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Princípio da Legalidade e Controle de Constitucionalidade

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PRINCÍPIO DA LEGALIDADE, NA PERSPECTIVA DO ESTADO DE DIREITO E DO ESTADO DEMOCRÁTICO E QUANTO AO ÚLTIMO DISTINGUINDO AS DEMOCRACIAS DIRETA, REPRESENTATIVA E SEMIDIRETA: O p.p. da legalidade é um fundamento constitucional, visto que a CF/88 diz que o Brasil constitui-se em Estado Democrático de Direito, e tem como fundamentos, que todos são iguais perante a lei, sem qualquer distinção e que ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão em virtude de lei, a qual também deve se submeter o Estado, uma vez que ninguém está acima da lei, caracterizando o Estado de Direito. O Estado de Direito é proporcionado pelo Estado Democrático, o qual tem como fundamentos que todo o poder emana do povo, que o exerce através de representantes eleitos ou de forma direta. Democracia direta: O povo manifesta diretamente sua vontade e sua escolha, elaborando suas próprias leis (orçamento participativo). Representativa: o povo elege seus candidatos, mediante o voto e que irão representá-lo mediante um mandato. Semidireta: o povo é consultado para ver sua posição em relação a um projeto de lei (referendo, plebiscito e veto popular).
PROCESSO LEGISLATIVO: SUA REGULAÇÃO E A ETAPAS A SEREM SEGUIDAS; CONTROLES POLÍTICO E JURISDICIONAL DE CONSTITUCIONALIDADE: tem previsão legal na CF/88; é o conjunto de disposições que organizam o procedimento que os órgãos competentes devem obedecer na elaboração da norma, a qual deve ser legislada dentro dos parâmetros que a CF/88 estabelece. (Art. 59 à 75); tem como etapas: a)iniciativa legislativa que consiste na atribuição de quem vai apresentar projetos de lei ou emendas constitucionais ao Legislativo (membros ou comissões de deputados federais ou senadores; presidente da república, STF, Tribunais Superiores, Procurador Geral da República e os cidadãos). b) Comissões: vão analisar os projetos de lei, especialmente a Comissão de Constituição e Justiça. c) Emendas: possibilidade de deputados e senadores, sugerirem mudanças nos projetos de lei, de acordo com cada matéria. D) Debates e Votação: são antecedidos de estudos e pareceres das Comissões Técnicas, debatidas no plenário de cada casa do Congresso e para posterior votação entre seus membros. E) Sanção ou Veto: a sanção é a concordância do P.Rep. ao projeto de lei aprovado pelo Legislativo e o veto ocorre quando há discordância ao projeto de lei pelo presidente. F) Promulgação: comunicação da criação e do conteúdo da lei aos seus destinatários finais. G) Publicação: instrumento pelo qual é transmitida a promulgação. O controle político é aquele exercido por órgão de natureza política, podendo ser o próprio Poder Legislativo ou exercido por órgão especial. Controle jurisdicional é o controle de constitucionalidade exercido pelos órgãos do Poder Judiciário
DISTINGUIR CONTROLE FORMAL AO MATERIAL DE CONSTITUCIONALIDADE, REFERINDO QUAL O OBJETO DE CONTROLE DE CADA UM DELES E QUAIS PODERES PODERÃO FAZER ESTE CONTROLE: O controle formal de constitucionalidade vai aferir o processo elaborativo da norma procurando sanar os vícios formais, e o controle material de constitucionalidade vai aferir o conteúdo da norma infraconstitucional, a fim de verificar se está em concordância com a Constituição, devendo reconhecer o afastamento, anulação, eliminação ou neutralização das normas contrárias à Constituição. Podem ser feitos pelos três poderes.
TRATAMENTO A SER DADO, A LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL NO CASO DE ELABORAÇÃO DE UMA NOVA CONSTITUIÇÃO, CASO NÃO REGULADA ESTA SITUAÇÃO NA NOVA CONSTITUIÇÃO: Com a elaboração da nova constituição se faz necessária a análise da legislação anterior, a qual não foi regulada na nova constituição. Esse controle é realizado no dia a dia pelos juízes na sua atividade jurisdicional e especialmente pelo STF, que é o guardião da Constituição. Se a matéria tratada pela lei anterior não for contrária ao que estiver disposto na nova Constituição, esta lei permanecerá em vigor, neste caso se diz que ela foi recepcionada pela nova constituição, caso seja contrária, será considerada inconstitucional, motivo pelo qual será revogada, perdendo sua vigência. Em casos em que parte da lei estiver em acordo e outra parte em desacordo, se recepciona o que está em acordo e o que estiver em desacordo perde sua eficácia.
FUNÇÃO DOS D.F. NOS ESTADOS MODERNOS, QUAL A CONDIÇÃO PARA SUA EXISTÊNCIA E EFETIVIDADE, E QUAL A SUA RELAÇÃO COM O PRINCÍPIO DA SUPREMACIA NO ÂMBITO DA CF/88: os direitos fundamentais estão no patamar mais alto do ordenamento jurídico e não podem jamais sofrer restrições, limitados ou violados. Ao Direito (=Estado) foi atribuída a tarefa de instituir, organizar e limitar o poder do estado, regulando as suas relações, protegendo a liberdade e os direitos do cidadão. Todas estas atribuições do estado estão reguladas na CF/88 e, portanto garantem os direitos fundamentais do cidadão, com a vinculação imediata dos Poderes e órgãos estatais aos direitos fundamentais e na inserção de um núcleo imodificável que visa proteger os direitos fundamentais em face de eventual modificação da Constituição.
DISTINGUIR EC DA LEI COMPLEMENTAR E DA LEI ORDINÁRIA, APONTANDO O SEU OBJETO, CRITÉRIOS DE DISTINÇÃO, MAIORIA E TURNOS PARA APROVAÇÃO: Emenda constitucional é a modificação imposta ao texto da Constituição Federal após sua promulgação, ela permite alteração em partes da Constituição para a sua devida adaptação a uma determinada circunstância. A constituição poderá ser emendada mediante proposta de no mínimo 1/3 dos membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, pelo Presidente da República, mais da metade das assembléias legislativas dos estados. A proposta será discutida e votada em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos e obter 3/5 dos votos dos respectivos membros. Lei Complementar: exigida em matérias específicas da Constituição, ou seja, seu domínio normativo é exigido pela própria constituição; que venha adicionar algo a Constituição; aprovada por maioria absoluta (artigo 69 da CF/88). Lei Ordinária: exigida de modo residual, nos casos em que não houver a expressa exigência de lei complementar; contém em regra normas gerais e abstratas; aprovada por maioria simples (artigo 47 da CF/88). Ambas necessitam de um turno só em ambas as casas do Congresso.
MEDIDA PROVISÓRIA, ABORDANDO A DEFINIÇÃO, INICIATIVA, PRESSUPOSTOS PARA EDIÇÃO, PRORROGAÇÃO DO PERÍODO DE VIGÊNCIA E PERDA DE EFICÁCIA: é um ato normativo primário, pois cria lei; sob condição resolutiva já que perde a eficácia decorrido o período da vigência e tem caráter excepcional, uma vez editada já produz efeito de norma vinculante. A iniciativa é do Presidente da República no âmbito federal e dos governadores na esfera estadual. Seus pressupostos são a relevância e a urgência, deve haver um estado de necessidade que impõe ao poder público, a adoção imediata de medida, em função do perigo da demora evitando assim dano de difícil ou impossível reparação. Seu período de vigência é de 60 dias decorridos da sua publicação o qual poderá ser renovado por mais 60 dias, período em que deverá ser apreciada no legislativo e perderá sua eficácia se não for convertida em lei.
PODER CONSTITUINTE, SUA LEGITIMIDADE, TITULARIDADE E EXERCÍCIO: poder político, legitimado pela escolha democrática mediante o voto popular; poder supremo, pois é superior e não há outro acima dele e poder originário, pois vai originar o novo sistema de normas. Sua legitimidade se dá pelo fato de seus participantes serem escolhidos pelo povo, os quais foram eleitos especificamente para este fim, o que caracteriza a titularidade e cujo exercício e a elaboração de uma nova constituição. 
PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO, ABORDANDO A POSSIBILIDADE DE SUA IDENTIFICAÇÃO NA CF/88: Este princípio diz que a constituição é uma norma hierarquicamente superior as demais, visto que ela regula a produção normativa. A constituição está na base da ordem jurídica e a fonte de sua validade, desta forma todas as leis devem se subordinar a ela e nenhuma poderá se dispuser contra (Teoria escalonadade Kelsen). Na CF/88 ela pode ser identificada no princípio do Estado de Direito (art.1º, caput), na vinculação imediata dos Poderes e órgãos estatais aos direitos fundamentais (art.5º, parágrafo 1º), no procedimento especial para a alteração da Constituição em relação às demais normas infraconstitucionais (art. 60) e na inserção de um núcleo imodificável que visa proteger os direitos fundamentais em face de eventual modificação da Constituição (art. 60, parág.4º, IV)
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE: deve ser visto como um instrumento de harmonização dos conteúdos da constituição, otimizando a constituição e harmonizando os princípios constitucionais. Elementos: Adequação: relação meio-fim, a proposição atende a finalidade a qual se propõe (análise fática). Necessidade: relação meio-meio, há algum outro meio menos interventivo? Quem vai pagar a conta? (análise prática) e proporcionalidade em sentido estrito: é a ponderação dos princípios (análise jurídica).

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