	dons	do	Espírito	à
Igreja.103
A	Onda	que	Varreu	o	Mundo
Havia	ondas	espontâneas	da	glória	de	Deus	durante	o	avivamento.104	A	corrente
Azusa	varreu	o	país	e	também	o	mundo.	O	Pentecostes	bateu	às	portas	de	Igrejas
em	todo	lugar.	O	espírito	de	avivamento	veio	sobre	os	Estados	Unidos	da
América,	direcionado	por	Deus	e	seu	Espírito	Santo.
O	avivamento,	no	entanto,	não	foi	imediatamente	aparente.	Anos	mais	tarde,
críticos	ainda	proclamavam	que	os	acontecimentos	em	Azusa	foram	somente	por
um	período	curto.	Uma	observadora,	Carrie	Judd	Montgomery	–	seu	marido
George	havia	visitado	Azusa	em	dezembro	de	1906	–	fez	brilhantes	relatos	sobre
o	que	Deus	estava	fazendo	lá.	Foi	relatado	que:	“não	havia	um	avivamento	real
como	um	todo	em	Los	Angeles,	mas	apenas	algumas	pessoas	aqui	e	ali
acreditavam	em	Deus	completamente	e	recebiam	uma	rica	experiência	de	Sua
graça.”
Na	maior	parte,	estes	relatos	eram	precisos.	A	abertura	da	Missão	da	Rua	Azusa
não	escapou	dos	olhos	demuitos,	inclusive	de	membros	da	imprensa	secular.	O
jornal	Los	Angeles	Times	enviou	um	repórter	a	uma	das	reuniões	da	noite	na
primeira	semana	de	sua	existência,	conforme	mencionado	anteriormente.
No	entanto,	o	avivamento	localizado	da	Azusa	não	permaneceu	confinado	à
Missão.	Mais	tarde	foi	reportado	que	Jeannie	Evans	Moore,	a	qual	era	membra
da	Primeira	Igreja	do	Novo	Testamento,	falou	em	línguas	ao	final	de	um	culto	de
Páscoa,	na	manhã	do	dia	15	de	Abril	de	1906,	causando	um	grande	rebuliço	na
Igreja.	Ela	rapidamente	decidiu	frequentar	Azusa	regularmente,	e	outros	logo
fizeram	o	mesmo.
O	movimento	foi	como	uma	onda	que	cobriu	a	terra	rapidamente.105	Houve
outros	locais	durante	1906	e	1907	que,	de	igual	forma,	receberam	desta
experiência.	Pessoas	nas	Ilhas	Britânicas,	Noruega,	Dinamarca,	Alemanha,
Holanda,	Suécia,	Rússia,	Bulgária,	Letônia,	Finlândia,	França,	Itália,	Índia,
África	Central,	África	do	Sul,	Egito	e	América	do	Sul.106	As	grandes
experiências	estavam	sendo	relatadas	por	todo	lugar.	Arthur	Osterberg,	o	qual
relembrava	os	primeiros	cultos	na	Azusa,	afirmou	que	em	torno	de	cem	pessoas
estavam	presentes	enquanto	ele	frequentava.	O	Jornal	Los	Angeles	Times
reportou	uma	multidão	que	incluía	em	sua	maioria	negros	e	alguns	brancos.	Em
17	de	Abril	de	1906,	o	repórter	Frank	Bartleman	visitou	a	Missão	e	disse	que
havia	aproximadamente	12	crentes	e	que	mais	pessoas	frequentavam	nos	finais
de	semana.
A	maioria	das	fontes	afirma	que	havia	entre	300	e	500	adoradores	participantes
dentro	da	estrutura	de	madeira	caiada	de	40	x	40	pés,	com	muitas	pessoas	sendo
forçadas	a	ficar	de	pé	do	lado	de	fora	do	estabelecimento	antes	do	fim	do	verão.
Entre	os	frequentadores	estavam	pessoas	que	buscavam	de	Deus,	importunos,	e
crianças.	Em	vezes	a	frequência	pode	ter	ultrapassado	os	números	de	600	a	1000
participantes.
Em	Setembro	de	1906,	W.F.	Manly	relatou	que	havia	25	negros	e	300	brancos
nas	reuniões	das	quais	ele	participou.	O	que	aconteceu	em	Azusa	começou	a	se
espalhar	rapidamente	a	outras	igrejas.
Algumas	igrejas	denominacionais	não	estavam	abertas	ao	novo	avivamento	e	ao
ato	de	falar	em	línguas	e	resistiram	ao	movimento.	A.H.	Post,	um	pastor	Batista,
tentou	estabelecer	um	trabalho	Pentecostal	em	Pasadena,	em	Julho	de	1906,
porém	também	experimentou	resistência.
6
________________________________
Adoradores	de	Azusa
Retratado:	Frank
Bartleman,	repórter	de	jornal	e	autor.182
Frank	Bartleman	estabeleceu	uma	igreja	na	esquina	das	Ruas	8	e	Maple,	em	Los
Angeles,	em	Agosto	de	1906.	Seymour,	a	família	Lemons	e	outros	da	Missão
Azusa	mantiveram	reuniões	em	Whittier	em	Agosto,	Setembro	e	Outubro
daquele	ano.	Um	grupo	de	pessoas	liderou	uma	reunião	Pentecostal	na	Igreja
Santidade,	em	Monrovia,	Califórnia.	Outros	ministros	viajaram	em	direção
Norte	para	Oakland,	Califórnia;	Salem,	Spokane	e	Seattle,	Washington.	E	outros
ainda,	como	Abundio	e	Rosade	Lopez	mudaram-se	a	Sul,	para	San	Diego,
Califórnia.
Inicialmente,	o	núcleo	de	membros	da	Missão	parecia	não	possuir	mais	do	que
cinquenta	ou	sessenta	pessoas.	A	adesão	oficial	era	racialmente	integrada	–
embora	predominantemente	negra	–	porém	os	brancos	serviam	principalmente
em	posições	de	liderança.	Seymour	era	negro	assim	como	os	administradores
Richard	Asberry	e	James	Alexander.
Havia	um	grupo	unido	de	responsáveis	e	muito	talentosas	mulheres	negras	tais
como	Jennie	Evans	Moore,	Lucy	Farrow,	e	Ophelia	Wiley,	às	quais	se	juntaram
as	mulheres	brancas	Clara	E.	Lum	e	Florence	Crawford,	em	papéis	públicos	de
liderança.	Elas	lideravam	o	louvor,	liam	testemunhos	escritos,	possuíam
responsabilidades	de	liderança	e	ajudavam	na	publicação	e	distribuição	do	jornal
A	Fé	Apostólica.
Seymour	foi	pastor	de	uma	congregação	que	não	se	encaixava	nas	normas	da
época.	A	igreja	fazia	um	trabalho	completamente	integrado,	com	liderança	de
negros	e	brancos	e	com	hispânicos	e	outras	etnias	em	sua	minoria,	porém
confortavelmente	presentes	na	maioria	dos	cultos.
Retratado:	cinco	dos	primeiros	líderes	Pentecostais	em	foto	tirada	na	Missão	da
Rua	Azusa.	Em	frente	está	o	pastor	da	Missão	William	J.Seymour	e	John	G.
Lake	e,	em	pé,	da	esquerda	para	a	direita,	estão	irmão	Adams,	F.F.	Bosworth,	e
Tom	Hezmalhalch.183
Homens	que	trabalhavam	em	local	próximo	frequentemente	passavam	seu
intervalo	de	almoço	na	Missão	Azusa.	C.M.	McGowan,	um	Metodista,	ficou	tão
interessado	que,	em	vezes,	acabava	perdendo	a	noção	do	tempo.	Mais	tarde,	sua
esposa	recebeu	do	batismo	no	Espírito	Santo.	Deus	a	usou	grandemente	no
círculo	Pentecostal	e	ela	compartilhou	com	outras	igrejas	sobre	o	batismo
Espiritual.
Carlos	P.	Huntington,	um	rico	magnata	das	ferrovias	e	sua	charmosa	esposa
vieram	em	uma	elegante	carruagem	puxada	por	cavalos	bem	cuidados,	para	ver
este	mover	de	Deus.	Outros	vieram	de	todo	país	e	de	várias	partes	do	mundo.
Deus	usou	um	estábulo	em	Los	Angeles	para	abrir	as	comportas	de	salvação	e
libertação.	O	que	um	dia	foi	uma	Igreja	Metodista	e	um	estábulo	de	cavalos	se
tornou	um	púlpito	para	pregações	e	profecias,	a	Missão	Azusa.	Jesus	nasceu	em
uma	estrebaria.	É	interessante	como	o	início	de	grandes	acontecimentos	ocorreu
em	locais	como	este.
O	número	de	adoradores	na	Azusa	era	muito	maior	do	que	o	seu	núcleo	de
membros.	A	primeira	onda	de	crescimento	foi	entre	os	anos	de	1906	e	1908	e	a
segunda	em	1911.	Alguns	dias	antes	do	segundo	pico,	foi	relatado	que	havia
apenas	um	número	próximo	a	12	negros	e	nenhum	branco.	Ao	mesmo	tempo	em
que	o	segundo	pico	de	crescimento	foi	de	curta	duração,	este	foi	suficiente	para
causar	Bartleman	a	descrevê-lo	como	“a	segunda	chuva	do	reino	posterior.”	Em
1912	um	pastor	Anglicano	e	editor	do	Confidence,	A.A.	Boddy,	veio	da
Inglaterra	e	encontrou	uma	multidão	de	bom	tamanho,	embora	tivesse	sofrido
uma	grande	redução	comparada	ao	ano	anterior.
Apesar	da	Azusa	ser	descrita	por	alguns	como	um	missão	“negra,”	as	grandes
multidões	atraídas	por	ela	foram	provadas	ser	dominantemente	brancas.
Evangelistas	como	Gaston	B.	Cashwell,	Frank	Bartleman	e	“Mãe”	Elizabeth
Wheaton	visitaram	a	Missão.	Os	pastores	Elmer	Fisher,	William	Pendleton,
William	H.	Durham	e	Joseph	S.	Smale	frequentavam.	Editores	como	Carrie	Judd
Montgomery	e	outros	também	participaram.	M.L.	Ryan	(Igreja	Apostolic	Light),
e	A.S.	Worrell	(Igreja	Gospel	Witness)	passaram	pela	Missão	e	rapidamente
espalharam	as	notícias.	Missionários	veteranos	como	Samuel	e	Ardell	Mead	e
Mae	F.	Mayo	estavam	lá	enquanto	que	administradores	de	igrejas	como	Charles
H.	Mason	(Igreja	de	Deus	em	Cristo)	e	o	superintendente	do	Distrito	da	Aliança
Cristã	e	Missionária	George	Eldridge	frequentavam.	Alguns	deles	participaram
por	um	longo	período.
A	maioria,	porém	não	todos,	pareciam	ter	chegado	na	Missão	por	curiosidade,
ainda	que	muitos	vieram	na	esperança	de	receber	algo	que	não	poderiam
encontrar	em	nenhum	outro	lugar	–	um	novo	ensino.107
Retratado:	Demos	Shakerian.184
Os	Armênios	estabeleceram	uma	Igreja	Pentecostal	na	Rua	Boston,	919	na
grande	casa	de	Demos	Shakarian,	pai	de	Isaac	e	avô	de	Demos,	antigo	presidente
da	organização	Internacional	FGBMFI	(Full	Gospel	Business	Men’s	Fellowship
International).	O	estabelecimento	ainda	existe	e	o	segmento	desta	igreja	localiza-
se	atualmente	na	casa	de	Goodrich	e	Carolina,	no	leste	de	Los	Angeles.108
Por	volta	desta	época,	Demos	Shakarian	e	seu	cunhado	M.	Mushagian,	junto	a
outro	Armênio,	estavam	passeando	pela	Rua	São	Pedro	e,	ao	aproximar-se	da
Azusa,	ouviram	sons	familiares;	gritos,	cantos	e	orações	similares	aos	que
estavam	acostumados	a	ouvir	em	seus	próprios	cultos.	Ao	chegarem	na	Missão,
encontraram	várias	pessoas	falando	em	línguas.	Eles	retornaram	aos	seus	com	a
emocionante	notícia	de	que	Deus	estava	começando	a	agir	na	América	da	mesma
forma	que	acontecera	na	Armênia,	na	Rússia,	na	igreja	primitiva	e	no	cenáculo.
7
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Panorama	sobre	o	dom	de	línguas	e	o	Espírito	Santo
A	base	Bíblica	para	uma	teologia	Pentecostal	do	batismo	divino	é	o	som.	O
Pentecostalismo	interpreta	o	batismo	no	“Espírito	Santo	como	a	doutrina	central
dasEscrituras	e	o	clímax	da	vida	cristã.”109
O	Movimento	Pentecostal	surgiu	e	cresceu	nos	Estados	Unidos	no	início	do
século	XX.	O	destaque	era	o	dom	espetacular	do	Espírito	Santo.	Em	torno	da
metade	do	século,	o	Movimento	Carismático	ou	Neo-Pentecostal	teve	muito	das
mesmas	ênfases.	A	teologia	Pentecostal	enfatiza	os	milagres,	línguas	e	curas
muito	mais	do	que	o	Cristianismo	em	geral.
Os	Pentecostais,	muitas	vezes,	não	tentam	realmente	dar	uma	explicação
teológica	ou	base	para	estas	curas	e	outras	manifestações	do	Espírito	Santo.
Quando	a	questão	da	base	teológica	aparece,	muitos	Pentecostais	respondem	que
este	agir	do	Espírito	traz	reconciliação,	assim	como	também	traz	perdão	de
pecados	e	a	salvação.
Ao	final	do	século	XIX,	quando	Charles	Parham	foi	a	Topeka,	Kansas,	ele
descobriu	que	seus	alunos	haviam	focado	no	tópico	do	batismo	no	Espírito
Santo.	Algumas	pessoas	da	classe	viveram	esta	experiência.	Este	era,	talvez,	o
início	do	Movimento	Pentecostal	Moderno.	De	acordo	com	Millard	J.	Erickson,
autor	de	Christian	Theology	(Teologia	Cristã),	os	estudantes	chegaram	à
conclusão	de	que	a	Bíblia	ensina	que	deve	haver	um	batismo	do	Espírito	Santo
após	a	conversão	e	novo	nascimento,	e	que	falar	em	línguas	seria	o	sinal	de	que
uma	pessoa	recebera	o	dom.
De	acordo	com	Howard	Ervin,	autor	de	Conversion	-	Initiation	and	the	Baptism
in	the	Holy	Spirit	(Conversão	–	Iniciação	Cristã	e	o	Batismo	no	Espírito	Santo):
“Ele,	o	qual	foi,	portanto	batizado	no	Espírito	e	por	sua	vez,	batizou	seus
discípulos	no	dia	de	Pentecostes.	A	experiência	de	Jesus	com	o	batismo	no
Espírito	Santo	provê	e	uni	todas	as	subsequentes	experiências	espirituais	à	Sua,
na	história	da	salvação.”
O	Espírito	Santo
A	pessoa	do	Espírito	Santo	é	importante	na	teologia	Pentecostal.	Ele	tem
ocupado	o	centro	do	palco	desde	o	tempo	de	Pentecostes	–	ou	seja,	do	período
descrito	no	livro	de	Atos	e	nas	epístolas	e	durante	os	períodos	seguintes,	na
história	da	Igreja.
Para	manter	contato	com	Deus	hoje,	precisamos	nos	tornar	familiares	às
atividades	do	Espírito	Santo.	Ele	se	engaja	em	ações	morais	e	ministérios	que
podem	ser	realizados	somente	por	uma	pessoa.	Estas	atividades	incluem	mais	do
que	simplesmente	falar	em	línguas	–	ensinar,	restaurar,	buscar,	falar,	interceder,
testemunhar,	guiar,	iluminar	e	revelar.	O	Espírito	deu	profecias	e	Escrituras.110
Outro	trabalho	do	espírito	de	Deus	no	Antigo	Testamento	era	o	de	veicular	certas
habilidades	necessárias	para	diversas	tarefas.111
Há,	contudo,	alguns	casos	no	Novo	Testamento	onde	se	faz	claro	que	o	nome
“Espírito	de	Deus,”	no	Antigo	Testamento,	refere-se	ao	Espírito	Santo.	Atos
2:16-21	é	uma	passagem	eminente;	Pedro	explica	que	o	que	está	acontecendo	no
Pentecostes	é	o	cumprimento	da	declaração	do	profeta	Joel:	“Derramarei	o	meu
Espírito	sobre	toda	a	carne.”	Certamente	os	acontecimentos	do	Pentecostes
foram	a	realização	da	promessa	de	Jesus:	“Mas	recebereis	poder,	ao	descer	sobre
vós	o	Espírito	Santo.”	(Atos	1:8).	Em	resumo,	o	“Espírito	de	Deus”,	no	antigo
Testamento	é	sinônimo	ao	Espírito	Santo.112
Jesus	e	o	Espírito	Santo
Quando	examinamos	a	história	de	Jesus,	podemos	encontrar	uma	presença	de
poder	e	persuasão	do	Espírito	do	início	ao	fim	de	sua	vida.113	Até	mesmo	o
princípio	de	sua	existência	na	terra	foi	uma	obra	do	Espírito	Santo.	Tanto	a
profecia	quanto	os	registros	do	nascimento	de	Cristo	apontam	para	um	agir
especial	do	Espírito	de	Deus.114
O	Espírito	Santo	concebeu	Jesus,	ou	seja,	Seu	nascimento	físico	aconteceu	pela
ação	direta	do	Espírito.	Ele	era	Palavra	de	Deus,	que	se	fez	carne.	Através	da
ação	do	Espírito	de	Deus,	o	Filho	unigênito	–	o	Verbo,	que	existe	junto	ao	Pai,
por	toda	a	eternidade	e	pelo	qual	o	mundo	foi	também	criado	–	tomou	sobre	si	a
forma	humana	em	alma	e	corpo.	Quando	o	fez,	abriu	mão	de	seu	poder	e
temporariamente	aceitou	as	limitações	da	humanidade	natural	(Filipenses	2:7-
8).115
O	Espírito	Santo	é	evidente	desde	quando	Jesus	iniciou	seu	ministério	de	forma
pública.	Ele	veio	sobre	Cristo	em	forma	de	uma	pomba	(Mateus	3:16,	Marcos
1:10,	Lucas	3:22,	e	João	1:32).	Mateus	e	Marcos	não	mencionam	que	Jesus	teria
visto	a	pomba	descendo;	da	mesma	forma,	eles	não	afirmam	que	outros	a	tenha
visto.	Lucas	não	registra	quem	a	viu.	Somente	no	livro	de	João	há	menção	de
que	o	Espírito	foi	visto	por	João	Batista,	o	qual	testemunhou	o	fato.	Nenhum	dos
livros	menciona	qualquer	manifestação	específica,	efeitos	visíveis	ou	algo
similar.	Sabemos,	no	entanto,	que	imediatamente	após	o	evento,	Jesus	ficou
“cheio	do	Espírito	Santo”	(Lucas	4:1).	O	Espírito	de	Deus	operou	na	vida	de
Jesus	ao	longo	de	Seu	ministério.
Jesus	dá	ênfase	à	obra	do	Espírito	Santo
No	ensino	de	Jesus	podemos	perceber	um	forte	destaque	sobre	a	obra	do	Espírito
Santo	ao	apresentar	as	pessoas	à	vida	cristã.	Jesus	explica	claramente	a
Nicodemos	que	o	renascimento	é	uma	transformação	milagrosa	que	acontece
com	o	indivíduo	e	é	um	veículo	do	poder	espiritual,	necessário	para	a	aceitação
do	Pai.	Jesus	faz	referência	nas	Escrituras,	de	que	o	ato	de	nascer	de	novo	é	uma
ocorrência	sobrenatural,	produzida	por	intermédio	do	Espírito	Santo.116
Jesus	afirma	na	Palavra,	que	o	Espírito	Santo	habita	e	ilumina	aquele	que	crê.
E	eu	rogarei	ao	Pai,	e	ele	vos	dará	outro	Consolador,	para	que	fique	convosco
para	sempre;	O	Espírito	da	verdade,	que	o	mundo	não	pode	receber,	porque	não
o	vê,	nem	o	conhece;	mas	vós	o	não	pode	receber,	porque	não	o	vê,	nem	o
conhece;	mas	vós	o	17)
Outro	ponto	particular	de	interesse	é	a	obra	de	intercessão	do	Espírito	de	Deus,	o
qual	também	trabalha,	de	forma	progressiva,	na	santificação	da	vida	dos	que
crêem.
Azusa	e	o	Espírito	Santo
Durante	o	avivamento	de	Azusa,	as	pessoas	recebiam	santificação,	a	qual	era
parte	importante	do	movimento.	O	Espírito	Santo	também	concedia	aos	crentes
alguns	dons	–	àqueles	que	viviam	uma	vida	separada	do	mundo	e	em
santificação.	No	período	da	Missão	Azusa	houve	relatos	de	dons	miraculosos.
Entre	a	maioria	deles	estavam	os	dons	de	fé,	cura,	expulsão	de	demônios	e
especialmente	a	glossolalia	(dom	de	línguas).
O	Espírito	Santo	dispõe	à	Igreja	estes	dons	nos	dias	de	hoje.	Estes	mesmos	dons
tem	sido	evidentes	tanto	nas	igrejas	denominacionais	quanto	nas
interdenominacionais.	No	entanto,	estes	dons	parecem	ser	predominantes	em
configurações	interdenominacionais.	“Não	há	indicação	nenhuma	de	que	o
Espírito	Santo	cessaria	em	conceder	este	dom	à	Igreja.”117	Os	Pentecostais,
como	são	conhecidos	hoje,	são	Cristãos	que	buscaram	por	uma	bênção	mais
profunda,	o	que	inclui	o	ato	de	falar	em	línguas.118
Línguas	e	Interpretação
Os	dons	de	palavra,	línguas,	interpretação	e	profecia	não	são	somente	para	nos
guiar	em	nossas	vidas,	mas	também	para	revelar	Deus	a	nós	e	nos	ajudar	em
nossa	resposta	a	Ele.	Deus	manifestou	duas	formas	de	falar	em	línguas.	Uma
delas	foi	uma	linguagem	devocional,	para	informações	particulares,	a	qual	não
precisa	de	interpretação.	E	a	outra	foi	através	de	línguas	e	sua	interpretação.
Relatos	sobre	Azusa	em	1906	apontam	que	pessoas	também	falaram	em	línguas
estranhas	durante	os	cultos.	Eles	cantavam	e	oravam	em	línguas	e	alguns	caíam
ao	chão,	falando	em	uma	linguagem	que	ninguém	podia	entender.	Porém	havia
aqueles	que	interpretavam	as	canções	ou	mensagens	em	Inglês.	O	ato	de	falar	em
línguas	era	usado	também	como	devocional	ou	uma	oração	a	Deus	entre	os
Cristãos.
Frequentemente	um	argumento	empírico	é	empregado	para	enfatizar	os
benefícios	que	o	falar	em	línguas	produz	na	vida	espiritual	do	crente,
especialmente	no	seu	valor	em	vitalizar	a	vida	de	oração.119	Falar	a	Deus	em
outras	línguas	tem	sido	muito	benéfico	à	vida	dos	Cristãos.
Cessaram-se	os	dons?
	Algumas	pessoas	rejeitam	a	idéia	de	que	o	Espírito	Santo	ainda
disponibiliza	os	dons	à	igreja,	afirmando	que	estas	ofertas	de	milagre	cessaram.
Eles	eram	praticamente	desconhecidos	ao	longo	da	história	da	Igreja.120
Alguns	argumentam	que,	ao	contrário	das	profecias	e	conhecimento,	Deus	não
tivera	intenção	de	dar	o	dom	de	línguas,	até	o	fim	dos	tempos.	As	línguas	não
estão	incluídas	nos	dons	imperfeitos

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